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A rica m i to l o g i a

dos índios do Brasil

Assim como tantos outros povos antigos, de todos os conti-nentes, os p

dos acidentes geográficos, das plantas.

As histórias reunidas nesta coletânea têm em comum o fato de serem c

vitória-régia (“A índia que amava a Lua”), da mandioca (“Uma menina chamada Mani”
aoportunidadedeumestudocomparativodamitologiadospovosindígenasdoBrasilcoma

temas,otratamentopoético,adimensãosimbólica,entreoutrosaspectos.

Sabe-seque,emboraostemasdemuitoscontossejamcomunsaumgrande

adequadasaoleitoriniciante,procurandoelaborartextosqueper-mitamtambémumafl

E s p e r a m o sq u eal e i t u r aeoe s t u d od o sc o n t o sr e u n i d o sn e s t ac o l

o sh o r i z o n t e sc u l t u r a i sd o sn o s s o se s t u d a n t e s .
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Certa noite, a Lua estava mais brilhante do que nunca. Seus raios pe

sobre a Lua. Uma delas dizia que as estrelas eram jovens índias levadas ao céu pela L

—Ah!Comoeugostariadeserumadasestrelasdocéu!—pensouIap
Um dia, porém, de repente, a pequena Mani ficou muito do

salvá-la.

Mani morreu.

Toda a tribo ficou muito triste. Os pais de Mani a enterrar

filhinha.
Eparaespantodeles,umdia,nessacova,nasceuumaplan-ta.Suaraiz
Curiosos, os índios experimentaram aquela planta e logo perceb

dizemos mandioca.

E assim, cada vez que um índio comia mandioca, lembrava--se da h


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AS LÁGRIMAS

DE P OT I R A
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Contam os índios que Potira e Itajiba formavam um lindo casa

Umdia,porém,houveumaguerracontraoutratriboeItaji-batevequep

Itajibalevantou-seeacenouparaPotira.Quandoasca-noasdesapareceramnohorizon
Depois desse dia, toda manhã Potira saía para olhar o rio e ver se Itaj

compreendeuquenãoveriamaisseuamado.
Ela foi até a beira do rio e olhou para o ponto em que ti-nha

saudade que derramava todos os dias foram caindo e se misturando com a are
Até o deus Tupã se comoveu com a dor de Potira e trans-formou

Porisso,dizemosíndios,épossívelencontrartantaspedraspreciosas
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E,entretodasasgarotasqueseapaixonaramporele,haviaumachama

Finalmente,foimarcadoodiadocasamentodosdoisjo-vensapaixon
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Não muito distante da aldeia,havia um lago onde Catuboré costum

enquantopesca-va,sonhavacomMaináesentia-seinspiradoparacomporsuasm
Uns dias antes do casamento, lá foi ele pescar de manhãzi-nha.As

acontecido a Catuboré tomou conta não só de Mainá,mas também de todos na ald

dosanimaisnoturnos.
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Vendo o sofrimento de todos, principalmente de Mainá, a alma d

num pássaro belo, vistoso. Podia ser um pássaro bem simples e comum, mas que

Tupãouviuopedidoetransformouaalmadelenumpássa-ropequen
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surgiu o uirapuru, o pássaro que tem um canto parecido com o som de um

O uirapuru canta apenas de vez em quando e por poucos minu


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SETE MENINAS NA TERRA,

SETE ESTRELAS NO CÉU


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Eraumavezseteirmãsindiazinhas.Elastinhamsóumanodediferen

Elasviviamnumaaldeiacomospaiseoutrosíndios.Ti-nhamumavi
Mas,numcertoano,houveumgrandeperíodosemchuva.Aterrafoifi
A comida começou a faltar.A aldeia passava fome e sede. O pouqu

mas nem sempre encontravam.

Asseteirmãzinhasagoraviviamtristes.Estavammagri-nhas,magri
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Umanoite,sentadasemrodaeolhandoocéuescuro,pon-tilhadodee

—Ah,seagentepudesseirviverlánasestrelas!Tenhocertezadequel
— E se a gente pedisse à estrela Ueré que nos levasse em-bora da

— Boa ideia! — repetiram as outras.


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Ecomeçaramacantareadançaremroda,demãosdadas,parachamar

queestavam...subindo!Aaldeiafoificandoláembaixo,cadavezmenor,atéquesum
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A U TO R E O B R A

Olá!

Meu nome é DouglasTufano.

Nasci na cidade de São Paulo, onde estudei Letras e Pedagogia na Univer

Paulo, mas é bem menor e mais tranquila. É lá que vivo até hoje, escrevendo e dando
© DOUGLAS TUFANO, 2014

Ilustrações: Rogério Borges

1ª edição digital 2014

ISBN 978-85-16-09591-8

Reprodução proibida.

Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

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