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Estabelece as diretrizes e objetivos que orientam as ações de estímulo ao empreendedorismo aliado à inovação
resultantes das atividades desenvolvidas no âmbito da Unesp, regulamentando a aplicação pela AUIN da Resolução
UNESP nº 35, de 6 de julho de 2020.
A Agência Unesp de Inovação (AUIN) por meio de seu Diretor Executivo, no uso das suas atribuições, e
considerando, que a Lei nº 10.973 (Lei de incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente
produtivo), com as alterações trazidas pela Lei nº 13.243/2016 (Lei de estímulos ao desenvolvimento
científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação) e regulamentação do Decreto nº
9.283/2018, a Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015, bem assim as previsões da Lei
Complementar Estadual (SP) nº 1.049/2008 (Lei de incentivo à inovação tecnológica, à pesquisa científica e
tecnológica, ao desenvolvimento tecnológico, à engenharia não-rotineira e à extensão tecnológica em ambiente
produtivo, no Estado de São Paulo) e Decretos nº 54.690/2009 e nº 62.817/2017, foram regulamentadas pela
Resolução UNESP nº 35, de 6 de julho de 2020, que “dispõe sobre a regulamentação, no âmbito da Unesp, das
atividades de inovação, propriedade intelectual, transferência de know how e de licenciamento de tecnologia,
ambiente de inovação e incubação de empresas de base tecnológica” e a Lei Complementar nº 182, de 1º de
junho de 2021, que institui o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador;
considerando, em especial, as competências atribuídas pelos artigos 5º, 6º, parágrafo único, 10, §4º e 11, §5º, todos
da Resolução UNESP nº 35, de 6 de julho de 2020;
considerando, que as especificidades pressupostas na elaboração da Política Inovação da Unesp remetem tanto às
legislações que dizem respeito às Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (“ICT”) de maneira geral, quanto
à missão da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (“UNESP”) de exercer sua função social por meio
do ensino, da pesquisa e da extensão, bem como ao papel da Agência Unesp de Inovação (“AUIN”) de gerir a política
de inovação, proteger as criações intelectuais e fomentar a cultura inovadora e empreendedora na referida
Universidade;
considerando, a necessidade de Instrução Normativa que estabeleça os procedimentos internos para a proteção
intelectual e das ações que visem promover a transferência e utilização do conhecimento científico, tecnológico e
cultural produzido na Unesp, essencial ao desenvolvimento econômico e social do Estado de São Paulo e do país, com
amparo nos pilares institucionais da UNESP e da AUIN, nas legislações citadas, e principalmente na Resolução
UNESP nº 35, de 6 de julho de 2020, o Diretor Executivo da AUIN expede a seguinte:
INSTRUÇÃO NORMATIVA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 1º – Esta Instrução Normativa incide sobre as ações de empreendedorismo associadas à inovação no âmbito da
Universidade, inclusive nas suas relações com o setor produtivo e a sociedade, destacando as atividades e conceitos
que estão contemplados nas diretrizes e objetivos por ela propostos.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
I - Inovação: introdução de novidade ou aperfeiçoamento para o ambiente produtivo e social que resulte em novos
produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a um
produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou
desempenho, além de gerar valor monetário ou não;
II - Atividade de Inovação: todas as atividades realizadas por pessoas ou empresas que visam resultar em inovação;
III - Criação: invenção, modelo de utilidade, desenho industrial, programa de computador, topografia de circuito
integrado, novo cultivar ou cultivar essencialmente derivado, além de qualquer outro desenvolvimento tecnológico
que resulte ou possa resultar no surgimento de novo produto, processo ou aperfeiçoamento incremental, obtido
por um ou mais criadores que não foram introduzidos no setor produtivo e social;
IV - Direitos de Propriedade Intelectual: Direitos sobre patentes de invenção, modelos de utilidade, modelos e
desenhos industriais, marcas, direitos sobre as informações não divulgadas, bem como em instrumentos
jurídicos relacionados a essas atividades, vigentes à época da instalação da empresa ou da atividade a ser
