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Estudo n° 1. Profissão de fé.

Texto básico: Atos 8.26-40


“Atos dos Apóstolos 8:26- 40. Um anjo do Senhor disse a Filipe: — Levante-se e vá
para o Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Filipe se
levantou e foi. Havia um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o
qual era superintendente de todo o seu tesouro. Ele tinha vindo adorar em Jerusalém e
estava regressando ao seu país. E, assentado na sua carruagem, vinha lendo o profeta
Isaías. Então o Espírito disse a Filipe: — Aproxime-se dessa carruagem e acompanhe-
a. Correndo para lá, Filipe ouviu que o homem estava lendo o profeta Isaías. Então
perguntou: — O senhor entende o que está lendo? Ele respondeu: — Como poderei
entender, se ninguém me explicar? E convidou Filipe a subir e sentar-se ao seu lado.
Ora, a passagem da Escritura que ele estava lendo era esta: “Foi levado como ovelha ao
matadouro; e, como um cordeiro mudo diante do seu tosquiador, ele não abriu a boca.
Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem poderá falar da sua descendência?
Porque a vida dele é tirada da terra.” Então o eunuco disse a Filipe: — Peço que você
me explique a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de outra pessoa? Então
Filipe explicou. E, começando com esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a
mensagem de Jesus. Seguindo pelo caminho, chegaram a certo lugar onde havia água.
Então o eunuco disse: — Eis aqui água. O que impede que eu seja batizado? [Filipe
respondeu: — É lícito, se você crê de todo o coração. Então ele disse: — Creio que
Jesus Cristo é o Filho de Deus.] Então mandou parar a carruagem, ambos desceram à
água, e Filipe batizou o eunuco. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou
Filipe, e o eunuco não o viu mais; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de alegria.
Mas Filipe foi visto outra vez em Azoto; e, seguindo viagem, evangelizava todas as
cidades até chegar a Cesareia.”
Deus não foi surpreendido pelo pecado de Adão e Eva. Deus é onisciente – ele conhece
todas as coisas do presente, do passado e do futuro. “ O Pai, o Filho e o Espírito santo,
antes que o mundo existisse, planejaram juntos a salvação dos pecadores.
O plano de Deus inclui também uma organização para reunir e congregar seu povo. No
princípio essa organização era a família. Mas tarde surgiu a nação israelita, que passou a
ser a instituição que reunia e congregava o povo de Deus. E após a vinda de Jesus ao
mundo, a Igreja passou a ser a organização que arrebanha e congrega o povo de Deus.
Para fazer parte da Igreja a pessoa precisa fazer a sua pública profissão de fé e receber o
batismo.
Mas, o que é profissão de fé?
Na mais simples e primitiva forma, profissão de fé é a declaração pública, feita por
aquele que crê que Jesus Cristo é o filho de Deus. A primeira pessoa a fazer essa
declaração foi o apóstolo Pedro. Diante de Jesus, ele declarou: “ Tu és o Cristo, o Filho
do Deus vivo” (Mt 16.16).
Na história de Felipe e o eunuco temos um exemplo da profissão de fé e batismo.
Todo aquele que crê deve confessar publicamente a sua fé. Quanto a isto, o apóstolo
Paulo deixou a seguinte instrução: “ Se, com a tua boca, confessares a Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação “ (Rm 10.9,10).
Na profissão de fé estão presentes três elementos: intelecto, emoção e vontade.
Com o intelecto você avalia, com a emoção você se envolve e com a vontade você se
compromete.
O intelecto.
“Mateus 22:29 Jesus respondeu: — O erro de vocês está no fato de não conhecerem as
Escrituras nem o poder de Deus.”
“João 5:39 Vocês examinam as Escrituras, porque julgam ter nelas a vida eterna, e são
elas mesmas que testificam de mim.”
“Lucas 1:1-4. Visto que muitos já empreenderam uma narração coordenada dos fatos
que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio
foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim pareceu
bem, depois de cuidadosa investigação de tudo desde a sua origem, dar-lhe por
escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que você tenha plena
certeza das verdades em que foi instruído.”
