Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Copyright 2022
Categoria: Vida Cristã
Mauricinho Fragale
SUMÁRIO
11
Fui levado para o hospital sem ter sintoma algum, ape-
nas porque não sabiam o que fazer comigo naquela situação.
Todas as pessoas que estavam por perto estavam com dificul-
dades em algum destes três fundamentos espirituais elemen-
tares e eu conseguia perceber a dor de cada uma delas, de
qual dos três pontos ela não fluía muito bem.
Foi muito forte, eu já estava com os olhos abertos lá no
hospital, mas ainda não falava. Eu percebia tudo o que estava
acontecendo, até mesmo com as pessoas que estavam nas
salas ao lado. Uma percepção aguçada sobre uma questão es-
piritual.
Muitos acham que espiritualidade é algo extremamente
complexo, e a maioria tem bastante medo do assunto, mas
quando entendemos espiritualidade por meio de Cristo todo
esse medo e desconforto sai progressivamente.
Conforme conhecemos da Sua bondade, por meio da
humildade que gera a fé, o medo e o desconforto se transfor-
mam em coragem e descanso. Ficamos fortes como jamais
imaginamos ser possível. Uma força interior realmente divina
que não se compara com o que nenhuma filosofia humana
pode produzir.
Foi o que Jesus viveu após crescer na consciência da
frase mais poderosa que podemos ouvir dos céus.
“Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado,
em quem tenho prazer".
(Mateus 3:17 NVI)
12
Ele foi conduzido ao deserto logo após esse aconteci-
mento e no deserto essa palavra foi arraigada em Seu interior
de tal maneira que Ele saiu de lá com grande poder espiritual.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi-
lho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16 NVI)
13
O amor de Deus nosso Pai, a Sua graça manifesta em
Seus filhos e filhas e a comunhão com esse Espírito por meio
da fé estabelece a dinâmica da relação com o Deus Criador.
Os três fundamentos básicos da mensagem do evangelho que
é o amor, a graça e a fé.
Ninguém é filho sem antes ter um pai. Tudo foi criado a
partir do Seu amor. Deus Pai, gerou quem Ele amou, tudo foi
pensado antes de chegarmos aqui. Foi no sexto dia. Tudo já
estava pronto, o amor dEle já era uma realidade e nós o alvo
da entrega gratuita desse amor para que em comunhão com
esse amor pudéssemos viver a vida que foi preparada para nós
antes mesmo da fundação do mundo.
Jesus disse: “... eu vim para que tenham vida, e a tenham ple-
namente.”
(João 10:10 NVI)
14
Existe um Rei que governa para todo sempre, que é Deus e que
para nossa grande alegria também é o nosso verdadeiro Pai.
15
Totalmente simples, totalmente poderoso e totalmente
transformador. Com essa inteligência você vai conseguir dis-
cernir qualquer pregação e vai entender claramente o que é ser
conduzido pelo Espírito Santo para ter condições de sustentar
a posição de realeza celestial aqui nessa terra com poder e au-
toridade, como filhos do Rei, como Jesus. Um assunto incrível
que abordo em meu outro livro “O Espírito da Realeza”.
16
17
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Espírito do Amor Espírito da Graça Espírito da Fé
Amado Filho Prazer
Ter Ser Fazer
Provisão Entrega Confiança
Humilde Manso Descanso
Reino Justiça Buscar
Poder Autoridade Governo
Privilégio Direito Dever
Natureza Identidade Propósito
Suprimento Dignidade Trabalho
Herança Acesso Administração
Paz Justiça Alegria
Coragem Força Ação
Vinho Pão Comunhão
Caminho Verdade Vida
Adoração Culto Sacrifício
Guardar Cultivar Jardim do Éden
Intencional Racional Emocional
Boa Perfeita Agradável
Motivação Mentalidade Responsabilidade
Atenção Entendimento Experiência
Coração Mente Alma/Corpo
Valores Princípios Crenças
Por quê Como Para quê
18
Parte 1 – a provisão
ESPÍRITO DO AMOR
19
dos seus próprios meios e ainda sustentar tudo o que conquis-
tou pela sua própria força é uma vida um tanto exaustiva, an-
siosa e depressiva.
Não é à toa que Jesus nos convida a aprender com Ele
para que a gente experimente o descanso em nossas almas,
pois o jugo dEle é suave e o Seu fardo é leve.