desenvolvida, programas de computador, cultivares, topografias de circuitos integrados, bem como os direitos
decorrentes de outros sistemas de proteção de propriedade intelectual existentes ou que venham a ser adotados
pela lei brasileira, doravante denominados “invenções”;
a) Professores, pesquisadores e técnicos que tenham um vínculo permanente ou eventual com a Universidade, no
exercício de seu contrato de trabalho, sempre que sua criação ou produção tenha sido resultado de um projeto
de pesquisa ou de desenvolvimento que envolva a sua participação, ou ainda desenvolvido mediante emprego
de recursos, dados, meios, informações, laboratórios e equipamentos da Universidade;
b) alunos que realizem atividades de pesquisa ou de desenvolvimento como consequência de atividades
curriculares do ensino técnico e tecnológico, graduação ou pós-graduação na Universidade, ou que decorram de
acordos específicos e contratos de prestação de serviços do qual a Universidade seja parte;
c) demais pesquisadores, cuja situação não esteja contemplada nos itens anteriores, que realizem suas atividades de
pesquisa ou de desenvolvimento na Universidade, tais como docentes, servidores técnicos administrativos,
pesquisadores, pós doutorandos, alunos de cursos de graduação ou de pós-graduação, estagiários, professores
visitantes, pesquisadores visitantes, voluntários nos termos da legislação da Unesp, e que tiverem sido ou
forem responsáveis pela geração da criação ou da inovação;
VII - Ambientes de Inovação: espaços com a finalidade de fomentar a inovação e ao empreendedorismo, que
constituem ambientes característicos da economia baseada no conhecimento, articulam as empresas, os
diferentes níveis de governo, as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação, as Agências de Fomento ou
Organizações da Sociedade Civil.
VIII - Ecossistemas de Inovação: espaços que agregam infraestrutura e arranjos institucionais e culturais, que
atraem empreendedores e recursos financeiros, constituem lugares que potencializam o desenvolvimento da
sociedade do conhecimento e compreendem, entre outros, parques científicos e tecnológicos, cidades
inteligentes, distritos de inovação e polos tecnológicos;
X - Entidade Gestora de Ambientes de Inovação: entidade de direito público ou privado responsável pela
gestão de ambientes de inovação.
CAPÍTULO III
DOS AMBIENTES E DAS ATIVIDADES DE INOVAÇÃO
Seção I
Dos Ambientes de Inovação
Artigo 3º – Os Ambientes de Inovação da UNESP, presentes em seus câmpus, têm como finalidade ampliar a
interação com os Sistemas Nacional e Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação através da realização de
pesquisa colaborativa e multidisciplinar, com organizações públicas e privadas, voltadas ao desenvolvimento
científico e tecnológico e na promoção da inovação, tendo por objetivos:
Paragrafo único. Não havendo possibilidade fundamentada de atendimento a todos os objetivos acima
identificados, o ambiente de inovação deverá justificar a impossibilidade através de ato declarativo.
Artigo 4º - Para a interação com os Sistemas Nacional e Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação, os Ambientes de
Inovação da UNESP deverão se utilizar das seguintes medidas:
Paragrafo único. Não havendo possibilidade fundamentada de atendimento a todos os objetivos acima
identificados, o ambiente de inovação deverá justificar a impossibilidade através de ato declarativo.
I. Ecossistemas de Inovação; e
II. Mecanismos de Geração de Empreendimentos.
Parágrafo único - Incumbe aos atores integrantes desse Ecossistema engajar-se com o desenvolvimento local,
regional e nacional contribuindo para a criação de um contexto favorável à geração de novidades, melhorias e
propostas de mudança que beneficiem a sociedade.
Seção II
Dos Ecossistemas de Inovação e Mecanismos de Geração de Empreendimentos
Artigo 6º - O surgimento de inovações de forma contínua está diretamente ligado ao fomento de atitudes
empreendedoras através de mecanismos de geração de empreendimentos, em um ecossistema que seja capaz de
incentivar e integrar os Ambientes de Inovação, tais como:
I. Laboratórios Abertos;
II. Coworking;
III. Escritório de Inovação;
IV. Parques Tecnológicos;
V. Centro de Inovação Tecnológica (CIT);
VI. Incubadoras de Empresas de Base Tecnológicas;
VII. Aceleradoras;
VIII. outra forma de organização promova atitudes empreendedoras com os objetivos previstos no caput
deste artigo.
