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Os três porquinhos

Em uma floresta não muito longe morava uma feliz família de porquinhos com 3 irmãos. Conforme eles foram
crescendo, seus pais perceberam que ainda estavam muito dependentes… não ajudavam no trabalho de casa nem
se esforçavam em nada.
Então um dia, eles se reuniram e decidiram que os porquinhos, que já estavam bem crescidos, fossem morar
sozinhos. Os pais deram dinheiro a cada um deles e alguns bons conselhos. Assim os três porquinhos partiram para
o bosque em busca de um bom lugar para construir, cada um, a sua casa.
O primeiro porquinho, que era o mais preguiçoso de todos, foi logo optando por um meio de construir sua casa o
mais rápido possível e que não necessitasse de muito esforço. Ele decidiu construir uma casa de palha, embora os
seus irmãos lhe tenham dito que não era segura.
Já o segundo porquinho, que era um pouco menos preguiçoso que o primeiro, mas que também não gostava
muito de trabalhar, construiu uma casa de madeira. Ele decidiu assim porque julgava ser mais resistente que uma
casa de palha, mas ainda assim era rápida de se construir.
E o terceiro porquinho, o mais sensato de todos e mais trabalhador, preferiu construir uma casa de tijolos e
alvenaria. Demorou um pouco para construí-la, mas depois de três dias de intenso trabalho a casa estava prontinha!
Com todos morando em suas casas chegou a notícia de que um perigoso lobo rondava pelo bosque. E não
demorou muito para que aparecesse pela redondeza, em busca de uma boa presa para encher a pança!
O lobo então foi bater na porta da casa do primeiro porquinho. Ele tentando intimidá-lo disse:
– Vá embora seu lobo! Aqui você não vai entrar!
O lobo insistiu e disse:
– Abra logo esta porta ou soprarei, e soprarei, e a sua casa destruirei!
Vendo que o porquinho não abria a porta da casa, o lobo começou a soprar e soprar tão forte que a casa de
palha voou pelos ares!
O porquinho, desesperado, foi correndo em direção à casa de madeira do seu irmão. O lobo correu atrás
dele, mas felizmente não conseguiu alcançá-lo.
O lobo então bateu na porta da casa do segundo porquinho. O porquinho, certo de que sua casa era mais resistente,
disse:
– Vá embora seu lobo! Na minha casa de madeira você não vai conseguir entrar de jeito nenhum!
O lobo então disse:
– Abram logo esta porta! Ou soprarei, e soprarei, e esta casa também destruirei!
Claro que os porquinhos não abriram a porta da casa. Então o lobo começou a soprar e soprar tão forte que a
casa de madeira caiu e ficou em pedaços!
Os porquinhos apavorados correram em direção à casa de tijolo e cimento de seu irmão. Mais uma vez o lobo
correu atrás deles, mas não conseguiu alcançá-los…
Após as batidas na porta do lobo, os porquinhos começaram a cantarolar confiantes:
Quem tem medo do lobo mau
Lobo mau, lobo mau
Quem tem medo do lobo mau…
O lobo ficava cada vez mais furioso e gritou:
– Abram a porta, já!
No que responderam:
– Vá embora seu lobo! Você não conseguirá derrubar esta casa porque ela é a mais resistente de todas!
– Abram logo esta porta! Ou soprarei, e soprarei, e esta casa destruirei!
Como os porquinhos não abriram, o lobo começou a soprar, soprar, soprar… e a casa continuava inteira no lugar!
O lobo ficou tão cansado que acabou sentando-se ao pé da porta para descansar e teve uma ideia:
– Vou arrumar uma escada para subir ao telhado da casa e entrar na casa pela chaminé!
Mas os porquinhos e reagiram logo: ferveram um balde enorme de água colocaram no final da chaminé, na
lareira e ficaram só esperando…
Quando o lobo entrou na chaminé acabou caindo bem dentro do balde cheio de água fervendo!
