1 ABRACO Nocoes de SMS Maio 2021

Disciplina: Noções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde na Pintura
Instrutor: Fernando Fernandes
+55 (41) 99289-3499 cursos@f2treinamentos.com.br www.f2treinamentos.com.br

1
Curso para Qualificação de Inspetores de Pintura Industrial Nível 1
APRESENTAÇÃO DO INSTRUTOR
2 apenas para uso da f2 treinamentos

FERNANDO FERNANDES
Especialista em Pintura Anticorrosiva
Nascimento: 26/12/1960 Natural: São Paulo/SP Residência: Curitiba/PR

Telefone: (41) 99289-3499 e-mail: fernando.fernandes1960@uol.com.br
Formação: Curso: Instituição: Ano:

Superior Incompleto Engenharia Química Faculdade Oswaldo Cruz 1981-1985
Nível Médio Técnico Químico Colégio do Carmo 1976-1980
Experiência profissional na área de Pintura Anticorrosiva: 37 anos (1984 – 2021)

F2 TREINAMENTOS Fernando Fernandes 01/11/2012 até hoje
CORZIM Akzo Nobel no Paraná 01/11/2012 até hoje
ABRACO Instrutor: Inspetor de Pintura N1 01/01/2007 até hoje
INTERNATIONAL PAINT Especificador Sistema de Pintura 05/04/2005 – 01/11/2012
SHERWIN-WILLIAMS Serviços à Clientes e Treinamento 01/03/1996 – 12/11/2004
GRC Chefe Controle de Qualidade 02/01/1995 – 28/11/1995
IPT Ensaios em Tintas e Inspeção 12/07/1985 – 07/02/1995
IPT Estágio - Laboratório de Tintas 27/06/1984 – 10/07/1985
3 GRC
FERNANDO FERNANDES
PUBLICAÇÕES (co-autor):
2021 Apostila de Pintura Anticorrosiva – CORZIM

2004 Tintas Ciência e Tecnologia 4ª Ed. – ABRAFATI (Celso Gnecco, Roberto Mariano)
2004 Apostila Técnica – Tintas Sumaré (Celso Gnecco, Roberto Mariano)
2003 Tratamento de Superfície e Pintura Instituto Brasileiro de Siderurgia IBS e
Centro Brasileiro da Construção em Aço CBCA (Celso Gnecco, Roberto Mariano)
2003 Manual do Vendedor – Tintas Sumaré (Celso Gnecco, Roberto Mariano)
1994 Manual de Pintura – IPT (Godofredo E. Winnischofer, Lígia A. A. A. de Souza)
1993 Cartilha do Pintor – Pinturas Ypiranga (Celso Gnecco)
1992 Desempenho de Sistemas de Pintura – ABRACO / IPT (Lígia A.A. A. de Souza)
1991 Manual de Pintura – ELETROPAULO / IPT (Celso Gnecco, Lígia A. A. A. de Souza)
4
NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA NOS SERVIÇOS DE PINTURA
AGENDA

NOÇÕES DE SEGURANÇA NOS SERVIÇOS DE PINTURA – NBR 15218, item 4.12.1, alínea k)
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE - SMS
Segurança, Meio Ambiente e Saúde - SMS:

• Introdução: 20 minutos;
• Perigos e Riscos: 30 minutos;
• Riscos associados as tintas: 40 minutos;
• Armazenamento de tintas e solventes: 20 minutos;
• Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ: 10 minutos;
• Equipamento de Proteção Individual: 20 minutos;
• Riscos associados a Preparação de Superfície: 40 minutos;
• Riscos associados a Aplicação: 60 minutos.

SMS

A norma ABNT NBR 15218 – Critérios para qualificação e certificação de
Inspetores de Pintura Industrial, prevê no conteúdo programático para
qualificação de inspetores de pintura Nível 1 no item 4.12.1., alínea k) o assunto
noções de segurança nos serviços de pintura.
Os serviços de pintura industrial envolvem riscos elevados no seu processo:

• preparação de superfície;
• armazenamento de materiais;
• preparação de tintas e aplicação;
• manuseio de equipamentos e produtos tóxicos e inflamáveis.
Nenhum profissional deve ser considerado qualificado ou especializado se não

levar em conta à PREVENÇÃO de ACIDENTES.
As organizações de formação de profissionais da pintura contemplam na sua

qualificação e certificação a matéria SMS

Os profissionais da pintura industrial devem implantar a política de SMS -
trabalhos com segurança, saúde e respeito ao meio ambiente no local de
trabalho, que envolve a identificação de possíveis riscos, reduzindo os
acidentes e respeitando o meio ambiente.
Treinamentos:
• evitar a exposição a situações e substâncias nocivas;
• prevenção de acidentes;
• resposta a acidentes;
• preparação para emergências;
• uso de roupas e equipamentos de proteção.

NORMAS REGULAMENTADORAS - NR
A pintura deve ser realizada em conformidade com as exigências de segurança estabelecidas pela portaria MTB
3214 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, que envolve todas as Normas Regulamentadoras.
 NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
 NR-6: Equipamento de Proteção Individual
 NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
 NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
 NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
 NR-12: Segurança no trabalho em Máquinas e Equipamentos
 NR-15: Atividades e operações insalubres
 NR-17: Ergonomia
 NR-18: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT)
 NR-20: Segurança e Saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis
 NR-23: Proteção contra incêndios
 NR-25: Resíduos industriais
 NR-26: Sinalização de segurança
 NR-33: Segurança e Saúde nos trabalhos em espaços confinados
 NR-34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval
 NR-35: Trabalho em altura
 NR-37: Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo

INTRODUÇÃO
PERGUNTAS ?
PERIGOS E RISCOS

PERIGOS E RISCOS
Todas as atividades da pintura devem ser realizadas com MUITO CUIDADO
Perigo: fonte com potencial de causar lesões e problemas de saúde.
fonte potencial de dano e característica intrínseca ao produto (NBR 14725-1)
Risco: é a medida da exposição real a esse perigo.
probabilidade de ocorrências de perigos que causem danos (NBR 14725-1)
Definições diferentes
Risco = Perigo x Exposição
SIMBOLOS DE RISCOS
Símbolos dos perigos para a saúde (ABNT NBR 14725-3)
Todos os profissionais envolvidos no manuseio de tintas e diluentes devem ser treinados para serem capazes de se
proteger contra os riscos químicos.

