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CBC)

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MATURIDADE CRISTA
CM3 j

M i c a »
Comentário: Raimundo de Oliveira
ÍN D IC E LiÇâo 1
A Existência de Deus
Liçoes Lição 2
do 4* Trimestre 5fo de De"s
de 1967 A Natureza Essencial de Deus
Lição 4
A Eternidade de Deus
Lição 5
A Onisciência de Deus
Lição 6
A Onipotência de Deus
Lição 7
A Onipresença de Deus
Lição 8
A Veracidade e a Fidelidade de Deu9
Lição 9
O Conselho de Deus
Lição 10
A Bondade de Deus
Lição 11
A Santidade de Deus
Lição 12
As Obras de Deus
Lição 13
A Trindade de Deus

lições Bíblicas - para Jovens e Adultos. Editada pela Casa Publicadora das As­
sembléias de Deus, Estrada Vicente de Carvalho 1083 (CEP 21210) - Caixa Postal 331
(CEP 20001), Rio de Janeiro, RJ. Telefones: (021) 391-4336 e 391-4535. Departamento
Com«cial (021) 391-1910. Filiais: Niterói, RJ - Rua Saldanha Marinho, 94 Tel.: (021)
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trw í ^ re?ií*en*'e Conselho Administrativo: Isaac Martins Rodrigues; Dire­
is- ^rmo: Horácio da Silva Júnior; Diretor de Publicações: Nemuel Kess-
Diretom rv,m minJ8t*ativo: Eude Martins da Silva; Diretor de Produção: Ruy Bergsten;
mundo F nr* ■ ^,n*eta Vieira; Chefe da Divisão de Educação Cristã: Rai­
mundo F. de Oliveira; Coordenadora da DEC: Albertina L. Malafaia.
A GLÓRIA DE DEUS
E A VAIDADE DOS ÍDOLOS
Salmo 115

ão a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome da glória, por

N amor da tua benignidade e da tua verdade. Porque dirão as na­


ções: Onde está o seu Deus? Mas o nosso Deus está nos céus;
faz tudo o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra
das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não
vêem; Têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram;
Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som al­
gum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fa ­
zem, e todos os que neles confiam. Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu
auxílio e seu escudo. Casa de Arão, confia no Senhor; ele é seu auxílio!e
seu escudo. Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é seu
auxílio e seu escudo. O Senhor, que se lembrou de nós, abençoará;
abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão. Abençoará os
que temem ao Senhor, tanto pequenos com o grandes. O Senhor vos
aumentará cada vez mais, a vós e a vossos filhos. Sede benditos do Se­
nhor, que fez os céus e a terra. Os céus são os céus do Senhor, mas a
terra deu-a ele aos filhos dos homens. Os mortos não louvam ao Se­
nhor, nem os que descem ao silêncio; Mas nós bendiremos ao Senhor,
desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor.
rante este últim o trimestre de 1987. Subordinados a esta gran­
de divisão da teologia sistem ática, estudaremos os seguintes
assuntos:
• A existência de Deus
• A revelação de Deus
• A natureza essencial de Deus
• A eternidade de Deus
• A onisciência de Deus
• A onipotência de Deus
• A onipresença de D eus
• A veracidade e a fidelidade de Deus
• O conselho de Deus
• A bon dade de Deus
• A santidade de Deus
• As obras de Deus, e
• A T rindade de Deus.
A existência de Deus é um a prem issa fundam ental das Es­
crituras. N ão obstante tratar essencialm ente sobre Deus e o
Seu relacionam ento com o hom em , a Bíblia, contudo, não as­
sume com o objetivo exclusivo, provar a existência de Deus, fato
pacífico ao longo de toda a narrativa bíblica.
A B íblia não se propõe a dissecar o Ser de Deus, mas a apre-
sentá-Lo ao nível da com preensão do hom em . Evidentem ente
Deus com o um Ser eterno, onisciente, onipresente, onipotente e
santo, não pode ser aquilatado em sua plenitude pelo hom em
cuja capacidade é extrem am ente lim itada. Se a Bíblia diz que
os céus, nem o céu dos céus pode conter a Deus (1 Rs 8.27),
com o o hom em poderá com preen dê-L o? C om ece onde com eçar
a nossa tentativa de dissecar a Deus, haverem os de nos deparar
sem pre com a sublim e declaração de Jesus à mulher sam arita-
na: “ Deus é E sp írito...” . (Jo 4.24). N ão obstante isto, Deus se
revela. Deus se dá a conhecer ao Seu povo.
“ C onheçam os, e prossigam os em conhecer ao Senhor; com o
a alva será a sua saída; e ele a nós virá com o a chuva, com o a
chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
^ IM P O R T A N T E :

O prefixo Q E Z 3 seguido de números a partir de 1,


encontrado dentro desta revista, designa inserções ofere­
cidas como subsídios ao professor no Suplemento do
Professor.
Ele será de interesse e uso exclusivos do professor, no
momento de lidar com a revista do aluno e o programa
que lhe são oferecidos no Suplemento do Professor, j
v ____________________ __ ___________________ /

r
COMENTADOR

RAIMUNDO F. DE OLIVEIRA, pastor, escritor,


conferencista e chefe da Divisão de Educação
Cristã.
2
^ L iç ã o 1 4 d e o u tu b ro d e 1 9 8 7 ^

A EXISTÊNCIA DE DEUS
TEXTO ÁUREO
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessária que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que égalardoa-
dor dos que o buscam” (Hb 11.6).

VERDADE PRÁTICA
De tão real que é a existência de Deus, só o tolo, na sua cegueira
espiritual, é capaz de negá-la.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 14 Quinta - Ne 9.5,6; Is 57.15


Terça - Dt 33.26,27 Sexta - Sl 90.1,2; 93.1,2
Quarta - Is 40.21-26 Sábado - Sl 103.19-22
v _______________________________________________________— m
TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Salmo 8
Sl 8.1 — 0 SENHOR, Senhor nosso, quão 5 — Contudo, pouco menor o fizeste do
admirável é o teu nome em toda a terra, pois que os anjos, e de glória e de honra o coroas-
puseste a tua glória sobre os céus! te.
2 — Da boca das crianças e dos que ma- 6 — Fazes com que ele tenha domínio
mam tu suscitaste força, por causa dos teus sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste
adversários, para fazeres calar o inimigo e debaixo de seus pés:
vingativo. 7 — Todas as ovelhas e bois, assim como
3 — Quando vejo os teus céus, obra dos os animais do campo.
teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; 8 — As aves dos céus, e os peixes do mar,
4 — Que é o homem mortal para que te e tudo o que passa pelas veredas dos mares,
lembres dele? e o filho do homem, para que o 9 — 0 Senhor, Senhor nosso, quão admi-
visites? rável é o teu nome sobre toda a terra!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO se convenc'onou chamar "D eus". Deus existe


como um Ser pessoal, inteligente, — este é o
A crença na existência de Deus é parte da insofismável testemunho das Escrituras,
substância da fé cristã. Deste modo, só tem O texto bíblico básico desta lição (Salmo
sentido falarmos da existência de Deus, se 8) atribui honra ao admirável nome de Deus.
cremos, realmente, que Ele existe. A Bíblia decorrente das obras de suas mãos. e de fazer
não supõe apenas a existência duma idéia que do homem co-regente da Criação.
3
I. FORMAS DE NEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE falsa teoria. O erro filosófico e religioso do
DEUS panteísmo é confundir o Criador com a Cria­
0 estudo comparativo das religiões é de­ ção.
cisivo em afirm ar que a crença na existência
de Deus ê de natureza praticamente univer­ II. PROVAS BÍBLICAS DA EXISTÊNCIA DE
sal. Apesar disto, são muitas as pessoas que DEUS
estão prontas a negar a existência do Criador. Ao abrirm os a Bíblia, já na sua prim eira
Para fazê-lo, usam os seguintes argumentos:
página, encontramos a inequívoca declaração:
1. O ateísmo. Entre aqueles que negam a
"N o princípio... Deus” (Gn 1.1).
existência de Deus, estão os ateus, dos quais
Não obstante a Bíblia te r a existência de
destacam-se duas classes: a do ateu prático e
Deus como um fato pleno, independentem en­
do ateu teórico. Os prim eiros são sensivel­
te da fé, não se propõe a demonstrá-la por
mente gente sem Deus, que na vida prática
meio de argumentos humanamente lógicos.
não reconhecem a Deus, e que vivem como se
Na verdade a Bíblia não é nenhum diário de
Deus de fato não existisse: "...todas as suas
Deus, reunindo assim todas as indagações da
cogitações são: Não há Deus” (SI 10.4). Os
mente humana pertinentes a Ele. Há nela,
outros são geralmente uma classe mais in te ­
sim, o suficiente para alim ento da mente do
lectual, e baseiam sua negação da existência
crente.
de Deus no desenvolvimento de um raciocínio
meramente humano. Tratam de provar por 1. A fragilidade dos argumentos humanos.
meios que eles consideram argumentos ra­ A pessoa que, para provar a existência de
zoáveis e conclusivos que não há Deus. Deus, vai além do que a Bíblia diz e do que a
Çs p - 1 Criação testifica (SI 19.1-6), pode levar o in ­
q uiridor a resultados inúteis ou desnecessá­
2. O agnosticismo. 0 term o "agnosticis- rios. Inúteis, se o investigador não crer que
m o" vem do grego "não saber". Deste modo Deus é galardoador dos que 0 buscam (Hb
o agnóstico cré que nem a Criação e nem os 11.6). Desnecessários, porque tenta forçar
alegados fatos quanto à existência de Deus uma pessoa que não dem onstra fé, a crer em
podem fazê-Lo conhecido realmente. O ag­ Deus apenas por meio de argum entos lógicos.
nóstico alega crer unicamente no que vê. Es­ Ora, esse tip o de fé é apenas de conveniência,
tes jamais alcançarão a bem-aventurança dita e não honra a Deus, uma vez que não vem por
por Jesus: "Bem-aventurados os que não v i­
Ele. É fé humana que não alcança a revelação
ram e creram" (Jo 20.29).
divina.
3. O deísmo. 0 deísmo chega a a d m itir
que Deus existe, contudo rejeita por com pleto 2. Fé na revelação das Escrituras. O cris­
a possibilidade de Sua revelação à hum anida­ tão aceita como verdadeiro o testem unho das
de. Para o deísmo, Deus não possui atributos Escrituras quanto à existência de Deus. Isto
morais nem intelectuais, sendo até duvidoso nada tem a ver com um tip o de fé cega, pelo
que Ele tenha tido qualquer participação na contrário, é fé substanciada pelas Escrituras
criação do Universo, Noutras palavras, deís­ Sagradas, a Palavra viva do Deus eterno.
mo é a religião natural baseada no raciocínio E a Bíblia, e não outro livro qualquer, que
puramente humano. revela Deus como o Criador de todas as coi­
4 .0 materialismo. 0 m aterialismo declarasas (Gn 1.1), o Sustentador de todas as coi­
que a única realidade é a matéria. Portanto,
sas (M t 6.26; Lc 12.24; Hb 1.3), e como o Di­
como Deus não se identifica com a matéria, o rigente dos destinos de indivíduos e nações
materialismo descarta a existência de Deus.
(SI 22.28). As Escrituras afirm am ainda que
5. O panteísmo. O panteísmo ensina que Deus faz todas as coisas segundo o conselho
no Universo, Deus é tudo e tudo é Deus. Deus
da Sua vontade (Ef 1.11), m ostrando assim a
n J w Sn parte d° Jniverso criado, Ele seria o realização gradual de Seu grande e eterno
proprio Universo. O hinduísmo é adepto desta
propósito de redenção.
0 incrédulo não possui o verdadeiro co­ im ortal e da ressurreição (Fp 3.21); Juiz dos
nhecim ento de Deus, pois ignora a Sua pala­ vivos e dos mortos (2 Tm 4.1).
vra. Sobre os tais, escreveu o apóstolo Paulo: Resumindo: Cristo foi em carne tudo
“ Onde está o sábio? Onde está o escriba? aquilo que a Deus aprouve revelar a Si mes­
Onde está o in q u irid o r deste século? Porven­ mo ao homem, sendo isto a maior prova, não
tura não tornou Oeus louca a sabedoria deste só da Sua eterna existência, mas também de
mundo? Visto como na sabedoria de Deus o Seu inaudito amor para com a raça humana.
mundo não conheceu a Deus pela sua sabedo­
ria, aprouve a Deus salvar os crentes pela lou­ IV. O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO SANTO NO
cura da pregação" (1 Co 1.20,21).________ CRENTE
(S P _2 — )

III. OEUS ESTAVA EM CRISTO Para o crente é d ifícil entender como tão
facilmente certas pessoas negam a existência
Pela declaração do apóstolo Paulo de que de Deus. Professores abalizados, cientistas,
"Deus estava em C risto” (2 Co 5.19), deve­ filósofos, pensadores, e até certos teólogos,
mos com preender que a Pessoa de Cristo se refutam com veemência a idéia da existência
constitui na m aior expressão da existência de de um Deus pessoa, real e eterno. Essas pes­
Deus; a m aior revelação que Deus poderia dar soas têm fechado os olhos para as abundan­
de Si mesmo ao homem. Na verdade, Cristo, o tes evidências da existência de Deus, contidas
resplendor da glória de Deus, "e a expressa no livro da Sua lei — a Bíblia, e no Seu livro
imagem da sua pessoa, e sustentando todas da natureza. Aceitam a mentira em detrim en­
as coisas pela palavra do seu poder, havendo to da verdade. Neles se cumprem as palavras
feito por si mesmo a purificação dos nossos de Romanos 1.22,28; 1 Timóteo 4.1 e 2 Tes-
pecados, assentou-se à destra da majestade salonicenses 2.10-12.
nas a lturas" (Hb 1.3). 1. O testemunho do Espírito é fiel. Paulo
escreve dizendo: "As coisas que o olho não
1. Cristo, a expressão humana de Deus. Já viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
dissemos que a m aior revelação que Deus coração do homem, são as que Deus preparou
oferece de si mesmo ao homem, é m ediante a para os que o amam. Mas Deus no-las revelou
Pessoa de Jesus Cristo. É evidente, porém, pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra
que Deus se tem dado a conhecer doutras todas as coisas, ainda as profundezas de
maneiras. Em diferentes pontos do Novo Tes­ Deus. Porque, qual dos homens sabe as coi­
tam ento, principalm ente no Evangelho de sas do homem, senão o espírito do homem,
João, Jesus se declara igual ao Pai quanto à que nele está? assim também ninguém sabe
Sua essência, natureza e eternidade. Mateus as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus’’
1.23 identifica Jesus Cristo [o Emanuel] (1 Co 2.9-11).
como Deus entre os homens. Já dissemos que não se pode provar a
Quando João diz: "N o princípio era o Ver­ existência de Deus por meios naturais, assim
bo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era como se prova a exatidão de um teorema ma­
Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre temático, ou uma realidade química, cujos re­
nós..." (Jo 1.1,14), ele está afirm ando que sultados serão sempre os mesmos. Por exem­
Deus foi literalm ente encarnado em Jesus plo, em geometria descobrimos que a soma
Cristo. de três ângulos de um triângulo é sempre 180
2. A. Bíblia identifica Cristo como Deus. graus. Em química a combinação de sódio e
Em diferentes ocasiões a Bíblia identifica cloro, resulta em cloreto de sódio (sal co­
Cristo como Deus (Hb 1.8); Filho de Deus m um ). Essas conclusões são fatos, e não me­
(M t 16 16.17): o Prim eiro e o Ultim o - o ras especulações. Ontem, hoje e sempre terão
Alfa e o Ômega (Is 41.4; Ap 1.8); o Santo (At o mesmo resultado.
3.14: Os 11.9): Senhor (At 9.17); Perdoador Agora, quanto à realidade de Deus, só po­
de pecados (M c 2.5,10,11); Doador da vida demos nos apropriar pela fé, procurando-0
5
pelos rastros que Ele mesmo deixou em nos­ co-regente das coisas criadas que povoam os
sas almas. Para nos co nd uzira toda a verdade céus, a terra e os mares (vv. 3-9).
temos o auxílio do Espírito Santo que em nós ( s P - 3 - S)
habita.
Não há dúvida: Deus existe. Deus é real.
2. O testemunho do Espírito é confiável.
Este é o testem unho m ultissecular do Espírito
“ 0 mesmo Espírito testifica com o nosso Santo que habita no coração do crente.
espírito que somos filh o s de Deus” (Rm
8.16).
Jesus fala do Espírito Santo como o QUESTIONÁRIO
"E spírito da verdade" (Jo 16.13). Isto basta! 1. 0 que afirm a o estudo com parativo das re­
Aqui tem os a declaração de que o testem unho ligiões quanto à crença na existência de
do Espírito Santo é verdadeiro e confiável. Deus?
Ora, se Deus não fosse uma pessoa real, 2. Segundo a lição, há duas classes de ateus.
como iria o Espírito levar-nos a crer que so­ Descreva-os.
mos filh o s do abstrato ou do inexistente? 3. Defina o que é Panteísmo.
Deus é invisível mas não irreal. Deus é Espíri­ 4. A que conclusão se chega com a declaração
to mas não inexistente. 0 crente não 0 vê, de Gn 1.1?
mas pode senti-Lo. 5. É legítim a a fé obtida por meio de argu­
Através (de Davi, o doce salm ista de Israel mentos engenhosos e lógicos, sem a in te r­
(SI 8 ), o Espírito Santo canta a adm ira bilida - ferência divina na mente e coração hum a­
de do nome de Deus sobre toda a terra, e da nos? Explique a sua opção.
Sua glória m anifesta na vastidão dos céus 6. A que fonte recorre o crente para alim entar
( v . l) . Revela o Todo-poderoso usando in s tru ­ a sua fé e convicção de Deus?
m entos hum anam ente fracos para c o n fu n d ir 7. Mencione a ref. bíblica que diz: "...o reino
e d e s tru ir os Seus inim igo s (v .2); enquanto é do Senhor, e Ele domina entre as na­
faz do homem , obra prim a de Suas mãos, Seu ções."
| / Lição 2 11 de outu b ro de 1987

A REVELAÇÃO DE DEUS
TEXTÜ ÁUREO
"Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a
carne, e ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a
carne, contudo agora já o não conhecemos deste modo" (2 Co 5.16).

