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Sumário
3 4
Oi! Curupira por
curupira
6 8
Estória Siga a trilha
de Curupira
9 10
Jogo dos 7 itens Caça-palavras
desaparecidos

11 13
Bicharada da Canta junto
Amazônia – Curupira
14
15
Palavra de
Curupira ou Curupira na
Estória para boi Amazônia
dormir?

16 17
Para colorir ABC amazônico
18 19
Curupira para Um tchau do Curupira
curtir e compartilhar + Jogo da Memória

Exped iente
“Cu ru pi ra na A mazôn ia” é u ma pu bl icação da Fu ndação A mazôn ia Sustentável (FA S), em pa rceria com a
Petrobras, rea l izada pelo Projeto A mazonas Sustentável (PA S). Jorna l ista responsável : João Cu n ha . Ed ição
e textos: João Cu n ha . Revisão: Jú l ia de Freitas. Projeto G ráfico: Bosco Leite. I m pressão: G ráfica A m pla .
Ti ragem : 1 0.000 exem pla res. Contatos: Rua Á lva ro B raga , 351 - Pa rq ue Dez de N ovem bro, M a na us - A M ,
69055-660. M a na us (A M) / Tel . + 55 (92) 4 009-8900 – https: //fas-a mazon ia .org
Oi!
Cu ru …o q uê? D izem q ue ele a nda meio esq uecido. Tem gente q ue
nem acred ita q ue ele exista . M as q uem mora na mata , perto dela
ou já foi em sítio de pa rente, sa be. O Cu ru pi ra conti n ua sendo
rea l idade na floresta , tão presente como sem pre. É u m sujeito de
m u ito respeito, chegado n u ma bri ncadei ra , mas q ue não foge do
com prom isso de cu ida r das á rvores, do solo, das ág uas, dos a n i ma is
e de tudo ma is q ue faz pa rte da natu reza , i ncl usive do bicho gente.
N em do ca ra pa nã bem g iti n ho ele esq uece.

E tem ma is: poucas vezes ele foi tão necessá rio por essas ba ndas de
cá do A mazonas. É ta nta devastação, ta nta mata nça e fu maça q ue
se espa l ha nessas matas q ue os pés vi rados pa ra trás do peq ueno
e va lente protetor, por ma is l igei ros q ue seja m , não conseg uem
a lca nça r. É hora de espa l ha r o exem plo e a história do Cu ru pi ra ,
nosso g ua rd ião, e fazer u m convite pra q ue todo m u ndo aj ude o
men i no enca ntado nessa m issão.

N a ca rti l ha “O Cu ru pi ra na A mazôn ia”, você va i encontra r contos,

jogos, m úsica e poesia q ue vão te a presenta r essa fig u ra ú n ica ,
m u ito da nada e a m iga , q ue é o Cu ru pi ra . E ma is, dê u m a lô pra
tu rma dele q ue vive e a leg ra a terra -fi rme e a vá rzea , a bicha rada
toda ! Eu ten ho certeza de q ue vocês con hecem esses bichos e
sa bem m u ita coisa sobre eles, mas sa ber n u nca é dema is. Q ua nto
ma is i nformações sobre eles, ma is vocês conseg uem cu ida r da
fa u na , q ue é a a l ma da floresta . Então, se prepa re e su ba na
q ueixada j u nto com o Cu ru pi ra , porq ue a aventu ra va i começa r.

“Cu ru pi ra na A mazôn ia” é u ma pu bl icação prod uzida pela Fu ndação

A mazôn ia Sustentável (FA S), em pa rceria com a Petrobras, por
meio do Projeto A mazonas Sustentável .

3
 Foi aq u i q ue me cha ma ra m ? Pois aq u i estou ! M u ito prazer, eu sou o Cu ru pi ra . Q ue
foi ? N u nca vi ra m a lg uém com ca belos de fogo a ntes? O u com os pés vi rados ao
contrá rio? Sei q ue a m i n ha a pa rência pode assusta r, mas não se enga ne. Eu sou
a m igo de todos os seres desse pla neta e vivo dessa energ ia q ue com pa rti l ha mos
e vem da nossa mãe, a natu reza .

