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Autor

A FASCINANTE HISTORIA DE BARNABÉ

OURINHOS/SP
DEZEMBRO, 2022
Primeiramente agradeço a Deus pelo dom
da vida.
Aos amigos e familiares, que apesar das di-
ficuldades sempre me apoiaram nas realiza-
ções de meus sonhos.
Dedico este livro a um amigo, que apesar de
muitas dificuldades, sempre quis conhecer a
história de Barnabé.
Para conhecermos os amigos é necessário
passar pelo sucesso e pela desgraça. No
sucesso, verificamos a quantidade e, na
desgraça, a qualidade. (Confúcio)
SUMÁRIO
O Autor ....................................................................................................................................................... 5
Prefácio ...................................................................................................................................................... 6
CAPÍTULO 1: Onde se deu início a tudo .............................................................................................. 7
CAPÍTULO 2: Retorno ............................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 3: Final................................................................................................................................... 9
5

O Autor

A
6

Prefácio

A
7

CAPÍTULO 1: Onde se deu início a tudo

Em meados do ano de 1645, num casebre de bambu e barro coberto de sapê,


chão de terra vermelha, vivia ali um menino de doze anos de idade, de estatura baixa,
pele morena queimada do sol, com um rosto cansado e olhar triste, que perdera o pai e
que cuidava de sua mãe que não andava por conta de um acidente.
Barnabé cuidava de sua mãe todos os dias que vivia deitada. Dona Alzira tinha
um sério problema de saúde que a impossibilitava de andar, vivia em cima de uma es-
trutura de bambu com barro e sape feita por seu filho.
A vida sofrida de Dona Alzira, uma senhora de pele acinzentada por não ter
contato com o sol, era basicamente ensinar o filho a fazer as atividades de casa, pois
seu esposo Chico havia abandonado a família quando ela havia sofrido uma lesão gra-
ve nas costas ao levar um coice de uma mula.
Chico, se sentindo triste pelo acontecido com a esposa, resolveu abandonar a
família e foi embora para longe, onde ninguém o conhecia e sempre dizendo que era
viúvo e sem filho.
Barnabé triste pela partida do pai e com o sofrimento da mãe resolveu cuidar
dela, desde os nove anos de idade.
Menino bom, não sabia ler nem escrever, vivia em uma época que não se fala-
va em escolas, mas em conhecimento.
Com nove anos de idade, teve que aprender a cortar lenha, para, poder fazer a
comida em casa.
Um desses dias de chuva, Barnabé saiu de casa com suas calças rasgadas,
camiseta sem manga, descalço, arrastando um machado. Sofria para arrastar o ma-
chado pesado que o pai usara antes para cortar lenha na mata que tinha a poucos me-
tros da janela da casa.
Saiu pela porta do único cômodo da casa, deixando sua mãe deitada quase
que ao lado do fogão a lenha, para ficar aquecida. Barnabé deu a volta na casa, pois a
e foi para a mata cortar lenha.
Chegando à mata, sentia frio e medo. Medo esse pelos sons desconhecidos
que vinham de dentro da mata, sons esses, que não ouvira antes. Diante desse medo,
bateu-lhe um sentimento de raiva, pois sabia que não era trabalho para ele, mas para o
pai que o abandonara.
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Adentrou na mata, de vagar, arrastando seu machado pesado. Olhava atenta-


mente para todos os lados, para ver se encontrava algum galho caído que conseguisse
cortar.
Continuava a andar e adentrando cada vez mais para dentro da mata, estando
cada vez mais longe de sua casa. Até que, avistou uma pilha de galhos encostados em
uma grande árvore.
Enquanto sua mãe estava preocupada com a ida de Barnabé até a mata, Dona
Alzira, uma mulher de muita fé, rezava ali deitada, pedindo sempre proteção para seu
menino, o primogênito. Mulher que estava com coração em pedaços de tristeza, de
lembrar-se da partida de seu esposo, ouvir o choro de Abraham, seu segundo filho, o
pequeno de três anos de idade.
Vendo que seu pequeno filho chorava incansavelmente, o sol se pondo, seu
primogênito demorando em voltar, Dona Alzira então rolou da cama, caindo no chão
sobre o braço e torcendo a mão. Mesmo com dor, se arrasta até o filho mais novo, para
acalmar o menino que estava com fome.
Dona Alzira, sentia uma dor profunda na alma, em ver seu filho sentindo a dor
da fome, se sentindo impotente e de mãos atadas.
Enquanto isso, na mata Barnabé vendo os galhos amontoados, admirado em
ver uma pilha grande encostada na árvore, deixa o machado de lado e se aproxima
lentamente daquela pilha amontoada. Quando chegou bem próximo ao monte de ga-
lhos, foi estendendo sua mão lentamente até os galhos. Estando muito próximo a tocá-
los, ouve um silêncio em toda a mata, onde ouvia-se apenas o som da chuva.
Barnabé ficou parado quase como uma estátua por alguns instantes, olhando
fixamente para os galhos, quando ouve no fundo a doce voz de sua mãe o gritando
para voltar. Então, pegou um galho rapidamente e correu de volta para casa. Em meio
o caminho, tropeçou em uma raiz e caiu.
Em meio aquele silêncio, levantou-se e correu novamente até sua casa, dei-
xando para traz o machado e o galho que carregava. Chegando em casa, parado em
pé com respiração ofegante, avista sua mãe no chão, com seu irmão em choro. Corre
até onde estão e questiona sua mãe sobre o que aconteceu.
O menino então acende uma lamparina, pega uma bacia com água e um pano
e vai até sua mãe para limpá-la, enquanto seu irmão dorme serenamente nos braços
dela.
Em meio a preocupação com sua mãe, ele coloca seu irmão em uma rede esti-
cada entre a janela e a chaminé do fogão a lenha, para ajudar Dona Alzira a voltar para
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seu local de repouso. Com grandes dificuldades, consegue deitá-la e então o garoto vai
até o fogão para preparar um chá com a pouca água quente que os resta.
Muitas dificuldades eles passaram ali naquele casebre. Um dia faltando lenha,
outro dia faltando alimento. O menino sempre seguindo as ordens da pobre senhora
sua mãe, para conseguir manter a casa.
Seu irmão Abraham, certo dia em que brincava na frente da casa, com um bo-
nequinho feito de sabugo de milho enfeitado com uma palha e alguns gravetos, ouviu
sua mãe gritar e correu para casa.

CAPÍTULO 2: Retorno

CAPÍTULO 3: Final

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