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Suas diferenças são marcantes em relação ao seu par, no pólo Norte, em todos
os sentidos. O mais importante é o fato de a Antártida ser realmente um continente,
enquanto que o Ártico é apenas uma calota de mar congelado. As diferenças
geográficas são muito importantes para se avaliar os diversos comportamentos
climatológicos e oceanográficos entre os dois hemisférios da Terra. Devemos dar
ênfase a estas características geográficas para o estudo da região. Enquanto que no
pólo Norte há o Ártico, como um mar congelado com espessura de gelo próxima de
10 metros, cercado de continentes por todos os lados, com estreitas faixas de
oceanos livres, o pólo Sul se caracteriza por ser exatamente o oposto. Temos um
continente de fato, a Antártida, cercada de oceano livre por todos os lados, o Oceano
Circumpolar Antártico. Este é um motivo chave para os deslocamentos dos fluidos
geofísicos do planeta: os oceanos e a atmosfera. Com a ausência de perturbações
causadas pela presença de massas continentais, os fluidos poderão formar
fenômenos consideráveis.
O NOME DO CONTINENTE
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nome Anti-Ártico, ou contrário da Ursa Menor. Formou-se as palavras derivadas
“antártico”, usada como adjetivo e o substantivo “Antártica”, para nomear o
continente. Mas nem sempre a língua portuguesa foi fiel às origens gregas, daí a
formação do substantivo latino Antártida. Como lembrou muito bem Ulisses
Capozoli, Prof. Aristides Pinto Coelho e outros escritores, os quais eu mesmo
defendo: a grafia Antártida soa muito mais interessante e poética, pois remonta um
mistério de “continente perdido” como a lendária Atlântida e que faz justiça a ele em
toda a sua plenitude, mesmo porque, não existe uma Ártica. Só por este fato, a
Antártida já se torna ímpar! Uma explicação mais palpável pode se basear no fato de
que a Antártida é o único continente polar do planeta. Além do mais, estas terras
continuam sua deriva, como todas os outras da Terra e, num futuro distante, deixará
de ser a antípoda da região ártica. Oficialmente, nos primeiros documentos que
tramitaram no Congresso Nacional, adotou-se o nome Antártida também.
Atualmente, o governo brasileiro adotou o termo Antártica para descrever o
continente nos seus trabalhos e documentos. Notoriamente, ambos os modos de
estão corretos. É muito comum encontrar nos jornais e livros a grafia Antártida. Em
Portugal, a grafia utilizada é Antárctida que poderia ser considerada a mais correta.
A DESCOBERTA
Desde tempos remotos, a Terra Australis Nondum Cognita era grafada nos
mapas antigos como sendo uma região existente, porém não descoberta. É difícil
oficialmente dizer quem foi o explorador, ou melhor dizendo, a expedição, que
encontrou o continente. Diversos países, inclusive o Brasil, participaram de
expedições de ataque às regiões sub-polares e polares. Contudo, com a tecnologia
dos séculos XVIII e XIX, tais jornadas eram muito críticas e trabalhavam no limite
extremo entre a vida e a morte. Podemos fazer uma idéia de como tais missões eram
perigosas quando comparamos com os dias atuais. Se mesmo hoje é muito difícil de
se prestar socorro a um acidente nos mares antárticos, ou mesmo sobre o continente,
imaginemos há mais de 100 ou 200 anos atrás. Os expedicionários realmente tinham
um espírito aguçado de aventura. Infelizmente, nem todos possuíam uma visão
ecológica e científica acurada. Avaliando a História, podemos dizer duas coisas
interessantes de um grande personagem no descobrimento antártico. Seu nome é
Belligshausen.
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Brasil. Havia uma corrida mundial entre muitas nações para o descobrimento das
terras austrais. Muito antes de Bellingshausen, diversos outros exploradores
tentaram encontrar o continente. Em 1768, o jovem comandante inglês James Cook,
a bordo do Endeavour, já partira para as águas do Sul. Porém, somente na sua
segunda viagem, no comando do Resolution, em 1772, é que ele conseguiu chegar
ao ponto Sul máximo até aquela época. Tal marca só seria batida em 1933, na
expedição do almirante americano Richard Bird. É quase uma fatalidade Cook não
ter descoberto a Antártida, pois avançou até o paralelo 71º10’S, mas na longitude
160º54’W, ou seja, penetrou na região mais profunda e exaurida de terras da
Antártida, o mar de Ross. Se não fosse por esse fato, sua expedição teria descoberto
o continente já no século XVIII.
