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A Proteção da Privacidade e dos Dados Pessoais na Sociedade da Informação:


Aspectos Civis
Eulália Vitória Nascimento da Paz1; Juciara Lima Silva1; Larissa Nayra Carneiro Maia1;
Rayane Cristina Rodrigues Pessoa Gomes2

1
Faculdade Vale do Aço, Direito. Açailândia-MA, Brasil
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Faculdade Vale do Aço, Professora do curso de Direito. Açailândia-MA, Brasil

larissaan3@gmail.com

1. INTRODUÇÃO

A proteção de dados tornou-se uma questão de extrema importância no contexto jurídico


atual, especialmente no âmbito do direito civil. Com o avanço tecnológico e a crescente
digitalização da sociedade, a coleta, o tratamento e o armazenamento de informações
pessoais se tornaram onipresentes, impactando diretamente a vida das pessoas. Nesse
cenário, o artigo de proteção de dados no Código Civil Brasileiro desempenha um papel
crucial ao estabelecer os princípios e regras que regem a forma como as informações
pessoais devem ser tratadas.
Este trabalho se propõe a explorar a relevância desse artigo no Código Civil
Brasileiro, destacando sua importância na salvaguarda dos direitos individuais e na
promoção da dignidade da pessoa humana. Além disso, examinaremos como a proteção
de dados se insere no contexto mais amplo do direito civil, influenciando questões
relacionadas à responsabilidade civil, contratos e outros aspectos legais. Ao longo deste
trabalho, será evidenciado como o artigo de proteção de dados não apenas reflete as
preocupações contemporâneas com a privacidade, mas também molda as relações
jurídicas em uma sociedade cada vez mais digitalizada (Ferreira, 2018). A análise desses
aspectos será fundamental para compreender o papel fundamental desempenhado pelo
direito civil na proteção dos dados pessoais no contexto jurídico brasileiro.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Neste estudo acadêmico, exploramos os direitos fundamentais relacionados à


privacidade e à proteção de dados pessoais na era tecnológica. Para isso, realizamos
entrevistas em sala de aula com alunos do segundo período do curso de Direito da
Faculdade Vale do Aço, discutindo suas experiências pessoais em relação a violações de
privacidade no ambiente digital, uma vez que em meio a uma verdadeira revolução
digital, nem todas as pessoas perceberam todas as suas implicações (SOLOVE, 2004, p.
133). Com isso, torna-se de grande relevância discussões sobre o tema em questão.

Além das entrevistas, conduzimos pesquisas bibliográficas, incluindo uma


análise da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), uma legislação que foi implementada
recentemente no Brasil. Nosso objetivo foi entender como essa lei afeta os direitos
individuais de proteção de dados e como as organizações precisam se adaptar às suas
disposições. Este estudo contribuiu para a compreensão das implicações da legislação de
proteção de dados e auxiliou na definição de estratégias de conformidade para
organizações e indivíduos.

Este estudo adotará uma abordagem abrangente, combinando pesquisa de


campo por meio de questionários, análise dos regulamentos da LGPD e uma revisão
crítica da literatura. Nosso objetivo é investigar e analisar os direitos fundamentais
relacionados à privacidade e aos dados pessoais na sociedade da informação, com um
foco específico nos aspectos civis, bem como entender como a legislação vigente impacta
essas questões.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A proteção de dados é muito importante no cenário político e jurídico


Brasileiro, e o artigo correspondente no Código Civil Brasileiro desempenha um papel
fundamental nesse contexto. Ele se tornou relevante devido às crescentes preocupações
com a privacidade das pessoas em um mundo cada vez mais conectado digitalmente.

Todavia, reveste-se de suma importância aprofundar nossa compreensão


acerca dos meandros que envolvem a violação dos direitos civis, bem como identificar até
que ponto podemos considerar que tais direitos tenham sido transgredidos. Nesse
contexto, conforme mencionado por Sampaio (1998, p. 370), há defensores da ideia de
que a real violação da privacidade ocorre ao divulgar determinadas informações, eventos
ou situações de caráter confidencial, ao invés de apenas adquirir conhecimento sobre elas.
Assim, ele defende a ideia de que intrusão na privacidade se manifesta ao tornar públicas
informações ou situações que deveriam permanecer confidenciais, em contraste com
simples atos de aquisição de conhecimento.

