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Orientação Pastoral Para coordenadores - Verbo IR

INTRODUÇÃO

“Levanta-te, vai a Nínive e anuncia-lhes o que te ordeno” (Jn1,2a), essa foi a ordem de Deus para Jonas e
hoje para nós, Movimento Eclesial da RCCBRASIL. Nesse trecho da Sagrada Escritura vemos três verbos:
levantar, ir e anunciar. Em 2023 vivenciamos o primeiro, Levanta-se e, em 2024, o Senhor nos traz o VERBO
IR, embasados na duas citações bíblicas abaixo:

“Vai a Nínive, a grande cidade...” (Jn 1, 2b)

“Ide, mensageiros velozes, a um povo de alta estatura e de pele reluzente...” (Is 18, 2b)

Sabemos que o verbo IR significa deslocar-se, passar de um lugar a outro, sair da inércia, dirigir-se a um
destino predeterminado, progredir, comparecer a. Diante desses significados, um nos chama a atenção:
Dirigir-se a um destino predeterminado. Ou seja, vamos com uma direção dada por Deus, Ele já tem o
caminho já sabe para onde devemos ir.

O envio de Deus é fruto do Seu amor, que nos torna Seus colaboradores, embaixadores. É fruto de uma
escolha e de um chamado personalíssimos. Somos escolhidos por Deus, pelos critérios que estão em Seu
coração. Deus nos chama, investe em nós, ou seja, nos capacita para essa missão, podemos ir sem medo,
pois Deus não envia sem antes capacitar e ainda Ele vai à nossa frente.

Este precisa ser o sentido do nosso IR, precisa ser fruto de um amor apaixonado, não desejando algo em
troca, esperando cargos, funções, mas constrangidos pelo amor de Deus, ir aonde Ele nos enviar.

O êxito na missão não surge a partir da vontade ou das qualidades do enviado (apóstolo), mas da força do
chamado feito por Deus e da autoridade divina da qual este apóstolo está investido. No cristianismo
católico ninguém se autoenvia, somos sempre enviados pela comunidade.

A que somos enviados? O Papa Francisco nos fala sobre a “Cultura do encontro”, precisamos ir e tocar nos
irmãos, se interessar por eles, por suas vidas, e ser instrumento em suas vidas para que Deus possa
restaurar nesses a Sua Imagem e Semelhança.

O GRUPO DE ORAÇÃO NOSSO CAMPO PRINCIPAL DE MISSÃO

O Grupo de Oração (GO) é a caminhada de uma pequena comunidade do Movimento Eclesial RCC inserida
numa paróquia, capela, escola, universidade, empresa…, é a célula fundamental da RCC. É o local por
excelência para irmos ao encontro dos irmãos, e partindo dele, discernir qual é o caminho para ser um
grupo de oração “em saída”, como tanto nos pede o Papa Francisco.

“Na Palavra de Deus, aparece constantemente este dinamismo de ‘saída’, que Deus quer provocar nos
crentes. (...) Naquele ‘ide’ de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão
evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova ‘saída’ missionária. Cada cristão e
cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados
a aceitar esta chamada: sair da própria comunidade e ter coragem de alcançar todas as periferias que
precisam da luz do Evangelho.” 1

1
Francisco, Papa. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, n.20.

Instância
O GO é o nosso principal campo de atuação, por isso todas as nossas atividades, missões, planejamentos,
precisam convergir para ele, para o seu fortalecimento, para que em todos os GO’s do Brasil sejam
autenticamente carismáticos, vivendo a nossa identidade na sua totalidade.

Como realizar um Grupo de Oração da Renovação Carismática Católica Movimento Eclesial:

De forma alguma queremos dizer que nossos grupos de oração são exatamente iguais, mas devem possuir
os mesmos elementos, ou seja, a nossa identidade. Por isso trazemos abaixo um passo a passo de um
grupo de oração, lembrando sempre que devemos contar com a maravilhosa imprevisibilidade do Espírito
Santo que age em todos os momentos do GO.

1° O núcleo ouvirá do Senhor o direcionamento (moção) para o GO e a partir disso, os servos precisam ser
os primeiros a saber o que o Senhor deseja, sobretudo aqueles que estarão em alguma função no dia do
GO.

2° A acolhida: A acolhida pode ser dividida em dois momentos: a acolhida na porta feita pelo ministério
de Promoção Humana que deve ser alegre, ungida, convincente... quem chega precisa saber que de fato
é bem-vindo! Isso pode ser evidenciado a partir de um sorriso, um aperto de mão, um abraço (se for o
caso), um direcionamento de onde a pessoa deve sentar... pode entregar uma frase, uma lembrancinha…

O segundo momento é o início da reunião de oração onde o dirigente ou alguém do ministério de música
dá as boas-vindas ao povo, pergunta quem veio pela primeira vez e acolhe essas pessoas apresentando o
GO e fazendo essa pessoa sentir-se parte da família. Esse momento deve ser breve e se necessário
acompanhado de uma música para que as pessoas se cumprimentem.

3° Animação: Após a acolhida o dirigente ou ministro de música conduz um momento de animação com
músicas mais animadas (2 ou 3) e aos poucos já vai introduzindo uma música mais lenta e motivando a
oração que pode ser de louvor, entrega, perdão (de acordo com o que o Senhor inspirar). Esse momento
pode ser motivado com um versículo bíblico, de forma breve.

Importante dizer que esse momento de animação precisa ser uma ponte para levar as pessoas a abrirem
o coração para o que Deus tem para elas naquele grupo de oração.

4° Ciclo carismático: nesse clima profundo de oração e de forma natural acontece o ciclo carismático, ou
seja, a nossa forma de orar: oração em português, oração em línguas, nos abrindo aos dons do Espírito,
após um momento de silêncio fecundo, escuta profética e nossa resposta a Deus diante do que Ele nos
falou.

5°Pregação: A pregação deve ser querigmática (anúncio), seu tempo deve ser de 1/4 do grupo de Oração.

6° Oração após a pregação: Pode ser feita pelo pregador ou dirigente e precisa levar as pessoas a
responder ao Senhor a partir do que foi pregado.

7° Testemunhos: que devem ser alegres, breves e cristocêntricos (ABC).

8° Avisos e Encerramento: Anotar a sequência de avisos e evitar delongas. Deve ser breve e motivador.

O grupo de oração precisa ser alegre, contagiante, atraente, impactante, precisa causar mudança de vida
nas pessoas. Para isso é necessário que os servos estejam muito bem-preparados. Quem vai dirigir o GO,
além de ter intimidade com Deus precisa também ter boa comunicação, as pessoas precisam compreender
o que se está falando. Por isso o dirigente deve ser claro, precisa ser dócil ao mover do Espírito e à reação

Instância
da assembleia, deve motivar as pessoas à oração, se necessário ensinar como orar, para que a graça do
Batismo no Espírito Santo possa acontecer em todos os corações gerando conversão, vida nova, novos
filhos para Deus.

COMO O MOVIMENTO DA RCCBRASIL IRÁ NO ANO DE 2024?

Neste ano de 2024, em que a RCC refletirá sobre o verbo “IR” com a ordem: “...vai a Nínive, a grande
cidade”, precisamos refletir quais são as Nínives que ainda não conhecem a Jesus ou que, conhecendo-o,
ficaram a margem do caminho. Para isso, este subsídio vem ao encontro da família carismática do Brasil
para facilitar, simplificar e superar os desafios encontrados no dia a dia para gerar novos e manter os
grupos de oração “em saída”.

O primeiro desafio é o envolvimento de todos, pois cada membro da RCC tem um papel fundamental
dentro da apostolicidade do Batismo no Espírito Santo. Assim, a unidade, na força do Espírito Santo,
cumpriremos a nossa missão de evangelizar com renovado ardor missionário, a partir da experiência do
Batismo no Espírito Santo, para fazer discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo e com isso, tornar o Espírito
Santo mais conhecido, amado e adorado, difundindo a espiritualidade e a cultura de Pentecostes a partir
do Grupo de Oração.

