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A saúde mental de homens e mulheres professores: revisão integrativa da

literatura

The mental health of men and women teachers: integrative literature review

La salud mental de hombres y mujeres profesores: revisión integradora de la


literatura
DOI: 10.55905/revconv.17n.3-238

Originals received: 02/19/2024


Acceptance for publication: 03/04/2024

Vanessa Ramos Lourenço


Doutoranda em Ciências do Cuidado em Saúde
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Endereço: Niterói – Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: lalexca36@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2249-8164

Geilsa Soraia Cavalcanti Valente


Doutora em Enfermagem
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Endereço: Niterói – Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: geilsavalente@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4488-4912

Elaine Antunes Cortez


Doutora em Enfermagem
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Endereço: Niterói – Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: nanicortez@hotmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3912-9648

Yasmin Saba de Almeida


Mestra em Ciências do Cuidado em Saúde
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Endereço: Niterói – Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: yasminsabauff@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2391-7009

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Suellen Gomes Barbosa Assad
Doutora em Ciências do Cuidado em Saúde
Instituição: Centro Universitário Redentor (UniRedentor)
Endereço: Niterói – Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: suellengomesbarbosa@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4911-3837

Bruno Gomes de Oliveira


Graduado em Enfermagem
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Endereço: Niterói – Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: brunogomesoliveira@id.uff.br
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2011-3769

RESUMO
O presente estudo teve como objetivo identificar produções que contribuem para analisar se há
diferença na saúde mental de homens e mulheres professores. Foi realizada uma busca na
literatura científica em agosto de 2023, nas bases de dados Lilacs, Pubmed, Index Psicologia, e
Bdenf, por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, como também na base de dados Scopus e
SciELO. Utilizou-se os descritores teacher, women e mental health e os boelanos AND, AND
NOT, no recorte temporal de 2019 a 2023, em inglês, português e espanhol, estudos nacionais e
internacionais, textos completos, todos os tipos de pesquisa. Foram selecionadas 13 publicações
que atenderam a questão de pesquisa. 85% das publicações identificaram que existe diferença na
carga mental de homens e mulheres apontando como causa as atividades profissionais e
domésticas atribuídas a elas, sinalizando que houve agravo dessa situação durante a pandemia da
covid-19, contribuindo para o esgotamento emocional dessas mulheres. Por outro lado, 15% dos
estudos não identificaram diferenças significativas no desequilíbrio mental entre os gêneros.
Portanto, é necessário aprofundamentos sobre a discussão a respeito da sobrecarga de trabalho
feminino e o agravo na saúde mental dessas trabalhadoras da educação, considerando o recorte
de gênero.

Palavras-chave: professores, saúde mental, mulheres.

ABSTRACT
The aim of this study was to identify productions that contribute to analyzing whether there is a
difference in the mental health of male and female teachers. A search of the scientific literature
was carried out in August 2023, in the Lilacs, Pubmed, Index Psicologia, and Bdenf databases,
through the Virtual Health Library, as well as in the Scopus and SciELO databases. We used the
descriptors teacher, women and mental health and the Booleans AND, AND NOT, in the time
frame 2019 to 2023, in English, Portuguese and Spanish, national and international studies, full
texts, all types of research. Thirteen publications were selected that met the research question.
85% of the publications identified that there is a difference in the mental load of men and women,
pointing to the professional and domestic activities assigned to them as the cause, signaling that
this situation has worsened during the COVID-19 pandemic, contributing to the emotional
exhaustion of these women. On the other hand, 15% of the studies did not identify significant
differences in mental imbalance between genders. Therefore, there is a need for more in-depth

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discussion on female work overload and the impact on the mental health of these education
workers, considering the gender cut-off.

Keywords: teacher, mental health, women.

