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LIVRO PERDIDO DE ENKI - PRIMEIRA TABULETA

ANUNNAKI – EPISÓDIO 3 - O PLANETA NIBIRU

As armas de Terror foram usadas. A suméria está devastada e toda a vida que havia, transformara-se em morte. Enki, o grande Deus, decidiu
chamar o seu Escolhido, o escriba mestre, Endubsar. Após a abdução de Endubsar, Enki começou a falar.
Com o espírito pesado, eu me lamento; lamentos amargos que enchem meu coração.
A terra está desolada. A suméria está destruída. Os cadáveres se acumulam e se empilham. O vento Maligno, a Grande Calamidade se abateu
sobre o povo e sobre as cidades.
Nada mais se move nos rios. As águas puras e cintilantes transformaram-se em veneno. A morte é o único cheiro aqui. Não há mais vida, e
apenas o vento faz som.
Os altos e grandiosos templos foram abandonados por seus deuses.
Não há comando algum... cetro e coroa desapareceram.
Nas margens dos dois grandes rios outrora exuberantes e cheios de vida agora só brotam ervas daninhas.
A humanidade jamais havia visto algo assim. É triste perceber que onde antes havia cidade, o lar de deuses e de homens, agora somente as
ruínas se revelam. A destrutiva mão do terror se abateu sobre todas as cidades, do oeste até o leste. Foi um Vento Maligno, uma tormenta
nascida em uma planície distante, uma Grande Calamidade acompanhando seu caminho.
Um Vento Mortífero, uma tormenta devoradora. Foi como um dilúvio, porém de vento e não de água, com ar envenenado. Foi a sorte, e não o
destino, que decidiu assim.
Os grandes deuses, em seu conselho, decidiram pela Grande Calamidade, e assim a provocaram. Enlil e Ninmah, meus amores, permitiram. Eu,
por minha vez, supliquei que fosse contida toda a destruição. Argumentei dia e noite, mas foi em vão. Ninurta, o filho guerreiro de Enlil, e
Nergal, meu próprio filho dispararam as armas do terror e liberaram o grande veneno pela planície.
Agora, eles choram em angústia. Ninguém poderia prever que o vento maligno nascido do oeste encontraria seu caminho até o leste. Nas
cidades sagradas, um após o outro os deuses fugiram das suas cidades e esvaziaram os seus templos. Em Eridu, na minha cidade, nada pude
fazer para deter a nuvem de veneno que migrou para minha direção.
Sem sucesso para deter a grande destruição eu e minha esposa Ninki abandonamos a cidade. Tão logo o vento maligno encontrou seu curso até
Nippur, Enlil e sua esposa partiram apressadamente e em sua nave, sobreviveram.
Na cidade de Ur, onde estava a realeza suméria, Nannar suplicou a Enlil para que impedisse o Vento da Morte de comandar a sorte e os
destinos... Mas Enlil disse que nem mesmo ele, quem decidia pelos destinos e pela sorte, poderia impedir o Vento da Maligno e então orientou
que Nannar e sua esposa Ningal também deixassem a cidade.
A vocês que acompanham meu lamento pela suméria...
saibam que o Grande Dilúvio fazia parte do destino. Mas a grande Calamidade, o Vento da Morte, não. A quebra de uma promessa provocou a
decisão de um conselho dos deuses e as Armas de Terror foram autorizadas. Foi uma decisão, que isto fique claro, não foi o destino.
Foi contra Marduk, o meu querido filho primogênito, que a destruição fora proferida. O primogênito de Enlil declarou sua oposição e ameaçou
com o uso de armas. Assim, um exército se ergueu e a Babilônia fora criada como centro do mundo. No conselho dos anunnaki as disputam
eram constantes e crescentes. Sempre me opus ao confronto e aconselhei a paz. Argumentei com veemência que havia chegado o tempo de
Marduk. Os céus anunciavam a chegada da sua era. Mas Ningishzida, outro dos meus filhos, argumentaram que os céus anunciavam outros
signos. Eu sabia que o seu coração não poderia perdoar as injustiças de Marduk para com ele. Nannar, filho de Enlil, a seu turno, também fora
implacável.
Assim, todos os grandes deuses, um a um, impuseram suas opiniões. A discussão era grande, a balburdia era generalizada e as acusações e
farpas encontravam luz em todos os cantos mais escuros e obscuros da vida dos anunnaki. Até mesmo Inanna, estava fora de si. Exigia o castigo
de Marduk pelo assassinato de seu amado Dumuzi.