VERDADE PRÁTICA
As Escrituras enfatizam o ensino de que Deus se tem revelado por
meios conhecidos daqueles que 0 amam.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 29.29; l Co 2.9,10 Quinta - Rm 8.18,19
Terça - Mt 11.25-27 Sexta - Rm 16.25-27
Quarta - Gl 1.11.12 Sábado - Lc 24.25-35

TEXTO BÍBLICO BASICO


Rm 1.18-28
Rm 1.18 — Porque do céu se manifesta a 24 — Pelo que também Deus os entregou
ira de Deus sobre toda a impiedade e injusti­ às concupiscências de seus corações, à
ça dos homens, que detêm a verdade em in­ imundícia, para desonrarem seus corpos en­
justiça. tre si;
19 — Porquanto o que de Deus se pode 25 — Pois mudaram a verdade de Deus
conhecer neles se manifesta, porque Deus lho em mentira, e honraram e serviram mais a
manifestou. criatura do que o Criador, que é bendito eter­
20 — Porque as suas coisas invisíveis, namente. Amém.
desde a criação do mundo, tanto o seu eterno 26 — Pelo que Deus os abandonou às pai­
poder, como a sua divindade, se entendem, e xões infames. Porque até as suas mulheres
claramente se vêem pelas coisas que estão mudaram o uso natural, no contrário à natu­
criadas, para que eles fiquem inescusáveis; reza.
21 — Porquanto, tendo conhecido a Deus 27 — E, semelhantemente, também os
não o glorificaram como Deus, nem lhe deram varões, deixando o uso natural da mulher, se
graças, antes em seus discursos se desvane­ inflamaram em sua sensualidade uns para
ceram, e o seu coração insensato se obscure­ com os outros, varão com varão, cometendo
ceu. torpeza e recebendo em si mesmos a recom­
22 — Dizendo-se sábios, tornaram-se lou­ pensa que convinha ao seu erro.
cos. 28 — E, como eles se não importaram de
23 — E mudaram a glória do Deus incor­ ter conhecimento de Deus, assim Deus os en­
ruptível em semelhança da imagem de ho­ tregou a um sentimento perverso, para faze­
mem corruptível, e de aves, e de quadrúpe­ rem coisas que não convêm.
des, e de répteis.

mm H B
Os elementos da Natureza não m anifes­
COMENTÁRIO tam por si mesmos, a presença divina. Isso
seria c o n fu n d ir Deus com a Natureza, e assim
INTRODUÇÃO cair no erro do panteísmo, que confunde o
Criador com a Criação. Na bem conhecida
A palavra "revelação" tem o sentido de
cena de Elias no monte Horebe, a tempesta­
descerrar, remover o véu. Assim sendo, quan­
do a Bíblia fala em revelação divina, o pensa­ de, o terremoto e até o som tranqüilo e suave,
mento dominante é o do Deus Criador dando eram apenas elementos precursores da reve­
a conhecer ao homem o Seu poder e glória, lação pessoal de Jeová.
Sua natureza e caráter, Sua vontade, cami­ 2. O perigo da rejeição desta revelação.
nhos e propósitos, Sua graça, Seu amor, Sua No prim eiro capítulo da carta aos Romanos
misericórdia, em suma, a Si mesmo a fim de (Texto Bíblico Básico desta lição), temos a
que c homem possa conhecê-Lo. denúncia divina contra aqueles que, tendo
contemplado as maravilhas da Criação divina,
I. DEUS REVELADO NA NATUREZA não glorificaram a Deus como tal, antes tiv e ­
ram-se por sábios ante seus próprios olhos
No Salmo 19, Davi descreve a Natureza (vv. 18-21).
como o primeiro embaixador de Deus. Ali ele Os versículos 23,25,26 e 28 do citado
diz que os céus narram a glória de Deus. De capítulo de Romanos registram a decretação
igual modo escreve o profeta Isaías, dizendo: do juízo divino contra esses ‘ ‘sábios" incré­
"Levantai ao alto os vossos olhos, e vede dulos, que, altiva e atrevidamente, prosse­
quem criou estas coisas, quem produz por guem desviados de Deus e a ignorar a revela­
conta o seu exército, quem a todos chama pe­ ção do Criador. Os citados versículos dizem
los seus nomes; por causa da grandeza das que:
suas forças, e pela fortaleza do seu poder, ne­ a) eles mudaram a glória do Deus in co r­
nhuma faltará" (Is 40.26). Leia ainda Jó ruptível em semelhança da imagem de ho­
17.7-9. mem corruptível, bem como de animais;
1. A Natureza, o espelho de Deus. A Cria­ b) eles mudaram a verdade de Deus em
ção toda revela o Criador. Gênesis 1 e Salmo mentira, adorando e servindo à criatura, em
104 mostram detalhadamente que Deus fez lugar do Criador:
cada coisa para um fim determinado, colo­ c) por causa das suas perversões, eles fo ­
cando-a no lugar que Lhe convém. A natureza ram abandonados por Deus e entregues às
torna-se, assim, no espelho do Deus uno e so­ ■paixões vis: e
berano. Toda a Natureza se constitui num d) Deus os entregou a uma disposição
hino de louvor a Deus, conforme lemos no mental reprovável, para praticarem coisas in ­
Salmo 148. Por isto devemos sempre louvar a
convenientes.
Deus. o Criador, dizendo: “ Digno és, Senhor, A Natureza é, pois, qual espaçosa janela
de receber glória, e honra, e poder; porque tu aberta em direção do in fin ito , convidando os
criaste todas as coisas, e por tua vontade são
gentios a adorarem Àquele que tudo criou se­
e foram criadas” (Ap 4.11).
gundo o Seu santo e soberano propósito.
Os povos pagãos, vizinhos de Israel, na
sua cegueira espiritual, fizeram das forças da
Natureza, divindades, às quais prestavam o II. DEUS REVELADO A ISRAEL
culto, não percebendo que Deus as fez apenas Deus fez do povo de Israel o centro de
veículo da Sua revelação, como mostram os Sua revelação na terra, para através dele
Salmos 29 e 107. 0 trovão, por exemplo, é abençoar toda a humanidade. Nenhum outro
chamado voz de Deus (SI 29.3). O terremoto povo na terra, durante sua história, teve tanta
(nc d.bx o togo, o vento, e a água, por exem- certeza de que Deus age direta e pessoalmen­
de Deus nS d°S 3 es *u'zo nas m®os te com ele, quanto Israel. "Aos judeus foram
confiados os oráculos de Deus" (Rm 3.2 —
8
ARA). Falando com o Senhor Deus, diz Nee- 3. A revelação divina através da palavra.
mias: "...sobre o monte de Sinai desceste, e Escreveu o profeta Amós que "o Senhor Deus
falaste com eles desde os céus, e deste-lhes não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o
juízos retos, e leis verdadeiras, estatutos e seu segredo aos seus servos, os profetas”
mandamentos bons” (Ne 9.13). Çsp - i — ) (Am 3.7 - ARA).
A palavra é o sinal característico do m i­
1 . Deus revelado na história. A revelação nistério profético (Jr 18.18). Natã e Elias,
de Deus na história de Israel é algo constante dentre os primeiros profetas, aparecem como
e patente. Ela atesta o favor divino, bem homens da palavra, na sua boca (Jr 1.9), nos
como Sua provisão para com o povo que Ele seus ouvidos (Is 5.9). O profeta tem ingresso
escolheu para Si mesmo. Milagres, -tais como no conselho de Deus (Jr 23.18,22).
os relatados no Êxodo, ou a fuga do exército Quando o profeta recebia a revelação de
assírio diante de Jerusalém no ano 701 a.C., Deus, tinha plena consciência de que Deus o
eram prova da intervenção direta de Deus tomava naquele momento para isso. Ele sabia
confundindo os inimigos do Seu povo. Essa que não era apenas uma força ou inspiração
intervenção era posta com tão grande realis­ que o tomava, mas uma pessoa viva, real e d i­
mo, que os próprios fenômenos da natureza vina — Deus. Exemplo disso temos em Eze­
lhe estavam sujeitos: a parada do Sol por Jo­ quiel 11.5; 2 Samuel 23.2 e Isaías 52.15.
sué (Js 10.12), e o recuo da sombra como Çsp-2 -)
evidência da disposição e decisão divina de
curar o rei Ezequias (Is 38.8), mostram até
que ponto aprouve a Deus revelar-Se aos fi­ III. DEUS REVELADO A IGREJA
lhos de Israel.
Enquanto Jesus falava aos seus discípulos
2. Deus se revela aos profetas. 0 homem e apóstolos, da necessidade de ausentar-se fi­
jamais conhecerá a Deus, a não ser que Deus sicamente dentre eles, disse que Sua ausên­
mesmo aja nesse sentido. O fato da revelação cia seria ocupada pelo agente revelador do
de Deüs aos profetas é expresso com o auxílio Pai e do Filho, o Espírito Santo (Jo 16.13-15).
dos seguintes termos: Deus se revela (Gn 0 Espírito Santo jamais fala de Si mesmo,
35.7,13); Deus se deixa ver (Gn 12.7); Deus mas comunica aos santos aquilo que o Filho
torna conhecida a Sua vontade, e também quer revelar acerca de Si mesmo ou do Pai.
Deus fala, fato atestado pela conhecida ex­ 1. Revelado o mistério do beneplácito de
pressão bíblica: “Assim diz o Senhor”. Deus. Paulo declara que o ‘‘mistério” (segre­
Deus se dá a conhecer ao homem e o ho­ do) do “ beneplácito" de Deus, visando a sal­
mem deve, com temor, humildade e obediên­ vação e a organização da Igreja e restauração
cia buscar conhecer a Deus. Este conheci­ da humanidade caída, por meio de Cristo, foi
mento comunicado por Deus a respeito de Si agora revelado, depois de haver sido mantido
mesmo ao homem, é único em Seu objetivo, oculto até o tempo da encarnação do Verbo
e, diversificado por causa dos meios empre­ divino. Este ensino é enriquecido pelas se­
gados, pois, sendo Deus o Senhor de tudo e guintes passagens das Escrituras: Rm
de todos, Ele revela-se como bem lhe aprou­ 16.25,26; 1 Co 2.7-10; Ef 1.9; 3.3-11.
ver, seja através da Criação, seja através de As origens da Igreja estão no eterno pas­
homens por Ele especialmente escolhidos, sado, conforme o propósito de Deus, mas a
chamad.os de profetas. sua razão de ser e de existir no mundo é cla­
Muitos profetas do Antigo Testamento re­ ramente mostrada na revelação de Deus
gistraram a experiência de um contato pes­ sobre ela. Deus ê revelado através da Igreja à
soal com a revelação de Deus. Dentre eles se medida que dela se utiliza para revelar-se ao
destacaram Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel mundo. Foi por isto que Deus dotou a Igreja
e Amós (Is 6.1; Jr 31.3; Ez 1.26-28; Dn das seguintes vocações: a) ser aqui um lugar
10.5,6; Am 9.1). de habitação para Ele (Ef 2.20-22; 1 Co 3.16);
9
b) dar testemunho da verdade (1 Tm 3.15); A marcha triu n fa l da Igreja, como coluna
c) tornar conhecida a m ultiform e sabedoria e baluarte da verdade, é mais uma in d iscu tí­
de Deus (Ef 3.10); d) dar eterna glória a Deus vel prova de que Deus existe e se compraz em
(Ef 3.20.21); e) edificar seus membros (Ef dar-se a conhecer aos filhos dos homens.
4.11-13); f) disciplinar seus membros (M t
1815-17); g) evangelizar o mundo (M t QUESTIONÁRIO
28.18-20).
1. Faça uma síntese do significado da palavra
1. Uma maior revelação. Se grande foi a revelação, na Bíblia.
revelação dada por Deus a Israel através da 2. Cite a referência bíblica e o autor do se­
Lei, na pessoa de Moisés e do m inistério pro­ guinte registro: "Os céus m anifestam a gló­
fético, maior é a revelação que Ele dá de Si ria de Deus e o firm am ento anuncia a obra
mesmo através de Cristo à Igreja. A revelação das suas mãos".
divina confiada a Israel deveria ser o ponto 3. Segundo o com entário da lição, há algo que
de partida no sentido de que aquele povo é considerado o espelho de Deus. Qual é?
desse testemunho de Deus às demais nações 4. Há um Salmo que descreve a natureza e
da terra; mas Israel falhou na sua vocação. Já seus fenômenos e mostra que Deus fez
a revelação de Deus â Sua Igreja, capacita-a a cada coisa para um fim determ inado. Qual
testemunhar das grandezas de Deus, não só é este Salmo?
aos homens, mas também aos principados e 5. Qual a diferença entre ver Deus na nature­
potestades nos lugares celestiais (Ef 3.10). za e ver a natureza como Deus?
6. A que conclusão você chega ao le r os vv.
20 a 23 do texto da lição?

10
L iç ã o 3 1 8 d e o u tu b ro d e 1 9 8 7 ^

A NATUREZA ESSENCIAL DE DEUS


TE X T O ÁUREO
" Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade” (Jo 4.24).

VERDADE PRÁTICA
Quanto à sua essência, Deus é espírito dotado de qualidades que
O identifcam como pessoa.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 17.1 Quinta - Êx 20.1-6; Lv 19 1,2; 20.7,26


Terça - Gn 18.20-32 Sexta - Is 44.6-8,24; 45.11,12; 22-24
Quarta - Êx 3.1-14 Sábado - M c 12.24-27; 1 Jo 1-5; 4.8-16

TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Jr 10. IO -16
Jr 10.10 — Mas o Senhor Deus é a verda­ gos para a chuva, e faz sair o vento dos seus
de; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; tesouros.
do seu furor treme a terra, e as nações não 14 — Todo o homem se embruteceu e não
podem suportar a sua indignação. tem ciência; envergonha-se todo o fundidor
11 — Assim lhes direis: Os deuses que da sua imagem de escultura; porque sua ima­
não fizeram os céus e a terra desaparecerão gem fundida mentira é, e não há espírito ne­
da terra e debaixo deste céu. las.
12 — Ele fez a terra pelo seu poder; ele 15 — Vaidade são, obra de enganos; no
estabeleceu o mundo por sua sabedoria e tempo da sua visitação virão a perecer.
com a sua inteligência estendeu os céus. 16 — Não é semelhante a estes a porção
13 — Fazendo ele soar a sua voz, logo há de Jacó; porque ele é o criador de todas as
arruído de águas no céu, e sobem os vapores coisas, e Israel é a vara da sua herança. Se­
da extremidade da terra; ele faz os relâmpa­ nhor dos Exércitos é o seu nome.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Egito" (Êx 32.8). A estes denuncia veemente­


mente o apóstolo Paulo, quando diz que eles
Como pode aquele que é fin ito com preen­ "m udaram a glória do Deus incorruptível em
der Aquele que é infin ito? 0 próprio povo es­ semelhança da imagem de homem c o rru p tí­
colhido procurou representar e descrever vel, e de aves, e de quadrúpedes, e de rép­
Deus a seus semelhantes. Fizeram ídolos de te is " (Rm 1.23).
metal e disseram ao povo: “ Estes são os teus Deus pode ser revelado e crido de acordo
deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do com a medida da nossa fé, porém Deus não
11
II. A ESPIRITUALIDADE DE DEUS
Quando a m ulher sam aritana disse a Je­
toratono eienW « . P 0 Catecism o de sus: “ Nossos pais adoraram neste m onte, e
,»em q«w C J Ä « p i r i t o , in fin ito , e ter- vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se
deve ado rar” (Jo 4 .2 0 ), ele respondeu-lhe, d i­
r “Ä «” * “ » sal,edo;ideROder- zendo; “ Deus é E spírito, e im p o rta que os que
santidade, justiça, bondade e .etdade , o adoram o adorem em e sp írito e em verda­
d e " (Jo 4 .2 4 ). (]E Ê i~ D
‘ l. A VIDA DE DEUS
Avida de Deus está intimamente ligada ao 1. Deus é Espírito. Sim , Deus é Espírito
próprio fato da Sua existência, abordada nas com personalidade plena. Ele pensa, sente,
duas lições anteriores. Há coisas que existem fala, podendo assim te r com unhão direta com
e, no entanto, não têm vida; e o caso do Pao Suas criaturas, fe ita s à sua im agem . Sendo
de Açúcar", na cidade do Rio de Janeiro, dos Espírito, Deus não está s u je ito às lim itações
Alpes Suíços, da Cordilheira dos Andes, do às quais estão s u je ito s os seres hum anos do­
monte • Everest, ou das grandes rochas de tados de corpo fís ic o . Sua pessoa não se com ­
Gibraltar. Mas Deus não só existe, Ele e vivo; põe de nenhum ele m e n to m a te ria l, e, portan­
Ele possui vida. Ou melhor, Ele é a própria to, não está s u je ito às condições naturais de
vida (Jo 5.26). existência; não pode ser v isto com os olhos
1. A vida de Deus no Antigo Testamento. físicos nem apreen did o, pelos sentidos natu­
No Antigo Testamento, era comum os profe­ rais.
tas falarem da existência de Deus, contras­
tando-a com os deuses pagãos. Isto ê eviden­ O ensino de que Deus é E spírito, não im ­
te no Texto Bíblico Básico e no Salmo 115.1- plica que Deus tenha um a existência in d e fin i­
7. Por exemplo: Moisés disse que o Deus vivo da e irreal, pois Jesus fez referê ncia à Pessoa
falou do meio do fogo (D t 5.26). Davi disse de D eus" (Jo 5.37; Paulo tam bém , Fp 2.6).
que Golias estava afrontando os exércitos do Deus é uma pessoa real, m as de natureza tão
Deus vivo (1 Sm 17.36). Ezequias disse que in fin ita que não se pode apreendê-lo plena­
Rabsaqué, mensageiro do rei da Assíria, fo i mente pelo co n h e cim e n to hum ano, nem tão
enviado para afrontar o Deus vivo (2 Rs pouco se pode descrevê-lo em linguagem ple­
19.4). Os filhos de Coré, num dos seus sal­ nam ente com preensível ao m ortal.
mos, disseram: "0 meu coração e a minha
carne exulta pelo Deus vivo” (SI 84.2). Jere­ 2. Ninguém jam ais viu a Deus. Uma vez
mias denunciou os falsos profetas, como que João diz que “ ninguém jam ais viu a
aqueles que estavam torcendo as palavras do Deus” (Jo 1 .1 8 ), com o com preende r Êxodo
Deus vivo (Jr 23.36). Dario chamou Daniel de 24.1,10 onde diz que M oisés e alguns dos an­
servo do Deus vivo” (Dn 6.20). Oséias disse ciãos de Israel “ viram a D eus"? N isto não há
contradição. O que João q u e r dizer é que ne­
v“ T o s 1 í o f " VÓS S0ÍS f' ih0S d° DeUS Vi' nhum hom em jam ais viu a Deus na plenitude
p j: de Deu* no Novo Testamento. da Sua perfeição. Mas sabem os que Deus
pode m anife star-se em fo rm a corpórea, den­
vivo (Mt 6 i°fiV pr f riSl° 0 F,ih0 d0 Deus
ü S í o1; ? “ 0 exortou os habitantes tro das lim ita çõ e s da com preensão humana,
oe Listra no sentido de que se convertessem sendo esse tip o de m anifestação chamada
Ä Ä f " 4,!5* Paul° to ffo M u e ' ‘teofam a” . No A ntigo Testam ento Ele apare­
ceu em form a de anjo, cham ado o “ anjo do
ídolos, convertendo
1 <Ji Pa.,ir. sel?aon ^ Deus
“ ienao'Se n ham vivo
de,Xado os
(1 T« Senhor" (Gn 1 6 .9 ); "a n jo da sua presença
ivivo"
 - (1
f l fTm
t &3 1í .5*^ pt',C
i P íi)<I
» í e "'ereia Oe„
lgreta do Deus ( ê x 32.34; 3 3 .1 4 ); o "anjo do concerto (M l

mos posto a nosw esopran ^ te' 3 .1 ). Alguns eruditos dizem que essas teota-
Tm 4.10). sPerança no Deus vivo (1 nias seriam m anifestações de Cristo no Antigo
12 Testamento.
Hl. A PERSONALIDADE DE DEUS d. “ Jeová-Rafá” = 0 Senhor que sara ( ê x
O ensino de que Deus é um ser pessoal, 15.26).
contraria o ensino do panteísm o, segundo o e. “ Jeová-Shalom" = 0 Senhor da nossa
qual Deus é tudo e tu d o é Deus; que Deus é o paz (Jz 6.24).
Universo e o U niverso é Deus; que ele não f. "Jeová-Raa” = 0 Senhor é meu pastor
existe separado daquilo que a B íblia a trib u i (SI 23.1).
ser Sua criação. g. "Jeová-Tisidiquênu" = Senhor justiça
1. Significado de personalidade. Pode-senossa (Jr 23.6).
d e fin ir a personalidade com o existência d o ta ­ h. “ Jeová-Sabaot" = Senhor dos Exérci­
da de auto-consciência e do poder de a u to ­ tos (1 Sm 1.3).
determ inação. Não se deve, portan to, c o n fu n ­ i. “ Jeova-Samá" = 0 Senhor está presen­
d ir personalidade com corporalidade ou exis­ te (Ez 48.35).
tência de corpo m aterial, com posto por cabe­ j. “ Jeová-Elion" = Senhor Altíssim o (SI
ça, tronco e m em bros, tratando-se do ho­ 97.9).
mem. Corretam ente definida, a personalidade I. “ Jeová-Mikadiskim" = O Senhor que
abrange as propriedades e qualidades c o le ti­ vos santifica (Êx 31.13).
vas que caracterizam a existência pessoal e a A personalidade de Deus nas Escrituras
distinguem da existência im pessoal e da vida pode ser detectada pelas características e
anim al. A personalidade, portanto, representa propriedades que lhe são atribuídas, como
a soma to ta l das características necessárias por exemplo: tristeza (Gn 6.6), indignação (1
para descrever o que é um ser pessoal Rs 11.9), zelo (D t 6.15), am or (Ap 3.9), abor­
(SP — 2 — ) recim ento (Pv 6.16). Pode ser vista ainda pe­
O que a Bíblia ensina. 0 nome e uma das las relações que Deus mantém com o Univer­
mais fortes evidências da personalidade de so e com os homens, como C riador de tudo
um ser. Um dos nomes mais im p o rta n te s pe­ (Gn 1.1), como preservador de tudo (H b 1.3),
los quais Deus se tem fe ito conhecer no Seu com o B enfeitor de todas as vidas (M t
relacionam ento com o hom em é o de "J e o ­ 10.29,30), como Governador e Dominador
v á '’. Foi por esse nome suas várias com bina­ das atividades humanas (Rm 8.28), e como
ções que Ele se revelou nos dias do Antigo Pai de Seus filh o s espirituais (Gl 3.26).
Testamento. Tudo quanto significa para nós o Portanto, quanto à Sua natureza, Deus
nome de Jesus, sign ifica "Jeo vá" para o a n ti­ existe como um Ser essencialmente e sp iri­
go Israel. tua l, mas dotado de personalidade plena. Ao
"E lo im ” é o Deus de todas as coisas, en­ contrário das divindades veneradas pelo pa­
quanto "Jeová" é o mesmo Deus em relação à ganismo, o nosso Deus “ é o criador de todas
aliança com aqueles que por Ele foram c ria ­ as coisas, e Israel é a vara da sua herança"
dos. Jeová, pois, significa o Ser único, eterno (Jr 10.16). q UEST| 0 NÂRIO
e im utável que E, e que há de v ir. É o Deus de
Israel e o Deus daqueles que são reunidos, 1. Conform e o com entário desta lição, como
pelo que agora, “ em C risto " podemos dizer: Deus pode ser revelado e crido?
"Jeová é o Nosso Deus” . 2. Sobre a natureza de Deus, o que diz o Cate­
3. Títulos pelos quais Deus é conhecido. cism o de W estm inster?
O nome "Jeová” com binado com outras pala­ 3. Cite algum as referências do A.T. que falam
vras, form a o com posto deste nome, com o se da existência de Deus.
segue: ' 4. Cite algumas referências do N.T. que con­
a. “ Eu Sou" (Êx 3.14). firm am a existência de Deus.
b. “ ieová-Jiré" = 0 Senhor proverá (Gn 5. Conforme Jo 4.24, como Jesus definiu a
22.13,1 4 ). existência de Deus?
c. “ Jeová-Nissi" = Jeová é a nossa ban­ 6. Cite os nomes pelos quais Deus é conheci­
deira (Ex 17.15). do. Dê as referências.
13
2 5 d e o u tu b r o d e 1 9 8 7
Lição 4

A e t e r n id a d e d e d e u s

TEXTO áUREO onuistes que o eterno Deus, o Senhor, o Criador


nem se cansa nem se f a W (Is 40.28).