RESUMEN
El presente estudio tuvo como objetivo identificar producciones que contribuyan a analizar si
existe diferencia en la salud mental de hombres y mujeres profesores. Se realizó una búsqueda
de literatura científica en agosto de 2023, en las bases de datos Lilacs, Pubmed, Index Psicologia
y Bdenf, a través de la Biblioteca Virtual en Salud, así como en las bases de datos Scopus y
SciELO. Fueron utilizados los descriptores teacher, women y mental health y los boelanos AND,
AND NOT, en el período de 2019 a 2023, en inglés, portugués y español, estudios nacionales e
internacionales, textos completos, todo tipo de investigaciones. Se seleccionaron 13
publicaciones que respondieron a la pregunta de investigación. El 85% de las publicaciones
identificaron que existe diferencia en la carga mental de hombres y mujeres, señalando como
causa las actividades profesionales y domésticas que se les asignan, señalando que esta situación
se ha agravado durante la pandemia de COVID-19, contribuyendo al cansancio emocional de
estas mujeres. Por otro lado, el 15% de los estudios no identificaron diferencias significativas en
el desequilibrio mental entre géneros. Por lo tanto, es necesario profundizar la discusión sobre la
sobrecarga laboral femenina y el deterioro de la salud mental de estas trabajadoras de la
educación, considerando la perspectiva de género.

Palabras clave: profesores, salud mental, mujeres.

1 INTRODUÇÃO
O presente estudo foi estruturado em três partes: na primeira, faz-se um breve panorama
do feminismo como movimento de luta histórica das mulheres por igualdade de direitos sociais
e trabalhistas. Na segunda, explicita-se o percurso metodológico utilizado no processo de
levantamento e análise das produções; posteriormente enfatiza a apresentação e discussão dos
principais achados e, por fim, as considerações finais. Baseou-se na premissa da divisão sexual
do trabalho para refletir sobre a precarização das condições do trabalho feminino, a sobrecarga
de atividades e as diversas formas de desvalorização sofridas pelas mulheres na sociedade.
Essa divisão ancora-se na ideia de separação da atividade laborativa para homens e
mulheres, em relação aos atributos naturais dos sexos instituídos pelas sociedades em que vivem
(HIRATA, 2018). Apesar da participação no trabalho formal, as transformações socio-históricas,
elas ainda se encontram em situação diversa e sujeitas ao descrédito apenas por ser mulher
(ANTLOGA; MAIA; NOEMIA, 2021).

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Em sua trajetória profissional, desde a formação, a mulher docente encontra-se imersa no
imaginário social, que lhes atribui habilidades inatas para a educação das crianças, compactuando
com a divisão do trabalho por sexo. O trabalho de cuidado, dentre eles os setores da educação,
enfrenta uma expectativa social de que o trabalho profissional deve vir associado à presença de
afeto, o que ao mesmo tempo, desqualifica e invisibiliza as práticas dessas trabalhadoras
(MOLINIER, 2014).
Os baixos salários recebidos pela categoria docente no Brasil e o acúmulo de atividades,
entre elas as domésticas, que acabaram sendo historicamente atribuídas às mulheres, denunciam
as desigualdades sobre a distribuição de tarefas, sendo essa divisão social do trabalho com
princípios organizadores de separação, de que o trabalho do homem vale mais que o trabalho da
mulher (JESUS; BARBOSA, 2016).
Neste contexto, insere-se a ideia de que a profissão docente no Brasil é desvalorizada
como produto de um imaginário social, que pouco dá importância ao papel do educador para a
construção das sociedades; e ainda, naturaliza a jornada ilimitada do trabalho feminino, onde se
acumulam o trabalho produtivo ao trabalho reprodutivo, podendo contribuir para o agravo
progressivo da saúde dessas mulheres (KERGOAT, 2010).
Diante do exposto, neste estudo, o interesse recai sobre as publicações nacionais e
internacionais que investigam a saúde mental das professoras considerando o critério de gênero.

1.1 FEMINISMO COMO UMA LUTA HISTÓRICA


O movimento feminista desde o Séc. XIX destacou-se pela luta das mulheres por direitos
políticos, sociais e trabalhistas igualitários. No Brasil e no mundo, caracterizou-se como uma
oposição da mulher à dominação masculina, a luta contra a opressão do trabalho feminino, à
exploração sexual e a exclusão das mulheres aos direitos políticos. Na segunda metade do século
XX já se discutia a dupla jornada de trabalho feminino, a discriminação de trabalhadores em
função do gênero e a necessidade da igualdade de direitos trabalhistas (BARREIRA, 2003).
Ao longo da história, as mulheres em diferentes partes do mundo lutaram pelo direito à
cidadania, reconhecimento, liberdade reprodutiva, e por uma transformação das relações de
gênero. Além das lutas por valorização, as reivindicações mais recentes denunciam a condição
de opressão e outras formas de dominação que elas ainda sofrem, tanto na esfera pública quanto
na privada (ANTLOGA; MAIA; NOEMIA, 2021).

