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Sentir a poesia

antologia poética

Elizama Alves
Namarea
Patty Medrado

Oṣé editora

Candeias, Bahia - Brasil. 2021.


Oṣé editora

CNPJ:32.431.169/0001-92
Barão do Rio Branco, Stº Antônio,668, Candeias, Bahia.
comunicacao.ose@gmail.com
portalose.com/editora

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

A474s
ALVES, Elizama; NAMAREA; MEDRADO,Patty.

Sentir a poesia/ Elizama Alves, Namarea, Patty


Medrado -
Candeias, Bahia: Ose editora, 2021.

1.Literatura brasileira - Poesia. Poemas.1.Sentir


a poesia, antologia poética.

ISBN: 978-65-996540-0-8
CDD 869.1

Diagramação: Oṣé editora| Preto Jhoy


Arte de capa: MaÌra Vilas
Sumário

Dedicatória 01
Prelúdio 02
Querem mudar 04
Ela é prosa 05
Coragem 06
A vida 07
A necropolítica 08
Padrões 09
Resistência 10
Despindo-me 12
Terra da magia 13
Orí 14
Devagar 15
Liberte-se 16
Sou 17
Parindo palavras 18
Escrevo 19
Palavras 20
Um dia após o outro 21
Autocuidado 22
Intensa 23
As borboletas que voam em mim 24
Negrume 26
Mandinga 27
Escrever 28
Luz 29
O Sol nasce em nós 30
A verdade do afeto 33
Nós 34
Sobre as autoras 35
Dedicatória

Dedicamos esta antologia a todas as mulheres


pretas potentes que vieram antes de nós.

Elizama Alves
Namarea
Patty Medrado

Candeias, Bahia - Brasil. 2021.

01
Prelúdio

Qual o peso que tem a palavra de uma mulher


preta?
quanta revolução ela pode trazer na caneta?

Enquanto produz palavras potentes


forja punhais e espadas,
empunha pás e enxadas
abre caminhos
e constrói pontes,

firma laços e deixa lições pertinentes,


ensinando às iguais o caminho da fonte.

poesia matrigestada
gerada com maestria,
sempre oposta à tirania,
possibilitando travessias.

Sentir a poesia
é ir cedo ao poço
e beber água fria,

02
é ver nascer o sol que aquece o dia,
seguir o rastro do rio que rega a vida
e carrega consigo a fertilidade todavia.

um apelo agridoce ao paladar:


Sentir a poesia.

Preto Jhoy 03
Querem mudar

Querem MUDAR!
mudar nosso jeito de agir,
mudar nosso andar,
mudar nosso vestir...

Querem nos coagir!

Querem mudar nosso cabelo lindo


natural por herança,
do qual ouvimos desde criança, que ele é ruim...

Mas não, vocês não vão mudar nada em mim!

Eu sou preta,
o meu sangue tem resistência,
luto contra os preconceitos
e sobrevivo com resiliência.

EU queria poder MUDAR...


mudar essa forma de pensar antiga,
mudar essa sociedade racista:
Essa é a nossa luta contínua.

Elizama Alves 04
Ela é prosa

Pega-se em prosa
a alma derrama-se no papel,
impetuosa e exuberante

em uma cachoeira de afeto


as palavras lhe tocam,
e tecem sua essência.

Na quietude do papel,
sente a tinta desenhando
minuciosamente as letras,

formando uma dança de palavras


em uma espontaneidade,
a orquestra vai sendo montada,
tocando em cada parte d'alma.

Patty Medrado 05
Coragem

É reconhecer a importância de se desfazer


das meias-vontades,
dos meios-desejos,
das meias-opiniões;

é a virtude
de ser por inteiro,
de se jogar mesmo com medo,
de levantar da queda e tentar o salto
mais uma vez.

Namarea 06
A vida

Falar da vida:
que coisa mais complicada,
tão cheia de surpresas.

Ah se eu pudesse mudar algumas coisas dela...


