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VIGILIA EM CELEBRAÇÃO AO

Domingo de
Ramos e da
Paixão
XXIII E XXIV DE MARÇO MMXXIV

Natal, Rio Grande do Norte


Roteiro da Vigília
I - ABERTURA
XXII Horas - Orações iniciais

II. LITURGIA DAS HORAS


XXII Horas - Completas

III - ORAÇÃO MENTAL


XXII Horas - Preparação do Espírito

IV - MEDITAÇÃO
XXII Horas - I. Dimensão da nossa Fé

V - LITURGIA DO DIA
XXIII Horas - Ramos e da Paixão do Senhor

VI - INTERIORIZAÇÃO
XXIII Horas - Meditação de Santo Tomás

VII - ADORAÇÃO GUIADA


I Hora - Partilha / conversa com Deus

VIII - ROSÁRIO
I Hora - Gozosos, dolorosos e gloriosos

IX - INTERVALO
II Horas

X - TRISÁGIO
II Horas

XI - MEDITAÇÃO
II Horas - II. A excelência de nossa Alma

XII - PARTILHA
III Horas - Momento livre
XIII - CONSAGRAÇÕES
III Horas - Orações piedosas

XIV - DESPEDIDA
IV - Orações finais

XV - Referências
Fontes e Livros sugeridos
O Jardim de flores, de orações. Jan Luyken Beeck
Veni Creator

Ó vinde Espírito Criador,


as nossas almas visitai
e enchei os nossos
corações com Vossos
dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor,


do Deus excelso o dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.

Sois doador dos sete dons,


e sois poder na mão por
Ele prometido a nós, do Pai,
por nós Seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai,


os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.
Nosso inimigo repeli,
e concedei-nos Vossa paz,
se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador,


por Vós possamos conhecer,
que procedeis do Seu amor,
fazei-nos sempre firmes crer.

Glorifiquemos a Deus Pai,


E ao Filho que ressuscitou.
E ao Santo Espírito de Deus,
Por infinitos séculos.
Amém.

1x Glória
Heiling sacrament. Anonimo.
Ato de Adoração

Eu vos adoro com profundo respeito, meu


Jesus, no Santíssimo Sacramento.
Reconheço-vos por verdadeiro Deus e
homem, e tenho a intenção de suprir com
este ato de adoração a frieza de tantos
cristãos ao passarem diante de Vossas
Igrejas, os quais, às vezes, mesmo diante de
Vosso sagrado tabernáculo, em que Vos
dignais estar a toda hora, desejando, com
impaciência amorosa comunicar-vos com
Vossos fiéis, nem ao menos Vos saúdam. E
com sua indiferença se mostram como os
hebreus no deserto, nauseados deste maná
celeste. Eu vos ofereço o preciosíssimo
Sangue que derramastes da chaga de Vosso
pé esquerdo, em reparação de tão
insuportável tibieza, e, encerrando-me...
espiritualmente nesta Sagrada Chaga,
repito mil e mil vezes: GRAÇAS E
LOUVORES SEJAM DADOS A TODO O
MOMENTO AO SANTÍSSIMO E
DIVINÍSSIMO SACRAMENTO.

1x Pai Nosso, 1x Ave Maria, 1x Glória


Ato de Adoração
Eu vos adoro com profundo respeito, meu
Jesus. Reconheço-vos presente no
Santíssimo Sacramento, e tenho a intenção
de reparar a ingratidão de tantos cristãos
que, vendo-vos sair a visitar os pobres
enfermos, para ser o seu conforto e
consolação na grande viagem para a
eternidade, Vos deixam passar sem
acompanhar-vos e apenas se dignam a fazer
um ato de externa adoração. Eu Vos
ofereço, em reparação de tamanha frieza, o
preciosíssimo Sangue que derramastes da
chaga de Vosso pé direito, e, encerrando-
me espiritualmente nesta Sagrada Chaga,
repito mil e mil vezes: GRAÇAS E
LOUVORES SEJAM DADOS A TODO O
MOMENTO AO SANTÍSSIMO E
DIVINÍSSIMO SACRAMENTO.
1x Pai Nosso, 1x Ave Maria, 1x Glória
Ato de Adoração
Eu vos adoro com profundo respeito, meu
Jesus, verdadeiro Pão da vida eterna, e com
este ato de adoração tenho a intenção de
compensar as muitas feridas que Vosso
Coração sofre todos os dias pela
profanação das Igrejas, onde Vos dignais
estais debaixo das espécies sacramentais,
para ser adorado e amado por Vossos fiéis.
Eu Vos ofereço, em reparação de tantas
irreverências, o preciosíssimo Sangue que
derramastes da chaga de Vossa mão
esquerda, e, encerrando-me
espiritualmente nesta Sagrada Chaga,
repito mil e mil vezes: GRAÇAS E
LOUVORES SEJAM DADOS A TODO O
MOMENTO AO SANTÍSSIMO E
DIVINÍSSIMO SACRAMENTO.

1x Pai Nosso, 1x Ave Maria, 1x Glória


Ato de Adoração

Eu Vos adoro com profundo respeito, meu


Jesus, Pão vivo descido dos Céus, e tenho a
intenção de reparar com este ato de
adoração tantas e tão repetidas
irreverências que cada dia cometem Vossos
fiéis ao assistirem à Santa Missa, na qual,
por excesso de amor, renováveis de modo
incruento o mesmo Sacrifício que
consumastes no Calvário, para a nossa
salvação. Eu Vos ofereço, em reparação de
tanta ingratidão, o preciosíssimo Sangue
que derramastes da chaga de Vossa mão
direita, e, encerrando-me espiritualmente
nesta Sagrada Chaga, reúno minha voz às
vozes dos anjos que, em adoração, Vos
rodeiam, dizendo, juntamente com eles:
GRAÇAS E LOUVORES SEJAM DADOS
A TODO O MOMENTO AO
SANTÍSSIMO E DIVINÍSSIMO
SACRAMENTO.
1x Pai Nosso, 1x Ave Maria, 1x Glória
Ato de Adoração
Eu vos adoro com profundo respeito, meu
Jesus, verdadeira vítima de expiação por
nossos pecados, e Vos ofereço este ato de
adoração em compensação dos sacrilégios e
ultrajes que recebeis de tantos cristãos
que se atrevem a receber-vos na Santa
Comunhão tendo a sua alma em pecado
mortal. Eu Vos ofereço, em reparação de
tão abomináveis sacrilégios, as últimas
gotas de Vosso preciosíssimo Sangue que
derramastes da chaga do lado, e,
encerrando-me nesta Sagrada Chaga, eu
Vos adoro, bendigo e amo, repetindo, em
união com todas as almas devotas do
santíssimo Sacramento: GRAÇAS E
LOUVORES SEJAM DADOS A TODO O
MOMENTO AO SANTÍSSIMO E
DIVINÍSSIMO SACRAMENTO.
1x Pai Nosso, 1x Ave Maria, 1x Glória
Santo Agostinho em extase.
Bartolomé Esteban Murillo, Guillaume Henri
Franquinet, François le Villain
Liturgia das Horas
V. Deus, vinde em nosso auxílio.
R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,como era no


princípio, agora e sempre. Amém.

HINO

Se me envolve a noite escura


E caminho sobre abismos de amargura,
Nada temo porque a Luz está comigo.

Se me colhe a tempestade
E Jesus vai a dormir na minha barca,
Nada temo porque a Paz está comigo.

Se me perco no deserto
E de sede me consumo e desfaleço,
Nada temo porque a Fonte está comigo.
Se os descrentes me insultarem
E se os ímpios mortalmente me odiarem,
Nada temo porque a Vida está comigo.

Se os amigos me deixarem
Em caminhos de miséria e orfandade,
Nada temo porque o Pai está comigo.

Se me envolve a noite escura


E caminho sobre abismos de amargura,
Nada temo porque a Luz está comigo.
SALMODIA

Ant. 1: Compadecei-Vos de mim, Senhor, e


ouvi a minha súplica.

Salmo 4 - Ação de graças


“O Senhor fez maravilhas n’Aquele que
ressuscitou dos mortos”
(S. Agostinho).

Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de


justiça. *
Vós que na tribulação me tendes
protegido,
compadecei-Vos de mim *
e ouvi a minha súplica.

Até quando, ó homens, sereis duros de


coração? *
Porque amais a vaidade e procurais a
mentira?
Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos
seus amigos; *
o Senhor me atende quando O invoco.
Tremei e não pequeis, *
no silêncio dos vossos leitos falai ao vosso
coração.
Oferecei sacrifícios de justiça *
e confiai no Senhor.

Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?». *


Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da
vossa face.

Dais ao meu coração uma alegria maior *


do que a deles na abundância de trigo e
vinho.
Em paz me deito e adormeço tranquilo *
porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar
em segurança.

Ant. Compadecei-Vos de mim, Senhor, e


ouvi a minha súplica.
Ant. 2: Durante as horas da noite, bendizei
o Senhor.

Salmo 133 (134)


Oração da noite no templo
Louvai o nosso Deus, todos os seus servos,
vos que O temeis, pequenos e grandes
(Ap 19, 5).

Bendizei o Senhor, *
todos os servos do Senhor,
que estais no templo do Senhor *
durante as horas da noite.

Levantai as mãos para o santuário *


e bendizei o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor, *
que fez o céu e a terra.

Ant. Durante as horas da noite, bendizei o


Senhor.
LEITURA BREVE - Deut 6, 4-7

Escuta, Israel. O Senhor nosso Deus é o


único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus
com todo o teu coração, com toda a tua
alma e com todas as tuas forças. As palavras
que hoje te prescrevo ficarão gravadas no
teu coração. Hás-de recomendá-las a teus
filhos, e nelas meditarás, quer estando
sentado em casa quer andando pelos
caminhos, quando te deitas e quando te
levantas.

RESPONSÓRIO BREVE

V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu


espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu
espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu
espírito.

V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito


Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu
espírito.

CÂNTICO EVANGÉLICO
(Nunc dimittis)

Ant. Salvai-nos, Senhor, quando velamos e


guardai-nos quando dormimos, para
estarmos vigilantes com Cristo e
descansarmos em paz.

Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, *


deixareis ir em paz o vosso servo,
porque meus olhos viram a salvação, *
que oferecestes a todos os povos:
luz para se revelar às nações *
e glória de Israel, vosso povo.

Ant. Salvai-nos, Senhor, quando velamos e


guardai-nos quando dormimos, para
estarmos vigilantes com Cristo e
descansarmos em paz.

Oração:

Guardai-nos, Senhor, durante esta noite, a


fim de que, levantando-nos por vossa graça
ao romper da manhã, nos alegremos com a
ressurreição de Jesus Cristo, vosso Filho,
Ele que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
V. O Senhor omnipotente nos dê uma noite
tranquila e no fim da vida uma santa morte.
R. Amém.

ANTÍFONA DE NOSSA SENHORA

I.
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida,
doçura e esperança nossa, salve. A Vós
bradamos, os degredados filhos de Eva, a
Vós suspiramos, gemendo e chorando, neste
vale de lágrimas. Eia, pois, Advogada nossa,
esses vossos olhos misericordiosos a nós
volvei. E depois deste desterro, nos mostrai
Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó
clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
II
Santa Mãe do Redentor, Porta do Céu,
Estrela do mar, socorrei o povo cristão
que procura levantar-se do abismo da
culpa. Vós que, acolhendo a saudação do
Anjo, gerastes, com admiração da natureza,
o vosso santo Criador, ó sempre Virgem
Maria, tende misericórdia dos pecadores.

III
Deus Vos salve, Rainha dos Céus, Deus Vos
salve, Senhora dos Anjos, Deus Vos salve,
Raiz e Porta por onde veio à luz ao mundo.
Alegrai-Vos, ó Virgem gloriosa, a mais bela
entre todas as mulheres. Santa Mãe de
Deus, intercedei por nós, diante do vosso
Filho.
IV
À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe
de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas
em nossas necessidades; mas livrai-nos de
todos os perigos, ó Virgem gloriosa e
bendita.

V
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é
convosco, bendita sois Vós entre as
mulheres e bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós, pecadores, agora e na hora da
nossa morte. Amém.
Santo Afonso de Ligório. Anônimo
Oração Mental

Oração mental (método composto por


Santo Afonso Maria de Ligório)

Compõe-se de três partes: 1. A preparação;


2. a meditação; 3. a conclusão.

