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Do Big Bang até você em um minuto: uma brevíssima história do Universo

Dá para imaginar que, antes de nosso Universo surgir e se expandir, toda a matéria e a energia que
vemos por aí estavam contidas em um pontinho trilhões de vezes menor do que a cabeça de um
alfinete? Pois é. Foi esse evento dramático e misterioso que chamamos de Big Bang (Grande
Explosão), o responsável pela origem do espaço, do tempo e de uma sucessão aleatório de eventos
que se arrasta há 13,8 bilhões de anos. [...]
[...] Quando a temperatura já havia esfriado um pouco, há 380 mil anos, foi a deixa para que os elétrons
andarilhos que vagavam livres pelo espaço-tempo pudessem se juntar aos núcleos. Formavam-se,
então, os primeiros átomos[...].
Pelos próximos 150 milhões de anos (Idade das Trevas), uma escuridão de átomos e partículas
errantes era tudo o que havia. A primeira centelha de luz despontou algumas centenas de milhões de
anos mais tarde: nuvens de gás formaram a primeira geração de estrelas e os esboços das primeiras
galáxias. [...] Podemos comparar a formação do Universo ao Réveillon de Copacabana: estrelas
nascem e explodem a todo instante, como fogos de artifício.
Há 4,6 bilhões de anos, em meio ao pisca-pisca frenético numa galáxia, surgiu uma certa estrela anã
amarela. Demorou poucos milhões de anos até que ela formasse corpos girando eternamente ao seu
redor.
Mas em um dos planetas que orbitam mais perto dessa estrela, algo especial aconteceu, menos de um
bilhão de anos depois da formação do Sistema Solar. Em um processo ainda não totalmente
compreendido pela ciência, bactérias surgiram a partir da matéria inerte. [...]
A vida evoluiu a passos lentos, e só nos últimos 570 milhões de anos foi que as espécies com as quais
estamos acostumados começaram a aparecer. Antes disso, nosso planeta azul era o paraíso dos
micróbios. Por mais de 100 milhões de anos, os dinossauros andaram sobre a Terra e dominaram os
ecossistemas terrestres.
Mas um asteroide quilométrico trombou com nosso planeta e dizimou quase todos eles, há 65 milhões
de anos. Foi aí que os mamíferos começaram a ganhar espaço e a saga da evolução continuou. Até
que, há meros 315 mil anos, nossa espécie surgiu nas savanas da África.[...]

Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2018/03/do-big-bang-ate-voce-em-um-


minuto-uma-brevissima-historia-do-universo.html> Acesso em: 23 de mar. de 2022.
O QUE É VIDA?

O fogo é semelhante à vida. Corte seu suprimento de oxigênio e ele cessa. Ele deve ser alimentado, e
apaga quando o combustível se esvai. [...]
Por que, então, sabemos intuitivamente que o fogo não está vivo? Há uma lista de pré-requisitos que
define se algo pertence ao mundo inanimado? De certa forma, há. Seres vivos, por exemplo, são
capazes de se reproduzir. Em princípio, seria possível encarar uma fagulha como uma semente de
fogo, que inicia um novo foco em outro fardo de capim seco. Mas não é suficiente: um ser vivo, quando
se reproduz, gera filhotes com as mesmas características que ele. O nome disso é hereditariedade.
O fogo não contém nem transmite informação hereditária [...] Mude a substância química que serve de
combustível à chama e ela assume qualquer cor. Um incêndio também cresce indefinidamente quando
é estimulado. Já um dálmata não muda de cor quando mudamos seu alimento, nem cresce 50 metros
se lhe dermos comida suficiente. Mesmo que lhe cortem a cauda ou lhe pintem de azul, suas crias
ainda nascerão com bolinhas pretas e rabo.
[...] Seres vivos, por definição, transmitem algo à prole. Na origem da vida, portanto, está a
hereditariedade. O primeiro gene não precisava respirar, ele só precisava ser capaz de criar cópias de
si mesmo. Cópias que, diferentemente do fogo, fossem elas mesmas em quaisquer circunstâncias.
A hereditariedade é sujeita a falhas – e essa talvez seja sua característica mais importante. O primeiro
gene às vezes sofria erros de cópia. Em geral, esses erros eram deletérios para esses filhotinhos de
molécula. Mas, volta e meia, um erro, por acaso, conferia uma vantagem reprodutiva, e aumentava a
eficiência daquela entidade rudimentar, na fronteira entre a vida e não-vida. Com erros, há variação, e
com variação, há seleção natural.
Assim, de pouco em pouco, na base da tentativa e erro, a complexidade aumenta. É por isso que a
definição de vida oficial da Nasa é “sistema químico autossustentável capaz de passar por seleção
natural...

Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/a-origem-da-vida-na-terra-e-fora-dela/

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