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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
SEGURANÇA NO TRABALHO 7
Equipamento de Proteção Individual (EPI) 7
Riscos na utilização de solventes, tintas e vernizes 8
Descarte de materiais e insumos 9
Riscos de produtos químicos 10
Cuidado com o fogo! 11
Extintor de incêndio 11
TIPOS DE PRIMERS 14
Primer universal 14
Primer PU 14
Primer PU HS 14
Primer PU tingível 14
Primer de secagem por luz ultravioleta 15
Neutralizadores de ferrugem 15
ADITIVOS NA REPINTURA 16
Aditivo elastificante 16
Aditivo anti-cratera 16
Aditivo texturizante 16
Aditivo de fusão 17
Promotor de aderência 17
Promotor de aderência para plásticos 17
Verniz alto sólido de secagem rápida 17
Aditivo de efeito 17
LIXAMENTO CORRETO 19
TÉCNICAS DE DIFUMINADO 21
Por que é necessário o emprego da técnica de difuminado 21
Em que consiste a técnica de difuminado 21
Como utilizar esta técnica 22
Podemos encontrar situações diferentes 25
Retoques localizados 26
PINTURA DE PLÁSTICOS 28
Limpeza da peça 28
Flexibilidade 28
Desengraxante para plástico 29
Promotor de aderência para plástico 29
Aditivo elastificante 30
Aditivo elastificante texturizado 30
Outros materiais 31
Seqüência com massa 33
Propriedade específica 33
POLIMENTO 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
APRESENTAÇÃO
Caro Aluno,
Este curso tem como objetivo oferecer treinamento voltado à prática e à simulação de
situações vividas pelo profissional do ramo de pintura automotiva em seu ambiente de
trabalho.
Com o auxílio das informações adquiridas neste curso, você aprimorará seus conhecimentos
em relação a retoques e pintura de peças plásticas para melhorar a qualidade do serviço de
repintura.
Para isso, você receberá informações importantes que o levarão a conhecer melhor as
técnicas de manuseio e aplicação, além de ressaltar a importância da mão-de-obra treinada
e qualificada.
Bom proveito!
SEGURANÇA NO TRABALHO
Óculos de proteção
Nas atividades diárias de oficina de reparação, o trabalhador se expõe a estilhaços
provenientes das peças em trabalhos de ponteamento, lixamento e desbaste de chapas de
aço. Os óculos de proteção protegem os olhos contra respingos de tintas e solventes que
podem agredir a visão.
Máscara de proteção
As máscaras são indicadas para a proteção contra partículas provenientes de lixamento a
seco, pintura e solda. Deve-se utilizar máscaras adequadas para cada operação, com carvão
ativado.
Luvas de proteção
As luvas de borracha nitrílica ou látex evitam a contaminação por absorção, ressecamento
e irritações na pele causadas por produtos químicos como tintas, solventes, etc. Nas
atividades de funilaria devem ser utilizadas luvas de tecido que protegem as mãos do funileiro
em suas atividades, além de cortes provocados por flanges e cantos das chapas.
ATENÇÃO! AS LUVAS DE SEGURANÇA PARA PINTURA E FUNILARIA NÃO DEVEM SER UTLILIZADAS
EM PROCESSOS DE SOLDAGEM MIG/MAG.
Protetores auriculares
Os protetores têm a função de reduzir os ruídos do ambiente de trabalho superiores a 85 db
(decibéis) nos ambientes de trabalho.
Sapatos de segurança
Os sapatos de segurança têm a função de proteger os pés contra quedas de objetos e
produtos químicos, evitando contaminações caso haja derramamento desses produtos.
Seu solado deve ser feito de material antiderrapante e, preferencialmente, com biqueira.
Além destes cuidados com a segurança pessoal, o local de trabalho deve estar sempre
limpo, bem sinalizado e com os equipamentos contra incêndio em perfeito estado de
funcionamento. Estas normas quando respeitadas diminuem o risco de acidentes.
Explosão e incêndio
Os produtos utilizados na repintura são inflamáveis e o seu manuseio deve obedecer a
recomendações importantes tais como:
O local de armazenagem deve ser bem ventilado e protegido contra intempéries, distante
de agentes oxidantes, fontes de ignição e calor.
Esses produtos devem ser utilizados em local com boa ventilação para se evitar o acúmulo
de gases que formarão uma atmosfera explosiva.