VIAS DE EXPOSIÇÃO
Vias de exposição é o caminho pelo qual uma substância química entra no organismo humano.
A ação de agente químico no ambiente de trabalho possibilita a exposição do trabalhador a este

risco.
A possibilidade de um agente químico entrar no organismo (→ vias de penetração) do trabalhador

está ligada ao seu estado físico na atmosfera:
• estado sólido: poeiras, pulverização seca ...
• estado líquido: névoas ...
• estado gasoso: vapor, gases ...
Pele e olhos Boca Nariz e Boca

MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS (ISO 45001, item 8.1.2.)
1. Eliminar o perigo
Eliminar a fonte de risco do local
2. Substituir o material
Trocar o material por outro que seja
menos perigoso
3. Controles de engenharia
Medidas físicas de controle do risco,
com o objetivo de amenizá-lo
4. Sinalizar e treinar o trabalhador

Identificar e bloquear a fonte de risco
5. Utilizar EPI adequado

Último recurso, quando o risco não
pode ser totalmente eliminado ou
controlado
17 apenas para uso da f2 treinamentos Fonte: ambientesst.com

PERIGOS E RISCOS
Regras básicas
É possível salvaguardar a saúde e a segurança dos profissionais que trabalham com pintura, seguindo
as 5 (cinco) regras básicas, que devem influenciar o comportamento e o processo de tomada de decisão.
1ª Sempre cumpra os regulamentos de segurança, meio ambiente e saúde do trabalhador;

2ª Sempre use o equipamento de proteção individual apropriado;
3ª Esteja ciente dos perigos e riscos associados;
4ª Realize uma avaliação de risco em qualquer situação potencialmente perigosa;
5ª Não prossiga se considerar que a situação o coloca em risco.
O trabalhador é o principal responsável por cuidar de sua própria saúde e segurança. Não deve colocar
ele ou outras pessoas em risco por suas ações.
O trabalhador também deve contribuir para prevenir e minimizar impactos ambientais.

RISCOS AMBIENTAIS
São aqueles causados por agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais que,
presentes nos ambientes de trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em
função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.

RISCOS QUÍMICOS
São agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua
ação química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados na forma
sólida, líquida ou gasosa.
Os agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou dispersão no ar
atmosférico, são chamados de contaminantes atmosféricos. Estes podem ser
classificados em:
• aerodispersóides:
 partículas sólidas: poeiras, fumos, fumaças.
 partículas líquidas: névoas e neblina.
• vapores: evaporação de solventes orgânicos etc.
• gases: dispersões de moléculas.
PORQUÊ TREINAR OS TRABALHADORES
O inspetor de pintura industrial é um especialista e a “segurança da obra” conta
com seus conhecimentos e aconselhamentos.
O objetivo do treinamento é capacitar os trabalhadores na utilização de técnicas

e ferramentas de identificação e valoração dos perigos a saúde e segurança
ocupacional e a determinarem seus respectivos riscos.

TREINAMENTO
O motivo do treinamento do trabalhador é para garantir a sua saúde e segurança
ocupacional e atender as normas.
N-13L Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura

 Item 4.1: Treinamento de mão-de-obra (Tabela 1)
 Programas: Encarregados, Jatistas e Pintores
 requisitos gerais de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e
Saúde (SMES): segurança nos serviços, descartes de produtos, ... Etc.
ABNT NBR 15218 Critérios para qualificação e certificação de Inspetores de Pintura Industrial
 Item 4.12.1., alínea k): Noções de segurança nos serviços de pintura
NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção, Reparação e Desmonte Naval

 Item 34.9.: Atividade de pintura
 Item 34.9.1.: Na realização de serviços de pintura, deve ser observadas as
seguintes medidas:
a) designar somente trabalhador capacitado;
PERIGOS E RISCOS
PERGUNTAS ?
RISCOS ASSOCIADOS AS TINTAS

CONSTITUINTES DA TINTA LÍQUIDA
TINTA LÍQUIDA
A tinta líquida é formulada com até 4 (quatro) grupos de matérias primas.
Galão
Volátil
 solvente + aditivo
Não volátil
 resina + pigmento + aditivo

TINTA LÍQUIDA
Os componentes (solvente, resina, pigmento e aditivo) das tintas não são “ativos” apenas quando a
tinta úmida entra em contato com a pele:
 as partículas ou poeiras de tinta seca também podem causar irritações na pele;
 este efeito é potencializado quando as partículas de tinta entram em contato com o suor da pele,
como por exemplo nas dobras do macacão, na tira frontal do capacete ou na parte interna das
luvas
 quanto maior o tempo de contato das partículas de tinta com a pele maior é a probabilidade de
ocorrerem irritações ou alergias
 O USO DE EPI’s NESTES CASOS É ALTAMENTE RECOMENDADO!

RISCOS ASSOCIADOS AOS SOLVENTES
SOLVENTES ORGÂNICOS
São líquidos incolores, voláteis à temperatura ambiente, inflamáveis e tóxicos, que
servem para manter todos os componentes em uma mistura homogênea. Devem
evaporar completamente, deixando a película da tinta após a secagem.

SOLVENTES ORGÂNICOS
O solvente é o componente da tinta que têm mais riscos nas fases de fabricação,
transporte, armazenamento, preparação da tinta e aplicação.
Os vapores de solventes orgânicos em contato constante (exposição) com o

organismo humano podem causar:
• lesões na pele;
• queimaduras na garganta e no trato respiratório;
• intoxicação;
• asfixia.

MEDIDAS DE CONTROLE
• substituição do solvente.
• redução da quantidade de solventes e diluentes.
• controles de segurança:
 isolamento;
 ventilação / exaustão em áreas confinadas.
• uso de EPI e Higiene pessoal.

PONTO DE FULGOR (FLASH POINT)
É a menor temperatura na qual uma substância líquida libera vapores em quantidade suficiente para
formar uma mistura (ar + solvente) inflamável por uma fonte externa de calor (fonte de ignição). O
ponto de fulgor não é suficiente para que a combustão seja mantida.
A OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA) recomenda precauções

especiais para líquidos/solventes com ponto de fulgor abaixo 26,7 °C (80 °F).