§1º - O Laboratórios Abertos são ambientes de trabalho com equipe multidisciplinar e infraestrutura para auxiliar
inventores, empreendedores, empresários e startups a desenvolverem e acelerarem tecnologias, produtos,
processos e negócios inovadores de maneira colaborativa, podendo ser constituído como laboratórios de
aceleração, maker spaces, Fab Labs entre outras modalidades existentes.
§2º - Coworking é um modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos de escritório,
reunindo pessoas que trabalham não necessariamente para a mesma empresa ou na mesma área de atuação,
podendo reunir entre os seus usuários os profissionais liberais, empreendedores e usuários independentes.
§3º - Escritório de Inovação são espaços propícios à inovação e empreendedorismo, que visam ampliar a
interação entre os professores, alunos e empresas, acolhendo projetos inovadores e estimulando oportunidades
com a pesquisa colaborativa com parceiros públicos e privados.
§4º - Parques Tecnológicos são complexos de desenvolvimento econômico e tecnológico com as seguintes
características:
I. Visam fomentar economias baseadas no conhecimento por meio da integração da pesquisa científica e
tecnológica, negócios/empresas e organizações governamentais em um local físico e de suporte às inter-
relações entre estes grupos;
III. São formalmente ligados a centros de excelência tecnológica, universidades e/ou centros de pesquisa.
§5º - Centro de Inovação Tecnológica (CIT) é o empreendimento que concentra, integra e oferece um conjunto de
mecanismos e serviços de suporte ao processo de inovação tecnológica das empresas, constituindo-se, também,
em espaço de interação empresarial-acadêmica para o desenvolvimento de setores econômicos, possuindo as
seguintes atribuições:
I. o CIT apresenta um leque de serviços compartilhados para o empreendedor a fim de qualificar, facilitar e
acelerar o desenvolvimento de negócios inovadores, capacitando pessoas para novos negócios;
II. disponibilizar espaços para empreendedores inovadores, profissionais liberais, startups e laboratórios de
PD&I por tempos limitados;
III. assessorar empreendedores para desenvolver, prototipar, produzir e comercializar seu produto, processo
ou serviço com alto valor agregado;
IV. impulsionar os ecossistemas regionais em formação ou consolidação, acelerando seu amadurecimento.
§6º - Incubadora de Empresas de Base Tecnológica é um empreendimento que, por tempo limitado, oferece
espaço físico para instalação e empreendimentos nascentes voltados ao desenvolvimento de produtos e
processos intensivos em conhecimento, disponibiliza suporte gerencial e tecnológico, assim como outros serviços
correlatos de valor agregado, com vista ao seu crescimento e consolidação.
§7º - Aceleradoras são entidades jurídicas (com ou sem fins lucrativos) dedicadas a apoiar o desenvolvimento
inicial de novos negócios inovadores (startups), por meio de um processo estruturado, com tempo determinado,
que inclui a seleção, capacitação, mentorias, oportunidades de acesso a mercados, infraestrutura e serviços de
apoio, além do aporte de capital financeiro inicial (próprio ou de sua rede de investidores), em troca de uma
possível participação societária futura nos negócios acelerados ou participação em lucros obtidos pela exploração
comercial das tecnologia desenvolvida
Seção III
Atividades de Inovação
Artigo 7º - Durante as atividades de inovação, caso seja necessária a participação de docente ou pesquisador, na
contribuição da pesquisa e sejam gerados resultados passíveis de proteção de direitos de propriedade intelectual,
a UNESP, por meio da AUIN, e a Empresa definirão em instrumento jurídico próprio as condições de titularidade e
demais direitos e obrigações relacionados à propriedade intelectual, sempre em consonânica com a legislação
Artigo 9º - As empresas já instaladas nos Ambientes de Inovação da Universidade firmarão instrumento jurídico
próprio para o estabelecimento de compromissos e condições para desenvolvimento das atividades voltadas à
inovação.
Artigo 10 - Caso a empresa possua pedido de proteção de propriedade intelectual, relacionada ao objeto da
atividade de inovação a ser desenvolvida, depositado junto aos órgãos competentes em âmbito nacional e
internacional antes de sua instalação, a UNESP não exigirá co-titularidade nos respectivos direitos, mas poderá
auferir ganhos econômicos em eventual exploração.