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CARACTERÍSTICAS PECULIARES
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estipular diversos parâmetros da atmosfera primitiva (cerca de 200 parâmetros,
atualmente). Pode-se avaliar o gelo de 900 mil anos atrás, em certas áreas da calota
polar, descobrindo concentrações dos principais gases atmosféricos, por exemplo.
Só por este fato, consegue-se reconstruir boa história da atmosfera do planeta. É um
marco de registro importantíssimo.
É notório de se imaginar que essa neve não pode formar acúmulos de gelo
eternamente. Com o estudo obtido por marcadores feitos em geleiras e, mais
modernamente, utilizando-se satélites, percebeu-se que estas se movem do interior
do continente para o litoral, sendo este deslocamento bem semelhante ao de um rio.
A velocidade de deslocamento pode ser de um metro por ano a impressionante
marca de três metros por dia. Quando chega a região costeira, a geleira atinge o mar.
Nesta interface, surgem rachaduras gigantescas que formam os icebergs. Então,
pode-se dizer que cada iceberg é um gelo, que um dia foi neve, a muitos milhares de
anos atrás e que agora é devolvido ao ciclo hidrológico. Cada iceberg é um retorno
na máquina do tempo do nosso planeta. Contudo, os icebergs antárticos diferem
totalmente dos seus pares do Ártico. Enquanto no hemisfério Norte eles são
pontudos, derivados de rachaduras de geleiras próximas ao mar, na Antártida
imperam os tabulares, originados da quebra do talude congelado sobre os oceanos.
Com isto, os icebergs antárticos podem facilmente se tornarem tão grandes como
estados brasileiros. Em minha missão à Antártida, em 2001/2002, tive a
oportunidade de rastrear, pelo satélite russo da série Meteor, dois tabulares muito
maiores que a Ilha Rei George (vide texto abaixo) local onde se situa a estação
brasileira.
Icebergs tabulares imperam nos mares antárticos. Muitos deles são maiores que cidades e
até pequenos estados brasileiros. A preocupação maior com estes gigantes de gelo errantes
é a sua rota. Algumas chegam ao litoral Sul do Brasil.
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A Antártida é o continente com a maior altitude média. Chega a cerca de 2.200 metros, ou
seja, se todo o continente fosse nivelado, quando se chegasse ao litoral, encontraríamos
uma muralha com esta altitude. Contudo, a maior parte é composta de gelo, com espessuras
além de 4000 metros. Note os principais acidentes geográficos, como as montanhas
Transantárticas (ao centro) e os Antartandes (formação da península Antártica, à esquerda).
Em geral, todo o litoral é composto por barreira orográfica. A parte central é chamada de
platô Antártico, composta por diversos domos gelados.
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primeiras semanas, respectivamente). Este efeito ocorre porque o movimento
aparente do Sol, nesta latitude, é de um “parafuso” no céu, conforme correm as
estações do ano. Vale lembrar que na entrada do verão, sobre o pólo Sul, o Sol
alcança a sua maior altura, com apenas 23º27’, permanecendo as 24 horas do dia
girando ao redor do observador. Por este motivo, os antigos exploradores
denominavam a Antártida como a “Terra das Longas Sombras”.
Diversas posições do observador sobre as latitudes Sul do planeta Terra, até o Círculo Polar
Antártico. As linhas circulares indicam o movimento do Sol em 24 horas. A distância das
linhas de solstício (verão e inverno) da linha central (equinócios) é fixa no arco de grau de
23º27’. Este valor representa a linha da Eclíptica da Terra (inclinação em relação ao plano
de transição ao Sol).
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Sobre o pólo Sul (90ºS). Sol abaixo do horizonte, no inverno.
O parafusar do Sol, em latitudes acima de 66º33’S até 90ºS indicam mais ou menos tempo de dia,
noite e crepúsculos. No caso extremo, sobre o pólo Sul, a divisão é feita em três partes.
