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INSTITUTO DE SAÚDE AVICENA

Curso: Enfermagem em Saúde Materno Infantil

Diagnóstico de enfermagem
ESMI – 37A

Albertina João Pereira


Estavique Abudo

Nampula, Outubro de 2023


INSTITUTO DE SAÚDE AVICENA
Curso: Enfermagem em Saúde Materno Infantil

Diagnóstico de enfermagem
ESMI – 37A

Trabalho de investigação na
cadeira de Fundamentos de
enfermagem, para fins avaliativos,
proposto pelo docente:
Felizardo Raul
Felizardo Raul

Albertina João Pereira


Estavique Abudo

Nampula, Outubro de 2023


Índice
1. Introdução..................................................................................................................3
2. Diagnóstico de enfermagem.......................................................................................4
2.1. Breve histórico........................................................................................................4
2.2. Conceitos................................................................................................................4
3. Elementos que constituem diagnósticos de enfermagem...........................................4
3.1. Coleta de dados direcionada...................................................................................4
3.2. Análise e agrupamento dos dados..........................................................................5
3.3. Escolha o diagnóstico.............................................................................................5
3.4. Construa o enunciado do diagnóstico de enfermagem...........................................6
4. Intervenções de enfermagem......................................................................................6
5. Diagnóstico de enfermagem da NANDA-I................................................................7
5.1. Diagnóstico com foco no problema:.......................................................................7
5.2. Diagnóstico de risco:..............................................................................................7
5.3. Diagnóstico de promoção de saúde:.......................................................................7
5.4. Síndrome:...............................................................................................................7
6. Conclusão...................................................................................................................8
7. Referências bibliográficas..........................................................................................9

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1. Introdução
Os enfermeiros usam a avaliação e o julgamento clínico para formular hipóteses ou
explicações sobre os problemas, riscos e/ou oportunidades de promoção da saúde que se
apresentam. Todas essas etapas exigem conhecimento de conceitos subjacentes à ciência da
enfermagem antes da identificação de padrões nos dados clínicos ou da elaboração de
diagnósticos exatos. O diagnóstico de enfermagem é um processo essencial, tendo em vista
que ele permite planejar os melhores cuidados, de acordo com a necessidade real do paciente.
Atualmente, a grande responsável por categorizar e padronizar o diagnóstico de enfermagem a
nível global é a Associação Americana de Diagnóstico de Enfermagem (conhecida como
NANDA International ou NANDA-I).
Este trabalho tem como objectivo, de forma geral, falar sobre o diagnóstico de
enfermagem, e de forma específica, conceituar o diagnóstico de enfermagem, bem como as
intervenções de enfermagem, falar dos elementos estruturais do diagnóstico de enfermagem e
estabelecer o diagnóstico de enfermagem da NANDA.

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2. Diagnóstico de enfermagem
2.1. Breve histórico
O termo diagnóstico de enfermagem foi utilizado pela primeira vez em 1953 pela
enfermeira americana Vera Fry.
Ela identificou que haviam algumas áreas de necessidades dos pacientes, que deveriam ser
levadas em consideração para promover um diagnóstico preciso.
Com o tempo, outras teóricas da área começaram a agregar definições e termos, a fim de
identificar os problemas clínicos e sociais mais comuns.
Foi na década de 70, porém, que surgiu a necessidade de criar um sistema oficial para
classificar os problemas detectados e tratados pelos enfermeiros.
Com isso, seria possível criar um padrão mundial, direcionando os profissionais e
garantindo uma uniformidade nos atendimentos.
Foi aí então que, em 1973, foi realizada a I Conferência Nacional sobre Classificação de
Diagnósticos de Enfermagem, onde foram classificados e registrados os primeiros
diagnósticos.