– Ouuuch! Socorro!!! Quenteeeeeeee!!! – Gritou o lobo assustado.
Ele saiu correndo até o lago para aliviar as suas queimaduras e nunca mais voltou a molestar os porquinhos.
E quanto aos porquinhos, eles decidiram morar todos juntos e aprenderam a lição de que tudo o que é feito com
esforço tem melhor resultado!
Chapeuzinho vermelho — Levante o trinco, gritou a avó lá de dentro, Estou muito fraca
e não consigo levantar.
Era uma vez uma menina amada por todos que a vissem,
principalmente por sua avó, e não havia nada que ela não O lobo levantou o trinco, a porta se abriu e sem dizer uma só
desse à criança.Num dia sua avó lhe deu um chapéu vermelho, palavra foi direto para a cama da avó e a devorou. Então ele
que lhe ficava tão bem que nunca mais o deixou; desde então vestiu as roupas dela, colocou o capuz dela, deitou na cama e
foi chamada de chapeuzinho vermelho. puxou as cortinas.

Um dia sua mãe disse: "Venha, Chapeuzinho Vermelho, aqui Chapeuzinho, entretanto, estava correndo e pegando flores, e
tem um pedaço de bolo e uma garrafa de vinho. Leve-os para a quando viu que ela tinha colhido tantas que não conseguia
sua avó, pois ela está doente e fraca e isto irá fazer bem para carregar mais, lembrou-se de sua avó e foi direto para a casa
ela. Vá antes que fique muito calor, e quando você estiver indo, dela.
caminhe suave e gentilmente e não saia do caminho ou você
poderá cair e quebrar a garrafa, e então sua avó não receberá Ela ficou surpresa ao encontrar a porta da cabana aberta, e
nada. E quando entrar no quarto dela, não se esqueça de dizer quando ela entrou no quarto, teve um pressentimento tão
Bom dia e não fique espionando por todos os cantos antes de estranho, que disse para si mesma, "Oh céus! Como me sinto
fazer o que pedi." inquieta hoje e em outras ocasiões eu gostava tanto de ficar
com minha avó." Ela chamou:
— Tomarei muito cuidado.- disse Chapeuzinho para sua mãe,
pronta a ajudar. —Bom dia, mas não recebeu nenhuma resposta. Então ela se
aproximou da cama e puxou as cortinas. Lá estava sua avó
A avó vivia no meio da floresta, a meia légua de distância da com sua touca esticada até o rosto e parecendo muito
vila, e assim que Chapeuzinho Vermelho entrou na floresta, um estranha.
lobo topou com ela. Chapeuzinho vermelho não sabia que ele
era uma criatura malvada, e não tinha nenhum medo dele. — Oh! Vovó, ela disse, que grandes orelhas você tem!

— Bom dia, Chapeuzinho Vermelho, disse ele. — Para melhor ouvir você, minha criança, foi a resposta.
— Agradeço gentilmente, lobo.
— Mas, vovó, que olhos grandes você tem! ela disse.
— Para onde vai tão cedo, Chapeuzinho Vermelho?
— Para a casa da minha avó. — Para ver você melhor, minha filhinha.
— O que você tem no seu avental?
— Bolo e vinho. Ontem foi dia de fornada, então minha pobre — Mas, avozinha, que mãos grandes você tem!
avó doente terá algo bom, para ficar mais forte.
— Onde vive a sua avó, Chapeuzinho Vermelho? — Para melhor abraçar você.
— Um bom quarto de légua além da floresta. A casa dela fica
debaixo de três grandes carvalhos e os castanheiros ficam bem — Oh! Mas, avozinha, que terrível bocarra você tem!
abaixo. Você certamente sabe onde é, ela respondeu. — Para melhor comer você!