1. A Preparação

Para a preparação convém fazer três atos: 1.


de Fé na presença de Deus; 2. de Humildade,
arrependendo-se dos pecados; 3. de Petição,
pedindo a Deus que nos ilumine. Para este
fim pode-se dizer:
Meu Deus, creio que estais aqui presente;
adoro-vos, amo-vos sobre todas as coisas.
Meu Deus, eu deveria já estar no Inferno
por causa dos meus pecados; arrependo-me
do fundo do meu coração de Vos ter
ofendido, ó Bondade infinita. Meu Deus,
peço-vos, por amor de Jesus e de Maria, que
me ilumine nesta meditação, a fim de que
me seja útil e aproveite para a salvação de
minha alma.
1. Pai-Nosso, 1. Ave-Maria

Acrescenta-se uma Ave-Maria, para alcançar a


graça pedida por intercessão da SS. Virgem, e um
Glória ao Pai em honra de São José, do anjo da
guarda e do santo padroeiro. Estes atos devem-
se fazer com devoção, mas brevemente, para logo
começar a meditação. (Caso sinta o chamado a
confissão, ao fim do texto disponibilizamos o
exame de consciência em preparação para o
Sacramento da Penitência, Páginas 196-214)
2. A Meditação

Na meditação convém fazer uso de um livro


(neste caso faremos uma breve meditação
sobre a Fé), ao menos no princípio, e
demorar naqueles pontos que mais nos
impressionam. Os frutos que se devem
colher da meditação são três: 1. afetos, 2.
propósitos e 3. pedidos, e nisto consiste o
essencial proveito e lucro da oração
mental. Tendo, portanto, refletido sobre
uma das verdades eternas, devemos falar
com Deus, e para este fim:

1. Excitar afetos de fé, de agradecimento, de


humildade ou de esperança. Antes de tudo
devemos repetir atos de amor e contrição.
Santo Tomás de Aquino diz que merecemos, por
qualquer ato de amor, a graça de Deus e o Céu...
“Qualquer ato de amor merece a vida
eterna”. São atos de amor os seguintes:
“Meu Deus, amo-vos sobre todas as coisas.
Amo-vos de todo o coração. Em todas as
coisas quero fazer a Vossa santíssima
vontade. Gozo imensamente ao contemplar
a Vossa felicidade.” E outros semelhantes,
para fazer um ato de contrição perfeita é
suficiente dizer: “Meu Deus, arrependo-
me de Vos ter ofendido, porque sois a
Bondade infinita.”

2. Apresentar as nossas petições a Deus.


Pedir-lhes luz, humildade e outras
virtudes, uma santa morte e a salvação
eterna, mas sobretudo o santo amor e a
perseverança final.

3. Sempre fazer um propósito particular...


antes de terminar a meditação. Por
exemplo, evitar com todo o cuidado certa
ocasião perigosa de pecar; suportar com
paciência os incômodos que certa pessoa nos
causa; empenhar-se para evitar certa falta,
etc.
Glórias da Igreja Católica: O cristão católico
instruído na defesa de sua fé: uma exposição completa
da doutrina católica, juntamente com uma explicação
completa do santo sacrifício da missa. John Gilmary
Shea
Meditação

“A VERDADEIRA FELICIDADE
CONSISTE EM CONHECER, AMAR E
SERVIR A DEUS”
Monsenhor Louis Gaston A. de Ségur

PEQUENA REFLEXÃO

Monsenhor de Ségur no prefácio de um dos


seus livros aponta três preocupações as
objeções que dizem respeito à fé, são elas: 1.
impiedade, e está é a pior; 2. ignorância; 3.
covardia. Cientes disso, seguimos com um
breve exame de consciência para nos
situarmos, entendemos como nos
encontramos, e a partir disso, com a graça
de Deus, vivemos bem esta vigília mas
sobretudo a Semana Santa, cume da nossa fé.
Nossa preocupação inicialmente diz
respeito à fé, pois é a virtude teologal pela
qual cremos em Deus e em tudo o que Ele
nos disse e revelou, e que a santa Igreja nos
propõe para crer, porque Ele é a própria
verdade. (CIC 1814). É importante neste
momento salientar as virtudes teologais, e
voltaremos brevemente no catecismo para
deixar o mais claro possível este ponto:

“As virtudes humanas se fundamentam nas virtudes


teologais que adaptam as faculdades do homem para
que possa participar da natureza divina. De fato, as
virtudes teologais se referem diretamente a Deus.
Dispõem os cristãos a viverem em relação com a
Santíssima Trindade. Têm a Deus Uno e Trino por
origem, causa e objeto.
As virtudes teologais fundamentam, animam e
caracterizam o agir moral do cristão. Elas dão
forma a todas as virtudes morais e as vivificam. São
infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-
los capazes de agir como seus filhos e merecer...
a vida eterna. São garantia da presença e da ação do
Espírito Santo nas faculdades do ser humano. Há
três virtudes teologais: a fé, a esperança, a
caridade.”
(CIC 1812-1813)

Compreendo então do que se trata, qual o


cerne de nossa primeira reflexão, faremos
agora um exame de consciência para vermos
se estamos exercitando a virtude da fé em
nosso dia a dia, e caso não como devemos
proceder.
Boa meditação!
Nos artigos de Fé há quatro principais¹.

i. O primeiro é que há um Deus;

ii. O segundo é que é remunerador, isto é,


que recompensa a quem observa sua lei com
a Glória eterna do Paraíso, e castiga aos
transgressores com as penas eternas do
Inferno;

iii. O terceiro é que em Deus há três


Pessoas: O Pai, o Filho, e o Espírito Santo;
mas estas três Pessoas, ainda que sejam
distintas entre si, não são mais que um só
Deus, porque são uma essência e uma
divindade; do que se segue que, assim como o
Pai é eterno, omnipotente, imenso, assim
igualmente é eterno, omnipotente, imenso
o Filho e o Espírito Santo...
O Filho é gerado na mente do Pai. O
Espírito Santo procede e é a expressão da
vontade do Pai e do Filho, pelo amor com o
qual reciprocamente se amam;

IV. O quarto artigo dos principais é que a


Encarnação do Verbo Eterno, isto é, o
Filho, segunda Pessoa, por ação do Espírito
Santo se fez homem no seio da Virgem
Maria; e que de tal modo a Pessoa do Verbo
se revestiu de humanidade; que as duas
naturezas (a Divina e a Humana) se uniram
na pessoa de Jesus Cristo; que padeceu e
morreu para nossa salvação.

Estes são os quatro artigos, denominados


por necessidade de meio, pelos quais se não
cremos não poderemos ser salvos, como diz
o próprio Santo Afonso:
“Necessidade de meio significa que se não
crermos em certos artigos de Fé, não
podemos ser salvos.” Mas o mesmo santo
ensina que não há somente os artigos de
necessidade, há também os de necessidade de
preceito, que “se aplica aos artigos em que
devemos crer também, mas ainda que o
ignoramos com ignorância invencível, isto
é, sem culpa nossa, não pecariamos por isto,
e poderíamos salva-nos.”

Nos artigos de preceito Santo Afonso


elenca estes:

I. Deus criou o Céu e a Terra, os conserva e


governa;

II. Maria Santíssima é verdadeira Mãe de


Deus, foi sempre Virgem;
III. Jesus Cristo ao terceiro dia após a sua
morte ressuscitou por sua própria força,
subiu ao Céu, onde está sentado à direita de
seu Eterno Pai. ou seja, Jesus Cristo ainda
como homem sentado à direita de Deus, seu
Pai, desfruta perenemente de uma glória
igual à de seu Pai;

IV. No último dia do mundo, todos os


homens ressuscitarão e serão julgados por
Jesus Cristo;

V. A única verdadeira Igreja é a nossa Igreja


Católica; portanto, os que estão fora ou
separados dela não podem salvar-se e vão
para o suplício eterno, exceto as crianças
que morrem após receberem o Batismo.
VI. Na comunhão dos Santos, isto é, que
todo fiel, estando em Graça, participa dos
méritos de todos os santos vivos e mortos;

VII. Na remissão dos pecados, isto é, que no


Sacramento da Penitência temos todos os
pecados perdoados, contanto que tenhamos
um sincero arrependimento;

VIII. Na vida eterna, isto é, que aquele que


se salva morrendo em estado de Graça de
Deus vai para o Paraíso, onde gozará de
Deus por toda a eternidade; e ao contrário,
aquele que morre em pecado vai para o
Inferno, e ali há de penas por toda a
eternidade;
IX. Todo cristão há de saber assim os
preceitos do decálogo, isto é: os 10
mandamentos; e os da Igreja, bem como as
obrigações principais do próprio estado (de
vida)(eclesiástico, casado, doutor, médico,
etc.);

X. Todos devemos saber também e crer nos


sete sacramentos e seus efeitos, em especial
o Batismo, a Confirmação, a Penitência e a
Eucaristia, e sobre os demais ao menos
quando se recebem;

XI. Devemos saber igualmente o Pai-nosso


e a Ave Maria;

XII. Devemos saber tudo o que há no


Purgatório, onde se cumpre aquelas penas
temporais que devemos pagar pelas culpas
cometidas; e por isto temos de rezar...
(...) e oferecer algum sufrágio por aquelas
santas almas que lá estão, e cujas penas,
sendo gravíssimas como são, estamos de
certo modo obrigados a apressar, pois a
menor pena das que padecem no Purgatório
é maior que todas as dores da vida humana, e
elas não podem aliviar-se a si mesmas. Se
neste mundo vemos um próximo que sofre
um grande martírio, e nós podemos
socorrê-lo sem grande sacrifício, não
devemos fazê-lo? Do mesmo modo, pois,
estamos obrigados com as almas santas, ao
menos com nossa orações;

XIII. Devemos recorrer ao grande


proveito da intercessão dos Santos e Anjos,
especialmente o de Maria Santíssima, São
José, São Miguel Arcanjo, e o de nosso
Santo Anjo da Guarda.
Quanto a qualquer dúvida que possa surgir
a respeito dos seguintes preceitos ditos
acima, responde nosso Santo:

“(...) as coisas ou as matérias de Fé são obscuras, mas


não a verdade da Fé. A verdade da Fé, isto é, que
nossa Fé seja verdadeira, é bastante claro pelos
sinais evidentes com que se nos manifesta. Os
mistérios de Fé são para nós obscuros, e Deus assim
os dispôs para que sejam obscuros, porque deste
modo quer ser por nós honrado: crendo sem
compreender em tudo o que Ele disse, e para que
assim também mereçamos, crendo no que não vemos.
Que mérito teria o homem em crer naquilo que vê?
Fides amittit meritum cum humana ratio praebet
experimentum (a fé perde mérito quando o sistema
humano fornece o teste) diz São Gregório.
As matérias da Fé nos são ocultas, mas a verdade da
Fé tem provas tão evidentes, que é preciso ser um
insensato para não a abraçar. Estas provas são em
grande número e resultam especialmente das
profecias escritas nas Sagradas Escrituras tantos
séculos antes de suceder e depois pontualmente
cumpridas.”
As principais provas descritas por Santo
Afonso são estas:

I. Santidade de Doutrinas;

II. Conversão do Mundo;

III. A Estabilidade dos Dogmas sempre


uniforme;

IV. Testemunhos das Profecias;

V. Testemunhos dos Milagres;

VI. Constâncias dos Mártires;

Quem desejar aprofundar-se na prática da


Fé, deixaremos ao fim do presente
documento uma gama de fontes
bibliográficas.
Compreendido a dimensão da Fé, podemos
agora ouvir com maior proveito a Santa
Liturgia do dia, absorvendo as verdades ali
expostas e aplicando-as em nossas vidas.
Liturgia do Dia
Marcos, 11, 1-11
Isaías, 50, 4-7
Salmo 21 (22), 8-9.17-18a.19-20.23-24 (R. 2a)
Fl 2,6-11
Mc 14,1-15,47

evangelho - domingo de ramos

Ao se aproximarem de Jerusalém, diante de


Betfagé e de Betânia, perto do monte das
Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos,
dizendo-lhes: Ide ao povoado que está à
vossa frente. Entrando nele, encontrareis
imediatamente um jumentinho amarrado,
que ninguém montou ainda. Soltai-o e
trazei-o. E se alguém vos disser: Por que
fazeis isso?, dizei: O Senhor precisa dele, e
logo o mandará de volta. Foram, e acharam
um jumentinho na rua junto a uma porta, e
o soltaram. Alguns dos que ali se
encontravam disseram: por que soltais o...
jumentinho? Responderam como Jesus havia
dito, e eles os deixaram partir. Levaram a
Jesus o jumentinho, sobre o qual puseram
suas vestes. E ele o montou. Muitos
estenderam as vestes pelo caminho, outros
puseram ramos que haviam apanhado nos
campos. Os que iam à frente dele e os que o
seguiam clamavam: Hosana! Bendito o que
vem em nome do Senhor! Bendito o Reino
que vem, do nosso pai Davi! Hosana no mais
alto dos céus! Entrou no Templo, em
Jerusalém e, tendo observado tudo, como
fosse já tarde, saiu para Betânia com os
doze.
R: Palavra do Senhor.
V. Graças a Deus!
primeira leitura

O Senhor Iahweh me deu uma língua de


discípulo para que eu soubesse trazer ao
cansado uma palavra de conforto. De
manhã em manhã ele me desperta, sim,
desperta o meu ouvido para que eu ouça
como os discípulos. O Senhor Iahweh
abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde,
não recuei. Ofereci o dorso aos que me
feriam e as faces aos que me arrancavam os
fios da barba; não ocultei o rosto às
injúrias e aos escarros. O Senhor Iahweh
virá em meu socorro, eis porque não me
sinto humilhado, eis porque fiz do meu
rosto uma pederneira e tenho a certeza de
que não ficarei confundido.