Seção IV
Da Gestão dos Ambientes de Inovação
Artigo 11 - A gestão dos Ambientes de Inovação poderá ser atribuída, através de instrumento jurídico adequado,
à uma Entidade Gestora de Ambientes de Inovação de direito público ou de direito privado.
Parágrafo único. O instrumento jurídico deverá regular a relação entre o Ambiente de Inovação e a Entidade
Gestora do Ambiente, devendo sua minuta ser aprovada pela Assessoria Jurídica da UNESP.
Seção V
Procedimento para a criação ou regularização dos Ambientes de Inovação
Artigo 12 – O procedimento para criação e regularização dos Ambientes de Inovação classificados como
Laboratório Aberto, Coworking e Espaço de Inovação, deverá ser iniciado nas respectivas Unidades, mediante
encaminhamento de um Projeto Mínimo (PM) formalizado pelos interessados à Congregação, para a devida
aprovação do uso do espaço físico.
§ 1º No caso do Laboratório Aberto, deve ser incluída a área de atuação e a lista de equipamentos que serão
disponibilizados para fazer o desenvolvimento das tecnologias em colaboração.
§ 2º Para esses Ambientes de Inovação, o credenciamento será apenas no âmbito da Universidade, não havendo
necessidade de credenciamento na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação,
sendo a AUIN a responsável pela condução deste processo de credenciamento.
Artigo 13 – O procedimento para criação e regularização dos Ambientes de Inovação classificados como Parque
Tecnológico, Centro de Inovação Tecnológica (CIT), Incubadora de Empresas de Base Tecnológica e Aceleradoras,
deverá ser iniciado nas respectivas Unidades, com a interveniência ou gestão, conforme o caso, prioritariamente
da FUNDUNESP, mediante encaminhamento de um Projeto Completo (PC) formalizado pelos interessados ao
órgão colegiado máximo da Unidade para a devida aprovação do uso do espaço físico.
§2º Os ambientes de inovação relacionados no caput deste artigo devem ser devidamente credenciados na
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, conforme check lists constantes nos Anexos I, II e III.
§3º A criação desses ambientes de inovação será formalizada junto à AUIN, que deverá auxiliar os interessados
prioritariamente através da FUNDUNESP como interveniente ou gestora, conforme o caso, que disponibilizará:
Seção VI
Credenciamento Interno e Externo dos Ambientes de Inovação
Artigo 14 - Após aprovação interna, os responsáveis pela criação dos Ambientes de Inovação descritos no artigo
13, deverão realizar o seu Credenciamento Externo na Secretaria de Estado, de acordo com a regulamentação do
Decreto Estadual nº 60.286, de 25 de março de 2014, conforme segue:
I. se o ambiente for classificado como sendo um Parque Tecnológico, a Unidade deverá cumprir com os
requisitos do artigo 8º do Decreto Estadual nº 60.286/14 (ANEXO I) para credenciamento definitivo deste
parque no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos – SPTEC;
II. se o ambiente for classificado como sendo uma Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, a Unidade
deverá cumprir com os requisitos do artigo 14 do Decreto Estadual nº 60.286/14 (ANEXO II) para sua
inclusão na Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica – RPITec;
III. se o ambiente for classificado como sendo um Centro de Inovação Tecnológica, a Unidade deverá cumprir
com os requisitos do artigo 21 do Decreto Estadual nº 60.286/14 (ANEXO III) para credenciamento
definitivo deste CENTRO na Rede Paulista de Centros de Inovação Tecnológica – RPCITec.
Artigo 15 - No âmbito da Reitoria, para o Credenciamento Interno o procedimento seguirá a seguinte tramitação:
Artigo 17 - Caso a ocupação do espaço público por um ambiente de inovação tenha sido alinhada por tempo
determinado com início realizado antes da Resolução UNESP nº 35/2020, após o vencimento do prazo acordado
deve ser feita a adequação às orientações contidas nesta Instrução Normativa, devendo no prazo de até 6 (seis)
meses iniciar seu processo de Credenciamento Interno.
