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USO COSMÉTICO DE PATCHES: artigo de revisão1

Daniela Furlani 2
Nayara da Silva2
Daisy Janice Aguilar Netz3

Resumo: A veiculação de ativos de aplicação cosmética por meio de patches é


recente e ainda muito pouco difundida entre os profissionais da área de estética e
até mesmo na academia, embora algumas publicações abordem esta aplicação há
alguns anos. O emprego desta tecnologia representa um importante avanço na
área da cosmetologia, uma vez, que pode proporcionar grande incremento na
permeação de ativos sobre a pele e nas diferentes camadas-alvo, potencializando
desta forma a eficácia da formulação. Assim, este trabalho teve como objetivo o
levantamento de dados e informações relativas a este tipo de dispositivo,
buscando o entendimento aprofundado da relação entre a pele e a penetração de
ativos, do seu mecanismo de ação e estruturação dos patches e o levantamento
de produtos desta categoria de cosméticos disponíveis no mercado nacional e
internacional.

Palavras-chave: Cosmecêuticos. Patches. Cosméticos

1 INTRODUÇÃO

A pele é considerado o maior órgão humano, pesando, em um adulto mediano,


por volta de 4 kg, cobrindo uma superfície de cerca de 2 m2 e recebendo
aproximadamente um terço da circulação sanguínea do corpo. Com a espessura
de apenas alguns milímetros (2,97 ± 0,28 mm), a pele separa a rede de circulação
sanguínea e os demais órgãos do corpo do ambiente externo, ajudando a manter
a temperatura corporal, evitando a perda excessiva de água pelo corpo, além de
protegendo o indivíduo contra a entrada de agentes químicos e ambientais

1
Artigo apresentado como requisito para aprovação no Curso de Especialização Lato Senso em
Estética Facial e Corporal, da Universidade do Vale do Itajaí, Unidade Ilha, Florianópolis, SC,
sob orientação da Profª Drª Daisy Janice Aguilar Netz. Março 2012
2
Acadêmicas do Curso de Especialização Lato Senso em Estética Facial e Corporal – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. dani_furlani@hotmail.com e nana_nyr@hotmail.com
3
Professor de Graduação no Curso de Farmácia e de Cosmetologia e Estética – UNIVALI.
danosos, particularmente os infecciosos (bactérias e vírus), impurezas e a
radiação solar. Além disso, possui funções metabólicas, imunológicas e táteis
(CHIEN 1992). Observam-se ainda várias estruturas anexas, que são os pêlos, as
unhas e as glândulas sudoríparas e sebáceas. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).

De acordo com Ribeiro (2010) o termo cosmético vem do grego kosméticos, que
designa prática ou habilidade em adornar, e no Brasil, a ANVISA define que são
preparações que compreendem uma vasta classe de produtos destinados a
aplicação nas diversas partes do corpo, ou seja, pele, sistema capilar, unhas,
lábios, órgãos genitais externos, dentes, membranas e mucosas da cavidade oral
e que possuem como objetivo exclusivo ou principal limpá-los, perfumá-los, alterar
sua aparência ou corrigir odores corporais e ou ainda protegê-los e mantê-los em
bom estado (BRASIL, 2005).

Partindo do ponto de vista que cosméticos podem desempenhar uma gama de


ações, muitos produtos cosméticos contem ativos capazes de alterar de modo
considerável a funcionalidade da pele, os quais são denominados de
cosmecêuticos, termo criado por Kligman há mais de 30 anos, e que deriva na
mistura das palavras cosmético e farmacêutico (cosme + cêutico). De uma forma
geral, estes produtos veiculam ativos com mecanismo de ação conhecido, como
são o dos fármacos, e, em função disso, prometem benéficos comprovados.
Embora o termo não seja termo reconhecido pela ANVISA, é amplamente
empregado pelo mercado de profissionais da área de cosmetologia (RIBEIRO,
2010)

A indústria cosmética os define como produtos cosméticos que proporcionam


benefícios “semelhantes” aos dos medicamentos. Os dermatologistas devem
conhecê-los, pois podem ser úteis como coadjuvantes ao tratamento clínico
medicamentoso, no preparo da pele para procedimentos e na manutenção de
resultados (BEGATIN 2009). Logo, existe uma grande variedade de ativos
classificados como cosmecêuticos. Esses ativos podem ser didaticamente
enquadrados em categorias tais como: agentes despigmentantes, retinóides, filtros
solares, vitaminas, antioxidantes, minerais, hidroxiácidos, fatores de crescimento,
proteínas extratos botânicos, entre outras (GAO et al., 2008).