VERDADE PRÁTICA
Deus não tem princípio nem fim de dias, por ser Ele para sempre
o eterno “EU SOU ■

LEITURA DIÁRIA

Secunda - Sl 10.16; 66.1-8 Quinta - Is 26.3,4; 44.6


Terça- Sl 90 Sexta - Is 45.12,18-22
Quarta - Sl 103 Sábado - Sl 24
V .

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Gn 21.33; Dt 33.27; Sl 9.7; 90.2; 92.8

Gn 21.31 — E plantou um bosque em perpetuamente; já preparou o seu tribunal


Berseba, e invocou lá o nome do Senhor, para julgar.
Deus eterno. 90.2 — Antes que os montes nascessem,
Dt 33.27 — 0 Deus eterno te seja por ha- ou que tu formasses a terra e o mundo, sim,
bitação, e por baiio sejam os braços eternos; de eternidade a eternidade, tu és Deus.
e ele lance o inimigo de diante de ti, e diga: 92.8 — Mas tu, Senhor, és o Altíssimo
Destrói-o. para sempre.
Sl 9.7 — Mas o Senhor está assentado

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO 1 .0 DEUS ETERNO


Deus é ao mesmo tempo um Ser eterno e A B íblia apresenta, do p rin c íp io ao fim,
imutável. Por eternidade de Deus subenten- um Deus que existe por si mesmo, eterna­
d L Pnr",meU4SE V T PrincíP'° nem fim de m ente, isto é, que não te m p rin c íp io e nem
dias. Por imutabilidade de Deus, entende-se fim de dias (Gn 2 1 .3 3 ; Dt 3 3 .2 7 ; Sl 9 J J 0 Z
" “V “11“ 1“ f° " « S Ä * 92.8; Is 4 0 .2 8 ).
tíw? H em decorrência do tem po de exis-
quer t i p o ^ murianra 6ter?° nâo so* re £,ual‘ 1- Tempo e eternidade em relação a Deus.
y ^ ou fenecim ento. A o rm a usada pela B íb lia para descrcver a
eternidade de Deus, sim plesm ente diz que a A erosão deforma a terra, a ferrugem con­
sua duração corresponde a idades sem fim some o ferro, o cupim destrói a madeira, a
(SI 90.2,12; Ef 3.21). Devemos nos lem brar, traça consome o livro, o uso desgasta o ouro,
porém, que, ao falar assim, a Bíblia está a mas o Deus ao qual servimos, sobre o qual o
usar a linguagem popular e não o da filo sofia . tem po e o espaço não exercem influência, é
Geralmente concebemos a eternidade de um Deus eterno e imutável (Êx 3.14; SI
Deus como sendo a duração de tem po in d e fi­ 102.26,27; Ml 3.6).
nido que recua para o passado hum ano e que 1. Definição da imutabilidade de Deus.
adentra o fu tu ro idêntico. Porém, todo esfor­ Por im utabilidade de Deus se entende aquela
ço que se faça para provar por m étodos hu­ perfeição por meio da qual Deus não está su­
manos a eternidade de Deus, não passará de jeito a qualquer mudança, não somente no
mera especulação humana. seu ser, mas também em Suas perfeições,
"E ternid ad e” no sentido e strito da pala­ propósitos e promessas. Deus é o "Pai das lu­
vra se aplica ao que transcende a todas as li ­ zes, em quem não pode existir variação, ou
mitações tem porais. Como disse o Dr. Orr, sombra de mudança”. (Tg 1.17 — ARA). É
respeitado teólogo cristão, é o tem po de rela­ este Deus que habita a eternidade, que criou
ção estrita com os mundos dos objetos que o m undo segundo o Seu conselho, que foi en­
existem em sucessão. Deus enche o tem po; carnado em Cristo, e fez Sua morada na Igreja
está em cada partícula dele, porém Sua eter­ através da pessoa do Espírito Santo.
nidade não é a mesma coisa que e xistir lim i­ 0 Dr. M ullins resume o significado da
tado pelo tem po. Deste modo a eternidade de im utabilidade de Deus, como se tratando de
Deus deverá ser com preendida como aquela "Sua auto-coerência moral e pessoal, em to ­
perfeição divina por meio da qual Ele se eleva dos os seus tratos com Suas criaturas” .
sobre as lim itações tem porais. Acrescentando, diz esse respeitado estudioso
2. Três sentidos de eternidade. A palavradas Escrituras: “ A melodia de uma canção
"ete rn id a d e ” , na Bíblia, é usada em três sen­ como Lar Doce Lar pode ser tocada em um
tidos diferentes, como m ostram os a seguir: instrum ento com diversas variações. Mas,
a. Sentido figurado, como nas expressões: através de todas essas variações, a melodia
"m ontes eternos" (Gn 49.26; SI 76.4); "o u ­ permanece uma unidaoe autocoerenie do
teiros eternos” (D t 33.15; Hc 3.6), as quais princípio ao fim . A im utabilidade de Deus é
denotam antiguidade ou duração m uito pro­ como uma melodia, manifestando-se por
longada. meio de interm ináveis variações de m éto­
b. Sentido limitado, denotando a existên­ d os".
cia de algo que teve p rincípio mas não terá 2. Aparentes dificuldades quanto à imuta­
fim , como a dos anjos e das almas dos ho­ bilidade de Deus. Até aqui temos dito que
mens e como o castigo dos ím pios.
Deus jam ais muda, que Ele é eterno. Como
c. Sentido literal, denotando uma existên­
pois com preender os seguintes versículos das
cia que não tem começo e nem fim , como a Escrituras?: “ Então arrependeu-se o Senhor
de Deus. O tem po tem passado, presente e
de haver feito o homem sobre a terra, e pe­
fu tu ro ; mas não é assim com Deus, diante do
sou-lhe em seu coração” (Gn 6.6). "E Deus
qual o passado e o fu tu ro se transform am no
viu as obras deles como se converteram do
eterno presente, agora. (s p - 2
seu mau cam inho; e Deus se arrependeu do
mal que tinha dito lhes faria, e não o fez” (Jn
II. O DEUS IMUTÁVEL 3.10).
O fato d.e Deus existir por si mesmo, bem A palavra “ arrepender-se", neste caso,
como Sua eternidade, são argum entos s u fi­ significa "m udança de a titu d e ” de Deus em
cientem ente fortes para nos levar a m editar decorrência do arrependim ento do homem. O
na sua im utabilidade. Isto é: um Deus eterno homem se arrepende no sentido do mal co­
é um Deus que não muda. m etido, enquanto que Deus se arrepende no
15
i: j . rtpatitude de suspender uma ação. O dar, Abraão invocou o nom e do Deus eterno
pelo que fo i atendido.
^ ■ í^ w a w s s s 2. No Deus eterno há segurança e vitória
(D t 3 3 .2 7 ). Prestes a te rm in a r o seu ministé­
rio, ao despedir-se dos filh o s de Israel, M oi­
TtW SÜfli í £ * « •
suinte maneira: "Deus permanece o mesmo
sés abençoa a trib o de Aser, dizendo: “ 0 Deus
eterno te seja por habitação, e por baixo se­
S o a seu caráter, abominando infinita­ jam os braços eternos; e ele lance o inim igo
mente o pecado, e em seu propósito de visitar de diante de ti, e diga: D e s tró i-o ". 0 crente
com julgamento o pecador; quando, porem, não terá segurança, ta m pouco vitó ria dura­
Nínive mudou em sua atitude para com o pe­ doura a m enos que ponha a sua confiança no
cado Deus necessariamente modificou sua Deus eterno:
atitude para com Nínive. Seu caráter perma­ 3. O juízo pertence ao Deus eterno (SI
nece o mesmo, mas seus tratos com os ho­ 9.7). Quando o salm ista diz que "o Senhor
mens mudam, à medida que os homens mu­ está assentado perpetuam ente; já preparou o
dam de uma posição que é odiosa à inalterá­ seu trib u n a l para ju lg a r", ele procura dar a
vel indignação de Deus contra o pecado, para entender que Deus não tem pressa em julgar,
uma posição que é agradável a seu inalterável mas que sem d ú vida o fará. Isto é: chegará ò
amor pela justiça” . dia quando todos os hom ens serão chamados
Assim, sempre que lermos na Bíblia qual­ a prestar conta de seus atos diante do Deus
quer porção que indique que Deus se arre­ eternam ente im u tá ve l.
pendeu, lembremos que isto é uma alusão di­ 4. Deus transcende ao tempo (SI 90.2;
reta ao fato de que Ele mudou de atitude para 9 2.8). Já dissem os que o te m p o tem estrita
abençoar pecadores arrependidos, ou castigar relação com as coisas m a te ria is perecíveis.
aqueles que se desviaram do seu conselho e Deus, porém , com o um Ser esp iritu a l, eterno
orientação. fs p -a — ) e im utá vel, transcende ao tem po.
Como c ria d o r do te m p o , a ele sujeitou
Portanto, permanece inalterada a declara­ Deus to da s as coisas e todas as pessoas cria­
ção bíblica, segundo a qual "Deus não é ho­ das, excetuando a Si m esm o.
mem, para que minta; nem filho do homem,
para que se arrependa" (Nm 23.19). QUESTIONÁRIO

III. APLICAÇÃO DA LIÇXO 1. Em relação a Deus, qual o significado da


palavra eterno?
Além do conhecimento teórico, que bên­ 2. Cite algum as re fe rê n cia s bíblicas que tra ­
ção prática o conhecimento da eternidade de tam da e te rn id a d e de Deus.
Deus comunica ao crente? Muitas, desde que 3. Explique os d ife re n te s sentidos da palavra
levemos em consideração que: "e te rn id a d e ” , c o n fo rm e é usada nas Escri­
À \ DnWm?* invocar 0 Deus eterno (Gn turas.
t. s,er 031)53 de gozo para o cren- 4. Dê as referê ncias b íb lica s que falam da
£ d ÍS T encontrar mercê aos olhos im u ta b ilid a d e de Deus.
d e f S l ? r ° f ,nvocá- Lo- Em meio às in- 5. Qual o se n tid o das expressões "Então arre­
na c3, Í n q u a n t0 buscava Exação pendeu-se o S e n h o r...", "e Deus se arre­
que o Senhor lhe havia prometido pendeu...” (G n 6.6; Jn 3.1 0 )?

16
L iç ã o 5 1 d e n o v e m b ro d e 19 8 7

A ONISCIÊNCIA DE DEUS
TE X TO ÁUREO
“E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as
coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de
tratar” (Hb 4.13).

VERDADE PRÁTICA
Nenhum conhecimento é por demais sublime, e nenhum mistério
é indecifrável ao Deus que tudo sabe.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jó 34.9-25 Quinta - Sl 69.5,19; Jr 12.1-6


Terça - Sl 1; 37.18 Sexta - Sl 103.14; 138
Quarta - Sl 44.20; 50 Sábado - Sl 139

TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Jó 11.7,8; Sl 147.5; Rm 11.33-36

Jó 11.7 — Porventura alcançarás os cami­ Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e
nhos de Deus ou chegarás à perfeição do quão inescrutáveis os seus caminhos!
Todo-poderoso? 34 — Porque quem compreendeu o inten­
8 — Como as alturas dos céus é a sua sa­to do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
bedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda 35 — Ou quem lhe deu primeiro a ele,
é ela do que o inferno; que poderás tu saber? para que lhe seja recompensado?
Sl 147.5 — Grande é o nosso Senhor, e de 36 — Porque dele e por ele, e para ele,
grande poder; o seu entendimento é infinito. são todas as coisas; glória pois a ele eterna­
Rm 11.33 — Ó profundidade das rique­ mente. Amém.
zas, tanto da sabedoria, como da ciência de

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO definiu a onisciência como "aquele atributo


mediante o qual Deus conhece a Si mesmo e
0 term o "o n is c iê n c ia '' se deriva de doisa todas as outras coisas em um só e sim ­
outros term os latinos, “ om n is", que significa plicíssim o ato eterno ". A compreensão deste
tudo, e "s c ie n tia ", que significa conhecimen­ im portante assunto nos induz ao estudo da
to. É um dos m uitos a trib u to s de Deus e que sabedoria e da presciência de Deus como as­
indica ser Ele conhecedor de todas as coisas pectos da sua onisciência. f SP_ , _ )
no tem po, espaço e na eternidade. Calvino
17
a Esc ritura, seja evidenciado o fim supremo,
I A SABEDORIA DE DEUS aue é a glorificação do próprio Deus.
Çs p - 2

- a f s s K f f iS t 3. Manifestação da sabedoria de Deus.


Muitas passagens das Escrituras se referem à
S S S ís í » s . sabedoria de Deus de form a personificada,
como em Provérbios 8.1 e 9; m anifestando-á
particularm ente: a) na obra da Criação (Sl
5 S « iS ? S ? 5 S
meio do estudo, enquanto que a sabedoria e o
19.1-4); b) na providência divina em geral (Sl
33.10,11); c) na obra da redenção (Rm
resultado do c o n h e c im e n to adquirido pe a 11.33; 1 Co 2.7,8; Ef 3 .1 0 ).
nrática da vida e pela intuição. O conneci
mento é teórico, enquanto que a sabedoria e II. A ONISCIÊNCIA DE DEUS
prática. Embora imperfeitos no homem, sabe­
doria e conhecimento se caracterizam por sua Para o crente, é m otivo de grande confor­
to a declaração de Jesus C risto: "... vosso Pai
absoluta perfeição.
sabe...” (M t 6 .8 ). Para m elhor assimilação, a
1. A sabedoria de Deus nas Escrituras. Vá­ onisciência de Deus poderá ser, assim , anali­
rios textos das Escrituras enfatizam a sabedo­ sada em âm b ito geral e pa rticu la r.
ria como um atributo distinto de Deus. Den­ 1. Em âmbito geral. De form a abrangente
tre esses se destacam os seguintes: a onisciência de Deus in c lu i tudo quanto
• “ Não multipliqueis palavras de altíssi­ pode ser conhecido (Jo 3 .2 0 ). É im portante,
mas altivezas, nem saiam coisas árduas da pois, saber que:
vossa boca; porque O SENHOR É O DEUS DA a. Deus conhece desde a eternidade aqui­
SABEDORIA, e por ele são as obras pesadas lo que é durante toda a eternidade (At 15.18).
na balança" (1 Sm 2.3). b. Deus conhece o plano total dos sécu­
• "Com ele [DEUS] está a sabedoria e a los, bem como a parte que cada homem ocu­
força: conselho e entendimento tem ” (Jó pa nele (E f 1.9-12).
12.13). c. Deus sabe tudo quanto ocorre em todos
• "Mas nós pregamos a Cristo cru cifica ­ os lugares; ta n to o 'b e m como o mal (Pv
do, que é escândalo para os judeus, e loucura 15.3).
para os gregos. Mas para os que são chama­ d. Deus conhece todos os filh o s dos ho­
dos, tanto judeus como gregos, lhes prega­ mens, seus cam inhos e suas obras (Pv 5.21).
mos a Cristo, poder de Deus, e SABEDORIA 2. Em âmbito particular. Pela sua oms-
DE DEUS" (1 Co 1.23,24). ciência Deus conhece o que está particular­
• “ Para que agora, pela igreja, A MULTI­ mente relacionado à criação e a cada criatura.
FORME SABEDORIA DE DEUS seja conhecida Deste modo,
dos principados e potestades nos céus” (Ef a. Deus conhece tudo na natureza, cada
3.10). estrela e cada ave que singra os céus (Sl
147.4; M t 10.29).
2. A sabedoria de Deus aplicada. A sabe­ b. Deus conhece tu d o no terreno do pro­
doria de Deus está relacionada com a Sua in- cedim ento hum ano (Sl 139.1-4; 1 Cr 29.9-14.
d r l1 ? ’ como se revela na adaptação Êx 3.7).
Não existe uma só emoção, im pulso o
ssempre
e L re sea°Pm nS'hISt°peos
se empenha QUer dlZer que Deus
melhores fins pensamento dos quais Deus não tenha conn '
cim ento. Ele conhece toda o c o r rê n c ia
Z & S Z Z S r * " ' aventura que envolve alegria ou tristeza, pr
os «.taa&i- M a s zer ou dor, bonança ou adversidade, suc^ Sj
ou fracasso, v itó ria ou derrota. Na ve raa
18
■•não há criatura alguma encoberta diante de­ se aprofundou tão detidam ente a ponto de se
le- antes todas as coisas estão nuas e paten­ assem elhar em sabedoria e em conhecim ento
tes aos olhos daquele com quem tem os de ao Altíssim o? N enhum m ortal, uma vez que a
!ratar’' (Hb 4.13). sabedoria absoluta é um a trib u to exclusivo do
3. Deus é p resc ien te . 0 conhecim ento deTodo-poderoso.
Deus também inclu i o conhecim ento do fu tu ­ 3. A sabedoria de Deus é inesgotável (SI
ro. Do ponto de vista hum ano esse tip o de co­ 147.5). No m undo m aterial tudo se desgasta
nhecimento chama-se "p re s c iê n c ia ''. Mas com o tem po e com o uso. Aquele ilu stre
presciência não é causativa em si mesma; mestre de hoje há de eclipsar-se com o pas­
deste modo não devemos c o n fu n d ir previsão sar dos anos, e com a velhice virá o esqueci­
com a vontade predeterm inadora de Deus. m ento do que sabia. Não é assim com Deus
Atos livres não ocorrem por terem sido pre­ cuja sabedoria é de eterna duração. Deus está
vistos, mas são previstos porque ocorrerão. e sem pre estará à fre n te dos mais b rilhantes
"È evidente que se pode te r certeza absoluta homens, daqueles que m ais se notabilizarem
a respeito dos atos livres, pois têm sido p re ­ em conhecim ento.
vistos em um sem núm ero de casos" (H o d - 4. A sabedoria de Deus é inexplicável (Rm
ge). O - 3 - ) 11.33). A sabedoria e o conhecim ento de
Deus podem ser admirados mas nunca expli­
III. RESUMO DA LIÇÃO cados pelo homem. Quem não pode enxergar
a operação divina na manutenção do Universo
Deverá ser de grande con forto para o e no equilíbrio e harmonia do mundo das coi­
crente o estudo concernente aos vários as­ sas criadas? Admirar podemos, mas explicar
pectos da sabedoria de Deus. Ao resum irm os isto, jamais.
o que até aqui tem os estudado, é indispensá­ 5. A sabedoria é qualidade inerente de
vel com preender que: Deus (Rm 11.34-36). Qual dos hom ens sabe
1. 0 homem não pode se igualar a Deus algo que não tenha aprendido direta ou in d i­
em conhecimento (Jó 11.7). Pergunta Zofar a retam ente de alguém? 0 mesmo não se dá
Jó, e conseqüentem ente a todo o ser hum ano: com Deus. Ele nunca precisou de m estre para
"P orventura alcançarás os cam inhos de Deus
ensinar-Lhe coisa algum a. “ Dele e por ele, e
ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?”
para ele, são todas as coisas; glória pois a ele
A resposta do coração sincero e hum ilde, não
eternam ente. A m ém " (Rm 11.36).
pode ser outra a não ser "N ão! Não! Im possí­
vel!”
QUESTIONÁRIO
2. A sabedoria de Deus é elevada e ao
mesmo tempo profunda (Jó 11.8). 0 escrito r 1. Segundo o com entário desta lição, o que é
sagrado descreve a sabedoria de Deus "com o onisciência?
as alturas dos céus" e mais profunda que o 2. Cite algumas referências bíblicas qüe falam
inferno. Deste modo, que poderemos nós sa­ da sabedoria de Deus.
ber acerca de Deus e da Sua vontade a não 3. Citar as referências bíblicas que com pro­
ser que Ele mesmo se dê a conhecer? Qual vam a onisciência de Deus.
dos homens se elevou a tão grandes alturas e 4. Diga o que é presciência.