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Sendo assim, todos merecem direitos e oportunidades iguais, pois homens e mulheres são
indivíduos que não devem ser discriminados por sexo ou classe social. As mulheres vêm pagando
um alto preço através da história da humanidade, taxadas como inferiores e sendo oprimidas
durante décadas, pela dominação e exploração do trabalho feminino.
O interesse da revisão na literatura foi revelar tal lacuna no conhecimento científico e
contribuir com o desvelamento de um campo vasto que ainda necessita de aprofundamentos para
a compreensão dos impactos no campo mental das mulheres, situação evidenciada na pandemia
da covid-19, onde mulheres mães e professoras sofreram efeitos do ensino remoto, como
exaustão física e emocional (NIELS et al., 2022).
Neste sentido, a dificuldade com o acompanhamento escolar dos filhos desencadeou
sofrimento psíquico nas professoras por conta dos entraves pedagógicos dessa modalidade de
ensino emergencial (ROCHA; ROSSETTO, 2023).
Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão na literatura científica com
vistas a identificar divergências em relação a saúde mental de homens e mulheres professores.

2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura fundamentada no referencial teórico de
Whittemore e Knafl (2005), o qual se divide em cinco etapas: 1) Identificação do problema; 2)
Busca na literatura; 3) Avaliação dos achados da pesquisa; 4) Análise dos dados; 5) Apresentação
da síntese dos artigos selecionados.
A revisão sistemática do tipo Revisão Integrativa foi o método de escolha para a prática
baseada na evidência, pois combina evidências de múltiplos estudos que focalizam um problema
específico (WHITTEMORE; KNAFL, 2005). Esse tipo de revisão da literatura é compreendida
de maneira complexa, utilizando-se de métodos sistemáticos, garantindo o rigor necessário à
pesquisa científica e a validade das evidências estabelecidas (SOARES et al., 2014).
A primeira etapa foi organizada pela identificação do tema e do problema de pesquisa,
que serviram como balizadores para a escolha dos descritores e dos bancos de dados, partindo da
pergunta de pesquisa formulada com o auxílio da estratégia PICo (População = Professores;
Interesse = Impactos na Saúde Mental; Contexto = Condição de gênero). Desta forma, foi gerada
a questão de pesquisa: “Existe diferença na saúde mental de homens e mulheres que trabalham
como docentes?”.

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A segunda etapa envolveu o processo de busca de artigos indexados nas bases de dados:
Lilacs, Pubmed e Index Psicologia, Bdenf, através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS);
SciELO e Scopus. Para tal, foram utilizados os descritores teacher, women, mental health, e os
boleanos AND, AND NOT (Figura 1). A coleta de dados foi realizada em agosto de 2023.
Para pesquisa nas bases de dados foram utilizados como filtros de busca: artigos nacionais
e internacionais, em inglês, português e espanhol, estudos nacionais e internacionais, textos
completos, entre 2019 e 2023. Foram incluídas publicações que tivessem os professores de
qualquer nível de ensino como participantes e que analisassem a saúde mental a partir de uma
perspectiva de gênero. Foram excluídas as duplicatas entre bases de dados. O delineamento
metodológico não foi utilizado como critério de seleção, podendo ser incluso na revisão qualquer
tipo de publicação.
Os dados dos artigos selecionados foram extraídos por meio de um instrumento
construído pelos autores, contendo: periódico, país, ano de publicação, título, autores,
materiais/métodos, resultados, conclusões/recomendações. Os dados extraídos foram dispostos
em planilhas do programa Microsoft Excel, visando confeccionar fichas de leitura, elencar
unidades de registro e agrupá-las em diferentes categorias. Os resultados foram apresentados na
forma de quadros e por meio da escrita descritiva, destacando os aspectos relevantes. Os níveis
de evidência foram analisados conforme o Joana Briggs Institute (JBI, 2013).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No total, foram encontradas 184 publicações e após a leitura criteriosa dos títulos e
resumos 45 produções foram selecionadas para a leitura na íntegra, aplicando-se os critérios de
inclusão e exclusão dos dados e o descarte dos artigos duplicados. Nesta etapa 13 estudos
compuseram a amostra final e categorizados de forma a perceber características entre eles.
Abaixo o fluxograma baseado no modelo Prisma (PAGE et al., 2021) como processo de
busca do processo de seleção dos artigos que compuseram a amostra deste estudo.

