Você está na página 1de 40

Sexta-feira: Façamos companhia a Jesus no Calvário

Na sexta-feira, fazemos companhia a Jesus no


Calvário (cf. Lc 9,23), e também à Mãe das Do-
res, recebendo-a em nosso coração, como o dis-
cípulo amado. (cf. Jo 19,25-27). Se não puderes
fazer a „Passio Domini‟ em uma Igreja, acesse
de sua casa uma Capela virtual de Adoração.

 Às 12h
Oração inicial
Em união com os Santos Anjos, rezemos:
“Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus
DEUS Sabaoth! Pleni sunt Cæli et Terra
gloria Tua. Hosanna in excelsis! Bene-
dictus qui venit in Nomine Domini. Ho-
sanna in excelsis!” Em Nome do PAI e do
FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Amen.
O Angelus da Paixão
- O Anjo do Senhor trouxe, no Monte
das Oliveiras, o cálice do fortalecimento,
e o Senhor recebeu do Coração do
PAI a força para o sacrifício da re-
denção. Ave Maria...
- E o Senhor disse do alto da Cruz: “Está
consumado!”
e pela Sua morte trouxe-nos a sal-
vação. Ave Maria...
- A vitória do Senhor como Redentor
brilha sobre o tempo e a eternidade,
o Vosso amor, Senhor Jesus Cristo,
abriu-nos o Céu! Ave Maria...
- Lembrai-Vos de nós, Senhor, no Vosso
Reino, e não nos meçais segundo os
nossos pecados,
mas segundo a Vossa Misericórdia!
Oremos. Senhor, DEUS, PAI Celestial, que
nos destes o Vosso Filho Unigênito para
que, pela Sua morte na Cruz, nos redimis-
se, fazei que este fruto da redenção se tor-
ne eficaz em todos nós. Mandai os Vossos
Santos Anjos em nosso auxílio, para que
por meio deles reconheçamos sempre me-
lhor este grandioso Ato da Redenção, si-
gamos sempre mais conscientemente a pa-
lavra e a vontade de DEUS e um dia pos-
samos agradecer-Vos com todos os Santos
Anjos por toda a eternidade. Amen.
Evangelho da Paixão
Lê-se uma passagem, à escolha:
Mt 27,27-56 (ou) Mc 15,16-39 (ou) Lc
23,26-48 (ou) Jo 19, 17-37
(Faz-se um breve momento de Silêncio para
meditar na leitura).