Ninurta foi, quem por fim, fez com que a sua voz fosse ouvida. Marduk só será interrompido se for com o uso das armas. O primogênito de Enlil
estava enfurecido. E não somente ele...
Na realidade o que se discutia na assembleia dos grandes anunnaki é de que não poderíamos permitir que Marduk chegasse até as armas de
terror antes de todos os outros. Nergal, o senhor dos mundos inferiores, exigia o uso das armas. Ele dizia: que se utilizem as antigas armas de
terror para destruir.
Eu me entristeci profundamente.
Não podia conceber o que acontecera diante de meus próprios olhos.
Em lugar do acordo, houve silêncio. E Enlil, meu irmão, quebrou o sagrado silêncio, para na assembleia dos deuses pronunciar: um castigo,
disse ele, deve acontecer. Marduk e Nabu, estão nos privando do nosso patrimônio, e nós lhes privaremos de um lugar nas naves celestiais. Que
queime o lugar até o esquecimento. Ninurta, enfurecido dizia: me deixem ser aquele que irás às vias de fato. Me deixem queimar tudo. Nergal
tomou a palavra para dizer: que as cidades dos malfeitores sejam destruídas. Me deixem arrasar as suas cidades. Permitam que eu seja o
aniquilador.
Ninmah, minha irmã, que ajudou a criar a humanidade, pronunciou: os humanos não podem pagar pelos nossos erros. Eles não podem ser
exterminados... os justos não devem morrer ao lado dos pecadores. Esta é uma questão de deuses... é nossa questão, dos anunnaki... não é dos
homens, é dos deuses.
Anu, da casa do céu, ouviu a todos e então proferiu sua sagrada decisão:
As armas de terror devem ser usadas. Que o lugar seja arrasado, e que o povo lhe perdoe por isto. Que Ninurta aperte o gatilho das armas de
terror, e que Nergal seja o Aniquilador.
E foi esta a decisão que Enlil anunciou: Vou revelar a eles um segredo dos deuses. O lugar oculto de todos, o esconderijo das armas de terror, eu
desvelarei.
Assim, conforme combinado as armas de terror com grande resplendor sairiam de seus esconderijos. E por onde passariam, em tudo canto
que tocariam, em pó, a tudo converteriam.
Foi assim que o juramento foi violado. Os dois filhos, plenos da decisão, orgulhosos e de passos rápidos, emergiram da câmara de Enlil. As
armas de terror foram reveladas.
Os demais anunnaki retornaram para as suas cidades, sem sequer imaginar que o uso das armas de terror seria também uma Grande
Calamidade.
Como uma vasilha que se parte ao chão, o juramento fora extinto. E as armas de terror foram utilizadas.
Este foi o relato dos tempos prévios e das armas de terror. Preciso dizer que antes destes tempos prévios, havia o princípio. E depois dos
tempos prévios houve os tempos de antigamente. Naqueles tempos, nos tempos de antigamente, os anunnaki desceram dos céus para a Terra e
criaram os homens. Nos tempos prévios, porém, ainda não havia deuses na Terra, e os humanos não tinham sido criados.
Nestes tempos prévios a que me referi é onde encontraremos o começo de toda a história. E é este o começo que revela todos os mistérios.
O que vou contar é sobre o planeta Nibiru, a sorte o destino que fora reservado aos anunnaki.
Nibiru é um planeta de órbita larga. É um grande planeta avermelhado. Ele faz uma volta alargada em torno do sol. Durante um tempo Nibiru
se envolve em frio, e em parte do percurso o sol forte retorna a brilhar.
Nibiru está envolvido em uma atmosfera grossa. Essa atmosfera é constantemente alimentada por erupções vulcânicas. No período frio a
atmosfera mantém o calor, como um casaco que recobre o planeta inteiro. No período quente a atmosfera protege Nibiru. Nos meios períodos,
entre os picos de calor e de frio, as chuvas ganham força, oferecendo consistência aos lagos e rios.
Nibiru é coberto por uma exuberante vegetação que alimenta e protege a atmosfera. Assim surgiu todo tipo de vida, nas águas e na terra.
Nossa espécie, os anunnaki, também surgiram naturalmente, pela própria essência, como uma semente eterna para procriar.
Com o tempo os anunnaki se multiplicaram e tomaram lugar nos vales, planícies e montanhas. Montaram lares, construíram povos e as
civilizações tiveram início. De fato, neste tempo, as disputas e rivalidades começaram e uma primeira guerra tomou forma: a nação do norte
contra a nação do sul.
Assim, os bastões foram transformados em armamento pesado e as civilizações em exércitos. Com o tempo, misseis foram lançados e de irmão
contra irmão uma longa e feroz batalha teve início. Morte e destruição varreram as terras do norte e do sul.
