Você está na página 1de 2

O poder de matar

O poder de saber
O poder de criar
O poder de corromper
Este é o caminho da lamina negra,
Árbitro do abismo,
Cuja alma é a Dama.

Ó rainha
Cuja voz dilacera a mente
Cujo corpo marca o cosmos
Cuja alma é eterna
Eu sou você
e você eu
Juntos como três.

Pelo o nada
Para o nada,
Até a criação
E através da recreação,
Até o antigo divino
Cuja alma é a Dama.

Nós devemos mostrar o divino Eu


Nós conhecemos a última luz
Dentro do próprio epicentro do primeiro e último vazio
Nós somos os Senhores!
Apoteose e o eterno
Uma condenação ao Domínio.

De onde tudo vem


Todos devem retornar
Em meio à agitação do divino místico.
Pela lamina negra,
Sou seu Arauto, sua Voz e sua Mensagem
Dando testemunho a todos.

Através deste revoltante cemitério do universo


A batida abafada e enlouquecedora dos tambores
O lamento fino e monótono de flautas blasfemas
De inconcebíveis câmaras apagadas além do tempo
Onde devem dançar devagar, desajeitadamente e absurdamente
Os gigantescos tenebrosos deuses supremos
Cuja alma é a Dama.

E assim eu te imploro,
Me faça seu.
Faça de mim um herdeiro da noite.
Aquilo que gira e revira
O que procura e é procurado
Aquilo que mata e é morto
Aquilo que é tudo.

Venha através do portão negro


Pela luz moribunda
Nós devemos nos enfurecer
Devemos gritar
Devemos matar
Pois tudo é passageiro
O poder de matar
O poder de saber
O poder de criar
O poder de corromper
No precipício do abismo
Eu confesso meu amor moribundo
Para a alma da Dama sem Rosto.

Você também pode gostar