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Apesar de muito gatos e cães não se darem bem no começo, existem

maneiras de fazer com que convivam um com o outro. Ao utilizar


algumas medidas e entender o que ambos precisam, será possível
criar um ambiente feliz, pacífico e saudável mesmo ao ter um cão e
um gato sob o mesmo teto.

Apresentando os animais um ao outro pela primeira vez


Prepare a apresentação. Sempre que for trazer um cão ou gato a
uma casa que já possui um desses pets, ou desejar fazer com
que eles se entendam melhor, é necessário construir uma boa
base para não causar desentendimentos. Comece verificando se
a sua casa possui bastante espaço para que os dois bichinhos
tenham os próprios cantinhos, cada um adotando uma parte da
casa para se assentarem. É importante mantê-los separados um
do outro por alguns dias, ou seja, é preciso ter vários quartos na
casa.
 Veja também se o cão obedece a seus comandos. Se não obedecer, ele
precisará de um treino extra para seguir as ordens. Não permita que o
primeiro encontro do cão e gato seja desagradável devido à
agressividade e excesso de ciúme do cachorrinho.
 Ao apresentar um cão à sua nova casa ou ter um filhote que ainda não
foi treinado para obedecê-lo, será necessário ter ainda mais cuidado ao
promover o encontro com um gato.

Tenha calma. Nunca deixe o cão ficar perseguindo o gato pela


casa, mantendo-os separados de início e esperando de três a
quatro dias antes de “apresentá-los” de fato, cara a cara. Os
animais precisam de tempo para conhecerem os cheiros que
emitem, além de conhecerem melhor a nova casa antes de
lidarem com outro animal.
 A probabilidade de cães e gatos brigarem ou serem infelizes é muito
maior se você os forçar a viverem juntos repentinamente. Deixe-os em
quartos separados e longe um do outro até que fiquem ambos calmos.
 Comece a misturar o cheiro dos animais. Por exemplo: acaricie o gato e
depois o cão, e vice-versa, sempre mantendo os pets em cômodos
separados.
Alterne os quartos em que eles ficam. Dessa forma, o gato vai
cheirar o local onde o cão ficou e vice-versa sem que estejam
juntos. Os odores são muito importantes para que os animais se
conheçam; permita que eles sintam o cheiro um do outro antes
de ficarem cara a cara.
 Esfregue uma toalha no seu cachorro e coloque-a sob a tigela de comida
do gato. Isso faz com que o bichano se acostume com o odor do cão,
aceitando-o.

Deixe que o cão e o gato sintam o cheiro um do outro sob a


porta que as divide. Isso ajuda a associar os novos odores
sentidos com um animal específico, mesmo que não consigam
vê-lo de fato.
 Tente alimentar os animais separados apenas por uma porta. Isso obriga
que se acostumarem com o odor do outro animal.

Apresente o gato ao cão apenas quando o felino estiver relaxado e


pronto. Se o gato estiver assustado e ficar correndo e se escondendo
quando o cão chegar perto da porta do quarto, é necessário dar um
pouco mais de tempo a ele. Assim que o bichano estiver mais
acostumado com os cheiros e sons do cachorro, coloque-os frente a
frente.

Segure o gato em seus braços até que ele fique calmo e


relaxado. Depois, peça para um parente ou amigo para trazer o
cão na coleira para dentro do quarto. Ele deve se aproximar
lentamente, em pequenos passos, esperando que ambos se
acalmem antes de se aproximarem. Não permita o contato
físico entre eles, basta que se acostumem um com a presença
do outro.
 Segure o gato no colo apenas se ele gostar.
 Use mangas compridas para proteger os braços de arranhões.
 Outra opção é manter o gato dentro de uma gaiolinha ou caixa e depois
trazer o cão na coleira. Dessa forma, não há risco de contato físico entre
eles durante o primeiro encontro.