- Mas como não posso,
tentarei melhorar meu presente e
consequentemente o futuro.

Tão complexa,
dela tudo se pode esperar
surpresas imensas, boas ou ruins;

formada por fases


e nem sempre estaremos na melhor delas,
mas o principal é não se deixar levar pelos
problemas.

- É complicado, porém necessário.

Elizama Alves 07
A necropolítica

Aplaudem o ódio,
assassinam crianças
sugam a nossa esperança.
- Segurança pra quem?

Não adianta a cobrança,


eles são uma aliança fascista
e não merecem a nossa confiança.

Eles gostam da matança,


de sangue negro nas mãos,
não colocam na balança
o estrago que tudo isso faz.

- É que basta a boa vizinhança!


pra quê se preocupar com a mudança
se eles têm uma poupança com milhões de reais?

Depois de tanto
dizem ter semelhança com Jesus
e que tudo isso é pela paz.

Namarea 08
PADRÕES

Ridícula:
a atitude de brincar com a autoestima das pessoas,
menospreza-las,
fazer com que elas se sintam inferiores,
fazer com que não se sintam bonitas o suficiente,
fazer com que vivam presas a padrões

Padrões que as limitam


Padrões que as entristecem quando pensam estar
fora dele;
Padrões que não deveriam existir,
mas infelizmente a sociedade vive presa neles
E menosprezando quem não está inserido neles

mas se você se sente triste por conta disso, saiba


que:
- Você é incrível!
- Você é suficiente!
- Você é linda!
- Você não precisa de padrões,
o seu estilo, o seu jeito é próprio e único!

Elizama Alves 09
RESISTÊNCIA
Apesar de todo sofrimento,
apesar de um passado de escravidão,
apesar de ter sido tirado de sua terra,
e ainda sofrer todos os dias,
o negro resiste!

Resiste quando mesmo sendo escravizado não


deixou de lado os seus costumes;
Resiste quando mesmo desvalorizado, não deixa
de ir a luta;
Resiste quando mesmo sendo minoria social vai
em busca do conhecimento;

Resiste, quando ama a sua cor.

Mas, nem todos tem as mesmas oportunidades.


Estamos em luta contínua!
A todo momento
tentam nos tirar as chances de crescimento,

tentar impedir o nosso progresso ,


tentar mudar os nossos pensamentos

Mas não devemos ceder


10
...

nossa cor é uma honra


que nos recorda toda a resistência e dor dos
nossos antepassados,

por isso não se cale,


nem deixe de resistir:
Lute!

Mas como já diziam: "A casa grande pira, quando


a senzala aprende a ler".

Elizama Alves 11
Despindo-me

A boca, queima,
é brasa quente,
língua de fogo;

Em um labirinto
escutando as palavras
ecoando em meu corpo;

Tecidos vivos,
nudez revelada,
cantando com a alma,

sendo ousada,
despindo-me
através das palavras…

Patty Medrado 12
Terra da magia

Ah, Bahia!
de mar que contrasta com o céu,
de Margareth, Olodum e Bel,
de alegria, magia, poesia.

Ah, Bahia!
de Samba, arrocha, axé,
de vatapá, sarapatel, acarajé,
de fé, muita fé.

Ah, Bahia!
que delícia te viver,
te saborear
e poder te levar por onde vou.

Ah, Bahia!
de gente do coração gigante,
sorriso que acolhe,
gente de verdade, de calor, de amor.

Namarea 13
Orí

Pela íris dos teus olhos


enxergo o brilho da sua mais antiga ancestral,

que ao atravessar a noite


ascende a memória dos dias esquecidos

sob o céu que nos cobre com seu manto


e nos Ori-enta pelas estrelas.

Na Ísis dos seus olhos


enxergo saberes e forças ancestrais,

em seu olhos,
resplandece a mais brilhante Orí.

Patty Medrado 14
Devagar

Vá sem pressa,
um passo de cada vez
a vida é um jogo de xadrez.

