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Tesouros da Eternidade
Então, indaga Wolfgang Smith a Bultmann sobre o preço que o cristão moderno teria que pagar para
evitar tal esquizofrenia:
“Mas a que preço? Ora, o de tornar irreais os ensinamentos Bíblicos nos quais se alicerça sua fé e com os
quais ela se associa intimamente”. (Op. cit.)
Na análise psicológica e psiquiátrica da mentalidade ateia moderna e pós-moderna, o cristão autêntico
padece de esquizofrenia. Tal diagnóstico é constatado pelo fato do cristão falar de um “mundo invisível”
ao homem natural, “mundo espiritual” que se torna cada vez mais ausente e esquisito para a visão do
mundo secular. Não é de se estranhar tal diagnóstico, visto que o homem natural de nosso tempo se baseia
apenas em suas duas fontes naturais de conhecimento: a razão e os sentidos; enquanto que o cristão
autêntico, por tratar-se de um homem espiritual, vive por fé e não por vista (2º Coríntios 5:7), sua visão
espiritual tem por fonte de conhecimento a revelação das Sagradas Escrituras, a qual o Espírito de Cristo,
que habita em seu espírito, testifica em sua consciência acerca da veracidade das verdades eternas
reveladas. É por iluminação Espiritual que cremos na Palavra de Deus. Por isso que Paulo declara:
“Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são
temporais, e as que se não veem são eternas”. (2ª Coríntios 4:18 ACF).
O Conhecimento das Verdades Eternas é um Privilégio Dado ao Homem Espiritual
As verdades eternas que nos são reveladas por Deus pertencem a sua sabedoria divina. Só são reveladas
ao nosso espírito em virtude de participarmos, em certa medida, do Espírito de Cristo, o qual foi nos dado
a fim de conhecermos, em parte, as coisas de Deus: sua vontade e seus planos eternos para conosco e para
com toda a sua criação. Pois é o Espírito Divino que inspira nosso espírito tanto para compreendermos
quanto para crermos na Palavra de Deus. Nossa fé não se baseia meramente nas palavras escritas em um
livro. A fé cristã tem por fundamento o testemunho que o Espírito Santo de Deus, que é o Espírito da
Verdade, testifica em nossos corações a respeito das verdades reveladas por Deus em sua Palavra, a Bíblia
Sagrada. Assim, o fundamento de nossa fé é o próprio Deus mediante a iluminação que recebemos de seu
Espírito Eterno em nossos corações e mentes. Não se trata de um conhecimento psicológico, ou mesmo
lógico, a exemplo dos juízos que temos das ciências puras abstratas: matemática, geometria e lógica, cujo
fundamento são leis de idealidades. A sabedoria da fé tem por fundamento o próprio Deus. Por isso se
trata de um saber ontológico, e não meramente psicológico ou lógico. Como esclareceu o apóstolo Paulo em
sua carta aos cristãos de Coríntio:
“Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes
deste mundo, que se aniquilam. Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus
ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu;
porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: ‘As coisas
que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou
para os que o amam’. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito
do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas
nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos
conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras que a
sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com
as espirituais.
Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura;
e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem
tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-
lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
(1ª Coríntios 2: 06-14 – ACF)
A sabedoria ontológica da fé a temos no próprio Deus. Só a tem quem participa do Espírito Eterno.
Sábia e inspiradamente o escritor aos hebreus definiu a fé nas seguintes palavras:
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho. Pela fé entendemos que os mundos pela palavra
de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”.
(Hebreus 11:1-3 ACF)
A palavra de Deus assegura que Cristo é o Autor e Consumador da nossa fé:
“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou
a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”.
(Hebreus 12:2 ACF).
“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. (Romanos 10:17 JFA-RC)
Habitados pelo Espírito Santo, iluminados pela sua presença em nós, de fé em fé, crescemos no
conhecimento da verdade do Filho de Deus. O Espírito da Verdade é o nosso guia, instrutor e iluminador.
Foi enviado por nosso Senhor para nos ensinar a andar em todo o caminho da justiça, verdade e santidade.
As palavras de nosso Senhor Jesus são bem claras e objetivas ao falar sobre a missão iluminadora,
instrutora e reveladora do Espírito Divino enviado para conduzir a igreja do Deus vivo, “Corpo Místico de
Cristo”:
“Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá
a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da
justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não
me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado. Ainda tenho muito que
vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele
vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e
vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de
anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há
de anunciar. Um pouco, e não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis; porquanto vou para o
Pai.