Contaminação
Os produtos utilizados na repintura são tóxicos e podem acarretar danos irreversíveis à
saúde. Portanto, quando estes produtos são manuseados, deve-se observar algumas
recomendações importantes, tais como:
Inalação: pode causar dores de cabeça, náuseas, vertigens e tonturas.
Ingestão: pode causar mal estar, diarréia e dificuldade respiratória.
Contato com a pele e olhos: pode causar ressecamento, dermatites e irritações.
Veja a seguir, alguns itens que devem ser seguidos como normas gerais de segurança:
Coloque em local visível o aviso NÃO FUMAR.
Mantenha uma boa ventilação no local de trabalho.
Escolha, na área de trabalho, um local estratégico para acomodar os equipamentos de
extinção de incêndio.
Revise periodicamente extintores, mangueiras e hidrantes.
Mantenha as instalações elétricas em ótimo estado.
Não use ferramentas que produzam chamas ou faíscas em áreas perigosas, próximas
às áreas de pintura.
Fixe no piso os equipamentos pesados.
Proteja as peças móveis das ferramentas.
Mantenha as embalagens dos produtos químicos bem fechadas, corretamente identificadas
e, principalmente, limpas.
Limpe rapidamente qualquer produto derramado nas dependências da oficina.
Não descarte materiais químicos em pias, ralos e esgotos (sujeito às sanções da lei).
Em uma oficina de pintura, onde o profissional passa a maior parte do seu tempo exposto a
uma atmosfera carregada de contaminantes como poeiras provocadas por lixamento de
primers e massas, névoas de tintas e vernizes, entre outros, é de vital importância a utilização
correta dos EPIs em cada área de trabalho, sem os quais, o profissional prejudicará a sua
saúde.
Restos de tintas
Devem ser armazenados em tambores metálicos, bem fechados para evitar evaporação e
contaminação do meio ambiente. Devem ser comercializados com empresas recuperadoras
de tintas, devidamente regulamentadas junto aos órgãos ambientais. Portanto, antes de
vender restos de tintas, solicite autorização de órgãos ambientais do governo, evitando assim
riscos ao meio ambiente, bem como responsabilidade civil e criminal.
ATENÇÃO!
TINTAS COM ALUMÍNIO DEVEM SER DESCARTADAS EM TAMBORES SEPARADOS DE OUTRAS TINTAS, POIS AO ENTRAREM
EM CONTATO UMAS COM AS OUTRAS, PODEM PROVOCAR COMBUSTÃO E POR SE TRATAR DE MATERIAL PIROFÓRICO.
EM CASO DE INCÊNDIO, NÃO UTILIZE ÁGUA PARA SUA EXTINÇÃO.
ATENÇÃO!
NUNCA UTILIZE PRODUTOS QUÍMICOS PARA LIMPEZA DE RESTOS DE TINTA QUE, PORVENTURA, TENHAM CAÍDO NA PELE,
POIS OS MESMOS PENETRARÃO NO ORGANISMO E PROVOCARÃO INTOXICAÇÃO.
Nestes ambientes corre-se o risco de uma explosão eminente ou, então, um incêndio de
dimensões incontroláveis que poderão acarretar em prejuízos muitas vezes irrecuperáveis.
EXTINTOR DE INCÊNDIO
É um equipamento indispensável e obrigatório em oficinas. Sua recarga deve ser feita
anualmente e vistoriado mensalmente. Os tipos de extintores são classificados em:
Fogo de classe A
É proveniente de materiais combustíveis sólidos (madeira, papel, plásticos, etc) com queima
em superfície e profundidade, deixando resíduos. Para este tipo de incêndio deve-se utilizar
extintor de água pressurizada, que apagará o fogo por resfriamento.
Fogo de classe B
É proveniente de líquidos combustíveis inflamáveis, com queima em superfície e sem deixar
resíduo (tintas, solventes etc). Neste tipo de incêndio, utiliza-se extintor de pó químico seco
ou CO2, que fará sua extinção por abafamento.
Fogo de classe C
Fogo de classe D
Proveniente de materiais pirofóricos (magnésio), que necessitam de extintores de incêndio
de pó químico especial.
ATENÇÃO!
Quando um veículo sofre algum tipo de dano, por menor que seja, logo nos vem à mente
que ele deverá passar por algum tipo de reparo e que este reparo mudará as suas
características originais.