Respeite os segundos do seu relógio:


O tempo passa depressa,
mas vai chegar a sua hora de erguer o troféu no
pódio.

Vá sem pressa
e carregue no peito a promessa
de sonhar à beça.

- O objetivo é o xeque-mate mas,


tá tudo bem se houver um empate.

Namarea 15
LIBERTE-SE

De que adianta
falar sobre o que é imposto pela sociedade
e se submeter a ela
vivendo preso a padrões?

Querendo ser outra pessoa


pelo que vê na mídia,
não se sentir bem consigo mesmo
para ficar bem com o mundo

Ser manipulado
fazendo o que te impõem,
vivendo infeliz.

Busque se libertar, busque ser feliz


busque ser você mesmo!

Elizama Alves 16
Sou

Inconstante,
recheada de amor, poesia, alegria
e também de histórias que vivo, que invento.
Apaixonada pelo movimento;
vento forte, brisa do mar, vida.

Sobrevivo de instantes
transito – as vezes impaciente -
e só com um objetivo em mente:
voar
e pousar onde a minha inconstância cabe.

Normalmente transbordo
assim: infinita
intensa
e capaz de ser poesia gritante
independente da circunstância.

- Sou insolúvel e sensível ao paladar de quem


sabe degustar delicadezas.

Namarea 17
Parindo Palavras

Nua ao sol
sentindo na pele
as chamas latentes,

de repente
um sussurro,
verso súbito
no consciente
sente!

Parindo palavras
superaquecidas
tecidas pelas vísceras
mais uma vida ela sangra

dando luz
a uma linguagem ativa,
viva, destemida;
o sangue e a tinta
no papel,
se transformando em escrita.

Patty Medrado 18
ESCREVO

Escrevo porque dói,


escrevo porque minha alma grita,
escrevo porque já não suporto mais.
Sinto-me a cada dia mais distante
a dor está me tornando fria,
a dor está me consumindo

Por conta disso eu ESCREVO,


escrevo porque encontro refúgio nisso,
escrevo quando penso no meu sumiço

Mas sei que um dia


Escreverei versos de alegria
Versos em que irei expressar tudo de bom que está
guardado dentro de mim,
tudo de incrível que tenho para mostrar ao mundo.

Mas no momento,
sinto que esse dia está distante,
mesmo assim sigo confiante,
sabendo que serei feliz de verdade em algum tempo.

Elizama Alves 19
Palavras

Palavras para quê te quero?


palavras que saem da boca sem mistério
em um gesto singelo,

palavras que revelam os segredos,


palavras que cortam os ventos
e não seguem critérios.

Palavras, sempre te quero


para em ti navegar
em versos livres

e consigo a liberdade conquistar.

Patty Medrado 20
Um dia após o outro

Já parou para refletir


nas coisas que deveria ter feito?
em todas as oportunidades perdidas?
no tempo desperdiçado
e nos sonhos que parecem não se realizar?

Nesse vai e vem diário


nem nos damos conta do que realmente acontece
com nossas vidas,
que não estamos lutando por aquilo que queremos,

vivendo apenas um dia após o outro


com as frustrações de parecer que nada muda,
mas sem ao menos fazer algo,
sem ir atrás dos seus objetivos;

sente-se um pouco perdido


em relação a tudo isso
calma, tudo tem o seu tempo,
você conseguirá vencer os obstáculos.

Elizama Alves 21
Autocuidado

Curei-me com uma dose líquida de sensatez.


Livrei-me da insatisfação tremenda em não
pertencer à mim.
O cálice causou um ardor tremendo.
Queimou a minha garganta repleta de feridas
causadas pela insegurança.

A dor de renascer é incomparável.


Lutei por mim
e por fim,
venci.

Curei-me.

Namarea 22
INTENSA

Sou intensa!
Intensa no que digo,
intensa no que sinto,
intensa por completo.

Já não sei mais ser uma pessoa rasa


pois minha forma de ser é assim,
ser intensa está no meu modo de viver

Essa é a minha essência,


ser intensa por natureza
e ser intensa às vezes custa muito.