Ela , a natu reza , vem sendo m u ito ma ltratada já faz u m tem po por pessoas q ue
caça m e pesca m a lém da conta , derru ba m m u ita madei ra e não pla nta m de volta ,
q uerem ti ra r as riq uezas- m i nério do nosso chão até não sobra r nada . Com esses
egoístas e ga na nciosos, a í si m eu me za ngo. E a pa reço pa ra da r u m aviso, m u ito
i m porta nte: a Terra é u ma só e precisa mos cu ida r bem dela .

Pa ra vocês me con hecerem mel hor, resolvi responder a lg u mas q uestões q ue

m u ita gente me perg u nta :

Porq ue seu nome é Cu ru pi ra ?

Meu lar está nas grandes florestas desse Brasil. Tenho morada em cada bosque, caminho
de mata, berço ou cabeceira de rio. E na Amazônia, a mais majestosa delas, vivo a percorrer
as mais diferentes e belas paisagens desse chão, da várzea aos alagados, dos mangues à
terra-firme. Onde a minha presença for necessária, esse é meu lugar.

O nde você mora ?

Meu lar está nas grandes florestas desse Brasil. Tenho morada em cada bosque, caminho
de mata, berço ou cabeceira de rio. E na Amazônia, a mais majestosa delas, vivo a percorrer
as mais diferentes e belas paisagens desse chão, da várzea aos alagados, dos mangues à
terra-firme. Onde a minha presença for necessária, esse é meu lugar.

Cor preferida :
o verde das folhas amanhecendo depois de uma noite de toró.

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U m a n i ma l :
Eu amo todos os animais, que zelo com muito carinho. Só digo que a queixada, parceira
fiel das minhas travessuras e andanças, tem um lugar especial no meu coração.”

Fruta favorita :
É tanta comida boa que vem da terra que fica difícil dizer… mas vou escolher três:
tucumã, cacau e taperebá.

U m som :
O baque agudo da sapopema (tipo raiz, grande e que sobe até o tronco de árvores) que
quando a gente batuca na samaumeira e o som ecoa pela mata.