Ganhar a vida por nossos próprios meios é para quem
quer ter orgulho, esse tipo de amor só vai se tornar realidade
em nossa vida através da humildade porque é gratuito, mas
não gratuito de qualquer jeito, não uma graça banalizada, é do
jeito do Pai. Ele é bom de verdade.
Não existem carência no Seu amor.
20
Capítulo 1.1
TESOURO NOS CÉUS
“Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu filho amado,
em quem tenho prazer".
(Mateus 3:17 NVI)
21
imaginamos. Ele sabe das nossas necessidades mais do que a
gente. As necessidades são reais, a mentira está no fato de que
somos carentes dessa provisão.
É importante entender, Ele tem o Seu próprio jeito de
suprir e quase sempre é diferente daquilo que já aprendemos
sobre como deve ser.
22
na mesma proporção agora. A purificação do nosso coração.
Livre das intenções distorcidas e da proposta enganosa de que
os reinos desse mundo podem substituir esse amor.
Toda intenção distorcida é uma falta de consciência da-
quilo que já temos no amor do Pai. É quando pela consciência
da carência nos movemos nas relações como quem não tem e
que precisa conquistar, geralmente usando outras pessoas
apenas como um meio para isso.
Eu sei que é forte, mas é o assunto da nossa verdadeira
liberdade. O mal está em viver sem o amor do Pai, viver sem
esse tesouro eterno que afeta a parte mais incrível da vida, os
relacionamentos.
É preciso passar tempo com o Pai, todos os dias, para
que Ele nos recompense com essa consciência, pois sem essa
consciência ficamos suscetíveis a qualquer tipo de escravidão.
Vulneráveis às falsas paternidades ainda presentes nesta terra.
23
“O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de
acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. A
nosso Deus e Pai seja a glória para todo o sempre...”
(Filipenses 4:19,20 NVI)
24
“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende
toda a sua vida.”
(Provérbios 4:23 NVI)
25
26
Capítulo 1.2
A FONTE DO ESPÍRITO
27
“Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu
coração".
(Lucas 12:34 NVI)
28
Eu chamo de inteligência intencional, é com essa inte-
ligência que conseguimos discernir o sentido dos nossos pen-
samentos, emoções e ações. Fundamental para a inteligência
espiritual o qual recebemos por meio da palavra de Deus.
29
sejamos transformados em nossa natureza (coração), o vinho
novo que Ele nos dá para beber.
Ele nos ajuda a abandonar os desejos órfãos carentes,
isto é, desejos por independência, autossuficiência e todos os
demais “autos”, para que a gente se submeta ao amor perfeito
do Pai, como filhos(as) amados(as) em que Ele tem prazer.
Sim, o “mindset” é importante, mas o “heartset” precisa
vir primeiro. Precisamos aprender a desejar como Jesus. Viver
com a mesma motivação, ser conduzido pelo mesmo por quê.
O coração define a “fertilidade da nossa terra” algo que
precisamos guardar com a nossa vida. Quando alguma coisa
se torna mais importante que a nossa amizade com o Pai, é
sinal de que deixamos de seguir a Jesus e a nossa vida ganha
um outro rumo, um outro sentido e propósito, que produz
morte (autodestrutivo).
O contrário também é verdadeiro. Quando somos ins-
pirados por Cristo a colocar o nosso coração nesse lugar tudo
ganha vida, a nossa sorte é mudada e um poder incomparável
de transformação é liberado.
O amor do Pai começa a consumir tudo aquilo que não
vem dEle, Ele vai nos revelando o quanto aqueles desejos, pen-
samentos, emoções e ações são nocivos para nós e para o
próximo.
30
Sempre digo aos meus filhos “um pai que ama o filho
ensina o filho, e um filho que ama o pai aprende com o pai”. No
entanto, antes da gente conseguir aprender qualquer coisa
precisamos colocar a nossa atenção em quem está nos ensi-
nando e é a consciência do amor incomparável do Pai que nos
torna humildes, um dos principais efeitos do Espírito do
amor. Quando o Deus verdadeiro reina em nossas vidas.
“Mas Ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura:
"Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos hu-
mildes".”
