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Sistemas da Informação

Banco de Dados I

Edson Thizon
(edson@esucri.com.br)

2008
Apresentação (mini-currículo)
• Formação Acadêmica
– Mestrando em Ciência da Computação (UFSC/ ) – Créditos Concluídos.
– Bacharel em Ciência da Computação (UNISUL/00)
– Especialista em Metodologia da Educação Superior (ESUCRI/05)
– MBA em Gerenciamento de Banco de Dados (UNESC/05)
• Experiência Profissional
– Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
• Programador: 4 anos
• Analista de Sistemas: 7 anos
• Professor de disciplinas de graduação à distância: 2 anos
• Analista de Negócios (Financeiro): 4 anos
– Escola Superior de Criciúma – ESUCRI
• Professor de disciplinas de graduação: 5 anos
Disciplina Banco de Dados
• Porque abordar a disciplina Banco de Dados
nos cursos da área de computação e
informática?
• Conteúdo X outras disciplinas
• 2 semestres (profundidade/prática)
• Necessidades da sociedade / empresas:
• armazenar grandes quantidades de dados;

• acessar as informações armazenadas de maneira eficiente;


Conceitos
• Dados
Fatos conhecidos que podem ser registrados e que
possuem significado implícito

• Banco de dados (BD)


Banco de Dados é um sistema computadorizado cuja a
finalidade geral é armazenar informações e permitir que os
usuários busquem e atualizem essas informações quando as
solicitar. [DATE, 2003]

Inglês: database
Cont...
• Sistema de banco de dados são projetados para gerir
grandes volumes de informações. O gerenciamento de
informações implica a definição das estruturas de
armazenamento das informações e a definição de
mecanismos para a manipulação dessas informações.
Ainda, um sistema de banco de dados deve garantir a
segurança das informações armazenadas contra eventuais
problemas com o sistema, além de impedir tentativas de
acesso não autorizadas. [SILBERSCHATZ, 1999]
Cont...
• A importância da informação na maioria das
organizações tem determinado o desenvolvimento de
um grande conjunto de conceitos e técnicas para a
administração eficaz desses dados.
SGBD
• Um SGBD, Sistema Gerenciador de
Banco de Dados, é constituído por um
conjunto de programas que possibilita que
usuários criem e mantenham um banco
de dados.
Inglês: "database management system"
(DBMS)
Objetivo de um SGBD

Proporcionar um ambiente tanto


conveniente quanto eficiente para a
recuperação e armazenamento das
informações do banco de dados.
Porque utilizar SGBD?
Processamento de dados sem Banco de Dados
• Dados de diferentes aplicações não estão
integrados
• Dados estão projetados para atender uma
aplicação específica
Problemas da falta de integração de dados

• Mesmo objeto da realidade é múltiplas vezes


representado na base de dados
Exemplo - dados de um produto em uma indústria
• Redundância não controlada de dados
– Não há gerência automática da redundância
Problemas da falta de integração de dados
• Redundância leva a:
– inconsistência dos dados
• Dados não representam corretamente a realidade
– redigitação de informações
• trabalho repetitivo que pode levar a erros
– dificuldade de extração de informações
• dados projetados para atender aplicações específicas
geram
• dificuldades para o cruzamento de informações
• Dados pouco confiáveis e de baixa
disponibilidade
Exemplo
1. Considere um sistema de poupança bancária
sem Banco de Dados...
2. Informações sobre clientes e contas em
arquivos permanentes;
3. Programas de aplicações para manipular os
arquivos:
 debitar ou creditar numa conta;
 adicionar uma nova conta;
 fazer o balanço de uma conta e gerar extratos mensais.

4. Atualizações no sistema implicam em novos


arquivos e novos programas.
Problemas utilizando sistema de
processamento de arquivos?

• Registros são armazenados em diversos


arquivos
• Diversos Programas de aplicação são escritos
para extrair e gravar dados
Desvantagens do
Processamento de arquivos
• Inconsistência e redundância de dados
• Dificuldade de acesso aos dados
• Isolamento de dados
• Problema de integridade
• Problema de atomicidade
• Anomalias no acesso concorrente
• Problemas de segurança
Processamento de dados com Banco de Dados
• Cada informação armazenada uma única vez
• eventual redundância controlada pelo sistema
em computador e invisível
Problemas no desenvolvimento de
aplicações de Banco de Dados (1)

• Arquivos devem ser projetados para atender


diferentes necessidades
– Estruturas de dados complexas
• Banco de dados é acessado por múltiplos
programas
– Múltiplas equipes de desenvolvimento podem estar
envolvidas
– Definição da estrutura da base de dados
• deve ser mantida de forma centralizada
• deve estar disponível para múltiplos usuários
Problemas no desenvolvimento de
aplicações de Banco de Dados (2)