Isto ocorre pois há diferença entre a pintura original de fábrica e o processo de repintura
executado nas oficinas. As pinturas originais têm um número maior de fases e proteção da
chapa de acordo com cada fabricante. A química dos produtos também tem um diferencial,
bem como a cura dos materiais feitos em altas temperaturas (cerca de 180°), pois o veículo
está completamente desmontado.
Já nas oficinas, não há condições de executar um reparo com esta temperatura, pois o
veículo a ser reparado está com suas partes eletrônicas instaladas e se exposto a uma
temperatura superior a 60° (cabina máximo 90°), por um tempo muito longo, corre-se o
risco de afetar esses componentes, acarretando em sua substituição o que costuma ser
bastante oneroso.
NOTA:
Em virtude das altas temperaturas das estufas utilizadas no processo original de pintura na
fábrica, não é utilizado nenhum tipo de catalisador.
TIPOS DE PRIMERS
Existem no mercado de repintura diversos tipos de primers para diferentes aplicações. Veja
abaixo os tipos existentes:
PRIMER UNIVERSAL
É considerado um termoplástico, pois não necessita de catalisador para que ocorra a
secagem, feita através da evaporação do solvente. Seu poder de enchimento é mínimo, tem
uma textura muito macia e pode ser lixado apenas com lixa de grão 600 acompanhada de
um bloco lixador macio (somente para provocar aderência). Ao usar este produto, corre-se
o risco de mapear a peça reparada, pois ao aplicar o acabamento, este reagirá ao solvente
da tinta e, por sua vez, diminuirá a sua camada. Pode também criar a perda de brilho no
local reparado, provocando manchas na pintura.
PRIMER PU
É considerado um termofixo, pois necessita de catalisador para sua secagem e respectiva
dureza. Este processo se dá por reação química. Seu poder de enchimento é muito bom
para cobrir pequenos defeitos, por ter uma textura macia se torna fácil de lixar (400/600),
não provoca manchas, pois não existe reação com a tinta aplicada. Porém, se a superfície
não for corretamente preparada poderá ocorrer mapeamento.
PRIMER PU TINGÍVEL
É equivalente ao primer PU, possui um menor poder de enchimento, mas com a vantagem
de podermos adicionar tinta PU e chegarmos a uma tonalidade próxima à cor final. Com
isto, haverá uma economia significativa da tinta final do veículo e uma melhora no poder de
cobertura e menor quantidade de demãos. Vale ressaltar que ao sofrer uma batida de pedra,
a mesma não será tão aparente, pois a cor do fundo se assemelha à do acabamento final.
PRIMER A ROLO
Sua característica é semelhante à do primer PU, porém com a vantagem de poder ser
aplicado com rolo de espuma (próprio para este tipo de primer) e também não há necessidade
de se mascarar todo o veículo para sua aplicação economizando, dessa maneira, tempo e
papel para mascaramento na preparação.
NEUTRALIZADORES DE FERRUGEM
Para tratar a superfície a ser pintada, todo o vestígio de ferrugem deve ser eliminado através
do lixamento ou com escova de aço. Após a eliminação da ferrugem grosseira, deve ser
aplicado um neutralizador de ferrugem ou desoxidante, conforme especificação do fabricante.
ADITIVOS NA REPINTURA
Estes aditivos, quando bem empregados, podem fazer diferença no resultado final. Além de
evitar possíveis danos que prejudiquem a qualidade final do serviço de repintura, os aditivos
são capazes de agilizar os trabalhos de reparação e é fundamental para aquelas especializadas
em pequenos reparos, quando o negócio é obter o maior giro possível de veículos.
ADITIVO ELASTIFICANTE
É utilizado nos primers e vernizes (PU) para aumentar a sua flexibilidade. É fácil identificar
quando um pára-choque foi repintado com um material sem auxílio deste aditivo, pois surgem
pequenas trincas, às vezes imperceptíveis, que se agravam com o tempo provocando outros
problemas como o desplacamento.
ADITIVO ANTI-CRATERA
Funciona como uma vacina contra as contaminações presentes no ambiente de trabalho
tais como ceras, silicones e possíveis contaminações da linha de ar comprimido, evitando,
assim, a formação de crateras em tintas e vernizes.
ADITIVO TEXTURIZANTE
É utilizado para recuperar o aspecto de textura em peças plásticas que tenham passado
por algum reparo ou estejam com seu aspecto esbranquiçado pela exposição às intempéries.
Este aditivo é encontrado em três tipos de texturas que são: fina, média ou grossa.