(Tiago 4:6 NVI)
31
Humildade não é pensar menos em si, nem menos de
si, a humildade na verdade é focar menos a atenção em si, o
que nos possibilita a pensar menos através de si. A gente ape-
nas abandona o orgulho, negando o tipo de divindade que cri-
amos através de nós mesmos, abrindo mão dos falsos tesou-
ros que habitam o nosso coração e nos impedem de perceber-
mos o tesouro incomparável que está disponível para todos
nós.
Esse é o ponto, quem vive com a consciência da plena
provisão na herança do Pai se move num espírito diferente de
quem vive com a consciência da falta em qualquer aspecto da
vida.
Um fluir, um fluxo, um sopro, uma brisa, assim é a atu-
ação do Espírito de Deus em nós.
“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer
de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos
os nascidos do Espírito".
(João 3:8 NVI)
32
Capítulo 1.3
VALOR INCOMPARÁVEL
33
não tem a ver com o que fazemos ou com quem achamos que
somos, mas com quem somos nEle.
É o Pai que estabelece o valor que temos, só Ele pode
definir isso sobre nós porque foi Ele mesmo quem nos criou.
Qualquer valor que a gente dê a nós mesmos, em nosso pró-
prio orgulho, é infinitamente inferior ao valor que Ele dá para
nós.
34
atentamente, até encontrá-la? E quando a encontra, reúne
suas amigas e vizinhas e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encon-
trei minha moeda perdida’.”
(Lucas 15:8,9 NVI)
Foi por isso que Jesus conseguiu nos amar do jeito que
amou. Seu olhar era o mesmo do Pai. Um olhar superior, sim,
muito melhor do que o nosso. Jesus nos enxergava além da-
quilo que se via no aparente. Isso de fato é inspirador, é por
esse meio que o Pai trata o nosso coração. A maneira como
Ele atrai a nossa atenção.
35
“Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim".
(João 12:32 NVI)
36
Sim, nós somos os tesouros do Pai, o Seu coração está
para os Seus filhos. E acredite, Ele realmente nos ama de todo
coração. Se não fosse assim, Jesus teria feito diferente, mas
Ele entregou tudo, revelando para nós quem de fato é o nosso
Pai original.
37
“O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte,
juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: "Venha, faça para nós
deuses que nos conduzam...".
(Êxodo 32:1 NVI)
38
39
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Espírito do Amor Espírito da Graça Espírito da Fé
Amado Filho Prazer
Ter Ser Fazer
Provisão Entrega Confiança
Humilde Manso Descanso
Reino Justiça Buscar
Poder Autoridade Governo
Privilégio Direito Dever
Natureza Identidade Propósito
Suprimento Dignidade Trabalho
Herança Acesso Administração
Paz Justiça Alegria
Coragem Força Ação
Vinho Pão Comunhão
Caminho Verdade Vida
Adoração Culto Sacrifício
Guardar Cultivar Jardim do Éden
Intencional Racional Emocional
Boa Perfeita Agradável
Motivação Mentalidade Responsabilidade
Atenção Entendimento Experiência
Coração Mente Alma/Corpo
Valores Princípios Crenças
Por quê Como Para quê
40
Parte 2 – a entrega
ESPÍRITO DA GRAÇA
41
“Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de
Deus e dos homens.”
(Lucas 2:52 NVI)
42
Capítulo 2.1
A LINGUAGEM ETERNA
DO AMOR
43
Mas Jesus não, Ele passava tempo suficiente com o Pai
para estar consciente da dimensão do Seu amor e uma vez
consciente dessa total provisão, Jesus podia, com a linguagem
da graça, repartir daquilo que já tinha diante dos homens e
ajuda-los a entender que isso também estava disponível para
eles por meio do Espírito que eles ainda haviam de receber.
44
O amor de Deus não é algo que a gente se sacrifica para
receber, é Ele quem se sacrifica para nos dar. A gente só pre-
cisa negar o nosso orgulho e podemos achar que isso é difícil,
mas só porque ainda achamos que ele tem valor.
45
“Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem an-
jos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quais-
quer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer
outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de
Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
(Romanos 8:38,39 NVI)
46
“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por
causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como
perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento
de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi
todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder
ganhar a Cristo.”