R: Palavra do Senhor.
V. Graças a Deus!
salmo

Meu Deus, meu Deus, por que me


abandonaste? Todos os que me vêem caçoam
de mim, abrem a boca e meneiam a cabeça:
Voltou-se a Iahweh, que ele o liberte, que
o salve, se é que o ama! Cercam-me cães
numerosos, um bando de malfeitores me
envolve, como para retalhar minhas mãos e
meus pés. Posso contar meus ossos todos, as
pessoas me olham e me vêem; repartem entre
si as minhas vestes, e sobre a minha túnica
tiram sorte. Tu, porém, Iahweh, não fiques
longe! Força minha, vem socorrer-me
depressa! Vou anunciar teu nome aos meus
irmãos, louvar-te no meio da assembleia:
Vós que temeis a Iahweh, louvai-o!
Glorificai-o, descendência toda de Jacó!
Temei-o, descendência toda de Israel!
segunda leitura

Meu Deus, meu Deus, por que me


abandonaste? Todos os que me vêem caçoam
de mim, abrem a boca e meneiam a cabeça:
Voltou-se a Iahweh, que ele o liberte, que
o salve, se é que o ama! Cercam-me cães
numerosos, um bando de malfeitores me
envolve, como para retalhar minhas mãos e
meus pés. Posso contar meus ossos todos, as
pessoas me olham e me vêem; repartem entre
si as minhas vestes, e sobre a minha túnica
tiram sorte. Tu, porém, Iahweh, não fiques
longe! Força minha, vem socorrer-me
depressa! Vou anunciar teu nome aos meus
irmãos, louvar-te no meio da assembleia:
Vós que temeis a Iahweh, louvai-o!
Glorificai-o, descendência toda de Jacó!
Temei-o, descendência toda de Israel!

R: Palavra do Senhor.
V. Graças a Deus!
A Grande Paixão. Jacques Callot.
evangelho da paixão do senhor

Logo de manhã, os chefes dos sacerdotes


fizeram um conselho com os anciãos e os
escribas e todo o Sinédrio. E manietando
(prendendo as mãos) a Jesus, levaram-no e
entregaram-no a Pilatos. Pilatos o
interrogou: És tu o rei dos Judeos?
Respondendo, ele disse: Tu o dizes. E os
chefes dos sacerdotes acusavam-no de
muitas coisas. Pilatos o interrogou de
novo: Nada respondes? Vê de quanto te
acusa! Jesus, porém, nada mais respondeu, de
sorte que Pilatos ficou impressionado. Por
ocasião da Festa, ele lhes soltava um preso
que pedissem. Ora, havia um, chamado
Barrabás, preso com outros amotinadores
que, numa revolta haviam cometido um
homicídio. A multidão, tendo subido,
começou a pedir que lhes fizesse como
sempre tinha feito. Pilatos, então...
perguntou-lhes: Quereis que eu vos solte
o rei dos judeus? Porque ele sabia, com
efeito, que os chefes dos sacerdotes o
tinham entregue por inveja. Os chefes dos
sacerdotes, porém, incitavam o povo a
pedirem, antes, que lhes soltasse Barrabás.
Pilatos perguntou-lhes de novo: Que farei
de Jesus, que dizeis ser o rei dos judeus?
Eles gritaram de novo: Crucifica-o! Disse-
lhes Pilatos: Mas que mal ele fez? Eles
porém, gritaram com mais veemência:
Crucifica-o! Pilatos, então, querendo
contentar a multidão, soltou-lhes
Barrabás e, depois de mandar açoitar Jesus,
entregou-o para que fosse crucificado. Os
soldados o levaram ao interior do palácio,
que é o Pretório, e convocaram toda a
corte. Em seguida, vestiram-no de púrpura
e tecendo uma coroa de espinhos, lha
impuseram. E começaram a saudá-lo: Salve...
rei dos judeus! E batiam-lhe na cabeça com
um caniço. Cuspiam nele e, de joelhos, o
adoravam. Depois de caçoar dele, despiram-
lhe a púrpura e tornaram a vesti-lo com as
próprias vestes. E levaram-no fora para que
o crucificaram. Requisitaram certo Simão
Cireneu, que passava por ali vindo do
campo, para que carregasse a cruz. Era o pai
de Alexandre e de Rufo. E levaram Jesus ao
lugar chamado Gólgota, que, traduzido,
quer dizer o lugar da Caveira. Deram-lhe
vinho com mirra, que ele não tomou. Então
o crucificaram. E repartiram suas vestes,
lançando sorte sobre elas, para saber com
que cada um ficaria. Era a terceira hora
(nove hora da manhã) quando o
crucificaram. E acima dele estava a
inscrição da sua culpa: O Rei dos judeus
(INRI). Com ele crucificaram dois ladrões,
um a sua direita, o outro à esquerda...
Os transeuntes injuriavam-no, meneando a
cabeça e dizendo: Ah! tu, que destruiu o
Templo e em três dias o reedificas, salva-te
a ti mesmo, descendo da cruz! Do mesmo
modo, também os chefes dos sacerdotes,
caçoando dele entre si e com os escribas,
diziam: A outros salvou, a si mesmo não
pode salvar! O Messias, o Rei de Israel…
que desça agora da cruz, para que vejamos e
creiamos! E até os que haviam sido
crucificados com ele o ultrajavam. À hora
sexta (meio dia), houve trevas sobre toda a
terra, até a hora nona (três da tarde). E, À
hora nona, Jesus deu um grande grito,
dizendo: Eloi, Eloi, lemá sabachtháni que,
traduzido, significa: Deus meu, Deus meu,
por que me abandonaste? Alguns dos
presentes, ao ouvirem isso, disseram: Eis
que ele chama por Elias! E um deles,
correndo, encheu uma esponja de vinagre e..
fixando-a numa vara, dava-lhe de beber,
dizendo: Deixai! Vejamos se Elias vem
descê-lo Jesus, então, dando um grande
grito, expirou…

Pausa, todos fazem a genuflexão..

E o véu do Santuário se rasgou em duas


partes, de cima a baixo. O Centurião, que se
achava bem defronte dele, vendo que havia
expirado desse modo, disse:
Verdadeiramente este homem era filho de
Deus!

R: Palavra da Salvação
V. Glória a Vós, Senhor!
A Ressurreição. Albrecht Dürer
INTERIORIZAÇÃO

Foi conveniente que Cristo morresse, pelas


seguintes razões:

I. Para consumar a nossa redenção, pois,


apesar da Paixão ter virtude infinita por
causa da união da divindade, não foi
durante um sofrimento qualquer que nossa
redenção foi consumada, mas na morte de
Cristo. Por isso diz o Espírito Santo pela
boca de Caifás (Jo 11, 50): convém que morra
um homem pelo povo. E santo Agostinho:
Admiremos, congratulemo-nos,
rejubilemo-nos, amemos, louvemos e
adoremos, pois, pela morte de nosso
redentor, fomos chamados das trevas à luz,
da morte à vida, do exílio à pátria, do luto
à alegria.
II. Para o aumento da fé, da esperança e da
caridade. Quanto ao crescimento da fé,
aquilo do salmista: quanto à mim, estou só
até que eu passe deste mundo ao Pai. Mas,
quando tiver passado deste mundo ao Pai,
então serei multiplicado. Se o grão de
trigo que cai na terra não morre,
permanece só.

Quanto ao crescimento da esperança, diz o


Apóstolo (8, 32): O que não poupou nem o
seu próprio Filho, mas por nós todos o
entregou, como não nos dará também com
ele todas as coisas? É inegável que dar
todas as coisas é ainda menos que entregar
Cristo à morte por nós. São Bernardo diz:
"Quem não se encherá da esperança de
possuir confiança, se considerar a posição
do corpo crucificado de Cristo? Sua cabeça
inclinada, para dar-nos o ósculo da paz;
seus braços estendidos, para nos abraçar;
suas mãos transpassadas, para nos cumular
de bens; seu coração aberto, para nos amar;
seus pés cravados, para permanecer
conosco". Lemos nas Escrituras (Ct 2, 14):
"Pomba minha, que se aninha nos vãos do
rochedo, pela fenda dos barrrancos". Nas
chagas de Cristo, a Igreja estabeleceu e fez
seu ninho, colocando a esperança de sua
salvação na Paixão do Senhor; e assim
protege-se das surpresas do falcão, do
diabo.

Quanto ao crescimento da caridade, aquilo


das Escrituras (Ecle 43, 3): "Ao meio dia
queima a terra". Ou seja, no fervor da
Paixão, ardem de amor os corações
terrestres. Diz ainda São Bernardo: "O
cálice que bebestes, ó bom Jesus, mais que
tudo, vos fez amável...
A obra de nossa redenção reivindica
absoluta e prontamente todo nosso amor
para si; ela faz agradável a devoção, torna-a
mais justa, une-nos mais estreitamente e
com maior veemência nos toca o coração."

III. Por causa do sacramento da nossa


salvação, para que, pelo exemplo de sua
morte, morrêssemos para este mundo. "Por
isso a minha alma prefere a suspensão, os
meus ossos preferem a morte" (Jó 7, 15). E
são Gregório comenta: "A alma é a
intenção do espírito, os ossos são a força da
carne. O que está suspenso, foi erguido do
chão. A alma, portanto, foi erguida às
coisas da eternidade, para que morram os
ossos, pois o amor da vida eterna destrói em
nós toda a força da vida exterior". Ser
desprezado pelo mundo é o sinal desta
morte...
São Gregório acrescenta: “o mar retém os
corpos viventes, mas rejeita os cadáveres".

REFLEXÃO

É em vão que tomamos o nome de cristãos


ou pretendemos seguir a Cristo, se não
carregamos nossa cruz, conforme Seu
exemplo. É em vão que esperamos partilhar
da Sua glória e do Seu Reino, se não
aceitamos as devidas condições. Não
podemos chegar ao Céu por nenhum outro
caminho senão o de Cristo, que legou a
todos os eleitos a Sua Cruz, como seu
quinhão e herança neste mundo³.
Cena do Assassinato no banquete de Macbeth.
Autor não localizado.
INTERVALO

20 minutos
Manifestação do Sagrado Coração de Jesus.
Autor não localizado.
ADORAÇÃO GUIADA

Muitas vezes nos colocamos diante de Jesus


presente na Eucaristia e, envolvidos com
nossos problemas e tribulações, não
aproveitamos esses momentos preciosos
diante de Deus Vivo. Santo Antônio Maria
Claret (1807-1870), fundador dos
Claretianos, inspiradamente desenvolveu
textos que nos levam a uma profunda
intimidade com Deus na oração, usando a
técnica do diálogo com Jesus, para que
assim possamos ouvir sua voz em nossos
corações. O roteiro abaixo foi selecionado
pela Equipe Pastoral da Arquidiocese de
Viena, no ano de 1988.