Veremos abaixo as linhas de Atuação Pastoral da RCCBRASIL em 2024:

1- PASTOREIO

A primeira etapa consiste numa grande ação de pastoreio. Propomos um pastoreio dos grupos de oração,
dos seus servos, despertando a consciência que somos responsáveis uns pelos outros.

O pilar do Pastoreio se baseia em seguir o exemplo do Bom Pastor, Jesus Cristo: zelar pelas ovelhas do
rebanho em todas as suas necessidades, além de cuidar para que não se desviem de Jesus. Assim, as
ovelhas poderão crescer e se desenvolver. O pastoreio é um dever de todo o batizado. Sendo assim, é um
dever de todos os servos do grupo de oração. Não é uma criação da Renovação Carismática Católica (RCC),
ao contrário, é um pedido da nossa Igreja, um chamado e uma missão que nos foi dada por Jesus Cristo e
pela Tradição da Igreja. A misericórdia é o fundamento do Pastoreio. Aprendemos com o Bom Samaritano:
o meu próximo é aquele de quem eu me achego; é aquele a quem dedico cuidado; é aquele com quem
tenho a alegria de compartilhar o caminho da vida. Neste mundo tão acelerado, é preciso ter a coragem
da fé, que é capaz de parar, de interromper a rotina, para cuidar. “A vida é essencialmente samaritana e
tem sabor de Evangelho!”

Um grande agente para que essa estratégia de Deus possa ser eficaz é a pessoa do coordenador, aquele
que Deus escolheu para pastorear uma pequena parcela do Seu povo: “Velai sobre o rebanho de Deus,
que vos é confiado. Tende cuidado dele, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de
interesse sórdido, mas com dedicação; não como dominadores absolutos sobre as comunidades que vos
são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho. E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a
coroa imperecível de glória”. (I Pd 5,2-4)

A coordenação é um chamado que nasce do coração de Deus. Ele escolhe, capacita, dá uma unção
especial, investe com seus carismas, para que o coordenador possa cuidar do Seu ‘rebanho’. Portanto, o
coordenador é um ‘bom’ pastor, que acompanha as ‘ovelhas’ de perto, com todo zelo e dedicação. Cabe
ao coordenador e seu núcleo de serviço, acompanhar e assistir os fiéis que estão no grupo em suas

Instância
necessidades pessoais (doenças, familiares, dificuldades de oração, perda de paciência, ausência das
reuniões etc.) e suas necessidades materiais, encaminhando-os aos serviços (intercessão, oração por cura
e libertação, cura interior, grupo de perseverança, etc.). É preciso cuidar para que não se perca nenhum
daqueles que o Senhor nos confiou.2

Dessa forma, o coordenador estadual é responsável em pastorear os coordenadores arqui/diocesanos, o


coordenador arqui/diocesano da RCC é responsável em pastorear os grupos de oração, em especial os
seus coordenadores e os coordenadores de grupo, por sua vez, os servos e participantes do GO.

Um pastoreio efetivo consiste em um levantamento da realidade, de forma pessoal e afetiva, por meio de
reuniões e visitas, criar laços, cuidar das ovelhas que Deus confiou. Como nos ensina o Papa Francisco, o
pastor precisa ter o cheiro das ovelhas e vice-versa. Para ser um grupo de oração “em saída”, é preciso
primeiro cuidar e preparar os que estão dentro.

A seguir algumas ações para um pastoreio realmente efetivo:

I- A nível estadual - Do presidente do Conselho Estadual para os presidentes diocesanos e coordenadores


de ministérios estaduais:

- Organizar da forma que for mais viável (semanal, mensal, trimestral) momentos de partilha e
acompanhamento(pastoreio) por mensagem, ligação, chamada de vídeo ou presencial se for possível,
individualmente com os membros do conselho estadual. Esse pastoreio precisa ser marcado pela escuta,
oração e orientações da parte do presidente para o pastoreado. Importante dizer que o pastoreio sempre
deve ter interesse na pessoa, ouvindo-a, rezando com ela. Após isso devem vir as orientações mais
pastorais, se for o caso.

- Realizar reuniões mensais com o conselho deliberativo, que podem ser de forma online ou
presencial (além das reuniões presenciais previstas no estatuto).

- Realizar reuniões periódicas (presenciais ou online) com os ministérios e comissões, e orientá-


los a também pastorear suas equipes de serviço e os coordenadores diocesanos de ministério;

II- A nível diocesano - Do Coordenador Diocesano aos coordenadores de Grupos de Oração e


coordenadores de ministérios diocesanos;

a) Pastoreio do conselho diocesano (membros deliberativos e consultivos):

- Organizar da forma que for mais viável (semanal, mensal, trimestral) momentos de partilha e
acompanhamento(pastoreio) por mensagem, ligação, chamada de vídeo ou presencial de for possível,
individualmente com os membros do conselho diocesano. Esse pastoreio precisa ser marcado pela escuta,
oração e orientações da parte do presidente para o pastoreado. Importante dizer que o pastoreio sempre
deve ter interesse na pessoa, ouvindo-a, rezando com ela. Após isso devem vir as orientações mais
pastorais, se for o caso.

- O pastoreio também pode se dar de forma mensal nas reuniões com o conselho, que podem ser
de forma online ou presencial (além das reuniões presenciais previstas no estatuto).

2
Módulo Básico: Apostila 3 Grupo de Oração, 2021.

Instância
- Realizar reuniões periódicas (presenciais ou online) com os ministérios e comissões, e orientá-
los a também pastorear suas equipes de serviço e os coordenadores de ministério ministérios dos Grupos
de Oração;

b) Visitar os GO da Diocese e “consertar suas redes”


O Primeiro passo é ir até o grupo de oração, estar perto, não como alguém que está ali para cobrar
simplesmente, para condenar, para ver as falhas. Mas para perceber como está a caminhada do grupo de
oração, quais são as suas qualidades e os desafios que encontram e, além disso, como estão aqueles que
Deus chamou para ser essa pequena comunidade de amor, um pastoreio com o coordenador do grupo de
oração e com os servos.

Fazer o levantamento da realidade do Grupo de Oração3


a) Responsável: Coordenador arqui/diocesano e seu núcleo de serviço. Pode ser criado uma
comissão de Pastoreio ou uma Comissão de Missão, que tem como função apoiar e respaldar o
presidente arqui/diocesano no pastoreio dos grupos de oração, prezando por um funcionamento
saudável e um desenvolvimento harmonioso na vida em comunidade.
b) Ações:

- Visitar uma reunião do grupo de oração e observar os pontos da apostila 3 do Módulo


Básico - Grupo de Oração:

O louvor exerce o primado na reunião em relação às outras orações - petição, cura,


intercessão,...? /Há a experiência genuína do Batismo no Espírito Santo?/ A pregação é
querigmática?/Gera comunhão/ A reunião de oração é centralizada na pessoa de Jesus?/
É carismática?/ E cativante?/É espontânea e expressiva?/É ordenada?/É dinâmica?/É
ungida?

- Organizar uma reunião com o coordenador do GO, um diálogo amigo, afetivo e também
administrativo: qual a relação do GO com as instâncias - arqui/diocesana, estadual e
nacional seja como membro do Conselho Arqui/Diocesano, eventos, formações, entre
outras. “O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira” (Jo
15,4b), a unidade gera frutos. Quando não acontece a unidade do GO com as demais
instâncias do movimento, a graça vai se estancando, tendo efeitos negativos nos servos,
participantes e na comunidade a qual está inserido. (ANEXO 1 - Check – list para o
coordenador diocesano visando o fortalecimento do Grupo de Oração). Importante
analisar também os motivos que levam a não participação.

- O grupo de oração está inserido numa comunidade paroquial, numa capela... Caso seja
necessário, fazer uma visita ao pároco para analisar a visão e as expectativas deste para
com o GO.

