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Olá, Alessandro.

Boa noite! Como disse a você, segue uma pequena prévia de como o trabalho de avaliação é feito. Ressalto que vou
descrever um processo de avaliação criterioso, trabalhoso; mas existem formas mais “brutas” de avaliação, a qual vou
explicar depois de explicar o processo detalhado.
Bom, vamos analisar o selo do canto superior esquerdo da foto abaixo, cujo marquei com a moldura em vermelho.
(Desculpe não ter feito com mais selos, é que hoje o dia foi mais pesado que o normal.)

Para informações sobre os selos, usamos catálogos on line. Existem diversos, mas um dos mais usados é o StampWorld.
Ele pode ser acessado em www.stampworld.com. Para usar, basta fazer um cadastro rápido, é totalmente grátis.
No caso do selo que estamos analisando, se trata de um selo de Granada (Grenada, em inglês). Então, navegando pelo
catálogo, chegamos na tela abaixo:
Aqui você pode ver o selo faz parte de uma série grande, de sete selos, que foram emitidos em comemoração do Natal
de 1976. O seu selo é o de ½ centavos, que circulei em verde. Logo abaixo das fotos dos selos, tem a tabela com as
informações sobre o valor. Eu circulei de vermelho, a linha da tabela que corresponde ao seu selo.
O valor que está na coluna ** é para selo novo, em perfeito estado de conservação. O valor da coluna #, são para selos
usados, carimbados. No caso do seu selo, o valor do novo é igual ao valor do usado, que é de R$ 1,53. Repare que cada
selo tem valores bem distintos. Na última linha, tem o valor se a série estivesse completa.
Bom, agora vem uma parte meio confusa, mas que corresponde à dinâmica do mercado filatélico. Este valor que vimos
no catálogo não é necessariamente a quantia pela qual o selo pode, ou deve, ser vendido; e, sim um valor de referência,
que varia em função de diversos fatores. Um dos fatores que mais interfere no preço real de venda, é o tipo de comprador.
Se a venda for para um colecionador final, alguém que vai manter o selo para si, o preço gira em torno de 40 a 60% do
valor de catálogo, ou seja, seu selo “valeria” entre R$ 0,61 e R$ 0,92. Já se o comprador for um revendedor, um
negociante, o valor de venda gira em torno de 20 a 35% do valor de catálogo, ou seja, de R$ 0,30 a R$ 0,53. Este é o
processo que permite chegar ao valor mais próximo do real, mas como você pode perceber, é bem demorado, demanda
um certo conhecimento de o que procurar etc.
O processo “bruto” é bem mais rápido, e por isso é utilizado na grande maioria das vezes. Consiste em definir um preço
médio por selo e multiplicar pela quantidade total. Para a grande maioria dos casos, o valor final encontrado pelo
processo rápido não difere substancialmente do processo detalhado. Isso acontece porque 99,99% dos selos do mundo
são do tipo comum, possíveis de serem encontrados sem muito esforço, principalmente se forem selos emitidos após
1934. Até mais ou menos nessa época, o processo de emissão era caro, os selos eram impressos em tiragens pequenas
de poucas centenas de milhar. Mas depois disso, as impressoras se modernizaram muito, e as tiragens passaram a ser de
milhões. Existem selos dos quais a tiragem quase chegou a um bilhão!
Quando sugeri a você dividir o álbum em lotes e colocar para leiloar, eu estava visando o colecionador final, que
geralmente vai procurar os selos que deseja já categorizados de alguma maneira. Por outro lado, ao vender o álbum
todo, é mais provável que o comprador faça a compra já pensando em desmembrá-lo para revendê-lo em partes, e por
isso, ele pagaria um valor menor, para ter lucro.
Bom, por enquanto é isso! Vou trabalhar nos outros selos e te dou uma estimativa de preço de venda do seu álbum.
Consigo me comprometer em fazer isso até final de próxima semana. Não consigo mais rápido porque até terça-feira,
dia 20, vou estar muito enrolado com uma atividade que precisa ficar pronta até este dia!
Um abraço,
William

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