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​ pisódio 4
E
O primeiro Anunnaki chega à Terra
A segunda tabuleta

O povo do planeta Nibiru aclamava o vencedor do combate entre Anu e Alalu. O poderoso novo rei de Nibiru era festejado e escoltado ao palácio
real. Enquanto o novo rei resplandecia o alvorecer de sua glória, o guerreiro Alalu encontrava sua fuga. Era um ato de heroísmo e temor ao
mesmo tempo. Alalu fugira de Nibiru ocupando uma das naves celestiais devidamente equipada com as armas de terror. Ele guardara consigo
um segredo dos tempos do Princípio. Ele sabia que a salvação poderia estar em suas mãos. Era ganância e sede de poder, mas também a
curiosidade e o instinto de sobrevivência. Se o Segredo do Princípio estivesse correto...Ah, se estivesse correto!
O povo todo terá de render graças ao seu antigo rei, agora exilado em um planeta distante e com a salvação de todos em seu poder.
E foi assim que Alalu partiu do planeta Nibiru em busca de sua realeza universal.
Em Nibiru, o exílio era certo e sua morte provável. E então, já nas alturas, na segurança de sua nave celestial, Alalu observava o planeta Nibiru.
Era uma esfera gigantesca suspensa no vazio. O fogo das erupções, ainda que mais tênues, cintilavam, oferecendo um brilho exuberante. O
resplendor de sua poderosa plenitude era a beleza dos céus de outros mundos.
Como uma águia, Alalu explorou os céus, admirando a beleza do planeta que lhe dera a vida. Em seguida, controlando sua nave celestial, Alalu
voltou-se à imensidão do espaço, tendo Nibiru às suas costas. De um lado, punha-se a escuridão do espaço, de outro, o gigante das erupções
vulcânicas desaparecia no grande mar escuro.
Assim, os mundos e atmosferas que o rei Enshar estudara e nomeara, em homenagem aos antepassados, tornaram-se visíveis. O pequeno
Gaga, conhecido como aquele que mostra o caminho, Plutão, lhe oferecia as boas-vindas. Em seguida, o celestial Antu, o azulado e cintilante
Netuno se fazia perceber, oferecendo um bom presságio com sua tonalidade exuberante devido as suas águas puras. Encantado com a beleza,
porém seguindo seu rumo, Alalu encontrou Urano, o planeta dedicado a An, de um brilho verde-azulado.
Mas seu destino tomava o rumo do primeiro príncipe dos céus: Anshar. Os anéis eram belos e resplandecentes e pareciam enfeitiçar a nave
celestial. Alalu apreciou os anéis do belo planeta que mais tarde seria batizado pelos humanos de Saturno.
Mas de repente um mau augúrio lhe pesara o coração. Uma sombra gigantesca o impedia de apreciar o sol, mergulhando toda a sua nave em
uma gélida penumbra. Era o gigantesco planeta Kishar [ Júpiter]. Tormentas rodopiantes mesclavam diferentes tonalidades às manchas que
ocupavam o planeta. Era como se Kishar provoca-se intensos relâmpagos. Tal atividade fizera Alalu perder-se na imensidão e por um lapso de
tempo confundir-se na direção a ser tomada.
Ao recobrar a consciência de sua missão Alalu fitou o sol, à distância, ganhando espaço diante de Kishar que ficava, pouco a pouco mais
afastado.
Porém seu corpo todo estremeceu e o medo da morte encontrou o guerreiro Alalu. Era o Bracelete Esculpido. Um aglomerado de rochas e
pedras agrupadas como órfãos sem pai ou mãe. Enshar havia dito que a região estava protegida por este imenso cinturão de asteroides. Todos
os anunnaki que tentaram atravessar a região anteriormente... tinham perdido a vida. As rochas engoliram as naves de sondagem que vieram
de Nibiru, como fossem leões selvagens e famintos. Alalu podia sentir outros anunnaki, como presenciasse cada explosão em cada nave, de
cada anunnaki que partira.
Temendo por sua vida, o valente e guerreiro Alalu encheu-se de coragem. Ele não iria se entregar tão fácil. Ele sabia que se o segredo era
verdadeiro, se seus antepassados não lhe mentiram ou se equivocaram... então, o ouro seria encontrado e a gloria de um reinado celestial era
iminente.