(Filipenses 3:7,8 NVI)
Isso mesmo, a graça que Jesus foi enviado para nos dar
é antes de tudo o Espírito. Foi por abrir mão de ser filho de
Deus que Adão perdeu o Espírito. O amor do Pai nunca foi per-
dido, sempre esteve no mesmo lugar, é uma realidade eterna,
mas o entendimento e a comunhão com esse amor se foi
quando o orgulho dominou o coração do homem, dando valor
demais a si mesmo, às suas próprias ideias.
É por causa do orgulho, quando pensamos em querer
conquistar tudo por meio do nosso próprio esforço, que as
nossas emoções ficam fora de controle e assim perdemos a
sensibilidade em discernir as intenções do nosso coração. A
agitação faz com que toda a inteligência espiritual fique com-
prometida, pois assim como aquilo que se vê existe por aquilo
que não se vê, aquilo que se sente existe por aquilo que não
se sente.
47
Com esse espírito de agitação entramos em resistência
contra o Pai sem mesmo perceber. A rebeldia. Quando somos
enfeitiçados pelas nossas próprias emoções. Buscando inten-
samente a ilusão da independência, mas que na realidade pro-
duz uma vida totalmente dependente, só que agora de outras
coisas, coisas que não nos amam.
48
Capítulo 2.2
ALIANÇA DO ESPÍRITO
49
Todos somos filhos por origem. Os filhos perdidos, que
ainda não se reconciliaram estão como mortos, pois, volunta-
riamente abdicaram dos seus direitos de serem chamados fi-
lhos, abdicaram da sua identidade original de realeza, para vi-
ver conforme a sua própria perspectiva e vontade.
Mas todos aqueles que se fazem humilde novamente
em seu coração, todos os que se arrependeram dessa abdica-
ção são os que retornaram para casa, ressuscitando com
Cristo.
“Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava per-
dido e foi achado’. E começaram a festejar.”
(Lucas 15:24 NVI)
50
Muita gente acha que merece alguma coisa diante dos
homens e de Deus por aquilo que eles fazem, ou por quem eles
acham que são. Esse é um tremendo engano. Altamente no-
civo para a própria pessoa e para a humanidade. Esse senso
de direito orgulhoso faz a pessoa se colocar numa posição de
altivez, além de despejar a sua própria ira, de acordo com a
sua própria justiça, sobre aqueles que interferem nas suas von-
tades.
51
todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.”
(Tiago 1:4,5 NVI)
52
Se não for para multiplicar o que já foi dado, utilizando
o que recebeu para o bem de todos, não faz sentido ter mais
recursos nas mãos. Vai fazer mal.
53
Filhos tem fome de conteúdo e sede de significado. Je-
sus fez justiça repartindo conosco gratuitamente o que Ele ou-
viu e viu o Pai fazer, esse é o pão. O vinho é o significado, a
mensagem por detrás, que traz o verdadeiro sentido do que Ele
disse e fez.
54
Capítulo 2.3
QUANDO A GRAÇA SE TORNA
UM ÍDOLO
55
pelos quais conquistamos aquilo que necessitamos dizendo no
final que foi Deus que deu, sendo que não foi.
É nessa linha de pensamento, sem discernir com cla-
reza as intenções que nos movem que muita coisa ruim tem
acontecido na Igreja.
Como disse mais acima, o favor do Pai não é entregue
de qualquer jeito. Vem através do relacionamento entre o Pai e
o(a) filho(a). Graça sem humildade se torna objeto de idolatria.
É colocar um conceito distorcido sobre graça acima do próprio
Deus.
A humildade nos permite estar atento ao Pai para
aprender o como Ele faz as coisas acontecerem. Como Ele en-
trega em nossas mãos aquilo que já é nosso, é o que nos ajuda
a dizer “não” às propostas tentadoras de “transformar pedras
em pães”. Filhos, se alimentam constantemente das palavras
do Pai, eles estão sempre buscando entender a direção dEle
para saber a verdade sobre os Seus meios. Quanto mais en-
tendemos com clareza, mais autoridade temos.
Esse é um ponto fundamental que afeta a maneira
como nos movimentamos. Sem esse discernimento iremos re-
plicar a maneira como os homens suprem as suas próprias ne-
cessidades na Terra.
