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Estudo n° 3. Deus.
Texto básico: Salmos 139.
O Salmo 139 é organizado em quatro partes que destacam de forma central
certos atributos de Deus.
Na primeira parte o salmista fala sobre a onisciência de Deus (Salmo 139:1-
6).
Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me
levanto; de longe conheces os meus pensamentos. Observas o meu andar e o meu
deitar e conheces todos os meus caminhos. A palavra ainda nem chegou à minha
língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. Tu me cercas por todos os lados e pões a
tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é tão
elevado, que não o posso atingir.
Na segunda parte o salmista fala sobre a onipresença de Deus (Salmo 139:7-
12).
Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se
subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás
também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda
ali a tua mão me guiará, e a tua mão direita me susterá. Se eu digo: “As trevas,
com certeza, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite”, até as próprias
trevas não te serão escuras, e a noite é tão clara como o dia. Para ti, as trevas e a
luz são a mesma coisa.
A Criação do Homem
O registro da criação do homem, na Bíblia Sagrada, começa assim:
“Gênesis 1:26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam
pela ;;”.
E continua assim:
“Gênesis 1.27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”
Os vegetais e os animais foram criados “segundo a sua espécie”, mas o homem foi
criado à imagem e semelhança do Criador.
A imagem e semelhança de Deus no homem, no sentido restrito, consiste no verdadeiro
conhecimento, retidão e santidade, com que o homem foi dotado na criação. E num
sentido mais abrangente, inclui também o fato de o homem ser um ente espiritual,
racional, moral e imortal.
Após a queda, por causa do pecado, o homem perdeu a imagem de Deus no sentido
restrito, ficando apenas com a imagem no sentido mais abrangente. Isto é, o homem
perdeu o verdadeiro conhecimento, retidão e santidade, mas continuou sendo um ente
espiritual, racional, moral e imortal, embora imperfeito em todas essas áreas.
“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”. 1 Coríntios
13:12
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Gênesis 2:7
O corpo do homem foi feito de material que Deus havia criado antes, que no texto
bíblico é chamado de “pó da terra”. Mas a alma surgiu como resultado do sopro divino.
O primeiro homem era formado por um elemento material, o corpo, e por um elemento
imaterial, a alma. E todos os demais seres humanos também são constituídos de corpo e
alma.
Dicotomia – Corpo e alma;
Tricotomia – Corpo, alma e espírito.
A tricotomia não resultou do estudo da Escritura, mas nasceu com o estudo da filosofia
grega. Louis Berkhof.
A teoria ...
PREEXISTENCIALISTA – afirma que a alma de cada pessoa já existia antes que o
corpo fosse formado;
CRIACIONISTA – afirma que Deus cria uma alma para cada pessoa que é gerada;
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Eclesiastes 12:7
“Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os
reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?”
Hebreus 12:9
TRADUCIANISTA – afirma que a alma é gerada junto com o corpo, e, portanto, é
transmitida pelos pais aos filhos.
“Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a
misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos”.
Deuteronômio 7:9
A Queda do Homem
Pacto ou aliança das obras.
“E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque
no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gênesis 2:16,17
A ameaça de morte, no caso de desobediência, deixa implícito que havia também uma
promessa de vida. A promessa tinha uma condição: perfeita obediência. Era o teste para
provar se Adão estava disposto a submeter a sua vontade a vontade de Deus. E o
homem não passou no teste. Morte, na Bíblia Sagrada, significa basicamente separação.
Adão arrastou para o pecado toda a sua descendência. Ele era o cabeça e o representante
de toda a raça humana.
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para
condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens
para justificação de vida”. Romanos 5:18
Além de herdarmos a culpa do pecado de Adão, herdamos também a corrupção moral.
“Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e
me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros”. Romanos 7:23
“Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço
isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que
agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em
mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que
não quero esse faço”. Romanos 7:15-19
Conclusão
Felizmente Deus não executou de imediato a sentença de morte que pairava sobre o
homem. Ao invés de eliminar o homem, Deus lhe fez uma promessa de restauração. O
descendente da mulher feriria a cabeça da serpente (Gn 3.15). É o protoevangelho. É a
promessa bendita de que o inimigo seria vencido, e o homem restaurado à comunhão
com o Criador.
O primeiro livro da Bíblia Sagrada mostra o homem sendo expulso do paraíso, da
presença de Deus. Mas o último livro, o Apocalipse, mostra o homem de volta ao
paraíso.
“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.
Apocalipse 21:3,4
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem,
pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem primeiro
deu a ele, para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para
ele, são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém”. Romanos 11:33-36
Estudo nº 05 – O PLANO DE SALVAÇÃO – Texto básico: Lucas 15.11-32
A parábola do filho perdido
“11 Jesus continuou:
— Certo homem tinha dois filhos.
¹² O mais moço deles disse ao pai: "Pai, quero que o senhor me dê a parte dos bens que
me cabe." E o pai repartiu os bens entre eles.
¹³ — Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu
para uma terra distante e lá desperdiçou todos os seus bens, vivendo de forma
desenfreada.
¹⁴ — Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele
começou a passar necessidade.
¹⁵ Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os
seus campos a fim de cuidar dos porcos.
¹⁶ Ali, ele desejava alimentar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe
dava nada.