- Organizar uma reunião com os demais servos (sempre em unidade com o coordenador
do GO), para ouví-los, conhecer a distribuição das tarefas, levar os servos a uma auto-
avaliação com pontos positivos e negativos, e propor soluções. (ANEXO 1 - Check – list
para o coordenador diocesano visando o fortalecimento do Grupo de Oração)

3
RCC PARANÁ. Orientações para o Acompanhamento da Comissão de Missão junto aos Grupos de Oração. 2022.

Instância
c) Análise: com a análise dos dados levantados é possível apresentar caminhos para que o grupo de
oração cumpra com o seu papel de “IR”. O coordenador arqui/diocesano, seu núcleo e a comissão
se reúnem para avaliar os resultados obtidos na análise, de modo a explanar todas as informações
e, a partir disso, criar estratégias para solucionar as dificuldades encontradas.

c) Adotar ações para fortalecer os Grupos de Oração enfraquecidos 4

Nesta etapa de revitalização e fortalecimento dos GO é fundamental a conscientização dos servos sobre
as formações, seja módulo básico e a formação específica de ministérios, para que possam estar sempre
em unidade e consequentemente fortalecidos pelo vínculo de fé. Instruir com acolhimento os irmãos
sobre essa importância.

Uma das ações que queremos destacar neste processo de revitalização e fortalecimento é o
desenvolvimento de momentos de perdão e cura entre os irmãos do GO. De acordo com Picolotto (2018)
a falta de perdão mata sonhos, projetos, perspectivas e pode se tornar uma doença física, psíquica, moral
e principalmente espiritual, danificando as relações. Devemos corresponder ao chamado de Jesus de
sermos misericordiosos e vivenciar o amor para com os irmãos como vai dizer o Papa Francisco em sua
catequese do dia 14 de setembro de 2016: “Se Deus me perdoou, porque não devo perdoar os outros?

Neste ensejo se propõe trabalhar a dinâmica do Lava-pés, onde Jesus revela um gesto de humildade e
amor ao próximo. Neste ato Deus desce a nossa pequenez e miséria e num gesto de servir nos lava e
purifica para que possamos estar em comunhão com Ele.

“O Senhor limpa-nos da nossa indignidade com a força purificadora da sua


bondade. Lavar os pés uns aos outros significa sobretudo perdoar-nos
incansavelmente uns aos outros, recomeçar sempre de novo juntos, mesmo que
possa parecer inútil. Significa purificar-nos uns aos outros suportando-nos
mutuamente e aceitando ser suportados pelos outros; purificar-nos uns aos
outros doando-nos reciprocamente a força santificadora da Palavra de Deus e
introduzindo-nos no Sacramento do amor divino.” Carta aos sacerdotes por
ocasião da quinta-feira santa - Papa Emérito Bento XVI, 2006.

Assim deve-se preparar um dia com disponibilidade de tempo para realizar esse momento que de
preferência seja conduzido por pessoas que não sejam do GO. Neste encontro deve ser trabalhado muito
bem a palavra de Jo 13, 1-20, e focar nos seguintes pontos: humildade; perdão de Deus; perdão de si
mesmo; e o perdão dos irmãos. Assim com muita seriedade e oração realizar o gesto do lava-pés uns dos
outros.

Em seguida, orar com escuta e discernimento pedindo a Deus estratégias de oração e direcionamentos,
para que o Espírito Santo inspire o grupo de oração. Interessante que todos continuem orando até o dia
do próximo encontro, onde serão definidas as ações com base no que for partilhado pela oração, sempre
em comunhão com a coordenação arqui/diocesana.

4
RCC PARANÁ. Orientações para o Acompanhamento da Comissão de Missão junto aos Grupos de Oração. 2022.

Instância
Nos tópicos a seguir podemos identificar algumas sugestões de ações:

1. Definir junto ao ministério de intercessão do GO uma estratégia de oração para que todos os servos
possam estar unidos em um mesmo propósito de revitalização e fortalecimento do GO;

2. Promover momentos de comunhão fraterna e partilha com a equipe de servos do GO;

3. Criar hábitos de avaliação dos servos em relação às atividades do GO;

4. Encaminhar os servos para as formações propostas pela arqui/diocese;

5. Levar o GO a perceber o que está faltando e tem desgastado no GO;

6. Acrescentar a importância das missões de evangelização para o fortalecimento do grupo de oração;

7. Verificar se não é o coordenador do GO que não está repassando os recados, e orientar sobre a
importância de o coordenador repassar todas as orientações, motivar os servos para realizar as
formações e participar dos eventos arqui/diocesanos e paroquiais;

8. Avaliar como a arqui/diocese se comunica com os coordenadores de GO se tem acontecido de forma


eficaz. Se necessário realizar uma parceria com ministério de comunicação social arqui/diocesano para
melhorar a comunicação;

9. Realizar vigílias, retiros, encontros de oração, silêncio e escuta com os servos para entender o
processo de cada ministério existente no grupo de oração;

10. Promover formação sobre planejamento estratégico com coordenadores e servos dos grupos de
oração mantendo a unidade com a RCC Brasil;

11. Promover ajuda entre os grupos de oração. Aqueles grupos com um núcleo de serviço e equipes
de servos bem estruturados, enviar servos para ajudar por um tempo determinado outro grupo que
esteja precisando. Ajudar na condução das reuniões de oração, na formação daquela equipe de
serviço, para que o grupo de oração possa se restabelecer e voltar a caminhar, sempre em comunhão
com as coordenações dos grupos envolvidos.

d) Incrementar o número de Grupos de Oração5

Um grupo de oração pode iniciar por diversos motivos como, por exemplo, devido a uma experiência
profunda com amor de Deus de alguém em um outro grupo de oração já existente, que sendo impelido
pelo ardor missionário e pela comunhão com Deus sente a necessidade de compor uma nova obra, ou
ainda pelo pedido de um coordenador e, até mesmo de uma comunidade ou um pároco. Também, pode
partir da coordenação arqui/diocesana que após a realização do mapeamento dos GO na arqui/diocese,
verifica que há paróquias, municípios, entre outros, que não há GO próximo.

Independente do motivo pelo qual surgiu essa necessidade, é preciso ter em mente que a implantação de
um grupo de oração é um trabalho árduo e sério. Por isso é necessário antes de tudo uma profunda
intimidade com Deus daquele que iniciará este projeto.

5
RCC PARANÁ. Orientações para o Acompanhamento da Comissão de Missão junto aos Grupos de Oração. 2022.

Instância
Para que qualquer iniciativa tenha êxito é importantíssimo a organização. O Senhor é fiel conosco e sempre
nos auxiliará, mas se fizermos as coisas de qualquer maneira, e sem planejamento, além de ser muito mais
difícil a caminhada, pode correr o risco de não dar certo.

De modo a nortear os primeiros passos para iniciar um grupo de oração citamos aqui alguns passos
considerados importantes no processo, sendo que eles podem variar de acordo com a realidade de cada
local onde o grupo será implantado. São eles:

1. Formação de uma equipe de serviço - Não conseguiremos levar a frente os trabalhos do início de um
Grupo de Oração se estivermos sozinhos. É necessária a formação de uma equipe que será responsável
por encabeçar e estruturar todas as suas atividades. É importante que essas pessoas que irão compor essa
equipe tenham a experiência do amor de Deus.

É comum em grupos que estão dando seus primeiros passos, que servos de outro GO, com atividades
estabelecidas e bem estruturadas, participem dessa equipe a fim de auxiliar em questões relacionadas
àquele que está nascendo. Aqui é importante frisar que os servos de outros GO ajudarão na implantação
do novo, fiquem nele por tempo determinado. Este ato é apenas uma ajuda pela circunstância do início.
Os prejuízos da falta de atenção em relação a este ponto podem ser grandes, podendo o servo além de
não dar conta de bem realizar seus trabalhos pela sobrecarga de atividades, ainda gerar contendas em
decorrência disso.

2. Reunião - Discernida a composição da equipe de serviço é momento de se reunir para oração e


planejamento das ações de abertura do GO. É importante neste momento não somente pensar em
milhares de coisas que possam ser feitas, mas deixar se conduzir pela ação do Espírito e, ouvir a voz de
Deus.