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Datas significantes de duração do dia e crepúsculos em várias latitudes. Assume-se um
horizonte desobstruído e condições normais de refração (Fonte: SCHWERDTFEGER, 1984).
Descritivo Pólo Sul 85ºS 80ºS 75ºS 70ºS
Sol permanece acima do horizonte até 23 mar 10 mar 25 fev 12 fev 26 jan
Sol fica abaixo do horizonte após 23 mar 04 abr 19 abr 05 maio 25 maio
Sem crepúsculo civil após 06 abr 20 abr 05 maio 27 maio -
Sem crepúsculo astronômico após 11 maio 06 jun - - -
Crepúsculo astronômico retorna em 1º ago 04 jul - - -
Crepúsculo civil retorna em 08 set 26 ago 10 ago 20 jul -
Sol retorna em 21 set 08 set 25 ago 09 ago 19 jul
Sol permanece acima do horizonte após 21 set 05 out 18 out 02 nov 19 nov
Duração aproximada do crepúsculo
astronômico no solstício de inverno - - 3 4 5
(horas)
Duração aproximada do crepúsculo
civil no solstício de inverno (horas)
- - - - 2
É redundante dizer que o clima antártico é frio, aliás, muito frio. Porém, essa
idéia fundamentada na mente das pessoas que vivem em países tropicais ou de
médias latitudes, como os brasileiros, é muito vaga. Muitos acham que se estivessem
na Antártida, logo em um primeiro momento, iriam encontrar um frio extremo. Este
é um conceito errado. A região costeira da Antártida pode alcançar temperaturas
inclusive positivas. Há uma interação muito forte entre a região costeira fria e os
mares, relativamente mais quentes. Portanto, a costa antártica, principalmente os
arquipélagos sub-antárticos, possui temperaturas que variam entre 5º a –25ºC,
dependendo da época do ano e de que sistema sinóptico meteorológico estiver
operando na área.
Mas afinal qual é esse sistema sinóptico meteorológico que atua na área da
Antártida? Pertencentes à fauna meteorológica, os ciclones extratropicais são as
principais entidades que atuam na região costeira e mares adjacentes de todo o
continente antártico. Realisticamente, são eles os responsáveis pela troca de energia
das regiões de médias latitudes, com as regiões sub-polares, ou seja, convertem
quase que a totalidade da energia térmica, do ar mais aquecido, em energia cinética
(de fortes ventos) quando tentam transpor o ar mais frio. Forma-se um vórtice de
proporções planetárias (daí o termo sinóptico = visão simultânea) que caracteriza o
transporte de ar, as vezes mais aquecido, as vezes mais frio, sobre um observador
em superfície, conforme o ciclone ET se desloca. Portanto, nas proximidades da
costa antártica, o frio não é extremo. Os valores de baixas temperaturas estão mais
ligados a parte interior do continente e às grandes cadeias montanhosas. Deve-se
levar em conta também que todo o continente têm uma altitude média muito
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elevada. O platô Antártico, localizado no centro do continente, possui altitude de
mais de 4.000 metros. Nesta região central, em altitude, o ar superior converge,
assim, há subsidência com o transporte deste ar para a superfície. Desta maneira,
forma-se um anticiclone muito grande e semi-permanente no platô Antártico. Como
o escoamento do ar no anticiclone é divergente, teremos condições propícias para a
formação de ventos intensos muito frios, em superfície, que caminham para o litoral.
Porém, não podemos esquecer que a grande declividade, entre o alto platô central
até a costa ao nível do mar, serão fatores determinantes para o surgimento dos mais
intensos ventos frios catabáticos (que descem as montanhas).
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Dia calmo, ensolarado e raro na Antártida. Normalmente a região costeira é atribulada
permanentemente devido a passagem de alta freqüência dos ciclones extratropicais. Note,
nesta fotografia, que mesmo com mar espelhado e ausência de ventos, o perigo
meteorológico espreita. Observe a nebulosidade sobre as montanhas. Expedicionários em
terra ou helicópteros que por ventura estivessem passando ali, estariam sujeitos ao
Whiteout. Este fenômeno meteorológico é característico de regiões árticas e também recebe
a alcunha de “Escuridão Branca”. Quem estiver dentro dele perde a noção de espacialidade.