Por outro lado, a legislação desempenha uma função crucial ao estabelecer os


direitos individuais e sociais, garantindo que a intimidade seja inviolável, de modo que
qualquer divulgação de aspectos da vida privada sem a devida autorização do titular seja
estritamente proibida. Isso consolida uma proteção eficaz da esfera pessoal e confidencial
dos indivíduos. Ela estabelece regras claras para o tratamento dessas informações, o que é
bom para sociedade em geral. art. 5°, X da CF/88 – “são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação”. (BRASIL, 1988)

Também é crucial destacar que o artigo coloca o Brasil em conformidade com


as normas globais de proteção de dados. Isso não só fortalece as relações comerciais
internacionais, mas também torna o país parte de um esforço global para proteger a
privacidade.
Ademais , A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso X,
preconiza o “ Direito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da
imagem das pessoas” . A LGPD, em consonância com essa disposição constitucional,
reforça a importância da proteção da privacidade e dos dados pessoais. Ela estabelece os
princípios que devem reger o tratamento de dados, incluindo a finalidade, necessidade,
transparência e respeito à vontade do titular, que estão intrinsecamente ligados ao respeito
à dignidade da pessoa humana, princípio basilar da Constituição.A relação entre a LGPD,
a Constituição Brasileira e o Código Civil é de suma importância. A LGPD fortalece os
princípios constitucionais da privacidade e da dignidade da pessoa humana, fornecendo
diretrizes claras para o tratamento de dados pessoais. Ela também traz implicações legais
no âmbito civil ao criar uma estrutura legal para responsabilidade em casos de vazamento
de dados e outras violações.
4. CONCLUSÃO

Em síntese, a proteção de dados e a privacidade emergiram como questões


críticas no cenário jurídico contemporâneo, com impactos profundos na sociedade digital.
O artigo de proteção de dados no Código Civil Brasileiro assume um papel central ao
estabelecer diretrizes que regem o tratamento de informações pessoais, refletindo a
necessidade de resguardar os direitos individuais e promover a dignidade da pessoa
humana.
Dessa forma, o estudo sobre a proteção de dados no contexto do direito civil
brasileiro destaca-se como uma área de pesquisa relevante e essencial para enfrentar os
desafios trazidos pela era digital, assegurando que as normas legais estejam alinhadas
com as demandas da sociedade moderna e contribuam para a construção de um ambiente
digital mais seguro e ético.

5. AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradecemos à nossa orientadora, Professora Rayane Pessoa, pelo


constante apoio, orientação e valiosas contribuições que enriqueceram este resumo
expandido. Sua dedicação e conhecimento foram fundamentais para o desenvolvimento
deste trabalho.
Agradecemos também à Faculdade Vale do Aço pelo espaço aberto ao diálogo e pelo
ambiente acadêmico que proporcionou a troca de ideias e aprendizado. O apoio
institucional foi essencial para a concretização deste projeto.
Além disso, não podemos deixar de mencionar o Programa Universidade para Todos
(ProUni) e o Financiamento Estudantil (FIES) que tornaram possível o acesso ao ensino
superior para as acadêmicas envolvidas na elaboração deste resumo expandido. Esses
programas desempenham um papel crucial na promoção da educação e igualdade de
oportunidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988.

SAMPAIO, José Adércio Leite. Direito à Intimidade e à Vida Privada: uma visão
jurídica da sexualidade, da família da comunicação e informações pessoais. Belo
Horizonte: Del Rey, 1998.
SOLOVE, Daniel J. The digital person: Thechnology and privacy in the information age.
New York: New York University Press, 2004. Kindle Edition. Ebook.

Lei nº 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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