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Curso de Direito
Turno noturno – 8º período
Disciplina: Processo do trabalho
Professor Me. Rodrigo Desterro
SÃO LUÍS – MA
2021
ALEF AGUIAR SAMPAIO
ALESSANDRO MARQUES AMORIM DOS SANTOS
ELANE RAYSSA GONÇALVES SILVA
FRANCISCA MACIEL SODRE
JORSELLE LOUZEIRO SOUSA
MÔNICA SANDES CUTRIM
NAYANE NUNES
TAUANE GLEIDE GUIMARÃES BRITO RAMOS
SÃO LUÍS – MA
2021
1º TRABALHO DISCENTE EFETIVO
PROF. ME. RODRIGO DESTERRO
(30 de agosto de 2021)
José Francisco da Silva Barreto, brasileiro, casado, engenheiro civil e estudante de Direito, com cédula
de identidade n.º 11234122010-0, CFP n.º 024.441.632-43, e CTPS n.º 0123456, Série n.º 001-0, UF
MA, residente e domiciliado à Rua das Sucupiras, n.º 19, Renascença I, São Luís, Maranhão, foi
contratado pela empresa R2X Construções e Locações Ltda., pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob o n.º 06.101.009/0001-46, com sede à Avenida Mario Andreazza, n.º 19,
também nesta cidade, e que faz parte do Grupo Empresarial R2X, composto de diversas outras
empresas, em 01 de maio de 2016 para a função de confiança de Supervisor de Obra (Nível 2), cujas
atribuições eram ser encarregado do acompanhamento gerencial e técnico das obras que lhe eram
designadas em diversas localidades no Estado do Maranhão, tanto coordenando as equipes de
trabalho, como assinando os documentos como engenheiro da obra. Realizou supervisão de obra nas
seguintes cidades: Bacabal, Santa Inês e São Luís. O seu contrato possuía, assim, os seguintes
parâmetros contratuais: jornada de trabalho de segunda a sexta, das 8h às 18h, com intervalo de 2h e
sábado das 8h às 12h, perfazendo uma jornada semanal de 44h; salário de R$ 10.560,00 (dez mil,
quinhentos e sessenta reais). No dia 18 de setembro de 2018, recebeu aviso-prévio da sua
empregadora, a empresa R2X, comunicando-o que deveria cumprir um aviso-prévio de 30 dias, a
findar em 18 de outubro de 2018, oportunidade em que seu contrato seria encerrado, sem justa causa,
mas motivada em corte de funcionários em razão da baixa de contratos e obras, o que teria gerado
uma crise financeira interna e, assim, a necessidade de corte no quadro de pessoal da empresa.
Chegado o dia do término do aviso-prévio, o contrato foi encerrado e o Sr. José Francisco tendo
recebido o seu termo de rescisão com a descrição das verbas rescisórias juntamente com os valores
que lhe seriam pagos (Anexo I), totalizando o montante de R$ 14.584,65 (quatorze mil, quinhentos
e oitenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos), apenas no dia 02/11/2018. Ao analisar o TRCT,
José Francisco verificou que não lhe foram pagas as seguintes verbas: horas-extras, no montante
de 48 horas extras que teriam sido realizadas nos últimos seis meses e inseridas em banco
de horas, mas jamais compensadas e, em razão disto, também não foram pagos os reflexos
dela decorrentes. Identificou, ainda, que não lhe foram pagas suas férias vencidas
correspondentes ao período aquisitivo 2017/2018, nem o correspondente Terço
Constitucional, a multa de 40% do FGTS e a multa do Art. 477, §8º da CLT, que entende ser
devida. Por tal motivo, optou por ingressar com reclamação trabalhista pleiteando os direitos que
entende lhe serem devidos. Às 23:55h do dia 07/01/2019, José Francisco protocolou Reclamação
Trabalhista junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (São Luís - MA), sem constituir
advogado, e através do Sistema de Peticionamento Eletrônico – Pje/TRT, inserindo como
Reclamadas, e litisconsortes, as seguintes empresas: R2X Construções e Locações Ltda., R2X
Logística Ltda., R2X Mineradora Ltda., R2X Empreendimentos, Consultoria e Planejamento Ltda.,
todas membros do Grupo Empresarial R2X, por entender serem responsáveis solidárias. Em sua
petição pleiteou: férias vencidas correspondentes ao período aquisitivo 2017/2018, acrescido do terço
constitucional de férias; 48 horas extras e jamais compensadas, sendo 8 horas extras por mês,
realizadas nos meses de maio a outubro de 2018; os reflexos da realização das horas extras habituais,
portanto, integrativas ao salário, nas verbas rescisórias já pagas (férias proporcionais mais o terço
constitucional, 13º proporcional, FGTS); e, por fim, o pagamento da multa de 40% do FGTS e do
Art. 477, §8º. Como pedido, requereu, ainda, que fosse decretado sigilo da causa, por entender tratar-
se de causa ligada a interesse público, já que as obras em que trabalhou decorriam de contratos
administrativos obtidos pela empresa através de licitação junto à Secretaria de Infraestrutura do
Governo do Estado do Maranhão. Atribuiu, ao fim, à causa o valor de R$ 26.185,47.