Siga este roteiro em sua oração diante do


Santíssimo Sacramento, sem pressa, por um
período mínimo de quinze minutos, se
possível diariamente.
Inicie sempre a sua Adoração procurando
ouvir a Voz de Jesus dizendo a você:

Não é preciso, meu filho, saber muito


agradar; basta amar-Me fervorosamente.
Fala-Me, pois, de uma maneira simples,
assim como falarias com o mais íntimo dos
amigos…

Tens algum pedido em favor de alguém?

Menciona-Me o teu nome e dize-Me o que


desejas que Eu te faça. Pede muito! Não
receies pedir. Conversa comigo, simples e
francamente, sobre os pobres que gostarias
de consolar, sobre os doentes que vês
sofrer, sobre os desencaminhados que tanto
desejas ver no caminho certo. Dize-Me, em
favor deles, ao menos uma palavra.
Tu precisas de alguma graça?

Dize-Me abertamente que te reconheces


orgulhoso, egoísta, inconstante,
negligente... e pede-Me, então, que Eu
venha em teu auxílio nos poucos ou muitos
esforços que fazes para te livrares dessas
faltas. Não te envergonhes! Há muitos
justos, muitos santos no céu, que tinham
exatamente os mesmos defeitos. Mas
pediram com humildade, e pouco a pouco,
viram-se livres deles. Tão pouco deixes de
Me pedir saúde, bem como bons resultados
nos teus trabalhos, nos teus negócios ou
estudos. Posso dar-te e realmente te darei
tudo isso, contanto que não se oponha à
tua santificação, mas antes a favoreça. Mas
quero que o peças. O que necessitas
precisamente hoje? Que posso fazer por ti?
Ah, se soubesses o quanto Eu desejo ajudar-
te!
Andas preocupado com algum projeto?

Conta-Me. O que é que te ocupa? Que


pensas? Que desejas? Que posso Eu fazer por
teu irmão, por tua irmã, pelos teus amigos,
pela tua família, pelos teus superiores? Que
gostarias tu de lhes fazer? E no que se
refere a Mim, não sentes o desejo de Me ver
glorificado? E não queres fazer um favor
aos amigos que amas, mas que talvez vivam
sem jamais pensar em mim? Dize-me, em que
se detém hoje, de maneira especial, a tua
atenção? Que desejas mais vivamente? Quais
os meios que tens para alcançar? Conta-Me
se não consegues fazer o que desejas e Eu te
indicarei as causas do insucesso. Não
gostarias de conquistar os Meus favores?
Estás tristes ou mal-humorado?

Conta-Me, com todos os pormenores, o que


te entristece. Quem te feriu? Quem
ofendeu o teu amor próprio? Quem te
desprezou? Conta-Me tudo. Então, em
breve, chegarás ao ponto de Me dizeres que,
imitando-Me, queres perdoar tudo e de
tudo te esqueceres. Como recompensa hás
de receber a Minha bênção consoladora.
Acaso tens medo? Sentes na tua alma
melancolia e incerteza que, embora não
justificadas, não deixam de ser dolorosas?
Lança-te nos braços da Minha Providência.
Estou contigo, a teu lado. Vejo tudo, ouço
tudo e, em momento algum te desamparo.
Sentes frieza por parte de pessoas que antes
te queriam bem e que agora, esquecidas, se
afastam de ti apesar de não encontrares em
ti motivo algum para isso?
Roga por elas, pois se não forem obstáculo à
tua santificação, Eu as trarei de volta ao
teu lado.

Tens alguma alegria que possas partilhar


Comigo?

Por que não Me deixas tomar parte nela


com a força de um bom amigo? Conta-Me o
que, desde tua última visita, consolou e
agradou teu coração. Talvez fossem
supresas agradáveis; talvez se tenham
dissipado teus negros receios; talvez tenhas
recebido boas notícias: uma carta, uma
demosntração de carinho; talvez tenhas
conseguido vencer alguma dificuldade ou
sair de algum apuro. Tudo é obra minha.
Dize-Me simplesmente, como um filho ao
seu pai: “Obrigado, meu Deus, obrigado!"
Queres prometer-Me alguma coisa?
Bem sabes que leio o que está no fundo do
teu coração. É fácil enganar os homens,
mas a Deus não podes enganar. Fala-Me,
pois, com toda sinceridade. Fizeste o
propósito firme de, no futuro, não mais te
expores àquela ocasião de pecado, de te
prives do objeto que te seduz, de não mais
leres o livro que exala a tua imaginação, de
não procurares a companhia das pessoas que
perturbam a paz da tua alma? Serás
novamente amável e condescendente para
agradar àquela outra, a quem, por ter te
ofendido, consideraste até hoje como
inimiga? Volta agora às tuas ocupações
habituais: ao teu trabalho, à tua família,
aos teus estudos; mas não esqueças os
quinze minutos desta agradável conversa
que tiveste aqui, a sós comigo, no silêncio
do Sacrário.
Prática tanto quanto possível o silêncio, a
modéstia, o recolhimento, a serenidade e a
caridade para com o próximo. Ama e honra
Minha Mãe Santíssima que é também tua. E
volta amanhã, com o coração mais amoroso,
mais entregue a Mim.

No Meu Sagrado Coração hás de


encontrar, a cada dia, um amor totalmente
novo, novos benefícios e novas consolações.
Vem, que Eu aqui te espero!
Santo Stanislaus Kostka, São Luis Gonzaga e São João Berchmans.
Pintura atribuida aos Jesuitas, não especificado o autor.
ROSÁRIO

Divino Jesus, nós vos oferecemos este


Rosário que vamos rezar. Concedei-nos por
intercessão da Virgem Maria, vossa Mãe
Santíssima, a quem nos dirigimos, as
virtudes que nos são necessárias para bem
rezá-lo e a graça de ganharmos as
indulgências desta santa devoção.
Oferecemos em desagravo dos pecados
cometidos contra o Sagrado Coração de
Jesus e o Imaculado Coração de Maria,
pelas intenções do Santo Padre, o Papa, isto
é, a Exaltação da Santa Igreja, Extirpação
das heresias no mundo, a conversão dos
pecadores e a Restauração do Reinado
Social de Nosso Senhor Jesus Cristo e
pedimos também pelas almas do purgatório,
pelo fim das seitas e de sua influência em
todo Brasil, pelas vocações sacerdotais...
(...) e religiosas, pela santificação do Clero
e das famílias, pelos doentes e agonizantes,
e pelas mesmas intenções com que Nossa
Senhora está continuamente a interceder
junto a Jesus, além das nossas intenções
particulares (oferecer as intenções
particulares). Amém.
The Annunciation by Murillo, 1655–1660, Hermitage Museum, Saint
Petersburg
I. Anunciação do Anjo a Maria (Lc 1, 26-38)

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa Encarnação no
seio de Maria; e vos pedimos, por este
mistério, e por sua intercessão uma
profunda humildade.

Jaculatória:

Graça do mistério da Encarnação, vinde até minha


alma e tornai-me verdadeiramente humilde.
Visitation by Raphael, c. 1517
II. A Visitação (Lc 1, 39-56)

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta


dezena, em honra da visitação de vossa santa
Mãe à sua prima santa Isabel e da
santificação de São João Batista; e vos
pedimos, por esse mistério e pela
intercessão de vossa Mãe Santíssima, a
caridade para com o nosso próximo.

Jaculatória:

Graça do mistério da Visitação, vinde até minha


alma e tornai-me realmente caridoso.
Nativity of Jesus, by Botticelli, c. 1473–1475
III. Natividade de Nosso Senhor Jesus
Cristo (Lc 2, 1-20)

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta


dezena, em honra ao vosso nascimento no
estábulo de Belém; e vos pedimos, por este
mistério e pela intercessão de vossa Mãe
Santíssima, o desapego dos bens terrenos e o
amor à pobreza.

Jaculatória:

Graça do mistério da Natividade, vinde até


minha alma e tornai-me verdadeiramente
pobre de espírito.
Presentation of Christ in the Temple, South German, likely altarpiece
wing, late 15th century.
IV. Apresentação de Nosso Senhor Jesus
Cristo no Templo e a Purificação da
Santíssima Virgem Maria (Lc 2, 22-30)

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa apresentação ao
templo, e da purificação de Maria; e vos
pedimos, por este mistério e por sua
intercessão, uma grande pureza de corpo e
alma.

Jaculatória

Graça do mistério da Purificação, vinde até


minha alma e tornai-me realmente sábio e
puro.
Christ Among the Doctors, c. 1560, by Paolo Veronese
V. Perda e Reencontro do Menino Jesus no
Templo (Lc 2, 41-50)

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta


dezena, em honra ao vosso reencontro por
Maria; e vos pedimos, por este mistério; e
por sua intercessão, a verdadeira sabedoria.

Jaculatória:

Graça do mistério do Encontro do Menino


Jesus no Templo, vinde até minha alma e
verdadeiramente convertei-me.
Gerard David – The Baptism of Christ, c. 1505
VI. Batismo de Jesus no rio Jordão (Mt 3,16-
17)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus Cristo,


esta dezena, em honra do vosso batismo por
João, e vos pedimos, por meio deste mistério
e de sua intercessão, a graça da fidelidade às
promessas do nosso batismo.

Jaculatória:

Graça do Batismo de Jesus, renovai as


nossas almas e dai-nos a graça da Santa
Pureza.
The Marriage at Cana by Maerten de Vos, c. 1596
VII. Autorrevelação de Jesus nas Bodas de
Caná (Jó 2,1-5)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus Cristo,


esta dezena, em honra do vosso milagre nas
bodas de Caná, a pedido da Mãe Santíssima, e
vos pedimos, por meio deste mistério e de
sua intercessão, a graça da confiança na
oração de Maria e fé em vosso poder divino.

Jaculatória:

Graça da Autorrevelação de Jesus,


concedei-nos uma firme fé a vossa Divina
revelação e entrega total a Ti pela
Santíssima Virgem Maria.
A Pregação do Reino de Deus. Anônimo.
VIII. Anúncio do Reino de Deus (Mc 1,15)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra ao vosso anúncio do
Reino de Deus, e vos pedimos, por meio
deste mistério e de sua intercessão, que
todos se convertam e formem o povo de
Deus, de que Vós sois o Bom Pastor.

Jaculatória:

Graça do Anúncio do Reino do Céu,


infunde em nossas almas a humildade para
nos conformamos as disposições de Deus.
Pietro Perugino, c. 1500
IX. Transfiguração de Jesus (Mt 17,1-2)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa transfiguração no
Monte Tabor, e vos pedimos, por meio deste
mistério e de sua intercessão, que
aceitemos como Vós os sofrimentos e as
cruzes, para glorificarmos convosco.

Jaculatória:

Graça da Transfiguração de Jesus, abri


nossos olhos para que pela visão da fé
possamos vencer nossos medos.
Last Supper, Carl Bloch.
X. Instituição da Eucaristia (Mt 26,26)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a Santíssima Eucaristia, e
vos pedimos, por meio deste mistério e de
sua intercessão, um imenso amor à Missa e a
vossa presença no sacrário.

Jaculatória:

Graça da Instituição da Santíssima


Eucaristia, transforma meu coração de
pedra em coração de carne para receber vos
verdadeiramente.
Christ in Gethsemane, Heinrich Hofmann, 1886
XII. Agonia no Horto das Oliveiras (Lc 22,
39-42)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa agonia mortal no
Jardim das Oliveiras; e vos pedimos, por este
mistério e pela intercessão de vossa Mãe
Santíssima, a contrição dos nossos pecados e
a virtude da obediência perfeita à vossa
vontade.

Jaculatória:

Graça da Agonia de Nosso Senhor, vinde


até minha alma e tornai-me
verdadeiramente contrito e perfeitamente
obediente à Vossa Vontade.
The Flagellation of Our Lord Jesus Christ by William-Adolphe
Bouguereau
XII. A Flagelação (Mc 15, 1-15)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa sangrenta
flagelação; e vos pedimos, por este mistério
e pela intercessão vossa Mãe santíssima, a
mortificação de nossos sentidos.