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Figura 1 – Processo de seleção de artigos na análise.

Fonte: elaboração das autoras (2023).

Os resultados foram organizados por ano de publicação, conforme a tabela de análise e


interpretação abaixo.

Figura 2 – Artigos selecionados na análise.


Periódico/ Materiais e
Título Autores Resultados Conclusões/ Recomendações
País/ Ano Métodos
1. Revista de Educación Orrego Estudo Vulnerabilidade da As consequências da pandemia
Estudios y remota y salud Tapia, V. qualitativo, profissão diante a da covid-19 demonstram que as
Experiencias en mental docente descritivo. pandemia, dificuldades transformações da prática
Educación en tiempos de Instrumento de no equilíbrio entre vida pedagógica podem influenciar
COVID-19 coleta de dados: pessoal e profissional; na saúde mental do docente,
Chile, 2022 questionário on- sobrecarga de trabalho, sendo necessárias intervenções
line. mal-estar, sendo as de prevenção e cuidados que
mulheres, os mais considerem a vulnerabilidade
jovens e os que desse profissional visando a
trabalham em sala de proteção da sua saúde mental.
aula do ensino básico e
secundário, afetados na
sua saúde mental.

2. Estudios Promoción de la Castro Pesquisa mista, Professores e auxiliares Existe uma lacuna no
Pedagógicos salud mental en Castro, S.; de abordagem de educação apresentam conhecimento entre o estado de
una escuela Castro quantitativa e tendência à ansiedade e saúde mental e o bem-estar de
Chile, 2022 municipal Moyano, pesquisa-ação. insônia e sintomatologia professores, e outros profissionais
chilena: los L. Instrumentos de somática. da educação frente aos estudantes
hallazgos del coleta de dados: e os problemas do ambiente fora
Proyecto AME questionário e da escola gerando mal-estar
(Aprendizajes entrevista. emocional nos docentes.
Mentales
Emocionales)

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3. International Evaluation of Douelfiqa Estudo Os professores do sexo Por sofrerem mais pressões
Journal of psychosocial r, I. et al. quantitativo, masculino estão mais profissionais e
Engineering risks among estudo descritivo suscetíveis à pressão no consequentemente
Pedagogy. high school transversal. trabalho, portanto psicológicas, os professores do
teachers in Instrumento: sujeitos a mais riscos sexo masculino no Marrocos
Marrocos, 2023. Morocco questionário. psicossociais do que as desenvolvem mais síndrome de
mulheres. Vivenciando Burnout que as mulheres
estresse no trabalho. professoras impactando o seu
fazer pedagógico. Sugere-se a
melhoria das condições de
trabalho e medidas preventivas
de cuidado com a saúde mental.
4. Revista Incidencia del Garcés- Pesquisa Mulheres no início da Conclui-se que é possível que
Iberoamericana Género en el Delgado, quantitativa. carreira docente no haja diferenças entre os sexos
sobre Calidad, Estrés Laboral Y. et al. Instrumento: ensino superior, com no que se refere ao stress em
Eficacia y y Burnout del questionário. uma carga intensa de relação à sobrecarga de
Cambio en Profesorado atividades e sem cargos atividades e repercussões
Educación. Universitario gestão podem psicológicas. É necessário mais
desenvolver níveis estudos que valorizem os
Espanha, 2023. mais elevados de stress fatores geradores de estresse
que os homens institucional e a criação de
docentes. estratégias de intervenção
visando o bem-estar desse
profissional.
5. International Social Medeiros, Estudo A condição de gênero As diferenças na saúde mental dos
Journal of vulnerability of A. M. et transversal. feminino agravou a taxa docentes por gênero devem ser
Environmental Brazilian al. Instrumento: de absenteísmo por consideradas incluindo-se o
Research and metropolitan questionário. motivo de saúde em trabalho dentro e fora da escola,
Public Health. schools and relação aos homens, como as tarefas domésticas.
teachers’ como também maior É necessária a valorização desses
Brasil, 2023 absence from chance de sofrer profissionais e melhorias nas
work due to impactos psicológicos. condições de trabalho.
vocal and
psychological
symptoms: a
multilevel
analysis