Isso mostra que a fé cristã é convicção baseada em fatos reais. Não é salto no escuro.
“Joel 2:32ª: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”
“Romanos 10:14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem nada ouviram?”
“João 4:22 Vocês adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos,
porque a salvação vem dos judeus.”. Implicitamente Jesus estava declarando que a
adoração dos samaritanos não era correta porque eles a faziam na ignorância.
A emoção.
“Salmos 119:136 Meus olhos vertem rios de lágrimas, porque os outros não guardam a
tua lei.”
“Atos dos Apóstolos 11:23 Quando ele chegou e viu a graça de Deus, ficou muito
alegre. E exortava todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.”
Um outro aspecto desse conhecimento emocional é o amor. Para ser verdadeiramente
cristão, não basta saber que Jesus é o Filho de Deus que veio ao mundo para nos salvar.
É necessário mais. É preciso ama-lo de todo o coração.
“João 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e
aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a
ele.”
“Mateus 10:37 — Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não é digno de
mim; quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim.”
Não existe um padrão para medir as emoções de uma pessoa diante do Evangelho de
Jesus Cristo. Algumas têm uma experiência de conversão fortemente emocional.
Outras têm uma experiência sem grandes emoções, mas igualmente real. O que de
fato evidencia a intensidade do amor que a pessoa tem por Jesus Cristo, são os seus
atos (Mt 7.15-23).
A Vontade.
Além do intelecto e das emoções, o ser verdadeiro cristão envolve também a vontade.
Chamamos de vontade a faculdade que leva a pessoa a querer alguma coisa e a se
comprometer com aquilo que quer. É a capacidade de agir com intencionalidade
definida.
Para ser verdadeiramente cristã, a pessoa precisa assumir com Jesus Cristo um
compromisso de fé. Neste compromisso, a pessoa crê que o sacrifício de Jesus é
suficiente para perdoar todos os seus pecados; por isso, entrega a Jesus o destino eterno
de sua alma, e se dispõe a, dia a dia, procurar viver de acordo com seus ensinos.
Tomada de posição radical.
“Lucas 9:23 Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia
a dia tome a sua cruz e siga-me.”
“Mateus 10:37 — Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não é digno de
mim; quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38 e
quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.”
Muitas pessoas se julgam cristãs, mas, na realidade, são apenas admiradoras de
Jesus Cristo. Outras gostam de Jesus e, por isto, pensam ser cristãs. Mas o verdadeiro
cristão é aquele que tem compromisso com Jesus.
Conclusão.
A profissão de fé não salva. Nem o batismo. O que vai decidir o destino eterno de sua
alma é o seu compromisso com Jesus Cristo. Se você recebeu Jesus como Salvador e
Senhor, você está salvo – quer tenha feito ou não a profissão de fé.
Mas, por outro lado, aquele que recebeu Jesus como Salvador e Senhor deve fazer a sua
profissão de fé. Ele afirmou: “Mateus 10:32 — Portanto, todo aquele que me confessar
diante dos outros, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; 33 mas
aquele que me negar diante das pessoas, também eu o negarei diante de meu Pai, que
está nos céus.”
Jesus exige uma tomada de posição pública de seus servos.
Você já recebeu Jesus como seu Salvador e Senhor. Você nasceu de novo, é nova
criatura. Você pertence a Jesus. Por isto, deve fazer a sua pública profissão de fé. É
ordem de Jesus.
“O cristão é o homem cuja mente se expande, cujo coração é tocado e se alarga. E ele
deseja fazer alguma coisa, deseja dar de si, deseja ampliar as fronteiras do reino de
Deus, para que outros venham a partilhar dele. A vida cristã afeta o homem completo
– o intelecto, as emoções, a vontade. Que estímulo!” D.M.LLOYD•JONES.
Estudo n° 2. A Bíblia Sagrada.
Texto básico: 2 Timóteo 3.16,17.

Estudo n° 3. Deus.
Texto básico: Salmos 139.
O Salmo 139 é organizado em quatro partes que destacam de forma central
certos atributos de Deus.
Na primeira parte o salmista fala sobre a onisciência de Deus (Salmo 139:1-
6).
Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me
levanto; de longe conheces os meus pensamentos. Observas o meu andar e o meu
deitar e conheces todos os meus caminhos. A palavra ainda nem chegou à minha
língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. Tu me cercas por todos os lados e pões a
tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é tão
elevado, que não o posso atingir.
Na segunda parte o salmista fala sobre a onipresença de Deus (Salmo 139:7-
12).
Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se
subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás
também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda
ali a tua mão me guiará, e a tua mão direita me susterá. Se eu digo: “As trevas,
com certeza, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite”, até as próprias
trevas não te serão escuras, e a noite é tão clara como o dia. Para ti, as trevas e a
luz são a mesma coisa.

Na terceira parte o salmista fala sobre a onipotência de Deus (Salmo


139:13-18).
Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no ventre de minha mãe.
Graças te dou, visto que de modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as
tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te
foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas
profundezas da terra. Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no
teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado,
quando nem um deles ainda existia. Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus
pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, seriam mais do que os
grãos de areia; quando acordo, ainda estou contigo.
Na quarta parte o salmista fala sobre a santidade de Deus e destaca o
resultado prático e experiencial que esse atributo moral de Deus ocasiona em sua
vida.
Como eu gostaria, ó Deus, que acabasses com os perversos; afastem-se, pois,
de mim, homens violentos. Eles se rebelam contra ti e como teus inimigos falam
coisas ruins. Acaso não odeio os que te odeiam, Senhor? E não desprezo os que se
levantam contra ti? Eu os detesto com ódio completo; para mim são inimigos de
fato. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus
pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho
eterno.
A Bíblia Sagrada afirma: Ninguém jamais viu a Deus (Jo 1.18). Se ninguém
jamais viu a Deus, como podemos conhecê-lo?
Hebreus 1:1 Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras,
aos pais, pelos profetas, 2 mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo. Hb 1.1,2
P1. Mas, quem é Deus? Não é possível definir Deus. A mente humana,
embora prodigiosa, não dispõe de recursos para captar toda a grandeza do
Criador. O máximo que podemos fazer é a descrição analítica de Deus, a partir do
que ele nos revela na Bíblia Sagrada.
Os nomes de Deus
a) Deus (Elohim, em hebraico, plural de Eloah). O Criador como um ser
forte e poderoso, que deve ser temido e cultuado. No plural, indica
plenitude de poder.
b) Deus Altíssimo (Elyon, em hebraico). Um ser supremo.
c) Deus Todo Poderoso (El-Shaddai, em hebraico). Um ser poderoso,
nutridor, o sustentador do céu e da terra.
d) Sou o que Sou (SENHOR, Yahweh, em hebraico). “EU SOU O QUE
SOU”. Através dele Deus se revela como o Deus da graça, que sempre
existiu e sempre existirá, que não fica velho, não muda, é eternamente o
mesmo.
e) Senhor (Adonai, em hebraico). O dono e o governador de todos os
homens.
A Trindade

“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único SENHOR”. Dt 6.4


“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
Jo 1.1
“Então Pedro disse: — Ananias, por que você permitiu que Satanás
enchesse o seu coração, para que você mentisse ao Espírito Santo, retendo parte do
valor do campo? Não é verdade que, conservando a propriedade, seria sua? E,
depois de vendida, o dinheiro não estaria em seu poder? Por que você decidiu fazer
uma coisa dessas? Você não mentiu para os homens, mas para Deus”. Atos 5:3-4
A doutrina da Trindade é um mistério. Está além da nossa compreensão.
Mas podemos descrevê-la conforme é ensinada na Bíblia. Em síntese, a doutrina
pode ser descrita assim: existe um só Deus; Deus subsiste em três pessoas distintas:
Pai, Filho (Jesus Cristo) e Espírito Santo; cada pessoa da Trindade é Deus
completo, e não parte de Deus; as três pessoas da Trindade são iguais em poder e
glória.
No registro do batismo de Jesus as três pessoas da Trindade aparecem,
distintamente. O Pai se manifesta do céu, dizendo: “Este é o meu filho amado, em
quem me comprazo” (Mt 3.17). O Filho estava sendo batizado. E o Espírito Santo
desceu sobre ele “como pomba” (Mt 3.16).
