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Amor Incomparável

Copyright 2022
Categoria: Vida Cristã

Primeira edição – 2022

AUTOR: Guilherme Siqueira


SITE: www.guilhermesiqueira.com.br
EMAIL: guilhermesiqueiracontato@gmail.com
INSTAGRAM: @guilhermesiqueirarj

PROJETO GRÁFICO E EDITORIAL: Guilherme Siqueira


AGRADECIMENTOS

Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, por me criar e


salvar.
À minha esposa, Suellen, e a meus filhos, Bernardo e
Theo, que enfrentam junto comigo todo o processo de
aprendizado diante do Pai.
Aos meus pais, Edson e Leila, por meio de quem che-
guei a este mundo e aprendi a ter zelo pela palavra do Cri-
ador.
A todos os envolvidos na experiência incrível que vivi
com o Pai quando Ele compartilhou comigo sobre essa in-
teligência e me mostrou o quão profundo são os entendi-
mentos registados neste livro.
Ao meu irmão e amigo Maurício Fragale fundador do
ministério Nova Igreja que teve um papel importante no meu
amadurecimento junto ao Pai, repartindo entendimentos
preciosos sobre o amor, a graça e a fé, que certamente con-
tribuíram com o conteúdo desta obra.
E também a todas as pessoas que, por amor, estão
investindo neste trabalho, para que outras pessoas tenham
acesso a esse Espírito que tem o poder de transformar com-
pletamente as nossas vidas.
PREFÁCIO

Lembro-me como se fosse hoje o dia em que eu e o


Guilherme estávamos conversando na Nova Igreja. Naquele
dia eu percebi que ele estava mergulhando de cabeça numa
busca por algo mais profundo. Sua fome e sede pelo sobre-
natural eram evidentes. No dia seguinte, recebi uma ligação
dizendo que ele estava no hospital, então fui visitá-lo. Este
é o dia que ele relata neste livro, no qual ele teve uma expe-
riência transformadora de encontro com Jesus. Não tenho
condições de saber exatamente o que houve no seu interior
naquele dia, porém posso dizer que a sua fome e sede pelo
que o nosso Deus e Pai tem a nos oferecer continuam insa-
ciáveis. E também insaciável é a vontade do Guilherme em
compartilhar aquilo que recebeu com o máximo de pessoas
possível.
Neste livro, recheado de versículos bíblicos, você vai
percorrer a progressão de valores que Deus planejou para
nós. Talvez você se encontre dizendo: "Será que isso é tudo
que a vida tem para me oferecer?" e talvez você esteja certo.
O que a vida consegue te oferecer é muito pouco. Porém
nosso Pai tem mais, muito mais, planejado para você. E aqui,
você vai descobrir alguns dos tesouros que o Pai separou
para nós e o caminho para acessar esta herança, que é fruto
do amor incomparável dEle por nós.

Mauricinho Fragale
SUMÁRIO

11. Introdução – Inteligência Espiritual

19. Parte 1 – Espírito do Amor, a Provisão

21. Capítulo 1.1 - Tesouro nos Céus


27. Capítulo 1.2 - A fonte do Espírito
35. Capítulo 1.3 - Valor Incomparável

43. Parte 2 – Espírito da Graça, a Entrega

45. Capítulo 2.1 - A Linguagem Eterna do Amor


53. Capítulo 2.2 - Aliança do Espírito
61. Capítulo 2.3 - Quando a Graça se Torna um Ídolo

69. Parte 3 – Espírito da Fé, a Confiança

71. Capítulo 3.1 - O Caminho da Confiança


81. Capítulo 3.2 - Sucesso e Prosperidade
93. Capítulo 3.3 - Vida Plena
Introdução
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