Elizama Alves 23
As borboletas que voam em mim

Encantos, planos, expectativas, sensações.


Tudo culpa das borboletas.
Inquilinas de mim, jamais abandonaram o meu
estômago ácido de amor em demasia.

Tudo culpa das borboletas.


A cada sinal de retribuição (de acordo com meu
coração afetado gravemente pelas ilusões
amorosas) todas elas decidem voar e festejar,
desesperadas pelas supostas realizações das
minhas expectativas.

Tudo culpa das borboletas.


Deviam mesmo me ensinar a voar e não me
prender a paixões.
Deviam ser um pouco mais calmas e evitar ser tão
precoces.

Tudo culpa das borboletas.


Por causa delas sinto frio na barriga quando me
aquecem com carinho.

Acho até que elas são parecidas comigo,


de asas azuis-turquesa, loucas e tagarelas,
24
...

empolgadas e risonhas, despertam a qualquer


lembrança gostosa, voam.

Tudo culpa das borboletas.


Agora vivo em busca de romances prévios,
momentos inesperados.

Me viciei.

Agora tenho a sensação de voar quando todas


elas voam em mim.
Tudo culpa das borboletas!

Namarea 25
Negrume

No negrume da noite,
ecoa os lúdicos e sensuais lundus e batuques,
em um ritmo pulsante
teu corpo, baila

e seu perfume, afrodisíaco


mistura-se com o cheiro das folhas e flores.

A lua é seu espelho


que ao mesmo tempo que reflete,
banha sua pele aveludada e cintilante.

O som dos atabaques, atravessam a noite,


aglutinam em suas entranhas,
e teu corpo, ganha gingado, malícia e mandinga.

O toque, pulsa junto com as batidas do coração,


mistérios ressoam, eclodem
e em movimentos,
dança o espírito, a sombra e o sopro,
mulher: alma e corpo;
forças divinas fluem no ventre, emanando
energias ancestrais.

Patty Medrado 26
Mandinga

Vento na nuca
sentimos a brisa,
nossos corpos na ginga
fortalecemos nossa mandinga.

As ondas de calor
invadem o corpo
e deságuam pelos poros;
estamos em convergência.

Energias fluem
da nossa afro essência
exalamos dendê e pimenta

em efervescência
fazemos aquele batuque
de sacudir consciência.

E no gingado das cantigas


ao som do berimbau
as almas se conectam
em uma só potência.

Patty Medrado 27
ESCREVER

Precisava escrever.
Escrever em dias tão conflituosos,
escrever como me sinto,
escrever para me sentir mais tranquila.

Precisava escrever.
Pois fiz da poesia minha válvula de escape
para transmitir em palavras o que se passa
dentro de mim.

Precisava transmitir
tudo que a boca não consegue falar
mas que os dedos conseguem escrever.

Elizama Alves 28
Luz

Acenda a luz!

Quero me embrenhar em suas trilhas


caminhar por suas curvas
e apreciar cada detalhe

sob a luz dos teus olhos,


sentindo o cheiro dos teus cabelos,
quero seu corpo inteiro...

Sua pele, tecido vivo


arrepia-se ao te tocar.

Quero sentir o gosto dos teus lábios


e saborear com o tato
as volúpias do teu corpo

pousando a língua na sua flor,


sentir seu néctar
e pólen de amor...

Patty Medrado 29
O sol nasce em nós

Numa noite de lua cheia


o desejo refletia
em nosso olhar.

Lanço-me em uma viagem


sem retorno
sobre as trilhas do seu corpo,
sob a luz do luar,

afago-me
em teu corpo desnudo
e sinto a pulsão
vinda da nossa fusão.

Suave, o toque
que me absorve
entre carícias sutis,
a pressão sobe!

Consigo sentir
através do tato mais safado
nossos corpos em gozo.

30
...

E eu completamente
na tua, sua, nua

sinto nosso suor


na pele borbulhar,

escorre quente e evapora


deixando nosso cheiro
por todo o lugar.