3. Elaboração de um projeto - Nesta mesma reunião, ou reuniões para o planejamento de abertura, é


necessário que se tenha a base de um projeto. Não precisa ser nada extremamente elaborado, digitado,
ou algo do tipo, mas é importante definir questões como: local da realização da reunião de oração, em
que dia e horário ela acontecerá, a forma que se dará os trabalhos de serviço do grupo como, pregação,
música e intercessão enquanto o GO não tenha os próprios servos para o fazerem, divisão de trabalhos
por parte dos membros da equipe e ainda outras questões pertinentes às diversas realidades de abertura
do GO.
4. Apresentação do projeto ao coordenador diocesano, e ao pároco responsável - Tendo elaborado o
projeto inicial é necessária, em obediência às instâncias do Movimento e da Igreja, a sua apresentação
aos responsáveis. Neste momento, pode-se haver alterações de acordo com as necessidades da diocese e
paróquia. É preciso ressaltar que não fazemos este projeto para impor nossas ideias, e querer que seja
feito exatamente a nossa vontade, mas sim para organizar os trabalhos. Por tanto a abertura de coração e
a humildade serão aliados para fazer a vontade de Deus para esta obra que se inicia.
5. Nova reunião - Após aprovação do Coordenador arqui/diocesano, com a benção do Pároco, e ainda
feitas as alterações solicitadas quando houver, é necessária uma nova reunião para organização e
estruturação do Grupo. Nela deverão ser definidos quem fará, como será e quando será cada momento e,
as frentes de missão que corroborem ao início do grupo.
É extremamente importante a escolha de uma ou mais frentes de missão para a abertura do GO, de acordo
com a realidade de cada comunidade onde será implantado.

Instância
Para dar início às atividades de um Grupo de Oração o primeiro passo a ser vivido é o Seminário de Vida
no Espírito (SVE), que se trata de encontros semanais onde divididos em nove temas são realizadas
pregações querigmáticas que tem por finalidade dar à pessoa consciência da sua identidade de filho de
Deus.

Sobre a utilização do SVE para o início de um Grupo de Oração, a apostila de formação do movimento diz:
“Os Grupos de Oração da RCC surgem, geralmente, a partir de um Seminário de
Vida no Espírito, seja por iniciativa missionária de membros de outro Grupo ou
da coordenação diocesana/regional da RCC, seja a pedido da comunidade
paroquial. Nesta hipótese de criação de um novo Grupo de Oração, o seu núcleo
será formado por alguns dos servos que trabalharão no Seminário, apoiados de
perto pela Equipe Diocesana e/ou pela equipe do Grupo que o originou, sendo-
lhes assegurada ampla formação para sua missão”. (Apostila Grupo de Oração
RCC Brasil p. 13, 2013)

Por se tratar de nove semanas aumenta a probabilidade de os participantes prosseguirem até o final
criando neles perseverança, o que incentiva ainda mais a participação e o engajamento no GO.

Vale ressaltar que em 2015 o Papa Francisco reunido na Basílica de São João de Latrão, em Roma com os
padres no III Retiro Mundial para Sacerdotes promovido pela Renovação Carismática, pediu a eles que
compartilhem através de Seminários de Vida no Espírito Santo, da experiência do Batismo no Espírito
Santo.

“Peço a todos e a cada que, como parte desta corrente de graça da Renovação
Carismática, organizem Seminários de Vida no Espírito Santo em suas paróquias,
seminários e escolas a fim de compartilhar o Batismo no Espírito”. (Papa
Francisco)

A apostila do Seminário de Vida traz todas as orientações de como os encontros devem ser organizados.
É muito importante conhecer o material e aplicar esse encontro da forma com que está proposto. 6

A implantação de um GO embora custosa, é algo que transforma nossa vida, fortalece, e nos leva a uma
maior intimidade com o Senhor. Não há nada mais satisfatório do que saber que estamos fazendo a
vontade de Deus e a diferença na vida do irmão. Precisamos ter a coragem de nos comprometer com a
evangelização, e colaborar com o anúncio do evangelho, para que chegue em todos os lugares e
transforme a vida das pessoas.

III- A nível de Grupo de Oração - Do coordenador de Grupos de Oração, os servos, entre os servos e os
participantes.

O pastoreio no grupo de oração deve ser um serviço que prioriza ver, aproximar, acolher, escutar, cuidar,
direcionar, acompanhar, estar atento às necessidades materiais, de vida pessoal, ministerial e demais
necessidades dos participantes (considerar todas as dimensões do ser humano); deve-se, ainda,
acompanhar os membros do núcleo e acompanhar os ministérios; e realizar reuniões de pastoreio para
partilhar, planejar, alinhar, direcionar e manter a unidade. Gestos simples podem ser considerados ações

6
RCCBRASIL. Seminário de Vida no Espírito Santo. 2017.

Instância
efetivas de pastoreio: um telefonema, uma mensagem pelas redes sociais, um cartão, visitas nas
residências, partilhas específicas presenciais ou à distância, outras. A realização de ações práticas de
pastoreio deve levar em consideração a ministerialidade orgânica, ou seja, envolver outros ministérios
(Crianças e Adolescentes, Famílias, Oração por Cura e Libertação, outros). Além disso, o encaminhamento
para outros ministérios, pastorais, movimentos eclesiais, profissionais é forma efetiva de pastoreio. A
organização do serviço de pastoreio no grupo de oração é de responsabilidade do Ministério de Promoção
Humana, sempre em unidade com o núcleo do grupo de oração e demais ministérios.

Como realizar o Pastoreio com os servos do grupo de oração e demais membros?

a) Pastoreio do Núcleo de Serviço: O serviço do Pastoreio na esfera do Núcleo de Serviço consiste


em organizar reuniões ou momentos onde se possa orar, partilhar e atender os servos do núcleo
e coordenador de Grupo de Oração. Isso quem organiza são os coordenadores de G.O.,
coordenadores (Arqui) Diocesanos/Prelazias, Foranias e seus Conselhos).
b) Pastoreio dos Servos do Grupo de Oração: Este trabalho a ser desenvolvido impulsiona-nos a
viver a unidade, buscando no amor o vínculo da paz, consciente da pertença ao Corpo Místico
como membro ativo, cuja cabeça é Cristo, tendo no Espírito Santo a fonte que nos une.
Fortalecendo ou gerando neles o sentimento de pertença àquele GO.
c) Pastoreio dos Participantes e/ou Perseverantes do G.O: Deve ser realizado por todos os servos
do Grupo de Oração que, ao assumirem o serviço no G.O., se tornam responsáveis pelos
participantes e perseverantes para ajudá-los a permanecerem em Jesus. Essa missão nos dá a
oportunidade de trazer mais para perto da realidade de cada pessoa o chamado a participar desta
comunidade de fé que fortalece a caminhada e propicia a cada encontro um novo Pentecostes.
Precisamos ter a coragem de convidar as pessoas que estão à nossa volta, colegas de trabalho,
pessoas da família, vizinhos, aquela pessoa que nos chamou atenção em algum momento, colegas
de sala de aula, mas lembrando que não basta apenas convidar as pessoas para um momento,
precisamos zelar, cuidar e ouvir, pastoreá-las, evitando que se afastem do Senhor.

Sugestão de ações de pastoreio aos participantes do GO:

- visitar os participantes dos GOs;


- conhecer a realidade de cada participante, as situações de vida e os problemas mais delicados que
devem ser levados ao conhecimento do coordenador do GO, pois a este o Senhor confiou o
ministério de governo e pastoreio de todo o GO;
- atualizar o cadastro contendo as datas de aniversário dos participantes;
- planejar e executar reuniões de pastoreio;
- buscar as pessoas em casa, caso seja necessário, para participar do GO e levá-las de volta;
- fazer visitas sistematizadas criando com as pessoas um vínculo de amor e cuidado;
- organizar momentos de partilha da Palavra, de oração e de bens materiais.

d) Favorecer a visão de família: Promover reuniões que não tratem de assuntos práticos e de
serviços, mas que sejam motivadas partilhas fraternas, onde possam rezar uns pelos outros, a
partir das dificuldades apresentadas, onde sejam estreitados os vínculos familiares entre todos.
Podem ser formados trios de servos para pastoreio mútuo (especialmente aqueles que
apresentam situações mais delicadas e pessoais), para que sejam acompanhados em partilha e
oração ao longo da semana ou de um período determinado.