Os Atributos de Deus
i. Atributos incomunicáveis. A auto existência ou independência; a
eternidade, a imensidade ou onipresença, a imutabilidade;
ii. Atributos comunicáveis. A bondade, a santidade, a justiça.
Conclusão
Zofar perguntou a Jó: “Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou
penetrarás até à perfeição do Todo Poderoso?” (Jó 11.7). Realmente o homem não
tem condições para desvendar os arcanos de Deus. E quando tentamos
compreender racionalmente muitos atos de Deus, registrados na Bíblia Sagrada,
percebemos que eles estão além de nossa compreensão.
Nas alegrias e nas lutas da vida, em todos os lugares e em todos os
momentos, nós não estamos sozinhos. Deus está sempre conosco. “Como em redor
de Jerusalém estão os montes, assim, o Senhor, em derredor do seu povo, desde
agora e para sempre” (Sl 125.2).
“Ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos
dos séculos. Amém” (1 Tm 1.17).
Estudo nº 4 – O Homem – Texto básico: Gênesis 1.26-30.
“²⁶ E Deus disse:
— Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Tenha ele
domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os animais que rastejam pela terra.
²⁷ Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou.
²⁸ E Deus os abençoou e lhes disse:
— Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela
terra.
²⁹ E Deus disse ainda:
— Eis que lhes tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de
toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso servirá de alimento
para vocês.
³⁰ E para todos os animais da terra, todas as aves dos céus e todos os animais que
rastejam sobre a terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes servirá de
alimento.
E assim aconteceu.”
Tudo que existe tem um princípio, um tempo a partir de onde passou a existir. Só Deus
é diferente. Ele sempre existiu e sempre existirá. Ele não teve princípio nem terá fim.
Ele é eterno, imutável, infinito. Mas o homem e o universo tiveram um princípio, foram
ciados por Deus. “Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27
A Criação do Universo
O primeiro livro da Bíblia Sagrada começa assim: “No princípio, Deus criou os céus e a
terra.” Gênesis 1:1.
A Bíblia afirma que Deus é o criador, preservador e governador do universo.
“Só tu és o Senhor! Fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo o
que nela há, os mares e tudo o que há neles. Tu conservas a todos com vida, e o exército
dos céus te adora.” Neemias 9:6
“Nos céus, o Senhor estabeleceu o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.” Sl
103:19
As declarações de que Deus criou, preserva e governa todas as coisas, visíveis e
invisíveis, estão presentes em todas as partes da Bíblia Sagrada.
Existem inúmeras teorias filosóficas e científicas sobre a origem do universo. E se são
teorias, não são comprovadas! Mas, a Bíblia Sagrada afirma categoricamente que Deus
é o criador do universo. Não é teoria, é revelação!
Nem a ciência nem a filosofia dispõem de meios para dizer como se originou o
universo. Por que então muitos homens da ciência ou da filosofia negam a existência de
um Criador? Christiano P da Silva Neto, mestre em ciências pela Universidade de
Londres, responde: “ Talvez a principal razão que leve tantos homens de ciência a
rejeitar o modo criacionista seja, na verdade, bem outra. Crer num Criador traz consigo
um compromisso... Via de regra, porém, as pessoas desejam viver suas vidas segundo as
suas próprias conveniências, e evitam, portanto, este tipo de comprometimento”.
A Bíblia é a Palavra de Deus. E, embora usando a linguagem comum do dia a dia,
sem entrar em detalhes técnicos, ela afirma que Deus criou todas as coisas, visíveis e
invisíveis.

A Criação do Homem
O registro da criação do homem, na Bíblia Sagrada, começa assim:
“Gênesis 1:26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam
pela ;;”.
E continua assim:
“Gênesis 1.27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”
Os vegetais e os animais foram criados “segundo a sua espécie”, mas o homem foi
criado à imagem e semelhança do Criador.
A imagem e semelhança de Deus no homem, no sentido restrito, consiste no verdadeiro
conhecimento, retidão e santidade, com que o homem foi dotado na criação. E num
sentido mais abrangente, inclui também o fato de o homem ser um ente espiritual,
racional, moral e imortal.