56
O poder que vem do amor do Pai se aperfeiçoa na
nossa fraqueza, ou seja, pelo reconhecimento de que a nossa
própria sabedoria é fraca abre-se espaço para a sabedoria di-
vina, que nos dá a força necessária para enfrentar as adversi-
dades que a vida nos apresenta.
57
Não há espaço para culpa na Nova Aliança, não deve-
mos carregar qualquer expectativa de punição. Deus, como
Pai, não está preocupado com culpa. O Pai só se preocupa
com uma coisa, Ele pergunta: - Filho, você quer aprender?
Para um pai é justo o perdão porque seu objetivo é en-
sinar o filho, ou seja, o que justifica um pai perdoar é o seu
amor pelo Seu filho, mas para um juiz é justo a punição porque
seu objetivo é cumprir a lei. São dinâmicas de relação bem di-
ferentes.
Se estamos dispostos a aprender, isso é tudo o que o
Pai precisa porque dessa forma a gente consegue ver o Seu
Reino para que com o passo de fé a gente entre nessa nova
realidade de vida. O assunto da última parte deste livro.
A Lei é distante, ela possui as instruções, mas ela não
nos ajuda a cumpri-La. Foi o que o povo de Israel escolheu,
Deus queria ser Pai para o povo como era para Moisés, mas o
povo teve medo de se aproximar. Teve medo de deixar o Pai
falar dos assuntos do coração que é a fonte do espírito e a raiz
do conhecimento do bem e do mal.
Mesmo assim não teve jeito, mais tarde Ele enviou Je-
sus para tratar a questão e como já se esperava, Ele foi cruci-
ficado por isso. O único jeito de salvar os Seus filhos perdidos.
Se o povo não quis se aproximar, o próprio Deus se aproximou
para ajudar, e dessa vez Ele foi radical na aproximação.
Veio em forma humana revelar a todos nós o quão in-
crível é viver uma vida em comunhão com Ele para que aqueles
que estivessem abertos para ver e ouvir fossem encorajados e
58
fortalecidos para enfrentar o processo de redenção. A reconci-
liação e a restauração de um relacionamento perdido.
Cristo é suficiente para nós. Precisamos nos abrir intei-
ramente para o que Ele repartiu conosco. Ele nos inspira com
o amor incomparável do Pai, nos faz pensar como filhos e nos
revela qual tipo de experiência de vida podemos ter com esse
Espírito. Jesus confiou no Pai até o fim e não foi envergonhado.
Cristo reina e nós podemos reinar juntamente com Ele.
59
“Digo, porém, que, enquanto o herdeiro é menor de idade, em
nada difere de um escravo, embora seja dono de tudo.”
(Gálatas 4:1 NVI)
60
61
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Espírito do Amor Espírito da Graça Espírito da Fé
Amado Filho Prazer
Ter Ser Fazer
Provisão Entrega Confiança
Humilde Manso Descanso
Reino Justiça Buscar
Poder Autoridade Governo
Privilégio Direito Dever
Natureza Identidade Propósito
Suprimento Dignidade Trabalho
Herança Acesso Administração
Paz Justiça Alegria
Coragem Força Ação
Vinho Pão Comunhão
Caminho Verdade Vida
Adoração Culto Sacrifício
Guardar Cultivar Jardim do Éden
Intencional Racional Emocional
Boa Perfeita Agradável
Motivação Mentalidade Responsabilidade
Atenção Entendimento Experiência
Coração Mente Alma/Corpo
Valores Princípios Crenças
Por quê Como Para quê
62
Parte 3 – a confiança
ESPÍRITO DA FÉ
63
por meio da experiência com a Sua bondade. A forma do Pai
de gerar o arrependimento em Seus filhos.
64
Capítulo 3.1
O CAMINHO DA CONFIANÇA
65
nEle. Uma confiança firme em Alguém. Alguém que a gente
pode se entregar completamente.
Ele de fato nos ama de todo coração e só Ele pode nos
proporcionar uma experiência tão boa, mas tão boa, que a
gente vai conseguir fazer tudo aquilo que Ele nos orientar.
Existe uma recompensa para nós. Suas promessas são
reais, Ele realmente entrega o que promete.
66
“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das
coisas que não vemos.”
(Hebreus 11:1 NVI)
67
O verdadeiro monte que precisamos lançar ao mar são
os falsos deuses, a nossa própria justiça, o nosso próprio or-
gulho que vem de desejos e pensamentos enganosos da ve-
lha criatura adâmica.