SOLVENTES = COMPOSTOS VOLÁTEIS ORGÂNICOS - COV
À medida que o revestimento cura, os COV evaporam na atmosfera e reagem fotoquimicamente
com a luz solar (radiação ultravioleta – UV) e com oxigênio (O2) e os poluentes do ar (óxidos de
nitrogênio: NOx) para formar o ozônio (O3) em baixa altitude (“smogˮ), um conhecido perigo para a
saúde humana.
Os valores de COV são encontrados nos boletins técnicos dos fabricantes de tintas e
são expressos em massa de VOLÁTEIS (g) por litro de tinta (L).
Tintas PERIGO RISCO EPI
Produto químico (tóxico)
Queimadura química
Líquido e vapor inflamável
Fogo e explosões
 Ponto de Fulgor (< 26,7 °C)
Ferimento e morte
 vapores e partículas
Falta de ventilação Roupa/capuz impermeável
 Aplicação por pulverização
 espaço confinado
 Espaço confinado Luva de PVC impermeável
Tontura e náusea Óculos de segurança
Intoxicação
Solvente Inalação: Asfixia Máscara / filtro adequado
 vapor de solvente (narcose) Queimadura química na garganta Bota de segurança
Reações alérgicas: órgãos internos
Danos ao sistema nervoso central Higiene (banho)
Lesões na pele e olhos
Contato com a pele (lipossolubilidade)
 reações alérgicas
 corrosivo e irritante
 dermatite
Meio ambiente (atmosfera) Poluição (VOC)
-
 Compostos Orgânicos Voláteis  Ozônio (O3) a baixa altitude
RISCOS ASSOCIADOS AS RESINAS
ALGUNS PIGMENTOS COLORIDOS: NATUREZA QUÍMICA
A principal preocupação é a sensibilização da pele. O pintor deve usar roupas e luvas
impermeáveis para evitar o contato com a pele.

ALCATRÃO DE HULHA
As tintas à base de epóxi alcatrão de hulha, ou “Coal Tar Epoxy” (CTE) em inglês,
são baratas e muito eficazes na proteção anticorrosiva.
Entretanto, o alcatrão de hulha e o piche contém altos teores de Hidrocarbonetos

Aromáticos Policíclicos.
Os altos teores de PAH’s fazem com que os alcatrões de hulha e os piches sejam
classificados como agentes carcinogênicos.
AGENTE DE CURA À BASE DE ISOCIANATO
As tintas poliuretanos contêm um agente de cura (componente B) à base de isocianato que são muito
reativos com a água (cuidado com os olhos). Todos os produtos que contêm isocianato são perigosos
quando pulverizados, porque podem causar o tipo de sensibilização respiratória.
O pintor deve utilizar respirador facial total ou respiradores de pressão positiva (ar mandado) com
capuz, macacão impermeável de manga comprida e luvas de PVC, na aplicação de tintas
bicomponente à base de poliuretano.
A legislação local e os regulamentos devem ser cumpridas para aplicação por pulverização.

RISCOS ASSOCIADOS A RESINA

Produto químico (tóxico) Queimadura química
Inalação e ingestão: Roupa/capuz
 aplicação por pulverização Queimaduras e intoxicação
 tinta em suspenção Reações alérgicas impermeável
 epóxi líquido  em órgãos internos Luva de PVC impermeável
 aminas aromáticas Danos a saúde
 isocianatos Câncer Óculos de segurança
Resina  alcatrão de hulha Máscara / filtro adequado
Lesões na pele e olhos Bota de segurança
Contato com a pele  remove a oleosidade da pele
 corrosivo e irritante  reações alérgicas Higiene (banho)
 dermatite (irritações cutâneas)
Meio ambiente (água e solo) Película seca
 aplicação por pulverização  poluição do solo -
 rejateamento na manutenção  poluição das águas

RISCOS ASSOCIADOS AOS PIGMENTOS
Os pigmentos com metais pesados são os maiores responsáveis pela toxidez

durante a aplicação e na película seca.
Os pigmentos inorgânicos à base de metais pesados (cromo, chumbo e cádmio)

estão sendo eliminados das fórmulas das tintas, devido à elevada toxidez para a
saúde humana e para o meio ambiente.
Uma das principais características dos metais pesados é a capacidade de

bioacumulação no organismo humano.

TIPO COR ORGÂNICO INORGÂNICO
BRANCA DIÓXIDO DE TITÂNIO TiO2
PRETA NEGRO DE FUMO C
VERMELHA QUINACRIDONA ÓXIDO DE FERRO Fe2O3
LARANJA CROMATO DE CHUMBO BÁSICO PbCrO4PbO
SINTÉTICO
AMARELO BENZIDINA AMARELO DE CROMO PbCrO4
VERDE FTALOCIANINA ÓXIDO DE CROMO Cr2O3
AZUL FTALOCIANINA FERROCIANETO FÉRRICO Fe3 Fe(CN)6
VIOLETA QUINACRIDONA
COR INORGÂNICO
VERMELHA ÓXIDO DE FERRO Fe2O3
CINZA ÓXIDO DE FERRO MICÁCEO Fe2O3
PRETA ÓXIDO DE FERRO FeO.Fe2O3
AMARELA ÓXIDO DE FERRO Fe2O3 .H2O
PIGMENTOS ANTICORROSIVOS
Os pigmentos anticorrosivos são adicionados as tintas de fundo contra a
corrosão de substratos ferrosos por mecanismos químicos ou
eletroquímicos.
 protege pelos mecanismos:
 passivação ou inibição anódica:
 cromato de zinco, zarcão, fosfato de zinco etc.
 proteção catódica:
 zinco em pó.

PIGMENTOS ANTICORROSIVOS NÃO TÓXICOS (SEM METAIS PESADOS)
SILICATO DE CÁLCIO FOSFATO DE ZINCO ZINCO METÁLICO
(CaSiO2) – Branco [Zn3(PO4)2.H2O] – Branco (Zn°) – Cinza

PIGMENTOS ANTICORROSIVOS TÓXICOS (COM METAIS PESADOS)
CROMATO (VI) DE ZINCO ZARCÃO

(4ZnO. K2O.4CrO3.3H2O) – Amarelo (Pb3O4) – Laranja

Produto químico (tóxico)
 metais pesados (pig. inorgânico)
Bioacumulação (doenças)
 cromo
Danos a saúde Roupa/capuz
 chumbo
 cádmio impermeável
Inalação e ingestão: Luva de PVC impermeável
Intoxicação
 aplicação por pulverização
Reações alérgicas Óculos de segurança
 tinta em suspenção
Pigmento  em órgãos internos
 pigmentos coloridos Máscara / filtro adequado
Carga Danos a órgãos internos
 pigmentos anticorrosivos
Câncer Bota de segurança
Silica livre (produção da tinta)
Lesões na pele e olhos Higiene (banho)
Contato com a pele
 dermatite
 erupções cutâneas
Meio ambiente (água e solo) Película seca
 aplicação por pulverização  poluição do solo -
 rejateamento na manutenção  poluição das águas
PERGUNTAS ?
ARMAZENAMENTO DE TINTAS