Súplica ardente aos Santos Anjos


Veja neste link

 13 h Via-Sacra da Oração (à espera


do Espírito Santo)
“Para sermos mais fiéis às moções e inspira-
ções do Espírito Santo na nossa alma, „po-
demos atentar para três realidades funda-
mentais: a docilidade, a vida de oração e a
união com a Cruz... Docilidade, porque é o
Espírito Santo quem, com suas inspirações,
vai dando tom sobrenatural aos nossos pen-
samentos, desejos e obras... Vida de oração,
porque na vida de Cristo, o Calvário prece-
deu a Ressurreição e o Pentecostes, e esse
mesmo processo se deve reproduzir na vida
de cada cristão... O Espírito Santo é fruto da
Cruz, da entrega total a Deus, da procura
exclusiva da sua glória e da completa renún-
cia a nós mesmos”. (S. José Maria Escrivá)
[Esta Via-Sacra foi retirada do livro “Medita-
ções para Passio Domini – Tempo Pascal” –
do Pe. Andreas Dankl, ORC – Todos os Direi-
tos Reservados à Obra dos Santos Anjos.]
1ª Estação
Reza-se no início de cada Estação:
D. Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos;
T. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes
o mundo!
Jesus é condenado nas almas que não gos-
tam de rezar, nos corações com o espírito
de autossuficiência e autonomia, naqueles
que pensam em poder viver muito bem
sem Deus. O orgulho os bloqueia e impede
a orar e fecha seu coração para a graça.
Onde se reza, pode entrar a graça por uma
lumeeira. Quem não reza, já fechou a por-
ta de sua alma para Deus e Sua graça.
(Silêncio)
D – Suba a minha oração perante a tua fa-
ce como incenso, e seja o levantar das mi-
nhas mãos como o sacrifício da tarde.
T - Põe, ó Senhor, uma guarda à minha
boca; guarda a porta dos meus lábios.
D - Não inclines o meu coração para o mal,
nem para se ocupar de coisas más com
aqueles que praticam a iniquidade;
T - e não coma eu das suas delícias (Sl
141,2-4).
Senhor, ajudai-me a espargir por toda a
parte o perfume do espírito de oração,
orando com gosto, alegria e satisfação pa-
ra todos os que pusestes em minha vida.
Enchei a minha alma do Vosso Espírito e
da Vossa Vida. Penetrai em mim e tomai
posse de todo o meu ser, para que eu pos-
sa ser, através de minha vida, uma irradia-
ção Vossa.
Faz-se um Tempo de Silêncio para refletir; e
reza-se no fim de cada Estação:
D. Tende piedade de nós, Senhor,
T. tende piedade de nós!
D. Que as almas dos fiéis defuntos,
T. pela Misericórdia de Deus, descansem
em paz. Ámen.
2ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Jesus recebe a Cruz daqueles que usam
a oração somente para pedir a sua pró-
pria vontade. Pedem uma vida fácil e
sem cruzes, sem sacrifícios e sem abne-
gações, uma vida egoísta e egocêntrica.
Pensam que a vontade de Deus seja a
sua vontade; vivem, pensam e atuam pa-
ra si e não para Deus e os demais.
O problema fundamental hoje não é tan-
to a falta de dinheiro ou de saúde, mas a
falta de vida espiritual, de oração e do
Espírito Santo. Sem a oração, o homem
não age por motivos sobrenaturais ou
por inspiração do Espírito Santo, mas
segundo seus gostos pessoais que são
subjetivos e frequentemente egoístas.
(Silêncio)
D - O meu coração está ferido e seco
como a erva,
T - pelo que até me esqueço de comer o
meu pão.
D - Já os meus ossos se pegam à minha
pele,
T - em virtude do meu gemer doloroso
(Sl 102,4-5).
Senhor, “resplandecei através de mim e
permanecei comigo, tanto e tão profun-
damente que todos aqueles que eu en-
contro em meu caminho possam sentir
em mim a Vossa presença. Fazei que,
olhando para mim, não vejam a mim,
mas somente a Vós, Senhor” (Cardeal
Newman). (Tempo de silêncio para meditar e
orações após cada Estação)

3ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Jesus cai nas almas que não têm cons-
tância na oração. Certa vez gostam de
rezar, depois já desistem.
Jesus gostava de ficar com Seus Apósto-
los e de pregar às multidões; mas tam-
bém gostava de estar a sós com o Pai.
Os Apóstolos estavam acostumados a
vê-Lo deixar sua companhia e dirigir-se
a algum monte, onde passava noites in-
teiras sozinho, em oração. Na quinta-
feira santa convidou a Pedro, João e Ti-
ago para velarem e orarem com Ele. E
eles não corresponderam. Quando os
procurou, encontrou-os dormindo.
Jesus está ainda em agonia no Seu Cor-
po, a Igreja. Se passamos perto de uma
Igreja ou capela, não poderemos velar
uma hora com Ele em reparação pelos
pecados?
(Silêncio)
D - Orai sem cessar. Em tudo dai graças,
T - porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco (1 Tes 5,17-
18).
Ó Jesus, ensinai-nos a conversar sempre
convosco, seja com o coração, com a
mente, com a boca ou ainda com a sim-
ples intenção. Que os nossos corações
sejam atraídos a conversar convosco, vi-
vam em harmonia e sintonia com o Vos-
so Coração, descobrindo cada vez mais
a beleza da oração. Ensinai-nos a orar
como Maria Santíssima e como os San-
tos Anjos da Guarda, que sempre veem
a Vossa Face e são felizes em cumprir a
Vossa santa vontade. (Tempo de silêncio para
meditar e orações após cada Estação)
4ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
A oração de Maria é perfeita: “Faça-se a
Tua vontade em tudo!” Maria quer so-
mente o que Deus quer. Sofre em silên-
cio, ama sem cessar, perdoa, aguenta.
Não reclama, não murmura, não se
queixa. Aceita tudo, mesmo o incompre-
ensível, com uma fé viva que sabe que
Deus tem tudo nas Suas mãos e não erra.
(Silêncio)
D – Confessai as vossas culpas uns aos
outros e orai uns pelos outros, para que
sareis;
T - a oração feita por um justo pode
muito em seus efeitos (Tg 5,16).
Ó Maria, dai-nos a Vossa prontidão em
sofrer, o Vosso “sim” à Cruz, a Vossa
disponibilidade e conformidade à santa
vontade do Pai. Fazei-nos repetir o Vos-
so “sim” e crescer na Cruz. Lembrai-vos
que a correspondência entre Deus e a
alma é a oração, uma condição indis-
pensável para viver em comunhão com
o Pai. Ensinai-nos que a simples obedi-
ência à vontade de Deus tira os amoro-
sos duelos que podem surgir entre Deus
e a alma e nos ajuda em reencontrar a
paz da alma. (Tempo de silêncio para meditar e
orações após cada Estação)

5ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
A nossa oração se dirige sempre a Deus.
Mesmo se invocamos a Mãe de Deus ou
os Santos e as almas do purgatório, em
última análise, é o eterno e infinito Deus
o destinatário a quem nossa oração se
dirige. Convém que não nos apresente-
mos sozinhos e de modo imediato diante
do Deus infinito, mas que o façamos em
comunhão com a querida Mãe de Deus e
com os Anjos e Santos. Com isto aumen-
ta a força e eficácia de nossa oração. Em
cada intercessão pelos demais seremos
outro Simão que ajuda em carregar a
Cruz.
(Silêncio)
D – Cristo, nos dias da Sua carne, ofere-
cendo, com grande clamor e lágrimas,
orações e súplicas ao que O podia livrar
da morte,
T - foi ouvido quanto ao que temia.
D - Ainda que era Filho, aprendeu a
obediência, por aquilo que padeceu. E,
sendo Ele consumado,
T - veio a ser a causa de eterna salvação
para todos os que lhe obedecem (Hbr
5,7-9).
Senhor, dai-me a força, generosidade e
coragem, um bom caráter e muita bon-
dade. Ajudai-me a ser, como Vós dese-
jais que eu seja: humilde, zeloso, cheio
de espírito de sacrifício, de amor e dedi-
cação, uma alma de oração constante.
Há tantas almas que esperam por mim;
não posso recusar-me, mesmo se custe.
(Tempo de silêncio para meditar e orações após
cada Estação)

6ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
O verdadeiro amor a Deus mobiliza a
alma para atos de caridade. Tal foi o
amor de Verônica.
Se o coração está cheio de amor a Deus,
a nossa oração é louvor e ação de graças.
O sentido da criação está na glorificação
de Deus. O homem como coroa da cria-
ção é chamado a louvar a Deus consci-
entemente, livremente e por amor, exal-
tando ao Pai por Cristo e Maria no Espí-
rito Santo.
(Silêncio)
D – Ouvi, Senhor, a minha oração, e
chegue a ti o meu clamor.
T - Não escondais de mim o Vosso rosto
D - no dia da minha angústia; inclina
para mim os Vossos ouvidos;
T - no dia em que eu clamar, ouve-me
depressa (Sl 102,1-2).
Cremos, Senhor, que o Vosso poder deu
a existência ao mundo. Sois Vós que o
conservais e dirigis e o conduzis sabia-
mente ao seu fim. Vós, ó Deus, elevais o
nosso ser, Vos estabeleceis na alma co-
mo num templo, onde com o Filho e o
Espírito Santo Vos manifestais como
hóspede permanente (Tempo de silêncio para
meditar e orações após cada Estação)

7ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
A segunda queda ocorre nas almas frias,
indiferentes e medíocres que não conse-
guem elevar o seu coração a Deus. Falta
a interioridade, profundidade e santida-
de. Não aguentam um profundo silêncio,
uma oração demorada, um repouso de
sua alma em Deus. Têm tempo para tu-
do – menos para Deus e a oração. Con-
versam muito com outras pessoas, mas
pouco com Deus.
Os bons têm que sustentar-se mutua-
mente para progredir na vida espiritual
e na vida de oração. Aquele que come-
çou a oração, não deve interrompê-la.
Não deixe que o demônio o tente a
abandonar a oração por humildade ou
pelo peso de pecados cometidos. O meio
para livrar-se das insídias e dos laços do
demônio consiste em decidir-se desde o
início a seguir o caminho da Cruz e em
não desejar consolações, por quanto es-
te é o caminho de perfeição que o Se-
nhor traçou com as palavras: Toma a tua
cruz e segue-Me!
As graças de Deus entram na sua alma
pela porta da oração; se você a fecha,
você prejudica-se a si mesmo.
(Silêncio)
D – Vigiai e orai, para que não entreis
em tentação;
T - o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca (Mc 14,38).
Ó Jesus, que todo o nosso interior, as
palpitações do coração, desejos e respi-
rações se transformem numa profunda
adoração a Vossa Majestade suprema.
Que toda a nossa atenção se dirija a Vós,
a fim de que Vós podais agir em nós se-
gundo a Vossa Vontade! (Tempo de silêncio
para meditar e orações após cada Estação)

8ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Quem começar a trilhar o caminho da
oração, mesmo se a deixasse de novo, o
pouco que caminhou, ajudá-lo-á a pros-
seguir por outros caminhos. Quanto
mais rezava, tanto mais luz terá. E
mesmo se tomasse outro caminho, não
lhe causa nenhum prejuízo de ter come-
çado. É porque o bem jamais faz mal a
ninguém.
Toda a oração sempre tem que visar o
bem das almas. Queremos sempre rezar
mais pelos demais do que por nós e nos-
sas intenções. Aquele que reza se faz
um canal de graças para muitos: recebe
graças para transmiti-las aos outros. Vo-
cê pode contribuir muito para que uma
alma progrida e ame mais a Deus ou re-
ceba algum consolo ou seja livre de al-
gum perigo.
Orar não significa: falar ou pensar muito,
mas amar muito a Deus. No coração da-
quele que reza vive Deus. Entre Deus e
o homem se instaura um diálogo de
amor. O primeiro resultado da oração é
trabalhar por Deus e sofrer por Ele que
Se fez obediente até a morte (cf. Fil 2,8).
(Silêncio)
D – Os meus dias são como a sombra
que declina, e como a erva me vou se-
cando. Mas Tu, Senhor, permanecerás
para sempre,
T - e a Tua memória, de geração em ge-
ração.
D - Tu te levantarás e terás piedade de
Sião; pois o tempo de te compadeceres
dela,
T - o tempo determinado, já chegou (Sl
102,11-13).
Senhor, dai-me força para agir, esperan-
ça para superar as dificuldades, a força
e alegria da fé que me estimula para a
oração e a vida espiritual. Fazei que eu
saiba, no meu dia-a-dia, dar testemunho
de Vós. (Tempo de silêncio para meditar e ora-
ções após cada Estação)

9ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Jesus cai naqueles que dizem: “Não te-
nho tempo para rezar”. Tudo lhes pare-
ce mais importante que Deus e os bens
eternos. Vivem para si e não para Deus.
Enchem a sua mente e o seu coração
com coisas terrestres, esquecendo-se
das celestes. A oração é uma questão de
amor; é insensato pensar que só se faz
oração quando se dispõe de tempo e de
solidão. Quem amar muito a Jesus gosta
de falar sempre com Ele.
A alma do justo é um paraíso em que
Deus acha Suas delícias (cf. Prov 8,31).
É Cristo a porta por onde temos que en-
trar, para que Deus Pai possa revelar-
nos Seus secretos no íntimo do coração.
É por meio d´Ele que nos vem todo o
bem.
(Silêncio)
D - Está alguém entre vós aflito?
T - Ore.
D - Está alguém contente?
T - Cante louvores.
D - Está alguém entre vós doente?
T - Chame os presbíteros da igreja, e
orem sobre ele, ungindo-o com azeite
em nome do Senhor;
D - e a oração da fé salvará o doente, e o
Senhor o levantará; e, se houver come-
tido pecados,
T - ser-lhe-ão perdoados (Tg 5,13-15).
Vós, ó Mãe, vivestes para o Vosso Filho.
Jamais desviastes nem no mínimo da
Vossa missão. Fazei-me ser fiel a Deus, a
Vós e à minha missão e à oração, como
Deus o quer. (Tempo de silêncio para meditar e
orações após cada Estação)

10ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Jesus nos deixou um exemplo extraor-
dinário de uma pobreza total. A pobreza
deve ser o lema da nossa bandeira e de-
vemos praticá-la por toda a parte: em
casa, nas roupas, em palavras e muito
mais nos pensamentos.
Na oração nos despojamos do terrestre
para elevar a nossa alma a uma atmos-
fera celeste. Deixamos entrar Deus em
nossa alma com a Sua luz e graça e Su-
as bênçãos. Na oração, Deus e a alma se
compreendem pela afecção que os une,
sem ter necessidade de palavras.
Se a alma é dominada por inquietudes,
distrações e pensamentos importunos,
ela não deve preocupar-se nem sequer
afligir-se. Para livrar-se da tribulação,
basta não ter medo da Cruz e confiar
que o Senhor lhe ajudará a carrega-la.
Quanto mais uma alma se reconhece
pobre em si mesma e rica somente com
os dons de Deus, mais ela avança em
virtudes e na verdadeira humildade.
(Silêncio)
D - Elias era homem sujeito às mesmas
paixões que nós e, orando, pediu que
não chovesse,
T - e, por três anos e seis meses, não
choveu sobre a terra.
D - E orou outra vez, e o céu deu chuva,
T - e a terra produziu o seu fruto (Tg
5,17-18).
Senhor, despojai-me da comodidade e
da autossuficiência. Tornai-me receptivo
para a Vossa graça. Dai-me o verdadeiro
sentido para o bem, para que eu comba-
ta o mal decididamente. Concedei-me o
espírito de pobreza, a prontidão de acei-
tar humilhações que me fazem crescer
na semelhança convosco. E dai-me a co-
ragem de defender a verdade e o bem,
sabendo que somente Vós sois a Verda-
de e o Sumo Bem. (Tempo de silêncio para
meditar e orações após cada Estação)

11ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
O fariseu no Evangelho, mesmo rezando,
era antes uma crucificação do que uma
alegria para o Senhor; rezava sem con-
centrar-se tanto a Deus, mas meditando
sobre a sua justiça diante de Deus. Ele
pensava ser puro e perfeito, sem neces-
sidade do perdão de Deus. Considerava
a sua justiça: pagava o dízimo, fez suas
orações e jejuns e, todavia, sua vida e
oração não agradavam a Deus. É o tipo
de justo que usa suas virtudes para a au-
to exaltação e não para a glória de Deus.
Sua devoção não veio do amor autêntico
a Deus, mas do amor a si mesmo. Amor
implica devoção, porém, no seu caso,
sua devoção provém de um desejo de
ser justo diante de si sem Deus – por
próprias obras justas e não por um dom
ou graça de Deus.
A qualidade da oração aumenta onde a
pessoa se esquece de si mesma para
pensar somente em Deus e onde a alma
se eleva a Deus por um amor puro e de-
sinteressado. A concentração às coisas
divinas aperfeiçoa e santifica a alma; faz
com que a gente se sente pecador diante
de Deus, como o publicano, e que se es-
pera tudo de Deus e não de si mesmo.
Deus é seu tudo e o eu se sente como
um nada mais o pecado. O conhecimen-
to de sua miséria pessoal e da miseri-
córdia divino desencadeia o amor na
alma.
(Silêncio)
D - O fariseu, estando em pé, orava con-
sigo desta maneira: Ó Deus, graças te
dou, porque não sou como os demais
homens, roubadores, injustos e adúlte-
ros;
T - nem ainda como este publicano.
D - Jejuo duas vezes na semana e dou os
dízimos de tudo quanto possuo. O publi-
cano, porém, de longe, nem ousava le-
vantar os olhos ao céu, mas batia no pei-
to, dizendo:
T - Ó Deus, tem misericórdia de mim,
pecador!
D - Digo-vos que este desceu justificado
para sua casa, e não aquele; porque
qualquer que a si mesmo se exalta será
humilhado,
T - e qualquer que a si mesmo se humi-
lha será exaltado (Lc 18,11-14).
Senhor, Vós me olhais ao coração. A
Vossa vista penetra minha alma, me co-
move e me enche de gratidão e de amor.
Dai-me um verdadeiro conhecimento de
mim e um reconhecimento de meus pe-
cados e faltas, lágrimas de contrição pa-
ra lavar minha alma de dentro, e a hu-
mildade de pedir perdão. Somente assim
desaparecerá o pecado em contato com
o Vosso amor que salva, redime e purifi-
ca. (Tempo de silêncio para meditar e orações
após cada Estação)

12ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
O abandono na Cruz leva ao sofrimento
no seu auge. Jesus morre a morte de
amor, orando.
Orar, como Jesus na Cruz, pelos que vi-
vem em pecado mortal, é amor de per-
dão, é uma esmola muito grande e muito
agradável a Deus. Pela oração, Deus que
habita no céu Se faz presente em nossa
alma. A oração de Jesus na Cruz proveio
do Seu Amor infinito, de Sua obediência
até a morte e de Sua humildade extrema
de deixar-Se matar, como se Ele fosse o
pior malfeitor do mundo. Também a
nossa vida espiritual somente pode
crescer na medida que crescemos pri-
meiro na humildade, no espírito de obe-
diência e na oração.
(Silêncio)
D – Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes,
T - porque não sabem o que fazem (cf.
Lc 23,34).
Ó Jesus, na Vossa agonia Vos abando-
nastes ao Pai. Concedei-nos a conformi-
dade à Vossa vontade, como pensando
com a Vossa mente, olhando com Vossos
olhos, escutando com Vossos ouvidos,
falando com a Vossa língua, operando
com Vossas mãos, amando com Vosso
Coração, vivendo em sintonia perfeita
com o Vosso pensar e agir. Que toda a
nossa vida seja uma imitação da Vossa
vida em nossa vida. Amém. (Tempo de si-
lêncio para meditar e orações após cada Estação)
13ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Após a morte de um ente querido, mui-
tos choram. Mas, Deus não quer nossas
lágrimas, mas o nosso coração e a nossa
oração. O amor de Deus não está nas lá-
grimas nem em consolações e afetos que
se desejam, mas no servir a Deus com
justiça, com a força da alma e com hu-
mildade. Nisto se figura um contínuo
receber sem nunca nada devolver.
Diante da Sabedoria infinita mais vale
um breve desejo de humildade que toda
ciência do mundo. O edifício da oração
deve sempre cimentar-se na humildade;
quanto mais uma alma se mostra humil-
de na oração, tanto mais Deus a exalta.
(Silêncio)
D – Os meus inimigos me afrontam todo
o dia;
T - os que contra mim se enfurecem me
amaldiçoam.
D - Pois tenho comido cinza como pão e
misturado com lágrimas a minha bebida,
por causa da tua ira e da tua indignação,
pois tu me levantaste e me arremessaste
(Sl 102,8-10).
Ó Jesus, que o meu coração seja humil-
de, confiante união convosco, graça de
crescimento e verdadeira elevação da
alma a Vós, meu Sumo Bem. Que todos
os meus pensamentos sejam totalmente
concentrados em Vós, que meu coração
se eleve e se entregue a Vós, querendo
sempre amar, melhorar e cumprir a Vos-
sa santa vontade. (Tempo de silêncio para
meditar e orações após cada Estação)

14ª Estação
(Orações antes de cada Estação)
Rezar não é somente falar, mas entrar
na escola de Jesus, escutar e aprender
d´Ele, que quer habitar em nossa alma
como num túmulo – porém, como vivo!
Deus jamais nos abandona se não aban-
donamos a Ele por deixar de rezar. Re-
zar também significa: deixar-se amar
por Cristo, entrar num diálogo vivo com
Ele, encher a alma com Sua graça e Seu
Amor. Segundo a proporção de nosso
amor temos a coragem de sofrer muito
ou pouco, de entregar-nos totalmente ou
parcialmente, de rezar muito ou pouco.
Pela oração de intercessão podemos –
com a graça e força de Deus – salvar
almas. Quem salvar a alma do seu irmão,
salvará sua própria para a eternidade.
(Silêncio)
D - Irmãos, se algum de entre vós se tem
desviado da verdade, e alguém o conver-
ter, saiba que aquele que fizer converter
do erro do seu caminho um pecador
T - salvará da morte uma alma e cobrirá
uma multidão de pecados (Tg 5,19-20).
Ó Jesus, a Vossa caminhada terrestre
terminou. Repousais na terra até a res-
surreição glorioso dos mortos. Eu Vos
adoro, Vos bendigo e Vos dou graças por
tudo o que fizestes por nós. Sede bendi-
to, adorado e louvado, agora e para
sempre. Amém. (Tempo de silêncio para medi-
tar e orações após cada Estação)