68
Veja, isso que vou compartilhar é muito forte, mas é
muito importante para o entendimento. Buscar a nossa própria
glória está diretamente ligado ao conceito da competição. Sa-
tanás foi o primeiro competidor da história. Foi quando ele
acreditou que poderia ser melhor que o próprio Criador que se
iniciou uma rebelião no Céu. Quando um terço dos anjos acre-
ditaram que poderiam ser bons por conta própria, mas como
só existe Um que é bom e verdadeiro, Ele nunca perde um de-
safio. Ele é vitorioso para sempre, Jesus venceu e nós pode-
mos vencer com Ele.
Podemos ter dúvidas de como o Seu amor se manifesta
em nossa vida, mas nunca devemos cair na tentação de duvi-
dar como quem tenta colocar Deus à prova “se jogando pro-
positalmente do alto do templo” como numa espécie de desa-
fio.
É totalmente possível que o Espírito de Cristo habite em
nós, não caia no engano de que é soberba da nossa parte fazer
as mesmas obras que Deus faz, esse é o espírito anticristo. Se
é Ele quem nos ensina, se é o Espírito dEle que está traba-
lhando em nós então é totalmente possível que a gente faça as
mesmas obras que Cristo fez. Arrogância é pensar o contrário
disso.
69
Nosso corpo é obra do próprio Deus, é uma obra divina.
Perfeição não é sobre aceitação. Se somos ensinados por
Aquele que é perfeito então naturalmente seremos como Ele é.
Algo que não trás mais peso, ao contrário, nos trás mais leveza
porque é Ele que sustenta aquilo que Ele produz em nós. Não
precisamos ficar provando nada para ninguém, de que somos
melhores. É Ele que é bom.
Dessa forma podemos entender que errar não é hu-
mano, mas rebeldia ou imaturidade diante do nosso perfeito e
verdadeiro Pai. Nada é impossível para o Seu perfeito Espírito.
Ele pode todas as coisas em Seu processo de ensino.
70
Por exemplo, quando uma pessoa acha que aquilo que
ela tem em mãos é tudo o que ela possui é sinal de que sua
mente está pobre, ainda que tenha milhões ou bilhões na sua
conta bancária. Ela está muito distante da sua realidade origi-
nal como filho(a) herdeiro(a) de Deus, o verdadeiro dono do
Universo.
71
Ele vive pela fé no amor e na graça do Pai. Entendendo que Ele
entrega em nossas mãos no momento certo, na quantidade
certa e com o propósito certo. Além daquilo que pedimos ou
pensamos.
72
Capítulo 3.2
SUCESSO E PROSPERIDADE
73
Foi quando eu percebi a presença do Pai no meu carro
de uma maneira muito clara. Era como se Ele tivesse me mos-
trado a recompensa de seguir o caminho de propagar a Sua
palavra. Eu comecei a chorar intensamente de alegria.
Quando cheguei em casa a minha esposa levou um
susto e eu contei para ela o que eu havia visto. Ela chorou junto
comigo sentada no chão da sala e nesse momento exclui tudo
o que tinha feito no projeto anterior.
Foi logo depois desse dia que criei o blog “Amor Incom-
parável”. Um momento muito especial da minha vida. A partir
dessa decisão eu comecei a me envolver com a mensagem do
evangelho de uma maneira muito mais profunda.
Passei a ouvir, refletir e praticar a mensagem como
nunca antes. Uma nova proposta de sucesso estava diante de
mim e só mais tarde comecei a entender isso com mais clareza.
74
como filhos maduros diante dEle. É com isso que um pai está
envolvido o tempo todo.
A missão de Deus Pai para conosco é nos formar um
filho maduro como Jesus. Ele não está envolvido com outra
coisa. Quando dizemos que o nosso alvo deve ser Cristo esta-
mos dizendo que o nosso sucesso é ser como Ele é. Ter os
mesmos desejos, pensamentos, emoções e ações. Ser cheio
do mesmo Espírito.
Quanto mais a gente se torna um filho maduro, maior é
a experiência de vida com o Deus Criador e consequentemente
maior o prazer na comunhão.
