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Sociedade viva

É uma sociedade ativista


Que luta pela vida
Que é viva
Nasce todos os dias
Seus ideais são o amor.
Não importando Raça,
Etnia ou Opção
A opção pela qual essa sociedade quer
É o amor, o valor
A razão
O valor da alma
E a razão de todos os dias
Mudando cabeças de quem vive no passado
Achando que " José e Mário ",
Não podem ser namorados.
Indy Evans
Quem já viu mãe abandonar seu filho?
E olha, foi ela quem gerou
Quem cuidou até 3 meses seu filho.
Essa mãe, deixou seu próprio filho por conta de um zé
Um zé sem futuro, que bate nessa mesma mãe todos os dias.
Com trauma cresce essa criança.
Agora ela é cuidada pelo crime todos os dias

Indy Evans
Essa paixão de carnaval

Não real

Passa de bem, para mal

É, não vale se quer mais nada

Ele te largou pra ficar com Gabriela

E quando te conheceu, fica com você e Rafaela.

Agora fica imaginando o que fez de ruim pra ele.

Mas não fizestes nada, ele quem não merece você.

Ele só é mais um na vida;

um daqueles que não é poesia pura ou viva

Ele é rapaz que só quer mais uma

Mais uma pra falar pros amigos

Mais uma pra brincar de "É meu, e é isso".

Indy Evans
SAUDADE:

               DÓI TANTO


                                  QUE 
  
                             V
                          AZA.

                                            Quando
                                                   De        uma
 
                                    Via

                                   SÓ

                                         Congestiona

                                                   as marginais
                                                   Do lado
                                                           esquerdo
                                        Do
                                                  meu
                                                                peito.

Guilherme Papini
Poesia a queima roupa

Seu olho miúdo


mirou
no meu peito

Bang!

O cheiro de pólvora
"paira" no ar.
Foi cirúrgico,
suas pernas me laçaram

Os suspiros são marginais,


fazem rebelião dentro de nós
Implorando por liberdade
A Macieira que é sua pele...
loucura!

A força insana dos nossos desejos,


perambulando fora da lei
Por nossos braços e quadris
Nossas Línguas navegando
Num maremoto de beijos quentes
Labaredas lambendo a nudez
Despidos de nós
Me vesti de ti
Indivíduos
uníssonos
Numa súplica só
Nossos corpos
Imploram
por mais
Mais
Mais!
Mas

Tudo flutua...
A brisa gélida encontra corpos molhados.
Meus olhos esquadrinham tudo
Incrédulos!
É totalmente compreensível
Nunca enxergaram
tanto sabor antes
Pelo menos não
Abertos.
Guilherme Papini
HÁ UM OCEANO EM MIM.

Em meio a esse mar de emoções, há um oceano em mim.


Me querem louco, mas em loucura velada.
Me acham no lixo, ou jogado por escadas.
Me pisam com desprezo, me queimam como palha.
Me escondem em devaneios,
Ou drogas mais pesadas.
Meu nome é coração o cotidiano me fez capim.
Em meio a esse mar de emoções, há um oceano em mim.
Guilherme Papini

Da Autogestão ao Coração
Não pertenço ou possuo
Flutuo por estados
A chama da liberdade
No coração anarquizado!

Não pretendo nem procuro


Tenho sido e não estado
A chamada liberdade
No coração anarquizado!

Sim! Anseio! Desconjuro!


Sem espirito de estado
Amar é liberdade
No coração anarquizado

...CABUM!

No Coração anarquizado
Há uma revolução.
Revindicação:
Seu sorriso encabulado.
Os protestos contra
o estado de espirito
recusam a paz,
inflamam o desejo.
Atiraram pedras
nos vitrais do medo.
Palavras de ordem,
beijos roubados!
Composições molotov voam
sobre os receios fardados
O governador do meu sentir
Jaz no ontem, dilacerado.

Os sonhos acordaram

O sol raiou, a aurora é mais bonita


É tempo de suspirar!
Mas meus olhos só querem
repousar no teu olhar

Guilherme Papini
Deixa a epiderme
Deixa ela tomar ar
Deixa ela tomar sol
Deixa que ela sabe o caminho de volta
Deixa ela mofar
Pegar o pó do pó
Despe a alma

Esconde o Miocárdio , menina.
Esconde
Enche a cara do fígado

Mas esconde o miocárdio ,


Menina .