(João 6:7-16 – ACF)
A dádiva do Espírito Santo faz parte da graça redentora de Cristo Jesus nosso Senhor. A convicção que
temos na veracidade da Palavra de Deus não a teríamos se não através do dom do Espírito Santo. Pois o
Espírito testifica em nosso espírito não só a respeito dos planos eternos do Altíssimo, mas também que
somos seus filhos adotivos e coerdeiros juntamente com Cristo em todas as riquezas celestes. Repetindo,
fé é um dom de Deus; trata-se de um conhecimento espiritual dado por Deus para seus filhos por meio da
presença do Espírito Santo em nós. É no Espírito que temos a fé; é ele e nele que somos fortalecidos na fé.
Sem a presença dele em nós, não teríamos fé salvadora, libertadora, transformadora, curadora,
glorificadora, etc. por essa razão é impossível ao homem natural ter fé espiritual.
Como as verdades espirituais que nos são reveladas pelo Espírito pertencem aos planos eternos de
Deus, transcendem o estatuto dos juízos naturais, históricos e contingentes do conhecimento que se obtém
seja pela fonte da razão psicológica ou lógica intelectiva, seja pelas percepções sensoriais dos sentidos.
Tanto a razão natural quanto nossos sentidos sensoriais, enquanto fontes de conhecimentos empíricos ou
lógicos, são incapazes de acessar o conhecimento das verdades eternas, pois estas nos são comunicadas
somente pelo Espírito Santo de Deus. Tais verdades, por pertencerem à transcendência eterna, imutável
e perene de Deus, são inacessíveis ao homem natural. Como nos faz saber o apóstolo Paulo em sua carta
aos irmãos da cidade grega de Corinto:
“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do
homem são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito;
porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe
as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas
de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que
provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais
também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem
conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
(1ª Coríntios – 2:09-16 JFA-RC)
A sabedoria eterna ensina a todo cristão autêntico a não depositar o sentido de sua existência nos
valores temporais. Tais valores são efêmeros e transitórios. Como filhos da eternidade, cidadãos tanto do
reino dos céus quanto da terra, os cristãos devem colocar em primeiro lugar o reino dos céus e a sua justiça,
e as outras coisas lhes serão acrescentadas (Mateus 6:33). A existência temporal é apenas uma prova
passageira para seu aprimoramento espiritual. O ateísmo humanista da cultura moderna e
contemporânea tem levado a civilização ocidental a um estado de desesperança niilista, ao desespero da
falta de sentido existencial, à depressão, à angústia. O ser humano, criado por Deus para pertencer a
eternidade, jamais poderá se sentir realizado e feliz tendo o sentido de sua vida em valores temporais e
efêmeros. A vida humana tem por fundamento transcendente o Ser Divino, no qual temos nossa existência.
O ateísmo humanista secular do homem natural contemporâneo, em seu realismo ingênuo, tem reduzido
o sentido de sua existência à meros momentos fugazes de alegrias carnais e felicidades passageiras. Se a
razão de nosso existir depender de qualquer valor temporal estaremos fadados ao desespero existencial.
Daí a razão das correntes filosóficas da pós-modernidade serem niilistas. Quando a Divindade é
descartada da realidade como mera superstição ilusória, e o ser humano se arroga a ser um fundamento
em si tanto para si mesmo quanto para toda realidade, é porque espiritualmente já enlouqueceu. O
apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, diagnosticou espiritualmente essa cultura, dizendo:
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a
verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como
a sua divindade, se entende, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios,
tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às
concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois estes
mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que
é bendito eternamente. Amém.
(Romanos 1:18-25. ACF – Almeida Corrigida e Fiel)
Não é sem motivos que a civilização ocidental está se precipitando, cada vez mais, em um esvaziamento
de sentido existencial, cético, niilista, entregando-se à loucura das drogas e sexualidades patológicas, em
um embrutecimento intelectivo tanto nos níveis psicológico, lógico e ontológico de sua subjetividade.