Instância
Nesse pastoreio adotar ações de suporte e evangelização às famílias dos servos, por meio de
visitas, partilhas, e até ajudas materiais quando necessário. Nossas famílias por vezes estão
fragilizadas e isso vai refletir na vida e na missão de cada um. Conseguiremos conhecer mais as
nossas ovelhas e suas famílias podendo ajudar concretamente naquilo que seja necessário.

Ainda propomos a realização de encontros e momentos que propiciem a vivência fraterna,


favorecendo a convivência entre os irmãos e a prática da fraternidade, em seu sentido amplo,
entre os servos. Essa ação não se trata somente de festas, mas verdadeiros ambientes fraternos
que possibilitem que os laços de irmandade sejam fortalecidos entre todos. Que exista um vínculo
tão forte e verdadeiro entre os irmãos, a ponto de um querer estar com o outro, mesmo que não
seja pedido, mas espontaneamente, atentos às necessidades uns dos outros.

2- INICIATIVAS MISSIONÁRIAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS DE EVANGELIZAÇÃO

Como linha de atuação, apresentamos as ações que devem ser trabalhadas ao longo desse ano de 2024.
São ações estratégicas para atingir as diversas demandas dos nossos grupos de oração, fazendo com que
possam ser ainda mais eficazes naquilo que é a nossa identidade, e responder ao apelo do Santo Padre
indo ao encontro daqueles que estão nas “periferias” das nossas comunidades.

a) Encontros/Retiros para ministração de Cura em níveis Regionais, Diocesanos e/ou Estaduais:


Encontros prioritários que acontecerão no primeiro semestre, e serão direcionados pelo Ministério de
oração por cura e libertação, com uma ementa única e comum a todos.
É preciso fortalecer o carisma da Cura em nossos Grupos de Oração, pois nosso povo está doente, ferido,
precisando do bálsamo de Deus, para isso os servos devem buscar constantemente as formações, e
orientações do MOCL.

b) Fomentar a realização do Encontro de Introdução aos Dons em nível diocesano:


Além de fazer parte da fase querigmática de nosso processo formativo, acontecendo praticamente todo
ano em nossas dioceses e grupos, é muito importante que, de tempos em tempos, todos os nossos servos
possam reviver esse encontro. Precisamos retornar aos carismas, pois temos visto em muitos grupos de
oração onde essa graça tem sido perdida, não há mais profecia, palavra de ciência, a oração em línguas
quase não acontece, ou seja, percebe-se um esfriamento no uso dos carismas em nossos GOs.

O Retiro de introdução aos dons tem por objetivo levar os participantes à experiência da redescoberta dos
dons Infusos, que são ferramentas que Deus nos dá para a nossa santificação, além da experiência dos
dons carismáticos, que são graças extraordinárias dadas pelo Espírito Santo para o bem comum do povo
de Deus. Nesse encontro somos chamados a viver, por meio de oficinas oracionais e dinâmicas, o que são
esses dons e como eles podem se manifestar em nossas vidas.

O ideal é que esse encontro aconteça num final de semana, preferencialmente iniciando na sexta-feira a
noite, em um local onde os participantes possam pernoitar, para que não haja dispersão e possam
aproveitar melhor o encontro.

Um ponto bem importante nesse encontro são as oficinas que serão ministradas após as pregações. Não
é ensino, não é formação. São pregações na unção e no poder do Espírito que nos ajudarão a compreender

Instância
melhor cada dom, como eles acontecem em nossas vidas, e em seguida bons momentos de oração, para,
na prática vivenciá-los.

Nossa identidade é carismática! Está em nosso DNA! Precisamos voltar a viver aquela fé expectante, nos
abrindo as maravilhas que Deus pode fazer! Sem medo, com discernimento e com ousadia.

Buscar seguir as orientações da Apostila do Retiro de Introdução aos dons.

c) Retomar o Projeto “Incendeia” através do MJ

A juventude é uma fase de vida e dentro desta fase os jovens que chegam ao Grupo de Oração precisam
ser acompanhados, pastoreados e formados. Para isso, o coordenador do GO escolhe uma pessoa que
ficará responsável em compor uma equipe que será o Ministério Jovem ou Equipe Jovem que tem a missão
de cuidar, pastorear, acompanhar e formar inteiramente a juventude do GO.

Para esse cuidado efetivo, a Equipe Jovem promove o ”Incendeia” que consiste na reunião da juventude
do GO, de preferência deve acontecer quinzenalmente. O incendeia não pode ser semelhante à Reunião
de Oração, “(...)deve ser instrumento de suporte ao jovem para perseverar no Grupo de Oração e crescer
na espiritualidade carismática, proporcionando formação humana e espiritual, por meio de temáticas
juvenis que normalmente não cabem dentro de um GO Misto, auxiliando o jovem a caminhar rumo a
uma maturidade cristã plena”.7

O incendia precisa ser um encontro onde se favorece a oração para que a graça do Espírito Santo aconteça
e os jovens sejam inflamados pelo seu amor, “(...)mas precisam ser formativas com ênfase à formação
humana: família, amizade, namoro, estudos, comportamento, afetividade e sexualidade, vocação,
enfim, os desafios que um jovem enfrenta no mundo contemporâneo, temas que fazem parte das cinco
dimensões da formação integral...”.

Para efetivar o incendeia e com ele, realizar um bom trabalho com os jovens no GO:

1. Se o GO é misto e já tem jovem, escolher um conforme discernimento em oração com o núcleo


do GO para liderar os trabalhos direcionados aos jovens e representar a equipe jovem no núcleo;

2. Este representante deve convidar outros 3 ou 4 jovens para compor a Equipe Jovem ou Ministério
Jovem;

3. Essa equipe deverá estar atenta aos jovens que vem pela primeira vez no grupo e fazer um contato,
anotando os dados do jovem para então, iniciar um acompanhamento;

4. Se o grupo é misto mas não tem jovem ou tem poucos, se faz necessário lançar as redes através
dos mais diversos tipos de missão (retiros, acampamentos, tardes de louvor, SVES, arrastão, virada
radical, lual, entre outros) ir ao encontro do jovens, leva-los a viver a experiência pessoal com
Jesus e atrair jovens e o próprio núcleo ou um servo adulto se responsabiliza pelo pastoreio e
formação até que um jovem possa assumir;

7
RCCBRASIL. Orientações para o Serviço com os jovens nos grupos de oração. 2018.

Instância
5. As pessoas responsáveis pelos jovens devem organizar os incendeias que precisam ser encontros
dinâmicos, atrativos, ter linguagem jovem;

6. O incendeia deve ter duração máxima de uma hora e meia.

Alcançar a juventude é um grande desafio, portanto o item 4 precisa ser bem trabalhado, talvez até antes
de montar o próprio projeto Incendeia, para que possamos proporcionar momentos para a juventude
Jesus.

d)Fomentar a realização de Obras de Misericórdia Espirituais e Corporais

Segundo o Catecismo da Igreja Católica n° 2447 “as obras de misericórdia são as ações caritativas pelas
quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar,
confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência. As obras
de misericórdia corporal consistem sobretudo em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem
tem sede, dar moradia aos desabrigados, vestir os maltrapilhos, visitar os doentes e prisioneiros, sepultar
os mortos. Dentre esses gestos de misericórdia, a esmola dada aos pobres é um dos principais
testemunhos da caridade fraterna. E uma prática de justiça que agrada a Deus.”

O Papa Francisco em uma de suas falas, na audiência geral de 12 de outubro de 2018, afirmou que, com
simples gestos de misericórdia, podemos cumprir uma verdadeira revolução cultural, pois as obras de
misericórdia são o antídoto contra a indiferença. Visando fomentar a prática das obras de misericórdia
dentro de cada Grupo de Oração, sugerimos que a cada mês os grupos possam se organizar e viver uma
ou duas das obras de misericórdia, podendo ser uma obra corporal e outra espiritual por mês, com ações
internas, mas também externas, alcançando a comunidade/cidade onde o grupo está inserido.