Foi em 2015, o Pai estava me revelando algo tão


intenso que eu ainda não sabia explicar o que era exata-
mente, mas sabia que eram três fundamentos básicos e
que estes três fundamentos estavam presentes na espiri-
tualidade de todo ser humano.
Uma ideia bem ousada, mas eu sabia que não vi-
nha de mim mesmo. Foi uma experiência tão forte que me
fez ficar paralisado dentro do carro no meio de uma das
avenidas mais movimentadas do Rio de Janeiro, a Ave-
nida das Américas, na Barra da Tijuca. O sinal fechou e
eu fiquei lá, parado, de olho fechado, segurando o vo-
lante, mas que em pouco tempo uma pessoa conhecida
me reconheceu e cuidou de mim enquanto vivia aquela

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experiência profunda com o Pai. O Pai sempre me lem-
brava – Eu Sou bom – estou cuidando de você, não tenha
medo.
Fui levado para o hospital sem ter sintoma algum,
apenas porque não sabiam o que fazer comigo naquela
situação. Todas as pessoas que estavam por perto esta-
vam com dificuldades em algum destes três fundamentos
espirituais elementares e eu conseguia perceber a dor de
cada uma delas, de qual dos três pontos ela não fluía
muito bem.
Foi muito forte, eu já estava com os olhos abertos
lá no hospital, mas ainda não falava. Eu percebia tudo o
que estava acontecendo, até mesmo com as pessoas que
estavam nas salas ao lado. Uma percepção aguçada so-
bre uma questão espiritual.
Muitos acham que espiritualidade é algo extrema-
mente complexo, e a maioria tem bastante medo do as-
sunto, mas quando entendemos espiritualidade por meio
de Cristo todo esse medo e desconforto sai progressiva-
mente.
Conforme conhecemos da Sua bondade, por meio
da humildade que gera a fé, o medo e o desconforto se
transformam em coragem e descanso. Ficamos fortes
como jamais imaginamos ser possível. Uma força interior

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realmente divina que não se compara com o que ne-
nhuma filosofia humana pode produzir.
Foi o que Jesus viveu após crescer na consciência
da frase mais poderosa que podemos ouvir dos céus.

“Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho


amado, em quem tenho prazer".
(Mateus 3:17 NVI)

Ele foi conduzido ao deserto logo após esse acon-


tecimento e no deserto essa palavra foi arraigada em Seu
interior de tal maneira que Ele saiu de lá com grande po-
der espiritual.

“Tendo terminado todas essas tentações, o diabo o dei-


xou até ocasião oportuna. Jesus voltou para a Galiléia no
poder do Espírito, e por toda aquela região se espalhou a
sua fama.”
(Lucas 4:13,14 NVI)

A inteligência espiritual é a inteligência mais pode-


rosa de todas elas, ela sobrepõe todas as demais inteli-
gências (intencional, racional e emocional). A única capaz
de nos conectar ao eterno, imutável e incomparável amor

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de Deus Pai. Sim, tenho a ousadia de dizer que a inteli-
gência espiritual que Cristo nos dá resolve não só a nossa
vida, mas a humanidade, pois a raiz do problema de todo
ser humano está ligado à uma questão espiritual.
A falta de consciência desse amor perfeito, a falta
de entendimento da linguagem desse amor e a falta de
confiança nesse amor é o que leva todo ser humano a vi-
ver uma vida autodestrutiva, isto é, uma vida inferior ao
que fomos criados para viver. Uma vida perecível.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o


seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16 NVI)

O amor de Deus nosso Pai, a Sua graça manifesta


em Seus filhos e filhas e a comunhão com esse Espírito
por meio da fé estabelece a dinâmica da relação com o
Deus Criador. Os três fundamentos básicos da mensa-
gem do evangelho que é o amor, a graça e a fé.
Ninguém é filho sem antes ter um pai. Tudo foi cri-
ado a partir do Seu amor. Deus Pai, gerou quem Ele
amou, tudo foi pensado antes de chegarmos aqui. Foi no
sexto dia. Tudo já estava pronto, o amor dEle já era uma
realidade e nós o alvo da entrega gratuita desse amor

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para que em comunhão com esse amor pudéssemos vi-
ver a vida que foi preparada para nós antes mesmo da
fundação do mundo.