Mostre amor em quantidades semelhantes a ambos enquanto


apresenta um ao outro. Assim como as pessoas, animais têm ciúmes
quando alguém novo chega e recebe mais atenção que eles. Os dois
pets devem perceber que são amados de forma igual e que você não
tem medo do outro animal.

Separe os animais mais uma vez. Não os force a interagirem


por muito tempo; isso apenas vai deixá-los irritados e
possivelmente levará a um conflito. O primeiro encontro entre
eles deve ser rápido e prazeroso.
 Lentamente, aumente a duração dos encontros entre eles.

Continue fazendo com que os animais interajam e se sintam


mais tranquilos na presença um do outro. Assim que o gato
aparentar estar mais à vontade, solte-o enquanto o cão
continua na coleira. Após algumas semanas fazendo isso, o
cachorro deverá se acostumar a não correr atrás do felino,
podendo ser solto também.
 Outra opção é usar feromônios – que podem ser adquiridos em lojas de
produtos para animais – para que ambos fiquem tranquilos e relaxados.
Pergunte a um veterinário se ele acha que o uso de hormônios sintéticos
pode auxiliar o gato e o cão a se acostumarem um com o outro.

Acostumando-os a viverem juntos


Separe os animais quando não estiver em casa ou perto deles.
Você deve fazer isso por um bom tempo, evitando que eles briguem e
se machuquem.

Se o cão adotar comportamentos negativos em relação ao gato


– como latir ou brincar com força excessiva –, faça com que ele
gaste as energias com outras atividades. O filhote deverá se
distrair com outra coisa ou ser treinado para ficar mais
obediente em vez de concentrar-se em “brincar” com o gato.
 No entanto, tente não dar bronca no cachorro sob tais circunstâncias. A
situação deve ser positiva para o animal, de forma que ele futuramente a
associe de forma positiva com o gato.

Recompense e acaricie o cão quando ele se comportar da


maneira certa perto do felino. Ser amistoso ou até ignorar o
gato já mostra que o cachorro está tomando uma postura mais
correta com o felino por perto. O dono também pode contribuir
para isso, sendo positivo quando o gato estiver por perto, não
sendo agressivo ou só dar atenção a ele.
 Diga, por exemplo: “olha cãozinho! O gatinho veio para perto de você!
Que bom!”, sempre com um tom de voz feliz. Dê um petisco para o
cachorro; isso fará com que ele associe sentimentos prazerosos em
relação ao gato.
O gato deve sempre ter um local onde possa ficar longe do alcance do
cão. Pode ser uma cerca de bebê bloqueando a passagem para um
quarto ou uma árvore para gatos e que o deixe “escapar” um pouco.
Geralmente, os gatos atacam cachorros apenas quando encurralados
e sem uma alternativa para evitá-los.

Suas expectativas devem se ater à realidade. Se o cão ou gato nunca


viveu com outro animal antes, é normal ele não saber como lidar com
a situação no começo. Além disso, é impossível prever como o cão
verá o animal antes de serem apresentados; como um brinquedo, uma
presa ou apenas com curiosidade. Da mesma forma, o gato poderá
considerar o cão como uma ameaça ou só ficar curioso em relação a
ele. Perceber que pode ser necessário um longo período de
“aclimatação” entre eles ajuda o dono a entender que é preciso um
pouco de perseverança para que um se acostume com o outro.

 Não tenha um preferido. Às vezes, as brigas ocorrem devido ao ciúme. Se o cão


perceber que o gato está recebendo mais atenção, ele poderá responder
negativamente.
 Apresente um pet ao outro ainda enquanto novos. Eles conseguirão se adaptar
melhor à ideia de conviver com outro tipo de animal. No entanto, filhotes de
cães nem sempre têm consciência da força que possuem, machucando filhotes de
gato acidentalmente enquanto estão brincando.
 Até que os pets estejam mais acostumados e “socializados” um com o outro, não
os deixe sozinhos em casa. O risco de se machucarem enquanto não há ninguém
por perto será muito maior. A melhor opção é trancar um deles em um quarto
enquanto estiverem sozinhos.

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