É aqui que está o verdadeiro propósito de todo ser hu-
mano. Ser a expressão do Pai na Terra. É tudo sobre alguém
que estamos representando, sobre uma imagem que estamos
refletindo, sobre um Deus que estamos adorando, sobre um
governo que estamos expandindo, uma herança que estamos
administrando. Essa é a glória de um Pai.
75
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem da-
queles que o amam, dos que foram chamados de acordo com
o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos ir-
mãos.”
(Romanos 8:28,29 NVI)
76
“Respondeu o Senhor: "Marta! Marta! Você está preocupada e
inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária.
Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada".”
(Lucas 10:41,42 NVI)
77
Brilhar a glória do amor incomparável do nosso Pai.
Esse deve ser o nosso único objetivo de vida, em tudo o que a
gente fizer. Todo e qualquer tipo de trabalho, seja no lar, seja
na profissão, seja o que for. Cada energia envolvida. Se torna
mais viva quando fazemos com essa única intenção e com
esse único propósito.
78
Esse é o conceito de grandeza aos olhos do Pai. Acha-
mos que grandeza está ligado antes de tudo à uma questão de
números de seguidores, margem de lucro, faturamento, patri-
mônio, mas não. Grandeza está ligado ao quanto refletimos o
Pai, na Sua maneira de valorizar, pensar e se relacionar uns
com os outros. Sem isso qualquer tipo de métrica é insusten-
tável e não subsistirá.
Não tem a ver com ser uma pessoa de um assunto só,
mas uma pessoa de um Deus só. É o prazer de um filho que
vive todos os assuntos e momentos da vida por meio daquilo
que aprendeu com Aquele que o ensinou. Pela perspectiva do
Seu olhar.
79
A provação não é uma questão de aceitação, a prova-
ção é uma questão de formação, a didática do próprio Deus
para nos ajudar a mostrar aonde nós estamos no processo
para que a gente possa entender em qual aspecto precisamos
avançar, e assim pedir por mais sabedoria.
80
É por meio da maturidade que o Pai nos dá que nós
podemos nos posicionar como realeza nessa Terra e cumprir a
nossa vocação original de ter domínio sobre tudo aquilo que
Ele nos confia (como reis) e do jeito dEle (como sacerdotes).
"Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é
digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a
mim não é digno de mim;”
(Mateus 10:37 NVI)
81
"E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai,
mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem ve-
zes mais e herdarão a vida eterna. Contudo, muitos primeiros
serão últimos, e muitos últimos serão primeiros."
(Mateus 19:29-30 NVI)
82
Capítulo 3.3
VIDA PLENA
83
Agora entendo que a única maneira de viver uma segu-
rança e prosperidade que dura para sempre é guardando e cul-
tivando a minha amizade com Deus Pai, vivendo na prática a
Sua vontade.
Então, se Ele quiser que eu trabalhe em qualquer um
desses formatos já não importa mais, se for a vontade dEle, Ele
cumprirá as Suas promessas em qualquer lugar e eu descanso
desde já na confiança de que a vontade dEle é boa, perfeita e
agradável e de que o Seu amor é pleno e dura para sempre.
É nesse lugar, nessa maneira de ver a vida que aden-
tramos à eternidade como também a plenitude de vida que
Cristo foi enviado para nos dar.
Jesus disse: “... eu vim para que tenham vida, e a tenham ple-
namente.”
(João 10:10 NVI)
Jesus nos dá a opção que o mundo não nos dá. Ele fez
isso, se entregou de maneira única por causa do amor incom-
parável do Pai por nós. Jesus revela o Pai, quando olhamos
para Jesus, sabemos quem o Pai é. Só assim conseguimos ter
acesso à Ele para entender qual tipo de vida podemos viver
desde já. Os elementos são os mesmos, mas a ordem, a ma-
neira de se relacionar é que muda.
Todos precisamos fazer terapia. O Espírito Santo, mi-
nistrando em nosso coração e nossa mente, tem um poder te-
rapêutico inigualável que pode até ser iniciado ou acompa-
nhado com a ajuda de alguns irmãos, mas é somente sozinho
84
com o Pai, todos os dias, sem qualquer tipo de distração, que
um verdadeiro detox espiritual acontece em nossas vidas.