A doença miserável do pecado é tamanha, que somente as riquezas eternas do Filho de Deus podem
saná-la. Ao criar o ser humano, Deus o fez com uma subjetividade tão imensurável, que ele pode tornar-
se habitação do próprio Deus ou morada de demônios. Sua maior miséria é a ausência da presença de
Deus; sua maior riqueza é tornar-se morada do Altíssimo. Por que o pecado é tão terrível assim? É terrível
porque, se não formos habitados por Deus, seremos habitados pelo Mal. Toda essa revelação das
Escrituras Sagradas parece, ao homem natural, uma insanidade absurda. Para o homem natural secular,
interpretar de modo literal o que está dito nas Escrituras Sagradas, é um atestado de insanidade psíquica
comprovado. Daí a razão da teologia apóstata liberal de Rudolf Bultmann propor o programa de
desmitificação das Escrituras Sagradas: tudo o que nas Escrituras Sagradas fosse incompatível com à
racionalidade lógica do pensamento filosófico e científico da modernidade, deveria ser retirado da Bíblia
Sagrada.
Não foi sem motivos que o apóstolo Paulo escreveu em sua carta aos Coríntios:
Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes
deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus
ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu;
porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas
que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou
para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o
espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que
pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com
palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas
espirituais com as espirituais.
Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e
não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem
tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-
lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
(1ª Coríntios 2:06-16. ACF – Almeida Corrigida e Fiel)
Nosso Senhor Jesus Cristo, referindo-se a esse grandioso mistério eterno de tornar-nos santuário do
Deus Vivo, morada de habitação de Deus, declarou aos seus discípulos e a todos quantos nele creem:
Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para
que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o
vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei
órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu
vivo, e vós vivereis. Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de
meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde
vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo? Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama,
guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não
me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me
enviou. Tenho-vos dito isto, estando convosco. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho
dito.
(João 14:15-26. ACF – Almeida Corrigida e Fiel)
O apóstolo Paulo, esclarecendo esse glorioso mistério que existe entre o homem espiritual e Cristo
Jesus, discorreu de forma tão elucidativa que não temos muito o que dizer mais acerca dessa verdade
eterna. Dirigindo-se aos cristãos da Igreja de Coríntios, o apóstolo escreveu:
Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o
templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.
Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para
ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os
sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o
mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de
Deus.
(1ª Coríntios 3:16-23. ACF – Almeida Corrigida e Fiel)
E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos, dizendo: Quem dizem
os homens que eu, o filho do homem, sou? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias, e outros,
Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: e vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro,
respondendo, disse: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivente. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-
aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu pai, que
está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha congregação,
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desatares na terra será desatado nos céus.
(Mateus 16:13-19 ARCA.)
A afirmação feita por Cristo Jesus a Simão Pedro, registrada no texto bíblico, até hoje é interpretada
de forma equivocada por certos teólogos, como se Cristo Jesus estivesse afirmando que Simão Pedro seria
a pedra sobre a qual edificaria sua Igreja. Tal interpretação é espúria. O que o Filho de Deus esclarecendo
a Simão Pedro diz respeito a revelação que o Pai Eterno deu a Pedro sobre a identidade dele, do Filho de
Deus. A Igreja que o Cristo iria edificar teria por fundamento o Cristo da visão espiritual dada pelo
Espírito Eterno a Pedro e a todos quantos viessem a ser iluminados pelo Espírito Eterno para crerem nele,
no Filho de Deus. Uma vez que todo aquele que viesse a nascer de novo, receberia a vida de Cristo Jesus
Ressurreto, tornando-se “um” ele. O motivo pelo qual Cristo Jesus mudou o nome de Simão para Pedro
tem sua explicação nesse mistério de transformação de nosso velho homem (Simão) num novo homem
(Pedro). Cristo em Pedro seria esse novo homem. Simão seria crucificado juntamente com Cristo a fim de
que Pedro pudesse ressuscitar juntamente com ele. Já não seria Simão que viveria, mas Cristo viveria
nele. Como declarou o apostolo Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim”.
pois Simão seria crucificado com ele Pois Cristo é tudo em todos. E o mistério oculto das gerações é Cristo
em nós. Ele é a cabeça, nós o corpo na unidade do Espírito. Todo esse processo redentor acontece mediante
a fé, que é um dom de Deus.
Ou seja, Cristo Jesus viria a edificar sua Igreja sobre o princípio da revelação espiritual que transformaria
a vida de Pedro em Cristo formado nele, Pedro. visto que obtemos tanto nossa justificação quanto nossa
regeneração e santificação mediante a fé na obra expiatória e redentora do Filho de Deus. “Porque no
evangelho”, ensina o apóstolo Paulo, “é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o
justo viverá da fé”. (Romanos 1:17 JFA-RA.)