A destruição tomou conta de todo Nibiru.
Durante muito tempo a desolação teve espaço em Nibiru. Não foi uma, nem duas.
Foram várias órbitas. E então, resolveu-se declarar uma trégua, e logo em seguida clamores de paz surgiram por toda a parte a parte. As nações
devem se unir e apenas um trono deve haver em Nibiru. Que seja um rei para a todos governar, declararam.
O rei escolhido deveria pertencer ao norte ou ao sul. Uma consorte seria também escolhida, porém da região oposta. Assim, norte e sul
estariam unidos nas figuras de rei e rainha. Marido e mulher eram uma só carne e o filho que nascesse de sua relação seria o sucessor, com
uma dinastia que logo seria formada.
O escolhido para governar era um poderoso guerreiro e comandante do norte. Ele recebeu o título de An, que significa Celestial. Assim, foi
reestabelecida a ordem nas terras, as leis e os regulamentos. An unificou as terras, reparou os canais, construiu as cidades e proveu abundância
e ordem. Sua companheira, escolhida do sul conforme acordado, recebeu o título de Antu, a esposa de An.
De sua relação três filhos nasceram e o primeiro deles era Anki. Anki manteve-se sozinho no trono, ainda que as concubinas que foram ao
palácio não tenham lhe dado filhos. Assim, a dinastia que recém começara fora interrompida, logo que ele morreu. O próximo foi o filho do
meio, que não era o primogênito, foi nomeado como herdeiro legítimo. Recebeu o título de Anib que significa, aquele que está no meio, para
justificar sua posição em meio aos irmãos.
Anib recebeu como esposa Ninib, que significa a dama de Ib.
Juntos eles tiveram um filho, chamado de Anshargal, o sucessor do trono e o quarto dos reis a governar Nibiru. Sua esposa foi sua meia-irmã
Kishargal.
De seu reinado, o estudo fora o maior legado e assim da grande volta de Nibiru fixou um shar, que equivale a 3600 anos terrestres. Um shar ele
dividiu em dez partes e declarou duas festividades: uma quando Nibiru está próxima ao sol, outra em sua fase mais distante e fria.
Sua intenção era unificar o povo, e então, assim ele fez, a festa do norte e a festa do sul, serviam a todos.
Foi no reinado de Anshargal e de Kishargal que se criou a lei de marido e de mulher, dos filhos e filhas e se estabeleceram os costumes das
primeiros tribos para serem seguidas. Foi decretada a lei que dizia que uma mulher deveria ser escolhida como esposa oficial, e esta era a
primeira esposa. E na lei, o primogênito era o sucessor do seu pai.
Confusões, disputas e guerras não demoraram a se criar.
Se o filho primogênito não era da Primeira Esposa, porém o segundo filho era o seu, quem seria o herdeiro legítimo?
No reinado de Anshargal, mais uma vez as concubinas foram levadas ao palácio real. E assim, as concubinas tiveram filhos e filhas. Algum
tempo depois a esposa legítima, Kishargal teve um filho. Por lei, o filho de Anshargal e Kishargal era o legítimo herdeiro, embora não fosse o
primogênito.
Kishargal, a sua mãe, a verdadeira e legítima esposa de Anshargal gritava enfurecida:
Se, pelas normas, meu filho de uma primeira esposa nascido, vê-se privado da sucessão, não deixe que a dupla semente se negligencie. Embora
de diferentes mães, eu e o rei somos descendentes de um mesmo pai, o rei. Eu sou a meio-irmã do rei; e de mim, o rei é também meio-irmão.
Assim meu filho possui a dupla semente do nosso pai, Anib. Que, na sucessão, a Lei da Semente, sobre a Lei do Casamento prevaleça. Que, na
sucessão, o filho de uma meia-irmã, seja quando for que nasça, se eleve sobre os demais na sucessão.
E Anshargal, o rei, decidiu conforme Kishargal, sua esposa e meio-irmã havia dito. O filho deles, ainda que não fosse primogênito, foi
proclamado o próximo rei. A Lei da Semente fora adotada para sucessão e assim, a divergência entre esposa legítima e concubina fora decidida.
O novo rei recebeu o título de Anshar, o quinto no trono de Nibiru. Anshar recebeu por esposa também uma meia-irmã, chamada Kishar. E
assim, ainda que Anshar tivesse filhos com as concubinas, o herdeiro legítimo seria filho do rei e da rainha.