ADITIVO DE FUSÃO
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REPINTURA A UTOMOTIVA E MICRO RETOQUES
Utilizado para diluir o verniz ao final da aplicação e fazer com que este se funda ao verniz
original, evitando que ocorra quebra da emenda do verniz durante o polimento. É importante
lembrar que, neste caso, a secagem do verniz também é decisiva para que não haja a
quebra da emenda que, com certeza, ocorrerá caso a cura não seja completa.
ADITIVO DE EFEITO
Encontrado nas máquinas de mixing (mescla), este aditivo tem a função de realçar o efeito
do alumínio ou das pérolas das cores em poliéster. É muito utilizado em pratas, como no
caso do Cinza Steel da Fiat. Este aditivo também tem a função de causar opacidade
(fosquear) à tinta PU, sendo muito utilizado para a pintura de peças plásticas.
ATENÇÃO!
LIXAMENTO CORRETO
Primeira etapa
Faça a análise correta da área que será reparada para poder empregar a melhor técnica
possível, ou seja, nem sempre há necessidade de se fazer um disfarce (lixamento do local
até a chapa). Se for necessária esta técnica, execute-a de forma correta, atingindo a menor
área possível. Pode ser feita de forma manual ou com máquina, utilizando-se lixa grão 150
para início do desbaste na área do dano e depois a lixa 320 para acabamento em torno da
área do disfarce, para que haja o correto nivelamento da superfície.
Segunda etapa
Após o nivelamento e desengraxe da superfície, aplique primer P.U. que dará o enchimento
necessário para a diminuição do degrau existente no disfarce. A aplicação deste primer
deverá ser feita seguindo as orientações do fabricante, respeitando-se o número de demãos
e o seu respectivo intervalo. Esta aplicação deverá ser feita após o fundo fosfatizante (wash
primer), no local do dano. A primeira passada do primer será feita dentro do local do disfarce,
a segunda se estenderá um pouco além da área da primeira passada.
Terceira etapa
O lixamento do primer deverá ser feito inicialmente apenas no local do disfarce e com uma
lixa 400 e taco rígido. Após este lixamento inicial, estenda, em seguida, o lixamento com
uma lixa de grão 600, com taco macio de forma orientada sobre toda a área que será reparada.
Se houver necessidade, aplique a lixa grão 800 e 1000 (no caso de pinturas de cor prata).
Depois disso, efetue um novo desengraxe e aplicação de pano pega poeira.
Quarta etapa
A aplicação da tinta de acabamento deve ocorrer de forma gradativa, seguindo os conceitos
da técnica de difuminado.
TÉCNICAS DE DIFUMINADO
Normalmente trabalhos de repintura são feitos somente em algumas peças do veículo. Dessa
forma, torna-se necessário empregar a técnica de difuminado que tem por finalidade tornar
imperceptível ao olho humano a diferença de tonalidade existente entre a cor do veículo e a
cor da tinta que será aplicada.
Estes fatores e ainda muitos outros contribuem para que se torne necessário o emprego
desta técnica, visando disfarçar as diferenças de tonalidade.
Esse procedimento deverá ser utilizado sempre que a superfície for plana. Caso a superfície
apresente frisos, mudanças de ângulo na chapa, entre outros, o uso dessa técnica torna-se
desnecessário, pois é mais difícil o olho humano detectar diferenças nessas condições.
Depois de preparada a tinta, é feita a pintura de um corpo de prova para acerto da cor
segundo os conceitos de colorimetria. Mesmo quando tomamos todos esses cuidados, a
tinta preparada nunca será exatamente igual à do veículo.
Quebre o brilho de toda a peça, lixando o verniz com uma lixa fina (1200 ou manta abrasiva,
por exemplo). Esse procedimento tem como finalidade proporcionar aderência para a
tinta de acabamento.
Existem, ainda, cuidados que devem ser observados durante a aplicação como pressão
de aplicação, regulagem do leque da pistola, distância da pistola, velocidade de aplicação
e também deve-se observar a viscosidade da tinta, que deverá estar de acordo com as
especificações do fabricante.
Pese a quantidade de tinta necessária para realizar o retoque, caso necessite de correção,
siga as técnicas de colorimetria.
Uma peça
Quando existirem danos pequenos, localizados no centro da peça e a aplicação da tinta não
atingir a peça adjacente, mascare o restante do veículo e aplique os produtos de fundo no
local do reparo. Após a etapa de preparação é aplicada a tinta, difuminando na última demão.