Ora, o fundamento da Igreja do Deus Vivo é o próprio Cristo, a pedra angular de Esquina
E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele
evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; 18 Porque por ele ambos temos
acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas
concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce
para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em
Espírito.
(Efésios 2: 16-22 ACF – almeida Corrigida e Fiel)
Ou seja, a afirmação feita por Cristo a Pedro diz respeito ao conhecimento espiritual que seria dado a
todos aqueles que o Pai traria a Ele. Dito de outro modo
Somente aqueles que se torna iluminados pelo Espírito de Deus conhece a Jesus Cristo e o
próprio Deus, visto que é o Filho que revela o Pai...
A História de Jó retrata a condição de todo religioso que ainda se encontra sob a mentalidade legalista,
pressupondo que seu relacionamento com Deus se deva à sua virtude em ser obediente aos mandamentos
sagrados. Ou seja, o pressuposto de que tenha recebido as bênçãos de Deus devido aos méritos de sua
obediência aos seus mandamentos. Em Jó, ao analisarmos os questionamentos que fez a Deus sobre a
razão de sua desventura, podemos constatar que padecia ainda de certa mentalidade legalista. Sua
compreensão ainda imperfeita acerca da justiça de Deus precisava ser trabalhada a fim de que viesse a
crescer em conhecimento e graça diante de Deus.
Jó questionou a Deus sobre o porquê de sua desgraça tendo por base de seu argumento sua fidelidade
e obediência aos mandamentos divinos. Ou seja, sendo ele, Jó, um homem justo, questiona a Deus porque
estaria padecendo todo aquele infortúnio. Jó ainda não tinha entendido a profundidade trágica do pecado
sob a qual toda a raça adâmica subjaz cativa ao império do mal. Para que viesse a ser iluminado e, por
fim, pudesse obter uma revelação do Eterno sobre tal questão, necessitava amadurecer espiritualmente.
Motivo pelo qual Deus permitiu a Satanás tirar todos os bens materiais que possuía: riquezas materiais,
filhos, saúde, paz de espírito, etc. vindo a ficar terrivelmente abatido no pó e na cinza, cheio de chagas por
todo o corpo, contristado em meio a angústias e sofrimentos inimagináveis. e mergulhasse nesse posso
fundo de angústia e sofrimento... para, então, compreender que sua justiça, sua vida, sua maior riqueza,
seu bem maior era o próprio Deus. Jó, tendo crescido e amadurecido espiritualmente, no final do livro
declara:
..............
....................
De forma legalista, Jó tinha como base de sua confiança a obediência a Lei de Deus, sem ainda
compreender que a Lei necessitava está relacionada com a Graça, caso contrário, a própria Lei o
condenaria. Jesus falando com os escribas e fariseus, disse a eles:
Vocês estudam as Escrituras porque julgar encontrar nelas a vida eterna, mas são elas que testificam de
mim e não queres vir a mim para terdes vida.
A lei é a força do pecado..... a lei é ministério de morte, e não de vida.
Pela Lei ninguém será justificado diante de Deus, pois pela Lei vem o conhecimento do pecado. (Paulo)
O filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé, em sua obra “Os Dez Mandamentos e Mais Um”, fez a seguinte
análise interpretativa do livro de Jó:
“Jó é o auge da crítica à idolatria do ponto de vista da sabedoria antiga de Israel. Nele, o sábio nos
ensina que ninguém pode ser critério da própria virtude, a não ser Deus. Em sua agonia, tomado por um
sofrimento que parece injustificado, Jó clama por uma explicação. Deus, em sua condição de
incondicionado, incausado, imóvel e de Ser que não tem necessidade de justificação, abre no Primeiro
Mandamento a Sua tábua de valores para nos advertir que pune ou perdoa gerações inteiras por milênios,
segundo Seus critérios e Seus mandamentos”.
É somente quando descobre que nem sua dignidade lhe pertence verdadeiramente que Jó consegue
perceber que é apenas Deus que escolhe e julga. (...) Jó, portanto, é sobre a idolatria da própria virtude, já
que o próprio Jó se crê um homem justo”.