6. International Teachers during Levante, Estudo Professoras apresentam O estudo revela que as mulheres
Journal of the COVID-19 A. et al. transversal. mais sintomas são mais vulneráveis ao estresse
Environmental era: the Instrumento: relacionados ao estresse, do que os homens dentro do
Research and mediation role questionário. depressão e ansiedade do contexto escolar.
Public Health. played by que os professores. Sugere-se a criação de programas
mentalizing de intervenção para minimizar a
Itália, 2023 ability on the realidade de trabalho e minimizar
relationship o estresse.
between
depressive
symptoms,
anxious trait,
and job burnout
7. Journal of Burnout level in Khajehnas Estudo Professores mulheres Ser mulher influencia na maior
Education and Iranian teachers iri, F. et al. transversal. apresentam mais incidência nível de burnout. É
Health and its related Instrumento: indicadores de burnout necessário promover a saúde física
Promotion. factors: a health questionário. que os homens, associado e mental desses profissionais para
ao acúmulo de tarefas o sucesso aprendizado dos alunos.

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Irã, 2022 promotion domésticas e de cuidado
approach com a família.
Entretanto, o número de
filhos e o nível de renda
podem agravar o nível de
burnout em homens
professores.
8. International Health and work Boström, Estudo As professoras Mulheres faltam mais ao trabalho
Journal of environment M. et al. transversal apresentaram mais níveis que os homens por conta do
Environmental among female randomizado. de estresse e exaustão do ambiente de trabalho,
Research and and male Instrumentos: que os homens.E ainda, necessitando de uma reformulação
Public Health. Swedish questionários. mais carga de trabalho e dos países tradicionais de gênero,
elementary exigência emocional que visando que um equilíbrio entre
Suíça, 2020 school teachers eles. vida profissional e pessoal e
– a cross- consequentemente a qualidade da
sectional study saúde mental.
9. European Mental health Palma- Pesquisa Alta de problemas de A carga de trabalho
Journal of of teachers Vasquez, empírica, saúde mental em evidenciada pelo teletrabalho,
Investigation who have C.; quantitativa. professores que foram aponta para o aumento de casos
in Health, teleworked due Carrasco, Instrumento: forçados ao de perturbações psicológicas
Psychology to COVID-19 D.; questionário. teletrabalho no Chile em professores do Chile.
and Education. Hernando devido à pandemia A diminuição da jornada de
- covid-19. trabalho desses professores
Chile, 2021 Rodrigue Identificou-se também, poderia beneficiar sua saúde
z, J. C. que há desigualdade na mental, especialmente,
saúde-mental dos melhoria das condições de
docentes homens e trabalho.
mulheres, por conta das
atividades domésticas e
profissionais.