Feito isso, aplique o verniz por toda a peça.
Duas peças
Quando o dano for muito próximo à peça adjacente, o difuminado deverá atingir também
essa peça. Deve-se mascarar todas as outras peças e aplicar a tinta sobre o primer nas
primeiras demãos. Na última demão de tinta retire o mascaramento da peça adjacente e
faça o difuminado cerca de 20cm, atingindo também essa peça. Por fim, aplica-se o verniz
nas duas peças.
Três peças
Geralmente ocorre quando uma peça é substituída. As peças adjacentes devem ser
mascaradas durante a aplicação das primeiras demãos de tinta. Na última demão, retire o
mascaramento dessas peças e faça o difuminado cerca de 30cm. Feito isso, aplique o
verniz nas três peças.
Utilizando a técnica de difuminado, pode ser resolvido um dos grandes problemas atuais na
repintura devido às diversas variações de tonalidades encontradas entre as tintas preparadas
e a cor do veículo a ser pintado. Essa técnica, se usada corretamente, proporciona maior
qualidade na repintura e, conseqüentemente, economia de mão-de-obra e de material.
RETOQUES LOCALIZADOS
Este tipo de retoque requer mais habilidade do reparador, pois nem sempre se obtém o
resultado desejado, ou seja, os retrabalhos são sempre freqüentes. Veja a seguir uma
seqüência deste tipo de trabalho.
Área B
Nesta área, aplique a tinta diluída em 50% com diluente para retoques difuminados,
executando movimentos em forma de arco do interior do retoque (área A) para fora (área
B), efeito degradê.
Área C
Até parte desta área deverá ser estendido o difuminado, fazendo a quebra da munheca
para criar o efeito de degradê.
Aplicação de verniz
Área D
O verniz deverá ser aplicado com sua catálise normal, inicialmente na área A (1ª demão).
Logo em seguida, aplique a 2ª demão do verniz diluído em 50% com diluente para retoques
difuminados, estendendo até a área C. Por fim, aplique o verniz diluído em 90% com
diluente para retoques difuminados nas bordas do retoque (área D), cuidando para não
ultrapassar a área ativada (lixada), pois o polimento será feito de forma a igualar o brilho
da área reparada com o restante do veículo.
OBSERVAÇÃO
Este tipo de retoque deve ser feito apenas em áreas de pouca aparência no veículo.
PINTURA DE PLÁSTICOS
Há alguns anos, as montadoras vêm incorporando uma grande quantidade de peças plásticas
à carroceria dos veículos, proporcionando vantagens como a diminuição de peso dos
veículos, facilidade e liberdade de desenhos que permitem os mesmos resultados das peças
em aço, com o mesmo acabamento estético de cor e brilho, além de não haver danos com
a corrosão da forma como ocorre com as peças de aço.
Observações básicas
Para que o trabalho de pintura em peças plásticas seja bem sucedido, é de grande importância
observar algumas características principais:
Limpeza da peça;
Aderência;
Flexibilidade.
LIMPEZA DA PEÇA
Para a remoção da peça plástica do molde original utiliza-se desmoldante, produto que
deve ser eliminado. Sendo assim, ao dar início a um trabalho de pintura em uma peça
plástica, é necessário limpá-la corretamente para total remoção desse produto, evitando a
contaminação no decorrer do processo. Nesta fase do trabalho, utilize solventes adequados
devido à sensibilidade que apresenta a maioria das peças aos produtos convencionais.
FLEXIBILIDADE
Em qualquer processo de pintura é necessário que a película de tinta e os demais produtos
tenham a mesma flexibilidade. Desta maneira, o acabamento e a peça responderão da
mesma maneira a qualquer esforço mecânico, deformando-se e recuperando-se da mesma
maneira. Em caso de ocorrer impactos maiores, a tinta se romperá.
Para evitar esses problemas, é possível encontrar no mercado grande quantidade de produtos
específicos apenas para esses materiais. São produtos que vêm para complementar os
materiais que já são utilizados para a pintura de chapas e são, respectivamente, indicados
como:
Desengraxante para plástico;
Promotor de aderência para plástico;
Aditivo elastificante;
Aditivo elastificante texturizado.
Este produto é aplicado sempre antes da aplicação de massa ou primer, ou após o lixamento
da massa para assegurar a aderência dos demais produtos que serão aplicados. A não
utilização deste produto poderá acarretar, posteriormente, em desplacamento (desprendimento)
dos materiais que foram aplicados na superfície.