Pondé, Luiz Felipe. Os Dez Mandamentos e Mais Um. –
São Paulo: Três Estrelas, 2015.
“Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê:
primeiro do judeu, depois do grego. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça
que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”.
Romanos 2:16-17.
As forças da ilusão sabem que não basta aos homens conhecerem a Lei de Deus, sabem que nenhum
homem é capaz de cumpri-la integralmente, sabem que é por meio da lei que vem o conhecimento de
pecado e, sobretudo, sabem que a força do pecado é a Lei. Como o Espírito da Revelação nos fez saber
através do apóstolo Paulo:
“Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso
Senhor Jesus Cristo”.
(1ª Coríntios 15:56-57. ACF – Almeida Corrigida e Fiel)
As Escrituras Sagradas nos alertam contra as astúcias das trevas e de seu príncipe, Satanás, o qual se transfigura em
anjo de luz.
“E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros
se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras”.
2ª Coríntios 11:14-15. ACF– Almeida Corrigida e Fiel)
Os ministros de Satanás, a semelhança de seu mestre, transfiguram-se em ministros da justiça. Todo
sacerdote pagão é um líder religioso disfarçado em ministro da justiça. Falam como se fossem ministros
do Deus Eterno. Possuem certo conhecimento da Lei Eterna e falam sobre sua luz e verdade, tendo certa
aparência de piedade e espiritualidade. Porém, são lobos devoradores das trevas. Haja visto que conhecer
e falar sobre a Lei de Deus não é sinônimo de espiritualidade ou santidade. Quanto mais os filhos de Adão
forem iludidos com pretensas verdades cuja base repousa sobre os méritos próprios e ciclos
reencarnatórios, a obra expiatória e redentora do Filho de Deus torna-se vã para quem vir a ser iludido
por essas doutrinas diabólicas. A estratégia de engano das trevas é precisamente essa: anular o único
meio de justificação redentora e expiatória divino, a fim de que o adâmico pereça sem vida eterna. O
próprio Cristo declarou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, a quem enviaste”. (Jo 17:3 – ACF) “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o
testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu
Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem
tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. (1ª Jo 5:10-12 – ACF)
A Lei e a Graça
Dois Tesouros da Eternidade aos Filhos de Deus
E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com
sete selos. E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os
seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para
ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar
para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que
venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.
(Apocalipse 5:1-5 – ACF)
A verdade eterna revelada na Bíblia Sagrada encontrava-se naquele livrinho que João viu. E, ao saber
que não fora achado ninguém digno de abri-lo, João chorava muito. Pois certamente o Espírito Divino o
tinha feito saber que naquele livrinho achava-se os decretos redentivos de Deus para com toda a criação.
Caso o livrinho não fosse aberto, a justiça de Deus não se efetivaria e, consequentemente, estaríamos todos
perdidos. O tesouro celeste, a verdade salvadora, a fonte da vida eterna, o caminho para a
transcendência... está selado na Bíblia Sagrado por dentro e por fora. Ao profano é proibido o acesso. Este
é o tesouro dos filhos de Deus. Somente o Cordeiro Eterno, que expiou os nossos pecados, o Filho de Deus,
pode desatar os selos da cegueira espiritual e revelar o tesouro que se oculta no livro. Não é sem razão que
tanto o homem natural quanto o carnal não compreendam as riquezas da eternidade contidas na bíblia
Sagrada.
“E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum;
mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o
pecado se fizesse excessivamente maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido
sob o pecado”.
(Romanos 7:12-14 – ACF)
"Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as
pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão”. (Mateus 7:6. NVI)
Pela habitação do Espírito de Deus em nosso espírito participamos da vida ressurreta de Jesus Cristo. Nele temos
nosso novo ser sendo gerado em perfeita santidade e justiça.
Nessa participação mística na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo estamos nos revestindo de Cristo através da
obra da regeneração e santificação do Espírito de Deus em nós. Pois em Cristo Jesus não mais judeu ou grego, homem
ou mulher (...). Pois Cristo é tudo em todos.
Nossa nova vida a temos na vida desse novo Adão, a qual é vida eterna, vida de Deus.
(...) vida de Deus em nós. Por isso declarou Jesus Cristo: "Eu e o Pai somo Um, e vós sereis um conosco (...)
Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação... Visto que a justiça de Deus se revela
no evangelho. Romanos 1:16-17.