Assim, Alalu combateu face a face as rochas. Alimentou as pedras de fogo da nave e soltou um míssil mortífero contra as rochas, que batiam
umas nas outras com o impulso. E então, as armas de terror foram arremessadas no espaço.
- Abram-se ao seu rei. Eu sou Alalu, um guerreiro vindo de Nibiru, equipado com uma nave, armas e misseis! Nada irá atrapalhar o meu
caminho. O meu destino é a gloria! Um reinado celestial está reservado a mim.
E como por feitiço o Bracelete Esculpido abriu-se como uma porta e Alalu pode ver um caminho de imensa escuridão por entre as rochas.
E atravessando o corredor aberto no Bracelete Esculpido Alalu pode sentir a glória de seu feito. Todos os outros anunnaki haviam morrido ao
tentar! Mas ele não...
Vangloriando-se de seu feito, Alalu cruzou rapidamente pelo sexto planeta na conta dos deuses celestiais. Era um planeta marrom-
avermelhado [Marte]
Seu caminho seguia em direção ao sol. Quando de repente avistou o Novo Mundo. O planeta estava dividido em três regiões: era coberto de
branco pela neve no topo e na base, azul e marrom entre elas. Era o sétimo planeta, sem dúvida, aquele era o lendário Ki.
Alalu circundou o planeta e pode observar terra firme e oceanos.
E então ligou o equipamento para verificar as profundezas. O Raio que Penetra foi direcionado e então, a surpresa.
O ouro estava lá. O raio demonstrava ouro, muito ouro.
Eu consegui, eu consegui. Dizia Alalu.
Mas a empolgação logo ofereceu espaço ao temor quando percebeu o que poderia ocorrer. Como aterrissar em segurança? Se fosse em terra
seca, poderia explodir, e então morrer. E se fosse nas águas, possivelmente o guerreiro afundar-se-ia rumo ao esquecimento.
Para qualquer decisão, parecia ser tarde demais. A atração gravitacional era forte e as asas de sua aeronave ficaram incandescentes. A
atmosfera era como um forno, mais fina que a de Nibiru, e sua rede de atração mais fraca.
E então a nave celestial começou a estremecer. O impacto parecia iminente e seu coração prendia-se em agonia. E então o estrondo. E
pequenos flashes se fizeram ver. A nave aterrissou e Alalu foi arremessado ao seu inconsciente, ficando completamente imóvel, inerte e
desmaiado.
Não havia dimensão para que o tempo pudesse ser medido e, sem absoluta noção, o herói Alalu conseguiu mover-se e perceber que havia
sobrevivido. Foi este o momento em que o primeiro Anunnaki havia chegado à Terra, ou como os próprios anunnaki chamavam, ao planeta Ki.
Recobrando a consciência plena Alalu observou que sua nave havia descido em terra seca, no limite de amplas terras pantanosas. Então o
primeiro anunnaki a chegar na Terra vestiu um traje de peixe e um capacete de águia e abriu a porta de sua nave. Observou o solo em que
estava e deu os primeiros passos no Novo Mundo. Andou entre as águas da região pantanosa e estremeceu com o frio. Percebeu que era um
viajante solitário, possivelmente exilado para todo o sempre de Nibiru. No Novo Mundo ninguém o havia recebido e então, também ali estava
sozinho. Lembrou-se de sua família, de seu reinado, da batalha com Anu, dos perigos que enfrentou, e do bracelete esculpido. Estaria exilado
de Nibiru para sempre? Para sempre?
A angústia lhe tomara o peito e então ele voltara para a nave para se alimentar e beber.
Foi quando um sono profundo o venceu, uma poderosa letargia que o fez dormir, e mais uma vez a inconsciência o encontrou. Alalu
adormecera enquanto seus pensamentos perdiam-se em toda a história e em tudo o quanto sabia. Alalu fora devidamente treinado e
preparado.
Ele havia estado em meios aos grandes, aos sábios, eruditos e comandantes. Enganara-se quem pensava que Alalu era apenas um coadjuvante
nesta história. Alalu aprendera muito com seu antepassado Anshargal, sabendo do céu e dos circuitos. Com Enshar teve seus conhecimentos
ampliados de forma grandiosa. E foi como um profundo conhecedor que Alalu pode conversar com os sábios, eruditos e comandantes
ampliando sobremaneira seus conhecimentos. Foi ali, naquele meio em que aprendera sobre o Segredo do Princípio. E este segredo que Alalu
guardava que o levou até o distante planeta para além do bracelete esculpido, é o que conheceremos a partir de agora.