10. Frontiers in Prevalence and Alhazmi, Estudo transversal As professoras Deve-se ampliar o estudo sobre
Public Health. factors of R. A. et online. apresentaram grau os efeitos do isolamento social
anxiety during al. Instrumento: maior de ansiedade que no campo mental das
Arabia the questionário. os homens durante o professoras com vistas a
Saudita, 2022. coronavirus- isolamento social. prevenção do adoecimento.
2019 pandemic
among
teachers in
Saudi Arabia
11. Early Silent Rodrigue Estudo O fenômeno da covid- Durante e depois da pandemia
Childhood expectations: z, V. et al. qualitativo. 19 agravou os abalos à da covid-19, professoras foram
Research an exploration Instrumento: saúde mental das expostas aos riscos em sua
Quarterly of women pre- entrevista. professoras. saúde mental, por conta da
Kindergarten carga emocional envolvida na
Estados teachers’ prática docente.
Unidos da mental health Políticas públicas e programas
América, 2022 and wellness de desenvolvimento de carreira
during Covid- podem auxiliar no
19 and beyond reestabelecimento do bem-estar
dessas profissionais.
12. Global Teacher stress, Santamar Pesquisa As professoras A necessidade à atenção à
Mental Health. anxiety and ía, M. D. quantitativa. apresentam mais saúde mental das professoras,
depression at et al. Instrumento: episódios de estresse e principalmente das têm filhos.
Inglaterra, the beginning questionário. ansiedade do que os
2021 of the homens, onde as que

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academic year têm filhos são mais
during the expostas a sintomas de
COVID-19 depressão do que as que
pandemic não têm.

13. Well-Being Flores, J. Pesquisa As professoras Estratégias socioemocionais,


International and mental et al. quantitativa. apresentam mais níveis mais elevados de
Journal of health in Instrumento: depressão, ansiedade e espiritualidade, podem levar a
Environmental teachers: the escala. estresse, que os satisfação com a vida.
Research and life impact of homens, porém níveis
Public Health COVID-19 maiores de satisfação
com a vida.
Suíça, 2022
Fonte: Autoria própria.

Por se tratar de um tema ainda pouco explorado dentre os estudos encontrados todos
foram pesquisas empíricas, ou seja, aquelas onde a coleta de dados se dá na forma direta por
meio de questionário, entrevista ou instrumento avaliativo de uma dada variante de investigação
com pessoas que vivenciaram ou conhecem o tema (GIL, 2010).
Os achados localizaram-se na América do Sul (31%), Europa (31%), África (23%) e
América do Norte (15%). Dos resultados 85% sugerem maior prevalência de problemas de saúde
mental em professoras, enquanto 15% não encontraram diferenças entre os sexos. Nota-se que
as mulheres tem mais dificuldades no equilíbrio entre vida pessoal e profissional principalmente
por conta do trabalho doméstico e dos cuidados com os filhos, o que agravou-se na situação de
isolamento social. Homens e mulheres professores estão sofrendo com níveis de burnout por
conta das condições precárias de trabalho, entretanto as mulheres apresentam maiores níveis de
sintomas psicopatológicos por conta das responsabilidades domésticas e profissionais. As
professoras enfrentam longas jornadas de trabalho que pode levar a mais sintomas de ansiedade,
stress, esgotamento emocional do que os homens frente os desafios e as exigências em busca do
reconhecimento profissional.
Após a observação dos estudos evidenciados foram criadas duas categorias de análise,
conforme a seguir:

3.1 TRABALHO FEMININO E SOFRIMENTO PSÍQUICO: FATORES QUE INFLUENCIAM


NA SAÚDE MENTAL E NA SUBJETIVIDADE DAS PROFESSORAS
No conjunto das publicações nacionais e internacionais (Figura 2), observou-se que os
estudos citaram as diferenças entre a saúde mental das mulheres e homens professores
considerando a divisão sexual do trabalho, e os desafios que essas profissionais enfrentam para