Pela graça Deus ofertada no sacrifício expiatório de seu Filho na cruz do calvário, a justiça de Deus não é uma justiça
exigida ao homem, mas, sim, uma justiça oferecida ao homem. Deus Pai oferece gratuitamente a justiça de seu Filho
amado a todo aquele que crer nele. Ao que crer na obra expiatória e redentora do Filho de Deus, a justiça de Cristo lhe
é atribuída como se fora sua própria justiça. Ao crente na obra redentora do Filho de Deus, sua obra expiatória lhe é
atribuída por justiça justificadora da parte de Deus. Como dissera o apóstolo Paulo, "Deus o fez pecado por nós, para
que fôssemos justiça"...
É o próprio Deus quem nos justifica e nos torna justos. Essa é as boas novas do evangelho.
Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glória. Efeitos???
Interpretação teológica: a lei divina retrata o caráter santo, justo, perfeito, imutável e eterno de Deus, é a expressão de
sua divindade como aquele único ser que tem a plenitude da perfeita justiça e santidade e que é, em si, tanto a fonte
quanto o fundamento desses atributos de toda sua criação e governo existentes nos céus e na terra. Por isso que a Lei
de Deus é um princípio eterno, atemporal, por expressar a natureza santa, justa e perfeita de seu ser.
que é, em si, tanto a fonte quanto o fundamento desses atributos requeridos de toda sua criação e governo existentes.
Como expressão da natureza de Deus, a Lei é eterna, pois Deus é seu fundamento imutável e eterno.
Como, então, devemos entender a afirmação de Paulo ao declarar que o fim da Lei é Cristo?
A explicação é dada pelo próprio apóstolo ao dizer que a Lei não tem por função salvar a criatura imperfeita e pecadora,
mas, sim, revelar suas imperfeições a fim de conscientizá-la acerca da necessidade que ela tem de Cristo, como sacrifício
propiciatório por seus pecados, dado que lhe é impossível cumprir as Leis de Deus, em razão de suas imperfeições e
fraquezas.
Devido as nossas Imperfeições e fraquezas decorrentes de nossa natureza pecaminosa, a Lei de Deus, que é perfeita,
justa e boa, torna-se ministério de morte e condenação contra nós, revelando a força que o pecado exerce contra nós
condenando-nos por não cumprirmos a Lei de Deus. Por esta razão necessitamos nos libertar da força da escravidão do
reino do pecado a fim de termos paz com Deus mediante a graça que há na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo.
"Se o Filho vos libertar, verdadeiramente seres livres. E conheceres a verdade, e a verdade vos libertará". (João???)
Como pode findar algo que é eterno por natureza? Pois a Lei é eterna por expressar a natureza de Deus.
O que termina em Cristo é o motivo que o pecado tem de nos acusar utilizando-se da Lei de Deus. Cristo nos liberta da
maldição da Lei recebendo nossa maldição sobre si e cravando-a na cruz do calvário. O pecado não tem mais o direito
de ter domínio sobre nós, pois não estamos mais debaixo da Lei, mas, sim, da graça imerecida de Deus. Pois todos que
fomos batizados em Cristo, nos revestimos de Cristo. Ao nos revestirmos de Cristo, revestimo-nos de sua justiça e
santidade diante de Deus Pai. Assim, a justiça de Cristo passou a ser também nossa justiça. A vitória que teve contra os
poderes do reino das trevas tornou-se igualmente nossa vitória. Por isso que somos mais do que vencedores por meio
daquele que nos amou. Com sua vida de obediência e santidade sob a Lei de Deus, seu sacrifício expiatório por nossos
pecados e sua ressurreição gloriosa em corpo imortal, o Filho de Deus conquistou a libertação de todos os que nele
creem.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crer tenha a vida
eterna. (João 3:16)
Ora, "o salário do pecado é a morte", ao nos batizarmos em Cristo, morremos juntamente com ele para que também
com ele ressuscitássemos em novidade de vida. Ao morrer em nosso lugar, recebendo nossa condenação sobre si, ele
rasgou o escrito de dívida que nos era contrário, pagando-o com seu sacrifício por todos nós. Foi assim que Cristo nos
libertou da maldição da Lei, tornando-se maldição em nosso lugar, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. É por
isso que o pecado não tem mais domínio sobre nós, pois não estamos mais debaixo da Lei de Deus, mas, sim, da graça
em Cristo Jesus nosso Senhor.