Ex. Mês de janeiro: dar de comer a quem tem fome e instruir/ensinar em fevereiro: dar de beber a quem
tem sede e aconselhar… e assim por diante.

e) INICIATIVAS MISSIONÁRIAS8

Promover ações evangelizadoras com todo o grupo de oração, paróquia, setor, decanato, diocese ou até
mesmo estado, pode despertar o verdadeiro chamado do servo do nosso movimento eclesial RCC.

A razão de promover ações missionárias está no chamado do Senhor, como nos diz São Paulo à carta aos
Coríntios: "[...]

Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe.
Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! Se o fizesse de minha iniciativa,
mereceria recompensa. Se o faço independentemente de minha vontade, é uma
missão que me foi imposta. Então, em que consiste a minha recompensa? Em
que, na pregação do Evangelho, o anúncio gratuitamente, sem usar do direito
que esta pregação me confere. Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu
me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível.” (1Cor 9, 16-19)

8
RCC PARANÁ. Orientações para o Acompanhamento da Comissão de Missão junto aos Grupos de Oração. 2022.

Instância
Por muitas vezes, somos impedidos de sair em missão pelo fato de não sabermos ao certo o que fazer,
como falar, como olhar, pois realmente não é fácil ir ao encontro do novo e nos envolvermos em situações
e ações que não sabemos como se dará, mas precisamos ser encorajados pois cada missão é uma nova
história e novas vidas que são cuidadas.

A nossa Igreja nasce da missão dos primeiros cristãos, os Apóstolos do Senhor, que cheios e motivados
pelo Espírito Santo saem anunciando corajosamente o mistério da Fé, a partir das virtudes dos primeiros
cristãos (Atos 2, 42-47). Quando somos chamados a uma missão, passamos a deixar a nossa vontade para
fazer a do Senhor, com base no Batismo no Espírito Santo e sua propagação. Somos convidados a viver
uma via de obediência ao Senhor, assim como nos diz a Beata Chiara Luce “Senhor, se Tu queres eu quero”.
Estar entronizado nesta via de Santidade, nos tira do comodismo e do automático, onde nos faz ter um
olhar além. Quando estamos envolvidos em uma missão, independente da realidade, somos convidados
a uma bela história no livro da vida, onde somos chamados a ser evangelizadores e propagadores do Amor
de Deus.

O Santo Padre Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium nos diz “Saiamos, saiamos para
ofertar a todos a vida de Jesus Cristo! (...) prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído
pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias
seguranças.” O nosso chamado é levar a alegria do Senhor em todas as realidades, onde o desânimo, a
falta de coragem e a solidão são fatores muito presentes. Mas quando vamos ao encontro do próximo,
temos a oportunidade de ver com os olhos da Fé toda a transformação nos corações alcançados que Cristo
pode realizar através do nosso sim. O Senhor nos concede a parresia, a coragem, algo extraordinário que
deriva da Fé. É hora de desinstalar o comodismo e sair!

Orientações para a realização das Missões

A missão pode ser organizada pela equipe de serviço da RCC Diocesana ou do grupo de oração, há também
em algumas dioceses e estados, a Comissão de Missão. Quando essa missão ocorrer diretamente com o
Grupo de Oração, deve ocorrer a mobilização no âmbito paroquial com suas lideranças e principalmente
o apoio do Pároco, sem deixar de solicitar o auxílio da RCC arqui/diocesana e de outros Grupos de Oração.

Se faz necessário entrar em contato com as autoridades locais para a identificação da realidade, assim
como as possibilidades de abordagens permitidas. Quando a missão ocorrer em locais públicos, deve-se
buscar a liberação da prefeitura local para a sua realização.

Além da Abordagem direta em que o missionário vai ao encontro dos irmãos para anunciar o evangelho,
outras formas de realizar a missão pode ser realizada, tais como:

1- Entrega de cartas: Onde o missionário reza e ouvindo o Senhor para que ele possa escrever uma carta
querigmática que revela o amor de Deus. Essa carta pode ser entregue durante a missão em um
determinado local.

2- Missão por telefone: Nesse caso é necessário ter o contato do evangelizado, ou servo/participante caso
a missão se realize com os servos de grupo de oração, onde o missionário pode ligar e realizar a abordagem
por ligação ou por meio de mensagem via WhatsApp. O Missionário sabendo quem ele irá evangelizar ele
pode rezar e pedir uma palavra específica para o evangelizado.

Instância
3- Missão com roda de viola: Onde os missionários podem revelar o amor de Deus, por meio da música
em lugares públicos.

A seguir, seguem algumas sugestões para missões diretas:

1-Evangelização Porta a porta - A missão porta a porta tem como único objetivo o anúncio querigmático.
Essa missão se caracteriza pela saída dos missionários ao local desejado, podendo ser o bairro em que a
Paróquia se localiza. A abordagem dessa missão é Querigmática e pode levar as informações paroquiais
como horários de Missas, Confissões, Catequese e a divulgação dos Grupos de Oração ou alguma ação
que ocorrerá. Nesta missão vamos também ao encontro dos paroquianos que já não participam mais das
atividades locais. Essa missão se caracteriza pela escuta das pessoas abordadas, onde iremos ouvir mais
do que falar e a partir da abertura da pessoa, deixar o Espírito Santo lhe conduzir ao que for necessário.
Caso haja abertura das pessoas, pode ocorrer um breve momento de Oração para finalizar a abordagem.

2- Revoadas Missionárias: Uma espécie de mutirão de evangelização ad gentes, uma missão um pouco
mais longa, onde se trabalha a questão social, também por meio das obras de misericórdia tanto corporais
como espirituais, atrelada a nossa identidade carismática. Como exemplo tivemos a missão na Ilha do
Marajó, mas não podemos restringir somente a esses locais distantes, em nossas dioceses e cidade possui
muitos locais que estão em situações vulneráveis e precisam que a providência divina chegue por meio
dos irmãos que também serão instrumento da experiência do batismo no Espírito Santo.

3- Projeto “Abraço do Pai”: O Projeto “Abraço do Pai” é uma resposta da Renovação Carismática Católica
ao convite da Igreja para uma posição em saída, em que testemunhas de Jesus saem ao encontro dos mais
necessitados, conforme pedido do Papa Francisco ao Movimento: “Batismo no Espírito Santo, louvor,
serviço ao homem. As três coisas estão ligadas de forma indissolúvel. Posso louvar profundamente, mas
se eu não ajudar os mais necessitados, não é suficiente. ‘Não havia entre eles necessitado algum’ (At 4,
34), está escrito no Livro dos Atos” (Papa Francisco na Festa do Jubileu de Ouro da RCC- Circo Máximo,
Roma, 03/06/2017).

O Projeto é um exemplo tangível da Doutrina Social da Igreja, que enfatiza a saída missionária da Igreja, o
amor preferencial pelos pobres e a promoção da dignidade humana como meios essenciais para a
evangelização eficaz. Ao unir espiritualidade e ação social, o projeto personifica o verdadeiro espírito da
solidariedade cristã, inspirando a comunidade a participar ativamente na transformação da sociedade.

Esse projeto inovador transcende fronteiras ao promover um encontro pessoal com Jesus Cristo, ao
mesmo tempo em que se dedica a atender às necessidades mais imediatas da sociedade, tendo como
fonte de inspiração a Doutrina Social da Igreja. O foco central é o encontro íntimo com Jesus Cristo,
buscando oferecer um ambiente propício para a espiritualidade e a transformação interior. É um projeto
que, a princípio, acontece anualmente nas (Arqui) dioceses, paróquias, comunidades, enfim, consiste na
realização de ações sociais e de evangelização que visam atender pessoas que apresentam alguma
vulnerabilidade social. Oferecendo: alimentação, roupas, remédios, atendimento com profissionais na
área da saúde, jurídica, assistência social, entre outros, e, ao mesmo tempo, evangelizar, apresentando
Jesus como Senhor e Salvador, tudo fundamentado na caridade sincera e na fraternidade autêntica. A data
deve ser definida pela equipe local, entretanto sugere-se que se realize principalmente no mês de outubro,
por ser o mês missionário. Essa é uma ação que contará com toda a RCC.