19
-------------- 8 d e n o v e m b ro d e 1987
Lição 6
A ONIPOTÊNCIA DE DEUS

TE? J ° J Í U
nnÍsQue houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa
fazer encapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?'’ (Is
43.13).
v fr d ADE PRATICA
E m D e u s o poder e a autoridade encontram a sua maior expres­

são. Ele tudo pode e tudo governa.

LEITURA DIÁRIA

Segunda -J ó M Q u i n t a -S l 91
Terça - Jó 37 Sexta - Sl 139
Quarta - Jó 38 Sábado - Lc 1.26-37; M c 10.23,27

TEXTO BÍBLICO BASICO

Gn 18.14; Jó 42.2; Sl 93.4; 115.3; Jr 32.17

Gn 18.14 — Haveria coisa alguma difícil mais poderoso do que o ruído das grandes á-
ao Senhor? Ao tempo determinado tornarei a guas e do que as grandes ondas do mar.
ti por este tempo da vida, e Sara terá um fi- 115.3 — Mas o nosso Deus está nos céus;
lho. faz tudo o que lhe apraz.
Jó 42.2 — Bem sei eu que tudo podes, e Jr 3 2.17 — Ah Senhor Jeová: eis que tu ri-
nenhum dos teus pensamentos pode ser im- zeste os céus e a terra com o teu grande po-
pedido. der, e com o teu braço estendido; não te é
Sl 93.4 — Mas o Senhor qas alturas é maravilhosa coisa algum a.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO le atributo pelo qual Ele pode levar_a efeito


A palavra “ onipotência" deriva de dois qualquer coisa que queira.
52Ü ? ,0S' ’‘om nis" e "P o tê n c ia ", que
1 .0 PODER DE DEUS NAS ESCRITURAS
t S E n T <ICa"? todo P°der” - daí o títu lo
Todo-poderoso , exclusivo de Deus Esse A Bíblia é o livro de registro do;»atos po­
atributo inerente a Deus, mostra que o seu
derosos e soberanos de Deus. Mais do q
poder e ilimitado; que ele tem o poder de fa-
to, o apóstolo Paulo a considera como v
mnt 00153 que deseie- Compreenda­ der divino para a salvação de todo aque n
mos, pois, que a onipotência de Deus éaSue- crê (Rm 1 .1 6 ). Como tal, o que dizem as
20
crituras quanto ao poder de Deus? A Bíblia tem po e do espaço. Entre os homens a coisa é
fala desse poder emanante de Deus como diferente. Mesmo as grandes potências m ili­
sendo: tares consideram estratégico o apoio dos seus
1. P oder ilim ita d o (Gn 18.14). Abraão e aliados de menor grandeza, diante da possibi­
Sara já eram bastante avançados em idade, o lidade dum confronto armado futuro.
que os fazia biologicam ente incapazes de con­ 4. Poder criador (Jr 32.17). Ao incrédulo
ceber e trazer um filh o ao m undo. Tudo quan­ mostra-se espantosa a declaração da fé se­
to poderia estar escrito nos tratados de m edi­ gundo a qual "os mundos pela palavra de
cina e mesmo nas leis da natureza, era contra Deus foram criados: de maneira que aquilo
o desejo que alim entavam no sentido de ter que se vê não foi feito do que é aparente"
um filh o . Mas Deus lhes prom eteu um filho (Hb 11.3). Mas. quem, senão o Deus-Todo-
nascido deles mesmos. Confiando que nada é poderoso seria capaz de form ar os céus e a
impossível para o Senhor, Abraão, “ em espe­ terra com toda a beleza e encantamento que
rança, creu contra a esperança que seria feito eles manifestam ? ( SP — 2 — 'Y
pai de m uitas nações, conform e o que ihe
fora dito: Assim será a tua descendência. E II. COMPREENSÃO DA ONIPOTÊNCIA DE
não enfraqueceu na fé, nem atentou para o DEUS
seu próprio corpo já am ortecido, pois era já
Já dissemos que o poder de Deus é ilim i­
de quase cem anos, nem tam pouco para o tado, soberano e independente. Isto é. o po­
am ortecim ento do ventre de Sara. E não d u v i­
der de Deus não está condicionado e nem
dou da promessa de Deus por incredulidade,
pode ser lim itado por qualquer pessoa que
mas foi fo rtific a d o na fé, dando glória a Deus: não Ele mesmo. A eficiência de fazer com que
e estando certíssim o de que o que ele tinha as coisas aconteçam, é um atributo exclusivo
prom etido tam bém ERA PODEROSO PARA O
de Deus. O Todo-poderoso é o Criador do Uni­
FAZER” (Rm 4.18-21).
verso, e nele o Seu poder opera in interrupta­
2. Poder soberano (Jó 42.2). A soberania
mente.
do poder de Deus é dem onstrada desde o ato
1. O que não se ajusta à onipotência de
puro e sim ples da criação universal, até a Deus. A onipotência de Deus não significa o
preservação de todas as obras de Suas mãos, exercício de Seu poder para realizar aquilo
incluindo, evidentem ente, o poder de matar,
que é incoerente com os Seus demais a trib u ­
de conservar com vida a quem Ele quiser e de
tos e também com a natureza das coisas,
ressuscitar os m ortos na consumação dos sé­
como por exemplo, fazer com que um aconte­
culos.
cim ento histórico, passado, volte a acontecer;
Os anjos, Satanás, os dem ônios e m uitos
fazer duas m ontanhas próximas uma da outra
dos homens são poderosos, mas não todo-
sem a existência de um vale no meio; fazer
poderosos. 0 poder que exercem em qualquer
um círculo quadrado; ou traçar entre dois
nível, seria uma espécie de poder delegado
pontos uma linha mais curta do que uma re­
por Deus. Chegará, porém, o dia quando os ta. Para Deus é inconcebível m entir, pecar,
reinos do m undo virão a ser de nosso Senhor m orrer, considerar o errado como certo. Fa­
e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sem ­ zer tais coisas não seria demonstração de po­
pre (Ap 11.15). Deste modo só Deus é Todo- der, mas de incapacidade. Toda form a de po­
poderoso, a u to r e legítim o executor do poder. der de Deus, do início ao fim é exercida de
Na verdade ‘‘o Senhor nas alturas é mais form a coerente com a Sua in fin ita perfeição.
poderoso do que o ruído das grandes águas e Pelo Seu poder. Deus realiza só o que é digno
do que as grandes ondas do m ar” (Sl 93.4). de si. As aparentes incoerências vêm da nossa
3. Poder independente (Sl 115.3). Do alto incapacidade e ignorância quanto a entender
da majestade do Seu trono, nos céus, Deus os caminhos de Deus. Q p -3
“ faz tudo o que lhe apraz". Isto é, o exercício
do poder de Deus independe dos homens, do 2. A onipotência de Deus aplicada. De
21
dagação: "Q uem é o Deus que vos poderá li­
Rihiia a onipotência de Deus se
v ra r das m inhas m ãos?” (D n 3 .1 5 ). A isto
responderam os três |ovens hebreus: “ Se o
nosso Deus. a quem servim os, quer livrar
'“' ^ S r n ^ o i ^ a nos. ele nos livra rá da fo rn a lh a de fogo arden­
das as forças maremoto o trovão e o te. e das luas mãos, ó re i“ (D n 3.17 - ARA)
Note que Sadraque, Mesaque e Abede-
Nego criam que Deus tin h a poder para evitar
30 r i l i dominio da°experiência humana se^ que eles tossem lançados na fornalha arden­
te. e para resgata-los da mão tirana de Nabu-
gundo ilustrado nas pessoas de Jose do Egito
codonosor. Era questão de Deus sim plesm en­
(Gn 39.2.3,21): Nabucijdonosor Dn 4.19
te querer. Deus nao q u is d e m o n stra r o Seu
37); Daniel (Dn 1.9); Farao (Ex 7.1-5), e aos
poder livra n d o -o s da fo g u e ira , mas quis e os
homens em geral (SI 75.6./)-
c. Nos domínios das coisas celestiais (Dn salvou na fo g u e ira , nela entra n d o com eles
4.35). 0 poder de Deus se manifesta nao ape­ (Dn 3 .2 4 ,2 5 ).
nas na capacidade divirta de criar todos os 2. Jesus C risto (H b 5 .7 ). Nos dias da Sua
corpos celestes, mas também em m ante-los carne. C risto, com grande cla m o r e lágrimas,
nas suas respectivas órbitas e dentro duma clam ou Àquele que O podia liv ra r da m orte. E
ordem perfeita. o que aconteceu, Deus O livro u da morte?
d. No domínio dos espíritos malignos (Jo Não! Ele podia, não q u is. Pelo c o n trá rio , per­
1.12). Satanás não exerce poder sobre os tiéis m itiu que Ele, com o ovelha m uda, fosse con­
de Deus, a menos que Deus o perm ita, como duzido à m ontanha do s a c rifíc io , de tal ma­
vemos nas passagens bíblicas de Jó 1.12; 2.6; neira que sendo Ele consum ado através da
1 Rs 22.21,22; Lc 22.31. Sua m orte, viesse "a ser a causa de eterna
salvação para to d o s os que lhe obedecem ”
III. PODER E QUERER DE DEUS (H b 5 .9 ).
Deus não pode ser lim ita d o pelas nossas
0 poder de Deus está sujeito a uma só lei: fraquezas. O Seu p o d e r se eleva acim a de to­
o Seu querer. 0 Seu poder dirigido é uma par­ das as fo rç a s da te rra e do in fe rn o , e num
te do Seu poder absoluto, porque se Deus não brado soberano, indaga: “ O perando eu, quem
tivesse o poder para fazer o que quisesse, não im p e d irá ? ” (Is 4 3 .1 3 ).
seria onipotente. A Bíblia cita vários casos em
que a intervenção do poder de Deus era espe­
QUESTIONÁRIO
rada dum modo, e segundo o Seu querer, m a­
nifestou-se de maneira diferente. Quanto a is­ 1. Diga o que é a o n ip o tê n c ia de Deus.
to, atentemos para os casos envolvendo os 2. Onde estão re g is tra d o s os atos poderosos e
seguintes personagens: soberanos de Deus?
H P.? *r®s *ovens hebreus na Babilônia 3. O que dizem as E s c ritu ra s quanto ao poder
(Dn 3.16,17). Aborrecido por saber que Sa- de Deus?
oraque, Mesaque e Abede-Nego não haviam 4. C onform e as E scritu ra s, onde se mamtesta
aoorado a estátua que mandou erigir, Nabu- a o n ip o tê n cia de Deus? ?
codonosor os ameaçou, concluindo com a in ­ 5. A que lei está s u je ito o poder de Deus.

22
L iç ã o 7 15 d e n o v e m b ro d e 1 9 8 7

A ONIPRESENÇA DE DEUS
TEXTO ÁUREO
Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua fa­
c e ? " (Sl 139.7).

VERD AD E PRÁTICA
i
Sendo Espírito perfeito, independentemente do tempo e do espa­
ço, Deus enche todas as coisas e está em todo lugar.

. LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 3.7-11 Quinta - Sl 121


Terça - Gn 28.10-16 Sexta - M t 6.1; 16-18; Jo 4.19-24
Quarta - Is 6.1-3 Sábado - A t 17.22-31

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Sl 139.1-12

Sl 139.1 — SENHOR, tu me sondaste, e 8 — Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer


me conheces. no Seol a minha cama, eis que tu ali estás
2 — Tu conheces o meu assentar e o meu também.
levantar; de longe entendes o meu pensamen­ 9 — Se tomar as asas da alva, se habitar
to. nas extremidades do mar,
3 — Cercas o meu andar, e o meu deitar, 10 — Até ali a tua mão me guiará e a tua
e conheces todos os meus caminhos. destra me susterá.
4 — Sem que haja uma palavra na minha 11 — Se disser: De certo que as trevas
língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. me encobrirão; então a noite será luz à roda
5 — Tu me cercaste em volta, e puseste de mim.
sobre mim a tua mão. 12 — Nem ainda as trevas me escondem
6 — Tal ciência é para mim maravilhosís­ de ti, mas a noite resplandece como o dia; as
sima; tão alta que não a posso atingir. trevas e a luz são para ti a mesma coisa.
7 — Para onde me irei do teu Espírito, ou
para onde fugirei da tua face?

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
0 a trib u to da onipresença de Deus está tência. Só Deus possui estes três "o m n is "
intim am ente ligado à Sua onisciência e onipo- Por Sua onipresença é que Deus está em to-
23
no Seol a sua cama, ali haveria de e n co n tra r o
i » „ K pip age em todos os lugares e
Senhor que tudo enche e p erscruta. O Seol é
J “ g conhecimento de ludo quanto
possui p ie iu iII es |st0 nã0 significa. designado na Bíblia com o o m undo dos m o r­
tos. Apesar disto, até aí Deus está. Não há
contudo que Deus esteja presente, local'zad° como fu g ir ou esquecer esta realidade.
p limitado a qualquer lugar como acontece
4. Deus habita o infinito (Sl 139.9,10).
com o homem, isto é, corporalmente, pois
Qualquer pessoa in te lig e n te que reconhece a
Deus é um Ser espiritual. onisciência divin a, há de concordar com o
salm ista Davi, que não adianta to m a r as asas
I. ONDE DEUS ESTÁ? da alva, nem h a b ita r nas extrem idades do
Um filósoto pagão perguntou certa vez a mar, na tentativa de fu g ir da presença de
um piedoso cristão: "Onde esta Deus. O Deus. Num caso ou noutro , o fu g itiv o há de
cristão prontamente respondeu com outra encontrar a mão do Senhor a guiá-lo e susten­
pergunta: “ Primeiro desejo perguntar-lhe: tá-lo.
Onde não está Ele?” 5. Deus está em meio às trevas (Sl
Uma vez que Deus está em todos os luga­ 139.11,12). Como com preende r isto, uma vez
res. não há um só lugar no Universo e na eter­ que o apóstolo João diz que "D e u s é luz, e
nidade onde Deus não esteja. Mas a preciosi­ não há nele trevas n e n h u m a s"? (1 Jo 1.5).
dade deste assunto não esbarra aqui. Consti­ Note que João ao fa la r sobre “ tre v a s ” não es­
tui um grande conforto para o cristão saber tá se referindo à noite, aquele período que vai
que, do pôr ao nascer do sol, período do dia re fe ri­
1. Não é possível fugir da presença de do pelo salm ista. Diz Davi que nenhum a n o i­
Deus (Sl 139.7). Toda a magnitude e grande­ te, por mais negra que seja, deverá ser tom a­
za do Universo são reduzidas a proporções da como m anto para o c u lta r o homem de
microscópicas diante dos olhos penetrantes Deus. Neste caso, a n o ite se fará dia.
da inescrutável sabedoria de Deus. Sejam os
altos céus. ou mesmo as partes mais escuras 6. Deus está presente até mesmo no in­
da terra, tudo se desnuda diante dos olhos do ferno. Evidentem ente Deus não está em todos
Deus que tudo vê. O homem, no princípio da os lugares num mesmo sentido e com o mes­
sua vida de desobediência, acreditou poder mo propósito. Ele está presente nalguns luga­
encobrir a sua nudez e se esconder por detrás res num sentido em que não está noutros. Ele
das árvores do Éden, da presença do Deus de está no céu com o lugar de Sua eterna habita­
toda a terra (Gn 3.7-10); porém foi tudo em ção e com o local do Seu tro n o . Ele está na
vão. Não há, pois, para onde fugir do Espírito terra abençoando os hom ens e m antendo viva
e da face do Deus onipresente. ( SP- t a natureza. Já Sua presença no inferno tem a
ver com a Sua onipresença, ju stiça , maldição
2. Deus está no céu (Sl 139.8). O céu é e castigo aí derram ados.
designado na Bíblia como o ponto mais eleva­ 7. Deus habita com o contrito e abatido
do da habitação de Deus. Uma espécie de ha­ de espírito. "P o rq u e assim diz o alto e o
bitação domiciliar divina. Aí está o trone Ja sublim e, que habita na eternidade, e cujo
majestade e santidade de Deus. Dada a id tn - nome é santo: Num a lto e santo lugar habito,
tiTicaçao desse lugar com Deus, a Bíblia o e tam bém com o c o n trito e abatido de espíri­
descreve como um lugar de gozo, santidade e to. para v iv ific a r o e spírito dos abatidos, e
delicias eternas.
para v iv ific a r o coração dos co n trito s (Is
e < * 3 SSn ° .salm^ ta; ' Se subir ao céu, tu aí 57.15). Por mais que nos em penhem os, sera
Erar ? ? Se? Uma l0UCUra tentar sempre um grande desafio te n ta r com preen­
£ % V oeoT" '“™a íe Ktapa' da der como Deus, que a si mesmo se designa o
alto", “ o s u b lim e ", e o "s a n to ", que habita
139 Dn « i ^ f "° inte,ior da ^ r r a (Sl na eternidade, num alto e santo lu g a r, se
0 sa,mista conheceu que se fizesse compraz em habitar com o c o n trito e abatido
24
de espírito, para v iv ific a r o e sp írito e o cora­ Assim como na época do im pério romano
ção deles. (s p - 2 —^ o m undo inteiro era para o m alfeitor uma vas­
ta cadeia, pois, ainda que fugisse para terras
II. A ONIPRESENÇA DE DEUS APLICADA mais distantes, podia ser alcançado pelas le­
giões do im perador, da mesma form a, no go­
Conceber a onipresença de Deus apenas
verno de Deus, quem pode escapar aos olhos
como teoria, será de nenhum valo r prático
do Juiz de toda a terra? (Gn 18.25). A decla­
para a vida cristã. Concebê-la tam bém apenas
ração bíblica, "T u és Deus que vê” , deveria
com o uma parte da d o u trin a teísta, de igual
servir de advertência para evitarm os o pecado
modo, será de pouco valor. Porém , aplicada à
(H b 4.13; SI 139).
vida e experiências hum anas, a onipresença
3. Consiste numa verdade inexplicável. A
de Deus.
onipresença de Deus é assunto demasiada­
1. Resume uma verdade consoladora. Tem
mente vasto para ser explicado e com preendi­
a ver com a verdade consoladora que anim a
do pelos lim ites estreitos do entendim ento
os corações dos crentes. Deste m odo a in fa lí­
humano. Podemos apenas dizer que o grande
vel presença de Deus no m undo se co n s titu i
Deus, o Espírito eterno e todo-poderoso, é tão
em gloriosa porção e possessão. ilim itado na sua presença quanto o é na sua
Quando seguim os pelo cam inho, ele vai duração e no seu poder. 0 dizer-se que Ele
conosco. Quando estam os na com panhia de habita no céu é realmente uma concessão à
amigos, em m eio a todo o esquecim ento de fraqueza do nosso entendim ento; mas, estri­
Sua real presença, Ele nunca se esquece de tam ente falando, o céu dos céus não pode
nós. Nas vigílias silenciosas da noite quando contê-lo (1 Rs 8.27); Ele está em toda a parte
nos cerram as pálpebras e o nosso e spírito re­ do seu dom ínio... (Wesley) fs p -á
cua até a inconsciência, o olho observador
daquEle que jam ais d o rm ita está sobre nós.
Não podem os sair da Sua presença para onde QUESTIONÁRIO
quer que fujam os; Ele nos guia, nos vigia e
cuida de nós. O mesmo Ser que opera nos 1. Quais os atributos de Deus que estão in ti­
dom ínios mais rem otos da natureza e da pro­ mamente ligados à Sua onipresença?
vidência, está tam bém ao nosso lado, e n tre ­ 2. O que se entende por onipresença de
gando-nos um a um os m om entos de nossas Deus?
experiências, sustentando-nos no exercício de 3. Cite a referência bíblica onde se diz que é
todos os nossos sentim entos e de todas as impossível ao homem fugir da presença de
nossas faculdades (C harlm ers). Deus.
2. Trata-se de verdade sondadora. Há um 4. Onde a Escritura afirm a que Deus habita
pensamento que diz que uma pulga preta, com o contrito e o abatido de espírito?
sobre uma mesa de m árm ore preto, numa
sala escura, numa noite som bria, Deus a vê.