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 Corre no tem po a estória , contada
de geração pa ra geração na m i n ha
com u n idade, q ue certa vez su rg i u por
esses ca m i n hos u m caçador, m u ito do
atrevido, cha mado Ju ra nd i r. Sem conta r
conversa com os ma is a ntigos da vi la ,
nem ped i r l icença , seja à gente ou à
entidade, ele começou a entra r nas nossas
vá rzeas, em época de seca , pa ra procu ra r
bicho. Ele va rava o d ia em bren hado na
mata e de longe se ouvia o ba ru l ho de
sua espi nga rda a derru ba r g ua ri bas,
preg u iças, ca ititus, pacas… Colega , até
onça o ma lvado pegava !
E não pa rou por a í . Sorratei ra mente, o
a busado a ndou “visita ndo” nossas pra ias
aq u i da reg ião, de ol ho nas fêmeas de
tracajás e iaçás. I mag i na só, no meio da
desova das bichi n has, ele chegou e foi
pega ndo ta rta ruga , os ovos do n i n ho e
o q ue ma is via pela frente. Todo m u ndo
ficou ad m i rado e en ra ivecido com a
a udácia do ra paz. N i ng uém aq u i é contra
caça r, desde q ue seja no l i m ite da fome
e da ca rência de cada u m . Tem q ue se
respeita r a natu reza e seus ciclos.
O povo da com u n idade tod i n ho sa bia
q ue aq u i lo não ia aca ba r bem . Pois
q ue u m d ia , naq uela hora em q ue o sol
começa a esfria r e a mata a escu recer,
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Ju ra nd i r percebeu , ta lvez u m pouco
ta rde, q ue já era tem po de toma r a
tri l ha de volta . A ndava com o peso do
corpo pa ra a frente, esbaforido e com
as costas a rq ueadas de ta nta caça q ue
trazia à reboq ue n u ma ca pa com prida
q ue a rrastava pelo chão.
Seg u ia de ta l ma nei ra , ol ha ndo pa ra
ba ixo e despreocu pado, por ser homem
destem ido e descrente do sobrenatu ra l
q ue, a pri ncí pio, não percebeu o ru mor de
ga l hos das á rvores menores ag ita ndo-se
em torno dele. O movi mento de fol has
remexidas ia acom pa n ha ndo o passo do
caçador e a u mentava em i ntensidade
e a ltu ra , como se o ca usador daq uele
ba ru l ho se a proxi masse do a lvo.
N ão podendo ma is ig nora r aq uela
zoada , Ju ra nd i r ol hou pa ra o lado, em
d i reção à fonte do som , rá pido a penas
o suficiente pa ra ver u m vu lto peq ueno
desloca r-se em g ra nde velocidade,
u m borrão escu ro q ue logo su m i u por
entre os a pu izei ros. Pronta mente, o
homem repousou a caça j u nto a u m
bu ritizei ro. N a su bida , engati l hou sua
vel ha espi nga rda de ca no d u plo, a ca rga
de pólvora já pronta pa ra uso, e m i rou
onde o vu lto pa recia esta r escond ido.
Em q uestão de seg u ndos, o caçador
senti u suas pernas ba m bea rem e o
estômago em u m em bru l ho só. N ão
fica ria ma is enjoado se estivesse cruza ndo
o Sol i mões no meio de u ma tem pestade,
os ba nzei ros sacud i ndo e a meaça ndo a
catra ia de na ufrág io. Sua vista escu receu
como se fosse noite de l ua nova e ele foi
ao chão.
Ao acorda r, sedento, a ca beça zonza e
o corpo todo dolorido, como se tivesse
levado u ma pisa de ga l ho de goia bei ra ,
o caçador ol hou pa ra o pé de bu riti e
encontrou sua ca pa vazia , sem nen hu m
bicho à vista . N o l uga r da caça , estava
u m men i no ba ixi n ho, com ca belos de
u m vermel ho vivo, q ue ma is pa recia m
la ba redas de fogo, os ouvidos pontudos
e o corpo sem i n u , a não ser por u ma
cobertu ra de fol hagens q ue trazia
em volta da ci ntu ra . O ma is estra n ho,
contudo, era m seus pés vi rados, a pontados
pa ra trás. Pela a pa rência , não pod ia ser
outra criatu ra q ue não o Cu ru pi ra , tão
fa lado naq uelas vi las e com u n idades ao
longo do rio. Ju ra nd i r, pá l ido, ba la nçou a
ca beça , i ncréd u lo.
- Sou eu mesmo, caçador, o Cu ru pi ra !
Ta nto fizeste q ue eu a pa reci . Tu vens
até à nossa terra e caça m u ito ma is q ue
o suficiente, a bate a n i ma is ad u ltos,
fi l hotes e até fêmeas g rávidas. Se
conti n ua r assi m , daq u i a pouco não va i
ter ma is bicho nessas matas. Pois eu
vi m aq u i da r u m fi m na tua ga nâ ncia .
- A tua caça de hoje, q ue estava nessa
ca pa , eu trouxe de volta à vida , com
o dom q ue m i n ha mãe, N atu reza , me
deu – conti n uou o g ua rd ião da mata . –
E eu ta m bém posso tra nsforma r essa
floresta , q ue tu pensas con hecer tão
bem , em u m la bi ri nto e tu n u nca ma is
va is sa i r daq u i !
Q ua ndo reu n i u forças pa ra fa la r
nova mente, Ju ra nd i r su pl icou por sua
l i berdade, d isse esta r m u ito a rrepend ido
por ter sido tão egoísta e ga ra nti u q ue,
da l i pa ra frente, ia ter consideração
pelos a n i ma is, caça ndo a penas aq u i lo
q ue l he fosse necessá rio. O Cu ru pi ra
d isse q ue ia fica r atento àq uela j u ra ,
porq ue era cu idador não só daq uele
pedaço de terra , mas de todo o verde
q ue se espa l hava pelo B rasi l . Desde
q ue encontrou a tri l ha de volta à
com u n idade, e até o ú lti mo d ia de
sua vida , Ju ra nd i r foi respeitador da
promessa , torna ndo-se ta m bém u m
protetor das matas e de todos os
seus ha bita ntes.
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 Depois de a prender a l ição, o caçador
a rrepend ido deve acha r o ru mo certo de
volta pa ra casa . Aj ude ele nessa ta refa ,
i nd ica ndo a tri l ha de sa ída e, no ca m i n ho,
as mensagens de conservação da natu reza .