Após a queda, por causa do pecado, o homem perdeu a imagem de Deus no sentido
restrito, ficando apenas com a imagem no sentido mais abrangente. Isto é, o homem
perdeu o verdadeiro conhecimento, retidão e santidade, mas continuou sendo um ente
espiritual, racional, moral e imortal, embora imperfeito em todas essas áreas.
“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”. 1 Coríntios
13:12
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Gênesis 2:7
O corpo do homem foi feito de material que Deus havia criado antes, que no texto
bíblico é chamado de “pó da terra”. Mas a alma surgiu como resultado do sopro divino.
O primeiro homem era formado por um elemento material, o corpo, e por um elemento
imaterial, a alma. E todos os demais seres humanos também são constituídos de corpo e
alma.
Dicotomia – Corpo e alma;
Tricotomia – Corpo, alma e espírito.
A tricotomia não resultou do estudo da Escritura, mas nasceu com o estudo da filosofia
grega. Louis Berkhof.
A teoria ...
PREEXISTENCIALISTA – afirma que a alma de cada pessoa já existia antes que o
corpo fosse formado;
CRIACIONISTA – afirma que Deus cria uma alma para cada pessoa que é gerada;
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Eclesiastes 12:7
“Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os
reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?”
Hebreus 12:9
TRADUCIANISTA – afirma que a alma é gerada junto com o corpo, e, portanto, é
transmitida pelos pais aos filhos.
“Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a
misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos”.
Deuteronômio 7:9
A Queda do Homem
Pacto ou aliança das obras.
“E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque
no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gênesis 2:16,17
A ameaça de morte, no caso de desobediência, deixa implícito que havia também uma
promessa de vida. A promessa tinha uma condição: perfeita obediência. Era o teste para
provar se Adão estava disposto a submeter a sua vontade a vontade de Deus. E o
homem não passou no teste. Morte, na Bíblia Sagrada, significa basicamente separação.
Adão arrastou para o pecado toda a sua descendência. Ele era o cabeça e o representante
de toda a raça humana.
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para
condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens
para justificação de vida”. Romanos 5:18
Além de herdarmos a culpa do pecado de Adão, herdamos também a corrupção moral.
“Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e
me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros”. Romanos 7:23
“Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço
isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que
agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em
mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que
não quero esse faço”. Romanos 7:15-19

Conclusão
Felizmente Deus não executou de imediato a sentença de morte que pairava sobre o
homem. Ao invés de eliminar o homem, Deus lhe fez uma promessa de restauração. O
descendente da mulher feriria a cabeça da serpente (Gn 3.15). É o protoevangelho. É a
promessa bendita de que o inimigo seria vencido, e o homem restaurado à comunhão
com o Criador.
O primeiro livro da Bíblia Sagrada mostra o homem sendo expulso do paraíso, da
presença de Deus. Mas o último livro, o Apocalipse, mostra o homem de volta ao
paraíso.
“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.
Apocalipse 21:3,4
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem,
pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem primeiro
deu a ele, para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para
ele, são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém”. Romanos 11:33-36
Estudo nº 05 – O PLANO DE SALVAÇÃO – Texto básico: Lucas 15.11-32
A parábola do filho perdido
“11 Jesus continuou:
— Certo homem tinha dois filhos.
¹² O mais moço deles disse ao pai: "Pai, quero que o senhor me dê a parte dos bens que
me cabe." E o pai repartiu os bens entre eles.
¹³ — Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu
para uma terra distante e lá desperdiçou todos os seus bens, vivendo de forma
desenfreada.
¹⁴ — Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele
começou a passar necessidade.
¹⁵ Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os
seus campos a fim de cuidar dos porcos.
¹⁶ Ali, ele desejava alimentar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe
dava nada.
¹⁷ Então, caindo em si, disse: "Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e
eu aqui estou morrendo de fome!
¹⁸ Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante
do senhor;
¹⁹ já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus
trabalhadores.’"
²⁰ E, arrumando-se, foi para o seu pai.
— Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o
abraçou e beijou.
²¹ E o filho lhe disse: "Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de
ser chamado de seu filho."
²² O pai, porém, disse aos servos: "Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele.
Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés.
²³ Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar,
²⁴ porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado." E
começaram a festejar.
²⁵ — Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando voltava, ao aproximar-se da
casa, ouviu a música e as danças.
²⁶ Chamou um dos empregados e perguntou o que era aquilo.
²⁷ E ele informou: "O seu irmão voltou e, por tê-lo recuperado com saúde, o seu pai
mandou matar o bezerro gordo."
²⁸ — O filho mais velho se indignou e não queria entrar. Saindo, porém, o pai,
procurava convencê-lo a entrar.
²⁹ Mas ele respondeu ao seu pai: "Faz tantos anos que sirvo o senhor e nunca transgredi
um mandamento seu. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para fazer uma
festa com os meus amigos.
³⁰ Mas, quando veio esse seu filho, que sumiu com os bens do senhor, gastando tudo
com prostitutas, o senhor mandou matar o bezerro gordo para ele!"
³¹ — Então o pai respondeu: "Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho
é seu.
³² Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu,
estava perdido e foi achado."
Deus criou o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança. “Homem e mulher os
criou” (Gn 1.27). Unidos num casamento tão perfeito, numa identidade tão completa,
que os dois se tornaram uma só carne (Gn 2.23,24).
Mas o homem foi reprovado no teste da perfeita obediência. Afastou-se de Deus.
Escolheu o seu próprio caminho. Tornou-se pecador.
Pacto ou aliança da redenção.
O Filho “se colocou no lugar do pecador e incumbiu-se de fazer a expiação do pecado,
suportando o castigo necessário, e de satisfazer as exigências da lei em lugar de todo o
seu povo”.
Baseado nesse pacto ou aliança da redenção, Deus estabeleceu com o homem, agora
pecador, um pacto de amizade e salvação, denominado pelos teólogos de pacto ou
aliança da graça. Nesse pacto, Deus oferece ao pecador a salvação e a vida eterna
através de Jesus Cristo.
Pecado e castigo
Por causa do pecado de Adão, todas as pessoas nascem pecadoras. Davi reconheceu isso
e declarou:
“Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe”. Salmos 51:5
Mas, o que é pecado?
“É qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer transgressão dessa
lei” (BCW, pergunta/resposta 14).
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a
transgressão da lei”. 1 João 3:4
Pecar é errar o alvo! Escorregar ou cair! Passar além da linha! Desobediência e despeito
à lei!
Mas, como o pecado sempre tem relação com Deus e sua vontade, podemos dizer que
pecar é ser, pensar, falar, desejar ou fazer o que desagrada a Deus.
Castigos naturais e disciplinares.
Cada pecado recebe a justa punição. Podemos ver na Bíblia Sagrada castigos naturais e
disciplinares. Mas nenhum pecado fica impune. Os castigos naturais consistem em
consequências diretas das faltas cometidas.
“⁷ Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso
também colherá”. Gálatas 6:7
Mesmo que a pessoa tenha sido agraciada com o arrependimento e o perdão divino,
ainda assim sofrerá as consequências naturais de seu pecado. Mas há, também, os
castigos disciplinares, que são impostos diretamente por Deus. Quando tais castigos são
aplicados aos crentes, o objetivo é discipliná-los para que eles abandonem o pecado e se
voltem para o Senhor.
“Quando vocês se desviarem para a direita ou para a esquerda, ouvirão atrás de vocês
uma palavra, dizendo: “Este é o caminho; andem nele.” Isaías 30.21
A Obra Redentora de Cristo
“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei”. Gálatas 4.4
Jesus ofereceu ao Pai a perfeita obediência. Viveu uma vida absolutamente santa. E se
entregou a morte na cruz para a nossa salvação. Ele não foi vítima, nem mártir. Pelo
contrário, entregou-se livremente ao sacrifício para a nossa salvação. Ele mesmo
declarou: “...eu dou a minha vida... Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este
mandato recebi de meu Pai” (João 10.17,18).