No princípio quando os deuses dos céus não tinham sido chamados à existência, e no Ki abaixo, o chão firme ainda não tinha sido nomeado. Só,
no vazio, existia o Apsu, o engendrador Primordial. Nas alturas do Acima, os deuses celestiais ainda não haviam sido criados, nas águas do
abaixo, os deuses celestiais ainda não haviam aparecido. Acima e Abaixo nenhum dos deuses estava formado e nenhum destino havia sido
decretado.
Apsu reinava sozinho, no vazio. E depois, com os ventos de Apsu, as águas primitivas se mesclaram e um feitiço fora lançado. Sobre as
profundezas do vazio um sono profundo se fez e Tiamat, a Mãe de Tudo foi criada para ser sua esposa. Uma mãe celestial abundante em água.
Para junto dele, Apsu trouxe Mummu e o nomeou como seu mensageiro para presentear Tiamat. E então, um presente resplandecente Apsu
concedeu para sua esposa: um metal brilhante, o ouro eterno, para que somente ela o possuísse. E então os dois mesclaram suas águas para
produzir os demais filhos divinos. Eram aqueles todos, todos os planetas pelos quais Alalu havia passado.
E naquele tempo, Nibiru ainda não era visto. E a Terra ainda não tinha sido chamada à existência. As águas celestiais ainda estavam unidas e
não havia ainda bracelete esculpido e nem circuitos estabelecidos.
Tiamat enfurecida por não descansar, sem os destinos traçados ou circuitos estabelecidos, formara um exército contra Apsu e tomou-o
primogênito. Chamou-lhe de Kingu, e o elevou até o grau de An. Pendurou em seu peito uma tabuleta do destino para adquirir seu próprio
circuito e instruiu Kingu a combater contra os deuses.
E naquele tempo, um deus fora engendrado. Um astuto criador o forjou, era filho de seu próprio Sol. Das profundezas onde fora criado, se
separou e com ele levou a Semente da Vida, um presente divino. E vagou, sem rumo pelo espaço atraindo todos os outros. O seu nome era
Nibiru e deveria ser conhecido para sempre como o Cruzamento. Nibiru juntou as tropas, os irmãos e tornara-se o Vingador para enfrentar
Tiamat.
Encontrou caminho, diante de seus irmãos e então, a Batalha Celestial teve início. Face a face Nibiru e Tiamat se digladiaram. O Vento Maligno
de Nibiru atingiu as vísceras de Tiamat e com diversos golpes Tiamat tornara-se um cadáver massacrado. Sem forças, sua hoste perdeu o
equilíbrio e seus filhos, Kingu entre eles tremiam de terror. As tabuletas dos Destinos foram arrancadas pelo Senhor e novas batalhas tiveram
início.
Ao fim da batalha, o Bracelete Esculpido encontrou seu curso, bem como os demais filhos e filhas. Nibiru abrigava a Semente da Vida e Ki, a
Terra, estava formada. Kingu foi destinada a iluminar a noite da Terra, eternamente.
Nibiru, então, fora exaltado. O filho legítimo do sol, forjado nas profundezas, o maior de todos, que seja o soberano. Nibiru deverá manter o
cruzamento de céu e Terra e Cruzamento é então, o sol nome. Nenhum dos deuses cruzarão acima ou abaixo. O seu destino é, e para sempre,
tomará a medida de um Shar.
E foi este o Segredo do Princípio e a Batalha dos Deuses do qual Alalu tudo sabia. Encontrar ouro no bracelete esculpido era a confirmação. O
ouro no bracelete esculpido era o indício de ouro na parte superior da antiga Tiamat. O Segredo do Princípio que lhe fora ensinado começava a
apresentar sinais claros de sua veracidade.
E foi assim, que Alalu acordou sem saber quanto tempo passara dormindo. A fuga de Nibiru era apenas o princípio de uma nova história, um
novo tempo, e um novo mundo.
Tomado de coragem Alalu levantou-se percebendo uma luminosidade para fora de sua nave, como jamais havia visto em Nibiru. Era o sol. Alalu
estendeu um mastro, um medidor sobre a nave e testou o ar do Planeta. Era compatível. Então, abriu a porta da nave e com as comportas
abertas respirou o ar profundamente. E então, outra vez. O ar de Ki era, sem dúvida alguma compatível.