Seção VII
Supervisão e Administração dos Ambientes de Inovação da Unesp
Artigo 18 – Conforme a Resolução UNESP nº 35/2020, a AUIN, com o apoio da FUNDUNESP, deverá supervisionar
as atividades vinculadas aos ambientes de inovação existentes nos campus, bem como definir os procedimentos,
as normas e as regras para a instalação de iniciativas inovadoras ou de empresas nos referidos ambientes em
formato de pré-incubação ou incubação.
Artigo 19 – Visando à supervisão e o acompanhamento das atividades e ações dos ambientes de inovação, o (a)
Coordenador(a) de cada ambiente deve elaborar e enviar, via formulário online constante no site da AUIN, um
relatório anual que possibilite o entendimento das ações referentes aos mecanismos de fomento à cultura
empreendedora e inovadora realizados pela iniciativa.
Artigo 20 – A administração de cada ambiente de inovação da UNESP e a Fundunesp quando atuar como gestora e
de suas respectivas estruturas voltadas para a geração de iniciativas inovadoras e empreendedoras ficará a cargo de
um responsável indicado pelo Diretor ou pelo Coordenador Executivo da Unidade na qual o ambiente está inserido,
ou quando for o caso, pelo Presidente do Grupo Administrativo do câmpus.
§1º - O responsável indicado para administração de cada ambiente de inovação da UNESP e de suas respectivas
estruturas será denominado(a) apenas para esse fim de “Coordenador de Ambiente de Inovação”, não
correspondendo ao seu exercente, remuneração, benefícios ou outros direitos trabalhistas e previdenciários
durante o mandato de seu exercício, devendo, para tanto, firmar um Termo de Trabalho Voluntário.
§2º - A Função do Coordenador do Ambiente de Inovação tem vigência de 4 (quatro) anos, podendo ser renovado
por igual período, ou substituído a qualquer tempo, por determinação do responsável que o indicou.
§3º - A gestão do ambiente de inovação poderá estabelecer uma Comissão Assessora para operacionalização das
atividades e ações a serem executadas, devendo possuir os seus membros, de alguma forma, familiaridade com
as temáticas ligadas ao empreendedorismo e/ou à inovação.
Seção VIII
Da Regulamentação Interna dos Ambientes de Inovação da Unesp
Artigo 21 – A pessoa responsável por cada ambiente deve providenciar a regulamentação da iniciativa através de
Regulamento Interno, em sua respectiva unidade, em consonância com a presente Instrução Normativa,
observando para tanto, as minutas disponibilizadas pela FUNDUNESP.
§1º - O Regulamento Interno, possibilitando o convívio, o correto uso e a preservação do bem público, deve possuir
como conteúdo mínimo os seguintes tópicos:
§2° A AUIN recomenda que seja considerado no Regulamento Interno dos Ambientes de Inovação o seguinte:
CAPÍTULO IV
AÇÕES DE ESTÍMULO AO EMPREENDEDORISMO ALIADO À INOVAÇÃO
Artigo 22 - A AUIN, deverá apoiar e difundir iniciativas para aprimorar os conhecimentos e as práticas em temas
ligados ao empreendedorismo, à inovação, à propriedade intelectual e à transferência de tecnologias, e ainda,
empenhar esforços para estimular a criação e a manutenção de ambientes de inovação de diferentes áreas como
incubadoras, laboratórios abertos, espaços de coworking, espaços de inovação entre outros, que se mantenham
conectados em rede.
Artigo 23 - A AUIN, por meio de seu departamento de empreendedorismo e com o apoio da FUNDUNESP, deverá dar o
suporte necessário de forma a incentivar a cultura de inovação e empreendedorismo na UNESP, mediante as seguintes
ações:
Artigo 24 - As empresas filhas da UNESP, startups e spin-offs, criados por pessoas que ainda estejam ou que já
tenham algum vínculo pretérito com a Universidade como discentes, docentes e/ou servidores, poderá ser apoiada pela
AUIN, através do departamento de empreendedorismo, através das seguintes formas:
I. realização de levantamentos online para divulgação de informações e novidades sobre a empresa, mediante
aprovação da mesma;
II. apoio na promoção de eventos, workshops e cursos sobre temas como empreendedorismo,
inovação e gestão de empresas;
III. convite para a participação de feiras e eventos nos quais a AUIN esteja presente ou seja apoiadora;
IV. divulgação do logotipo e das informações gerais das empresas no site da AUIN;
V. apresentação e indicação das empresas para futuros parceiros que estejam buscando negócios e
tecnologias específicos.