Como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus Cristo é simbolizado pela Lei por uma serpente.
"Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também importa que o Filho do homem seja levantado.
Para que todo aquele que nele crer, tenha a vida eterna. (João???) A Lei foi dada por Moisés, e a ele foi ordenado que
levantasse uma serpente de bronze em um madeiro no deserto, ao receber nossa natureza serpentina pecaminosa sobre
a cruz, Jesus Cristo é simbolizado por uma serpente (Satanás, a serpente do Éden). Isso se deve ao fato dele, embora
sendo o cordeiro santo, perfeito e imaculado ofertado por Deus Pai ter a missão de receber sobre si nossa natureza
pecaminosa serpentina a fim de cravá-la com seu sacrifício propiciatório na cruz do calvário.
A Lei nos condena por nossa natureza pecaminosa serpentina. Através de seu sacrifício propiciatório por todos nós,
Jesus Cristo nos libertou da condenação da Lei pelo fato de ter recebido sobre si o julgamento e a punição de Deus por
nossos pecados, os quais manifestam nossa natureza serpentina. A Lei condena à morte a nossa natureza pecaminosa
serpentina. Cristo Jesus recebeu a nossa condenação, morrendo em nosso lugar. Mas ressuscitou para a nossa
justificação e novidade de vida, infundindo em nós sua vida ressurreta mediante a dádiva de seu Santo Espírito.
Deus Pai sacrificou seu Filho unigênito como propiação pelos nossos pecados a fim de nos redimir de nossas culpas e
nos libertar dos poderes do reino das trevas. Pois para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir todas as obras
do diabo e nos purificar de toda a iniquidade mediante a dádiva de seu Santo Espírito, que nos vivifica, regenera,
transforma, purifica e santifica.
Com isso podemos entender que a salvação é uma obra de resgate divino feita pelas três pessoas da trindade bendita:
Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
A fim de nos resgatar do império das trevas e da escravidão do pecado, a Trindade Santa...
Na vida do autêntico cristão, a lei eterna de Deus deixa de ser um mandamento de condenação e ministério de morte e
passa a ser mandamento de vida e paz gravada nas tábuas de seu coração pelo Espírito Santo.
*(...) a trindade santa, em seu conselho eterno, criou um meio de salvação para resgatar e redimir tido aquele que tem
fé na obra propiciatório de Cristo Jesus, quanto para redimir toda a criatura que ficou sujeitada ao poder do império da
morte. Pois toda a criação, geme com dores de parto, até que seja libertada de seu cativeiro. Aguarda com grande
expectativa a revelação dos filhos Deus para a sua redenção. (????)
"Um novo pacto, tirarei vosso coração de pedra, e vos darei um coração de carne, e nele inscreverem minhas leis". (????)
A lei deixa de ser ministério de morte e condenação na vida do cristão porque o novo ser e a nova vida que está sendo
formada nele é Cristo Jesus que, sendo Deus, espelha a lei divina em seu ser. Assim o intento da trindade bendita na
obra da criação é realizado. O "façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (Gênesis???) é realizado na nova
geração dos filhos de Deus, a qual está sendo formada em plena santidade, justiça e verdade. "O profundida das
riquezas, tanto da sabedoria quanto do conhecimento de Deus, quem pode sondar sua profundidade", jubila o apóstolo
Paulo.
Não só o fim da lei é Cristo, como também Cristo é o próprio fundamento da lei, visto que a lei é uma expressão da
natureza de Deus.
(...) espelha a lei divina em seu ser. Assim sendo, não só o fim da lei é Cristo, como também Cristo é o próprio fundamento
da lei, visto que a lei é uma expressão da natureza de Deus.
A lei eterna de Deus não é abolida na cruz, mas, sim, confirmada. O que foi abolido na cruz foi a função condenatória da
lei a todos que creem na obra propiciatório de nosso Salvador. Por isso Paulo esclarece: "Anulados a lei? De modo algum,
antes a confirmamos". (Romanos 8:??)
*O Espírito de Deus habita em nós e seu poder eterno nos fortalece a fim de lutarmos o bom combate da fé com as
armas da justiça. "Pois nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados, potestades, dominações
e as hostis da maldade nas regiões celestes" (Efésios 6:???).
*no qual estamos firmes e sendo regenerados, purificados, santificados e, de glória em glória, glorificados em Deus, por
Deus e para Deus.