Jaculatória:

Graça da Flagelação de Nosso Senhor,


vinda até minha alma e tornai-me
verdadeiramente mortificado.
Caravaggio - The Crowning with Thorns, 1603
XIII. A Coroação de Espinhos (Mc 15, 16-20)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa sangrenta
flagelação; e vos pedimos, por este mistério
e pela intercessão vossa Mãe santíssima, a
mortificação de nossos sentidos.

Jaculatória:

Graça do mistério da Coroação de


Espinhos, vinde até minha alma e fazei com
que eu despreze o mundo.
Titian, c. 1565
XIV. Nosso Senhor Jesus Cristo carrega a
Cruz até o topo do Calvário (Lc 23, 26-32)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra do carregamento da
Cruz; e vos pedimos, por este mistério e
pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a
paciência em todas as nossas cruzes.

Jaculatória:

Graça do mistério do Carregamento da


Cruz, vinde até minha alma e tornai-me
verdadeiramente paciente.
Christ Crucified, Diego Velázquez, 17th-centurye, Museo del Prado in
Madrid
A Crucificação e Morte de Nosso Senhor
Jesus Cristo (Lc 23, 44-46)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra a vossa crucificação e
morte ignominiosa sobre o calvário; e vos
pedimos por este mistério e pela intercessão
de vossa Mãe Santíssima, a conversão dos
pecadores, a perseverança dos justos e o
alívio das almas do purgatório.

Jaculatória:

Graça do mistério da Morte e Paixão de


Nosso Senhor Jesus Cristo, vinde até
minha alma e tornai-me verdadeiramente
Santo.
The Resurrection of Christ, Alonso López de Herrera [es], c. 1625
XVI. A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus
Cristo (Mt 28, 1-7)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra de vossa gloriosa
Ressurreição; e vos pedimos, por este
mistério e pela intercessão de vossa Mãe
Santíssima, uma fé viva.

Jaculatória:

Graça da Ressurreição, vinde até minha


alma e tornai-me verdadeiramente fiel.
Jesus' ascension to Heaven depicted by John Singleton Copley in Ascension
(1775)
XVII. A Ascensão (At 1,6-11)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra de vossa triunfante
ascensão; e vos pedimos, por este mistério e
pela intercessão de vossa Mãe Santíssima,
um ardente desejo do céu, nossa cara pátria.

Jaculatória:

Graça do mistério da Ascensão de Nosso


Senhor, vinde até minha alma e tornai-me
pronto para o Céu.
Juan Bautista Maíno, 1615-1620, Pentecost
XVIII. O Pentecostes (At 2, 1-11)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra do mistério do
Pentecostes; e vos pedimos, por este
mistério e pela intercessão de Maria
Santíssima, vossa esposa fidelíssima, a efusão
de Vossos dons, especialmente a Sabedoria
santa que vem de Vós a fim de que possamos
realmente conhecer, amar e praticar vossa
verdade, e fazer com que outros nela
tomem parte.

Jaculatória:

Graça do Pentecostes, vinde até minha


alma e tornai-me verdadeiramente sábio aos
olhos de Deus Todo Poderoso.
Altar-mor de Santa Maria Gloriosa dei Frari em Veneza
XIX. Assunção da Santa Mãe de Deus
(Assunção da bem-aventurada Virgem
Maria, de Tiago de Voragine, Legenda
Áurea)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus, esta


dezena, em honra da Imaculada Conceição e
da Assunção de vossa Mãe santa e bendita,
corpo e alma, até o Céu, e vos pedimos, por
meio de ambos os mistérios e de sua
intercessão, o dom da verdadeira devoção à
Virgem, e que nos ajudes a viver e morrer de
modo santo.

Jaculatória:

Graça da Conceição Imaculada e da


Assunção de Maria, vinde até minha alma e
tornai-me verdadeiramente devotado à
Virgem.
Raphael, 1502-1504
XX. A Coroação da Santíssima Virgem
Maria como Rainha do Céu e da Terra (Ap
12,1)

Nós vos oferecemos, ó Senhor Jesus Cristo,


esta dezena, em honra da gloriosa coroação
de vossa Mãe santa e bendita no Céu, e vos
pedimos, por meio deste mistério e de sua
intercessão, a graça da perseverança e do
progresso nas virtudes até o momento
mesmo da morte, para que consigamos a
coroa eterna que nos está preparada.
Pedimos a mesma graça a todos os justos,
especialmente ao glorioso São José, aos
santos e anjos de Deus sobretudo dos nossos
fiéis benfeitores.
Agradecimento

Eu vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do


eterno Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa
mui fiel do Espírito Santo, templo augusto
da santíssima trindade; eu vos saúdo
soberana Princesa, a quem tudo está
submisso no céu e na terra; eu vos saúdo,
seguro refúgio dos pecadores, nossa
Senhora da Misericórdia, que jamais
repeliste pessoa alguma. Pecador que sou,
me prostro aos vossos pés, e vos peço de me
obter de Jesus, vosso amado filho, a
contrição e o perdão de todos os meus
pecados, e a divina sabedoria. Eu me
consagro todo a vós, com tudo o que
possuo. Eu vos tomo, hoje, por minha Mãe e
Senhora. Tratai-me, pois, como o último de
vossos filhos e o mais obediente...
de vossos escravos. Atendei, minha
Princesa, aos suspiros de um coração que
seja amar-vos e servir-vos fielmente. Que
ninguém diga que, entre todos que a vós
recorreram, seja eu o primeiro
desamparado. Oh! Minha esperança, Oh!
Minha vida, minha fiel e imaculada Virgem
Maria defendei-me, nutri-me, escutai-me,
instruí-me, salvai-me. Amém.
Ação de Graças

Infinitas graças Vos damos à Soberana


Rainha por todos os benefícios que
recebemos de Vossas mãos liberais. Dignai-
Vos agora e para sempre tomar-nos debaixo
de vosso poderoso amparo, e para mais Vos
obrigar, Vos saudamos com uma Salve
Rainha.
V. Rogai por nós, Rainha do Sacratíssimo
Rosário.
R. Para que sejamos dignos das promessas de
Jesus Cristo.

Oremos:

Oh! Deus, cujo filho Unigênito, por sua


vida, morte e ressurreição nos obteve o
prêmio da salvação eterna, concedei nos a
nós que meditamos estes vinte mistérios do
Sacratíssimo Rosário da Bem Aventurada
Virgem Maria, que imitemos o que contém
e consigamos o que prometem. Pelo mesmo.
Cristo Senhor Nosso. Amém.
Oração pelas vocações

Senhor, dai-nos sacerdotes.


Senhor, dai-nos santos sacerdotes.
Senhor, dai-nos muitos e santos sacerdotes.
Senhor, dai-nos muitas e santas vocações
religiosas.
Senhor, dai-nos famílias católicas.
São Pio X, rogai por nós!
Oração da Milícia da Imaculada

Oh! Maria concebida sem pecado rogai por


nós que recorremos a Vós e por todos
quantos não recorrem a vós, especialmente
pelos maçons [e outros inimigos da santa
Igreja] e por todos quantos são a vós
recomendados.
Ladainha Litania Lauretana

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.


Jesus Cristo, atendei-nos.

V . Pai Celeste que sois Deus,


R. tende piedade de nós.

V . Filho Redentor do mundo que


sois Deus,
R. tende piedade de nós.

V . Espírito Santo que sois Deus,


R. tende piedade de nós.

V . Santíssima Trindade que sois um


só Deus, R. tende piedade de nós.
V. Santa Maria, R. Rogai por nós
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe Imaculada,
Mãe intemerata,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem clemente,
Virgem fiel,
Rainha assunta ao Céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha da Paz,

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do


mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do


mundo, ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do


mundo, tende piedade de nós.

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.


R. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

Oremos: Concedei a vossos servos, nós Vos


pedimos, Senhor Deus, que gozemos
perpétua saúde de alma e de corpo; e que,
pela gloriosa intercessão da Bem-
aventurada sempre Virgem Maria, sejamos...
(...) livres da presente tristeza e alcancemos
a eterna alegria. Por Cristo nosso Senhor.
Amém.

Consagração a Nossa Senhora

Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me


ofereço todo(a) a vós, e em prova da minha
devoção para convosco, Vos consagro neste
dia e para sempre, os meus olhos, os meus
ouvidos, a minha boca, o meu coração e
inteiramente todo o meu ser. E porque
assim sou vosso(a), ó incomparável Mãe,
guardai-me e defendei-me como
propriedade vossa.Lembrai-vos que vos
pertenço, terna Mãe, Senhora nossa. Ah,
guardai-me e defendei-me como coisa
própria vossa. Amém.
INTERVALO

20 minutos
An Elegant Dinner Party in an Arcade (1744), a 51 x 64.6 cm oil on canvas by
Jan Josef Horemans the Elder (1682-1759)
TRISÁGIO

Oração inicial:

Rogamos ao nosso Pai Todo-Poderoso que


nos conceda as graças pedidas nas intenções
da Santa Igreja; pelos sacerdotes; pela paz e
concórdia entre os dirigentes da Igreja;
pela conversão dos infiéis hereges e
pecadores; pelos agonizantes e
caminhantes; pelas almas do Purgatório e
por outras intenções determinadas pela
Santa Madre Igreja.

V. Bendita seja a Santa e Indivisível


Trindade.
R. Agora e sempre, por todos os séculos dos
séculos. Amém!
V. Abri, Senhor, os meus lábios.
R. E minha boca anunciará vossos louvores.
TRISÁGIO

V. Meu Deus, atendei às nossas orações.


R. Senhor, apressai-vos em socorrer-me.
V. Glória seja dada ao Eterno Pai, ao
Eterno Filho e ao Espírito Santo pelos
séculos dos séculos.

R. Amém! Aleluia!

Ato de Contrição:

Amorosíssimo Deus, trino e uno, Pai, Filho


e Espírito Santo, em quem creio, em quem
espero, a quem amo com todo o meu
coração, corpo, alma, sentidos e potências;
por serdes Vós meu Pai, meu Senhor e meu
Deus, infinitamente bom e digno de ser
amado sobre todas as coisas; pesa-me,
Trindade Santíssima, pesa-me, Trindade
misericordiosíssima...
TRISÁGIO

pesa-me, Trindade amabilíssima, de vos ter


ofendido só por serdes Vós quem sois;
proponho, e vos dou palavra, de nunca mais
vos ofender e de morrer antes do que pecar;
espero de vossa suma bondade e misericórdia
infinita, que me perdoareis todos os meus
pecados, e me dareis graças para perseverar
num verdadeiro amor e cordialíssima
devoção a vossa sempre amabilíssima
Trindade. Amém.
As Trindades Celestiais e Terrenas de Murillo (c. 1677)
HINO

Já se afasta o sol radioso,


ó luz perene, ó Trindade.
Infunde em nós ardoroso
o fogo da caridade.

Na alvorada te louvamos
e na hora vespertina.
Concede-nos que o façamos
também na glória divina.

Ao Pai, ao Filho e a ti
Espírito Consolador,
sem cessar, como até aqui
demos-lhe eterno louvor.
Oração ao Pai

Ó Pai Eterno, fora o prazer de vos possuir,


eu não vejo mais do que tristezas e
tormentos, embora digam outras coisas os
amantes da vaidade. Que me importa diga o
orgulhoso que sua felicidade está em gozar
de seus prazeres? Que me importa diga
também o ambicioso, que seu maior
contentamento é gozar de sua glória tão
passageira? Eu, pela minha parte, nunca
cessarei de repetir, com vossos Profetas e
Apóstolos, que a máxima felicidade, meu
tesouro, e minha glória, é unir-me a meu
Deus e manter-me sem dúvida sempre unido
a Ele.

I. Pai-Nosso, I. Ave-Maria
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos
exércitos, cheios estão os céus e a terra de
vossa glória. (nove vezes)

(responde-se, em coro):

Glória ao Pai, glória ao Filho, glória ao


Espírito Santo.
Oração ao Filho

Ó Verdade Eterna, Deus Filho, fora da


qual eu não vejo outra coisa senão enganos
e mentira. Oh! E como tudo me aborrece à
vista de vossos suaves atrativos! Oh! Como
me parecem mentirosos e asquerosos os
discursos dos homens, em comparação das
palavras de vida, com as quais Vós falais ao
coração daqueles que vos escutam. Ah!
Quando será a hora em que Vós me
tratareis sem mistérios e me falareis
claramente no seio de vossa glória? Oh!
Que trato! Que beleza! Que luz!