LOCAL
N-13, Armazenamento de tintas, item 4.5.1
Devem ser locais exclusivos e providos de sistemas de combate a incêndio.
Líquidos
Inflamáveis
Perigos: Riscos:
 calor excessivo  estouro de tampas
 empilhamento irregular  vazamentos
 embalagens amassadas  incêndio e explosões
 latas abertas
 vapor de solvente
Pó químico CO2
LOCAL
Os locais de armazenamento das tintas, vernizes, diluentes e solventes de limpeza devem ser:
 cobertos:
 protegidos de raios diretos do sol;
 protegidos de descargas atmosféricas e da chuva.
 bem ventilados (vazamentos);
 não sujeitos a calor excessivo (temperatura < 40 °C);
 protegidos contra centelhas:
 sistema elétrico blindado e a prova de explosão (NR-10).
 piso de concreto ou piso impermeável;
 prateleiras de aço-carbono:
 exclusivos e providos de sistemas de combate a incêndio.
 remover plásticos, papelão e madeiras;
 extintor de pó químico próximo a porta de acesso:
 riscos de explosão e o incêndio devido ao armazenamento de produto inflamável.
EMPILHAMENTO
O empilhamento de embalagens em número superior ao recomendado poderá danificar as
embalagens de baixo. Com o amassamento das embalagens poderão ocorrer vazamentos
O empilhamento máximo dos recipientes deve obedecer a seguinte forma.
Tipo de embalagem Capacidade Empilhamento máximo
galão 3,6 L 20 galões
balde 18 L ou 20 L 5 baldes
tambor 200 L 3 tambores

MANUSEIO
O armazenamento deve ser feito de forma tal que possibilite a retirada, em primeiro lugar, do
material mais antigo no almoxarifado e permita uma movimentação que evite danos.
a) Recipientes fechados
As embalagens de tintas e diluentes devem ficar bem fechadas enquanto não forem utilizadas.
b) Rotatividade na prateleira
O armazenamento deve ser feito de tal forma que possibilite a retirada em primeiro lugar das
latas de lotes mais antigos.
c) Tintas bicomponentes
O armazenamento de tintas de dois componentes deve ser feito aos pares, ou seja, juntando
lado a lado, ou um sobre o outro, os componentes A e B de uma determinada tinta.

MANUSEIO
 organização e limpeza são alicerces da segurança;
 circulação fácil em torno das prateleiras:

 movimentação que evite danos;
 rótulo: não danificar as informações (nome do material, lote, relação de mistura, validade etc.).
 embalagens
 manter as embalagens na vertical e fechadas;
 inverter as embalagens, para minimizar a sedimentação dos pigmentos;
 armazenar aos pares os materiais de dois componentes.
 rotatividade de material mais antigo (data de vencimento):
 os lotes mais antigos na frente;
 prazo de validade (“shelf life”) vencido não pode ser usado:
 critérios para revalidação.
 não revalidar revestimentos para imersão e tintas para alta temperatura.

DESCARTE DE EMBALAGENS
RISCOS
O descarte de embalagens de tintas e diluentes deve ser de acordo com os regulamentos locais,
estaduais e federais.
A disposição inadequada de embalagens contaminadas pode enquadrar a prática nas sanções legais
aplicáveis.
Os resíduos sólidos gerados pelas tintas podem causar riscos potenciais ao meio ambiente e a
saúde do homem..

MEIO AMBIENTE
RISCOS
resíduos sólidos:
Resíduos que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, de serviços e de varrição (ABNT NBR 1004).

MEIO AMBIENTE
LIMPEZA DE EMBALAGENS
O resíduo de tinta e diluente sujo deve ser retirado da embalagem (máximo possível) e colocado
em um tambor fechado e identificado.
Limpeza de embalagens:
a) utilizar os EPIs adequados para esta limpeza, preparação e aplicação de tinta;
b) transferir a tinta preparada para um recipiente de aplicação;
c) adicionar o diluente da tinta na embalagem original vazia e suja de tinta;
d) limpar o resíduo com o diluente da tinta e com o auxílio de um pincel;
e) transferir este caldo sujo para diluição da tinta no recipiente de aplicação;
f) completar a limpeza da embalagem original suja com um pouco de solvente de limpeza;
g) descartar este resíduo de solvente sujo em um tambor com tampa. Este solvente pode ser
reutilizado na próxima limpeza;
h) descartar a embalagem original. Esta deve ser inutilizada com furos no fundo, cortes,
amassamento ou prensagem, evitando seu uso para outras finalidades.

MEIO AMBIENTE
PROCESSOS DE DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS
As formas de descartes de embalagens metálicas contaminadas com resíduos de tintas, são:
a) Aterro industrial (“muito caro”)

Técnica de disposição final de resíduos, através do confinamento em camadas de
impermeabilização, de modo a evitar danos à saúde e a segurança, minimizando os impactos
ambientais.
b) Co-processamento
O resíduo é colocado em forno de combustão controlada (forno de fabricação de cimento: o
resíduo fornece energia ao processo de fabricação).
c) Incineração
Queima controlada (sistema fechado) de compostos, onde observa-se padrões de temperatura e
oxigênio para se garantir a degradação térmica dos compostos.
d) Reciclador externo
Empresa que faz parte da cadeia de reciclagem de resíduos.
PERGUNTAS ?
FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE

PRODUTOS QUÍMICOS
FISPQ / MSDS

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS
FISPQ
Documento obrigatório para a comercialização de produtos químicos
(tintas e diluentes), que fornece informações necessárias quanto à
segurança, à saúde e ao meio ambiente. (ABNT NBR 14725-4)
A FISPQ fornece ao usuário as informações essenciais de um produto químico:

• permite aos usuários avaliar os riscos dos produtos e tomar precauções necessárias antes de
comprá-lo ou usá-lo.
Cada tinta (componentes) e diluente possuem sua própria FISPQ e instruções para o uso seguro:
• revise todas as folhas da FISPQ antes de manusear o produto;
• discuta as práticas do trabalho (ventilação), procedimentos de emergência e EPIs a serem
utilizados;
• tenha FISPQ atualizada (revisão), disponível e acessível, digital ou papel, no local de trabalho
de pintura.