• Dados deve estar corretos


– Programas devem garantir a manutenção de restrições
de integridade
– Restrição de Integridade: regras que estabelece
quando uma base de dados está correta
• Exemplo: um aluno não pode possuir duas aprovações da
mesma disciplina em seu histórico 01/6
• Banco de dados é acessado
concorrentemente por múltiplos usuários
– Programas devem implementar controle de acesso
concorrente
(programação complexa e de difícil depuração)
Problemas no desenvolvimento de
aplicações de Banco de Dados (3)
• Nem todo usuário pode acessar qualquer
informação
– Programas devem implementar controle de acesso
• Dados são de importância vital e não podem
ser perdidos
– Mecanismos simples como cópias de “backup” não
são suficientes
• Após falha BD deve ser recuperado rapidamente
• Transações confirmadas ao usuário não podem ser
reprocessadas
– Programas devem implementar mecanismos de
tolerância a falhas
Sistema Gerenciador de Banco de Dados
(SGBD)
Dados e Modelo de Dados
• SGBD oferece um ambiente auto-contido
• Banco de dados = dados + descrição
dos dados
– Modelo de dados = descrição dos dados
– Esquema da base de dados = texto ou gráfico
que especifica o modelo de dados
– Dicionário de dados = conjunto de arquivos
que armazena o modelo de dados
SGBD – Independência de Dados
• SGBD oferece isolamento das aplicações em
relação aos dados
– Independência de dados
– Independência de (aplicações em relação aos) dados
significa que uma alteração no modelo de dados afeta
“pouco” as aplicações
– Exemplo de sistema com pouca independência:
• Modificação no esquema exige recompilação de todos
programas
• As aplicações não contém descrições dos
dados. Com isso a base de dados pode ser
alterada sem que as aplicações sejam afetadas.
SGBD – Independência de Dados
• Oferece abstração de dados
– Aplicações "vêem" dados de forma abstrata,
independente de detalhes físicos de
implementação (fatores de bloco, localização
no meio de armazenamento, existência de
índices e caminhos de acesso)
– Aumenta independência de dados
SGBD – aspectos operacionais
• Oferece controle de segurança
– Que usuário pode realizar que operação sobre que
dado
• Implementa tolerância a falhas
– Recuperação em caso de falhas transparente ao
usuários
• Oferece controle de acesso concorrente
– Múltiplos usuários podem acessar e atualizar o banco
de dados simultaneamente
Modelo de Dados

Sob a estrutura do Banco de dados está o


modelo de dados: Um conjunto de ferramentas
conceituais usadas para descrição de dados,
relacionamentos entre dados, semântica de
dados e regras de consistência.
Níveis de Modelo de Dados (1)

• Modelo conceitual
– Descrição mais abstrata da base de dados.
– Não contém detalhes de implementação.
– Independente de tipo de SGBD usado.
– Ponto de partida do projeto da base de dados.
Níveis de Modelo de Dados (2)

• Modelo lógico
– Descrição da base de dados como vista pelos
usuários do SGBD
(programadores, usuários que tem acesso ao
BD diretamente).
– Dependente de SGBD.
– Não contém detalhes físicos de implementação
(índices, etc.): SGBD oferece abstração de
dados, independência de dados.
Níveis de Modelo de Dados (3)

• Modelo físico (interno)


– Descrição da base de dados como
armazenada internamente (ajuste de
performance).
– Tendência em produtos modernos é cada vez
mais esconder o modelo físico.
Níveis de independência de
dados
• Independência a nível lógico
– Modelo lógico pode ser modificado sem que os
programas tenham que ser modificados (oferecida até
um certo ponto nos produtos no mercado).
– Em alguns casos recompilação é requerida.
• Independência a nível físico
– Parâmetros físicos podem ser alterados (p.ex.:
existência de índice) sem que as aplicações tenham
que ser modificadas.
– Oferecida pelos produtos modernos.
Alguns Modelos de Banco
de Dados
• Modelo Relacional
• Modelo de Rede
• Modelo Hierárquico
• Modelo Orientado a Objetos
Modelo Relacional
Modelo Rede
Modelo Hierárquico
Linguagens de BD

Um sistema de banco de dados


proporciona dois tipos de linguagens: Uma
específica para esquema e outra para
expressar consultas e atualizações.
1. DDL - “data definition language”
2. DML - “data manipulation language”
Linguagens de Definição de
Dados - DDL

• Definição de Dados e Armazenamento


O Resultado da compilação dos parâmetros
DDL’s é armazenado em um conjunto de tabelas
que constituem um arquivo especial, chamado
dicionário de dados. Um dicionário de dados é um
Metadado. Em um SGBD esse arquivo é
consultado antes que o dado real.
Linguagem de
Manipulação dos Dados - DML

• Recuperação das informações armazenadas no


B.D
• Inserção de novas informações no Banco de Dados
• A remoção de informações do B.D
• A modificação das informações do B. D
Funções envolvidas em SGBD (1)
• DBA - “database administrator”
– Responsável pelos modelos lógico e físico.
– Coordena acesso (senhas, etc.).
– Monitora performance e sintoniza base de dados
(modelo físico).
• Projetista de base de dados
– Constrói modelo conceitual de uma parte da base de
dados, com intervenção do usuário. Junto com o DBA
integra novas partes a base de dados global
Funções envolvidas em SGBD (2)
• Analista
– Define e projeta aplicações sobre a base de dados.
Usa modelo conceitual e lógico existentes, não define
dados da base de dados.
• Programador
– Constrói aplicações usando os modelos conceitual e
lógico existentes
• Usuários finais (“end-user”)
– Usuários que acessam a base de dados diretamente
através de linguagens especiais
Sistema de Banco de Dados
.
Usuários Programador Programas aplicativos Usuários sofisticados Admnistrador de
banco de dados
Interface do Programas Consultas Esquema de
aplicativo aplicativos banco de dados

Pré-compilador da
Processador de
linguagem de Compilador de
consultas
manipulação de dados DDL

Código objeto Gerenciador de


de programas banco de dados Sistema
aplicativos gerenciador de
banco de dados

Gerenciador de
Arquivos

Arquivo de Dicionário de
Disco de armazenamento dados Dados
Referências Bibliográficas
• KORTH, Henry F. & SILBERSCHATZ,
Abraham. Sistemas de Bancos de Dados,
São Paulo. Ed. Makron Books, 1999.

• HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de


Banco de Dados. 4ª Edição. Ed. Sagra,
2001.

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