¹⁷ Então, caindo em si, disse: "Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e
eu aqui estou morrendo de fome!
¹⁸ Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante
do senhor;
¹⁹ já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus
trabalhadores.’"
²⁰ E, arrumando-se, foi para o seu pai.
— Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o
abraçou e beijou.
²¹ E o filho lhe disse: "Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de
ser chamado de seu filho."
²² O pai, porém, disse aos servos: "Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele.
Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés.
²³ Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar,
²⁴ porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado." E
começaram a festejar.
²⁵ — Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando voltava, ao aproximar-se da
casa, ouviu a música e as danças.
²⁶ Chamou um dos empregados e perguntou o que era aquilo.
²⁷ E ele informou: "O seu irmão voltou e, por tê-lo recuperado com saúde, o seu pai
mandou matar o bezerro gordo."
²⁸ — O filho mais velho se indignou e não queria entrar. Saindo, porém, o pai,
procurava convencê-lo a entrar.
²⁹ Mas ele respondeu ao seu pai: "Faz tantos anos que sirvo o senhor e nunca transgredi
um mandamento seu. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para fazer uma
festa com os meus amigos.
³⁰ Mas, quando veio esse seu filho, que sumiu com os bens do senhor, gastando tudo
com prostitutas, o senhor mandou matar o bezerro gordo para ele!"
³¹ — Então o pai respondeu: "Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho
é seu.
³² Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu,
estava perdido e foi achado."
Deus criou o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança. “Homem e mulher os
criou” (Gn 1.27). Unidos num casamento tão perfeito, numa identidade tão completa,
que os dois se tornaram uma só carne (Gn 2.23,24).
Mas o homem foi reprovado no teste da perfeita obediência. Afastou-se de Deus.
Escolheu o seu próprio caminho. Tornou-se pecador.
Pacto ou aliança da redenção.
O Filho “se colocou no lugar do pecador e incumbiu-se de fazer a expiação do pecado,
suportando o castigo necessário, e de satisfazer as exigências da lei em lugar de todo o
seu povo”.
Baseado nesse pacto ou aliança da redenção, Deus estabeleceu com o homem, agora
pecador, um pacto de amizade e salvação, denominado pelos teólogos de pacto ou
aliança da graça. Nesse pacto, Deus oferece ao pecador a salvação e a vida eterna
através de Jesus Cristo.
Pecado e castigo
Por causa do pecado de Adão, todas as pessoas nascem pecadoras. Davi reconheceu isso
e declarou:
“Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe”. Salmos 51:5
Mas, o que é pecado?
“É qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer transgressão dessa
lei” (BCW, pergunta/resposta 14).
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a
transgressão da lei”. 1 João 3:4
Pecar é errar o alvo! Escorregar ou cair! Passar além da linha! Desobediência e despeito
à lei!
Mas, como o pecado sempre tem relação com Deus e sua vontade, podemos dizer que
pecar é ser, pensar, falar, desejar ou fazer o que desagrada a Deus.
Castigos naturais e disciplinares.
Cada pecado recebe a justa punição. Podemos ver na Bíblia Sagrada castigos naturais e
disciplinares. Mas nenhum pecado fica impune. Os castigos naturais consistem em
consequências diretas das faltas cometidas.
“⁷ Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso
também colherá”. Gálatas 6:7
Mesmo que a pessoa tenha sido agraciada com o arrependimento e o perdão divino,
ainda assim sofrerá as consequências naturais de seu pecado. Mas há, também, os
castigos disciplinares, que são impostos diretamente por Deus. Quando tais castigos são
aplicados aos crentes, o objetivo é discipliná-los para que eles abandonem o pecado e se
voltem para o Senhor.
“Quando vocês se desviarem para a direita ou para a esquerda, ouvirão atrás de vocês
uma palavra, dizendo: “Este é o caminho; andem nele.” Isaías 30.21
A Obra Redentora de Cristo
“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei”. Gálatas 4.4
Jesus ofereceu ao Pai a perfeita obediência. Viveu uma vida absolutamente santa. E se
entregou a morte na cruz para a nossa salvação. Ele não foi vítima, nem mártir. Pelo
contrário, entregou-se livremente ao sacrifício para a nossa salvação. Ele mesmo
declarou: “...eu dou a minha vida... Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este
mandato recebi de meu Pai” (João 10.17,18).
Arrependimento e Fé
Para ser salvo, o pecador precisa arrepender-se de seus pecados e crer em Jesus Cristo.
O verdadeiro arrependimento causa um sentimento de tristeza e pesar pelo erro
cometido, e leva a pessoa a mudar de vida. Os rabinos judeus diziam que o verdadeiro
penitente (arrependido) é aquele que, se voltar a ter a oportunidade de cometer o mesmo
pecado, nas mesmas circunstâncias, não o faz.
Mediante o arrependimento, o pecador se desvincula da velha vida, e mediante a fé se
vincula à nova vida em Cristo.
Conclusão
Quem se arrepende de seus pecados e crê em Jesus Cristo como Salvador e Senhor tem
a vida eterna. Jesus garantiu: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou
da morte para a vida” (Jo 5.24). Observe que Jesus disse: “tem a vida eterna” e não
“terá a vida eterna”.