TERMO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO - TRCT
01 CNPJ 02 Razão Social/Nome
Identificação
Empregador
06.101.009/0001-46 R2X Construções e Locações Ltda.
03 Endereço 04 Bairro
do Cohama
Avenida Mario Andreazza, n.º 19
05 Município 06 UF 07 CEP 08 CNAE 09 CNPJ/CEI Tomador da Obra
São Luís MA 65.000-000 4211-1/01 ---
10 PIS/PASEP 11 Nome
108.92234.59-0 José Francisco da Silva Barreto
Identificação do
Trabalhador
12 Endereço 13 Bairro
Rua das Sucupiras, n.º 19 Renascença I
14 Município 15 UF 16 CEP 17 CTPS 18 CPF
São Luís MA 65.000-000 0123456 001-0 MA 024.441.632-43
19 Data de Nascimento 20 Nome da Mãe
12/04/1974 Maria das Dores da Silva Barreto
21 Tipo de Contrato
Dados do Contrato
TOTAL DE R$ 10.642,01
DEDUÇÕES
VALOR R$ 14.584,65
LÍQUIDO
QUESTÕES E PONTOS DE REFLEXÃO
C
Conteúdo: 1. Atos, Termos e Prazos Processuais
2. Nulidades
3. Procedimento em espécie
Com base no caso proposto, que servirá de base para as discussões de toda a
Unidade II,dadas as devidas adaptações conforme o item a ser estudado em sala de aula,
utilize os questionamentos e pontos de reflexão para fomentar o debate em grupo e, após,
expor asopiniões no debate em sala de aula.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Quanto ao pedido de sigilo processual realizado na petição inical do caso
concreto, consideramos, após debate em grupo, o que se encontra disposto no art.189, CC:
Resposta:
No caso em tela, o procedimento a ser adotado segue os termos do art. 852-
A e art. 852-B, I, da CLT, in verbis:
Resposta:
Conforme art. 852-A, parágrafo único, “Estão excluídas do procedimento
sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica
e fundacional.”
Portanto, não há possibilidade de escolha do rito processual quando a parte é a
Administração Pública. Com base em lei, no caso concreto, aplica-se o procedimento
comum ordinário.
f) Imagine que o valor da causa, ao invés do proposto, fosse de R$ 1.800,00.
Qual o procedimento seria adotado? Em tempo, imagine que, em sede de contestação,
fossem questionados dois pontos específicos de caráter formal: a) inconstitucionalidade
do procedimento a ser adotado, dada a violação do duplo grau de jurisdição;
inconstitucionalidade do procedimento a ser adotado em razãoda vinculação ao salário-
mínimo. Enquanto Magistrado, como seria o seu posicionamento? Discuta em grupo e
apresente posicionamento em sala de aula.
Resposta:
Quando o valor fixado para causa não exceder dois salários mínimos
vigentes na data de ajuizamento da Reclamação, conforme o art. 2, §3, da Lei 5.584/70, está
previsto adoção do procedimento Sumário.
Não há o que se falar sobre a inconstitucionalidade do procedimento, pois
conforme dispõe no art. 102, III, da CF/88, compete ao STF julgar mediante recurso
extraordinário, as causas decididas em única ou última instância.
Destarte, se existe a possibilidade de serem decididas em única instância é
porque nelas não há duplo grau de jurisdição, com isso o Rito Sumário não é
inconstitucional.
Vale destacar ainda que, também se encontra pacificada a questão no sentido
de ser constitucional a vinculação da alçada ao salário mínimo, conforme dispõe a Súmula
n. 356 do C. TST.