Instância
3- Projeto 1º de Maio: O projeto Primeiro de Maio “Deus é o nosso trabalho” é um dia de celebração,
evangelização, conscientização, oração e formação para os trabalhadores brasileiros e suas famílias. Trata-
se de um evento organizado pelos Profissionais do Reino (PdRs), que promove ações que contemplam
tanto a dimensão atemporal quanto a dimensão temporal. Nas dioceses onde não há Grupo de
Profissionais do Reino, os demais ministérios da RCC podem se organizar para realizá-lo. A Equipe Nacional
de Profissionais do Reino se coloca à disposição para toda formação e orientação necessária.

Podem ser realizados momentos de evangelização e espiritualidade (como Vigílias, Missas, louvor, anúncio
e oração) e momentos de formação e resgate, específicos para a realidade do trabalho (como Oficinas
funcionais, Estandes de Orientação, Mesa Redonda, Palestras, Workshops, ações concretas, entre outros).
O Projeto acontece tradicionalmente no Dia do Trabalhador (1º de Maio). Entretanto, dependendo da
realidade local ele pode ser realizado em algum outro dia do mês discernido para dedicar ao Trabalhador.
A programação pode ocorrer durante um dia todo ou em um único período (manhã/tarde/noite). Se
necessário, as ações do Projeto podem ser estendidas para dois ou mais dias.

Entre os objetivos do Projeto estão o de anunciar para os trabalhadores e suas famílias o amor de Deus e
sua infinita misericórdia, de falar sobre o Profissional do Reino, de escutar o que o Senhor quer para a
nossa vida profissional, de louvar pelo trabalho que temos, de divulgar a Cultura de Pentecostes no
ambiente de trabalho e de difundir e valorizar a Doutrina Social da Igreja (DSI) entre todos os profissionais,
incluindo desempregados, subempregados e pessoas com dificuldades em seus empregos.

4-Pré Evento - Uma missão pré-evento visa uma evangelização antes de Congressos, Encontros de
Ministérios, shows, jogos, inaugurações ou até mesmo em locais turísticos, podendo ser a nível paroquial,
arqui/diocese ou estadual.

A abordagem da missão será discernida pelo Grupo de Oração e/ou a RCC Arqui/diocese, de acordo com
sua realidade e possibilidade, devendo ser sempre querigmática. Essa missão pode ocorrer em um final
de semana ou em um dia, podendo ocorrer em bairros, parques, praças ou até mesmo na cidade, como
carreatas.

Se faz necessário a inscrição dos servos das equipes ou missionários, por meio de fichas ou links online,
sem esquecer das autorizações civis e eclesiástica.

5- Pessoas em situação de rua - Os servos de um Grupo de Oração devem identificar a necessidade que
está a sua volta e ser um promotor de ações. Antes de sair em missão, pode ocorrer uma mobilização e
divulgação na Paróquia, onde ocorre a arrecadação de alimentos, roupas e cobertas para entregar aos
abordados, segundo a realidade do local. Essa missão ocorre com a ida a locais em que se encontram
pessoas em situação de rua, onde pode ocorrer a entrega de alimentos, roupas e caso haja a abertura até
mesmo a realização de uma partilha da palavra, mas com uma abertura para o diálogo com as pessoas
abordadas, ouvindo-as. Lembrando que devemos evitar termos como moradores de rua, mendigos, sem
tetos, carentes, pois a nossa ida até eles é para dar dignidade.

6- Asilos, Centros de tratamento de dependência química, orfanatos, casas de passagem e hospitais - Se


faz necessário entrar em contato com os responsáveis por tais instituições, para a identificação da
realidade, assim como as possibilidades de abordagens permitidas: música, teatro, dança, contação de
histórias e outras ações possíveis. Nesse contato, pode ocorrer também a identificação da forma em que
a instituição ocorre e assim oferecer a doação de alimentos, roupas e produtos de higiene. É importante

Instância
identificarmos que cada local tem uma realidade e precisamos identificar a linguagem utilizada em cada
uma delas.

Também pode ocorrer uma mobilização paroquial, para auxiliar nas arrecadações para doação. Caso a
instituição seja de cunho católico, verificar se há a possibilidade da realização de uma Missa com as
pessoas da instituição ou até mesmo um Grupo de Oração no local.

Nem todas as abordagens serão realizadas em todos os locais, por exemplo no asilo, ocorrerá mais
conversas individuais ou em pequenos grupos com os idosos do que gerais. A música, dança e teatro neste
caso são bem utilizados.

Nos hospitais, as artes irão predominar, com músicas, danças e teatros (palhaçaria) também, mas
lembrando que a escuta também se faz necessário. Neste caso, devemos tomar os cuidados com os
contatos físicos, cuidando das pessoas hospitalizadas e dos missionários.

Nos centros de tratamento de dependência química será predominante a escuta onde os missionários
conversam em pequenos grupos com as pessoas em tratamento. Se possível, o grupo de oração ou a RCC
arqui/diocese, levar alguém que já passou por alguma dependência química e atualmente se encontra
sóbrio e esse poderá dar o seu testemunho. Nesses locais, deverá ocorrer todo o cuidado para que os
missionários não entreguem dinheiro, aerosol, perfumes, objetos cortantes e tudo o que a instituição
apresenta como cuidados no processo de tratamento. Devemos lembrar de não utilizar os termos como
drogados, alcoólatras, marginais, entre outros que denigrem a sua dignidade.

7- Grupo de oração nas praças - Essa missão que possui o foco do grupo de oração ocorrer em uma praça,
pode iniciar em um horário antes de o grupo de oração começar, com divulgação aos arredores do local
em que os missionários saem convidando as pessoas para o grupo de oração naquele dia. Além das praças,
essa missão pode ocorrer em campus de universidades (o Ministério Universidade Renovadas da RCC
arqui/diocese pode ser a promotora deste evento, como os GOULAÇOS), locais turísticos, pontos de
grande movimentação de pessoas, terminais de ônibus e entre outros.

8- Meios de transporte (ônibus, metrô, trem, balsas …) - A missão tem como objetivo levar a Palavra do
Senhor dentro dos meios de transporte público, onde uma pessoa se prepara para uma partilha breve e
sucinta, levando as pessoas abordadas ao amor de Deus. Devemos sempre iniciar essa missão nos
apresentando com nome, se identificando como pertencentes a Igreja Católica e pedindo licença para as
pessoas ao redor, informando que não estamos no local para venda de comércio (é de costume nesses
locais que pessoas de instituições façam vendas de objetos e usem a palavra de Deus, assim dificultando
o interesse das pessoas para ouvir). Lembrando que devemos ser breve, pois o seu meio de locomoção
pode chegar ou a pessoa descerá em breve.

9 - Ações solidárias (Páscoa, Natal, etc) - Essa missão de deve ser realizado em parceria com os Ministérios
da promoção humana e para as crianças e adolescentes da RCC arqui/diocese, pode ocorrer uma
arrecadação de chocolates, brinquedos, embalagens, doces e tudo o que o Grupo de Oração e a RCC
arqui/diocesana identificar como possibilidade para ofertar aos abordados, como as crianças. Essa
arrecadação pode ocorrer em unidade com toda a paróquia para assim envolver mais pessoas para essa
ação. Um exemplo de realização é a confecção de ovos de páscoa, onde os servos do Grupo de Oração e
colaboradores criam os ovos através das barras de chocolates ou até mesmo a confecção de kits. O

Instância
levantamento das áreas mais vulneráveis para a entrega precisa ser identificado antecipadamente. Essa
missão pode ocorrer em bairros, escolas, casas de passagem, orfanatos e outras instituições.