É preciso respeitar
a época reprodutiva
das espécies caçadas.

Caçador

Assim,
protegemos
as fêmeas
dos animais e
seus futuros
filhotes. E garantimos
alimento para
gerações de
famílias.

A caça comercial
e a caça esportiva
prejudicam a vida
dos animais e dos
ecossistemas que
eles fazem parte.

Casa

A caça de subsistência, quando feita

com princípios sustentáveis, garante
os modos de vida tradicionais das
populações humanas na Amazônia.

8
De vez em q ua ndo, o Cu ru pi ra gosta de
a pronta r u ma travessu ra , pri nci pa l mente se
for contra a lg uém q ue está prej ud ica ndo a
floresta e os a n i ma is. N as fig u ras a ba ixo,
a ponte os sete objetos q ue esse a rtei ro
escondeu de u m aca m pa mento de caçadores.

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 Nesse jogo, valem as mesmas regras para a vida: pegue só aquilo que for
necessário. Encontre as palavras certas que formam os nomes de alguns
animais, protegidos e parceiros do Curupira.

A NTA O N ÇA- PI N TA DA PEIXE- B O I PI RA RU CU TRA CAJÁ

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 Agora que você já virou amigo do Curupira, está
na hora de aprender sobre alguns animais da
floresta amazônica.

O nça - pi ntada A nta

Nome científico: Panthera onca Nome científico: Tapirus terrestris

Grupo: Mamíferos
O que come: Animal carnívoro (alimentação
feita apenas de animais). Come animais da
floresta e das águas, indo de macacos e
preguiças até jacarés!
Tipo de ambientes que gosta (habitat):
vários, desde florestas densas, como a
amazônica, a ambientes abertos, como o
Cerrado.
Onde vive (distribuição geográfica): é
encontrada em quase todos os biomas
brasileiros, de Norte a Sul.
Principais ameaças: perda de florestas
causada por atividades agrícolas e de
mineração, construção de hidrelétricas e
estradas, entre outras ações humanas. Caça.
Risco de extinção:
Grupo: Mamíferos
O que come: Animal herbívoro (alimentação
feita apenas de vegetais). Come folhas,
fibras e frutos, como o açaí.
Tipo de ambientes que gosta
(habitat):florestas tropicais de baixas
elevações, além de áreas inundáveis. Em
geral, é um animal que vive em ambientes
de florestas ligados a fontes de água
permanentes.
Onde vive (distribuição geográfica): da
Venezuela e Guianas até à Argentina.
Principais ameaças: perda de florestas
com o desmatamento, queimadas e outras
ações humanas. Caça predatória.
Risco de extinção:

CLA SS I FICA ÇÃO D O RI SCO D E EXTI N ÇÃO

sem risco risco méd io fa lta m dados pa ra

risco m u ito ba ixo risco a lto ava l ia r o risco
risco ba ixo risco m u ito a lto Exti nto da natu reza
O bservação: Classificação baseada nos critérios de ava l iação de risco de espécies do
Livro Vermel ho da Fa u na B rasi lei ra A meaçada de Exti nção do I nstituto Chico M endes
de Conservação da B iod iversidade (I CM B io).