Artigo 25 - As empresas filhas da UNESP deverão se credenciar na home page da AUIN (www.auin.unesp.br)
sendo que, ao final do processo de credenciamento, receberão o selo “DNA Unesp”.
Artigo 27 – Os ambientes de inovação que estiverem devidamente regulamentados como incubadoras de base
tecnológica podem abrigar empresas em seu espaço, ressalvando que a seleção de tais empresas deve ocorrer
por meio de um Edital Público.
Parágrafo único. A AUIN disponibilizará uma minuta-padrão de Edital Público em sua home page .
Artigo 28 – Para a publicação do referido Edital, a incubadora de base tecnológica da UNESP deverá estar com o
projeto do ambiente de inovação devidamente aprovado junto a AUIN em conformidade com o disciplinado nesta
presente Instrução Normativa.
Parágrafo único. Caso sejam observadas impropriedades, AUIN deve solicitar a manifestação, por escrito, do(s)
envolvido(s).
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 29 – Prevalecerão, nos casos não previstos neste regulamento ou na alteração dos instrumentos jurídicos
citados como base nesta Instrução Normativa, as disposições estabelecidas nas normas nacionais e estaduais de
política de ciência, tecnologia e inovação e na Resolução UNESP nº 35/2020 e outras que venham a ser
implantadas na UNESP disciplinando essas questões.
Artigo 30 – Os casos omissos serão resolvidos, conforme o grau de competência e oportunidade, pela direção da
AUIN em consonância com a Assessoria Jurídica da Universidade.
ANEXO I
“a”, deste artigo, com área medindo no mínimo 200.000m² (duzentos mil
metros quadrados), em terreno singular ou segmentos contíguos ou
suficientemente próximos, destinado à instalação do parque tecnológico,
situado em local cujo uso, segundo a respectiva legislação municipal, seja
compatível com as finalidades do empreendimento;
b) projeto urbanístico-imobiliário básico de ocupação da área, devidamente
aprovado pelo órgão colegiado superior da gestora;
c) projeto de ciência, tecnologia e inovação do qual constem:
as áreas de atuação inicial;
2. os serviços disponíveis, como laboratórios, consultoria de pesquisadores e
projeto-piloto de pesquisa; e
3. a indicação do instrumento jurídico que garanta a integridade do parque
tecnológico;
d) estudos de viabilidade econômica, financeira e ambiental do
empreendimento, incluindo, se necessário:
1. projetos associados, plano de marketing e atração de empresas;
2. demonstração de recursos próprios ou oriundos de instituições financeiras,
de fomento e/ou de apoio às atividades empresariais;
e) instrumento jurídico que assegure a cooperação técnica entre a gestora,
centros de pesquisa, reconhecidos pela comunidade científica e por órgãos de
fomento, e instituições de ensino e pesquisa credenciadas para ministrar
cursos de pós-graduação em programas conexos às áreas de atuação do
parque tecnológico, com boa avaliação pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e instaladas no
Município ou na Região de Governo respectiva, nos termos do Decreto no
22.592, de 22 de agosto de 1984, com as alterações subsequentes;
f) legislação municipal de incentivo às entidades que venham a se instalar nos
parques tecnológicos;
ANEXO II
SEÇÃO III
Da Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica – RPITec
II – a apresentação de:
a) requerimento pela entidade gestora, contendo justificativa do pleito e
caracterização detalhada do empreendimento;
b) planejamento estratégico e operacional para sua instalação e
desenvolvimento;
c) relatório identificando o perfil das empresas incubadas, de acordo com as
vocações econômicas e produtivas e as áreas de atuação das instituições de
ciência, tecnologia e ensino na região;
ANEXO III
SEÇÃO IV
II – a apresentação de:
III – o oferecimento do espaço físico, que poderá conter infraestrutura e instalações de uso
compartilhado, como biblioteca, serviços administrativos e de escritório, salas de reunião,
auditório, utilidades, facilitando, ainda, o acesso a incubadoras, laboratórios e grupos de
pesquisas de universidades, institutos, centros de pesquisa e instituições de formação
profissional.