10- Momentos de LOUVOR - A tarde/noite de louvor é um ótimo momento para dar a oportunidade de
um primeiro contato com o modo de evangelizar da RCC. Deve ser preparada com muito cuidado e
empenho para que as pessoas que dela participarem se sintam acolhidas e possam vivenciar
profundamente a experiência de Batismo no Espírito Santo. Pode reunir vários grupos de uma
determinada região e contar com a presença de lideranças do movimento a nível paroquial e
Arqui/Diocesano. Geralmente é realizada após uma ação missionária.

11- Maria nas casas ou as Capelinhas - A missão Maria nas Casas em conjunto com o Ministério para as
Família nos proporciona a rezar o Santo Terço, que pode ocorrer na casa dos servos e participantes dos
Grupos de Oração, onde há a oportunidade do coordenador pastorear as suas ovelhas, adentrando às suas
casas e conhecendo as realidades. Para a realização desta missão, pode ocorrer um cadastro das famílias
que desejam abrir as portas das suas casas. Além da oração do Santo Terço, podem ocorrer momentos de
Oração na casa, respeitando sempre a realidade da família, principalmente com os paroquianos que não
frequentam o Grupo de Oração. O Ministério para as Famílias tem produzido muitos frutos por meio da
VISITA E CONSAGRAÇÃO DOS LARES, no qual semanalmente no grupo de oração, procede-se o sorteio,
entre os participantes, da casa que irá receber a visita da Sagrada Família.9

Após o sorteio, agendará com a pessoa sorteada o dia da semana para a visita. Nesta visita realizam a
leitura da palavra, o terço (terço da Família Restaurada ou terço da Sagrada Família), momento de oração
e a Oração de Consagração do Lar.

12- Jesus no Litoral (JNL)10 - Há 20 anos atrás, na virada de 2002-2033, foi realizada a Primeira versão do
na época chamado “JNL, uma virada radical” na praia de Matinhos, no Paraná. Alguns jovens do Grupo de
Oração Ágape da Arquidiocese de Maringá participarem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em
Toronto, no Canadá, e ouviram o apelo do Papa João Paulo II: “O encontro pessoal com Cristo ilumina a
vida com uma nova luz, orienta-nos pelo bom caminho e leva-nos a ser suas testemunhas”.11

Esses jovens levaram mais 200 jovens para o litoral do Paraná. Logo na primeira edição o Senhor os levou
a oração, a escuta e a formação para depois a missão. De projeto a Missão JNL, onde foi acolhida pela
CNBB.

A missão compreende a formação integral do jovem missionário, fomentando uma transformação social,
humana e espiritual. Portanto, uma missão que conta com o Ministério Jovem da RCC das arqui/dioceses
e estados, que começa com a preparação nas dioceses que irão enviar os missionários. As primeiras
atividades são de oração, formação e partilha, depois os missionários são enviados às praias realizando a
abordagem corpo-a-corpo, porta a porta nas casas e outras atividades em Grupos de Oração e Evangeliza
shows.

Do Litoral para outros rincões, como: Jesus no Pantanal, Jesus no Cerrado, Jesus nos Extremos, Jesus no
Farol, Jesus na Capital, entre outros.

9
RCCBRASIL. Formação Básica para o Ministério para as Famílias. 2013.
10
MAFFI, B. Paraná em Perene Pentecostes. 2019.
11
JOÃO PAULO II. Mensagem a JMJ no Canadá, 2002.

Instância
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em 2023 o Senhor nos pôs em marcha, não podemos parar! Agora, em 2024 avancemos ainda mais para
tornar o Espírito Santo mais conhecido, amado e adorado:

Por meio da poderosa experiência do batismo no Espírito Santo, como nos ensina nosso querido São
João Paulo II: “No nosso tempo ávido de esperança, fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e
amado. Assim, ajudareis a fazer que tome forma aquela ‘Cultura de Pentecostes’, a única que pode
fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos”.

E promovendo a cultura do encontro proposta pelo Papa Francisco: “Ir ao encontro das pessoas, não só
vendo mas olhando, não apenas ouvindo mas escutando, não só cruzando-se com as pessoas mas
detendo-se com elas, não só dizendo ‘que pena, pobrezinhos!’ mas deixando-se arrebatar pela compaixão;
e depois aproximar-se, tocar e dizer: ‘Não chores’ e dar pelo menos uma gota de vida. (...) Trata-se de um
discurso que parece atual até para os homens de hoje, demasiado habituados com uma ‘cultura da
indiferença’ e por isso necessitados de trabalhar e pedir a graça de fazer uma cultura do encontro, deste
encontro fecundo, deste encontro que restitua a cada pessoa a sua dignidade de filho de Deus, a
dignidade de um ser vivo. Nós estamos acostumados com esta indiferença, quer quando vemos as
calamidades deste mundo, quer diante das pequenas coisas. Limitamo-nos a dizer: ‘Que pena,
pobrezinhos, como sofrem’, mas depois vamos em frente. Mas o encontro é diferente: Se não olho — não
é suficiente ver, não: é preciso olhar — se não paro, se não olho, se não toco, se não falo, não posso realizar
um encontro, não posso ajudar a construir uma ‘cultura do encontro’.” (Trecho de homilia em Santa Missa
matutina – Santa Marta, 13/09/2016)

Instância
Anexo - 1

Check-list para o coordenador diocesano visando o fortalecimento do Grupo de Oração

1- PERGUNTAS PARA OS SERVOS

• Destaque pontos positivos do seu GO e grupo de perseverança


• Destaque os pontos negativos do seu GO e justifique-os
• Breve comentário sobre seu coordenador de grupo
• Breve comentário sobre a reunião semanal do núcleo de serviço
• Comente o relacionamento do seu grupo com o pároco
• Breve comentário sobre os irmãos de grupo
• Breve comentário sobre o seu ministério
• Sugestões para melhoria do GO
• Autoavaliação de uma nota de 0 a 10:
• Quanto a sua participação nas atividades promovida pelo G.O?
• Quanto ajuda o seu coordenador?
• Sou frequente na reunião de Núcleo?
• Participo das formações de ministério?

Observar individualmente nos servos os pontos a seguir:

• Os servos têm o processo formativo da RCC?


• Comparecem aos eventos da RCC e paróquia (atuantes)?
• Tem formações específicas para seus ministérios?
• São obedientes?
• Buscam fortalecer o GO?
• Tem vida espiritual profunda e amadurecida?
• Evangelizam seus servos e participantes?
• Vivem suas vidas com boa reputação moral?

2- PERGUNTAS AO COORDENADOR E NÚCLEO DE SERVIÇO

• Existe núcleo de serviço?


• Se sim, se reúnem semanalmente?
• O núcleo reza pelo grupo de oração e pelos servos e participantes?
• O Senhor fala ao coração dos membros do núcleo?
• O tema das reuniões de oração é discernido em oração?
• Durante a reunião, são criadas estratégias e possibilidades para realizar a vontade de Deus no GO?
• É partilhado sobre situações específicas de servos, perseverantes e participantes?
• Existe Grupo de Perseverança?
• Com que periodicidade são os encontros?
• O coordenador tem vida de oração pessoal?
• O coordenador tem buscado viver em santidade?
• O coordenador está animado e esperançoso em relação ao grupo de oração?
• Mais alguma questão para pontuar sobre a reunião do núcleo de serviço e sobre a coordenação?

Autoavaliação de uma nota de 0 a 10:

• Quanto a sua participação nas atividades promovida pelo GO?


• Quanto ajuda o seu coordenador?
• Sou frequente na reunião de Núcleo?

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• Participo das formações de ministério?

3- PERGUNTAS SOBRE OS SERVOS DO GRUPO DE ORAÇÃO:

• Existe reunião com os servos?


• Existem momentos de oração/abastecimento específico para os servos?
• Os servos possuem a formação básica e ministerial da RCC?
• Os servos são comprometidos com as atividades do grupo de oração?
• Os servos vivem em uma comunhão de amor dentro do GO?
• Existem grupos separados e “panelinhas” entre os servos?
• É realizado momentos de vivência fraterna entre os servos?
• Os servos estão animados com o GO?
• É realizado missões no GO?
• Os ministérios participam das atividades diocesanas?
• O ministério de intercessão se reúne semanalmente?
• Mais alguma colocação sobre os servos do grupo de oração?

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