Jesus disse: “... eu vim para que tenham vida, e a tenham


plenamente.”
(João 10:10 NVI)

Se é verdade? Sim, é o Espírito da verdade que nos


diz a verdade.

“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai


vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que pro-
cede do Pai, testificará de mim.”
(João 15:26 NVI)

É esse Espírito que nos consola diante das “relati-


vas verdades” humanas. Existe um amor eterno, pleno e
imutável. Existe um Rei que governa para todo sempre,
que é Deus e que para nossa grande alegria também é o
nosso verdadeiro Pai.

“Pois vocês não receberam um espírito que os escravize


para novamente temer, mas receberam o Espírito que os
adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba,

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Pai". O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que
somos filhos de Deus.”
(Romanos 8:15,16 NVI)

São necessários três pontos básicos para um per-


feito equilíbrio. O plano perfeito. É desse lugar que vem o
equilíbrio emocional que todos tanto desejam. Um aviva-
mento que flui pela mansidão e pela humildade represen-
tado de forma magnífica pela pomba que repousa sobre
Jesus.

“Naquela ocasião Jesus disse: "Eu te louvo, Pai, Senhor


dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos
sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai,
pois assim foi do teu agrado. "Todas as coisas me foram
entregues por meu Pai. Ninguém conhece o Filho a não
ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e
aqueles a quem o Filho o quiser revelar. "Venham a mim,
todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu
lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e
aprendam de mim, pois sou manso e humilde de cora-
ção, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
(Mateus 11:25-30 NVI)

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Totalmente simples, totalmente poderoso e total-
mente transformador. Com essa inteligência você vai con-
seguir discernir qualquer pregação e vai entender clara-
mente o que é ser conduzido pelo Espírito Santo para ter
condições de sustentar a posição de realeza celestial aqui
nessa terra com poder e autoridade, como filhos do Rei,
como Jesus.

“porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus


são filhos de Deus.”
(Romanos 8:14 NVI)

Tudo se conecta à um destes três pontos, quando


respondemos à todas as questões da vida considerando
estes três pontos ao mesmo tempo estamos alinhados à
vontade do Pai. É também por meio destes três funda-
mentos que é gerado o fruto do Espírito. Cristo em nós é
a única esperança para a humanidade.
Coloquei em negrito as palavras dessa relação
que você vai ver na página seguinte para que você en-
tenda como tudo se conecta...

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INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Espírito do Amor Espírito da Graça Espírito da Fé
Amado Filho Prazer
Ter Ser Fazer
Provisão Entrega Confiança
Manso/Humilde Aprender Descanso
Reino Justiça Buscar
Coração Mente Alma/Corpo
Valores Princípios Crenças
Natureza Identidade Propósito
Atenção Entendimento Experiência
Adoração Culto Sacrifício
Intencional Racional Emocional
Porque Como Para Quê
Motivação Mentalidade Responsabilidade
Caminho Verdade Vida
Vinho Pão Comunhão
Guardar Cultivar Éden
Paz Justiça Alegria
Coragem Força Ação
Herança Acesso Administração
Suprimento Dignidade Trabalho
Privilégio Direito Dever
Poder Autoridade Governo
Boa Perfeita Agradável

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Parte 1 – a provisão
ESPÍRITO DO AMOR

Muitos de nós já ouvimos falar que a ordem da vida


consiste em primeiro “ser”, para depois “fazer” e então
“ter”. Foi assim que eu aprendi inicialmente, por meio de
livros cheios de filosofia humana. Foi só quando tive a re-
velação desse versículo que tudo começou a ganhar um
novo sentido.

“Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da


sabedoria e do conhecimento.”
(Colossenses 2:3 NVI)

De fato, pensar em “ser” sem “ter” um pai amoroso


antes, é uma filosofia de vida completamente órfã e ca-

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rente. Viver como quem não tem nada, que precisa con-
quistar tudo através dos seus próprios meios e ainda sus-
tentar tudo o que “conquistou” pela sua própria força é
uma vida um tanto exaustiva, ansiosa e depressiva.
Não é à toa que Jesus nos convida a aprender com
Ele para que a gente experimente o descanso em nossas
almas, pois o jugo dEle é suave e o Seu fardo é leve.
Ganhar a vida por nossos próprios meios é para
quem quer ter orgulho, esse tipo de amor só vai se tornar
realidade em nossa vida através da humildade porque é
gratuito, mas não gratuito de qualquer jeito, não uma
graça banalizada, é do jeito do Pai. Ele é bom de verdade.
Não existem carência no Seu amor.

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Capítulo 1.1
TESOURO NOS CÉUS

“Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu filho


amado, em quem tenho prazer".
(Mateus 3:17 NVI)

A língua portuguesa inverte a ordem, mas tudo co-


meça no amor do Pai. O tesouro nos céus.
Eu sempre falo que essa é a frase mais valiosa do
Universo – não existe carências no amor de Deus Pai – o
amor dEle é pleno, não há falta de nada, Ele está atento a
tudo, somos providos em todos os aspectos da vida. É
nesse ponto, nessa consciência, que começamos o pro-
cesso de alinhamento com a eternidade. Um tesouro que
a traça e a ferrugem não destroem e onde os ladrões não
arrombam e nem furtam.

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Sempre ouvimos que cada um dá o que tem, pois
é, o Pai tem tudo. Ele conhece o ser humano muito mais
do que imaginamos. Ele sabe das nossas necessidades
mais do que a gente. As necessidades são reais, a mentira
está no fato de que somos carentes dessa provisão.
É importante entender, Ele tem o Seu próprio jeito
de suprir e quase sempre é diferente daquilo que já apren-
demos sobre como deve ser.

“Não busquem ansiosamente o que hão de comer ou be-


ber; não se preocupem com isso. Pois o mundo pagão é
que corre atrás dessas coisas; mas o Pai sabe que
vocês precisam delas.”
(Lucas 12:29,30 NVI)

Quando buscamos antes de tudo entender e viver


a Sua vontade tudo muda e a provisão flui naturalmente.

“Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes


serão acrescentadas.”
(Lucas 12:31 NVI)

Um Reino, uma realidade, uma maneira de viver.


Presente aqui e agora. Enxergar sob uma perspectiva to-
talmente diferente nos leva a entender que o Reino de

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Deus não vem de maneira aparente primeiro, mas é um
Reino que começa a ser gerado antes de tudo em nosso
interior quando nos abrimos para receber o Seu amor in-
comparável.
É somente quando percebemos o quanto Ele nos
ama agora, que temos condições de amá-Lo de volta com
um amor na mesma proporção. A purificação do nosso
coração. Livre das intenções distorcidas e da proposta
enganosa de que os reinos desse mundo podem substi-
tuir esse amor, da mesma forma que Jesus foi tentado.
Toda intenção distorcida é uma falta de consciên-
cia daquilo que já temos no amor do Pai. É quando pela
consciência da carência nos movemos nas relações
como quem não tem e que precisa conquistar, geralmente
usando outras pessoas apenas como um meio para isso.
Eu sei que é forte, mas é o assunto da nossa ver-
dadeira liberdade. O mal está em viver sem o amor do Pai,
viver sem esse tesouro eterno que afeta a parte mais in-
crível da vida, os relacionamentos.
É preciso passar tempo com Ele, todos os dias,
para que o Pai nos recompense com essa consciência,
pois sem essa consciência ficamos suscetíveis a qualquer
tipo de escravidão. Vulneráveis às falsas paternidades
ainda presentes nesta terra.