O termo patch deriva do inglês “remendo”, “emplastro”, sendo atualmente na


medicina e na estética empregado como terminologia geral para dispositivos
colocados sobre a pele os quais liberam ativos nesta camada, que podem ficar
retidos na camada córnea e exercer ação localizada, podem permear entre as
camadas e abaixo do estrato córneo e na derme (liberação intradérmica) assim
como podem proporcionar a ação sistêmica (transdérmica). Consistem
basicamente de materiais poliméricos dispostos na forma de filmes delgados e
flexíveis, delineados basicamente por um suporte externo impermeável, o qual
protege um reservatório contendo uma preparação semissólida, na qual os ativos
se encontram dispersos próximos à concentração de saturação, revestido por um
filme adesivo protetor (em contato com a pele). Podem conter uma quantidade de
ativo suficiente para algumas horas ou até alguns dias e de uma forma geral,
liberam os ativos da formulação para o estrato córneo numa razão controlada. Os
patches são classificados em duas categorias principais, os monolíticos ou
matriciais e os de velocidade limitada por membrana (BARRY, 2005).

A veiculação de ativos de aplicação cosmética por meio de patches comerciais é


recente e ainda muito pouco difundida entre os profissionais da área de estética e
até mesmo na academia, embora algumas publicações abordem esta aplicação há
vários anos (GUERET, 2000; 2003; 2008; AUBRUN-SONNEVILLE, 2010). Nos
sistemas que veiculam medicamentos, são denominados de transdérmicos, mas
para aplicação cosmética, são usados os termos transdérmico e também
intradérmico.

O emprego de patches para a veiculação de ativos cosméticos representa um


importante avanço na área da cosmetologia, uma vez, que pode proporcionar
grande incremento na permeação de ativos sobre a pele e nas diferentes
camadas-alvo, proporcionando desta forma o aumento da eficácia da formulação,
aspecto de grande importância. Algumas empresas classificam este tipo de
veiculo, em função do caráter inovativo e do potencial em proporcionar grande
efeito de retenção e de penetração de ativos de interesse na pele, como a
“terceira geração dos cosméticos” (BIOTECDERMO, 2010)

Este trabalho teve como objetivo o levantamento de dados e informações relativas


a este tipo de preparação cosmética, buscando o entendimento do seu
mecanismo básico de ação, da relação entre a pele e a penetração de ativos, a
estruturação e composição básica destes dispositivos e a busca de exemplos de
sistemas disponíveis no mercado de produtos cosméticos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Estrutura da pele humana

A pele humana é a cobertura externa do corpo e equivale a mais de 15% do peso


corporal. Limita a evaporação de água corporal, serve como receptora para as
sensações (dor, pressão, temperatura e tato), protege contra a radiação
ultravioleta, atua na regulação térmica e também na excreção de substâncias
através das glândulas sudoríparas e do tecido adiposo (CHIEN, 1992; ROSS et
al., 1993; SAMPAIO; RIVITTI, 2001). É composta por várias camadas de células
distintas, que podem ser divididas em três grandes camadas: a epiderme, a derme
e a hipoderme.

A epiderme é a camada mais externa e é composta por tecido epitelial


estratificado. Na epiderme é possível diferenciar várias camadas de células
distintas. O estrato germinativo ou camada basal é constituído fundamentalmente
por células colunares, nucleadas, contendo filamentos de queratina e organelas
celulares. O, estrato espinhoso apresenta células achatadas e poligonais, núcleo
ovóide, com a presença, no citoplasma, de pequenos grânulos lamelares.
Tonofibrilas se estendem para o interior dos prolongamentos citoplasmáticos,
semelhantes a espinhos e se fixam na placa densa do desmossoma. O estrato
granuloso é composto de várias camadas de queratinócitos anucleados,
achatados, com grânulos de querato-hialina, de formato irregular, sem membrana
limitante e associados a tonofilamentos. Já o estrato lúcido somente é observado
em determinados cortes de pele espessa e se apresenta como uma linha clara,
brilhante e homogênea. As células (eosinófilos) são finas e achatadas, sem núcleo
ou organelas. O estrato córneo é formado por 10 a 20 camadas de queratinócitos
anucleados, com 10 m de espessura quando seca. Apresentam citoplasma
contendo agregados de filamentos intermediários de queratina, unidos por
ligações cruzadas com filagrina, que confere o aspecto achatado característico.
(MENDELSOHN et al., 2006)

A derme é constituída por tecido conjuntivo e apresenta papilas que se projetam


para a epiderme, apresentando função primordial relacionada à resistência e a
elasticidade (WAINWRIGHT, 1995). Nesta camada são encontrados os capilares
sanguíneos e também estão presentes os apêndices da pele, como os folículos
pilosos e as glândulas sebáceas e sudoríparas. Histologicamente, aderme é
dividida em derme papilar, constituída de tecido conjuntivo frouxo e localizada
imediatamente abaixo da epiderme, contendo prolongamentos nervosos e vasos
sanguíneos que irrigam a epiderme, mas não penetram nela, e derme reticular,
mais profunda e espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Apresenta
fibras colágenas mais espessas e menor quantidade de células que a camada
papilar (ROSS et al., 1993).