No seu reinado os campos reduziram suas colheitas e os frutos e cerais perderam abundância. De ciclo em ciclo, de shar em shar, os problemas
cresciam cada vez mais. Com o tempo, os sábios e eruditos foram chamados para investigar o que acontecia. Alguns diziam que já acontecera
anteriormente e que este era o destino de Nibiru. Outros, concluíram que havia surgido uma brecha na atmosfera e que os vulcões já não se
lançavam como antes, o que fazia o ar mais tênue e o escudo protetor de Nibiru diminuira consideravelmente seu nível de eficiência.
Nestas condições assumiu o trono o sexto rei. Enshar era seu nome, filho de Anshar e Kishar e significava Nobre Mestre do Shar.
Enshar estudou muito e procurou por uma resposta em outros planetas e atmosferas. Deu aos planetas diferentes denominações
homenageando os seus antepassados. Enshar batizou a região próxima ao sol de Bracelete Esculpido, e anunciou que a região estava protegida
de intrusos por diversos escombros.
Enshar seguiu estudando e procurando por uma salvação. Mas de shar em shar, as brechas aumentavam cada vez mais. Os estudiosos, em seus
conselhos, discutiam o que fazer, mas parecia não existir uma solução. Até que surgiu a ideia de procurar artificialmente estimular os vulcões a
produzir novas erupções.
Mas no reinado de Enshar a fenda só aumentava. Parecia uma espécie de maldição. As chuvas não ocorriam, os ventos sopravam mais fortes e
as nascentes não emergiam.
Assim Duuru subiu ao trono. Era filho do rei, mas não da rainha. Enshar tomou Ninshar por esposa, mas ela não lhe deu filhos. E então, uma
das concubinas lhe dera um filho e assim, Duuru, filho de Enshar com uma concubina assumiu o comando de Nibiru.
Duuru não tinha dupla semente. E talvez por este motivo, não tenha oferecido a devida importância. Duuru escolheu como Primeira Esposa,
não uma meia-irmã pela Lei da Semente. Foi por amor.
A confusão estava instaurada. No palácio real os filhos não eram herdeiros, e as esposas não eram meio-irmãs. Como se não bastasse este fato,
filhos e filhas do rei, sequer nasciam. A confusão real se espalhara por toda parte, tal qual a fenda na atmosfera de Nibiru que só o que fazia, era
crescer e crescer.
Desesperados Duuru, a sétima semente de An, junto com sua esposa, Dauru decidiram adotar um menino. Nomearam de Lahma e
pronunciaram-no como herdeiro legítimo que posteriormente fora transformado em rei.
Lahma era diferente de seu pai, Duuru. Ele era a sétima semente de An. Mas Lahma não era descendente dos governantes. E tal qual a realeza,
assim os problemas em Nibiru estavam cada vez mais abundantes. Sábios e estudiosos, ao fim, chegaram a uma solução. Ouro... Ouro, gritavam.
Se moído até um pó fino, pulverizado ao ar, poderia ficar suspenso e assim a fenda poderia se fechar, oferecendo a proteção necessária.
O ouro, disseram os sábios, era abundante no Bracelete Esculpido. E a partir deste momento as naves espaciais começaram a ser construídas.
Um outro grupo, sugeriu o uso das armas de terror, que se lançassem misseis aos vulcões, para estimular o seu trabalho.
Mas Lahma, o rei de Nibiru, não conseguia tomar uma decisão.
E então Nibiru contou uma volta... e depois, outra volta...
Os conflitos se estendiam, pelo reino. A comida e a água eram escassas. Na corte real os sábios iam e vinham, mas o rei não dava ouvidos a
conselheiros e sábios, somente à sua esposa, Lahama.
O terceiro e o quarto shar se passaram e a conta já chegava em 14.400 anos se contássemos o tempo da Terra.
Supliquemos ao Criador de Tudo. Vamos suplicar a ele ao invés de agir. É o destino, aconselhava a esposa do rei.
Mas o povo, os sábios e os conselheiros estavam desesperados. Algo precisava ser feito. Já que o rei não faz, que nós façamos. Precisamos de
uma decisão, uma definição... dizia o povo.
E foi um príncipe quem primeiro tocou nas armas. De dentro da corte real uma rebelião teve início. Ele anunciava que um novo tempo havia
chegado e conclamou os demais a segui-lo. O nome do príncipe era Alalu.
- Lahma não deverá ser mais o rei! De agora em diante eu, é que serei. Vamos atacar o rei em sua morada. Façamos com que abandone o trono.
Os príncipes o seguiram e uma perseguição dentro do palácio teve início. Por fim, na torre, Alalu encontrou Lahma e o enfrentou em uma
batalha em que somente um dos dois estaria vivo. O guerreiro Alalu venceu e proclamou-se o rei, para além de qualquer conselheiro ou lei.