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“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dEle se
aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa
aqueles que o buscam.”
(Hebreus 11:6 NVI)

Não precisamos ver em nossas mãos para crer que


já temos. Tudo já é nosso. O nosso Pai é o dono de todo
o Universo e Ele diz aos Seus filhos – tudo o que é Meu é
teu – nada nos falta, em todos os aspectos. Esse é o po-
der contido no Espírito Santo. O poder de quem é verda-
deiramente provido de tudo. Esse poder vem do amor do
Pai, o Todo-Poderoso.

“O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês,


de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo
Jesus. A nosso Deus e Pai seja a glória
para todo o sempre...”
(Filipenses 4:19,20 NVI)

Riqueza é espiritual. Cristo em nós é o Espírito que


nos faz perceber valor com os olhos do Pai. Os valores
eternos, algo que realmente produz vida em nós. O ho-
mem sem esse espírito não consegue ver.

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“Os fariseus, que amavam o dinheiro, ouviam tudo isso e
zombavam de Jesus. Ele lhes disse: "Vocês são os que
se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas
Deus conhece os corações de vocês. Aquilo que tem
muito valor entre os homens é detestável
aos olhos de Deus".”
(Lucas 16:14,15 NVI)

Sim, o nosso Pai vê valor de uma maneira muito


diferente da forma como os filhos que ainda estão mortos
(em rebelião) veem. O assunto dos valores é o assunto
mais evitado das pessoas. É preferível falar apenas da
mente e das emoções, mas falar sobre as intenções do
coração é um desafio que todos nós precisamos enfren-
tar.
O Pai nos ajuda primeiramente nesse sentido, se
estamos dando valor para falsos tesouros estamos com
problemas sérios no lugar mais profundo, a raiz do pro-
blema como também da solução.

“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele de-


pende toda a sua vida.”
(Provérbios 4:23 NVI)

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A paz que excede o entendimento dos homens
sem o Espírito, é a paz que habita num coração cujo te-
souro é o amor do Pai.
A dicotomia da vida. Verdadeiro ou falso. Somos
amados ou não. Percebemos valor no amor do Pai ou
não.
Quando o tesouro que está em nosso coração é o
amor do Pai, esse tesouro permeia todo o restante do
nosso ser. Nossos pensamentos, emoções e ações. Algo
incrível, com valor incomparável e eterno, brilha através
de nós.
É nesse lugar que precisa estar o nosso temor, o
temor ao Senhor, o temor de não dar valor a tudo isso, de
ser iludido pelo mundo com algo totalmente inferior.
Ele deve reinar em nossos corações porque dEle
vem o suprimento de tudo em nossas vidas. Um grande
privilégio disponível para nós, sermos preenchidos ple-
namente por um amor tão belo e perfeito, o qual devemos
parar e contemplar todos os dias, a beleza da santidade
desse amor incomparável.

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Capítulo 1.2
A FONTE DO ESPÍRITO

“Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo


em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes da-
rei um coração de carne.”
(Ezequiel 36:26 NVI)

O amor é uma intenção, um pensamento, um sen-


timento e uma ação ao mesmo tempo.
Não existe ateu. Todos os seres humanos valori-
zam alguma coisa e são esses valores o alvo da nossa
adoração ou melhor, da nossa atenção.
Todo ser humano é orientado por aquilo que valo-
riza. Todos estão buscando ou protegendo aquilo que
considera como tesouro. Tesouro está ligado a valores.

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Aquilo que é importante para nós. É onde está o nosso
coração. Essa é a fonte do espírito que nos move.

“Pois onde estiver o seu tesouro, ali também


estará o seu coração".
(Lucas 12:34 NVI)

Como disse, os assuntos do coração são os as-


suntos mais evitados para a grande maioria das pessoas.
Isso porque falar sobre valores é falar sobre realidades e
ilusões. Enfrentar a ideia de que estamos vivendo por uma
ilusão é um assunto bem delicado, e é mesmo. Muitos
construíram suas vidas com base em algo perecível. Um
trabalho monumental por aquilo que é insustentável. É
duro, mas é verdade. Tudo o que foi construído fora de
Cristo vai perecer.

“Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica


é como um insensato que construiu a sua casa sobre a
areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os
ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi
grande a sua queda".
(Mateus 7:26,27)

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A intenção do nosso coração é o lugar mais íntimo
do nosso ser. Alguns dizem não ser possível acessar esse
lugar, mas o Espírito de Deus nos dá esse poder.

“E aquele que examina os corações sabe qual é a inten-


ção do Espírito...”
(Romanos 8:27 NVI)

Eu chamo de inteligência intencional, é com essa


inteligência que conseguimos discernir o sentido dos nos-
sos pensamentos, emoções e ações. Fundamental para a
inteligência espiritual o qual recebemos por meio da pa-
lavra de Deus.

“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que


qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pen-
samentos e intenções do coração.”
(Hebreus 4:12 NVI)

Não devemos ter medo de tocar nos assuntos do


coração. Jesus não veio validar os valores distorcidos dos
homens, Ele veio nos ensinar a buscar o tesouro que
nunca perece, que nunca perde o seu valor, que não se

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conquista e não se perde, o amor incomparável de Deus
Pai. O único que verdadeiramente é bom.

“Pois do interior do coração dos homens vêm os maus


pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os ho-
micídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o en-
gano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a
insensatez.”
(Marcos 7:21,22 NVI)

Maior do que pensar diferente é desejar diferente.


Evoluir em pensamentos sem evoluir no coração é evoluir
naquilo que não é bom. Cristo nos ensina antes de tudo a
desejar aquilo que é bom. Ele compartilha o coração do
Pai para que sejamos transformados em nossa natureza
(coração), o vinho novo que Ele nos dá para beber.
Ele nos ajuda a abandonar os desejos órfãos ca-
rentes, isto é, desejos por independência, autossuficiên-
cia e todos os demais “autos”, para que a gente se sub-
meta ao amor perfeito do Pai, como filhos(as) amados(as)
em que Ele tem prazer.
Sim, o “mindset” é importante, mas o “heartset”
precisa vir primeiro. Precisamos aprender a desejar como
Jesus. Viver com a mesma motivação, ser conduzido
pelo mesmo por quê.

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O coração define a “fertilidade da nossa terra” algo
que precisamos guardar com a nossa vida. Quando al-
guma coisa se torna mais importante que a nossa ami-
zade com o Pai, é sinal de que deixamos de seguir a Je-
sus e a nossa vida ganha um outro rumo, um outro sen-
tido e propósito, que produz morte (autodestrutivo).
O contrário também é verdadeiro. Quando somos
inspirados por Cristo a colocar o nosso coração nesse lu-
gar tudo ganha vida, a nossa sorte é mudada e um poder
incomparável de transformação é liberado.
O amor do Pai começa a consumir tudo aquilo que
não vem dEle, Ele vai nos revelando o quanto aqueles de-
sejos, pensamentos, emoções e ações são nocivos para
nós e para o próximo.

“Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalá-


vel, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de
modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso
"Deus é fogo consumidor!”
(Hebreus 12:28,29 NVI)

Sempre digo aos meus filhos “um pai que ama o


filho ensina o filho, e um filho que ama o pai aprende com
o pai”. No entanto, antes da gente conseguir aprender
qualquer coisa precisamos colocar a nossa atenção em

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quem está nos ensinando e é a mansidão e a humildade,
quando nos esvaziamos de nós mesmos, que abre es-
paço para a consciência do amor incomparável do Pai.
Quando somos inspirados pelo Espírito do amor e o ver-
dadeiro Deus habita em nós.