11

Pi ra rucu
Nome científico: Arapaima gigas
Grupo: Peixes
O que come: Animal onívoro (alimentação feita
de animais e vegetais). Come insetos, peixes,
anfíbios, frutos e até mesmo aves aquáticas,
entre outros.
Tipo de ambiente que gosta (habitat):
florestas alagadas, rios e lagos.
Onde vive (distribuição geográfica): ainda
não foi determinada, mas a espécie pode ser
encontrada ao longo da Bacia Amazônica.
Principais ameaças: pesca predatória.
Risco de extinção:
Peixe- boi -da -A mazôn ia
Nome científico: Trichechus inunguis
Grupo: Mamíferos
O que come: Animal herbívoro (alimentação
feita apenas de vegetais). Come plantas
que boiam na superfície da água, como algas,
aguapés e capim aquático
Tipo de ambiente que gosta (habitat):
corpos de água doce na Bacia Amazônica
Onde vive (distribuição geográfica):
encontrado apenas na Amazônia, desde as
cabeceiras de rios no Equador, Peru e Colômbia
até o estuário do Rio Amazonas, no Brasil.
Principais ameaças: Caça predatória. Captura
acidental de filhotes por redes de pesca.
Instalação de hidrelétricas onde a espécie vive.
Risco de extinção:
Fontes: I nstituto Chico M endes de Conservação da B iod iversidade (I CM B io) ;
U n ião I nternaciona l pa ra a Conservação da N atu reza (I U CN).
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Tracajá
Nome científico: Podocnem is u n ifi l is
Grupo: Répteis
O que come: A n i ma l on ívoro (a l i mentação
feita de a n i ma is e vegeta is). Come fol has,
ca u les, troncos, ra ízes, frutos e sementes.
Tipo de ambiente que gosta (habitat):
A m plo, a exem plo de pâ nta nos, lagoas e
rios de ág uas bra ncas, cla ras e pretas.
Onde vive (distribuição geográfica):
B rasi l , Venezuela , Colôm bia , Eq uador,
Peru , Bol ívia , G u ia na , G u ia na Fra ncesa e
Su ri na me.
Principais ameaças: caça de ovos e das
fêmeas reprod utoras. I nsta lação de
hid relétricas onde a espécie vive.
Risco de extinção:
Preg u iça -de- benti n ho
Nome científico: Bradypus tridactylus
Grupo: Mamíferos
O que come: Animal herbívoro (alimentação
feita apenas de vegetais). Come folhas, brotos,
flores e frutos de árvores como a ingazeira.
Tipo de ambiente que gosta (habitat):
florestas neotropicais
Onde vive (distribuição geográfica): Além
do Brasil, a espécie ocorre nas Guianas e na
Venezuela. O único bioma brasileiro em que esta
espécie pode ser encontrada é a Amazônia.
Principais ameaças: Desmatamento e caça.
Risco de extinção:
Na nossa seção musical, acompanhe trechos das toadas de boi “Curupira”, do grupo
Garantido, e “Eu sou a lenda”, do Caprichoso. Essas letras contam estórias desse
personagem das mitologias indígenas, guardião das matas.

Curupira (Boi Garantido) Eu sou a lenda (Boi Caprichoso)

Meus olhos e cabelos encandeiam fogo
fátuo
Meus pés invertidos levam a labirintos
Sou cria de bicho folharal e mãe do mato
Sou curupira, sou ilusionista
Sou curumim gerado em bicho
Sou a entidade protetora da floresta
Sou a metamorfose de lendas e quimeras
Sou cobra grande, anhangá
Sou boto e mapinguari
Macunaíma, poronominare
Juma e jurupari
Sou curupira! (…)
Todos os bichos da mata
Encantados na floresta
Virão ao meu chamado
Sobre vós
Do céu as grandes rapinas, gaviões carcarás
Das águas sucurijus, jacarés a boiar
Na espreita o bote da onça, gatos maracajás
Sou a floresta
Sou a fúria dos animais
Eu sou a lenda bis
Sou do mato, sou bicho animal
Eu sou a lenda
Curupira, sou bicho animal (…)

(Com a câmera do celular, (Com a câmera do celular,

leia o Q R Code para assistir leia o Q R Code para assistir
o vídeo da música no YouTube.) o vídeo da música no YouTube.)

13
 Será q ue você conseg ue ad ivi n ha r q ua is frases a ba ixo são Pa lavra de Cu ru pi ra
(verdadei ras) ou Estória pa ra boi dorm i r (fa lsas)? M a rq ue ao lado de cada
u ma delas (P) – Pa lavra de Cu ru pi ra ou (E) Estória pa ra Boi Dorm i r.

O Cu ru pi ra não é d iferente de outros cu ru m i ns, ele

1
tem os pés vi rados pra frente e ca belos escu ros.

O peixe- boi -da -A mazôn ia come pla ntas aq uáticas

2
q ue boia m na su perfície.

Cu ru pi ra vive na cidade e não gosta m u ito de a nda r

3
pela floresta .

A onça é ca rn ívora e, na A mazôn ia , come bichos q ue

4
vivem na terra e até nas ág uas.

A a nta é u m a n i ma l herbívoro e come frutos, fol has

5
e fi bras da floresta .