O lobo pensou consigo mesmo: E mal o lobo disse isto, com um pulo estava fora da cama e
— Que criatura adorável e gentil! Que bocado delicioso e engoliu a Chapeuzinho Vermelho.
rechonchudo – seria melhor que a comesse ao invés da Quando o lobo tinha saciado a sua fome, deitou-se novamente
velhinha. Preciso agir com astúcia para pegar as duas. na cama, adormeceu e começou a roncar muito alto. O caçador
Assim, ele caminhou durante algum tempo ao lado de estava passando pela casa naquele momento e pensou
Chapeuzinho Vermelho, e então disse: consigo mesmo, "Como a velhinha está roncando! Devo saber
se ela precisa de alguma coisa." Então ele entrou no quarto, e
— Veja, Chapeuzinho Vermelho, como são bonitas as flores quando veio até a cama, viu que o lobo estava deitado nela.
por aqui, porque você não dá uma olhada? Eu acho, também,
que você não percebeu como os passarinhos estão cantando —Eis que te encontro aqui, seu pecador de uma figa! disse ele.
tão docemente. Você anda muito preocupada, como se Há muito que tenho te procurado. Então, quando o caçador
estivesse indo à escola, ao passo que tudo em sua volta na estava para atirar no lobo, lhe ocorreu que este devia ter
floresta é alegria. devorado a avozinha, e que ela ainda podia ser salva. Então
ele não atirou, mas pegou um par de tesouras e começou a
Chapeuzinho Vermelho ergueu os olhos, e quando viu os raios cortar a barriga do lobo que estava dormindo. Quando ele tinha
de sol dançando ali e acolá entre as árvores e belas flores feito dois cortes, viu surgir Chapeuzinho Vermelho, e quando
crescendo por todo o canto, ela pensou, "Acho que posso levar fez mais dois cortes, a pequena menina saiu, gritando:
um ramalhete de flores colhidos na hora para minha avó, isto
irá agradá-la também. Ainda é tão cedo, que devo chegar lá a —Ah, como estava assustada! Como estava escuro dentro do
horas." E então ela desviou-se do caminho para dentro da lobo; e em seguida a velha avozinha também saiu, porém, mal
floresta para procurar flores. E sempre que ela pegava uma, conseguia respirar. Chapeuzinho, todavia, trouxe rapidamente
imaginava ter visto outra ainda mais linda à frente e, corria grandes pedras com as quais eles encheram a barriga do lobo.
atrás dela, e ia mais e mais para dentro da floresta. Quando ele acordou, quis fugir correndo, mas as pedras eram
tão pesadas que imediatamente caiu morto.
Enquanto isso o lobo correu por um caminho mais curto
diretamente para a casa da vovó e bateu na porta. Os três ficaram contentes. O caçador tirou a pele do lobo e a
levou para casa, a avozinha comeu o bolo e bebeu o vinho que
— Quem está aí? Chapeuzinho havia trazido e sentiu-se melhor, mas
Chapeuzinho pensou consigo mesma, "Enquanto eu viver,
— Chapeuzinho Vermelho, respondeu o lobo, Ela está trazendo nunca mais sairei do caminho para correr para dentro da
bolo e vinho. Abra a porta. floresta, quando a minha mãe me proibir de fazer isso."
Branca de neve
Uma rainha costurava, no inverno, ao lado de uma janela negra como o ébano. Ao lançar o olhar para a
neve, picou o dedo com a agulha, e três gotas de sangue pingaram sobre a neve, o que a deixou admirada e a
fez pensar que, se tivesse uma filha, gostaria que fosse "alva como a neve, rubra como o sangue e com os
cabelos negros como o ébano da janela".
Não tardou, e a rainha teve uma filha de descrições idênticas ao seu pedido: branca como a neve, com os
cabelos negros como o ébano e os lábios vermelhos como o sangue. Mas, tão logo sua filha veio ao mundo, a
rainha morreu. O pai deu à filha o nome de Branca de Neve, e logo tornou a casar com uma mulher arrogante,
esnobe e vaidosa, possuidora de um espelho mágico que só falava a verdade.