2.2. Conceitos
Um diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico sobre uma resposta humana a
condições de saúde/processos da vida, ou uma vulnerabilidade a tal resposta, de um indivíduo,
uma família, um grupo ou uma comunidade (NANDA-I, 2013).
É também definido como um julgamento clínico que o enfermeiro faz a respeito das
respostas atuais e potenciais do indivíduo aos seus problemas de saúde.
Desta forma, sendo considerado uma das etapas mais importantes da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE), também podemos dizer que é a base para estruturar
adequadamente o atendimento.

3. Elementos que constituem diagnósticos de enfermagem


3.1. Coleta de dados direcionada
Esse é um dos passos mais importantes do processo de diagnóstico.
Pois, a partir da coleta de dados será possível direcionar as outras etapas e é nessa hora
que o profissional deverá conhecer bem o paciente, seu histórico clínico e suas repercussões,
tanto físicas quanto emocionais, sociais e familiares.

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O intuito dessa etapa é conseguir o maior número de informações possíveis a respeito do
paciente, principalmente aquelas que demonstrem o seu estado clínico.
E para cumprir essa etapa, o ideal é fazê-la de modo mais abrangente e com uma
linguagem adequada ao paciente, para construir um vínculo.
É possível coletar esses dados de diversas formas, mas habitualmente, os enfermeiros
fazem uma entrevista com os pacientes.
A coleta precisa ser objetiva, para conseguir um cenário maior que possa influenciar no
diagnóstico.
É necessário que ele avalie os sinais vitais e demais aspectos de cuidado em saúde tais
como:
 Respiração;
 Termorregulação;
 Conforto físico;
 Autocuidado;
 Integridade da pele.
Além disso, o exame físico também precisa ser completo, com foco sempre voltado aos
problemas que pretendem ser investigados.
Exames antigos e prontuários também podem ser úteis para obter os dados necessários.

3.2. Análise e agrupamento dos dados


Após coletar todos os dados, a etapa seguinte será transformá-los em um diagnóstico de
enfermagem.
Para isso, será preciso que o profissional tenha um raciocínio clínico, experiência e
pensamento crítico.
Ao iniciar essa etapa, o ideal é agrupar os dados conforme os sinais e sintomas e de forma
lógica, com base em raciocínio clínico, características em comum ou então por meio de
padrões identificados.

3.3. Escolha o diagnóstico


Cada diagnóstico na taxonomia NANDA-I conta com uma definição clara, que precisa ser
analisada com cuidado antes de usá-la.
Caso contrário, os riscos de ocorrerem erros de diagnóstico na enfermagem serão bem
maiores.

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Nessa etapa, você deverá seguir os passos abaixo:
 Após a criar os grupos, procure o domínio aos quais eles se encaixam;
 Verifique a classe onde o domínio escolhido pertence;
 Com essas duas definições, será preciso pesquisar nos títulos de diagnóstico do mesmo
domínio em classe aquele que se enquadra na necessidade diagnosticada;
 Certifique-se de que as informações existentes no diagnóstico estão de acordo com os
dados que coletou.

3.4. Construa o enunciado do diagnóstico de enfermagem


Todos os diagnósticos precisam ter um enunciado claro e preciso, fazendo a combinação
de critérios importantes para fornecer o maior entendimento.
Em um diagnóstico com foco no problema, o mais adequado é aliar título, fatores
relacionados e característica definidora.
Enquanto no caso do diagnóstico de risco, pode-se escrever o título e em seguida os
fatores de risco.
E já no diagnóstico de promoção de saúde, a descrição precisa conter o título e as
características definidoras.

4. Intervenções de enfermagem
Define-se uma intervenção como “qualquer tratamento baseado no julgamento clínico e
nos conhecimentos, que um enfermeiro realiza para melhorar os resultados do
paciente/cliente” (CNC, n.d.).
A Classificação das Intervenções de Enfermagem (Nursing Interventions Classification
[NIC]) é uma taxonomia de intervenções abrangente e baseada em evidências, que os
enfermeiros realizam em vários locais de atendimento.
Utilizando conhecimentos de enfermagem, os profissionais realizam intervenções
independentes e interdisciplinares, as quais se sobrepõem aos cuidados realizados por outros
profissionais da saúde (p. ex., médicos, terapeutas respiratórios e fisioterapeutas).
Exemplificando, controle da glicemia sanguínea é um conceito importante para os
enfermeiros; Risco de glicemia instável é um diagnóstico de enfermagem, e os enfermeiros
implementam intervenções de enfermagem para tratar essa condição. Comparativamente, a
diabetes melito é um diagnóstico médico; ainda assim, os enfermeiros realizam intervenções

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independentes e interdisciplinares em clientes com diabetes que têm vários tipos de problemas
ou estados de risco.