14 h - Orações Diversas:
Oração Expiatória (direitos desta oração,
reservados à Opus Angelorum)
Vós, nosso DEUS, Vós Santo, Forte,
Imortal!
Tende piedade de nós!
Em nome do Preciosíssimo Sangue, que
nos remiu, pedimo-Vos:
Tende piedade de nós!
Em nome da Imaculada, pedimo-Vos:
Tende piedade de nós!
Em nome de todos os Anjos e Santos,
pedimo-Vos:
Tende piedade de nós!
Permiti que Vos roguemos pelos nossos
irmãos, apesar da nossa culpa,
ó Senhor!
Permiti que sejamos vítimas expiatórias
para a salvação de todos!
Não nos deixeis perecer, ó Senhor!
Aceitai o conhecimento da nossa culpa e
da nossa humilde condição,
ó Senhor!
Aceitai a nossa vontade para a expiação,
ó Senhor!
Pedimo-Vos perdão:
Para todos quantos Vos negam,
Para todos quantos escarnecem e
zombam de Vós,
Para todos quantos Vos ultrajam na
Santíssimo Sacramento,
Tende piedade de nós, tende pie-
dade de nós!
Pedimo-Vos perdão:
Para todos os covardes e preguiçosos,
Para todos os tíbios e hipócritas,
Para todos os mentirosos e impostores,
Tende piedade de nós, tende pie-
dade de nós!
Pedimo-Vos perdão:
Para todos aqueles que se regalam à
custa dos pobres,
Para todos aqueles que estão nas ca-
deias do maligno,
Para todos aqueles que têm como seu
„deus‟ o ouro, o prazer e a comodidade,
Tende piedade de nós, tende pie-
dade de nós!
Pedimo-Vos perdão:
Para toda frieza e indiferença do
mundo,
Para toda soberba e toda deificação
do próprio eu,
Para todos os nossos próprios peca-
dos vergonhosos,
Tende piedade de nós, tende pie-
dade de nós!
Deixai-nos transformar a Vossa justiça
em misericórdia!
Deixar-nos deter a Vossa mão, an-
tes dela se abaixar para pronunci-
ar a sentença do Juiz!
Deixai-nos satisfazer por toda a culpa,
para acharmos graça diante de Vós!
Vós podeis fazer conosco o que
quiserdes, tudo é amor! Esperamos
tudo de Vós, porque sois tudo para
nós, Vós, nosso Senhor e DEUS!
(Tempo de Silêncio)
Ato de Desagravo ao Sagrado Cora-
ção de Jesus (Para ser rezado nas Primeiras
Sextas-feiras do mês)