A rainha consultava seu espelho, perguntando quem era a mais bela do mundo, ao que ele sempre respondia:
"Senhora Rainha, vós sois a mais bela". Quando Branca de Neve fez dezessete anos, e um dia a madrasta
perguntou: "Quem é a mais bela de todas?", e o espelho não tardou a dizer: "Você é bela, rainha, isso é verdade,
mas Branca de Neve possui mais beleza."
Cheia de inveja, a Rainha contratou um caçador e ordenou que ele matasse Branca de Neve e lhe trouxesse seu
coração como prova, na esperança de voltar a ser a mais bela. O caçador ficou inseguro, mas aceitou o trabalho.
Pronto para matar a bela princesa, o caçador desistiu ao ver que ela era a menina mais bela que já havia
encontrado, e rapidamente a mandou fugir e se esconder na floresta; para enganar a rainha, entregou a ela o
coração de um jovem veado. A rainha assou o coração e o comeu, acreditando ser de Branca de Neve mas, ao
consultar o espelho mágico, ele continuou a dizer que Branca de Neve era a mais bela.
Branca de Neve fugiu pela floresta, até encontrar uma casinha e, ao entrar, descobriu que lá moravam sete
anões. Como era muito gentil, limpou toda a casa e, cansada pelo esforço que fez, adormeceu na cama dos
anões. À noite, ao chegarem, os anões levaram um susto, mas logo se acalmaram ao perceber que era apenas
uma bela moça, e que a mesma tinha arrumado toda a casa. Como agradecimento, eles cederam sua casa como
esconderijo para Branca de Neve, com a condição de ela continuar deixando-a tão limpa e agradável.
A rainha não tardou a descobrir o esconderijo de Branca de Neve e resolveu matá-la; disfarçada em mascate, foi
até a casa dos anõezinhos. Chegando lá, ofereceu um laço de fita a Branca de Neve, que aceitou. A rainha
ofereceu ajuda para amarrar o laço em volta da cintura de Branca de Neve e, ao fazê-lo, apertou-o com tanta
força que Branca de Neve desmaiou. Quando os anões chegaram e viram Branca de Neve sufocada pelo laço de
fita, rapidamente o cortaram e ela voltou a respirar.
A rainha novamente descobriu que Branca de Neve não estava morta, e voltou a se disfarçar, mas desta vez
como uma velha senhora que vendia escovas de cabelo, na verdade envenenadas. Ao dar a primeira escovada,
Branca de Neve caiu no chão, desmaiada. Quando os anões chegaram e a viram, rapidamente retiraram a
escova de seus cabelos e ela acordou.
A rainha, já enlouquecida de fúria, decidiu usar outro método: uma maçã enfeitiçada. Dessa vez, disfarçou-se de
fazendeira e ofereceu uma maçã; Branca de Neve ficou em dúvida, mas a Rainha cortou a maçã ao meio e
comeu a parte que não estava enfeitiçada, e Branca de Neve aceitou e comeu o outro pedaço, enfeitiçado. A
maçã se engasgou na garganta de Branca de Neve, que ficou sem ar. Quando os anões chegaram e viram
Branca de Neve desacordada, tentaram ajudá-la, mas não sabiam o que causara tudo aquilo, e pensaram que
ela estava morta. Por achá-la tão linda, os anões não tiveram coragem de enterrá-la, e a puseram em um caixão
de vidro.
Certo dia, um príncipe que andava pelas redondezas avistou o caixão de vidro, e dentro a bela donzela. Ficou tão
apaixonado, que perguntou aos anões se podia levá-la para seu castelo, ao que eles aceitaram e os servos do
príncipe a colocaram na carruagem. No caminho, a carruagem tropeçou, e o pedaço de maçã que estava na
garganta de Branca de Neve saiu, e ela pôde novamente respirar, abriu os olhos e levantou a tampa do caixão.