Abaixo da derme, encontra-se a hipoderme ou tecido subcutâneo, uma camada de


tecido conjuntivo mais frouxo, que contem quantidade variável de tecido adiposo,
o qual desempenha varias funções, entre elas o fornecimento de energia, a
definição corporal e a ação absorvedora de choques, isolamento térmico e
preenchimento de espaços. Também apresenta função imunológica, pela
secreção de adipocinas como a interleucina 6, o fator de necrose tumoral α e os
fatores do complemento B, C3 e D (adipsina) e função cardiovascular, pela
secreção de moléculas do eixo renina-angitensina.Também está relacionada com
a função metabólica, em função da produção de ácidos graxos livres,
adiponectina, resistina, visfatina e ácido palmitoleico (C16:1, ω-7). Por fim, quanto
a função endócrina, secreta leptinas, associadas à regulação dos depósitos
energéticos e da fertilidade e ainda a secreção de hormônios esteroidais
(SPEROFF, 1995)

Cosmecêuticos

Cosméticos são produtos de uso externo, destinados a aplicação na pele, sistema


capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da
cavidade oral, constituídos de substâncias sintéticas ou naturais, cuja função ou
objetivo está relacionado com limpar, perfumar, alterar a aparência e ou corrigir
odores corporais ou ainda com a função de proteger ou manter em bom estado
(BRASIL, 2005).

O emprego de substâncias capazes de melhorar a aparência cutânea pode trazer


benefícios amplos, desde aos aspectos psicológicos, podendo afetar até mesmo
as relações inter-indivíduo, uma vez que promove aumento da auto-estima,
proporcionando maior bem estar, afetando assim o estado físico também,
promovendo a saúde e desta forma, proporcionando aumento da longevidade
(LAWRENSE, 2000).

A indústria de produtos cosméticos representa uma considerável área no mercado


mundial, que tende a crescer ainda mais, devido à busca universal pela melhoria
da qualidade de vida e de aumento do bem-estar (KLIGMAN, 2000). No Brasil, a
indústria que engloba produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos
apresentou, nos últimos 15 anos, crescimento médio (deflacionado) de 10,5%,
com faturamento líquido de 27,3 bilhões em 2010 (ABIHPEC, 2012).

Até a década de 60, os produtos cosméticos se limitavam a desempenhar uma


ação superficial, tendo como alvo principal a ornamentação e a beleza, não
afetando a estrutura nem a função da pele. Assim, os produtos cosméticos
deveriam ser completamente inertes ou farmacologicamente inativos. Tal função,
apresentar qualquer efeito biológico, era restrita a fármacos. Entretanto, após a
década de 1960, os estudos começaram a mostrar que quase todas as
substâncias podem afetar a estrutura e função da pele. Como exemplo, a água,
uma substância fundamental para todos os processos celulares, pode ser danosa,
se o contato com a mesma for excessivo, prejudicando a função de barreira e
predispondo a pessoa a lesões com outros agentes químicos e dermatose.
Conforme KLIGMAN (2000), a pele, quando em contato com a água por
aproximadamente 48 horas poderá apresentar afrouxamento de corneócitos,
alteração na produção de células de langerhans, melanócitos e queratinócitos,
aumento dos espaços intercelulares, aumento do fluxo sanguíneo e ativação de
citoquinas pró-inflamatórias

Visto desta forma, onde nem mesmo a água é inerte, percebeu-se que muitos
ativos cosméticos podem realmente vir a atuar não somente com efeito cosmético,
mas alterando profundamente a pele. Tal classe de produto é conhecida como
“cosmecêutico”. Este termo foi introduzido por Albert Kligman, em1988 (GAO et
al., 2008), sendo designado para produtos que contenham ingredientes
biologicamente ativos, com mecanismo de ação conhecido, capazes de
proporcionar benefícios semelhantes aos dos medicamentos, sendo entretanto
ainda considerados cosméticos. Assim, além de satisfazer as necessidades de
“beleza”, estes produtos podem atuar de modo mais efetivo em determinados
problemas estéticos.