Então sem o traje de proteção Alalu desceu de sua nave. A luminosidade era demasiada forte e os raios de sol eram... esmagadores. Ele teve de
retornar e vestir uma máscara de proteção para seus olhos, e aproveitou para munir-se de uma arma com coletor. Descendo à terra, pisou no
solo escuro e caminhou até o pântano. Com o coletor testou a água, mas ela não era própria para o consumo. As águas eram turvas, escuras e
esverdeadas. E tinha mais um detalhe importante que seus olhos vislumbraram. Havia peixes. Muitos peixes...
Alalu foi então em direção às colinas. Passou entre a vegetação e apreciou os arbustos que davam lugar às árvores cheias de frutos. Tomou
então, um de seus frutos e colocou-o na boca. O sabor era doce. Caminhando, em seus pés era possível sentir a umidade. E caminhou, então
em direção a ela. Encontrou uma lagoa de águas silenciosas. Mais uma vez inseriu o coletor nas águas, mas desta vez, fora diferente. Era
possível beber a água.
A alegria tomara conta de todo seu corpo. O novo mundo tinha ar respirável, frutos que poderia comer e água para beber. Foi quando um som,
um sibilar o distraiu. Arma em punho, procurou a fonte do som e tendo encontrado atirou. O som terminou e o sibilar cessou. Então, ele pode
ver um corpo que estava imóvel, jazia morto. A criatura possuía olhos ferozes em sua pequena cabeça e fora da boca esticava uma língua
enorme. O corpo era esbelto como uma corda, sem mãos, nem pés. Era uma criatura rastejante. Alalu se perguntou que tipo de criatura era
aquela. Ele jamais havia visto algo semelhante em Nibiru. Seria um guardião, um mestre da água? Sem resposta, Alalu deixou a criatura para
trás e encontrou seu caminho de volta para a nave. Antes, coletou água e frutas. Durante o trajeto os raios de sol diminuíam de forma
acentuada, E assim, Alalu se surpreendeu. Ficou escuro, muito escuro. A brevidade com que havia escurecido era surpreendente. E por sobre o
pântano uma luminosidade se elevava no horizonte. Uma enorme bola vermelha que na medida em que se elevava ficava branca.
Alalu estava emocionado. De sua nave ele contemplava o infinito e o firmamento de um Novo Mundo. Agora, e no trajeto, ele pode ver todos os
planetas, presenciou e ultrapassou o Bracelete Esculpido e conseguiu chegar em Ki de onde observava Kingu resplandecer na escuridão da
noite. Enquanto contemplava o seu feito, Alalu refletia que assim que o dia ficasse claro, ele deveria prosseguir seus feitos e, na medida do que
lhe fosse possível investigar a presença do ouro. Se era verdade os Relatos do Princípio, então as águas lavraram as veias douradas de Tiamat. E
ali, nas águas de Ki, na metade cortada, se encontraria o ouro.
Ao raiar do novo dia Alalu saiu de sua nave com o equipamento necessário e procurando as águas, inseriu nela o que era preciso para
descobrir. E observando o medidor, os símbolos e números sendo preenchidos, a verdade se posicionou diante de seus olhos. Era verdade, o
Segredo do Princípio lhe confiara o maior dos feitos e lhe reservara a realeza celestial. Ele havia encontrado ouro em Ki. Havia ouro na Terra.
Tomado por um entusiasmo que não lhe cabia Alalu entrou em sua nave às pressas, e de posse da Tabuleta dos Destinos, endereçou sua
mensagem às profundezas do espaço, na direção de Nibiru.
Atenção Nibiru. Repito: atenção planeta Nibiru.
Quem vos fala é o seu rei. O seu antigo rei. Eu parti em uma das naves celestiais. Joguei minha vida à sorte de meus feitos e com muita
habilidade descobri como atravessar o Bracelete Esculpido. As rochas abriram caminho para a realeza de Nibiru e cheguei ao planeta Ki. Existe
frutos, água e ar compatível. Eu Alalu, sou o primeiro anunnaki a chegar no planeta da salvação. Eu encontrei ouro. Sim, eu encontrei ouro em
Ki. A Sorte de Nibiru está em minhas mãos... Agora prostem-se ao seu novo Rei. A minha realeza é celestial. Agora, prestem atenção, escutem as
minhas condições:
E diante deste fato Alalu deixou claro. A seguir, ele ofereceria suas condições.

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ANUNNAKI por Lucas M. Kern

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