O príncipe a pediu em casamento, e convidou para a festa a rainha má, que compareceu, morrendo de inveja.
Como castigo, ao sair do palácio, acabou tropeçando num par de botas de ferro que estavam aquecidas. As
botas fixaram-se na rainha e a obrigaram a dançar; ela dançou e dançou até, finalmente, cair morta.
João e Maria
João e Maria é um conto que relata as aventuras de dois irmãos (João e Maria), filhos de um pobre
lenhador e que moravam na floresta com seu pai e sua esposa. Um dia, enquanto seu pai trabalhava,
a madrasta de João e Maria estava fazendo uma torta. Ela saiu para colher amoras na floresta e pediu
pra João e Maria cuidassem da casa enquanto ela estivesse ausente. Quando ela voltou da floresta
encontra a casa toda bagunçada e a torta que estava preparando, no chão. Ela ficou muito brava com
João e Maria e resolveu mandar eles mesmos irem colher amoras na floresta.
Floresta adentro, as crianças iam jogando migalhas de pão no chão para que pudessem encontrar o
caminho de casa pela trilha feita. Porém, quando resolvem voltar para casa percebem que as migalhas
haviam sido comidas pelos pássaros da floresta e que estavam perdidos. Enquanto procuravam o
caminho de volta pra casa, João acaba achando uma casa feita de doces no meio da floresta. Com
muita fome depois de tanto tempo procurando o caminho de volta para casa, João chama Maria para
que eles comessem as guloseimas da casa. Enquanto as crianças se deliciavam com os doces uma
velha (na verdade uma bruxa) aparece de dentro da casa e os convida para entrar.
Lá dentro, a bruxa lhes dá mais comida, até os dois não aguentarem mais. Porém, toda a aparente
gentileza da senhora não passava de um plano para comer as criancinhas. Ela prende João e Maria
para que pudesse assá-los, porém, espertas, as crianças descobrem o plano da bruxa e a enganam,
lançam um feitiço para hipnotizarem a bruxa atirando-a para dentro do forno que a velha usaria para
cozinhá-los. Livres da bruxa, João e Maria são encontrados pelo pai, cuja mulher havia morrido, e
voltam para casa levando consigo o dinheiro que estava dentro da foice da bruxa, suficiente para o
resto de suas vidas.
João e Maria
João e Maria é um conto que relata as aventuras de dois irmãos (João e Maria), filhos de um pobre
lenhador e que moravam na floresta com seu pai e sua esposa. Um dia, enquanto seu pai trabalhava,
a madrasta de João e Maria estava fazendo uma torta. Ela saiu para colher amoras na floresta e pediu
pra João e Maria cuidassem da casa enquanto ela estivesse ausente. Quando ela voltou da floresta
encontra a casa toda bagunçada e a torta que estava preparando, no chão. Ela ficou muito brava com
João e Maria e resolveu mandar eles mesmos irem colher amoras na floresta.
Floresta adentro, as crianças iam jogando migalhas de pão no chão para que pudessem encontrar o
caminho de casa pela trilha feita. Porém, quando resolvem voltar para casa percebem que as migalhas
haviam sido comidas pelos pássaros da floresta e que estavam perdidos. Enquanto procuravam o
caminho de volta pra casa, João acaba achando uma casa feita de doces no meio da floresta. Com
muita fome depois de tanto tempo procurando o caminho de volta para casa, João chama Maria para
que eles comessem as guloseimas da casa. Enquanto as crianças se deliciavam com os doces uma
velha (na verdade uma bruxa) aparece de dentro da casa e os convida para entrar.