Embora o termo cosmecêutico não tenha aceitação oficial por parte dos órgãos
regulatórios, como o FDA e a ANVISA, entrou para o vocabulário da indústria de
cosméticos e é empregado em todo o mundo, com variações de nomenclatura,
sendo designados também como Dermocosméticos, Cosméticos de desempenho,
Cosméticos funcionais e Neocêuticos. Entretanto, independente do nome dado,
devido ao seu aspecto funcional, estes produtos fazem mais do que melhorar a
aparência através da ocultação e camuflagem. E assim, o emprego dos
cosmecêuticos é justificado em função de apresentarem propriedades
farmacológicas úteis para aplicações específicas, de finalidade cosmética. Com
esta premissa, pode-se desenvolver produtos cosméticos com ingredientes
multifuncionais, como por exemplo, para o tratamento da acne (alfa e beta-
hidroxiácidos), de sinais do fotoenvelhecimento e manchas de pele (idebenona,
coenzima Q 10, hidroquinona, arbutin, ácido kójico, ácido ferúlico, vitaminas A, B,
C e E, extratos polifenólicos de plantas, derivados do ácido retinóico) da pele seca
(ácido hialurônico) assim como na proteção a radiação ultravioleta (RIBEIRO,
2010).

Produtos cosméticos e cosmecêuticos geralmente são empregados na forma de


semisólidos, como emulsões consistentes (cremes) ou fluidas (loções),
suspensões, magmas, géis loções, ou ainda na forma de soluções, pós, entre
outras formas de preparação. Estas formas de apresentação são denominadas de
sistemas de liberação, que podem ser divididos em convencionais ou modificados.
São denominados de convencionais quando a liberação do ativo a partir do
veículo ou base, não é modelada, direcionada, e como modificados ou não
convencionais quando a liberação é controlada, direcionada. Patches são
dispositivos capazes de veicular ativos e proporcionar a liberação de modo
modificada, ou seja, são sistemas não convencionais (BARRY, 2005). Entretanto,
anterior a abordagem do que são estes dispositivos, é importante salientar alguns
aspectos tocantes á permeação cutânea.

Permeação cutânea

A maioria dos cosméticos empregados aplicados na pele possui ação superficial,


entretanto, muitos ativos necessitam permear o estrato córneo para chegar ao seu
local de ação, como no caso dos utilizados para o tratamento de hidrolipodistrofia
ginóide (celulite). Considerando a constituição e o efeito protetor do estrato
córneo, estes podem apresentar dificuldades em atravessar essa barreira e atingir
seu sítio de ação (BARRY, 2004).

A pele compreende três camadas, derme, epiderme e hipoderme. A camada mais


externa da pele, a epiderme, é de aproximadamente 100-150 micrômetros de
espessura e não tem fluxo de sangue. Ela inclui uma camada dentro dela
conhecida como o estrato córneo. Esta é a camada mais importante, no sentido de
ser a limitante para a para a aplicação transdérmica (ANSEL; POPOVICH; ALLEN,
2003).

A administração de ativos na pele seja para um tratamento local (tópico) ou


sistêmico (transdérmico), baseia-se na difusão destes através das diversas
camadas da epiderme. O estrato córneo mantém o conteúdo de água mesmo em
condições climáticas variáveis, bem como limita a absorção de substâncias tóxicas
(ou não tóxicas) do ambiente. Assim, a maioria dos ativos liberados pelos
sistemas transdérmicos são moléculas pequenas, apolares, potentes e
relativamente lipofílicas. No entanto, a quantidade que penetra na pele depende
quase sempre do veículo utilizado (BARRY, 2003)
Os ativos podem atravessar o estrato córneo através de três diferentes vias, a
intercelular, a transcelular e pela via dos anexos, conforme ilustra a figura 1. Pela
via intercelular, difunde-se ao redor dos corneócitos, permanecendo
constantemente dentro da matriz lipídica; pela via transcelular, atravessam
diretamente através dos corneócitos e da matriz lipídica intercelular intermediária.
Já na via apêndices, denominada de rota paralela, os ativos podem ser absorvidos
pelo folículo piloso, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. A absorção de
ativos na pele é afetada por vários fatores tais como espessura, temperatura, grau
de hidratação, limpeza da pele, fluxo sanguíneo, concentração de lipídios, número
de folículos pilosos, função das glândulas sudoríparas, raça, pH na superfície da
pele e integridade do estrato córneo (BARRY, apud AULTON, 2005)

Figura 1. Vias de permeação de fármacos através do estrato córneo: através da


matriz lipídica, entre os corneócitos (penetração intracelular) e através
dos corneocitos e a matriz lipídica (penetração transcelular).
Fonte: Moser, et al , 2001.