25
2 2 d e n o v e m b ro d e 1 9 8 7
Lição 8
A VERACIDADE E A FIDELIDADE
DE DEUS
TE*™usArioThom em , para que minta; nem filho do homem, paro
auese Zependa. Porventura diria ele, e nao o farta? ou falar,a, e nao
o confirmaria?” (Nm 23.19).

VE[husDf a o R
^ m o tempo verdadeiro em suas palavras e fiel em
suas promessas.
LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 36.5,6 Quinta - Sl 43.3; 91.4


Terça - Rm 3.3,4 Sexta - Sl 119.137,138,142
Quarta - Sl 25.3-6 Sábado - Jo 1.17; 8.32
's

TEXTO BÍBLICO BASICO

Sl 31.5; Jo 3.33; 1 Ts 1.9; Dt 7.9; 32.4; Sl


117.2; 1 Co 1.9

Sl 31.5 — Nas tuas mãos encomendo o que o amam e guardam os seus mandamen­
meu espírito; tu me remiste, Senhor Deus da tos.
verdade. 32.4 — Ele é a Rocha, cuja obra é perfei­
Jo 3.33 — Aquele que aceitou o seu teste­ ta, porque todos os seus caminhos juízos são.
munho, esse confirmou que Deus é verdadei­ Deus é verdade, e não há nele injustiça; justo
ro. e reto é.
1 Ts 1.9 — Porque eles mesmos anun­ Sl 117.2 — Porque a sua benignidade é
ciam de nós qual a entrada que tivemos para grande para conosco e a verdade do Senhor é
convosco, e como dos ídolos vos convertestes para sempre. Louvai ao Senhor.
* 0 «Hs-para servir o Deus vivo e verdadeiro. 1 Co 1.9 — Fiel é Deus, pelo qual fostes
Jn ~ Caberás pois que o Senhor teu chamados para a comunhão de seu Filho Je­
Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda o con- sus Cristo nosso Senhor.
<*rto e a misericórdia até mil gerações aos

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

manifestas n M e c o ^ r e r ^ l n L ^
bíblica. Veracidade e fidelidade
^6U
S i^ 0
ll arrat,!va
m ú lt'P|°s aspectos da perfeição divina. Seria
tirã"ica a concepção dum Deus onisciente,
^ e Tiaelidade são dois dos onipresente e onipotente, mas que não fosse
ao mesmo tem po verdadeiro e fie l. Ao co n trá ­ de sem pre, fazendo provisão redentora em
rio deste raciocínio, Deus é ao mesmo tem po benefício daqueles que repousam na Sua ver­
veraz e perfe ito. "D eus não é hom em para dade.
que m in ta ” (N m 2 3.1 9).
3. A verdade testemunhada (Jo 3.33).
Como devemos agir face à revelação que nos
I. A VERACIDADE DE DEUS
fo i feita da verdade salvadora de Deus? Deve­
A perfeição absoluta de Deus nos induz à mos testem unhar da verdade divina, com o
compreensão de que a m entira é incom patível mesmo ardor da ilum inação recebida, c o n tri­
com a natureza d ivin a. Deste m odo devemos buindo para a redenção daqueles homens e
ter sem pre em m ente que quando estamos m ulheres escravos da m entira e do engano
tratando com Deus, estam os tra ta nd o com um im postos por Satanás. Jesus chama a si mes­
Ser verdadeiro e disposto a c u m p rir as suas mo de a Verdade, quando diz aos escravos da
santas e boas palavras (Jr 1 .12 ). Por isso, de­ m entira: "E conhecereis a verdade, e a verda­
vemos pôr nEle toda a nossa confiança (SI de vos libertará... Se pois o Filho vos libertar,
125.1), na certeza de que Ele estabelecerá o verdadeiram ente sereis livres” (Jo 8.32,36).
nosso d ire ito e nos conduzirá a toda a verda­ Testifiquem os da salvação libertadora
de. prom etida por Deus através de Jesus Cristo,
1. Não há mentira em Deus. “ ...sem pre certos de que aqueles que a aceitarem, teste­
seja Deus verdadeiro, e todo o hom em m e n ti­ m unharão confirm ando que o Senhor Deus é
roso...” (Rm 3 .4 ). A verdade é parte insepará­ verdadeiro.
vel do caráter de Deus assim como a m entira
4. A verdade que converte (1 Ts 1.9). 0
é inerente ao caráter do hom em . Apesar disto,
apóstolo Paulo escreve aos crentes de Tessa-
o ím pio tem tentado in v e rte r as posições,
lônica, como pessoas que dos ídolos se con­
procurando tra n s fo rm a r o hom em em Deus, verteram a Deus, "para servir o Deus vivo e
enquanto insiste em red uzir Deus à posição
verdadeiro” . M ediante estas palavras de Pau­
do hom em m ortal. Daí não ser d ifíc il ao ho­
lo compreendemos que os "íd o lo s " são men­
mem in te n ta r roubar para si v irtu de s exclusi­
tiras, não obstante m uitos desejarem colocá-
vas da D ivindade e tra n s fe rir para Deus as los em posição igual a Deus na mente das
mazelas e m isérias do homem. pessoas. Seus "m ilagres” e a alegada "in te r­
Não há dúvida de que qualquer esforço cessão" a favor dos homens, são, pois, em­
nesse sentido redundará em fracasso; pois bustes de prim eira grandeza, uma vez que
Deus continuará, por toda a eternidade, sen­ todo o poder pertence exclusivamente a Deus,
do o Deus da verdade, enquanto que o ho­ e o único intercessor a favor do homem junto
mem (a menos que encontre liberdade em a Deus é o Senhor Jesus Cristo (Hb 7.25). É
C risto), perm anecerá cativo da m entira. aqui que a verdade de Deus brada contra a
2. A verdade que redime (SI 3 1.5). 0 sa l­ m entira e o embuste dos ídolos.
mista Davi podia encom endar o seu espírito e Lembremo-nos de que não fomos conver­
confiar a sua redenção aos cuidados do Deus tidos dos ídolos para Deus, sem propósito.
da verdade. Ele tinha experiência própria de Fomos convertidos “ para servir o Deus vivo e
que, ainda que os entes queridos mais ache­ verdadeiro” . De que modo? Amando, vivendo
gados pudessem abandoná-lo no dia da ad­ e testificando da verdade àqueles que estão
versidade, podia c on fia r inteiram ente em sendo asfixiados pelo engano de Satanás e
Deus. dos homens que estão a seu serviço. Sim, a
0 mesmo acontece conosco hoje. A qual­ verdade divina é capaz de salvar-nos do ego­
quer dia ou hora da vida, os m elhores amigos centrismo e levar-nos à compreensão e deter­
com os quais acreditam os poder contar, no minação de viver mais para a felicidade dos
momento em que mais esperarmos ter a sua outros do que de nós mesmos.
ajuda, seremos por eles desamparados. Deus,
porém, permanece o mesmo, no mesmo lugar
Cg^_- ’ - )
27
cim ento do Messias, quando escreve: “ Mas,
II. A FIDELIDADE DE DEUS vindo a plenitude dos tem pos, Deus enviou
a Ríhha Saerada a História da Igreja e a seu Filho, nascido de m ulher, nascido sob a
le i” (Gl 4.4). Onde se deu esse evento? em
Belém conform e o Senhor havia prom etido
(M t 2.1).
3. 0 triunfo da Igreja. Q uanto à fundação
e triu n fo s da Igreja, disse o Senhor- Jesus
Cristo: "...e d ific a re i a m inha igreja, e as por­
tas do inferno não prevalecerão contra ela”
(M t 16.18). Numa concepção global, a fu nda­
ção e triu n fo s da Igreja são obras não apenas,
do Filho, mas tam bém do Pai e do Espírito
Palaí r « formação da nação de Israel.J u d o Santo.
começou com a chamada divina a Abraão, no Não obstante as perseguições e todas as
sentido de que ele deixasse a sua habitaçao demais sortes de adversidades sofridas ao
em Ur na Caldéia, e rumasse em direção a longo da sua h istó ria , a Igreja de Jesus Cristo
terra que Deus lhe mostraria. Chegando em continua viva, ativa, indo de triu n fo em triu n ­
Canaà (a terra indicada), Deus promete um fo na força do Deus fie l.
filho a Abraão (Gn 15.4). No tempo aprazado, 4. 0 que virá no futuro. M uitas das pro­
em cumprimento da promessa de Deus, nas­ messas feitas por Deus já se cum priram , ou­
ceu Isaque, o primeiro duma fam ília inum erá­ tras estão se c u m p rin d o agora ou ainda se
vel. cum prirão no fu tu ro . A Igreja, em particular,
Quanto ao futuro desse grande povo que aguarda o arreb atam ento dos santos, precedi­
dele descenderia, disse Deus a Abraão: "S a i­ do da ressurreição dos santos m ortos e trans­
bas, de certo, que peregrina será a tua se­ form ação dos vivos. Aguarda manifestar-se
mente em terra que não é sua, e servi-los-ão; com Cristo em g lória e com Ele se assentar
e afligi-los-ão quatrocentos anos; mas tam ­ em tronos para ju lg a r. Aguarda a inauguração
bém eu julgarei a gente, a qual servirão, e de­ do governo m ile n ia l de C risto. Aguarda, por
pois sairão com grande fazenda.” Lendo o re­ fim , novos céus e um a te rra onde habix ?
gistro da chegada de Jacó e a sua fam ília no justiça de Deus. Mas, que certeza temos de
Egito (Gn 46), o crescimento, sofrim ento e li­ que Deus c u m p rirá o restante das promessas
bertação de Israel da terra do Egito ( ê x
relativas ao fu tu ro ?
12.37-51), podemos ver com que precisão
Deus cumpriu com a sua promessa feita a Essa in crível m arca de cem por cento de
Abraão.
precisão no c u m p rim e n to dessas promessas
Em todos os momentos, nos altos e bai­ no passado, c o n s titu i-s e num a inquestionável
xos, a história de Israel é o registro da fid e li­ garantia de que serão cum pridas todas as
dade de Deus abençoando os obedientes ou promessas para o fu tu ro , porqu e _ _ n e l_ e
castigando os impenitentes.
2. O advento do Messias. Através do seu Deus” (1 Co 1 .9 )
profeta, diz Deus; "Porque um menino nos
nasceu um filho se nos deu; e o principado III. ASPECTOS DA FIDELIDADE DE DEUS
esta sobre os seus ombros; e o seu nome se- A fid e lid a d e de Deus é de extrema ' m Por
^ S W nselhe^ Deus ,orte- pai tância para o Seu povo. C onstitui para
oa eternidade, Pnncipe da paz” (Is 9 6 ) Por crentes em Jesus a base de sua contianç ,
S T S L V » Í & in u n ' fundam ento da sua esperança e a caus
w ém como 0 lugar onde o Seu È°Z0.
Messias haveria de nascer (Mq 5 2) Pauln »rort0
1. Deus é fiel em guardar o seu conce
(D t 7 .9 ). Deus está m oral e e s p ir it u a lm e n te
40
empenhado em guardar a sua aliança e em ter cende o tempo. A sua fidelidade é eterna.
m isericórdia por m ais de m il gerações dos Paulo coloca a infidelidade do homem em
que 0 amam e cum prem os seus m andam en­ contraste com a fidelidade de Deus, nos se­
tos. Os hom ens ím pios, o Diabo e o inferno, guintes term os: “ Se form os infiéis, ele per­
com todos os seus esforços conjugados, se­ manece fiel: não pode negar-se a si mesmo”
riam incapazes de deter a Deus e fazê-lo m u­ (2 Tm 2.13).
dar a decisão de abençoar o crente e de con­ 4, A fidelidade de Deus e a comunhão dos
servá-lo protegido em meio às mais duras lu ­ santos (1 Co 1.9). Paulo, ao a trib u ir a nossa
tas da vida. Balaque pagou a Balaão no se n ti­ chamada à comunhão de Jesus Cristo nosso
do de que este am aldiçoasse os filh o s de Is­ Senhor. Considera algo resultante da ação
rael. Balaão, porém , concludentem ente per­ graciosa da fidelidade de Deus. É Deus usan­
gunta: “ Como am aldiçoarei o que Deus não do o Seu Filho como elemento de agregação
am aldiçoa? e com o detestarei, quando o Se­ de homens e m ulheres convertidos, no senti­
nhor não detesta?” (N m 2 3 .8). Balaão reco­ do de am pliar a Sua fam ília espiritual. É como
nheceu, pois, que “ contra Jacó não vale en­ se Deus, de momento acercado de todos os
cantam ento, nem adivinhação contra Israel” seres celestiais, sentisse que naquela congre­
(Nm 23.23). gação de amigos ainda havia lugar para mais
Deus é fie l no cu m p rim en to do seu con­ alguém. Foi aí que entramos eu, você e todo o
certo para com o Seu povo. inumerável exército de salvos vivos e mortos
2. Deus é todo fidelidade (D t 32.4). 0 ou­ aguardando o momento do triunfo final.
ro, o mais precioso dos m etais, antes de ser Agradeçamos, pois, a Deus por sua veraci­
levado e exposto nas joalherias das grandes dade e fidelidade, verdadeiros mananciais de
cidades, precisa ser levado ao fogo para ser bênçãos para as nossas vidas!
purificado de suas im purezas. Na Bíblia, mes­
mo os hom ens mais santos (excetuando-se a QUESTIONÁRIO
pessoa de Jesus), m ostraram -se sujeitos às
paixões e m uitas das vezes se deixaram levar 1. Diga o que são a veracidade e a fidelidade
por pecados grosseiros. Eles eram um m isto de Deus, conform o comentário desta li­
de fidelidade e infidelid ades. Isto não aconte­ ção.
ce com Deus. "D eus é fidelidade, e não há 2. Cite referências bíblicas que falam da vera­
nele injustiça: é ju sto e re to ” (D t 32.4 - ARA). cidade e fidelidade de Deus.
3. A fidelidade de Deus é permanente (SI 3. Dê algumas referências bíblicas que pro­
117.2). A quilo que o homem é ou deixa de ser vem o cum prim ento das promessas de
está m uito afeto ao am biente, ao tem po e ao Deus.
m omento. A fid elida de de Deus, porém , tra n s­ 4. Cite os aspectos da fidelidade de Deus.

29
_______— 29 d e n o v e m b ro d e 1 9 8 7 ^
' Lição 9
o CONSELHO DE DEUS
T E X T OÁUREO também fomos feitos herança, havendo
“Nele, digo, em propósito daquele que faz todas as
t s jr s s s Wzrr-s- ^ (Ef , n ,

abrange todos os seus eternos propósitos e de -


eretos, incluindo a Criação e a Redenção.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - S i 3 3 . 1-12; 73 23,24 Quinta - I P e l


•t/L,, p., jqs»i- 4610 Sexía - 0 . 4 4 -óU
Quarta - Jr 32.17-19 Sábado - A t 2.23-36; H b 6.13-20

TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Is 40.13,14; 14.26,27; 46.9-11;. Dn 4.35

Is 40.13 - Quem guiou 0 Espírito do Se­ 10 — Que anuncio 0 fim desde 0 princí­
nhor? e que conselheiro 0 ensinou? pio, e desde a antiguidade as coisas que ainda
14 — Com quem tomou conselho, para não sucederam; que .digo: 0 meu conselho se­
que lhe desse entendimento, e lhe mostrasse rá firm e, e farei toda a minha vontade;
as veredas do juízo e lhe ensinasse sabedoria, 11 — Que chamo a ave de rapina desde 0
e lhe fizesse notório 0 caminho da ciência? oriente, e 0 homem do meu conselho desde
14.26 — Este é 0 conselho que foi deter­terras remotas; porque assim 0 disse, e assim
minado sobre toda esta terra; e esta é a mão acontecerá; eu 0 determ inei, e também 0 fa­
que está estendida sobre todas as nações. rei. ,
27 — Porque 0 Senhor dos Exércitos 0 Dn 4 .3 5 — E todos os moradores da terra
determinou; quem pois 0 invalidará? e a sua são reputados em nada; e segundo a sua von­
mão estendida está; quem pois a fará voltar tade ele opera com 0 exército do céu e os mo­
atrás? radores da terra; não há quem possa estorvar
46.9 — Lembrai-vos das coisas passadas a sua mão, e lhe diga: Que fazes?
desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não
há outro Deus, não há outro semelhante a
mim;
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Por conselho de Oeus, entende-se 0 Seu 0 espiritual,
visível e invisível, abrangendo t
plano eterno em relação ao mundo material e dos os seus eternos propósitos e decr
30
clusive a Criação e a Redenção, levando em pagãos, não passam de tolices daqueles que
conta a livre atuação do hom em . os fazem e os adoram. Eles nada são, nada sa­
I. 0 CONSELHO DE DEUS NAS ESCRITURAS bem, nada ouvem, nada falam , nada vêem.
A Bíblia é o livro de registro das decisões por quê? Porque não são deuses. São, pelo
soberanas de Deus. Mas do que isto, a Bíblia contrário, concepções das mentes desviadas
registra a consum ação de m uitos dos p ro pó si­ do autêntico Deus. O Todo-poderoso, este
tos trazidos à luz pela soberana vontade do sim , como o único e verdadeiro Deus, é capaz
Todo-poderoso. A luz do texto básico desta li­ de decidir e fazer todas as coisas conform e os
ção, com preendem os que: seus soberanos desígnios.
1. O conselho de Deus é inerente à sua
5.0 conselho de Deus fida com o específi­
pessoa (Is 4 0 .1 3 ,1 4 ). Ao estabelecer o seu
co (Is 46.10,11). 0 conselho de Deus inclui a
programa cria d o r e de governo dos mundos
compreensão divina do "fim desde o p rin c í­
m aterial e e s piritua l, Deus não se aconselhou
p io” , a revelação na antiguidade de coisas
com ninguém . Quem dentre os seres criados
que ainda não sucederam. Como diz o Senhor
era Seu igual e se h a b ilita ria a questionar as
Deus: " 0 meu conselho será firm e, e farei
Suas decisões? N inguém ! É Deus mesm o, in ­
toda a minha vontade” . Ele chama a ave de
dependentem ente de qu alquer o u tro agente
rapina desde o oriente, e o homem do Seu
fora de Si, quem "fa z todas as coisas, segun­ conselho ‘uma referência a Ciro' desde terras
do o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). remotas; "porque assim o disse: e assim
O - 1 acontecerá: eu o determinei, e também o fa ­
O conselho de Deus estende-se sobre as re i", diz o Senhor.
nações (Is 14.26). Deus, segundo o seu de­ “ Todos os moradores da terra são reputa­
creto, abre a possibilidade de bênção ou de dos em nada; e segundo a sua vontade ele
juízo sobre as nações. Não é uma questão de opera com o exército do céu e os moradores
Deus am ar a uns e desprezar a outros. Não. da terra: não há quem possa estorvar a sua
Bênçãos ou juízos decorrem da aceitação ou mão, e lhe diga: Que fazes?" (Dn 4.35).
rejeição dessas nações à vontade revelada de
Deus visando o bem de todos os homens. O (Íp—2 —)
fato de a mão do Senhor estar estendida
II. ABRANGÊNCIA DO CONSELHO DE DEUS
sobre todas as nações, m ostra que, segundo o
Seu conselho, Deus sabe o que vai no coração 0 conselho ou propósito de Deus. abrange
dos governantes e qual a sorte reservada para não só os efeitos, mas também as causas: não
os povos no fu tu ro . apenas os fins que devem ser atingidos, mas
3. O conselho de Deus é soberano (Is igualmente os meios necessários para a sua
14.27). Quem poderá deter a Deus na Sua obtenção.
operação? Qual das criaturas é suficien te- Em resumo: aquilo que o homem geral­
’ mente fo rte e capaz de fazê-lo recuar? Uma mente chama de propósito de Deus. nada
vez que Deus está acima de tudo quanto ele mais é do que aspectos do propósito geral de
criou, não pode se su b m e te ra nada que não à Deus. através do qual Ele dispôs a criação,
desenvolvimento, utilizaçao e fim de todas as
Sua própria vontade e soberano conselho.
coisas, no tempo e no espaço.
Uma vez que "o Senhor dos Exércitos deter­
1. Aplicado a todas as coisas em geral. O
m inou; quem pois o invalidará? e a sua mão
conselho de Deus fala da sua vontade sobera­
estendida está: quem pois a fará voltar
na criando e ordenando todos os elementos
atrás?” (Is 14.27). do universo (Is 14.26.27). Inclusive vatici­
4. O conselho de Deus é inigualável (Is nando fatos futuros relacionados com a nação
46.9). Deus é o único e o Seu conselho é sem de Israel e as demais nações da terra. Em
par. O alegado poder de "s e r” , "d e c id ir” e síntese: nada foge ao controle de Deus. Ele
"fa ze r” atribuídos aos deuses e divindades governa tudo. A Bíblia diz. inclusive, que Ele
31
r j p r a h filo (Í3 nOSS3 C3 mem, em linhas gerais, ocupa-se do seguinte'
tem contados os.fios; d caj de uma a) cria r o hom em ; b) prover a salvação em

i r í . í - “ * '- * Cristo, suficien te para todos; c ) g a ra n tir essa


salvação a todos aqueles que a aceitarem li ­
vre e espontaneam ente; d ) ju lg a r aqueles que
livre e volu n tariam ente rejeitarem a graça sal­
vadora de Deus em C risto, oferecida através
“f& txsafss.-- do Evangelho.