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equilibrar as tarefas profissionais e domésticas. Pesquisas na América do Sul, África e América
do Norte evidenciaram o aumento da carga de tarefas femininas com a pandemia da covid-19,
apontando para casos de sofrimento psíquico em decorrência do ensino remoto e os cuidados
com a família, extensas horas laborativas e, ainda, as tarefas do lar. Orrego Tapia (2022)
evidenciou que as mulheres professoras foi o grupo mais vulnerável a problemas de saúde mental
durante a pandemia, junto aos jovens, profissionais de saúde e outros grupos minoritários.
Segundo Palma-Vasquez, Carrasco e Hernando-Rodriguez (2021) a saúde mental da
professora chilena é, possivelmente, mais influenciada pela dupla jornada de trabalho que inclui
também as tarefas domésticas e as condições de trabalho docente, como foi evidenciado no
estudo. Portanto, o estudo sugere maior prevalência de problemas de saúde mental feminina,
durante o lockdown. Esses achados corroboram com a ideia de que a imposição do ensino remoto
gerou impactos na saúde mental dos professores, considerando a extensa jornada e os desafios
para alcançar os objetivos pedagógicos. Esse movimento pode levar a elevados níveis de estresse
e ansiedade entre esses profissionais, sendo as professoras mais vulneráveis a esses sintomas
(ALHAZMI et al., 2022).
O fenômeno da covid-19 desvelou o papel social da mulher como responsável pela
educação das crianças no ensino remoto, o que impactou negativamente sua prática profissional
somando-se às transformações na sua vida pessoal (RODRIGUEZ et al., 2022). Visando
compreender a esfera mental dessas professoras, estudos futuros devem considerar o contexto de
gênero e como elas foram influenciadas pelas transformações provocadas pela pandemia. É
urgente uma reflexão ampla da condição mental das mulheres professoras durante o fenômeno
do lockdown com vistas à construção de estratégias de promoção da sua saúde mental, pois
conforme os achados, as diferenças entre os grupos de mulheres e homens professores
deflagraram que as mulheres apresentam mais abalos psicológicos e emocionais, com níveis mais
altos de depressão (SOUZA E SILVA et al., 2022; FLORES et al., 2022).
Diante do exposto, impactos na rotina na pandemia da covid-19 evidenciam o agravo da
condição psicológica dessas mulheres em suas vivências no mundo do trabalho e apresenta a
urgência de estudos sobre o sofrimento psíquico da trabalhadora docente sob a perspectiva de
gênero, tão desacreditadas ao longo da história (MOLINIER, 2014).
Para a Psicodinâmica do Trabalho o ato do trabalho é a ação de trabalhar, é o
envolvimento do corpo e da mente do sujeito, da criação, do intelecto e afetos para responder a

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uma realidade que demanda algo específico do sujeito. Porém, no cotidiano acontecem
imprevistos e situações que não foram prescritas e que o trabalhador não sabe lidar (DEJOURS,
2018). Diante dos resultados observados nas publicações selecionadas, as demandas do ensino
remoto instituído pelo isolamento social configuram-se como imprevistos cotidianos vivenciados
pelos docentes com problemas de origens diversas e consequências para a sua saúde, à medida
que estes se viram frente a incerteza para alcançar os objetivos pedagógicos planejados, a ameaça
do desemprego e a precariedade das condições de trabalho (ALHAZMI et al., 2022).
Neste sentido, achados sugerem que por estar mais exposta aos fatores estressores frente
às atividades docentes e as exigências emocionais, as professoras estão mais expostas às
repercussões no seu campo mental somando-se a sobrecarga de atividades profissionais e
domésticas, conforme apontam Medeiros et al. (2023) e Boström et al. (2020). Nestes estudos as
professoras relataram maior carga de atividades, ritmo de trabalho acelerado e exigências
emocionais que os homens, como também menos poder de decisão na organização do trabalho,
sendo elas responsáveis pelas tarefas dentro de casa.
Khajehnasiri et al. (2022) afirma que as professoras iranianas relataram pior recuperação
do trabalho após alguns dias de folga do que seus colegas do sexo masculino, o que pode estar
relacionado ao conflito observado entre vida profissional e pessoal e horas extras de trabalho. Os
resultados corroboram com a ideia da falta de equilíbrio entre a vida profissional e a situação de
exaustão física e mental. Segundo os autores as professoras são mais expostas a múltiplas tarefas
de trabalho o que desencadeia estresse e sobrecarga.
Portanto, a divisão sexual do trabalho é um fenômeno histórico, antes, durante e pós-
pandemia, pois se metamorfoseia de acordo com a sociedade da qual faz parte. Na sociedade
capitalista por exemplo, a dominação se insere no trabalho doméstico que permanece
predominantemente sob a responsabilidade das mulheres, estejam elas inseridas no espaço
produtivo ou não, o que, em grande medida, intensifica sua precarização devido a vulnerabilidade
dessas trabalhadoras (ANTLOGA; MAIA; NOEMIA, 2021).
As produções analisadas desenharam um panorama dos principais aspectos que
influenciam na saúde mental dos professores e impactos na sua subjetividade em ambos os
gêneros, todavia, chamam atenção para os desafios do equilíbrio entre a vida profissional e
pessoal das mulheres, identificando como causas: a sobrecarga de tarefas, as condições de