Expedicionários se perdem e aeronaves colidem com o solo. Com a modernidade dos
instrumentos de navegação, o problema foi abrandado, mas não eliminado.
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esconde muitos mistérios, ainda a serem descobertos e avaliados. Estamos muito
longe de descobrir todos os mecanismos da atmosfera antártica.
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Os valores de temperatura no centro do continente têm demonstrado tendência de
resfriamento, e não ao contrário, como indica o IPCC (Fonte: Marek, 2003).
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Mosaico produzido por imagens de diversos satélites de órbita polar. Esta é a maior prova
da dinâmica climatológica do hemisfério Sul. Um continente está próximo ao pólo, cercado
por oceanos livres e nenhuma barreira orográfica por todos os lados. Esta posição
geográfica permite a total liberdade de movimentos dos fluidos geofísicos da Terra:
oceanos e atmosfera. Nesta imagem, obtida por canal infravermelho, notamos a Antártida
cercada por ciclones extratropicais. Estes fenômenos formam uma barreira de proteção e
convertem boa parte da energia térmica, das médias latitudes, em energia cinética (de fortes
ventos). A Antártida, em contrapartida, cede ar mais frio para resfriar o hemisfério Sul. Este
eficiente mecanismo de troca permite com que a Antártida não se resfrie continuamente e
que as médias latitudes não se aqueçam em demasia (FONTE: WISCONSIN, 2006).
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OCEANOGRAFIA ANTÁRTIDA
Cabo Horn, final Sul da América do Sul. Diferentemente de Magalhães, Francis Drake
avançou mais ao Sul e descobriu uma passagem muito mais larga (cerca de 1.000km) que
ligava o Atlântico ao Pacífico. Contudo, esta passagem (que leva o seu nome) é
constantemente atingida pelos ciclones extratropicais. Como os mares respondem aos
ventos, as ondas podem chegar a 12 metros ou mais. Normalmente, atingem 7 metros.
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Imagem de realce computadorizada ilustra a temperatura dos oceanos. A Corrente
Circumpolar Antártica percorre continuamente, de Oeste para Leste, a faixa próxima da
latitude dos 60ºS (na imagem, a interface entre o azul e roxo). Da mesma maneira que os
ciclones extratropicais fazem seu papel de troca térmica na atmosfera, as misturas de
massas de água oceânica também o fazem, porém, com menor velocidade. Contudo,
cumprem um papel muito mais importante. Águas frias absorvem mais dióxido de carbono
(comumente chamado de gás carbônico). Este sorvedouro de gases irá iniciar uma das mais
fantásticas e gigantescas cadeias alimentares. Muito dióxido de carbono dissolvido na água
do mar permite gerar muito plâncton e algas. Por sua vez, aumentam-se as populações de
crustáceos como o Krill, que prefere águas frias. Daí por diante, migram-se as aves
aquáticas, em especial os pingüins. Focas de todos os tipos também migram para a
Antártida. Finalmente, chegam os grandes cetáceos, as baleias, como a Azul, Mink e Orca.
Esta última, conhecida por “assassina”, é o topo da cadeia alimentar, atacando todos os
animais inclusive, outras baleias. É importante lembrar que nenhum animal é nativo da
Antártida. Todos viajam ao continente durante o verão, excetuando-se os pingüins
imperadores, que preferem o período de inverno.
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Contudo, o estudo da Oceanografia em geral na Antártida é bem mais
dificultado exatamente pela ação hostil dos ciclones extratropicais que agem na
região. Torna-se muito mais difícil executar os procedimentos operacionais de coleta
e análise, nas embarcações expostas aos elementos. Muitos destes estudos
centram-se nas ilhas adjacentes à Antártida, por oferecerem relativo abrigo ou
proximidade de alguma estação científica, como é o caso do Brasil.