Elizabeth Massarelli
Me traga flores
ou em  fumaça
me traga
na garrafa
me beba
flores
tulipas
orquídeas
Me embriaga do  teu cheiro
serei doses
Incenso
me acendo
translucído
me acendo
meu Incêndio
M
E

ACENDO. 

Elizabeth Massarelli
Hoje eu saí .
Saí com a minha alma e tirei ela pra dançar
me dei uma folga .

Eu vi passos de riso
Giros de soluços
e até mesmo o passo mais lindo de forró .

Tem dias que ele ousam em tocar um som mais caótico


e ali no meio da praça a gente decide se quer acompanhar .
Tem vezes que saio do ritmo só pra aprender de novo.

O que eu mais queria era que a cidade me   tirasse pra dançar .


Só para as outras almas  poderem parar ,nem que seja um instante
aos sons tricontantes 
do lado de cá ,
o asfalto também sabe dançar.

Elizabeth Massarelli
As mulheres da minha vida
Ultimamente, minhas mãos fluem nicotina,

É, vicia, e mesmo indo pra morte,

Me sinto mais viva,

é derby, eight, Marlboro, free,

Na rua, em casa ,ela tá ali

A tal da Mari Juana tenta me conquistar,

e agora com qual vou ficar ?

Mas a fiel, vestida de branco em meus dedos balança,

eu puxo sua fumaça e entro na dança,

Parecia inofensiva, mas conseguiu me dominar,

será que a morte vai nos separar?

PORTO
"Eu posso não conseguir mudar o mundo, mas quero morrer tentando"
PORTO

"A vida é literalmente poesia, as vezes é boa, as vezes triste, mas


independente de como for ela sempre vai tá escrita na tua alma, com
pressa ou na calma!”
PORTO

Manifestações populares brasileiras


(Para o espetáculo de dança “Brasil com chita”)
As belezas dessa terra
Outrora já foi escrita
Cultura aqui não falta
Nessa terra tão bonita
Vamos homenageá-la
Mais um vez
No espetáculo
“Brasil com Chita”

Lavadeiras
Lavadeiras do sertão
Faz coisa de admirar
Pega a roupa, bate na pedra
Para a roupa enxugar
E o sol forte do sertão
Ajuda a roupa a quarar

Ciranda
Tem muito na Paraíba
Em alagoas também tem
No ceará e Pernambuco
De muito ela já vem
Vou entrar nesta ciranda
E dançar com o meu bem

Jongo
Uma coisa pois lhe falo
Com todo conhecimento
É uma dança de alegria?
Ou um grito de lamento?
Era o jongo que negro tinha
Pra aliviar o sofrimento

Brincadeiras
Vem agora as brincadeiras
De pião ou pega-pega
Jogar bola na lama
Chega ela escorrega
São memórias da infância
Eu falo com inspiração
Em toda ideia minha
Tinha pulação de corda
Tinha pipa e tinha linha
Três Marias e adoleta
Tinha até amarelinha

(Trecho do poema “manifestações populares brasileiras”livro de Mário Cabral-escritor e


poeta cordelista guarulhense )
Crítica em cordel
(Para a peça teatral “Quem é ninguém?”, adaptado da obra de Gil Vicente)

Usamos nossa arte


A linguagem teatral
Para a crítica veemente
À desigualdade social
Que há muito é tida
No território nacional

E tudo que é desigual


Ainda é disseminado
Na política, religião
Tem ludibriador e ludibriado
Que com seus discursos vazios
Vêem o povo como gado

Um povo que é massacrado


Sem nenhuma compaixão
Por falsas promessas
E falta de educação
Quem não tem a luz do saber
Ainda sofre escravidão
Sem falar na corrupção
Que há séculos nos adestra
Os donos da verdade
Com mentiras nos encabresta
Como se estivessem dizendo
Escrito “trouxa” em nossa testa!

A idéia é sempre esta


Para a gente finalizar
O povo sempre luta
Não vejo nada mudar
Mas criticar é o caminho
E nós vamos protestar

(Trecho do livro de Mário Cabral-escritor e poeta cordelista guarulhense )

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