Alalu é agora o novo rei!
Alalu não estava errado... e um novo tempo havia começado.
E não era um tempo bom. Desconfiança e intrigas. A questão era clara. Lahma era, ao menos, filho adotivo de uma das gerações de An... mas e
Alalu... Quem era Alalu? Não era herdeiro legítimo nem primogênito, mas se defendia dizendo possuir semente real. Alalu foi chamado perante
os Sete que Julgam, para expor suas ideias.
E foi a lá a grande revelação. Anshargal era sua descendência, uma semente real vinda diretamente de An, o celestial.
Preciso lembrar a todos da descendência. Foi lá, no reinado de Anshargal e de sua esposa Kishargal, há milênios e milênios atrás que se definiu
a Lei da Semente. O primeiro Rei a se beneficiar de tal regra foi Anshar, filho de Anshargal, o rei, e de Kishargal, sua esposa. Antes de seu filho
nomeado como herdeiro legítimo nascer, Anshargal, um de meus antepassados, Alam nasceu. Ele era filho de Anshargal com uma concubina.
Então eu, Alalu, o príncipe, tenho a semente real que o príncipe que agora jaz morto não possuía, pois Lahma, preciso lembrar, era adotado.
A Lei da Semente não faz sentido, disse Alalu. Foi uma lei criada para usurpar o trono de seu verdadeiro herdeiro, o primogênito de Anshargal.
E seu nome era Alam... Meu antepassado... Eu descendo de sua semente. O trono de Nibiru é meu.
Os Sete que Julgam consideraram as palavras de Alalu e a enviaram ao Conselho dos Conselheiros.
Os registros foram consultados, mas... o nome de Alam não estava lá.
Mas eu sou seu descendente. Eu Alalu tenho a descendência real. Vejam que a Lei da Sucessão foi substituída pela Lei da Semente, criada para
privar o verdadeiro herdeiro da realeza.
E os conselheiros pediram que Alalu prestasse juramento de vida ou morte, de suas palavras. E assim, Alalu foi nomeado o rei de Nibiru.
Foram chamados todos os outros cargos importantes para comunicar a decisão. E foi um príncipe quem se opôs. Ele dizia ser descendente de
An, e que a semente divina estava guardada nele. Anu era o seu nome. A semente de An está preservada em mim. Não se diluiu em nenhuma
concubina.
E a prova de toda árvore genealógica ele demonstrou.
- Me chamo Anu, em homenagem à semente de An.
Que Anu seja rei então, muitos afirmavam. Mas outros, recomendaram cautela. Que se chame Alalu também.
E Alalu, de braços abertos recebeu o príncipe Anu.
- Somos de descendências diferentes, mas possuímos a Semente Real. Juntos vamos trazer a abundância de volta à Nibiru. Que eu conserve o
trono, e você, a sucessão. Que Anu, seja o príncipe coroado, que ele seja o meu sucessor. Que seu filho se case com minha filha, para unificar a
sucessão.
E assim, de comum acordo, Alalu permaneceu no trono. Ele ordenou que se construíssem mais naves celestiais para trazer ouro do Bracelete
Esculpido. Mas foi informado que nenhuma das naves retornou de lá.
- Então, lancem as armas de terror, para que abram as vísceras de Nibiru, e reativem os vulcões, ele ordenou.
E assim foi feito.
As montanhas balançaram, vales estremeceram, mas a chuva se recusava a cair e os ventos sopraram com força.
No palácio real Anu era tratado como um servo de Alalu, e não como um príncipe, como de direito.
E nas cidades, o povo de Nibiru não mais venerava seu rei. Em vez de alívio, Alalu trouxe apenas miséria. E ainda assim, no trono permanecia.
Foi quando, no nono shar, Anu apresentou confronto a Alalu. O desafio era um combate, completamente desarmados.
E foi assim que Alalu curvou os joelhos e caiu contra o chão. Alalu fora derrotado em combate. E por aclamação Anu foi proclamado o novo rei,
e escoltado até o palácio.
Alalu, porém, não retornou. Ele temia sua morte, o destino e a sorte de seu antecessor do qual fora algoz.
Por entre a multidão escapou e procurou uma das naves, os carros celestiais, armado de projeteis.
Ao entrar na nave acendeu todos os comandos e partiu. Sem que ninguém pudesse prever Alalu escapou de Nibiru em uma nave celestial e fez
seu caminho até um longínquo e distante Planeta, através de um segredo.

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ANUNNAKI por Lucas M. Kern

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