Arrependimento e Fé
Para ser salvo, o pecador precisa arrepender-se de seus pecados e crer em Jesus Cristo.
O verdadeiro arrependimento causa um sentimento de tristeza e pesar pelo erro
cometido, e leva a pessoa a mudar de vida. Os rabinos judeus diziam que o verdadeiro
penitente (arrependido) é aquele que, se voltar a ter a oportunidade de cometer o mesmo
pecado, nas mesmas circunstâncias, não o faz.
Mediante o arrependimento, o pecador se desvincula da velha vida, e mediante a fé se
vincula à nova vida em Cristo.
Conclusão
Quem se arrepende de seus pecados e crê em Jesus Cristo como Salvador e Senhor tem
a vida eterna. Jesus garantiu: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou
da morte para a vida” (Jo 5.24). Observe que Jesus disse: “tem a vida eterna” e não
“terá a vida eterna”.

Estudo nº 06 – O outro lado do Plano de Salvação – Texto básico: Efésios 1.3-14


“³ Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele
antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em
amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo
o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez
agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das
ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a
sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as
coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que
estão na terra; Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido
predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o
conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que
primeiro esperamos em Cristo; em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes
selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para
redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”. Efésios 1:3-14
Toda pessoa que se arrepende de seus pecados e crê em Jesus Cristo com Salvador e
Senhor, pode ter certeza e segurança de sua salvação.
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa;
porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” Números 23:19
A Predestinação e o chamado para a Salvação
O Apóstolo Paulo escreveu aos efésios:
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito1 de sua vontade”. Efésios 1:5
1
consentimento ou aprovação.
E que esta escolha foi feita “antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele” (Ef 1.4).
A doutrina da predestinação, à semelhança da doutrina da Trindade, está além da nossa
compreensão. Por isso, muitos erros têm sido cometidos em relação a esta doutrina.
Veja, a seguir, alguns destes erros:
a. Algumas pessoas simplesmente rejeitam a doutrina da predestinação, afirmando
que ela é incompatível com o ensino bíblico de que Deus “deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4).
Quanto a isto devemos lembrar que o raciocínio de Deus não funciona como o
raciocínio do homem. “Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, (...) diz o SENHOR; porque, assim como os céus são mais altos do
que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos,
e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.8,9).
b. Outras pessoas rejeitam a doutrina da predestinação, afirmando que Deus é
justo, e não escolheria uns deixando de escolher outros. Quanto a isto, o
apóstolo Paulo responde: “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De
modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver
ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm
9.14,15). Todos os homens são pecadores e, por isto, estão perdidos, condenados
ao sofrimento eterno. E ninguém pode alegar que Deus é injusto, pelo fato de
haver escolhido alguns pecadores para serem salvos em Cristo.
c. Existem, também, pessoas que afirmam que Deus escolheu para a salvação
aqueles que ele sabia que iam crer em Jesus Cristo. Mas não é assim. A base da
predestinação é o amor de Deus, e não o seu conhecimento prévio de que a
pessoa ia crer em Cristo.
d. Mas a pior situação é a daqueles que usam da doutrina da predestinação para dar
lugar ao pecado. Eles afirmam: “Posso viver como quiser, pois se eu for um
predestinado, serei salvo de qualquer maneira”. Quem pensa e age assim
desconhece o ensino bíblico de que fomos predestinados “para sermos santos e
irrepreensíveis” (Ef 1.4). Tais pessoas vão pagar muito caro pelo mau uso que
estão fazendo da misericórdia divina!
e. Por fim, existem aqueles que dizem que a doutrina da predestinação anula a
pregação do evangelho. Quanto a isto, basta lembrar o que aconteceu com o
apóstolo Paulo em Corinto: “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o
Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu
estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta
cidade” (At 18.9). Deus tinha muitos escolhidos em Corinto, e Paulo devia
continuar pregando ali para que eles fossem alcançados com a mensagem de
salvação. A predestinação não elimina a pregação do evangelho. Pelo contrário,
ela exige a pregação, pois os predestinados precisam ouvir o evangelho para
crer. A fé, que é um dom de Deus, “vem pela pregação” (Rm 10.17).

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