Lá dentro, a bruxa lhes dá mais comida, até os dois não aguentarem mais. Porém, toda a aparente
gentileza da senhora não passava de um plano para comer as criancinhas. Ela prende João e Maria
para que pudesse assá-los, porém, espertas, as crianças descobrem o plano da bruxa e a enganam,
lançam um feitiço para hipnotizarem a bruxa atirando-a para dentro do forno que a velha usaria para
cozinhá-los. Livres da bruxa, João e Maria são encontrados pelo pai, cuja mulher havia morrido, e
voltam para casa levando consigo o dinheiro que estava dentro da foice da bruxa, suficiente para o
resto de suas vidas.
A Bela e a fera
O conto "A Bela e a Fera"[4] relata a história da filha mais nova de um rico mercador, que tinha três
filhas, porém, enquanto as filhas mais velhas gostavam de ostentar luxo, de festas e lindos vestidos, a
mais nova, que todos chamavam de Bela, era humilde, gentil, e generosa, gostava de leitura e tratava
bem as pessoas.
Um dia, o mercador perdeu toda a sua fortuna, com exceção de uma pequena casa distante da cidade.
Bela aceitou a situação com dignidade, mas as duas filhas mais velhas não se conformavam em
perder a fortuna e os admiradores, e descontavam suas frustrações sobre Bela, que humildemente não
reclamava e ajudava seu pai como podia.
Um dia, o mercador recebeu notícias de bons negócios na cidade, e resolveu partir. As duas filhas
mais velhas, esperançosas em enriquecer novamente, encomendaram-lhe vestidos e futilidades, mas
Bela, preocupada com o pai, pediu apenas que ele lhe trouxesse uma rosa.
Quando o mercador voltava para casa, foi surpreendido por uma tempestade, e se abrigou em um
castelo que avistou no caminho. O castelo era mágico, e o mercador pôde se alimentar e dormir
confortavelmente, pois tudo o que precisava lhe era servido como por encanto.
Ao partir, pela manhã, avistou um jardim de rosas e, lembrando do pedido de Bela, colheu uma delas
para levar consigo. Foi surpreendido, porém, pelo dono, uma Fera pavorosa, que lhe impôs uma
condição para viver: deveria trazer uma de suas filhas para se oferecer em seu lugar.
Ao chegar em casa, Bela, mediante a situação resolveu se oferecer para a Fera, imaginando que ela a
devoraria. Ao invés de a devorar, a Fera foi se mostrando aos poucos como um ser sensível e amável,
fazendo todas as suas vontades e tratando-a como uma princesa. Apesar de achá-lo feio e pouco
inteligente, Bela se apegou ao monstro que, sensibilizado a pedia constantemente em casamento,
pedido que Bela gentilmente recusava.
Um dia, Bela pediu que Fera a deixasse visitar sua família, pedido que a Fera, muito a contragosto,
concedeu, com a promessa de Bela retornar em uma semana. O monstro combinou com Bela que,
para voltar, bastaria colocar seu anel sobre a mesa, e magicamente retornaria.
Bela visitou alegremente sua família, mas as irmãs, ao vê-la feliz, rica e bem vestida, sentiram inveja, e
a envolveram para que sua visita fosse se prolongando, na intenção de Fera ficar aborrecida com sua
irmã e devorá-la. Bela foi prorrogando sua volta até ter um sonho em que via Fera morrendo.
Arrependida, colocou o anel sobre a mesa e voltou imediatamente, mas encontrou Fera morrendo no
jardim, pois ela não se alimentara mais, temendo que Bela não retornasse.
Bela compreendeu que amava a Fera, que não podia mais viver sem ela, e confessou ao monstro sua
resolução de aceitar o pedido de casamento. Mal pronunciou essas palavras, a Fera se transformou
num lindo príncipe, pois seu amor colocara fim ao encanto que o condenara a viver sob a forma de
uma fera até que uma donzela aceitasse se casar com ele. O príncipe casou com Bela e foram felizes
para sempre.