ADITIVO ELASTIFICANTE
É utilizado para igualar a elasticidade da peça com a dos produtos que serão aplicados,
principalmente para dar elasticidade aos produtos poliuretânicos: primer, tinta e verniz. A
tinta poliéster não necessita de elasticidade, pois já apresenta esta característica.
O resultado do uso deste aditivo é a obtenção de uma película de pintura seca com maior
flexibilidade.
São comercializados, atualmente, três tipos de aditivos texturizantes: grosso, médio e fino.
Com a aplicação em um corpo de prova, é possível determinar qual a quantidade de aditivo
texturizante e o melhor tipo a ser adicionado à tinta.
Importante
Considera-se como críticas todas as fases da pintura de peças plásticas, portanto, esse
trabalho deve ser iniciado sempre com uma boa preparação.
A limpeza é uma etapa fundamental, pois é nela que haverá a completa eliminação de todos
os contaminantes que estejam na superfície, principalmente o líquido desmoldante.
Outra etapa que deve ser levada em consideração é o mascaramento dos detalhes nas
peças, que deve ser removido sempre em seguida à aplicação dos produtos. Se for removido
após a completa secagem, perderão ocorrer danos na pintura e o comprometer do resultado
final.
Faça a seqüência correta de lixamento, pois sua má utilização pode provocar riscos ou uma
falta de aderência da tinta de acabamento.
OUTROS MATERIAIS
Há no mercado outros materiais muito importantes que devem ser conhecidos melhor, pois
fazem parte do processo de pintura de peças plásticas, e cada um tem sua particularidade.
Massa tapa-poros
Utilizada para isolar a peça após a limpeza com desengraxante, evitando o surgimento de
alguma contaminação que esteja impregnada no plástico, garantindo melhor aderência dos
demais produtos.
Alguns são incolores e são mais recomendados para peças novas e não devem ser utilizados
em peças que tenham sofrido algum reparo. Caso contrário, aplique o primer P.U. com
aditivo elastificante.
Lixamento do primer
(com bloco rígido ou esponja conforme textura)
Aditivo fosqueante
Deve ser adicionado à tinta de acabamento P.U. ou ao verniz P.U. Este aditivo tem a finalidade
de reduzir o brilho. Aplique a tinta em um corpo de prova, fazendo a comparação com a
pintura do veículo. Deve-se adicionar à tinta a quantidade de fosqueante de acordo com a
orientação do fabricante.
PROPRIEDADE ESPECÍFICA
O plástico possui propriedades específicas em relação às chapas de aço, apresentando
algumas particularidades no processo de pintura. No mercado brasileiro, os fabricantes de
tinta dispõem de uma grande quantidade de produtos e informações para o profissional de
pintura trabalhar com peças plásticas sem dificuldades. Basta ficar atento ao tipo de plástico
para selecionar qual o melhor processo e o produto adequado para ser empregado na pintura.
Veja agora, passo a passo, três métodos distintos para execução de um trabalho eficiente
com peças plásticas.
Opções de acabamento
Podem ser um dos três sistemas:
Aplicação de tinta P.U. com elastificante para cores lisas.
Aplicação de base poliéster e verniz P.U. (para cores lisas, metálicas e perolizadas).
Aplicação de acabamento texturizado (para manter as características originais)
Agora cabe a você, como profissional, escolher o sistema adequado à sua situação de
trabalho.
POLIMENTO
Há trabalhos de pintura que são feitos com tintas que não requerem a aplicação de verniz
podem dispensar o polimento, se a aplicação for feita dentro dos padrões de qualidade e
cuidados indicados pelos fabricantes.
Assim, o polimento é aplicado para eliminar pequenos riscos, alguns tipos de defeitos e
contaminações da pintura, representadas pelas partículas de sujeira que se depositam sobre
a superfície pintada. Serve, também, para realçar o brilho de acabamento e proteger
superfícies de pinturas novas ou levemente queimadas.
Nos locais onde foram realizados retoques localizados (CUIDADO), deve-se observar a
forma correta de executar o polimento. Este deve ser feito do interior para as extremidades,
utilizando rotações menores na máquina, boinas e produtos menos abrasivos, pois esta
tarefa é apenas para fazer a fusão das bordas do retoque com a pintura anterior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Essa medida visa coibir o plágio e dar início às medidas cabíveis contra a pirataria.