2. A predestinação do homem. Com o sur­


i ^negócios
aos a adasínações
S i(AtS17.26).
SR 3) ao gim ento da Reforma P rotestante, m uitas dou­
trinas fundam entais da fé cristã foram reexa­
neríodo da vida humana (Jó 14.5,14,
minadas, debatidas e inseridas em confissões
90.9.10;) 4) ao m°d° mor^e homem
2119); 5) às nações humanas, boas ou mas de fé. Entre essas d o u trin a s está a da predes­
(Ef 2.10; Gn 50.20). . . tinação, propagada o rig in a lm e n te pelo refor­
b. Aplicado às coisas espirituais. Quando m ador João Calvino.
aplicado às coisas espirituais, o conselho de Segundo C alvino, Deus "d e te rm in o u por
Deus relaciona-se com: 1) a salvação do ho­ si mesmo o que Ele quis que todo indivíduo
mem (1 Co 2.7; Ef 3.10; 1 Pe 1.1,2; 2 Tm do gênero hum ano viesse a s e r". Prosseguin­
118- At 13.48; Ef 1.4,5); 2) o Reino de Cristo do, diz ele que “ os hom ens não são criados
(SI 2.6-8; Mt 25.34); 3) a obra de Deus nos todos com o m esm o de stin o . Para alguns é
crentes e por meio deles (Fp 2.12,13; Ef preordenada a vida eterna, e para outros, a
2 . 10 ). condenação eterna. P ortanto, cada pessoa
O conselho (ou plano) divino está em har­ sendo criada para um ou para outro destes
monia com o conhecimento, a sabedoria e a fins, dizem os que ela é predestinada para a
benevolência de Deus. Um universo sem pla­ vida ou para a m orte e te rn a ".
no estabelecido, compara o Dr. A.J. Gordon, Não dem orou para que esse ensino de
seria semelhante a um trem expresso a preci­ Calvino fosse questionado e discordado. E en­
pitar-se nas trevas, sem luzes, sem m aquinis­ tre os que o fize ra m , destacou-se o teólogo
tas e sem qualquer outro meio de controle. holandês, Jacó A rm in iu s , segundo o qual a
salvação é um ato soberano do conselho de
III. O CONSELHO DE DEUS QUANTO A RE­ Deus, mas que o hom em ta n to pode aceitá-la
DENÇÃO como rejeitá-la, pois que Deus dotou o ho­
mem de livre a rb ítrio .
A redenção é um dos propósitos do con­
selho de Deus. É a fase que diz respeito à sal­ 3. A predestinação definida. Jacó A rm i­
vação do homem. Para melhor compreender nius teve em João Wesley a m aior expressão
isto, é muito importante estarmos atentos do seu pensam ento e d o u trin a quanto à pre­
para as seguintes palavras do apóstolo Paulo: destinação do hom em para a salvação como
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus parte do conselho de Deus. Sobre isso escre­
u isto, o qual nos abençoou com todas as veu Wesley:
bençaos espirituais nos lugares celestiais em “ A E scritura diz-nos claram ente o que_e
S l ambém nos ete?eu nele antes predestinação: é Deus designar de antemao
aníííft0 ™nd0' para que Assemos para a salvação, os crentes obedientes, co­
santos e irrepreensíveis diante dele em cari- nhecendo a ntecipadam ente suas obras s e ­
poí i « u s ° S eSt,n0U Para filhos de ad0(íã0 gundo Sua presciência' disse ‘desde a funda­
beneoláritn rit P3ra Sl mesmo' segundo o ção do m u n d o '. De igual m odo, predestina ou
Denepiacito de sua vontade” (Ef 1 3 Sí designa de antem ão todos os i n c r é d u lo s deso­

- •s a s a s s S t
bedientes para a condenação, c o n h e c e n d o a
tecipadam ente todas as obras deles segun
Sua presciência disss desde a fundação do ções dos homens, Deus fez um plano dos
mundo'. Seus atos: atos estes que resultam em maior
"Podem os ir um pouco mais alem . Deus, glória para Deus, na salvação do maior núme­
desde a fundação òo m undo, previu todos ro possível de pecadores, contribuindo, inclu­
quantos iam crer ou não crer em Cristo. De sive, para o desenvolvimento da mais perfeita
acordo com essa presciência, Deus escolheu obediência de seus servos.
ou ELEGEU todos os crentes obedientes, para 0 conselho de Deus é inteligente e com­
salvação, e recusou ou REPROVOU todos os pleto; nada se lhe poderá acrescentar.
desobedientes para a condenação. Assim,
pois, as Escrituras nos m ostram a ELEIÇÃO e
a REPROVAÇÃO quanto à salvação segundo a
QUESTIONÁRIO
presciência de Deus, desde a fundação do
m undo". 1. De conformidade com o comentário, diga o
4. Predestinação e não interferência. A que se entende por conselho de Deus.
predestinação não é uma inte rferên cia da 2. Concernente ao conselho de Deus, o que
parte de Deus nas escolhas do hom em . Isto o podemos compreender à luz do texto bási­
rebaixaria à posição de um fantoche, sem po­ co da lição em foco?
der de escolha nem vontade. A predestinação 3. Quanto à abrangência do conselho’ de
nunca predeterm ina as escolhas dos homens, Deus, o que nos ensina esta lição?
mas, sim , preordena as escolhas de Deus no 4. Diga do que se ocupa o conselho de Deus
que concerne ao seu relacionam ento com as em relação ao homem.
inclinações, necessidades e escolhas dos ho­ 5. Pode o homem anular o conselho de Deus?
mens. Sabendo de todas as possibilidades fu ­ Dê as referências que respondem a esta
turas, bem como do que ocorreria nos cora­ questão.

33
6 d e d e z e m b ro d e 1987
Lição 10

A BONDADE DE DEUS
TEXTO ÁUREO
"Louvem ao Senhor pela sua bondade, e pelas suas maravilhas
para com os filhos dos homens ” (Sl 107.21).

VERDADE PRÁTICA
Por sua bondade, Deus dispensa dia-a-dia o seu favor em benefí­
cio de todos os homens, mas principalmente dos que O temem.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 17.6,7; 33.5 Quinta - 2 Cr 30.9; Sl 103.8-14


Terça - Pv 10.12; Jo 15.13 Sexta - Ê x 34.6,7; 1 Tm 1.16
Quarta - Jo 1.14-17; Rm 5.20 Sábado - Rm 9.22-26

TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Sl 36.6; 145.9,16; Mt 5.45; 6.26; Lc 6 .3 5 ; At
14.17
Sl 36.6 — A tua justiça é como as grandes nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em
montanhas; os teus juízos são um grande celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta,
ajsm o. Senhor, tu conservas os homens e os Não tendes vós m uito mais valor do que elas?
n7 A S o n (..k A í u ! , *-c 6-35 — Amai pois a vossos inimigos, e
e as suai miwrirnrH1!, -m pari? co[n ] 0(10S' bem, e em prestai, sem nada esperardes,
suas obras cord,as sao sobre todas as e será grande o vosso galardão, e sereis filhos
16 - A hr« 3 „s. . . do Altíssimo; porque ele é benigno até para
swídt £ « , , 3 stsit,s,i!Bosíe-
Mt 4 45 - Para m.a nu j
c- ?At s14.17
J " ,— t ï nao
r vE contudo, - se „■ ,i
deixou a si
Pai que está nos céus- n J m !. i V0SS0 mesmo sem testem unho, beneficiando-vos lá
sol « S e sobre m ^ hVnV T V “ do céu- dand° -vos chuvas e te m P°s frutífe’
desça sobre justos e iniusto* 3 3 ros’ enchendo de m antim ento e de alegria os
6-26 - Olhai para ts aves do céu, que VOSSOS

.yT5nftllB l COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

tratada de maneira g e n é r i c a e ^ L r í f í r ^ r ^ da com o a m o r’ 8 raÇa ' m is e ric ó rd ia e longani-


mrJdo genérico, a bondade de Dpm^ t f-n h rnidade. Deste m odo a bondade de Deus se
34 conheci- m anifesta em d ife re n te s níveis, a b r a n g e n d o
os santos anjos, os filh o s de Israel, a Igreja, e duradouro alm ejam desfrutá-las em maior
os hom ens em geral. medida. A Bíblia se refere a esta bondade de
Deus em m uitas passagens, como as que se
I. DEFINIÇÃO DA BONDADE DE DEUS seguem: SI 36.6; 104.13,21; Mt 5.45' 6 26' Lc
6.35; At 14.17.
A bondade de Deus não deve ser c o n fu n ­
dida com a Sua te rn u ra , já que esta expressa
II. ASPECTOS DA BONDADE DE DEUS
um conceito m ais re s trito . Falam os de algo
como bom quando todas as suas partes co r­ Já dissemos que de modo genérico a bon­
r e s p o n d e m ao ideal. Na nossa descrição da dade de Deus é abordada nas Escrituras sob
bondade de Deus, a idéia fu n d a m e n ta l é que vários aspectos, como estudados a seguir:
Ele, em todo se ntid o, é o que deveria ser, e 1. O am or de Deus. Quando a bondade de
por conseguinte corresponde perfeita m e n te Deus se m anifesta em favor de Suas criaturas
ao ideal expresso na palavra Deus. racionais, assume o mais elevado caráter de
1. O significado da bondade de Deus. am or; am or esse que se distingue conform e o
Deus é bom no se ntid o tran scen de nte da pa­ objetivo ao qual se destina. Para distinguir o
lavra, que s ig n ific a absoluta perfeição e p e r­ am or divino da bondade de Deus em geral,
fe ita fe lic id a d e em Si m esm o. Neste sentido podemos d e fin i-lo como aquela perfeição de
disse Jesus ao jovem rico: "N in g u é m há bom Deus pela qual Ele é im pelido a comunicar-se
senão um, que é D eus" (M c 10.18). Porém, com as suas criaturas. Posto que Deus é ab­
posto que Deus é bom em Si mesm o, tam bém solutam ente bom em Si mesmo, o seu amor
é bom para com todas as suas cria tu ra s, po ­ não poderia alcançar perfeita satisfação num
dendo, po rta n to , d enom inar-se “ a fo n te de ser im perfeito, no caso a criatura humana.
todo o b e m ". Apesar disto Deus ama o homem no seu atual
Todas as bênçãos que as cria tu ra s gozam estado de queda (Jo 3.16). (E J U E )
na vida presente, e as que ainda hão de gozar
no fu tu ro , em anam de Deus, a inexaurível Ao mesmo tempo, Deus ama os salvos,
fonte do bem. Não som ente isto, já que Deus com um am or especial, posto que os contem ­
é o suprem o bem em Si mesm o, Ele é o s u ­ pla como Seus filh o s espirituais em Cristo, e
prem o bem para todas as criatu ra s, ainda que com eles se comunica utilizando todo o po­
em diferen tes graus, pois nem todos os ho­ tencial da Sua m isericórdia e graça (Jo 16.27:
mens estão em igual situação e s p iritu a l, o Rm 5.8; 1 Jo 3.1).
que c o n trib u i para que sejam mais ou menos 2. A graça de Deus. No geral, pode-se de­
receptíveis à bondade divin a. fin ir o term o graça como dádiva gratuita da
2. A bondade de Deus para com as suas generosidade para com alguém que não tem o
criaturas. Neste nível, a bondade de Deus direito de reclamá-la. De acordo com as Es­
pode ser d e fin id a com o aquela perfeição d iv i­ crituras, só a graça singular de Deus é que
na que O m antém s o líc ito para tra ta r genero­ pode ser assim definida. Seu am or para com
sa e ternam en te com todas as Suas criaturas. os homens sempre é imerecido, pois a des­
E aquele afeto pelo qual Deus assiste a toda peito de oferecido gratuitam ente, o homem
as Suas cria tu ra s sensíveis com o tais (SI prefere rejeitá-lo como coisa de nenhum va­
145.9,1 5,1 6). lor. De modo que a Bíblia geralm ente fala da
O benévolo interesse de Deus se revela graça para indicar a imerecida bondade do
em seu cuidado para o bem das suas c ria tu ­ am or de Deus para com aqueles que se têm
ras. N aturalm ente isso varia em graus, segun­ fe ito indignos dela, e que por natureza estão
do a capacidade do objeto que o há de rece­ debaixo da sentença de condenação.
ber. Ainda que não se lim ite aos crentes, são A graça de Deus é o manancial de todas
eles os únicos que m anifestam real reconhe­ as bênçãos espirituais, concedidas aos peca­
cim ento de Suas bênçãos, que m elhor dese­ dores (Ef 1.6; 2.7-9; Tt 2.11; 3.4-7). No
jam usá-las no serviço divin o, e que de modo entanto a Bíblia, com freqüência, fala da
35
graça de Deus como graça salvadora, e outras
de e insondável, a m ise ricó rd ia não pode ser
vezes ela aparece com um sentido mais a m ­
considerada o oposto da justiça divina, e tam ­
plo. A graça de Deus tem maior significado
pouco com o algo que a anule. A m isericórdia
prático para os pecados. d iv in a deve ser aceita em harm onia com a es­
• Por graça foi que o caminho da reden­ trita ju s tiça de Deus em atenção aos m éritos
ção se abriu para o hom em (Rm 3.24; 2 de Jesus C risto.
Co 8 .9 ). 4. A longanimidade de Deus. No original
• Por graça foi que Cristo selou a obra de h ebraico, longanimidade é traduzida por
redenção para todo o mundo (At 14.3). "g ra n d e ro s to ” e tam bém “ lento para a ira ” .
• Por graça os pecadores recebem o dom M ais claram ente, por m isericórdia , entende­
de Deus em Jesus Cristo (At 18.27; Ef m os aquela bondade ou am or de Deus, em
2 .8 ). v irtu d e do qual ele suporta ao obstinado e
• Por graça somos justificados (Rm 3.24; perverso pecador, apesar da sua persistente
4 .1 6 ; Tt 3 .7 ). desobediência. No exercício da Sua m isericór­
• Por graça fom os enriquecidos com dia Deus socorre o pecador em seu estado de
dons espirituais, os mais diversos (Jo pecado, adm oestando-o e cham ando-o ao a r­
1.16; 2 Co 8.9; 2 Ts 2 .1 6 ). re pe n d im en to.
• Por graça herdamos definitivam ente a Dentre os m uitos textos bíblicos que fa ­
salvação (E f 2.8; Tt 2 .1 1 ). lam da longanim idade e paciência de Deus,
Todos dependemos por com pleto da graça destacam -se os seguintes: Êxodo 34.6; Salmo
de Deus em Cristo, uma vez que estamos to ­ 8 6.15; Romanos 2.4; 9.22; 1 Pe 3.20 e 2 Pe­
talm ente despojados de m éritos próprios. dro 3.15 .
3. A m isericórdia de Deus. Se a graça divi­ Especialm ente a passagem de Salmo
na redim e o hom em culpado diante de Deus, 8 6 .1 5 , diz: “ Mas tu , Senhor, és um Deus
por interm édio do perdão é porque a m iseri­ cheio de com paixão, e piedoso, sofredor, e
córdia de Deus vê esse hom em como alguém grande em benignidade e em verdade” .
cansado sob o pesado fardo do pecado, ne­
cessitando de urgente ajuda espiritual. Desse QUESTIONÁRIO
modo, em Sua m isericórdia, Deus se mostra 1. De que m aneira é tratada a bondade de
compassivo e piedoso para com os que se Deus à luz das Escrituras?
acham em estado de miséria espiritual, sem ­ 2. De m odo genérico, como é conhecida a
pre pronto a socorrê-los. bondade de Deus?
No Novo Testam ento a m isericórdia divi­ 3. De que m odo se m anifesta a bondade de
na é freqüentem ente m encionada em associa­
Deus?
ção com a graça de Deus, especialm ente nas 4. Cite as referências bíblicas onde a bondade
saudações, como nas passagens de 1 Timóteo de Deus é abordada sob vários aspectos.
1.2; 2 Tim óteo 1.1 e Tito 1.4. Apesar de gran­

36
L iç ã o 11 13 d e d e z e m b ro d e 1987

A SANTIDADE DE DEUS
T E X T O ÁUREO
“Não há santo como é o Senhor; porque não há outro fora de ti, e
rocha nenhuma há como o nosso Dèus” (1 Sm 2.2).

VERDADE PRÁTICA
A santidade de Deus é a soma de todos os seus atributos morais, e
expressa a majestade de Sua natureza.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 25.11; Sl 29.2 Quinta - Hb 12.9,10


Terça - Ez 36.23; Is 6.3 Sexta - 1 Sm 2.2,3; Dt 32.4
Quarta - 1 Cr 16.23-29 Sábado - Lv 11.44; 1 Pe 1.15,16

TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Is 6.1-7; 1 Pc 1.15,16

is 6.1 — NO ano em que morreu o rei bios impuros, e habito no meio de um povo
Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto de impuros lábios, e os meus olhos virani o
e sublime trono, e o seu séquito enchia o rei, o Senhor dos Exércitos!
templo. 6 — Mas um dos serafins voou para mim
2 — Os serafins estavam acima dele; cada trazendo na sua mio uma brasa viva, que ti­
um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rara com uma tenaz;
rostos, e com duas cobriam os seus pés e 7 — E com ela tocou a minha boca, e dis­
com duas voavam. se: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua
3 — E clamavam uns para os outros, di­ iniqüidade foi tirada, e purificado o teu peca­
zendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos do.
Exércitos; toda a terra está cheia da sua gló­ 1 Pe 1.15 - Mas, como é santo aquele
ria. que vos chamou, sede vós também santos em
4 — E os umbrais das portas se moveram toda a vossa maneira de viver;
com a voz do que clamava, e a casa se encheu 16 _ Porquanto escrito está: Sede san­
de fumo. tos, porque eu sou santo.
5 — Então disse eu: Ai de mim, que vou
perecendo porque eu sou um homem de lá-
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A santidade de Deus é a soma de todos os de Sua natureza. Há quem diga que a santida­
Seus atributos morais, e expressa a majestade de é o atributo enfático de Deus. Se é verdade
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que exista q u a lq u e r diferen ça em grau de im ­ sagrar-se a vive r de acordo com a lei da sa n ti­
portân cia entre os a trib u to s m orais de Deus, dade d ivin a (1 Pe 1 .1 5 ,1 6 ). (E e I iE )
c e rta m e n te que a sa n tid ad e ocupa o p rim e iro
lugar.
II. A NATUREZA DA SANTIDADE DE DEUS
f. DEUS £ SANTO É d u plo o aspecto da santidade de Deus à
luz da B íblia. Em seu s ig n ific a d o original dá a
No hebraico o s ig n ific a d o de "s e r s a n to ” en te n d e r que Ele é a b s o lutam ente d is tin to de
é a p a rta r ou separar. É uma das m ais p ro e m i­ todas as suas cria tu ra s , e exaltado sobre elas
nentes palavras ou expressões do A n tigo Tes­ em in fin ita m ajestade. Entendida, assim, a
ta m e n to , e se ap lica antes de tu d o a Deus (Êx santid a de de Deus é um dos a trib u to s tra n s ­
1 5 .1 1 ; Lv 11.45 ; Js 2 4 .1 9 ; 1 Sm 2.2 ; SI 5 .4 ). cendentais e algum as vezes se fala dela como
A m esm a idéia está expressa no Novo Testa­ uma p erfeição central e suprem a (Êx 15.11).
m ento (L c 1.49 ; Tg 1.13; 1 Pe 1 .1 5 ,1 6 ; Ap , 1. A santidade de Deus enfatizada. Não
4.8 ; 1 5 .3 ,4 ). Q p -Y parece p ró p rio fa la r de um dos a trib u to s de
Deus com o sendo s u p e rio r, c entral ou mais
1. Significado da santidade de Deus. A fu n d a m e n ta l que o u tro , porém , se fo ra p e rm i­
s a ntidade de Deus s ig n ific a a Sua a bso lu ta tid o fazê-lo, a ênfase das E scrituras sobre a
pureza m o ra l. In d ica que Ele não pode pecar, sa ntid ad e de Deus parece ju s tific a r tal sele­
nem to le ra r o pecado. Na Sua sa n tid a d e , Deus ção. A s a ntidade de Deus neste sentido não é
aborrece o pecado, a ind a que am e o pecador. exatam ente um a trib u to m oral, que pode as­
Uma vez que o s e n tid o o rig in a l da palavra sociar-se com o utros, com o: am or, graça, m i­
santo é separado, em que se n tid o está Deus s e ric ó rd ia , mas sim , algo que é coextensivo
separado de alguém ou de algo? Ele está se ­ com Deus, e aplicá ve l a tu d o o que com o p re ­
parado do h om em , de ce rto m odo, q u an to ao dicado pode associar-se a Ele. Deus é santo
espaço; Ele está no céu, e o hom em está na em cada coisa que revela, em Sua bondade e
te rra . Ele está separado do hom em q u a n to à graça, ta n to quanto em Sua ju s tiç a e ira. A
natureza e ca rá te r; Ele é p e rfe ito , o hom em é santid ad e d iv in a pode cham ar-se a p ro p ria d a ­
im p e rfe ito ; Ele é d iv in o , o hom em é hum ano e m ente de “ a m ajestosa s a n tid a d e " de Deus, e
ca rn a l; Ele é m o ra lm e n te p e rfe ito , o hom em é a ela se referem m uitas porções das E scritu­
pecam inoso. ras (Êx 15.11; 1 Sm 2.2; Is 57.15; Os 11.9).
Como a trib u to d iv in o , a sa n tid a d e m a n­ 2. A santidade de Deus é singular. A s a n ti­
tém d istin çã o en tre Deus e a c ria tu ra . Não de­ dade de Deus não encontra paralelo dentro do
nota apenas um a trib u to de Deus, mas a p ró ­ que pode o c o rre r na experiência humana.
pria natureza d iv in a . P o rta nto , q uando Deus Esta santidade de Deus é que O tto, em seu
revela a Si m esm o de m odo a im p re s s io n a r im p o rta n te liv ro "A Idéia do S anto” , reconhe­
com Sua d ivin d a d e , diz-se que Ele se s a n tifi­ ce com o o que é m ais essencial em Deus, de-
cou, isto é, que Ele revela-se a si m esm o sig na nd o-o com o “ o lu m in o s o ". O tto reco­
com o o Santo. nhece que a santidade de Deus é parte daqui­
2, Deus é santo em Si mesmo. Som ente lo que está fo ra do alcance da razão humana,
Deus é santo em Si m esm o. D escrevem -se que não pode reduzir-se a conceito, e abarca
desta m aneira o povo, os e d ifíc io s e objetos idéias ta is com o a "a b s o lu ta im possibilidade
santos por que Deus os fez santos e os têm de a p ro x im a ç ã o ", e absoluta "suprem a po­
sa n tifica d o , isto é, separado para o Seu uso. A tê n c ia ” ou “ te rrív e l m ajestade” . Esta santida­
palavra "s a n to ” , quando a p licada a pessoas de desperta no hom em (com o aconteceu com
ou objetos, é te rm o que expressa reiação com o profeta Isaías), um se n tim e n to de que é ab­
Jeová, pelo fa to de estarem separados para o s o lu ta m e n te nada, levando-o ao reconheci­
Seu serviço. Sendo separados, os o b je to s p re ­ m ento de sua absoluta baixeza diante da ma­
cisam estar limpos; e as pessoas devem c o n ­ jestade do A ltíssim o (Is 6.5).

38
Porém, a santidade de Deus nas E scritu ­ revelado o interesse de Deus em comunicar
ras tem tam bém um aspecto especificam ente uma partícula desse Seu atributo àqueles que
ético, e é este que, em nossa relação com Ele escolheu como Seu povo e propriedade.
Deus', preocupa-nos mais diretam ente. C ontu­ Notemos que mesmo antes de outorgar-
do, a idéia ética da santidade de Deus não lhes mandamentos, Deus disse aos filhos de
deve separar-se da idéia da m ajestosa s a n ti­ Israel: "Vós tendes visto o que fiz aos egíp­
dade de Deus. Aquela tem suas origens e de­ cios, como vos levei sobre asas de águias, e
s e n v o lv im e n t o nesta. A idéia fu n d am en ta l da vos trouxe a m im ; agora pois, se diligente­
s a n t id a d e m oral de Deus é tam bém a de sepa­ mente ouvirdes a minha voz, se guardardes o
ração, porém neste caso é separação do mal meu concerto, então sereis a minha proprie­
moral, isto é, do pecado. Çsp _ 3 — ) dade peculiar dentre todos os povos... e vós
me sereis um reino sacerdotal e o povo san­
III. A SANTIDADE DE DEUS E OS DEZ MANDA­ to ...” (Êx 19.4-6).
MENTOS 2. Santidade perfeita. A santidade de
Quando Deus lib e rto u Israe! do Egito, no Deiis, nos Dez Mandamentos, é apresentada
Sinai outorg ou-lhe leis e fez com a nação uma em padrões perfeitos. Os três prim eiros man­
aliança de proteção, tendo com o base a Sua damentos (Êx 20.3,4.7) expressam o “ santo
santidade (Êx 2 0 .1 -1 7 ). A proteção divin a o zelo" de Deus por Israel, povo a quem Ele
acom panharia à proporção da disposição de resgatou do Egito com mão forte e braço es­
Israel em obedecer os preceitos e d e te rm in a ­ tendido. 0 quarto mandamento (Êx 20.8)
ções do Senhor. Até aí Deus havia agido no lembrava a Israel a obrigatoriedade da guarda
meio deles e por eles, por um sim ples ato de do sábado como o dia de repouso semanal,
Sua soberana graça. Porém, a p a rtir dai Israel um sinal exclusivo entre o Senhor e israel. O
seria trata do de acordo com a atenção que quinto mandamento (Êx 20.12) adverte os f i ­
desse aos m andam entos de Deus. lhos quanto à honra devida a seus pais, en­
1. Um resumo dos Dez Mandamentos. Do quanto que os demais mandamentos (Êx
capítulo 20 do livro de Êxodo extraím os o se­ 2 0.13-17) falam do relacionamento que cada
guinte resumo do decálogo, célebre expressão homem deve m anter com o seu semelhante.
0 propósito de Deus expresso nos Dez
da santidade de Deus:
Mandamentos viria exercer influência na vida
• “ Não terás outros deuses diante de
de Israel durante a sua peregrinação no de­
m im ” (v .3).
serto e nos séculos futuros da sua história.
• “ Não farás para ti imagem de e s c u ltu ­
ra” (v .4 ). 3, Santidade abrangente. Escreveu o Dr.
• "N ão tom arás o nome do Senhor teu Tottey, que todo o sistema mosaico de ablu-
Deus em vão” (v .7 ). ções; as divisões do tabernáculo; a divisão do
• “ Lem bra-te do dia do sábado, para o povo em israelitas comuns, levitas, sacerdo­
■ santificar" (v .8). tes e sumos sacerdotes, aos quais eram per­
• "H o n ra a teu pai e a tua m ãe" (v .12). m itidos diferentes graus de aproximação de
• "N ão m a ta rás" (v .13). Deus, sob condições estritam ente definidas; a
• “ Não a d u lte ra rá s" (v .1 4 ). insistência na necessidade de sacrifício como
• “ Não fu rta rá s " (v .15). meio de aproximação de Deus; as instruções
• “ Não dirás falso testem unho contra o dadas pelo Senhor a Moisés, em Êxodo 3.5; a
teu próxim o’ ’ (v .16). Josué, em Josué 5.15; a punição de Uzias, em
. • "N ão cobiçarás a casa do teu p ró xim o " 2 Crônicas 26.16-23; as ordens estritas a Is­
(v .17). rael com referência à aproximação do Sinai,
Desses m andam entos dados por Deus a sobre o qual o Senhor Jeová desceu; a des­
Israel, destacam-se duas im portantes verda­ truição de Coré, Data, e Abirã, em Números
des: prim eira, a santidade de Deus é estabele­ 16.1-33; a destruição de Nadabe e Abiú, em
cida em m oldes com preensíveis; segunda, é Levítico 10.1-3; todas as coisas tiveram a m-
39
ten çã o de e n sina r, s a lie n ta r e gravar nas m en ­ A m ais elevada revelação da santidade de
tes e nos corações dos is ra e lita s a verdade Deus nos tem sido dada em Jesus Cristo, a
fu n d a m e n ta l de que Deus é Santo. quem a B íb lia apresenta com o "o santo è o
4. Santidade aplicável. A s a n tid a d e deju s to " (A t 3 .1 4 ). Ele re fle tiu em Sua vida a
Deus está revelada na lei m o ra !, gravada por p e rfe ita santidade de Deus. Por ú ltim o, temos
ele no coração do hom e m , m a n ife s ta por ta m bé m a santidade de Deus revelada na
m eio da c o n sciê n cia , e m ais p a rtic u la rm e n te Igreja, o corpo vivo de C risto.
na revelação especial atra vés da Sua Palavra.
Q uanto aos Dez M a n d a m e n to s, já dissem os QUESTIONÁRIO
que aquela le i, em to d o s os seus a spectos, v i­
sava im p r im ir s o b re Israel a idéia da s a n tid a ­ 1. Qual é o se n tid o orig in a l da palavra Santo?
de de Deus, e para d e s p e rta r no povo a neces­ 2. 0 que s ig n ific a a santidade de Deus?
sidade de v iv e r um a vid a santa. Esse p ro p ó s i­ 3. O que expressa a palavra santo, quando
to é ilu s tra d o a tra vé s dos s ím b o lo s e tip o s ex­ a p licada a pessoas ou objetos?
pressando a s a n tid a d e em to rn o da nação 4. Cite algum as referências bíblicas que enfa­
tizam a santidade de Deus.
santa, te rra santa, cid ad e santa, lu g a r santo,
ig re ja santa, povo san to e sa ce rd ócio santo. 5. O que Deus exige que cada crente seja? Dê
T am bém se re velou essa s a n tid a d e d iv in a do a referê ncia bíblica.
6. Qual a advertência contida em Hb 12.14?
m odo que Deus p re m io u a o b e d iê n c ia e c a s ti­
gou a d e so be diên cia.
L iç ã o 1 2 2 0 d e d e ze m b ro d e 1987

AS OBRAS DE DEUS
T E X T O ÁU REO
“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).

VERDADE PRÁTICA
Todas as coisas, visíveis e invisíveis, vieram d existência, não por
acaso, mas pelo soberano decreto de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 8.1,3; 78.9-10 Quinta - 1 Cr 16.23-28


Terça - Êx 15.9-13 Sexta - Sl 2.7; Is 53.10,11
Quarta - Tt 2.11-14 Sábado - Pv 19.21; Sl 105.7-10
v 1 ___________________ 1____________________ I________ W
TEXTO BÍBLICO BASICO
Sl 19.1-6; 33.6-9

Sl 19.1 — OS céus manifestam a glória de 6 — A sua saída é desde uma extremidade


Deus e o firmamento anuncia as obras das dos céus, e o seu curso até a outra extremida-
suas mãos. de deles; e nada se furta ao seu calor.
2 — Um dia faz declaração a outro dia, e 33.6 — Pela palavra do Senhor foram fei-
uma noite mostra sabedoria a outra noite. tos os céus, e todo o exército deles pelo espí-
3 — Sem linguagem, sem fala, ouvem-se rito da sua boca.
as suas vozes, 7 — Ele ajunta as águas do mar como
4 — Em toda a extensão da terra, e as num montão; põe os abismos em tesouros,
suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs 8 — Tema toda a terra ao Senhor, temam-
uma tenda para o sol, no todos os moradores do mundo.
5 — Que é qual noivo que sai do seu tála- 9 — Porque falou, e tudo se fez; mandou,
mo, e se alegra, como um herói, a correr o e logo tudo apareceu.
seu caminho.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Esta lição se prende ao estudo das obras I. OS DECRETOS DIVINOS EM GERAL
realizadas por Deus no rem oto passado, em
eras jam ais calculadas pelo m ortal. No decor- Existe uma completa distinção entre as
rer da mesma estaremos estudando aspectos obras inteiram ente imanentes de Deus, e as
relevantes do propósito e do poder criador de que têm a ver diretam ente com as Suas cria-
Deus. turas. Os decretos divinos têm a ver com esta
41
ciasse de obras divinas. Não se acham descri­ as três Pessoas da Trindade. Com este ponto
tas de forma abstrata na Escritura, mas se de vista corroboram as seguintes passagens:
nos apresentam segundo a sua realização his­ Ef 1.11; 3.10,11; SI 104.24; Pv 3.19; Jr 10.12;
tórica. A Escritura usa diversos term os para 51.15.
referir-se ao decreto eterno de Deus, dentre b. O decreto divino é eterno. O decreto de
os quais se destacam os seguintes textos: Jó Deus é eterno no sentido de que descansa
38 1 2- ts 14.26; 46.11; Jr 23.18,22; is 53.10; com pletam ente na eternidade. Em seu se n ti­
SI 51.19; Is 49.8; At 2.23; 4.28; Hb 6.1,11; Mt do verdadeiro pode dizer-se que todos os atos
11.26 e Ef 1.5,9. de Deus são eternos, posto que no Ser Divino
1. A natureza dos decretos divinos. O Ca­não existe sucessão de m om entos (At 15.18;
tecismo Menor de W estm inster define o de­ Ef 1.4; 2 Tm 1.9).
creto de Deus, como "Seu propósito eterno, c. O decreto divino é eficaz. Isto não quer
segundo o conselho na Sua vontade, em v irtu ­ dizer que Deus tenha determ inado, Ele mes­
de da qual tem preordenado para Sua própria mo, fazer com que as coisas aconteçam ; mas
glória tudo o que sucede". Desse modo deve­ sim , que Ele tem decretado que essas coisas
mos entender que: acontecerão sem dúvida, isto é, que nada po­
a. O decreto divino é único. Ainda que derá fru s tra r o Seu propósito (SI 33.11; Pv
com freqüência usemos o plural para falar 19.21; Is 46.10).
dos ‘‘decretos" de Deus, sem dúvida, em sua d. O decreto divino é imutável. Por d iv e r­
própria natureza, o decreto divino é um ato sas razões, o homem pode, com freqüência,
singular de Deus. alterar os seus planos, talvez porque lhe te ­
b. O decreto divino está relacionado com nha faltado força para realizá-los. Porém, em
o conhecimento de Deus. O decreto de Deus se tratando de Deus, a coisa é diferente. Ele
guarda a mais estreita relação com o conheci­ não necessita m udar o Seu decreto devido a
mento divino. É que há em Deus, um conheci­ erro m otivado por ignorância ou im potência
mento necessário, que inclui todas as causas para executá-lo, posto que Deus é onisciente,
possíveis e seus resultados. onipotente, im utável, fie l e verdadeiro (Jó
c. O decreto divino está relacionado a 23.13,14; SI 33.11; Is 46.10; Lc 22.22; At
Deus e ao homem. Antes de qualquer outra 2.23).
coisa, o decreto divino tem relação com as e. O decreto divino é incondicional e ab­
obras de Deus; está lim itado aos atos tra n s iti­ soluto. Isto significa que o decreto divin o não
vos de Deus, não pertencendo, portanto, à es­ depende, em nenhum dos seus detalhes, de
sência do Ser Divino. alguma coisa que não seja parte dele ou que
d. O decreto divino tem a ver com a capa­ não esteja agrupada no mesmo (A t 2.23; Ef
cidade de Deus operar. Os decretos de Deus 2.8; 1 Pe 1.2).
são manifestações e exercícios internos dos f. O decreto divino é universal. 0 decreto
atributos divinos concernentes à segurança divino inclu i tudo o que há de suceder no
do fu tu ro das coisas. Este exercício da volição mundo, seja quanto ao reino físico, espiritual
inteligente de Deus não deve confundir-se ou m oral, seja ao que trata do mal e do bem
com a simples realização dos seus objetivos (Ef 1.11; 2.10; Pv 16.4; At 2.23; 4.27,28; Gn
na criação, providência e redenção. 48.8,9,20; 50.20; Pv 16.33; SI 119.89-91; 2
2. Características do decreto divino. Para Ts 2.13; Ef 1.4; Jó 14.5; SI 39.4; At 17.26).
m elhor assimilação do decreto divino deve­
mos caracterizá-lo da seguinte maneira: II. A CRIAÇÃO e m g e r a l
a. O decreto divino está fundado na sabe­ Em sentido estrito da palavra, Criação
doria de Deus. A palavra "co nse lh o", um dos pode ser definida como aquele ato livre de
term os por meios dos quais se designa o de­ Deus, por meio do qual, segundo o conselho
creto divino (sobre o qual já estudamos na li­ de Sua soberana vontade e para Sua própria
ção 9), pode sugerir intercom unicação entre glória, no prin cíp io produziu todo o Universo
visível e invisível, sem o uso de m atéria pree­ princípio), devemos considerar o seguinte:
xistente e assim lhe deu existência d istin ta da 1. Os anjos são seres criados (Ne 9.6; 2
Sua própria existência. Segundo a Escritura: Rs 19.15; Is 37.16). A Bíblia não dá uma res­
1. A criação é um ato do Deus trino. A Es­ posta definitiva quanto ao tempo em que os
critura nos ensina que o Deus Trino é o autor anjos foram criados, nem se preocupa em fa ­
da Criação (Gn 1.1: Is 40.12; 44.24; 45.12). zê-lo. Ela, porém, de forma inferente nos dá a
Apesar do Pai se destacar com o o a u to r da entender que os anjos foram criados por Deus
obra da criação (1 Co 8 .6 ), a Bíblia indica-a num princípio remotíssimo. Quando foi esse
também como obra do Filho e do Espírito princípio, só Deus sabe. Como criados, os an­
Santo (Jo 1.3; 1 Co 8.6; Cl 1.15-17; Gn 1.2; Jó jos são numerosos (Jó 25.3; Dt 33.2; Ap
26.13; Sl 104.30). 5.11); não devem ser adorados (Cl 2.18: Ap
Entenda-se, no entanto, que a obra da 22.8,9); estão sujeitos a Cristo (Ef 1.20,21; Cl
criação não se d iv id iu entre três pessoas in d i­ 2 . 10 ).
vidualm ente. Todas as çoisas são provenien­ 2. Os anjos são seres espirituais (Hb
tes do Pai, por meio do Filho, e do Espírito 1.13,14). O fato dos anjos terem sido criados
Santo. Posto que o Pai tom ou a inicia tiva da essencialmente espíritds, não anula a possibi­
obra da criação, com freqüê ncia som ente a lidade de sua materialização e manifestação
Ele se a trib u i isso. física e visível ao homem, sempre que aprou­
2. A criação é um ato livre de Deus. Exis­ ver ao Senhor (Lc 1.26-28). Devido à sua na­
tem algum as tendências prevalecentes segun­ tureza espiritual, os anjos não se casam, nem
do as quais a Criação fo i resultado dum ato se dão em casamento (M t 22.30).
necessário, mais que um ato livre, de Deus, (SP- ' - )
determ inado por sua livre e soberana von ta ­
de. Esta a firm a tiva é im procedente, uma vez 3. Os anjos são seres inteligentes (2 Sm
que a Bíblia ensina que Deus criou todas as 14.17,20). Ainda que não sejam oniscientes
coisas, segundo o conselho da sua vontade (sabedores de tudo e de todas as coisas), na
(Ef 1.11; Ap 4 .1 1 ), e não prem ido por qual­ verdade os anjos de Deus detêm maior in te li­
quer obrigação. Deus é, por si mesmo, s u fi­ gência que a que detêm os mais brilhantes
ciente, não dependendo de Suas criaturas em dos homens.
nenhum mentido (Jó 22.2,3; At 17.24,25). 4. Os anjos são seres gloriosos (Lc 9.26).
3. A criação é um ato temporal de Deus. A Em função do que são, dp que fazem e do lu ­
Bíblia começa com a m ui conhecida declara­ gar em que habitam, os anjos são seres dota­
ção: "N o p rincípio criou Deus os céus e a te r­ dos de dignidade e glória sobre-humanas.
ra” (Gn 1.1). 0 grande significado desta a fir­ Eles são como raios a re fle tir a glória e o es­
mação repousa sobre o ensino de que o m un­ plendor do próprio Deus.
do teve um princípio. A Escritura fala desse 5. Os anjos são seres poderosos (Sl
começo noutros lugares (M t 19.4,8; Mc 10.6; 103.20; Mt 28.2). Quanto à maneira de agir,
•Hb 1.10). Outras passagens da Bíblia a fir­ os anjos são uma espécie de dinam ite de
mam que o m undo teve um começo definido Deus, e o que podem fazer e farão no futuro,
(Sl 90.2; 102.25). acha-se registrado em toda a Bíblia. Aos anjos
é atribuída a destruição do exército assírio (2
III-A CRIAÇÃO DO MUNDO ESPIRITUAL Rs 19.35); a ressurreição de Jesus Cristo (M t
28.2), e não poucos outros incidentes regis­
Os anjos existem? São eles seres reais? trados nas páginas sagradas.
Segundo a Bíblia, os anjos existem e foram
criados por Deus como seres especiais e com IV. A CRIAÇÃO DO MUNDO MATERIAL
propósitos claram ente m ostrados ao longo de
toda a narrativa bíblica. O mundo não é eterno — foi criado. E a
Quanto à natureza dos anjos (os mais ex­ harmonia da Criação está a nos dizer que an­
celentes seres espirituais originados no tes dela houve um poder dinâmico que a ge-
43
5. Quinto dia. 0 surgim ento da fauna m a­
rou. e portanto, esta coisa - o mundo - teve
rinha'(G n 1.20-23). Neste dia surgem os pe­
um princípio. 0 Ser que a gerou e o eterno
quenos e os grandes peixes, como tam bém
Deus (Jo 1.1; Gn 1.1).
A ação criadora de Deus, registrada por todas as variedades de aves.
Moisés no primeiro capítulo do Genesis, 6. Sexto dia. Neste dia foram criados to ­
dos os animais terrestres inclusive o homem
acha-se assim distribuída:
1. Prim eiro dia da sem ana. "Disse Ueus: (Gn 1.24-27). Aqui se destaca o hom em , c ria ­
Haja luz; e houve luz" (Gn 1.3). Deus começa do à imagem e semelhança de Deus (Gn
iluminando o palco a partir do qual comanda­ 1.26).
ria todo o grande espetáculo da sua Criação.
2. Segundo dia (Gn 1.6-8). Firmamento QUESTIONÁRIO
ou expansão foi como Deus denominou o se­
gundo elemento criado; foi a separação da 1. Cite alguns textos bíblicos que se referem
matéria gasosa da qual surgira a luz. ao decreto eterno de Deus.
3. Terceiro dia. Neste dia, do meio das á- 2. Como o Catecismo Menor de W estm inster
guas. Deus faz surgir a terra firm e (Gn 1.9- define o decreto de Deus?
13), inclusive as plantas, tornando-a habitá­ 3. Cite as características do decreto divino.
vel. 4. Segundo as Escrituras quem é o autor da
4. Quarto dia. Neste d;a Deus organiza o Criação? Cite alguns textos que com pro­
sistema solar (Gn 1.14-19). Neste prim eiro vam esta afirm ativa.
tratado de astrologia, ditado pelo Senhor a 5. De conform idade com as Escrituras, diga o
Moisés, surgem o Sol, a Lua e as estrelas. que é a Criação.