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trabalho feminino, diferenças na posição da carreira, as diferenças socioculturais na distribuição
de papéis, e a dominação da força de trabalho dessas mulheres.
O Sofrimento psíquico e os desafios identificados nas pesquisas evidenciam que
considerando o trabalho e a vida pessoal das professoras, é possível traçar reflexões onde pode-
se inferir que o trabalho também é sexuado e, assim, o sofrimento e o prazer são igualmente
marcados por essa condição constituídos por relações hierárquicas entre os grupos sociais, já que
os trabalhos realizados pelas mulheres como trabalhos reprodutivos, doméstico, do cuidado, são
desvalorizados e invisibilizados (MOLINIER, 2014).
Os resultados sugerem que horas de trabalho, desigualdades sociais e situações
estressoras são determinantes importantes para o campo mental das professoras, o que pode afetar
mais a sua saúde em comparação aos homens.

3.2 UMA LACUNA NO CONHECIMENTO: DIFERENÇAS ENTRE A SAÚDE MENTAL E


O BEM-ESTAR DE PROFESSORES HOMENS E MULHERES
Por outro lado, estudos de Castro Castro e Castro Moyano (2022) e Douelfiqar et al.
(2023) não identificaram diferenças no estado de saúde mental entre homens e mulheres
professores. Um estudo no Marrocos (DOUELFIQAR et al., 2023) sugere que os homens
professores sofrem mais exigências profissionais e correm mais riscos de desenvolver a síndrome
de Burnout, corroborando com os achados de Castro Castro e Castro Moyano (2022) no sentido
em que apontam para uma lacuna na compreensão da relação entre a saúde mental e bem-estar
afirmando que não há diferenças significativas no estado mental considerando a condição de
gênero.
Esses estudos divergem das ideias de Molinier (2013) que afirma ser as mulheres mais
afetadas por transtornos mentais que os homens desde a infância e adolescência. Segundo a
autora, a entrada da mulher no mundo do trabalho formal não diminuiu suas atividades, ao
contrário colocou-se como uma nova jornada, somando-se às atividades domésticas, e por isso,
ainda hoje há pouco espaço para o estudo, para a pesquisa e para o investimento no
aperfeiçoamento do trabalho feminino. Pelas múltiplas responsabilidades ou baixo poder
aquisitivo, muitas mulheres fazem escolhas que acabam por influenciar a vida profissional, como
o uso do tempo fora do trabalho formal para cuidar da casa e da família, ao invés de estudar e

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aperfeiçoar-se profissionalmente, o que faz toda a diferença para a progressão da carreira. Assim,
elas seriam mais expostas aos riscos de repercussões psicológicas e emocionais.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão na literatura realizada nesse estudo forneceu, de acordo com os dados
apresentados, evidências de que o aumento das tarefas femininas influencia na saúde mental
dessas mulheres, sendo a relação da condição de gênero e equilíbrio psíquico dessas
trabalhadoras relevante e ainda pouco estudada na literatura nacional e internacional
contemporânea. Porém, alguns achados não encontraram diferenças significativas na saúde
mental de homens e mulheres professores, desconsiderando que as mulheres são mais
sobrecarregadas por conta das tarefas de casa e profissionais.
Identificou-se que o advento da pandemia e do isolamento social agravaram essa situação,
onde as professoras viram-se com mais atividades de cuidado e desafios do ensino remoto,
situação que influenciou negativamente o seu campo mental. Conclui-se que o aumento das
responsabilidades nesse período afetou a saúde mental e impactou a subjetividade das
trabalhadoras, ficando evidente o desequilíbrio entre vida pessoal e a atuação na docência. Os
estudos sugerem a urgência da valorização do trabalho feminino docente destacando-se a
necessidade de políticas públicas e ações de promoção da saúde mental.

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