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ESTADO-MAIOR

Memorando Circular nr 41273/03 – EMPM

Belo Horizonte, 30 de setembro de 2003

Aos Comandantes, Diretores e Chefes


Assunto: Uso irregular dos uniformes da PMMG
Ref:. RUIPM/2001

A padronização e a correta utilização dos uniformes da Polícia Militar


constitui importante fator para a disciplina da Corporação. Ademais, um policial-
militar mal fardado, uma tropa, uma guarnição ou mesmo uma dupla de
policiamento utilizando mesmas peças de uniformes, porém, de cores ou modelos
diferentes são questões que refletem negativamente naquilo que toda
Organização mais deve preservar: sua imagem junto ao seu cliente.

Apesar dos esforços e dos memorandos do Comando da Corporação


orientando quanto à correta utilização dos uniformes, muitos tem sido aqueles
que, com intenção de destacar determinadas atividades/grupos em detrimento de
outros, alteram os uniformes previstos no regulamento e passam a utilizá-los sem
que, para isso, tenha havido estudos ou autorização do alto comando.

Vários são os fatores que pesam quando da decisão da não alteração


dos uniformes, apesar dos diversos pedidos, destacando os seguintes:
- as dificuldades para a aquisição e a distribuição regular dos fardamentos;
- a necessidade de uniformidade em uma Corporação que atua nas mais diversas e
longínquas localidades;
- a diversidade das atividades realizadas pela Polícia Militar, o difícil controle e a
conseqüente quantidade de modelos de uniformes já autorizados;
- a falta de perspectivas para a concretização de uma completa DGF (Distribuição
Geral de Fardamento), nos anos vindouros, e o peso no custeio da alteração ou
acréscimo de qualquer peça.
Contudo, apesar das inúmeras recomendações, muitas tem sido as
alterações implantadas nos uniformes, sem que, para isso, tenha havido
aprovação do Comando da Organização. Como exemplo de uso irregular do
fardamento podemos citar:

- Utilização de calças do Uniforme B1 – (Uniforme Operacional e de Instrução) mais


largas (tipo cowboy), com bolsos fora do padrão, costuras almofadadas ou modelos
completamente diferentes do previsto no catálogo de uniformes da PMMG;

- Uso do Uniforme Camuflado Urbano em operações de rotina, diferente do previsto


no RUIPM, ou seja, em ações e/ou operações de controle de distúrbios civis;

- Utilização de mais de um distintivo de curso de atualização ou estágio, de pano, na


manga direita das camisas, blusões, japonas ou gandolas ou uso simultâneo de
distintivo e brevês relativo à mesma distinção;

- Uso de coldre no cinto comum de nylon (o coldre deve ser usado como acessório do
cinturão de couro), com compromentimento da segurança do usuário;

- Uso de logomarcas de Unidades Operacionais ou Especializadas, em substituição à


Logomarca da PMMG, no peito e nas costas dos coletes táticos compartimentados.

Assim, com o objetivo de se preservar a disciplina e manter a unidade


e a boa imagem da Corporação, fica terminantemente proibida a utilização
irregular das peças e dos uniformes citados acima, e nos demais casos que
destoem do previsto nas normas e regulamentos.

Mais uma vez é importante ressaltar a responsabilidade dos


Comandantes no cumprimento dessas ordens, lembrando que:

“ Exemplo não é transigir consigo mesmo naquilo que se condena nos


outros, é não exigir o que não se pode dar, é não abrir exceção em
causa própria, é não usufruir sozinho o que é direito comum.”

(a) José Ascânio Ferreira, Coronel PM


Chefe do EMPM

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