Embora a proposta da aplicação de produtos cosméticos não inclua a ação


sistêmica dos ativos, muitos destes ativos desempenham sua ação em tecidos
localizados nas camadas abaixo do estrato córneo e até mesmo na derme e na
hipoderme. Neste caso encontram-se os ativos empregados para o tratamento da
HLDG, de clareadores de manchas, hidratantes de ação profunda, entre outros.
Assim, partindo-se da necessidade de promover a penetração de determinados
ativos, os patches ou adesivos transdérmicos e as bandagens têm sido propostos
para veicular produtos de cuidado pessoal e cosméticos (KANTNER, 2005)

Adesivos ou patches transdérmicos

Patches, adesivos e bandagens são dispositivos que, quando colocados sobre a


pele, são capazes de permitir a liberação de fármacos ou ativos na pele por um
determinado tempo, numa, de tal forma que o adesivo, e não o estrato córneo,
controla a velocidade com a qual o ativo se difunde sobre a pele (BARRY, 2005).
As bandagens foram os primeiros tipos de adesivos colocados sobre a superfície
da pele, sendo que os primeiros materiais empregados, derivados de borracha
natural, datam do final do século 19, sendo o primeiro produto delineado pela
empresa Johnson & Johnson’s (VENKATRAMAN; GALE, 1998).

Os dispositivos transdérmicos consistem basicamente de um suporte externo


impermeável, o qual protege um reservatório contendo uma preparação semi-
sólida, na qual o fármaco se encontra disperso próximo à concentração de
saturação, revestida por um filme protetor. Liberam o fármaco para a pele a uma
razão controlada, numa velocidade abaixo da capacidade de aceitação da pele,
sendo que o dispositivo deve controlar a difusão no estrato córneo (HADGRAFT,
2001).

Os adesivos são classificados em duas categorias principais, os monolíticos ou


matriciais e os de membrana limitante a velocidade. A figura 2 ilustra um dos tipos
de sistema, o monolítico. Estes sistemas são compostos por uma camada
posterior, que protege a matriz que contem a formulação e o (s) ativo (s), uma
camada adesiva, que contem o ativo disperso em equilíbrio com a matriz, é a
responsável pela fixação à pele.
No sistema denominado de reservatório, o (s) ativo (s) está situado entre uma
camada não permeável e uma membrana que limita a liberação, que geralmente é
porosa. Independente do tipo de sistema, algumas características dos materiais
empregados e dos ativos ali colocados são fundamentais para que se tenha um
bom desempenho. Com relação aos ativos, salientam-se a solubilidade, pKa e
tamanho molecular. Com relação aos materiais, a capacidade de aderir,
biocompatibilidade, porosidade e elasticidade (KANDAVILLI et al., 2002)

Figura 2 Representação esquemática de um dispositivo de liberação transdérmica


baseado no modelo matricial ou monolítico .

Molécula do fármaco Película


Camadaprotetora
anterior
Molécula do
fármaco
Reservatório
Reservatório do
do fármaco
fármaco
Cristal do fármaco
Membrana
Cristal do fármaco Membrana
Adesivo
Adesivo

Película
Filme destacável
protetor removível
Fonte: adaptado de AULTON (2005)

Os materiais empregados podem ser classificados em vários grupos, dependendo


da função desempenhada. Uma classificação básica compreende: a) materiais
formadores de matriz; b) membrana limitante da liberação; c) película protetora.
Assim, os formadores de matriz, ou seja, os que estão em contato direto com a
formulação, tem como exemplos de principais materiais diversos tipos de como os
polietilenoglicóis (PEG´s), derivados do ácido acrílico, polivinilpirrolidona,
derivados de celulose, lecitina, tensoativos como o monoesteratode sorbitano e o
Tween®, poloxamers, entre outros. Já entre os materiais denominados de
membrana limitante, os quais podem ser porosos ou não, citam-se os copolímeros
do etileno acetato de vinila (EVA), borracha de silicone, poliuretano, materiais
sensíveis à pressão (PSA). Finalmente, como película protetora destacam-se o
polietileno, o filme de poliuretano, os copolímeros de etileno acetato de vinila, o
polipropileno, os poliuretanos, os polipropilenos e os poliésteres (polietileno
tereftalato). Durante a estocagem, o patch se encontra envolvido por uma capa
protetora, a qual é removida imediatamente antes da aplicação sobre a pele.
Apesar de fazer parte da embalagem primária, está em contato próximo com o
sistema de liberação, devendo estar em concordância com os requerimentos a
respeito de inerticidade e biocompatibilidade quanto á reatividade química,
permeação do fármaco, promotor de absorção ou água.