Cinderela
Cinderela era filha de um comerciante rico. Depois que seu pai morreu, sua madrasta tomou
conta da casa que era de Cinderela. Cinderela então, passou a viver com sua madrasta malvada, junto
de suas duas filhas que tinham inveja da beleza de Cinderela e transformaram-na em um serviçal. Ela
tinha de fazer todos os serviços domésticos e ainda era alvo de deboches e malvadezas.Seu refúgio
era o quarto no sótão da sua própria casa e seus únicos amigos: os animais da floresta.
Um belo dia, é anunciado que o Rei realizará um baile para que o príncipe escolha sua esposa
dentre todas as moças do reino.[1] No convite, distribuído a todos os cidadãos, havia o aviso de que
todas as moças deveriam comparecer ao Baile promovido pelo Rei.[1]
A madrasta de Cinderela sabia que ela era a mais bonita da região, então disse que ela não
poderia ir porque não tinha um vestido apropriado para a ocasião. Cinderela, então, costurou um
vestido com a ajuda de seus amigos da floresta. Passarinhos, ratinhos e esquilos a ajudaram a fazer
um vestido de retalhos, mas muito bonito. Porém, a madrasta não queria que Cinderela comparecesse
ao baile de forma alguma, pois sua beleza impediria que o príncipe se interessasse por suas duas
filhas. Sendo assim, ela e as filhas rasgaram o vestido, dizendo que não tinham autorizado Cinderela a
usar os retalhos que estavam no lixo. Fizeram isso de última hora, para impedir que a moça tivesse
tempo para costurar outro.
Muito triste, Cinderela foi para seu quarto no sótão e ficou à janela, olhando para o Castelo na
colina. Chorou, chorou e rezou muito. De suas orações e lágrimas, surgiu sua Fada-madrinha que
confortou a moça e usou de sua mágica para criar um lindo vestido para Cinderela. Também surgiu
uma linda carruagem e os amiguinhos da floresta foram transformados em humanos, cocheiro e
ajudantes de Cinderela. Antes de sua afilhada sair, a Fada-madrinha lhe deu um aviso: a moça deveria
chegar antes da meia-noite, ou toda a mágica iria se desfazer aos olhos de todos.
Cinderela chegou à festa como uma princesa. Estava tão bonita, que não foi reconhecida a não
ser pela madrasta,que passou a noite inteira dizendo para as filhas que achava conhecer a moça de
algum lugar, mas não conseguia dizer de onde. O príncipe, tão-logo a viu, a convidou para dançar.
Cinderela e o príncipe dançaram e dançaram a noite inteira. Conversaram e riram como duas almas
gêmeas e logo se perceberam feitos um para o outro.
Acontece que a fada-madrinha tinha avisado que toda a magia só duraria até à meia-noite e um
minuto. Quando o relógio badalou as doze batidas e um minuto, Cinderela teve de sair correndo. Foi
quando deixou um dos seus sapatinhos de cristal na escadaria. O príncipe, muito preocupado por não
saber o nome da moça ou como reencontrá-la, pegou o pequeno sapatinho e saiu em sua busca no
reino e em outras cidades. Muitas moças disseram ser a dona do sapatinho, mas o pé de nenhuma
delas se encaixava no objeto.
Quando o príncipe bateu à porta da casa de Cinderela, a madrasta trancou a moça no sótão e
deixou apenas que suas duas filhas experimentassem o sapatinho. Apesar das feiosas se esforçarem,
nada do sapatinho de cristal servir. Foi quando um ajudante do príncipe viu que havia uma moça na
janela do sótão da casa.
Sob as ordens do príncipe, a madrasta teve de deixar Cinderela descer. A moça então
experimentou o sapatinho, mas antes mesmo que ele servisse em seus pés, o príncipe já tinha dentro
do seu coração a certeza de que havia reencontrado o amor de sua vida. Cinderela e o príncipe se
casaram em uma linda cerimônia, e anos depois se tornariam Rei e Rainha, famosos pelo bom
coração e pelo enorme senso de justiça. Cinderela e o príncipe foram felizes para todo o sempre.

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