5. Diagnóstico de enfermagem da NANDA-I


A taxonomia da NANDA-I é um sistema de classificação de diagnósticos de enfermagem
que é popular em todo o mundo.
Ela é formada por:
 Um título curto ou um termo que representa um padrão de indicadores relacionados;
 Uma definição clara e precisa do diagnóstico;
 E características definidoras, que são as evidências clínicas ou sintomas observados.
Os diagnósticos são categorizados em 13 domínios e 47 classes, totalizando 234
diagnósticos de enfermagem.

Existem 4 principais tipos de diagnósticos de enfermagem especificados pela associação:


5.1. Diagnóstico com foco no problema:
Diagnóstico feito a partir da resposta indesejada do paciente diante de suas condições de
saúde.
5.2. Diagnóstico de risco:
Risco ao qual uma pessoa, família ou grupo está exposto e que pode levar a desenvolver
respostas indesejáveis para a sua condição de saúde.
5.3. Diagnóstico de promoção de saúde:
Tem como objetivo promover o bem-estar e outros cuidados que possam ajudar a
melhorar a saúde humana.
5.4. Síndrome:
É o agrupamento de diagnósticos que ocorrem juntos e que podem ser manejados melhor
em conjunto por meio de intervenções parecidas.

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6. Conclusão
O processo de enfermagem começa com a compreensão dos conceitos subjacentes à
ciência da enfermagem, seguido da avaliação do paciente, que envolve coleta e agrupamento
de dados em padrões significativos.
O diagnóstico de enfermagem, etapa subsequente no processo, envolve o julgamento
clínico sobre uma resposta humana a uma condição de saúde ou processo de vida, ou uma
vulnerabilidade àquela resposta por um indivíduo, família, grupo ou comunidade.
O diagnóstico de enfermagem nada mais é do que uma frase padrão descritiva sobre o
estado de saúde de um paciente.
Oficializada após a criação da Associação Americana de Diagnóstico de Enfermagem,
conhecida como NANDA International, ela criou um padrão a ser seguido pelos profissionais.
Com isso, a troca de conhecimentos e a comunicação como um todo fica facilitada, tendo
em vista que, não importa o lugar no mundo, os termos utilizados serão os mesmos.
Outra vantagem da NANDA-I é que ela permite pesquisas e comparações mais
aprofundadas e claras.
Sem falar que o paciente se sente mais seguro, sabendo que o profissional está seguindo as
boas práticas estabelecidas em nível global, baseando-se em critérios claros.
Para fazer o diagnóstico de enfermagem, é importante dar uma atenção especial à etapa de
coleta de dados.
Isso porque é ela que irá influenciar nas demais etapas e, portanto, se forem ineficientes, o
restante igualmente será.
Por fim, para um diagnóstico de enfermagem preciso, é importante que o profissional
desenvolva análise crítica e raciocínio diagnóstico.

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7. Referências bibliográficas
Morsch, J. A. (2020). Passo a passo para construir o diagnóstico de Enfermagem.
Disponível em:
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/diagnostico-enfermagem
Kliven, M. (2022). Como se faz diagnóstico segundo o NANDA? Disponível em:
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/como-um-enfermeiro-ou-estudante-
de-enfermagem-faz-diagnostico-segundo-o-nanda/
Perreira, J. M. (2020) Como fazer diagnósticos? Disponível em:
https://www.sanarmed.com/como-fazer-diagnosticos

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