I. Pai-Nosso, I. Ave-Maria
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos
exércitos, cheios estão os céus e a terra de
vossa glória. (nove vezes)

(responde-se, em coro):

Glória ao Pai, glória ao Filho, glória ao


Espírito Santo.
Oração ao Espírito Santo

Ó Amor, ó Dom do Altíssimo, centro das


doçuras e da felicidade do mesmo Deus; que
atrativo para uma alma ver-se no abismo de
vossa bondade, e toda cheia de vossas
infinitas consolações? Ah, prazeres
enganadores, como haveis de poder
comparar-vos com a menor das doçuras, que
um Deus, quando quer, sabe derramar sobre
uma alma fiel? Oh! Se uma partícula delas é
tão gostosa, quanto mais será quando Vós
as derramardes como uma torrente sem
medida e sem reserva? Quando será isto,
meu Deus, quando será?

I. Pai-Nosso, I. Ave-Maria
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos
exércitos, cheios estão os céus e a terra de
vossa glória. (nove vezes)

(responde-se, em coro):

Glória ao Pai, glória ao Filho, glória ao


Espírito Santo.
Antífona

A Ti, Deus Pai; a Ti, Filho Unigênito; a Ti,


Espírito Santo Paráclito, Santa e indivisa
Trindade, e de todo coração te
confessamos, louvamos e bendizemos. A Ti
seja a glória pelos séculos dos séculos.
Amém.

V. Bendigamos ao Pai, ao Filho e ao


Espírito Santo.

R. Louvamo-los e exaltemo-los em todos


os séculos, dos séculos. Amém.
Oremos:

Senhor Deus Uno e Trino, dai-me sempre


vossa graça, vossa caridade e vossa
comunicação para que, no tempo e na
eternidade, vos amemos e glorifiquemos,
Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos. Amém.
Ladainha Devota à Santíssima Trindade

V. Pai Eterno, Onipotente Deus.


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

V. Verbo Divino, imenso Deus,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Espírito Santo, infinito Deus,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Santíssima Trindade e um só Deus


verdadeiro,
R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Rei dos Céus, imortal e invisível,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Criador, Conservador, Governador de


todo o criado,
R. Toda criatura vos ame e glorifique!
Vida nossa, em quem, de quem e por quem
vivemos,
R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Vida Divina, e uma em três Pessoas,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Céu Divino de excelsitude majestosa,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Sol divino e incriado,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Círculo perfeitíssimo de capacidade


infinita,
R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Alimento Divino dos Anjos,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!

Belo íris, arco de clemência,


R. Toda criatura vos ame e glorifique!
Astro primeiro e trino que iluminais o
mundo,
R. Toda criatura vos ame e glorifique!

De todo mal de alma e corpo,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Da morte repentina e improvisa,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Das insídias e assaltos do demônio,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Do espírito de desonestidade e das suas


sugestões,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Da concupiscência da carne,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!
De toda ira, ódio e má vontade,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Das pragas, da peste, fome, guerra e


terremotos,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Dos inimigos da fé católica,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Da morte eterna, Livrai-nos,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Por vossa unidade em Trindade em Unidade,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Pela sublimidade do Mistério de vossa


Trindade,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Pelo inefável nome de vossa Trindade,


R. Livrai-nos, Trino Senhor!
Pelo portento de vosso nome, Uno e Trino,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Pelo muito que vos agradam as almas que


são devotas de vossa Santíssima Trindade,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Pelo grande amor com que livrais de males


os povos onde há algum devoto de vossa
Trindade amável,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Pela virtude divina, que nós devotamos à


vossa Trindade Santíssima, reconhecem os
demônios contra si mesmos,
R. Livrai-nos, Trino Senhor!

Nós pecadores, Rogamo-vos,


R. Ouvi-nos!
Que saibamos resistir ao demônio com armas
de devoção a vossa Trindade, Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!

Que embelezais cada dia mais, com as cores


de vossas graça, vossa imagem que está em
nossas almas, Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!

Que todos os fiéis se esmerem em ser muito


devotos de vossa Santíssima Trindade,
Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!

Que todos alcancemos as muitas felicidades


que estão vinculadas para os devotos dessa
vossa Trindade inefável, Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!
Que ao confessarmos o Mistério de vossa
Trindade, desfaçam-se os erros dos infiéis,
Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!

Que todas as almas do Purgatório gozem


muito refrigério em virtude do mistério de
vossa Trindade, Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!

Que vos digneis ouvir-nos pela vossa


piedade, Rogamo-vos,
R. Ouvi-nos!

3x Santo Deus, Santo Forte, Santo


Imortal, livrai-nos, Senhor, de todo o mal.
Amém.
Oferecimentos à Santíssima Trindade

1. Ó Beatíssima Trindade, eu vos prometo


que, com todo o esforço e luta, procurarei
fazer o possível para salvar minha alma,
visto que Vós a criastes à vossa imagem e
semelhança e para o Céu. E também por
vosso amor procurarei salvar a alma do meu
próximo.

2. Para salvar minha alma e dar-vos glória e


louvor, sei que hei de guardar a divina lei.
Eu me empenharei na palavra de guardá-la,
como a menina dos meus olhos e procurarei
fazer o possível para que os outros também
a guardem.
3. Aqui na Terra hei de exercitar-me em
louvar-vos e espero fazê-lo depois com
maior perfeição no Céu; e, por isso, com
frequência, rezarei o Triságio e o verso:
Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao
Espírito Santo. E procurarei, além disso,
que os outros vos louvem. Amém.
Arte Sacro - Raúl Berzosa
MEDITAÇÃO

Capítulo X - Primeira Consideração: a


excelência da nossa alma*

Considera a nobreza e excelência de tua


alma em vista do seu conhecimento deste
mundo visível, dos anjos, de Deus, o Senhor
soberano e infinitamente bom, da
eternidade e em geral de tudo o que é
necessário para viveres neste mundo, para
te associares aos anjos no paraíso e para
gozares eternamente de Deus.

Tua alma tem uma vontade capaz de amar a


Deus e incapaz de odiá-Lo nele mesmo. Vê
quão nobre é teu coração, que, nada
achando entre as criaturas que o possa
saciar plenamente, só encontra o seu
repouso em Deus...
(...) Lembra-te vivamente dos prazeres mais
queridos e procurados que outrora
ocuparam teu coração e julga agora
imparcialmente se não eram misturados de
muita inquietação, pesar, aborrecimento e
amargura, de sorte que teu pobre coração
só achava aí misérias.

Ah! Com demasiada ânsia vai o nosso


coração atrás dos bens criados, persuadido
de adiar neles a satisfação dos seus desejos;
mas assim que os saboreia, reconhece a
impossibilidade. Deus não quer que ele ache
repouso em parte alguma, como a pomba que
saiu da arca de Noé, para que volte a seu
Deus, de quem se tem afastado.
Oh! Quão grande é a excelência do nosso
coração! E por que o conservamos nós,
contra a sua vontade, na escravidão das
criaturas?

Ó minha alma, deves dizer, tu podes


perfeitamente conhecer e amar a Deus;
para que te entreténs com coisas tão
baixas? Podes pretender a eternidade, e por
que procuras bens passageiros? Foi esta a
infelicidade do filho pródigo; tendo
podido viver a mesa deliciosa de seu pai, viu-
se forçado a comer o resto dos animais.

Ó alma, tu és capaz de possuir a Deus;


infeliz de ti, se te contentas com menos do
que Deus!

Eleva, pois, e anima tua alma, que é eterna,


a contemplar e aspirar a eternidade de que
ela é digna.
Meditação e Partilha
INTERVALO

20 minutos
A virgem com os anjos, por William-Adolphe Bouguereau, 1900
Ato de Consagração
Ato de Consagração ao Imaculado Coração
de Maria, extraido do site do vaticano*

Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,


recorremos a Vós nesta hora de tribulação.
Vós sois Mãe, amai-nos e conheceis-nos: de
quanto temos no coração, nada Vos é
oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes
experimentamos a vossa ternura
providente, a vossa presença que faz voltar
a paz, porque sempre nos guiais para Jesus,
Príncipe da paz.

Mas perdemos o caminho da paz.


Esquecemos a lição das tragédias do século
passado, o sacrifício de milhões de mortos
nas guerras mundiais. Descuidamos os
compromissos assumidos como Comunidade
das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos
de paz dos povos e as esperanças dos jovens.
Adoecemos de ganância, fechamo-nos em
interesses nacionalistas, deixamo-nos
ressequir pela indiferença e paralisar pelo
egoísmo. Preferimos ignorar Deus,
conviver com as nossas falsidades,
alimentar a agressividade, suprimir vidas e
acumular armas, esquecendo-nos que somos
guardiões do nosso próximo e da própria
casa comum. Dilaceramos com a guerra o
jardim da Terra, ferimos com o pecado o
coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e
irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e
a tudo, exceto a nós mesmos. E, com
vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!

Na miséria do pecado, das nossas fadigas e


fragilidades, no mistério de iniquidade do
mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrai-
nos que Deus não nos abandona, mas
continua a olhar-nos com amor, desejoso
de nos perdoar e levantar novamente.
Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no
vosso Imaculado Coração um refúgio para a
Igreja e para a humanidade. Por bondade
divina, estais conosco e conduzi-nos com
ternura mesmo nos transes mais apertados
da história.

Por isso recorremos a Vós, batemos à porta


do vosso Coração, nós os vossos queridos
filhos que não Vos cansais de visitar em
todo o tempo e convidar à conversão. Nesta
hora escura, vinde socorrer-nos e
consolar-nos. Repeti a cada um de nós:
“Não estou porventura aqui Eu, que sou
tua mãe?” Vós sabeis como desfazer os
emaranhados do nosso coração e desatar os
nós do nosso tempo. Repomos a nossa
confiança em Vós. Temos a certeza de que
Vós, especialmente no momento da prova,
não desprezais as nossas súplicas e vindes em
nosso auxílio.
Assim fizestes em Caná da Galileia, quando
apressastes a hora da intervenção de Jesus e
introduzistes no mundo o seu primeiro
sinal. Quando a festa se mudara em
tristeza, dissestes-Lhe: “Não têm vinho!”
(Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a
Deus, porque hoje esgotamos o vinho da
esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-
se a fraternidade. Perdemos a humanidade,
malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes
de toda a violência e destruição. Temos
necessidade urgente da vossa intervenção
materna.

Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica:

Vós, estrela do mar, não nos deixeis


naufragar na tempestade da guerra;
Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos
e caminhos de reconciliação;
Vós, “terra do Céu’, trazei de volta ao
mundo a concórdia de Deus;
Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-
nos o perdão;
Libertai-nos da guerra, preservai o mundo
da ameaça nuclear;
Rainha do Rosário, despertai em nós a
necessidade de rezar e amar;
Rainha da família humana, mostrai aos
povos o caminho da fraternidade;
Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo.

O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos


corações endurecidos. As lágrimas, que por
nós derramastes, façam reflorescer este
vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o
rumor das armas não se cala, que a vossa
oração nos predisponha para a paz...
As vossas mãos maternas acariciem quantos
sofrem e fogem sob o peso das bombas. O
vosso abraço materno console quantos são
obrigados a deixar as suas casas e o seu país.
Que o vosso doloroso Coração nos mova à
compaixão e estimule a abrir as portas e
cuidar da humanidade ferida e descartada.

Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé


da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de
Vós, disse-Vos: “Eis o teu filho!’ (Jo 19, 26).
Assim Vos confiou a cada um de nós. Depois
disse ao discípulo, a cada um de nós: “Eis a
tua mãe!” (19, 27). Mãe, agora queremos
acolher-Vos na nossa vida e na nossa
história. Nesta hora, a humanidade,
exausta e transtornada, está ao pé da cruz
convosco. E tem necessidade de se confiar a
Vós, de se consagrar a Cristo por vosso
intermédio...
O povo ucraniano, povo russo, povo
haitiano, povo israelense e palestino, e os
demais povos em guerras e conflitos, que
Vos veneram com amor, recorrem a Vós,
enquanto o vosso Coração palpita por eles
e por todos os povos ceifados pela guerra, a
fome, a injustiça e a miséria.

Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa,


solenemente confiamos e consagramos ao
vosso Imaculado Coração nós mesmos, a
Igreja e a humanidade inteira, de modo
especial a Rússia, Ucrânia, Israel, a
Palestina e o Haiti. Acolhei este nosso ato
que realizamos com confiança e amor, fazei
que cesse a guerra, providenciai ao mundo a
paz. O sim que brotou do vosso Coração
abriu as portas da história ao Príncipe da
Paz; confiamos que mais uma vez, por meio
do vosso Coração, virá a paz...
Assim a Vós consagramos o futuro da
família humana inteira, as necessidades e os
anseios dos povos, as angústias e as
esperanças do mundo.

Por vosso intermédio, derrame-se sobre a


Terra a Misericórdia divina e o doce
palpitar da paz volte a marcar as nossas
jornadas. Mulher do sim, sobre Quem
desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao
nosso meio a harmonia de Deus. Extingue a
aridez do nosso coração, Vós que “sois
fonte viva de esperança”. Tecestes a
humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos
de comunhão. Caminhastes pelas nossas
estradas, guiai-nos pelas sendas da paz.
Amém.
Christ as the Man of Sorrows, Maarten van Heemskerck (workshop of), c.
1545 - c. 1550
ORAÇÃO DE REPARAÇÃO

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade


para com os homens é por eles tão
ingratamente correspondida com
esquecimentos, friezas e desprezos, eis nos
aqui prostrados na vossa presença, para vos
desagravarmos, com especiais homenagens,
da insensibilidade tão insensata e das
nefandas injúrias com que é, de toda a
parte, alvejado o vosso amorosíssimo
Coração. Reconhecendo, porém, com a mais
profunda dor, que também nós, mais de uma
vez, cometemos as mesmas indignidades, para
nós, em primeiro lugar imploramos a vossa
misericórdia, prontos a expiar não só as
próprias culpas, senão também as daqueles
que, errando longe do caminho da salvação,
ou se obstinam na sua infidelidade, não vos
querendo como pastor e guia...
ou, desprezando as promessas do batismo,
sacudiram o suavíssimo jugo da vossa santa
lei. De todos estes tão deploráveis crimes,
Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos,
mas, particularmente, da licença dos
costumes e modéstias do vestido, de tantos
laços de corrupção armados à inocência, da
violação dos dias santificados, das
execrandas blasfêmias contra vós e vossos
Santos, dos insultos ao vosso Vigário, e a
todo o vosso Clero, do desprezo e das
horrendas e sacrílegas profanações do
Sacramento do divino amor, e, enfim, dos
atentados e rebeldias das nações contra os
direitos e, o magistério da vossa Igreja.

Oh! se pudéssemos lavar, com o próprio


sangue, tantas iniquidades! Entretanto,
para reparar a honra divina ultrajada, vos
oferecemos, juntamente com...
os merecimentos da Virgem Mãe, de todos
os Santos e almas piedosas, aquela infinita
satisfação, que vós oferecestes ao Eterno
Pai sobre a cruz, e que não cessais de
renovar, todos os dias, sobre nossos altares.
Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa
graça, para que possamos, como é nosso
firme propósito, com a vivacidade da fé, com
a pureza dos costumes, com a fiel
observância da lei e caridade evangélicas,
reparar todos os pecados cometidos por nós
e por nosso próximo, impedir, por todos os
meios, novas injúrias de vossa divina
Majestade e atrair ao vosso serviço o maior
número de almas possíveis.

Recebei, ó benigníssimo Jesus, pelas mãos de


Maria santíssima reparadora, a espontânea
homenagem deste nosso desagravo, e
concedei-nos a grande graça...
de perseverarmos constantes, até a morte,
no fiel cumprimento dos nossos deveres e
no vosso santo serviço, para que possamos
chegar todos à pátria bem-aventurada,
onde vós com o Pai e o Espírito Santo viveis
e reinais, Deus, por todos os séculos dos
séculos. Amém.
The Dream of St. Joseph por Anton Raphael Mengs.
CONSAGRAÇÃO A SÃO JOSÉ

Ó Glorioso São José, Patriarca e Padroeiro


da Igreja!

Ó Castíssimo Esposo da Virgem Mãe de


Deus!

Ó Guardião e Pai adotivo do Verbo


Encarnado!

Na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo,


da Santíssima Virgem Maria, de nossos
Anjos da Guarda e de toda Corte Celeste,
nós hoje vos escolhemos como pai, guardião
e protetor.

Imitando a Jesus e Maria, queremos hoje


nos consagrar a vós. Debaixo de vossa
proteção, colocamos nosso Apostolado,
nossas Famílias e tudo aquilo que somos e
temos. Recebei-nos de corpo e alma....
Zelai pelo nosso crescimento espiritual e
por todos os nossos bens interiores e
exteriores.

Ó bondoso São José, a quem Deus


constituiu como chefe da Sagrada Família,
aceitai-nos em vossa Casa. Por vossas mãos e
pelas mãos da Virgem Maria, concedei que
possamos estar sempre unidos a Jesus para
servi-lo fielmente, todos os dias de nossa
vida.

Ó guardião bendito e majestoso protetor,


não permitais que sejamos abandonados em
nossas necessidades, mas acolhei-nos como
servos inúteis e membros de vossa Sagrada
Família.

Ó clementíssimo São José, concedei-nos


tempos de paz e de saúde para que, em tudo,
possamos realizar a vontade de Deus.
Livrai-nos dos castigos que merecemos,
protegei-nos dos males que padecemos.

Ó São José, Terror dos Demônios,


aumentai em nós a virtude, protegei-nos do
maligno e socorrei-nos na hora da
tentação. E dai-nos, na hora da morte,
assistidos por Jesus e Maria, nos unir a vós
na felicidade eterna, para o louvor e para a
glória da Santíssima Trindade. Amém.
The Deum Laudamos. Autor desconhecido.
Te Deum

Nós Vos louvamos, ó Deus,


nós Vos bendizemos, Senhor.
Toda a terra Vos adora,
Pai eterno e omnipotente.
Os Anjos, os Céus
e todas as Potestades,
os Querubins e os Serafins
Vos aclamam sem cessar:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do Universo,
o céu e a terra proclamam a vossa glória.
O coro glorioso dos Apóstolos,
a falange venerável dos Profetas,
o exército resplandecente dos Mártires
cantam os vossos louvores.
A santa Igreja anuncia por toda a terra
a glória do vosso nome:
Deus de infinita majestade,
Pai, Filho e Espírito Santo.
Senhor Jesus Cristo, Rei da glória,
Filho do Eterno Pai,
para salvar o homem, tomastes
a condição humana no seio da Virgem
Maria.
Vós despedaçastes as cadeias da morte
e abristes as portas do céu.
Vós estais sentado à direita de Deus,
na glória do Pai,
e de novo haveis de vir para julgar
os vivos e os mortos.
Socorrei os vossos servos, Senhor,
que remistes com vosso Sangue precioso;
e recebei-os na luz da glória,
na assembleia dos vossos Santos.
Salvai o vosso povo, Senhor,
e abençoai a vossa herança;
sede o seu pastor e guia através dos tempos
e conduzi-o às fontes da vida eterna.
Nós Vos bendiremos todos os dias da nossa
vida
e louvaremos para sempre o vosso nome.
Dignai-Vos, Senhor, neste dia, livrar-nos
do pecado.
Tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
Desça sobre nós a vossa misericórdia,
Porque em Vós esperamos.
Em Vós espero, meu Deus,
não serei confundido eternamente.
Angelus (1857-1859) de Jean-François Millet.
Ato de Fé

Senhor Deus, creio firmemente e confesso


todas e cada uma das coisas que a Santa
Igreja Católica propõe, porque Vós, ó
Deus, revelastes todas essas coisas, Vós, que
sois a Eterna Verdade e Sabedoria que não
pode enganar nem ser enganada. Nesta fé é
minha determinação viver e morrer. Amém.
Ato de Esperança

Espero, Senhor Deus, que, pela vossa graça,


hei de conseguir a remissão de todos os
pecados e, depois desta vida, a felicidade
eterna, porque Vós prometestes, Vós que
sois infinitamente poderoso, fiel e
misericordioso. Nesta esperança é minha
determinação viver e morrer. Amém.
Ato de Caridade

Senhor Deus, amo-Vos sobre todas as coisas


e ao meu próximo por causa de Ti, porque
Vós sois o Sumo Bem, infinito e
perfeitíssimo, digno de todo amor. Nesta
caridade é minha determinação viver e
morrer. Amém.
Ato de Desejo

Ó Deus que neste admirável Sacramento


nos conservantes a memória da Vossa paixão,
concedei-nos, Vo-lo pedimos, que
veneremos os sagrados mistérios do Vosso
Corpo e Sangue, de modo que sempre
sintamos em nós o fruto da Vossa redenção.
Vós que viveis e reinais por todos os séculos
dos séculos. Amém.

V. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso


coração.

R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso


coração.
V. Jesus, Filho de Deus vivo.
R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, esplendor do Pai.


R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, Rei da Glória.


R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, pureza da luz eterna.


R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, Sol de Justiça.


R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.
V. Jesus, Filho da Virgem Maria.
R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, amável.
R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, admirável.
R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, Deus forte.


R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.

V. Jesus, bondade infinita.


R. Vinde, Senhor Jesus, vinde ao nosso
coração.
Este Vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo,
que eu, que sou indigno, ouso receber, não
seja para mim causa de juízo e condenação,
mas por Vossa piedade sirva de defesa à
minha alma e ao corpo, e remédio a meus
males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais
com Deus Pai, em união com o Espírito
Santo, por todos os séculos dos séculos.
Amém.

V. Maria Santíssima.
R. Rogai por nós.

V. Glorioso São José.


R. Rogai por nós.

V. Todos os coros dos Santos Anjos.


R. Rogai por nós.

V. Santos Apóstolos.
R. Rogai por nós.
V. Santos Mártires.
R. Rogai por nós.

V. Santos Confessores.
R. Rogai por nós.

V. Santas Virgens.
R. Rogai por nós.

V. Santos Doutores.
R. Rogai por nós.

V. Todos os Santos do Céu.


R. Rogai por nós.

Senhor, eu não sou digno de que entreis em


minha morada, porém, basta uma palavra
Vossa para que minha alma seja salva. 3x
Santa Clara de Assis. Autor desconhecido.
Adoro Te Devote

Eu vos adoro devotamente, ó Divindade


escondida, Que verdadeiramente oculta-se
sob estas aparências, A Vós, meu coração
submete-se todo por inteiro, Porque, vos
contemplando, tudo desfalece.

A vista, o tato, o gosto falham com relação


a Vós. Mas, somente em vos ouvir em tudo
creio. Creio em tudo aquilo que disse o
Filho de Deus, Nada mais verdadeiro que
esta Palavra de Verdade.

Na cruz, estava oculta somente a vossa


Divindade, Mas aqui, oculta-se também a
vossa Humanidade. Eu, contudo, crendo e
professando ambas, Peço aquilo que pediu o
ladrão arrependido.
Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e
meu Deus Faça que eu sempre creia mais em
Vós, Em vós esperar e vos amar.

Ó memorial da morte do Senhor,


Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.

Senhor Jesus, bondoso pelicano,


Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.