Contudo, deve-se alertar que todo este cenário é frágil e deve ser preservado,
a todo custo, da ação predatória do homem. Os registros nos mostram que nos
tempos dos séculos XVIII, XIX e XX, a maior ação humana na região foi a de
destruição. De milhares a milhões de animais foram mortos pela ganância. Pode-se
dizer que boa parte da economia mundial nasceu da morte de centenas de baleias,
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muitas da região antártica. Várias espécies de focas foram quase extintas para a
obtenção de peles, óleo e carnes. É espantoso caminhar pelas praias da ilha Rei
George/25 de Mayo e ver as centenas de ossadas das baleias mortas. A mentalidade
humana precisa mudar.
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sob protesto dos militares da época, nos anos de 1970. Contudo, muitos militares
apoiavam o instituto e defendiam sua posição de interesse na Antártida. Entre eles, o
capitão-de-mar-e-guerra, comandante Ferraz, cujo nome é atribuído a nossa estação.
Em fevereiro de 1984 é inaugurada a Estação Antártica Comandante Ferraz – EACF
na Ilha Rei George / 25 de Mayo, na península Keller, baía do Almirantado.
Infelizmente o comandante Ferraz não pode ver a concretização de seu sonho, pois
morreu 2 anos antes. De lá para cá, 25 anos se passaram e o Programa Antártico
Brasileiro – PROANTAR, executa suas missões todos os anos, sob auxílio de
diversas instituições nacionais, como USP, CNPq, PETROBRÁS, Marinha do Brasil
– MB e a Força Aérea Brasileira – FAB, organizadas pela Comissão Interministerial
para os Recursos do Mar – CIRM, através da sua secretaria, SECIRM.
Teoria da Defrontação. Como foi utilizada para a disputa do hemisfério Norte, os países Sulamericanos
reivindicaram a sua utilização para a Antártida. A disputa ficou amainada com a assinatura do Tratado
Antártico e a formação do SCAR (FONTE: CONTI, 1984).
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Vista do Módulo de Meteorologia, para Nordeste, sentido Ferraz, em seis instantes
meteorológicos diferentes. Ao fundo, enseada Martel, baía do Almirantado e geleiras
Stenhouse (esq.) e Ajax (dir.).
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Céu encoberto, nevoeiro glaciar, mesmo
com vento beirando 40 Nós (74km/h). A
visibilidade fica ao redor de 3.000 metros.
Ventos de quadrante Leste amontoam os
growlers na praia de Ferraz. Isto dificulta as
atividades dos botes e embarcações que
trafegam para o navio Ary Rongel
(10/12/2001).
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Vista para Sudeste, do morrinho do Módulo VLF. Esquerda: início de dezembro, verão na
estação Ferraz. Os módulos estão semi-encobertos de gelo e o lago Norte, de
abastecimento, está encoberto. Direita: meados de janeiro, meio do verão, os módulos e o
lago estão aparentes, mesmo após forte nevasca. O local da estação brasileira levou em
conta aspectos da logística militar: boa drenagem e fonte de água disponível o ano todo. Por
estes fatos, a nossa estação pode permanecer operando durante todo o ano, diferentemente
de outras estações ou bases sazonais, que só operam durante o curto verão antártico.
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Ilha Rei George / 25 de Mayo
Baía do Almirantado
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MÍSCELÂNEA DE FOTOGRAFIAS
Geleira Stenhouse, ilha Rei George. A Greta em geleira. O maior perigo para os
borda tem cerca de 150 metros de expedicionários em superfície. Uma greta
altitude e seu domo, 600 metros. pode ter mais de 50 metros de
profundidade facilmente.
Iceberg com praia e piscinas. Algumas Iceberg à deriva entre a ilha Rei George e
colônias de pingüins habitam estas ilhas a ilha Elephant. Verificamos sua altura
de gelo flutuante. de mais de 150 metros ao aproximarmos.
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Foca Leopardo (perigosa). Bebês de Elefantes marinhos.
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Pingüim Papua Casal de Skuas, aves rapineiras.
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Diferenças Marcantes entre os Pólos
Antártida O Ártico
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III Ano Polar – 2007/2008/2009
Antártida O Ártico
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Ano Geofísico Internacional e as Expedições Antárticas
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REFERÊNCIAS
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W. Schwerdtfeger, 1984. Weather and Climate of the Antarctic, Elsevier Publishing Company, Amsterdam,
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