Tudo já está disponível. O Pai faz tudo o que Ele tem
para fazer para nos mostrar o caminho. O Seu amor está nos
atraindo o tempo todo, de várias formas, é como a força gravi-
tacional da Terra. Está sempre presente, nos atraindo constan-
temente para perto dEle. Nós é que aprendemos a fazer uma
força contrária à esse amor, a vida só é pesada para algumas
pessoas porque elas resistem ao amor incomparável do Pai,
mas quando a gente se deixa ser influenciado, se deixa ser
atraído por esse amor a gente de fato começa a experimentar
um descanso, porque de fato a gente não precisa fazer força
para estar em terra firme, a gente só precisa fazer força para
sair da terra. Precisamos construir um foguete para enfrentar a
força gravitacional que nos mantém por perto, conectados.
Muita gente tem feito muita força para sair de perto
desse amor, para ir cada vez mais longe do Seu cuidado,
aonde tem pouco oxigênio. Isso acontece até o momento que
se rompe a atmosfera do amor do Pai e as pessoas de fato
morrem, perecem e perecem para sempre.
Eu não creio num inferno eterno, creio num perecimento
eterno, pois tudo o que perece deixa de existir e ninguém ja-
mais se lembrará daquilo que não precisa ser lembrado, aquilo
que se revelou não ser bom para todos nós.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi-
lho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 NVI)
85
A vida eterna é uma vida que a gente aprende a viver.
O culto ao Deus Criador é eterno. É sobre cultivar uma relação
de amizade. Não é um culto que termina, mas que permanece
para sempre ampliando cada vez mais a nossa experiência
conforme avançamos em confiança, conforme somos enchi-
dos pelo Espírito da fé.
86
com que elas interpretem como mal aquilo que verdadeira-
mente é bom aos olhos do Pai. Isso produz nelas toda espécie
de raiva e punição contra aqueles que vivem a vontade do Pai.
O juízo dos próprios homens que estão impedidos de compre-
ender as boas novas por causa das suas próprias distrações e
orgulho.
87
Ser guiado pelo Espírito Santo é responder todas as
questões da vida considerando a plena provisão do amor do
Pai (amor), sem qualquer tipo de barganha na forma de se re-
lacionar com Ele e com o próximo (graça), ao mesmo tempo
que o nosso prazer está nessa comunhão (fé).
Uma vez que vivemos por meio desse Espírito desfru-
tamos de uma colheita realmente abundante e a alegria do Se-
nhor se torna uma realidade em nossas vidas, pois é nesse lu-
gar de comunhão onde está o pleno prazer do Pai. Ele não tem
prazer em nada sem a presença dos Seus filhos.
88
É a comunhão da família que vem antes de tudo isso, pois é
nisso que está a vida.
Tudo o que o Pai coloca em nossas mãos não é só para
nós, é para que a gente reparta uns com os outros. Ficamos
alegres quando recebemos dEle, mas a alegria se completa
quando repartimos aquilo que Ele confiou a nós, com o mesmo
discernimento, quando vemos os nossos irmãos usufruindo
das mesmas coisas.
89
em comunhão com o mesmo Espírito. Esse precisa ser o alvo
da nossa recompensa porque esse é o alvo da recompensa do
nosso Pai para conosco.
90
“Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que
conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida
eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.”
(João 17:2,3 NVI)
91
o próprio Universo, de fato já pode se sentir rico de uma ma-
neira que nem consegue mensurar.
Deixei esse livro pequeno de propósito. Leia, reflita e
coloque em prática essa inteligência espiritual para que por
meio dessa mensagem, que é o evangelho de Cristo, você seja
iluminado com relação àquilo que está disponível para você
neste exato momento.
Como filhos amados do Criador, fazemos parte de uma
realeza que vai além do Universo. O Pai confiou essa Terra a
nós. Quem está envolvido com o Seu governo aqui nessa Terra,
cuidando daquilo que Ele confiou a cada um, com o Seu Espí-
rito, certamente será colocado sobre algo muito maior e que
de fato já nos pertence.
92
93
SOBRE O AUTOR
Site – www.amorincomparavel.com.br
E-mail – guilhermesiqueiracontato@gmail.com
Instagram – guilhermesiqueirarj
94
TREINAMENTO
www.amorincomparavel.com.br
95
CONTRIBUIÇÃO
www.amorincomparavel.com.br/contribuicao
Até breve!
Guilherme Siqueira
96