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS
FISPQ (NBR 14725-4)
As informações de uma FISPQ são determinadas pela legislação e devem conter 16 itens técnicos:
1. Identificação do produto e da empresa (nome comercial, código, BT);
2. Composição e informações sobre ingredientes (No CAS – Chemical Abstract Service);
3. Identificação dos perigos (ambientais, físicos e químicos);
4. Medidas de primeiros socorros (vias de exposição, orientações primeiros socorros/médico):
5. Medidas de combate a incêndio (ponto de fulgor, limites inferior e superior de explosão e extintores);
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento (fontes de ignição);
7. Manuseio e armazenamento (local, ventilação, manuseio de produto químico, vapores, empilhamento):
8. Controle de exposição e proteção individual (limites de exposição - LT, medidas de controle, EPIs);
9. Propriedades físico-químicas (líquido, cor, odor, ponto de fulgor etc.);
10. Estabilidade e reatividade (armazenamento, temperatura):
11. Informações toxicológicas (irritações, alergias, carcinogenicidade);
12. Informações ecológicas (impacto ambiental, vazamentos, tratamento de resíduos);
13. Considerações sobre o tratamento e disposição (co-processamento, incineração);
14. Informações sobre transporte (códigos e classificação, número de risco);
15. Regulamentações (armazenamento, temperatura);
16. Outras informações.
57 apenas para uso da S&B Treinamentos

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ
PERGUNTAS ?
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

EPI

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI (NR-6)
6.1 EPI: todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho.

QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) - NR-6
6.6 Responsabilidades do empregador
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
h) Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) - NR-6
6.7 Responsabilidades do trabalhador:
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) Usar apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
De acordo com a NR 6 – Equipamento de Proteção Individual, o equipamento de proteção individual,
de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação de um
Certificado de Aprovação (C.A.) que esteja válido.
O Certificado de Aprovação – CA, é uma comprovação de que um dispositivo ou produto; o

Equipamento de Proteção Individual – EPI passou por testes de qualidade e segurança realizados
junto a um laboratório especifico para o EPI e foi aprovado junto a outros órgãos responsáveis pela
inspeção.
O Certificado de Aprovação – C.A. é um documento emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego –

M.T.E., certificando que o EPI satisfaz os requisitos mínimos de qualidade definidos na Norma
Regulamentadora número 6.
PROTEÇÃO PARA A CABEÇA

QUEDA DE OBJETO, IMPACTO, PERFURAÇÃO ETC. - RISCOS
Proteção para a cabeça
O capacete de segurança é um equipamento de proteção para a cabeça, projetado para oferecer uma
proteção limitada contra impactos e perfurações.
Proteção contra:
• quedas de objetos;
• choques mecânicos
• choques elétricos;
• calor (-30 °C a 60 °C);
• respingos de produtos químicos;
• intempéries (chuva e sol).
Fonte: animaseg.com.br

COMPONENTES DE UM CAPACETE
O capacete é fabricado em peça única sem porosidade em polipropileno de alta densidade (HDPE) ou acrilonitrila
butadieno estireno (ABS), e podem conter aberturas laterais para protetores auditivos (tipo concha: abafamento).
O capacete de segurança é composto basicamente de:

 casco (resistência ao impacto, impermeabilidade e energia elétrica);
 suspensão (função de amortecimento);
 jugular (evita que o capacete caia).

Fonte: animaseg.com.br
PROTEÇÃO DOS OLHOS

PARTÍCULAS VOLANTES, POEIRAS, RESPINGOS, NÉVOAS, RADIAÇÕES - RISCOS
Nas atividades de preparação de superfície, preparação de tinta, aplicação da tinta etc., os
trabalhadores ficam expostos a riscos à visão.
Riscos aos olhos:

 partículas volantes (em velocidade);
 poeiras (partículas muito pequenas);
 respingos (tintas e solventes);
 névoas irritantes (na pulverização);
 radiações não ionizantes (luz visível, UV, IV)

ÓCULOS DE SEGURANÇA
Equipamento indicado para proteção contra impactos nos olhos de possível lesão ocular.
Todos os trabalhadores devem utilizar óculos de segurança em qualquer situação serviço de pintura.
Óculos de ampla visão

Oferece perfeita vedação/proteção para:
• Poeiras
• Vapores;
• Respingos de solvente e tinta

PROTEÇÃO AUDITIVA

RUÍDO - RISCO
Ruídos altos e contínuos são inevitáveis em indústrias. Pode ser produzido por várias fontes,
incluindo compressores, operações de jateamento, raspadores, pistola de aplicação, motores etc.
A Norma NR-15 regulamenta os limites de tolerância para ruído contínuo e intermitente.
A partir de 85 dB (A) para exposição contínua de 8 horas por dia, o ruído se torna ainda mais
prejudicial. Nestas situações, é obrigatório o uso de equipamento de proteção auditiva.

RUÍDO - RISCO
Os protetores auditivos têm como função diminuir níveis de ruídos que estejam acima do limite de
tolerância que a norma determina, para prevenir contra a PAIR (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído).
Protetor: Abafador Inserção Inserção

(plugs de silicone) (plugs de espuma)
Tipo: Concha Pré-moldados Moldáveis
Nível de Redução de Ruído: 15 a 29 dB 15 a 18 dB 16 dB

RUÍDO - RISCO
Os níveis de ruídos no jateamento abrasivo são altos, exigindo que os trabalhadores usem
proteção auditiva primária, ou seja, tampões para os ouvidos.
As principais fontes de ruídos para os jatistas são:

• descarga de ar comprimido do bico de jato: 112 a 119 dB (A);
• o ar de alimentação dentro do capacete de proteção: 94 a 102 dB (A);
• máquina de jateamento: 90 a 101 dB (A);
• compressores de ar: 85 a 88 dB (A).
Insuportável Doloroso Ensurdecedor Muito alto Alto Moderado Muito baixo

>140 dB 120 – 140 dB 90 – 120 dB 65 – 90 dB 40 – 65 dB 15 – 40 dB 0 – 15 dB

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

POEIRAS, NÉVOAS, VAPORES - RISCOS
Proteção respiratória
Os respiradores são equipamento de proteção das vias respiratórias.
Os respiradores protegem os trabalhadores contra ambientes insuficientes de oxigênio,

pós nocivos, névoa, fumaça, névoa, gases, vapores e pulverização. Esses riscos podem
causar câncer, insuficiência pulmonar, doenças ou morte.
Os respiradores (máscaras) protegem o usuário de duas maneiras básicas:
• com filtros para remoção de contaminantes do ar.
• com fornecimento de ar respirável limpo de outra fonte.

 respirador de ar mandado (linha de ar comprimido) para períodos longos.