Patches propostos para uso cosmético

A veiculação de ativos de aplicação cosmética por meio de patches comerciais é


recente, embora algumas publicações abordem esta aplicação há vários anos
(GUERET, 2000; AUBRUN-SONNEVILLE, 2010). Nos sistemas que veiculam
medicamentos, são denominados de transdérmicos, mas para aplicação
cosmética, são usados os termos transdérmico e também intradérmico. O termo
intradérmico se refere à liberação de ativos sobre a pele, em determinado período
de tempo, a partir de um determinado patch, que pode ser formado por vários
tipos de filmes e matrizes, contendo uma vasta gama de ativos veiculados.

Shcherbina; Roth; Nussinovich (2010) avaliaram as propriedades físicas de um


patch contendo óleo essencial de Lavandula augustifolium, um óleo essencial de
grande aplicação na dermocosmética e na aromaterapia. Os patches foram
desenvolvidos utilizando-se goma caraia, propilenoglicol, glicerina, emulsificante,
água destilada e amido de batata como diluente e com concentrações de óleo
essencial variando de 2,5 a 10%. Foram preparados pelo método de geleificação
em baixa temperatura (-20°C) seguida de solidificação em placa de Petri. Embora
se reconheça que óleos essenciais, por suas características físico-químicas sejam
moléculas hábeis para penetrar no ambiente anfifílico do estrato córneo, a
utlização de patches pode favorecer grandemente a terapêutica, dada a
capacidade do sistema em atuar como um depósito que libera gradualmente
pequenas quantidades do óleo essencial.
A empresa Natural Patches (http:www//naturalpatches.com) disponibiliza uma
extensa linha de patches com diferentes óleos essenciais, com proposta para
aplicações cosméticas e de aromaterapia. O sistema é delineado para que a
liberação dos óleos essenciais seja ativada pela temperatura corporal
(Shcherbina; Roth; Nussinovich, 2010).
Batchelder et al (2004) avaliaram a permeção in vitro (em modelo animal, com
pele de porco) de catequinas e cafeína a partir do extrato de chá verde. Utilizaram
patches contendo diferentes concentrações do extrato e quantificaram a presença
da (−)-epigallocatechina gallato (EGCg), (−)-epigallocatechina (EGC) and (−)-
epicatechina (EC) dissolvidas. A importância do emprego tópico deste extrato e
dos polifenóis nele presentes tem sido demonstrada, não somente para o
tratamento da HLDG, mas também como terapia para tratamento de tumores de
pele malignos e não malignos , conforme artigo de LU et al (2002 apud Batchelder
et al., 2004). Os autores avaliaram a permeação e observaram que o
correspondente a 0,1% de EGCg permeou em 24 horas, o que corresponde ao
mesmo percentual quando administrada a mesma concentração por via
intragástrica em ratos (CHEN at al., 1997 apud Batchelder et al., 2004).Estes
resultados demonstram que a liberação transdérmica de catequinas e xantinas
derivadas do extrato de chá verde em concentrações efetivas e seguras.

Kantner (2005) descreve um tipo diferente de patch para uso cosmético


(veiculação de ativos dermocosméticos, capilares, para aplicação nas unhas,
pigmentos para maquiagem) e dermatológico, ou seja, com potencial aplicação
também para fármacos. A inovação está no caráter hidrofílico, com o emprego de
filme polimérico dissolvível e sensível à pressão (isto, de acordo com o autor,
proporciona grande aderência na pele). Os ativos, quando veiculados sobre o
filme e ou matriz, são liberados após a lenta desintegração do sistema, permitindo
desta forma longo tempo de contato da pele. O nome do produto é 3M TM
HydroElegance, 3M.

Este sistema foi delineado para veicular uma ampla variedade de ingredientes, de
caráter hidrossolúvel e também lipossolúvel. O adesivo, contendo o (s) ativo (s)
deve ser mantido seco até o momento do uso. Os ativos podem estar na matriz,
dissolvidos, suspendidos, emulsificados ou aderidos sobre o adesivo. São
diferenciais neste sistema a versatilidade de aplicação, uma vez que pode sem
empregado para pequenas ou grandes áreas do corpo, podenso ser aplicado
sobre a pele, cabelo e unhas, além de mucosa mucal e em dentes. A tecnologia
permite tratamentos prolongados, muitas vezes essenciais para a eficácia da
terapia (KANTNER, 2005)

Viyoch et al. (2005) descrevem a preparação e avaliação de patch contendo alfa-


hidroxiácidos (AHAs) contidos no extrato da polpa de tamarindo. Os autores
argumentam que apesar do amplo emprego destes AHAs em formulações
dermatológicas e cosméticas, existem limitações de uso, concernentes
especialmente ao potencial irritante dos mesmos, devido suas características
acídicas e a quantidade permeada em formulações convencionais. A escolha do
extrato da polpa de tamarindo se deu em função do uso tradicional, do percentual
de AHAs (8-23% de ácido tartárico, 2% de ácido lático e pequenas quantidades de
ácido cítrico e mandélico) e do baixo potencial de irritação dérmica. Assim, os
autores propuseram a veiculação deste ativo em patches de hidrogéis compostos
da mistura de quitosana ligada com diferentes tipos de amido (mandioca, milho e
arroz) através do reticulante glutaraldeído. O artigo teve como foco a avaliação da
liberação a partir das variáveis de uma determinada composição de hidrogéis e
mostraram que esta variação pode implicar no perfil de liberação, no potencial de
irritação e na permeação.