Divino Salvador Jesus! Dignai-vos baixar


um olhar de misericórdia sobre vossos fi-
lhos, que reunidos em um mesmo pensa-
mento de Fé, Reparação e Amor, vêm cho-
rar a vossos pés suas infidelidades e a de
seus irmãos, os pobres pecadores! Possa-
mos nós, pelas promessas unânimes e so-
lenes que vamos fazer, tocar o vosso divi-
no Coração, e dele alcançar misericórdia
para o mundo infeliz e criminoso e para
todos aqueles que não têm a felicidade de
vos amar! Daqui por diante, sim, todos nós
vo-lo prometemos:
- Do esquecimento e da ingratidão dos
homens,
Nós vos consolaremos, Senhor! (Repetir
após cada estrofe)
- Do abandono em que sois deixado no
santo Tabernáculo,
- Dos crimes dos pecadores,
- Do ódio dos ímpios,
- Das blasfêmias que se vomitam contra
vós,
- Das injúrias feitas à vossa divindade,
- Dos sacrilégios com que se profana o
vosso Sacramento de amor,
- Das imodéstias nas vestimentas e das ir-
reverências cometidas em vossa presença
adorável,
- Da tibieza do maior número de vossos fi-
lhos,
- Do desprezo que se faz de vossos convi-
tes cheios de amor,
- Das infidelidades daqueles que se dizem
vossos amigos,
- Do abuso de vossas graças,
- De nossas próprias infidelidades,
- Da incompreensível dureza de nossos co-
rações,
- De nossa longa demora em vos amar,
- De nossa frouxidão em vosso santo ser-
viço,
- Da amarga tristeza em que sois abisma-
do pela perda das almas,
- Do vosso longo esperar às portas de nos-
sos corações,
- De vossos suspiros de amor,
- De vossas lágrimas de amor,
- De vosso cativeiro de amor,
- De vosso martírio de amor,
Oremos: Divino Salvador Jesus, que de
vosso Coração deixastes escapar esta
queixa dolorosa: “Eu procurei consolado-
res e não os achei”, dignai-vos aceitar o
pequeno tributo de nossas consolações e
assistir-nos tão poderosamente com o so-
corro de vossa graça que, para o futuro,
fugindo cada vez mais de tudo o que vos
poderia desagradar, nos mostremos em
tudo, por toda a parte e sempre, vossos fi-
lhos, os mais fiéis e devotados. Nós vo-lo
pedimos por vós mesmo, que sendo Deus,
com o Pai e o Espírito Santo, viveis e rei-
nais nos séculos dos séculos. Ámen.

(Pode-se também nesta hora, suplicar as


gotas do Preciosíssimo Sangue de Jesus,
intercalando sempre tempo de Silêncio)

 15 h
Terço da Misericórdia
Orações finais
São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste
combate, sede o nosso refúgio contra as
maldades e as ciladas do demônio! Orde-
ne-lhe Deus, instantemente vos pedimos; e
vós, príncipe da milícia celeste, pela virtu-
de divina, precipitai ao inferno a Satanás e
a todos os espíritos malignos, que andam
pelo mundo para perderem as almas.
Amen.

Augusta Rainha do Céu e Senhora dos


Anjos, vós que recebestes de Deus o poder
e a missão de esmagar a cabeça de Sata-
nás, humildemente vos rogamos que envi-
eis as Legiões Celestes, para que às vossas
ordens, persigam e combatam os demô-
nios por toda a parte, refreando a sua au-
dácia e precipitando-os no abismo. Quem
como Deus?! Ó bondosa e carinhosa Mãe,
vós sereis sempre o nosso amor e a nossa
esperança. Ó Divina Mãe, enviai os Santos
Anjos em nossa defesa, afastando para
longe de nós o cruel inimigo. São Miguel
Arcanjo e todos os Santos Anjos, combatei
e rogai por nós!

- “Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus


DEUS Sabaoth! Pleni sunt Cæli et Terra
gloria Tua. Hosanna in excelsis! Benedic-
tus qui venit in Nomine Domini. Hosanna
in excelsis!”
- Com vosso Filho, ó Mãe Pia,
abençoai-nos, ó Virgem Maria. Amen.
***
Para alcançar as indulgências desta santa de-
voção, que por caridade podemos aplicar às
Almas do Purgatório, reza-se ainda:
1 Pai-nosso; 1 Ave-Maria e 1 Glória, nas inten-
ções do Santo Padre.
***
NOTA: O que significa rezar pelas intenções
do Santo Padre? As intenções do Santo Padre
objetivamente são:
- O progresso da Fé e o triunfo da Igreja.
- Paz e união entre Príncipes e Governantes
cristãos.
- A conversão dos pecadores.
- A destruição das heresias.
Essas são as intenções objetivas pelas quais
rezamos quando dizemos: "pelas intenções do
Santo Padre". Ou seja, são as que correspon-
dem ao fiel cumprimento do seu Ofício.
Quaisquer outras intenções pessoais que ele
possa ter, nós também podemos rezar por elas,
desde que não contradigam as intenções aci-
ma. Ou seja, se as intenções subjetivas do Papa
forem contrárias à Fé católica, ou se forem da-
nosas à Igreja, de modo algum estariam inclu-
ídas nesta oração.
***
Se inscreva e ajude a divulgar estes canais:

Telegram: t.me/passio_domini
Blog: Pequeno Apostolado
Youtube: Pequeno Apostolado

Você também pode gostar