Respiradores com filtro:
 respiradores de pressão negativa:
 os respiradores de filtro mecânico devem ser descartados após o uso;
 os respiradores de filtro químico são reutilizáveis, mas têm vida útil limitada.
Pressão negativa: durante a inspiração, a pressão no interior do respirador fica negativa, ou seja,
menor que a pressão no ambiente externo.
Respirador autônomo:
 respiradores de pressão positiva:
 fornece proteção por longos períodos.
Pressão positiva: estes respiradores têm a função de manter a pressão dentro do respirador maior
que a pressão ambiente, impedindo que o ar do ambiente contaminado atinja as
vias respiratórias do usuário.

PROTEÇÃO DO CORPO

CONTATO DE CONTAMINANTES COM A PELE - RISCO
Proteção do corpo
O macacão (roupa) e o capuz devem ser feitos de algodão (para não produzir eletricidade estática)
ou material impermeável (com resistência química) com manga comprida, para proteger a pele do
contato com os contaminantes, evitando irritações alérgicas, feridas e queimaduras.
Evitar o contato direto dos seguintes produtos com qualquer parte do corpo:
• material abrasivo;
• poeiras;
• tinta úmida e solvente;
• névoas;
• partículas de tintas secas.
Roupas
Roupas tem o potencial de acúmulo de descarga de eletricidade estática. A estática é uma fonte de
ignição, que pode causar uma explosão em qualquer atmosfera com acúmulo de solvente orgânico.
Tecido 100% sintético pode derreter e grudar na pele em caso de incêndio.
Macacão descartável é recomendado quando uma exposição significativa a pulverização for inevitável
pelo trabalhador.
A lavagem regular é essencial para remover contaminantes que possam causar irritação na pele:
 o ideal é que a roupa seja lavada em lavanderia industrial;
 a lavagem da roupa na residência deve ser feita separadamente das roupas domésticas.

PROTEÇÃO DAS MÃOS

RISCO MECÂNICO E RISCO QUÍMICO
As luvas de segurança têm como função a proteção das mãos.
 Riscos físicos: choques elétricos e queimaduras

 Luva de borracha para isolamento elétrico
 Riscos químicos: exposição a tinta, solvente, removedores etc.:

 Luvas de borracha nitrílica, borracha butílica ou PVC.
 Riscos mecânicos: abrasão, corte e perfurações

 Luvas de algodão, tecido, raspa de couro ou vaqueta
 Riscos biológicos: bactérias, vírus, fungos, bacilos, protozoários etc

 Luvas descartáveis de látex

PROTEÇÃO DOS PÉS

PROTEÇÃO DOS PÉS - RISCOS
Proteção dos pés
Equipamento de proteção dos pés e das pernas de possíveis acidentes como:
 escorregões;
 choques elétricos;
 cortes;
 perfurações;
 objetos em queda;
 contato com materiais contaminantes;
 infecciosos etc.
Sapatos de segurança
Calçado baixo Botina Bota meio cano

SAPATOS DE SEGURANÇA
BIQUEIRAS: peça fixada (aço-carbono ou composite) na região do bico do calçado com a
finalidade de promover proteção contra quedas de objetos pesados sobre os pés.
Precisam suportar impactos:

 nível de energia de no mínimo 200 J
 contra a carga de compressão de no mínimo 15 KN.
BIQUEIRA DE COMPOSITE (fibra de carbono, vidro e poliéster):

 não produz efeito “guilhotina: que deforma e comprime”, o material se esfarela;
 não contém partes metálica, portanto, não conduz eletricidade;
 peso menor que a biqueira de aço-carbono;
 custo maior que a biqueira de aço-carbono.
PROTEÇÃO DO CORPO

Proteção do corpo inteiro
O macacão (roupa) e o capuz devem ser feitos de algodão (para não produzir eletricidade estática)
ou material impermeável (com resistência química: polietileno ou polipropileno) com manga comprida,
para proteger a pele do contato com os contaminantes, evitando irritações alérgicas, feridas e
queimaduras.
Evitar o contato direto dos seguintes produtos com qualquer parte do corpo:
• material abrasivo;
• poeiras;
• tinta úmida e solvente;
• névoas;
• partículas de tintas secas.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE UNIFORME E VESTIMENTA DE TRABALHO ?
UNIFORME: é a roupa usada para padronizar os funcionários de uma empresa. Ele não se enquadra
como um equipamento de proteção individual (EPI).
VESTIMENTA: é um EPI, é um equipamento de proteção para o corpo inteiro (com ou sem capuz),
contra riscos específicos em diferentes atividades no ambiente de trabalho.
Vestimenta de trabalho (protege o trabalhador) é toda peça ou conjunto de peças de

vestuário, destinada a atender exigências de determinadas atividades ou condições
de trabalho que impliquem contato com sujidade, agentes químicos, físicos ou biológicos
ou para permitir que o trabalhador seja mais bem visualizado. Deve possuir CA
(certificado de Aprovação) e é prevista no Anexo I da NR-6 (item H).
Exemplo: macacão TYVEK com capuz (tecido em polietileno leve e respirável) da

DUPONT que protege o trabalhador contra vários riscos químicos.