Ó Jesus, que velado agora vejo


Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa
glória. Amém
DESPEDIDA

Oração pela Igreja, pelo Santo Padre e pela


Pátria

Deus e Senhor nosso, protegei a Vossa


Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos
ministros. Derramai as Vossas bênçãos sobre
o nosso santo Padre, o Papa, sobre o nosso
(arce)bispo, sobre o nosso pároco e sobre
todo o clero; sobre o chefe da nação e do
Estado para que governem com justiça. Dai
ao povo brasileiro paz constante e
prosperidade completa. Favorecei, com os
efeitos contínuos de Vossa bondade, o
Brasil, este (arce)bispado, a paróquia em que
habitamos, a cada um de nós em particular e
a todas as pessoas por quem devemos orar ou
que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que
padecem no Purgatório: dai-lhes, Senhor, o
descanso e a luz eterna. Amém.
EXAME DE CONSCIÊNCIA

Oração preparatória

Meu bom Deus e Salvador, Pai de


misericórdia, eis-me aqui prostrado aos
vossos pés, cheio de confusão e de remorsos,
qual outro filho pródigo que volta
arrependido à casa paterna. Não mereço
perdão, porque desgostei demasiadamente a
vossa bondade infinita. Mas sei que não
olhais para os meus pecados senão para
perdoá-los, como Pai misericordioso que
sois. Pelos méritos inefáveis do vosso Filho,
crucificado e morto por meu amor, pelos
méritos do seu Preciosíssimo Sangue, pelas
suas lágrimas e agonia, tende piedade de
mim. Dai-me luz para conhecer os meus
pecados; sincero arrependimento para os
aborrecer; firme propósito para nunca...
(...) mais os cometer; ânimo para os acusar e
para cumprir com a devida penitência.
Amém.

I. Pai Nosso; I. Ave Maria, Santo Anjo...


Mandamentos da Lei de Deus

1º Mandamento
“Amar a Deus sobre todas as coisas”
Neguei a fé? Duvidei da existência de Deus?
Escarneci da religião? Deixei de rezar por
muito tempo? Declarei que o matrimônio,
o sacerdócio, a confissão, a Santa Missa
estão ultrapassados?

2º Mandamento
“Não tomar o Seu santo nome em vão”
Cantei músicas blasfemas? Zombei da Igreja,
das cerimônias religiosas ou de seus
representantes? Falei mal do Santo Padre,
o Papa? Acusei a Igreja de ser falsa ou
desonesta? Acusei Deus de injusto? Roguei
pragas? Contei piadas em que Deus aparece
como personagem, rindo d’Ele? Jurei em
falso ou à toa?
3º Mandamento

“Guardar Domingos e Festas”


Passei o Domingo na frente da televisão?
Faltei a Santa Missa nesse mesmo dia? Fiz
piada com a Santa Missa? Disse que “já
assisti missas que chega”? Fui à Santa Missa
para “cumprir a obrigação”? Dediquei uma
parte do meu tempo a Deus, lendo a Bíblia e
rezando? Como tenho vivido o Domingo,
Dia do Senhor?

4º Mandamento

“Honrar pai e mãe”


Fui desobediente aos pais, autoridades ou
superiores? Desejei-lhes algum mal, talvez
a morte? Obedeci-lhes em coisas contrárias
à lei de Deus? Negligenciei como pai e mãe
ou irmão mais velho os deveres de educação
e instrução religiosa?
5º Mandamento
“Não matar”
Tive ódio? Recusei o perdão a quem me
pediu? Desejei a morte para mim ou para
outros? Ensinei a praticar pecados? Seduzi
alguém ao pecado? Defendi o assassinato de
bebês através do aborto? Desejei a guerra,
ou me entusiasmei por ela? Falei que “a
Terra está cheia demais, e precisa mesmo
morrer gente”?

6º e 9º Mandamentos
“Não pecar contra a castidade” e “Não
desejar a mulher do próximo”
Tenho visto revistas e filmes
pornográficos? Defendi ou propaguei a sua
leitura? Faço ou aprovo o sexo sem o
matrimônio ou fora do matrimônio?
Acaso me divirto observando na rua o corpo
das pessoas, e fazendo gracejos com elas, ou
em conversas indecentes sobre as pessoas
que passam? Tenho me vestido de maneira
sensual? Provoquei os outros com meu
comportamento? Fiz intriga para acabar
namoros ou casamentos que eu não
aprovava, ou cobiçava? Aprovo a
prostituição? Sou promíscuo? Zombei da
virgindade de alguém? Envergonhei-me da
minha virgindade, rejeitando-a?

7º e 10º Mandamentos
“Não roubar” e “Não cobiçar as coisas
alheias”
Prejudiquei alguém ou tive desejo de
prejudicar, enganando no troco, nos pesos e
nas medidas, ou roubando? Fiz dívidas
desnecessárias à subsistência?
Paguei as minhas dívidas? Comprei bebidas
ou cigarros a fiado, sem ter como pagar?

Gastei meu salário com outras coisas,


faltando em casa para a comida? Recusei a
dar esmolas, nem que seja de comida?
Roubei de Deus o dinheiro que devia dar a
Ele para o sustento da Sua Igreja? Deixei
de devolver algo que não me pertence?
Paguei com justiça os meus empregados?

8º Mandamento
“Não levantar falso testemunho”
Falei mal dos outros pelas costas? Fui fiel à
verdade ao comentar acontecimentos
passados? Exagerei ou inventei qualidades
para ganhar um emprego ou subir no
emprego? Prejudiquei alguém com minhas
palavras? Fiz alguém perder o emprego?
Fiz juízo errado das pessoas? Duvidei da
honestidade de alguém? Acusei algum
mendigo ou pedinte de desonestidade?
Revelei faltas ocultas dos outros?
Ridicularizei ou humilhei alguém na
frente dos outros? Fui fingido? Digo aos
outros que sou católico mas não frequento
a Igreja? Caluniei os sacerdotes e
religiosos?
Mandamentos da Igreja

1. Recebi a Sagrada Eucaristia pelo menos


uma vez ao ano, por ocasião do Tempo
Pascal?

2. Guardei o jejum eucarístico de uma hora


antes da comunhão eucarística?

3. Cumpri o jejum e a abstinência de carne


nos dias prescritos pela Igreja?

4. Confessei-me pelo menos uma vez ao ano?

5. Tenho contribuído para as necessidades


materiais da Igreja segundo as minhas
possibilidades?
Os sete pecados capitais

I. Soberba

A soberba é a mãe de todos os pecados, pois


foi este o pecado do demônio contra Deus.
É o desejo desordenado de excelência
própria, que leva à arrogância, à
desobediência a Deus e à falta de
humildade.

Virtude contrária: Humildade.


II. Avareza

A avareza é o apego excessivo e desordenado


aos bens materiais. Ela busca o acúmulo de
riquezas sem considerar a justiça e a
caridade para com os outros. O amor
exagerado que o avarento tem pelos bens
materiais ocupa o lugar de Deus no seu
coração. A avareza nos faz pensar que a
segurança, a paz e a tranquilidade se
encontram no acúmulo dos bens.

Virtude contrária: Generosidade.


III. Luxúria

“O prazer sexual é moralmente


desordenado quando procurado por si
mesmo, isolado das finalidades da
procriação e da união. A luxúria é um
desejo desordenado ou um gozo desregrado
de prazer venéreo.” É, portanto, o desejo
desordenado pelo prazer sexual, incluindo
pensamentos e comportamentos impuros,
contrários à dignidade da pessoa humana.

Virtude contrária: Castidade.


IV. Ira

“A ira é um desejo de vingança.” É uma


reação descontrolada de raiva e ódio
diante de situações ou de pessoas e se
manifesta por meio de palavras ou atos
violentos. “Se a ira for até ao desejo
deliberado de matar o próximo ou de o ferir
gravemente, ofende de modo grave a
caridade, e é pecado mortal.”

Virtude contrária: Paciência.


V. Gula

É o desejo excessivo e desordenado por


comida, bebida ou prazeres relacionados à
alimentação, levando ao abuso e à falta de
temperança. A palavra grega que dá origem
a gula é gastrimargiá, que significa
“loucura do estômago”. Sendo um pecado
capital, muitos outros pecados derivam da
gula, entre eles a fornicação e a preguiça.

Virtude contrária: Temperança.


VI Inveja

É um sentimento de tristeza ou
ressentimento em relação às qualidades, às
realizações ou aos bens de outras pessoas. A
pessoa invejosa nutre um desejo imoderado
de possuir o que pertence a outros, mesmo
que de maneira indevida. A inveja é uma
recusa da caridade; para Santo Agostinho, é
o pecado diabólico por excelência.

Virtude contrária: Caridade.


VII. Preguiça

A preguiça, de forma geral, é uma atitude


de tédio ou desinteresse em relação à ação,
o que resulta em uma certa aversão ao
trabalho — físico ou espiritual. Isso leva
tanto à inatividade quanto ao
cumprimento imperfeito e desmotivado das
próprias responsabilidades. A acídia ou
preguiça espiritual é uma das formas de
pecado contra o amor de Deus; é uma
atitude persistente de negligência e falta
de empenho na vida espiritual.

Virtude contrária: Diligência.


VII. Preguiça

A preguiça, de forma geral, é uma atitude


de tédio ou desinteresse em relação à ação,
o que resulta em uma certa aversão ao
trabalho — físico ou espiritual. Isso leva
tanto à inatividade quanto ao
cumprimento imperfeito e desmotivado das
próprias responsabilidades. A acídia ou
preguiça espiritual é uma das formas de
pecado contra o amor de Deus; é uma
atitude persistente de negligência e falta
de empenho na vida espiritual.

Virtude contrária: Diligência.


I. Ato de Contrição

Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e homem


verdadeiro, Criador e Redentor meu, por
serdes Vós quem sois, sumamente bom e
digno de ser amado sobre todas as coisas, e
porque Vos amo e Vos estimo, pesa-me,
Senhor, de vos ter ofendido; e proponho
firmemente, ajudado com os auxílios de
Vossa divina graça, emendar-me e nunca
mais tornar a Vos ofender; espero alcançar
de Vossa infinita misericórdia o perdão de
minhas culpas. Amém.
II. Ato de Contrição

Senhor, eu me arrependo sinceramente de


todo mal que pratiquei e do bem que deixei
de fazer. Pecando, eu Vos ofendi, meu Deus
e Sumo Bem, digno de ser amado sobre todas
as coisas. Prometo firmemente, ajudado
com a Vossa graça, fazer penitência e fugir
às ocasiões de pecar. Senhor, tende piedade
de mim pelos méritos da Paixão, Morte e
Ressurreição de Jesus Cristo, nosso
Salvador. Amém!
Todo o crédito e mérito da presente obra a
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, A
Maria Santíssima, mãe de Nosso Senhor, e a
seu Glorioso Pai São José, assim como aos
demais Santos os quais contribuíram com
suas vidas dadas em apostolado aos, dos quais
felizmente somos agraciados.

Para livre circulação, com a devida


nomeação de imagens e obras citadas,
visando dá-se o devido crédito aos
produtores e detentores de quaisquer
direitos autorais, sobre nenhuma
circunstância sendo lícito a venda de tal
conteúdo, denominada a presente obra. E se
assim acabar se procedendo, em vista de
reparação restituir os valores ganhos em
doações a instituições de caridade,
sobretudo associações pro-vida e
hospitalares.
Referências Bibliograficas
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Paulus. 1° edição 2002.
13° Reimpressão 2019.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edições


CNBB. 19° edição: 2017. Texto típico latino,
Libreria Editrice Vaticana, Città del Vaticano,
1997.

DEVOCIONÁRIO A SÃO JOSÉ. Minha


Biblioteca Católica. 2022. Dois Irmãos/RS.

TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À


SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA. São Luís Maria
Grignion de Montfort. Minha Biblioteca
Católica. 2018. Dois Irmãos/RS.

A PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS


CRISTO. Santo Afonso Maria de Ligório. Minha
Biblioteca Católica. 2023. Dois Irmãos/RS.

A VIDA DOS SANTOS - Para todos os dias do ano.


Alban Butler. Minha Biblioteca Católica. 2021.
Dois Irmãos/RS.
FILOTEIA. São Francisco de Sales. Minha
Biblioteca Católica. 2019. Dois Irmãos/RS.

INSTRUÇÃO AOS CATÓLICOS, Sobre os


mandamentos, os sacramentos e a veracidade da fé.
Santo Afonso de Ligório. Editora CDB. Rio 2020.
Rio de Janeiro.

ATO DE CONTRIÇÃO, Aprenda a fazer. Minha


Biblioteca Católica. 21/02/2024. Disponível em: <<
https://bibliotecacatolica.com.br/blog/espirituali
dade/ato-de-contricao/ >>

VENI CREATOR SPIRITUS: reze essa oração ao


Espírito Santo. Minha Biblioteca Católica.
21/03/2024. Disponível em: <<
https://bibliotecacatolica.com.br/blog/espirituali
dade/veni-creator-spiritus/ >>
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