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Discente: Natan Oliveira Ruben

Educação como reprodução da sociedade


Iremos abordar a “Teoria crítico-reprodutivista” da educação denominada por
Demerval Saviani (professor, filósofo e pedagogo brasileiro PUC-SP), que cita
entre muitos autores adeptos dessa teoria: Rouis Althusser (filósofo francês)
adepto ao marxismo estrutural.

Rouis afirma que na sociedade capitalista a escola é o principal aparelho


ideológico do estado, assim, possui uma posição dominante em relação aos
demais. A instituição escolar atua a serviço do estado, e consequentemente a
favor da manutenção e reprodução da ordem social vigente.

Rouis vai além, abordando a educação como reprodutora indissolúvel da


sociedade, dividindo-a entre duas vertentes essenciais para a constante,
contínua e imprestável força de trabalho das industrias: uma vertente biológica e
uma outra cultural.

Essa ideologia baseia-se na perenização, na necessidade constante e ininterrupta


de reproduzir-se, caso contrário, limita-se, chegando a desaparecer em sua
concepção.

Ele ainda deixa evidente que toda sociedade, para perenizar-se, necessita
reproduzir em todos os seus aspectos e que para que isso aconteça,
econominastas marxistas burgueses reconhecem "que não há produção possível
sem que seja assegurada a reprodução das condições nas teorias biológicas
culturais.

Deixando de lado um pouco a parte material (maquinário) adentramos na


produção biológica, a parte impulsionadora da produção, o proletariado, que
significa exatamente a multiplicação biológica dos homens - no caso,
trabalhadores, o operário para o sistema produtivo capitalista. A prole nada mais
é uma sucessão macabra de um sistema doente e cruel, onde trocam-se os filhos
pelos pais trabalhadores adoecido e mortos, o que importa é a produção
funcionar em pleno vapor, sem medir consequências.

Mas o que adiantaria matéria prima, mão de obra rústica, precisa-se também da
mão de obra qualitativa (cultural), ou seja, torna-se necessário uma hierarquia,
formação profissional, segundo os diversos níveis e necessidades da divisão
social do trabalho. No início, esses profissionais formavam-se qualitativamente
nas sociedades simples e primitivas, aprendia-se operando o próprio meio de
trabalho, na prática. A medida que foram se tornando mais complexos, seja do
ponto de vista numéricos, seja do ponto de vista qualitativo (reprodução cultural
da força de trabalho, foi delegada a uma instituição social específica: a escola).

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