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O livro fala de deportação, preconceito, imigrantes ilegais, sorte, diferenças culturais, sonhos,

relação com os pais, planos, escolhas, destino, Deus, amor e de como um único dia pode
marcar nossas vidas, de como 24h podem nos trazer inúmeras possibilidades, a cada dia. É um
livro poético e envolvente, trazendo bastante reflexão sobre os erros da vida, há um trecho
bem marcante no qual aborda isso:

As pessoas cometem erros o tempo todo. Erros


pequenos, como pegar a fila errada para a caixa do
supermercado. A fila onde está a mulher com cem
cupons de desconto e um talão de cheques.

Às vezes a gente comete erros de tamanho médio. Vai


para a faculdade de medicina em vez de ir atrás da
nossa paixão.

Às vezes comete erros grandes.

Desiste.

E esses erros e escolhas nos afetam em nossa esfera pessoal, mas também afetam aos outros
que estão próximos a nós. Mas há que se refletir também sobre um tema que o livro fala
bastante, sobre: destino. Particularmente, eu consigo interpretar como Deus, pois no trecho
em que o condutor do trem pede para que os passageiros desçam e tomem outro rumo, em
virtude do vagão em que estavam ter ficado fora de serviço, é citado, nessa passagem, o
seguinte: Saiam daqui, vocês vão encontrar Deus se procurarem por ele. E o protagonista
Daniel toma essa verdade para si e começa a buscar sinais de que Deus quer falar com ele
acerca da sua decisão/escolha sobre seu futuro na faculdade.

Consigo ver que TUDO ACONTECE POR UM MOTIVO, a vida não é somente uma sequência de
acontecimentos aleatórios e soltos que nos levam a uma pessoa ou situação, existe um
destino/Deus que nos leva ao que é preciso, que nos faz escolher o que escolhemos. E ‘’O sol
também é uma estrela’’ fala sobre nossas escolhas e como a nossa vida pode impactar a vida
de pessoas ao nosso redor, não necessariamente nossos amigos e pessoas mais próximas, mas
como a nossa imagem pode transmitir algo positivo para a vida de outro, como temos uma
influência sobre a vida de quem simplesmente, nos enxerga numa rua movimentada ou numa
repartição pública. Me toca muito a história de vida cruzada da funcionária da repartição de
imigração Irene e a protagonista Natasha, que apenas por gestos, forma de se vestir, olhares e
uma simples mensagem de agradecimento, conseguiu dar um motivo de viver para Irene, que
estava planejando tirar a própria vida naquele dia. Para mim, de todas as histórias que se
cruzam, essa foi a que mais me tocou.

O livro é seguido de várias intercalações de perspectivas da história de cada personagem, o que


traz uma profundidade de detalhes muito grande e nos permite um grande entendimento dos
reais motivos de cada um sobre as mesmas situações, esses pontos de vistas são fenomenais
no livro. Com esses POVs conseguimos ver como histórias de vida podem se cruzar, bem como
as motivações de cada um para determinadas ações e de como a partir desse contato, é
possível gerar melhores decisões, de acordo com as novas perspectivas que o outro nos traz.
Além de como o outro pode nos trazer leveza, quando somos sérios demais e ligado a fatos
fechados e como o recíproco desse pode ajudar a colocar um sonhador, mais ao chão e mais
em si.

A dualidade entre ciência e paixão é muito marcante no livro, a autora traz um estudo científico
de como pessoas podem se apaixonar com 36 perguntas, como uma forma de unir os opostos
Daniel (poeta romântico inveterado) e Natasha (ligada aos fatos e ciência). É um teste muito
interessante de conhecer. Por fim, me marcou muito sobre pontos da cultura coreana que são
exaltados no livro, achei muito interessante saber mais sobre norebangs
Noraebang refere-se a um local para cantar na Coreia do
Sul, onde salas privadas à prova de som ficam disponíveis
para serem alugadas e são equipadas para cantar, tendo
tipicamente microfones, controles remotos, uma grande
tela de vídeo, sofás e decorações como luzes de discoteca
e tamborins.

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