A empresa multinacional L´Oréal é detentora de várias patentes de patches com


aplicação cosmética. GUERET (2000) descreve a patente de um tipo de patch
contendo uma matriz polimérica anidra, hidrofóbica, contendo material adsorvente,
especialmente delineada para veicular ativos instáveis à oxidação, como por
exemplo a vitamina C. O patch é formado por uma camada oclusiva ligada a uma
camada reservatório, que estoca uma matriz polimérica de silicone, poliéster ou
poliéster polituretano, que contem pelo menos um ativo cosmético ou
farmacêutico. O (s) ativo (s) são liberados deste dispositivo após o mesmo entrar
em contato com apele e então, as partículas adsorventes sofrem sweeling e
gradualmente solubilizam o ativo, liberando-o em direção as camadas da pele.
Gueret também é o inventor de outras patentes semelhantes (GUERET, 2003;
GUERET, 2008).
Ainda outra patente (AUBRUN-SONNEVILLE, 2010), assinada pela empresa
L´Oréal, descreve patches que consistem de um filme hidrofílico (suporte contendo
fibras solúveis em meio aquoso, em temperatura ≤ 30°C) contendo componentes
ativos dispersos em géis ou emulsões, o qual deve ser umedecido e aplicado
sobre a pele. Após a aplicação, sofre swelling e após ser deixado por determinado
período na área pode ser retirado com água. Pode ser aplicado para limpeza de
pele e para incorporação de ativos hidrofílicos, para o tratamento de pele oleosa e
acnéica, para hidratação remoção de maquiagem, para peeling e tratamento de
pele sensível, veiculando ativos hidrofílicos como por exemplo, alfa e beta
hidroxiácidos, queratina hidrolisada, entre outros.

O emprego de patches associado ao mecanismo da iontoforese é a proposta da


empresa Biotec Dermocosméticos, que comercializa no Brasil o produto
denominado Power Paper®, um patch que utiliza a microeletrônica para
tratamento estético, o qual é acionado logo após a colocação na pele, e, sob ação
da temperatura corpórea é acionado e, sob efeito da iontoforrese, promove
aumento da hidratação e firmeza em apenas 20 minutos. Através de um campo
elétrico de baixa voltagem (3V), obtido por um diferencial de cargas, ocorrem os
fenômenos da eletrorepulsão, eletroosmose e difusão, facilitando a permeação de
água e moléculas de ativos carregados além de também estimular a circulação
local, promovendo melhora visível na região onde foi aplicado (BIOTEC, 2010).
Alguns exemplos de patches disponíveis no mercado nacional e internacional
estão incluídos no quadro 1.
Quadro 1. Exemplos de patches cosméticos disponíveis no mercado nacional e
internacional

Nome do Produto Ativo (s) veiculado (s)/Proposta Imagem

LÓRÉAL Perfect Slim Cafeína/Tratamento da HLDG


Patch®

New SPA Skin Care® Colágeno, ácido hialurônico/Anti-


envelhecimento

**

Verseo Flawless Skin Ativos não informados/Ação


Firming Patches® hidratante, firmadora

***

MD Skincare Instant Múltiplos ativos/Hidratação e


Beautification Lip Area firmeza
Firming Patch

****

POWER PATCH (BIOTEC) Múltiplos ativos/Hidratação e


firmeza
*****

Thalgo Thalgogive Pro-colágeno marinho, óleo de


Restructuring Firming damasco, extrato de Imperata
Patches cylindrica
******

Natural Patches of Vermont® Aplicação ampla: cosmetologia,


aromaterapia, medicinal.
Veiculação de blend de óleos
essenciais.