Sinto,
toda aquela saliva
aquela lambida
fazendo-me delirar.

Entrelaçados,
nossos corpos despidos,
sussurro em seu ouvido;
entre suspiros e gemidos

a língua
e todo corpo pega fogo:
estamos em dinâmica.

31
...

sinto, quando penetra


naquele ritmo gostoso!

Os sentidos aguçam
e isso fascina
essa felina
em seus lençóis.

A noite, esquenta
trepamos com tesão,
não vejo o tempo passar
em meio a nossa vastidão

O sol nasce em nós... Gratidão!

Patty Medrado 32
A verdade do afeto

O que te abraça sem te tocar?

O olhar sem filtros


Aquele que também enxerga os meus defeitos
e só tem a intenção
de me amar
com o coração.

A brisa do mar
o movimento das ondas
o ritmo da natureza
que embala o corpo
de quem tá ali a admirar
tamanha beleza.

A boa companhia
a música
a dança
e tudo o que se cria
a partir da arte, da vida.

Me abraçam as fotografias,
as lembranças,
a vontade, a caridade
e as vezes até a saudade. 33
...

- O abraço é também feito de afeto.

Namarea

Nós

Somos corpos celestes que brilham mais que o sol


Pertencemos a galáxia “intensidade”
Fomos feitos um para o outro: Tudo que tem nós
encaixa.

Namarea 34
Sobre as autoras

Elizama Alves

Elizama Teixeira Alves é


poeta, natural de
candeias, com atuação
em candeias, é
idealizadora do projeto
Sentir a poesia, que tem
como objetivo
compartilhar suas
produções no Instagram e desta maneira incentivar
outros(as) jovens pretos(as) a se lançarem no
mundo da escrita.
Participou da antologia Candeias em Prosa e Verso,
em alusão aos 51 anos de emancipação política de
Candeias. É bacharelanda em Humanidades pela
Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira. Atualmente trata de
temas sociais em suas construções textuais,
retratando escrevivências endossadas pelo lugar
de fala de mulher preta periférica.

35
Sobre as autoras

Namarea

Poeta candeense,
escreve poemas desde
2016 e foi classificada
para o Concurso
Nacional Novos Poetas
2020, realizado pela
Editora Vivara.

"Escrevo sobre o que me move, o que admiro e


principalmente sobre o que me incomoda.
Sou amante da poesia. Ela me permite transbordar,
transcender, voar. Nela cabe toda a minha
intensidade, inconstância e militância".

36
Sobre as autoras

Patty Medrado

Mulher preta e poeta,


tem 21 anos, e reside em
Candeias, Bahia.O seu
interesse pela escrita
surge da necessidade de
expressar e dar voz a
sua potência interior, aos
pensamentos livres e
plurais, tem a escrita como um meio de infinitas
possibilidades, capaz de transgredir e ser a ponte
que leva ao autoconhecimento. É na quietude do
papel que encontra-se, emergindo em si mesmo;
em uma cachoeira de afeto as palavras lhe tocam,
e tecem sua essência.
Escrever para ela é "criar calos nos dedos sem se
calar", e nesse movimento de resistência, a escrita
vai lhe devolvendo a liberdade que um dia lhe foi
negada.

37
Ficha técnica
Poesias: Elizama Alves, Namarea & Patty Medrado
Ilustração de Capa: Maíra Vilas
Diagramação e projeto gráfico: Ose editora
Financiamento: Edital Rolmar Duarte Para Seleção
de Propostas Culturais | Secretaria Municipal de
Cultura e Turismo | Prefeitura Municipal de
Candeias | Governo do Estado da Bahia.

Fontes: Quicksand, Bree Serif, Open Sans.


Tamanho: A5 (1748 x 2480 px)
Padrão de cores: RGB
Formato de distribuição: PDF
Quantidade de páginas: 38

Candeias, Bahia - Brasil. 2021.

38
Oṣé editora

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