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Ução 13 27 de dezembro de I Q S T '

A TRINDADE DE DEUS
texto áureo
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão
do Espírito Santo seja com vós todos. A m ém ” (2 Co 13.13).

VERDADE PRÁTICA
Ainda que encerre um mistério, a doutrina da Trindade Divina é
motivo de grande gozo para o crente.

' LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.26; 3.22; 11.7 Quinta - E f 4.4-6


Terça - M t 3.16,17; 28.19 Sexta - 1 Pe 1.2; Jd 20,21
Quarta - 1 Co 12.4-6 Sábado - Êx 20.2; Jo 20.28;
A t 5.3,4

TEXTO BÍBLICO BASICO


Mt 3.16,17; 28.19; 1 Co 12.4-6; Ef 4.4-6
Mt 3.16 — E, sendo Jesus batizado, saiu 5 — E há diversidade de ministérios, mas
logo da água, e eis que se lhe abriram os o Senhor é o mesmo.
céus, e viu o Espírito de Deus descendo como 6 — E há diversidade de operação, mas é
pomba e vindo sobre ele. o mesmo Deus que opera tudo em todos.
17 — E eis que uma voz dos céus dizia: Ef 4.4 — Há um só corpo e um só Espíri­
este é o meu Filho amado, em quem me com­ to, como também fostes chamados em uma
prazo. só esperança da vossa vocação;
28.19 — Portanto ide, ensinai todas as 5 — Um só Senhor, uma só fé, um só ba­
nações, batizando-as em nome do Pai, e do tismo;
Filho e do Espírito Santo. 6 — Um só Deus e Pai de todos, o qual é
1 Co 12.4 — Ora há diversidade de dons,sobre todos, e por todos ou em todos.
mas o Espírito é o mesmo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A doutrina da Trindade consiste num dos pessoa que ao falar da Santíssima Trindade
grandes m istérios da fé cristã. Em suas “ Con­ saiba o que diz. Contendem e discutem. E
fissões", indaga Agostinho: “ Quem com ­ contudo ninguém contempla esta visão sem
preende a Trindade Onipotente? E quem fala ter paz in te rio r"
dela ainda que não a compreenda? É rara a
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I. FALSOS CONCEITOS SOBRE A TRINDADE para descrever a D ivindade na Sua plenitude.
O falso e o verdadeiro sem pre andam emMas, assim com o o planeta Júpiter já existia
posição paralela, não obstante sejam o p o n e n ­ bem antes que o hom em lhe desse esse no­
tes entre si. D urante séculos, toda grande me, do mesmo m odo a D ivindade, antes mes­
mo que fosse descrita com o "T rin d a d e ", já
verdade d o u trin á ria teve uma m entira para se
existia e era revelada em toda a Bíblia.
lhe opor com o se fosse verdade. Assim tem
1. A Trindade, do Gênesis ao Apocalipse.
sido com a d o u trin a da Trindade que, apesar
Após trazer todas as coisas à existência por
de ser claram ente vista nas E scrituras, m u ito
meio de um sim ples, mas poderoso HAJA,
cedo teve ferozes in im igo s a com batê-la.
tendo de fo rm a r o hom em , disse Deus: "F A ­
1. O conceito ariano. Uma das p rim e ira s
ÇAMOS o hom em à NOSSA im agem , conform e
tentativas contra a in te g rid a d e da d o u trin a da
à NOSSA sem elhança" (Gn 1.26). A respeito
Trindade, foi fe ita nos idos do ano 320 d.C.,
do hom em , após a queda, disse Deus: "E is
por Ário, um presbítero da igreja de Alexan­
que o hom em é com o UM de NÓS” (Gn 3.22).
dria, na Á frica. Ário com bateu a Trindade in i­
No relato bíblico da confusão das línguas em
cialm e nte negando a eternidade e a divin d ad e
Babel, lem os ainda Deus dizendo: “ Eia, DES­
de C risto, sustentando ser Ele um Ser criado
ÇAMOS e CONFUNDAMOS ali a sua língua...”
com o criadas foram as dem ais coisas e xiste n­
(Gn 11.7). Na visão de Isaías, quando do seu
tes. Esta in te rp re ta çã o de Ário colocou-o em
cham am ento, lem os que Deus perguntou: “ A
choque com Alexandre, seu bispo e bispo em quem enviarei, e quem há de ir por NÓS?” (Is
Alexandria, que cria na Trindade co n stitu íd a 6 . 8 ).
do Pai, do Filho e do E spírito Santo, com o A p ro p ó sito pusem os em g rifo os verbos e
trê s pessoas igualm ente incria da s, eternas. os pronom es: FAÇAMOS, NOSSA, UM DE NÓS,
2. O concílio de Nicéia. A questão e n tre Á- DESÇAMOS, CONFUNDAMOS e NÓS, para
rio e Alexandre quanto à d o u trin a da T rin d a ­ m ostra r que em todos os casos bíblicos c ita ­
de, a d q u iriu proporçõ es tão grandes que foi dos, m ais de uma Pessoa, p ortan to a Trinda­
necessário a convocação de um C oncilio, o de de, se fizeram presentes em ação. Além dos
Nicéia (hoje T u rq u ia ), onde, após larga d is ­ casos já citados, é no Novo Testam ento que
cussão fo i aprovado um credo que c o n tra ria ­ e nco ntra m o s o m aior núm ero de provas que
va a opinião de Á rio, que a seguir fo i banido ra tific a m o ensino b íblico sobre a Trindade.
por ordem de C onstantino, o im p erad or. A Atente para as seguintes referências: Mt
causa ariana so fria assim a sua p rim e ira g ra n ­ 3 .1 6 ,1 7 ; 28.19; 1 Co 12.4-6 ; 2 Co 13.13; Ef
de derrota, mas haveria de re ssu rg ir p o ste ­ 4 .4-6; 1 Pe 1.2; Jd 20.21; Ap 1.4.
rio rm e n te de d ife re n te s form as. 2. A Trindade definida. Tanto no Antigo
3. O conceito russelita. No d e co rre r dos quanto no Novo Testam ento, títu lo s divinos
séculos, d ife re n te s opiniões têm sido expres­ são a trib u íd o s , d is tin ta m e n te , às três pessoas
sas em oposição à d o u trin a da Trindade, des­ da Trindade.
tacando-se os russelitas, p op u la rm e n te co­ a. A respeito do Pai: “ Eu sou o Senhor teu
nhecidos com o "T estem unhas de Jeová” , os Deus que te tire i da te rra do Egito, da casa da
quais negam fro n ta lm e n te a d ivin d a de de s e rv id ã o ” ( ê x 2 0 . 2 ) .
C risto e a personalidade do E spírito Santo. b. A respeito do Filho: “ Tomé respondeu e
Ç - , — )
s p
disse-lhe: Senhor m eu, e Deus meu! (Jo
2 0 -2 8).
II. O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A TRIN­ c. A respeito do Espírito Santo: Disse en­
DADE tão Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o
Evidentem ente que a palavra "tr in d a d e ” teu coração, para que m entisses ao Espirito
não aparece em nenhum lugar das E scrituras, Santo, e retivesses parte do preço da herda­
pois ela é expressão de cunho teo ló gico, que de... Não m e n tiste aos hom ens, mas a Deus
só fo i adotada a p a rtir do segundo século (A t 5 ,3 ,4 ).

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Cada Pessoa da Trindade é descrita na • Dos crentes, Deus é Pai por adoção
Bíblia, como sendo: onipresente (Jr 23.24; Ef • Do Senhor Jesus Cristo, Deus é Pai Dor
1.20,23; SI 139.7); onipresente (Gn 17.1; Ap geraçao. F
1 8 ; Rm 15.19); onisciente (A t 15.18; Jo
21.17; 1 Co 2 .1 0 ); C riador (Gn 1.1; Jo 1.3; Jó IV. DEUS, 0 FILHO
33.4); Eterno (Rm 16.26; Ap 22.13; Hb 9.14);
Santo (Ap 4.8; At 3.14; 1 Jo 2 .2 0); S antifica- Das três pessoas da Trindade, a única re­
dor (Jo 10.36; Hb 2.11; 1 Pe 1.2); Fonte da velada corporalm ente aos homens, foi a se­
vida eterna (Rm 6.23; Jo 10.28; Gl 6 .8 ); Res- gunda, o Senhor Jesus Cristo. A encarnação
suscitador de m ortos (1 Co 6.14; Jo 11.43; 1 porém, não altera em nada os méritos da Sua
Pe 3.18); In spirad or dos profetas (H b 1.1; 2 divindade.
Co 13.3; Mc 13.11); S u p rido r de m in istro s à 1. Jesus Cristo é Deus (Jo 1.1; Fp 2.6; Hb
Igreja (Jr 3.15; Ef 4.11; At 2 0 .2 8 ); Salvador I.3 ; Cl 1.15; I Jo 5.20). Muitas afirmações
(2 Ts 2.13; Tt 3.4-6; 1 Pe 1.2). feitas a respeito do Senhor Jeová no Antigo
Testamento, são interpretadas no Novo Testa­
mento, referindo-se profeticamente a Jesus
III. DEUS, O PAI Cristo. Por exemplo, comparemos as seguin­
Nas Escrituras o nom e " P a i" nem sempre tes referências: Is 40.3,4 com Lc 1.68,69,79;
é dado a Deus num mesmo sentido. Este tip o Êx 3.14 com Jo 8.56-58; Jr 17.10 com Ap
de tratam en to, relacionado a Deus, é m ostra­ 2.23; Is 60.19 com Lc 2.32; etc., etc.
do na Bíblia em pelo menos quatro diferentes 2. Atributos de divindade em Jesus. A tri­
sentidos. butos inerentes a Deus Pai, relacionam-se
1. Deus, o Pai de toda a Criação (1 Co 8.6; harmoniosamente com Cristo, provando a Sua
Ef 3.14,15; Hb 12.9). Nesse caso, o nome divindade; por isso a Bíblia o apresenta como
“ Pai” se aplica p a rticu la rm e n te à prim eira sendo Ele: o Primeiro e o Ú ltim o (Ap 1,17;
Pessoa da Trindade, a quem de m aneira espe­ 21.6); Senhor dos senhores (Ap 17.14); Se­
cial, a revelação divin a a trib u i a obra da Cria­ nhor de todos e Senhor da glória (At 10.36; 1
ção. Co 2.8); Criador (Jo 1.3); Rei dos reis (Ap
2. Deus, o Pai de Israel (D t 32.6; Is 63.16; 19.16; Juiz (At 10.42); Pastor (Jo 10.11,12);
Jr 3.4; Ml 1.6). A palavra "P a i” tam bém a p li­ Cabeça da Igreja (Ef 1.22); Verdadeira Luz
ca-se a Deus para expressar a relação teocrá- (Lc 1.78,79); Fundamento da Igreja (M t
tica na qual Ele perm anece-com Israel, Seu 16.18); o Caminho (Jo 14.6); a Vida (Jo
povo do Antigo Testam ento. II.2 5 ) ; Perdoador de pecados (SI 103.3; Lc
3. Deus, o Pai dos crentes (M t 5.45; 6.6; 5.17-24); Preservador de tudo (Cl 1.17); doa­
1 Jo 3 .1). No Novo Testam ento o nome "P a i” dor do Espírito Santo (M t 3.11); Eterno (1 Tm
referente a Deus, assume uma dimensão 1.17); Santo (At 3.14); Verdadeiro (Ap 3.7);
com pletam ente nova, quando fala da p ate rn i­ Onipresente (Ef 1.20-23); Onipotente (At
dade de Deus para com aqueles que nasce­ 1.8); Onisciente (Jo 21.17), etc., etc.
ram da Palavra e do Espírito.
4. Deus, o Pai de Jesus Cristo (M t 3.17; Jo V. DEUS, O ESPÍRITO SANTO
1.14; 8 .5 4 ). Num sentido inteiram ente d ife ­ O Pai e o Filho dão testemunho de si mes­
rente, o nome “ Pai" se aplica à prim eira Pes­ mos; o Espírito Santo, porém, jamais dá tes­
soa da Trindade em relação à segunda Pes­ tem unho de si mesmo; contudo, a Bíblia o
soa, isto é, o Senhor Jesus Cristo. apresenta como sendo um Ser dotado de per­
Entendamos, pois que: sonalidade, isto é, que possui ou contém em
• De todas as coisas criadas, Deus é Pai si mesmo os elementos de existência pessoal,
por criação. em contraste com a existência impessoal.
• Do povo de Israel, Deus é Pai por elei­ 1. Nomes divinos são atribuídos ao Espíri­
ção. to Santo. Ele é chamado DEUS: "Disse então
47
Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu são apostólica (M t 28.19); na operação dos
coração para que m entisses ao Espírito Santo, dons espirituais na Igreja (1 Co 12.4-6); e na
e retivesses parte do preço da herdade... Nãc bênção apostólica (2 Co 13.13):
m entiste aos hom ens mas a Deus” (At 5.3,4).
0 Espírito Santo é cham ado SENHOR ta m ­ QUESTIONÁRIO
bém: “ Mas todos nós, com cara descoberta,
re fle tin d o como um espelho a glória do Se­ 1. É bíblica a doutrina da Trindade de Deus?
nhor, somos transform ad os de glória em gló­ Explique.
ria na mesma im agem , com o pelq Espírito do 2. Cite alguns textos que se referem à Trinda­
SENH0R” (2 Co 3.18). de.
2. Atributos divinos do Espírito Santo. Por3. Cite os textos que se referem ao Pai, ao Fi­
toda a Bíblia, a trib u to s divin os conferidos ao lho e ao E spírito Santo, como Deus.
Pai e ao Filho, são tam bém conferidos ao 4. Cite os quatro sentidos em que as Escritu­
Espírito Santo (Is 6.8-10 ; At 2 8 .25 -27 ; Hb ras se referem a Deus como Pai.
3.7-10 ). Dentre esses a trib u to s se destacam : 5. Dê as referências que provam a divindade
eternidade (H b 9 .1 4 ); onipresença (SI 139.7- de Jesus Cristo.
10); onipotência (Lc 1.35); e onisciência (1 6. Dê as referências onde atributos divinos
Co 2.10). são conferidos ao Espírito Santo.
0 nome do Espírito Santo aparece asso­
ciado aos nomes do Pai e do Filho, na com is­

v o c a b u l á r io

Âmbito. C ontorno c irc u n fe rê n c ia . p e rife ria Inerente. A q u ilo que está por natureza in se ­
Espaço d e lim ita d o : re c in to C am po de pa ravelm e nte ligado a uma pessoa ou a l­
ação. zona de a tiv id a d e guma coisa. Ex: A santidade é um a trib u ­
Apraz. Agrada de le ita, causa praze r D eriva to in e re n te de Deus.
do verbo aprazer. Inescusável. Que não se pode escusar ou d is ­
Baluarte. Lugar seguro, fo rta le z a in d e s tru ti- pensar. indisp ensá vel; indesculpável.
vel Inescrutável. Insondável, im penetrável
Ben eplácito. C on sentim ento, aprovação, a p a ­ Inequívoco. Em que não há equivoco: claro,
ziguam ento evidente.
Concupiscência- A p e tite carnal desordenado. Inexaurível. Inesgotável.
Eclipsar. O bscurecer, e n c o b rir, ofuscar: es­ Inso fism á v e l. Que não contem sofism as, e r­
c o nder o c u lta r. S obrepuiar: ve nce r, ex­ ros enganos ou tapeação.
ceder In q u irid o r. Aquele que in q u ire . Indagador
Em anar P ro vir, proce der, sair. de sprend er Magnitude. Grandeza, im p ortân cia.
se Perpetuam ente. De m odo perpétuo, m cessan
Erudito. Aquele que sabe m u ito . In d ivíd u o tem ente, co ntin uam ente, in in te rru p ta
que possui m u ito co n h e c im e n to em de- m enle.
le rm m a d a área do saber: sábio Perscrutar. In ve stig a i m in uciosam ente, mda
Fenecim ento Fim m orte acabam ento, fa le c i­ gar. P rocurar conhecer d e te rm in ado as
su nto. so ndar, estudar, esquad rinha r
m ento
Incoerente. Sem coerência Desconexo, desar etc
m õnico . disco rd a n te . C o n tra d itó rio , dis Presciência. Q ualidade de presciência, previ
são. previdê ncia C onhecim ento (Ciên
pa ratad o. iló gico
c ia ) m ato. a n te rio r aos acontecim entos
Incom patível. In c o n c iliá v e l, que não pode
h a rm oniza r-se inco m b m é vel Prim órdio. P rin cip io , origem , fonte.
In d u z ir. Causar, in s p ira r in c u tir In fe rir c o n ­ Teofania. M anifestação de Deus em algum lu
c lu ir. de duzir In stig a r in c ita r su gerir, gar a c o n te cim e n to ou pessoa
Vaticinar. P rofetiza r pre n u n cia r, predizer
pe rsu adir etc

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TEMAS DOS TRIMESTRES
SEGUINTES

1988 - 1 ? Trimestre - AS PARÁBOLAS DE JESUS


2? Trimestre - É TIC A CRISTÃ
3* T rim estre- VERDADES PEN TECO STAIS
4? Trimestre - D O U TRIN AS DOS ANJOS E DO HO-
MEM

1989 - 1? Trimestre - A BÍBLIA E A CIÊNCIA


2? Trimestre - O TABERNÁCU LO
3* Trimestre - AS GRAN D ES PERGUNTAS DA VIDA
4? Trimestre - A D OUTRIN A DO ESPÍRITO SANTO

1990 - 1? Trimestre - A D O U TRIN A DO PECADO


2? Trimestre - A VIDA DE CRISTO
3? Trimestre - O CRISTÃO E O M UNDO
4? Trimestre - O M INISTÉRIO CRISTÃO

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