*******
Fontes: *http://blog.setecosmetic.com.br/?p=85;**http://www.new-spa.us/item/skin-care-products-collagen-
ma/super-hydrating-collagen-eye-p/lid=5999215;***http://www.verseo.com/verseo-flawless-skin-firming-
patches.html;****http://www.beautyflashshop.co.uk/cat-face-and-body/eyes-and-lips/instant-beautification-lip-
area-firming-
patch.html?ref=shopzilla;*****http://www.biotecdermo.com.br/default.aspx;******http://br.ozcosmetics.com/Thal
go/Thalgogive-Restructuring-Firming-Patches-Tamanho-profissional-
/128945;*******http://www.naturalpatchesofvermont.com/node/95

3 METODOLOGIA

Foi realizado levantamento bibliográfico, que segundo Severino (2008) é aquele


que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores,
em documentos impressos, como, livros, artigos, tese, etc. Utilizou-se de dados ou
de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente
registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados e o
pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos
constantes do texto. Assim, foi realizado levantamento bibliográfico em periódicos
nacionais e internacionais, livros e sites que abordam o assunto sobre o emprego
de patches na cosmetologia.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Impulsionada por um mercado cada vez mais exigente, a indústria de produtos


cosméticos incessantemente direciona suas pesquisas para a obtenção de
produtos que sejam realmente capazes de veicular ativos com alto desempenho
na pele, ou seja, que apresentem eficácia aliada à segurança. Estes aspectos vêm
sendo salientados desde a década de 1980, quando Kligman utilizou pela primeira
vez o termo cosmecêutico (RIBEIRO, 2010).

Seguindo a tendência da busca pela eficácia dos produtos dermocosméticos,


buscou-se mais uma vez na área farmacêutica a proposta de um sistema
realmente capaz de potencializar a ação dos ativos sobre a pele e nas diferentes
camadas da pele. Tais sistemas ou dispositivos são denominados de adesivos ou
patches trandérmicos na área farmacêutica e são chamados de patches
intradérmicos pela indústria cosmética. Independente do termo escolhido, o
mecanismo de ação e a tecnologia de preparo e estrutura são idênticos. Trata-se
de sistemas que aderem sobre a pele, formados por diferentes camadas de filmes
poliméricos, contendo ou não um sistema reservatório, proporcionando contato
íntimo da formulação com o estrato córneo, por um determinado período de tempo
e com controle da razão de liberação destes ativos (GUERET, 2000).

Interessante aplicação para um patch foi relatada no trabalho de Bian et al. (2003),
que relata a veiculação do ácido gentísico, um agente despigmentante,
antioxidante e estimulador da renovação celular, derivado da hidroquinona. Este
ativo tem se mostrado seguro e tem sido empregado para diversos tipos de
desrodens de pigmentação, incluindo o melasma induzido por radiação UV.

Patches veiculando blends de óleos essenciais são vendidos pela empresa norte-
americana Natural Patches of Vermont. Inclui uma ampla linha direcionada para
tratamento cosmético e aromaterapêutico. Este tipo de ativo foi veiculado e
avaliado por Shcherbina; Roth; Nussinovich (2010) em patches compostos por
goma caraia, amido como diluente e outros excipientes, contendo o óleo essencial
de lavanda. O questionamento dos autores envolveu a possibilidade de a
veiculação de altas cargas de óleo essencial comprometer aspectos físicos e
mecânicos do patch (adesividade, elasticidade, etc..). Concluíram que a adição de
amido de batata como diluente possibilitou a veiculação de até 10% de óleo nos
patches sem perda de integridade e de propriedades mecânicas ou aderência na
pele.

Além dos artigos citados acima, foram relatadas algumas patentes, da empresa
francesa L´Oréal (GUERET, 2000, 2003, 2008; AUBRUN-SONNEVILLE, 2010),
que descrevem patches hidrofílicos, solúveis em água e patches hidrofóbicos,
apropriados para veiculação de ativos instáveis e que sofrem oxidação facilmente.
Percebe-se que mais uma vez a empresa L´Oréal salienta-se na área de pesquisa
e inovação em produtos cosméticos, não só pelas patentes requeridas, mas por
disponibilizar no mercado de cosméticos este tipo de produto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Buscou-se neste trabalho realizar um levantamento bibliográfico do estado da arte


dos patches cosméticos. Embora a aplicação de produtos transdérmicos esteja há
décadas consolidada no emprego de fármacos, na área cosmética não existem
trabalhos clínicos avaliando estes dispositivos.

Foram relatados alguns artigos científicos que abordam diretamente o


desenvolvimento e a avaliação física ou físico-química da performance de patches
para emprego cosmético (BIAN et al., 2003; SHCHERBINA; ROTH;
BATCHELDER et al., 2004; VIYOCH et al., 2005; NUSSINOVICH, 2010) e
algumas patentes (GUERET, 2000; 2003; 2008; AUBRUN-SONNEVILLE, 2010).
Foram encontrados vários sites de empresas que distribuem patches cosméticos,
especialmente no mercado internacional. Esta escassez de informações mostra
quanto é nova e necessária esta abordagem, especialmente para o mercado
brasileiro

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in a anhydrous polymeric matrix, at least one active compound which is, in
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