A lei divina é eterna, por expressar a natureza santa, justa, perfeita e verdadeira de Deus. Por isso, em todos os seus
formatos dispensacionais, seja no natural ou especial, a lei eterna de Deus continua e continuará condenando a todo
pecador transgressor. Todavia, sua atribuição condenatória é totalmente anulada contra a pessoa que se refugia na
obra expiatória de justiça consumada por Cristo Jesus, o Filho de Deus. Por ele ser o Cordeiro ofertado por Deus Pai
como propiciação por nossos pecados, levou sobre si as nossas culpas e recebeu a devida punição exigida pela lei eterna
de Deus em nosso lugar. Como sacrifício propiciatório, sua morte foi nossa morte. Por isso que em nosso batismo fomos
sepultados com Jesus Cristo. Mas assim como ele ressuscitou pelo poder de Deus, por termos recebido seu Santo Espírito
Ressurreto, ressuscitamos juntamente com ele para andarmos em novidade de vida. Em seu Santo Espírito ressurreto
em nós, nele temos nosso novo ser sendo formado em perfeita justiça, santidade e verdade. A cada dia, de fé em fé,
estamos nos revestindo de Cristo mediante a obra regeneradora, transformadora e santificadora do Espírito de Deus.
O pecado e os poderes do reino das trevas não tem mais nenhum direito de ter domínio sobre nós, pois não estamos
mais debaixo da lei, mas sim da graça redentora de Cristo Jesus, o nosso Salvador, o Filho de Deus.
Por ter sido nos dado o Espírito ressurreto de Cristo, Cristo passou a habitar em nós através de seu Santo Espírito. Daí a
razão do apóstolo Paulo dizer que maior é aquele que está em nós, referindo-se a Cristo Jesus, do que aquele que está
no mundo, isto é, Satanás.
O Espírito de Deus habita em nós e seu poder nos fortalece para lutarmos contra a escravidão do pecado e o reino das
trevas.
*... (referindo-se ao Espírito ressurreto de Cristo Jesus), do que aquele que está no mundo, isto é, Satanás.
*Seu Santo Espírito ressurreto veio habitar em nós para que nele pudéssemos ter nosso novo ser sendo formado em
perfeita justiça, santidade e verdade. (...)
*Nosso novo ser é Cristo em nós, a esperança da glória. A cada dia, de fé em fé, de revelação a revelação, estamos nos
revestindo de Cristo mediante a obra regeneradora, transformadora e santificadora do Espírito de Deus.
Pertencentes aos eleitos do Cordeiro, enquanto tesouros da eternidade, a “Lei e a Graça” para serem
iluminados pelo Espírito da Verdade, a fim de participarem da vida eterna e das riquezas
insondáveis da eternidade.
Mas, cegados pelo engano do pecado, a mensagem eterna da cruz que anuncia a obra propiciatória do
Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo pelos desígnios eternos da presciência de Deus, torna-
se mensagem de loucura e escândalo a todos que se perdem.
Aos participantes do mistério da salvação, aos que creem na obra redentora e expiatória do Filho de
Deus, o Espírito Cristo passa habitar o seu ser para que possam ser regenerados, santificados e
aperfeiçoados em, por e para Deus. Iluminados pelo Espírito do Altíssimo, tornam-se sabedores de que,
sem a luz divina de Cristo Jesus e de seu poder redentor, é impossível ao homem adâmico libertar-se do
reino das trevas através de suas próprias forças e capacidades naturais. Isso se deve ao fato de que, por
sua natureza pecaminosa, seu estado de alienação espiritual e pertencimento ao reino das trevas, tornam-
se extremamente insensíveis a voz do Espírito Santo de Deus. Por seus corações e mentes terem sido
cauterizados pelo engano do pecado, perdem o temor a Deus. Separados da eternidade e da sabedoria
espiritual, tornam-se blasfemadores e detratores de Deus.
A alegada autonomia da razão natural, pressuposta pela filosofia humanista moderna e
contemporânea, é uma grande e terrível ilusão. A natureza serpentina do príncipe das trevas, adquirida
com a queda do pecado original de Adão, é claramente manifestada no repúdio da humanidade caída à
sabedoria sagrada das Escrituras. Despreza os tesouros eternos como se fora mera superstição enfadonha
de ignorantes. Seus valores são invertidos, ama as trevas e odeia a luz.