Roupas
Roupas tem o potencial de acúmulo de descarga de eletricidade estática. A estática é uma fonte de
ignição, que pode causar uma explosão em qualquer atmosfera com acúmulo de solvente orgânico.
Tecido 100% sintético pode derreter e grudar na pele em caso de incêndio.
Macacão descartável é recomendado quando uma exposição significativa a pulverização for inevitável
pelo trabalhador.
A lavagem regular é essencial para remover contaminantes que possam causar irritação na pele:
 o ideal é que a roupa seja lavada em lavanderia industrial;
 a lavagem da roupa na residência deve ser feita separadamente das roupas domésticas.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS - RISCOS
Cinturão de segurança
Equipamento de proteção contra quedas de altura.
O uso obrigatório do cinturão tipo paraquedista é para atividade executada acima de 2,00 metros de altura do nível
inferior, onde haja risco de queda, ancoragem frontal e duplo talabarte.
O curso de NR 35 – Trabalho em altura, determina que o trabalhador faça um treinamento teórico e prático, com
carga horária de 8 horas e validade de 2 (dois) anos.
Os componentes do cinturão de segurança são:

• cinturão tipo paraquedista;
• conectores;
• talabarte;
• trava-queda;
• cabos.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
PERGUNTAS ?
RISCOS ASSOCIADOS A
PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE

LIMPEZA DE SUPERFÍCIE DE AÇO COM PRODUTOS QUÍMICOS ABNT NBR 15158:2016
4 Precauções de segurança
4.1 Devem ser observadas as precauções de segurança, especialmente aquelas constantes em
procedimentos, regulamentos e fichas de segurança sobre produtos químicos. Deve-se providenciar
exaustão adequada, proibir o uso de fumo, evitar eletricidade estática, usar máscara (risco de vapores
orgânicos ou ar mandado) e proteger os olhos e a pele.
4.2 O uso de solventes orgânicos para limpeza deve ser restrito, de forma a reduzir os riscos de
agressão ao meio ambiente, optando-se de preferência pela utilização de detergentes biodegradáveis.

LIMPEZA DE SUPERFÍCIE DE AÇO COM PRODUTOS QUÍMICOS ABNT NBR 15158:2016
Limpeza PERIGO RISCO EPI
Produto químico (tóxico) Queimadura química

Líquido e vapor inflamável Fogo e explosões
 Ponto de Fulgor (< 26,7 °C) Ferimento e morte
Roupa impermeável
 vapores Falta de ventilação
 espaço confinado  espaço confinado capuz impermeável
Luva de PVC impermeável
Tontura e náusea
Asfixia Óculos de segurança
Solvente Inalação:
Queimadura química na garganta Máscara / filtro adequado
 vapor de solvente (narcose)
Danos ao sistema nervoso central
Danos à saúde Bota impermeável
Higiene (banho)
Lesões na pele e olhos
Contato com a pele (lipossolubilidade)
 reações alérgicas
 ressecamento/rachadura
Meio ambiente (atmosfera) Poluição (VOC)
-
 Compostos Orgânicos Voláteis  Ozônio (O3) a baixa altitude
TRATAMENTO COM FERRAMENTAS MECÂNICAS DE SUPERFÍCIE DE AÇO
Ferramentas elétricas ou pneumáticas: pistolas de agulhas, lixadeiras, escovas de aço, retíficas
(pedra montada), “bristle blaster” etc, para remoção de ferrugem solta.

TRATAMENTO COM FERRAMENTAS MECÂNICAS DE SUPERFÍCIE DE AÇO
Tratamento mecânico PERIGO RISCO EPIs

Ruído
Poeiras em geral
Capuz ou Capacete
Projeção de materiais Roupa de proteção
Perda auditiva Protetor auricular
Equipamentos:
Inalação de químicos Óculos de segurança
Ferramentas  rotativos;
Ferimentos Máscara filtro adequado
 abrasivos;
Danos a saúde Luvas adequadas
 de impacto.
Botas de segurança
Pó de lixamento de tinta
 alcatrão de hulha
 metais pesados

EPI - PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE

No jateamento abrasivo por ar comprimido o jatista e demais trabalhadores
ficam mais expostos aos riscos no trabalho como ruído, velocidade do fluxo de
abrasivos e geração de pó (quebra de abrasivos e corte de metais tóxicos).
EPIs
• capuz ou capacete (pressão positiva):
 fornecimento de ar respirável adequado;
 isento de monóxido de carbono (CO).
• luvas de cano longo de lona ou couro;
• roupa de proteção:
 macacão;
 avental de couro ou raspa.
• botas de segurança.

POEIRA - RISCO
A poeira pode ficar presa nos pulmões e criar uma barreira para a captação do oxigênio.
As partículas respiráveis menores que 10 µm são as piores, pois penetram até a região dos alvéolos.
• uma máscara adequada filtrará a poeira e permitirá a entrada de ar limpo nos pulmões.
Doenças:
• silicose (inalação de sílica cristalina – SiO2 de abrasivos (areia) e quartzo);
 a portaria 99 (19 de outubro 2004) do Ministério do Trabalho e NR-15 proíbem o uso da
areia como abrasivo.
• siderose (inalação do pó de óxido de ferro – ferrugem).

Equipamento de jato PERIGO RISCO EPI
Ruído Perda auditiva
Compressor Protetor auricular
Explosão Ferimento
Mangueira de ar/engates Rompimento Ferimento -
Máquina de jato Protetor auricular
Explosão Ferimento
Mangueira de ar e abrasivo Rompimento Ferimento -
Ruído Fluxo de ar Protetor auricular
Capacete ou capuz
Respiração e CO Dano à saúde Filtro
Capuz ou Capacete
Roupa de proteção
Alta velocidade Ferimentos
Abrasivos Avental
(válvula de homem morto) Óculos de segurança
Poeira Danos respiratórios
Luva
Botas
Iluminação
Escorregões e Queda Botas (piso de grade)
Cabine jateamento Granalha esférica
Danos respiratórios Capuz ou Capacete
Pó em suspensão
Equipamento Shot Blast PERIGO RISCO EPI

Perda auditiva Capacete
Ruído Protetor auricular
Abrasivos Escorregões e Queda Óculos
Derramamento
 ferimentos Botas (piso de grade)

HIDROJATEAMENTO
Processo que utiliza jato de água para limpeza e preparo de superfície metálica, podendo ser de
baixa, alta e ultra-alta pressões (>35.000 psi)

Hidrojateamento PERIGO RISCO EPI

Bomba Protetor auricular
Explosão Ferimentos
Mangueira Rompimento Ferimentos -
Inalação contaminantes
 danos respiratórios
 danos à saúde Capacete e/ou capuz
Água pressurizada Protetor facial
Perda auditiva
Ruído Protetor auricular
Água
Projeção de resíduos Penetração na pele Roupa impermeável
Névoa contaminada  ferimentos Luva impermeável
 lesões oculares Botas impermeáveis
Morte