A preg u iça -de- benti n ho é u m dos a n i ma is ma is rá pidos

6
do m u ndo.

O Cu ru pi ra tem os pés vi rados pa ra despista r as

7
pessoas q ue ma ltrata m a natu reza e seus seres.

8 Cu ru pi ra é visto na mata montado em u m cava lo.

O tracajá é encontrado em d iversos pa íses da

9
A mérica do Su l a lém do B rasi l .

O pi ra rucu é u m peixe herbívoro q ue só se a l i menta

10
de pla ntas aq uáticas.
Respostas: 1 – (E) ; 2 – (P) ; 3 – (E) ; 4 – (P) ; 5 – (P) ; 6 – (E) ; 7 – (P) ; 8 – (E) ; 9 – (P) ; 1 0 – (E).

14
O Curupira chegou nas telinhas e trouxe junto parte da sua turma para
brincar! “Curupira na Amazônia” é um jogo virtual para você se divertir e
aprender mais sobre nosso herói de cabelo de fogo e grande força e disposição
para proteger a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo.

A partir da região do Punã, comunidade que fica em Uarini, no estado do

Amazonas, o Curupira vai lhe guiar pela mata, apresentando alguns dos animais
que habitam esse ecossistema lindo e apaixonante.

COMO JOGAR
1 ) Acesse o jogo d ispon ível em :
w w w .fas-a mazon ia .org/cu ru pi ra - na -a mazon ia

2) Cl iq ue no botão “Joga r”.

3) Cl iq ue no desen ho do Cu ru pi ra e leia com atenção o texto q ue o

acom pa n ha .

4 ) Ju nte as peças pa ra monta r o q uebra -ca beça do Cu ru pi ra .

5) Cada desafio de q uebra -ca beça leva ao próxi mo! N o tota l , são
oito desen hos d ispon íveis. A lém do Cu ru pi ra , temos a n i ma is da fa u na
a mazôn ica e a Casa Pu nã , a ntigo casa rão e atua l centro cu ltu ra l da
com u n idade.

“Cu ru pi ra na A mazôn ia” é u m jogo ed ucativo prod uzido pela Fu ndação

A mazôn ia Sustentável (FA S), em pa rceria com a Petrobras, por meio
do Projeto A mazonas Sustentável .

(Com a câmera do celular,

leia o Q R Code
para jogar online)

15
 Para Colorir

16
Cada ca nto do m u ndo tem u m jeito especia l de se expressa r, termos q ue são
ú n icos. N essa pa rte da A mazôn ia , por exem plo, temos u m voca bu lá rio m u ito
rico! Confi ra as pa lavras a ba ixo, usadas nessa ed ição, e veja q ua ntas delas você
con hece e fa la no d ia -a -d ia :
Ag ua pé: Pla nta aq uática fl utua nte
ta m bém con hecida como m u ru ré.
Ba nzei ro: Conj u nto de “ondas” fortes
ca usadas por tem pestade no rio ou
pela passagem de u m ba rco g ra nde.
B u ritizei ro: Pa l mei ra tí pica da
A mazôn ia q ue dá o fruto do bu riti ,
m u ito usado na cu l i ná ria reg iona l .
Catra ia : Ti po de em ba rcação peq uena
movida a motor ou a remo.
Cu ru m i m : Cria nça ou men i no peq ueno.
Ca ra pa nã : M osq u ito q ue suga sa ng ue.
Iaçá : Ta rta ruga de peq ueno porte
q ue ha bita as ág uas da A mazôn ia ,
especia l mente no B rasi l , Colôm bia e
Peru .
Iga ra pé: U m cu rso de ág ua m u ito
com u m ao longo da Bacia A mazôn ica .
Gera l mente, tem pouca profu nd idade
e é formado por u m braço de rio ou
ca na l .
I ngazei ra : Á rvore q ue pode ser
encontrada ao longo rios e lagos. Seu
fruto é o i ngá , cuja pol pa é m u ito
consu m ida por a n i ma is e seres
hu ma nos.
G iti n ho: bem peq ueno.
Q ueixada : A n i ma l da mata , pa rente
do porco-do- mato e do ca ititu . As
estórias conta m q ue onde a q ueixada
está o Cu ru pi ra não está m u ito
d ista nte e os dois são m u ito a m igos.
Terra -fi rme: Ti po de florestas da
A mazôn ia q ue estão em reg iões ma is
a ltas e por isso não são a lagadas com
a cheia dos rios.
Toró: Chuva i ntensa , u m tem pora l .
Vá rzea : Ti po de florestas da A mazôn ia
q ue passa m por épocas de seca e cheia ,
e são i n u ndadas por rios de ág uas
bra ncas ou ba rrentas.
17
 Faz tem po q ue a fa ma do Cu ru pi ra u ltra passou frontei ras reg iona is e nosso
peq ueno defensor passou a ser recon hecido como u m sí m bolo da cu ltu ra
popu la r. Desde então, o Cu ru pi ra já ga n hou pág i nas de l ivros, histórias
em q uad ri n hos, ca nções, séries e até fi l mes! Pela tela do cel u la r ou do
com putador, confi ra , cu rta e com pa rti l he a mensagem do g ua rd ião da mata
através das d icas a seg u i r:

Prog ra ma Cata lendas

“Catalendas” é um programa infantil
– “Cu ru pi ra”
produzido por uma emissora da Amazônia
e que, ao longo de mais de dez anos de
duração, contou as mais diversas histórias
do imaginário da região. O Curupira (Com a câ mera do
cel u la r, leia o Q R
não poderia ficar de fora e recebeu um Code pa ra assistir
episódio só para ele. Disponível em: Canal o episódio no
YouTube.)
do Programa Catalendas no YouTube.

Série “Cidade I nvisível ” Série brasileira que reuniu alguns dos

maiores nomes da cultura nacional em
uma história de mistério e aventura.
Na trama, o Curupira está mais velho e
longe de casa, triste com a derrubada da (Com a câ mera do
cel u la r, leia o Q R
floresta. Chamado pelo seu amigo Saci, Code pa ra saber
ele resolve lutar pelo seu chão. Disponível mais sobre a série.)
em: Netflix

Livro “As Pegadas do Ku ru py ra”

Nesse livro, escrito pelo autor indígena e
amazonense Yaguarê Yamã, o Kurupyra
(pronúncia do nome do personagem de acordo
com o povo Maraguá) encontra o pequeno
(Com a câ mera do
indígena Tuim e daí nasce uma amizade que cel u la r, leia o Q R
vai ensinar aos dois o respeito e a tolerância às Code pa ra saber
mais sobre o livro.)
diferenças. Disponível em: Estante Virtual.

18
 Um tchau
do Curupira
Pa ra você q ue a ma e protege a natu reza . Q ue entende os ciclos e tem pos
das pla ntas, bichos e ág uas. Q ue não joga l ixo na mata , nos rios ou nas ruas
e q ue faz reciclagem . Q ue não caça ou pesca no período de reprod ução dos
a n i ma is. Q ue não prende ou machuca os bichi n hos e, se vê a lg uém fazendo,
conversa com a pessoa e expl ica os motivos pa ra q ue ela não faça ma is. Q ue
leu e bri ncou com esta ca rti l ha e va i leva r m i n ha estória e m i n has ideias pa ra
outros a m igos. O brigado e até a próxi ma !

Jogo da memória
“Os amigos do Curupira”
A ntes de você i r, temos ma is u ma bri ncadei ra pa ra com pa rti l ha r e joga r em
g ru po. Dentro dessa ca rti l ha , você va i encontra r d uas ca rtelas, cada u ma
com seis desen hos de a n i ma is proteg idos pelo Cu ru pi ra : a onça - pi ntada , a
a nta , a preg u iça - benti n ho, o tracajá , o pi ra rucu e o peixe- boi -da -A mazôn ia .
Pa ra joga r, siga estes passos:

- Com a aj uda de u m ad u lto, sepa re os desen hos de a n i ma is das ca rtelas. Os

desen hos têm l i n has ponti l hadas nas bordas pa ra você sa ber onde destaca r.

- Em ba ra l he os ca rtões e vi re os desen hos pa ra ba ixo. Cada a n i ma l va i ter

dois ca rtões ig ua is.

- Convide os seus a m igos pa ra bri nca r e d ivi rta m -se!

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