CABOS DE SEGURANÇA PARA MANGUEIRAS

PROTEÇÃO CONTRA CHICOTEAMENTO DE MANGUEIRAS
Cabos de segurança para mangueiras
O cabo contra chicoteamento (enforca gato) para mangueiras de alta pressão é elaborado para
atender a norma regulamentadora do trabalho NR12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e
Equipamentos, no jateamento, ferramentas mecânicas pneumáticas, hidrojateamento e pistola
sem ar.
Material: aço-carbono ou aço inoxidável

RISCOS ASSOCIADOS A PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
PERGUNTAS ?
RISCOS ASSOCIADOS A
APLICAÇÃO DE TINTAS

Dependendo do método de aplicação, é possível que os pintores sejam expostos a materiais
tóxicos, névoas, partículas e vapores inflamáveis ou explosivos.
Os dois riscos principais na aplicação de tintas, são:

• a exposição do pintor a substâncias tóxicas ou perigosas (Limite de Tolerância);
• incêndios ou explosões.
Segurança na aplicação das tintas

Antes de iniciar os trabalhos de aplicação da tinta, o pintor deve encontrar as informações de
segurança na pintura nos seguintes locais:
• no rótulo da tinta;
• na FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos.
A aplicação das tintas por pulverização envolve maiores riscos

• quantidade de vapor de solvente orgânico no ar;
• névoa de tinta no ar.
RISCOS
Os riscos no armazenamento de materiais inflamáveis, são:
• incêndio; Inflamável
• Explosão (ponto de fulgor abaixo 26,7°C).
Os riscos na preparação da tinta e na aplicação, são:

• produto químico inflamável, tóxico e corrosivo (FISPQ); Atenção
• material volátil (solvente):
 incêndio e explosão (ambiente confinado).
• aplicação: Tóxico
 contato com a pele (principal risco):
 solventes rompem as barreiras da pele (irritantes e alergias);
 resinas, pigmentos e aditivos (irritantes e alérgicos - sensibilizantes).
 inalação (pulverização):
 vapores de solvente (sistema nervoso central);
 partículas de tinta líquida (reações alérgicas); Dano a saúde
 partículas de tinta seca (irritantes ou alérgicos).
PESSOAS EXPOSTAS AOS RISCOS DURANTE A APLICAÇÃO DE TINTAS
As pessoas mais próximas da área de aplicação são as que estão mais
expostas à ação dos vapores de solvente e partículas de tinta em suspensão:
 pintores e seus auxiliares;

 responsáveis pela operação do equipamento de aplicação;
 encarregados;
 assistentes técnicos e inspetores.
A melhor maneira de proteger as pessoas dos riscos da aplicação é:
 manter as pessoas longe dos trabalhos de aplicação, ou;

 uso de roupas e equipamentos de proteção individual – EPIs.

RISCOS ASSOCIADOS A APLICAÇÃO DE TINTAS
PERGUNTAS ?
FERNANDO FERNANDES
OBRIGADO !!!!
fernando.fernandes1960@uol.com.br
www.f2treinamentos.com.br
(41) 99289-3499

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Disciplina: Noções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde na Pintura

Instrutor: Fernando Fernandes

+55 (41) 99289-3499 cursos@f2treinamentos.com.br www.f2treinamentos.com.br

2 apenas para uso da f2 treinamentos

Nascimento: 26/12/1960 Natural: São Paulo/SP Residência: Curitiba/PR

Formação: Curso: Instituição: Ano:

Experiência profissional na área de Pintura Anticorrosiva: 37 anos (1984 – 2021)

2021 Apostila de Pintura Anticorrosiva – CORZIM

5 apenas para uso da f2 treinamentos

Segurança, Meio Ambiente e Saúde - SMS:

6 apenas para uso da f2 treinamentos

7 apenas para uso da f2 treinamentos

Os serviços de pintura industrial envolvem riscos elevados no seu processo:

Nenhum profissional deve ser considerado qualificado ou especializado se não

As organizações de formação de profissionais da pintura contemplam na sua

9 apenas para uso da f2 treinamentos

10 apenas para uso da f2 treinamentos

11 apenas para uso da f2 treinamentos

13 apenas para uso da f2 treinamentos

15 apenas para uso da f2 treinamentos

A ação de agente químico no ambiente de trabalho possibilita a exposição do trabalhador a este

A possibilidade de um agente químico entrar no organismo (→ vias de penetração) do trabalhador

• estado sólido: poeiras, pulverização seca ...

• estado líquido: névoas ...

• estado gasoso: vapor, gases ...

Pele e olhos Boca Nariz e Boca

4. Sinalizar e treinar o trabalhador

5. Utilizar EPI adequado

17 apenas para uso da f2 treinamentos Fonte: ambientesst.com

1ª Sempre cumpra os regulamentos de segurança, meio ambiente e saúde do trabalhador;

O trabalhador também deve contribuir para prevenir e minimizar impactos ambientais.

18 apenas para uso da f2 treinamentos

19 apenas para uso da f2 treinamentos

O objetivo do treinamento é capacitar os trabalhadores na utilização de técnicas

21 apenas para uso da f2 treinamentos

N-13L Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura

NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção, Reparação e Desmonte Naval

RISCOS ASSOCIADOS AS TINTAS

24 apenas para uso da f2 treinamentos

25 apenas para uso da f2 treinamentos

 as partículas ou poeiras de tinta seca também podem causar irritações na pele;

 O USO DE EPI’s NESTES CASOS É ALTAMENTE RECOMENDADO!

26 apenas para uso da f2 treinamentos

27 apenas para uso da f2 treinamentos

Os vapores de solventes orgânicos em contato constante (exposição) com o

28 apenas para uso da f2 treinamentos

• redução da quantidade de solventes e diluentes.

 ventilação / exaustão em áreas confinadas.

• uso de EPI e Higiene pessoal.

29 apenas para uso da f2 treinamentos

A OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA) recomenda precauções

30 apenas para uso da f2 treinamentos

33 apenas para uso da f2 treinamentos

Entretanto, o alcatrão de hulha e o piche contém altos teores de Hidrocarbonetos

35 apenas para uso da f2 treinamentos

Tintas PERIGO RISCO EPI

36 apenas para uso da f2 treinamentos

Os pigmentos com metais pesados são os maiores responsáveis pela toxidez

Os pigmentos inorgânicos à base de metais pesados (cromo, chumbo e cádmio)

Uma das principais características dos metais pesados é a capacidade de

37 apenas para uso da f2 treinamentos

39 apenas para uso da f2 treinamentos