“Mas Ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escri-
tura: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça
aos humildes".”
(Tiago 4:6 NVI)

Jesus falou “e Eu, quando for levantado da terra,


atrairei todos a Mim” (João 12:32 NVI) e de fato Ele cum-
priu essa promessa. Jesus atraiu toda a humanidade com
seu ato extravagante de amor na cruz. E os escolhidos
são justamente aqueles que permanecem com a sua
atenção nEle, em adoração. Os que não se permitem ser
distraídos pelas perseguições, pelas riquezas perecíveis
deste mundo ou pelos cuidados desta vida, como diz a
parábola do semeador.
Um verdadeiro ato de humildade.

“... Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se conver-


tam e se tornem como crianças, jamais entrarão no

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Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como
esta criança, este é o maior no Reino dos céus.”
(Mateus 18:3,4 NVI)

Humildade não é pensar menos em si, nem menos


de si, a humildade na verdade é focar menos a atenção
em si, o que nos possibilita a pensar menos através de si.
A gente apenas abandona o orgulho, negando o tipo de
divindade que criamos através de nós mesmos, renunci-
ando aos falsos tesouros que habitam o nosso coração e
nos impedem de percebermos o tesouro incomparável
que está disponível para todos nós.
Esse é o ponto, quem vive com a consciência da
plena provisão na herança do Pai se move num espírito
diferente de quem vive com a consciência da falta em
qualquer aspecto da vida.
Um fluir, um fluxo, um sopro, uma brisa, assim é a
atuação do Espírito de Deus em nós.

“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode


dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece
com todos os nascidos do Espírito".
(João 3:8 NVI)

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34
Capítulo 1.3
VALOR INCOMPARÁVEL

“Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande


amor com que nos amou...”
(Efésios 2:4 NVI)

Ninguém ama aquilo que não valoriza e se somos


amados pelo Pai dessa maneira, ao ponto dEle entregar a
Sua vida por nós por meio do Seu filho isso é sinal de que
temos algum lugar especial no Seu coração.
E antes que a gente ache que isso está ligado à
alguma ação da nossa parte já podemos deixar de lado
esse pensamento orgulhoso sobre o assunto. Todo o va-
lor que temos para o Pai não vem de nós mesmos, mas
algo que Ele mesmo tem sobre nós. É sobre Ele, sobre a
Sua bondade. Fomos criados à Sua imagem, conforme a

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Sua semelhança, portanto, sejamos todos humildes para
perceber que o valor que Ele dá para nós não tem a ver
com o que fazemos ou com quem achamos que somos,
mas com quem somos para Ele.
É o Pai que estabelece o valor que temos, só Ele
pode definir isso sobre nós porque foi Ele mesmo quem
nos criou. Qualquer valor que a gente dê a nós mesmos,
em nosso próprio orgulho, é infinitamente inferior ao valor
que Ele dá para nós.

“Pois somos obra-prima de Deus, criados em Cristo Je-


sus a fim de realizar as boas obras que ele de antemão
planejou para nós.”
(Efésios 2:10 NVT)

Outro dia, refletindo sobre o assunto, enquanto fa-


lava sobre preconceito numa mesa de amigos percebi
algo confrontador. Falamos sobre preconceito sempre
num sentido negativo da palavra, mas aí pensei – Jesus
tinha um conceito antecipado das pessoas antes mesmo
de conhecê-las, porque Ele sabia da verdadeira origem
de cada uma delas – isso é realmente interessante.
Se o nosso valor está em nossa origem então antes
mesmo de saber o estado em que as pessoas se encon-
tram podemos saber antecipadamente o valor que elas

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têm. Sim, nesse bom sentido, Jesus foi a pessoa mais
preconceituosa que já pisou nessa terra.

"Ou, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, per-


dendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa
e procura atentamente, até encontrá-la? E quando a en-
contra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: ‘Alegrem-se
comigo, pois encontrei minha moeda perdida’.”
(Lucas 15:8,9 NVI)

Veja, o fato de a moeda estar perdida isso não sig-


nifica que ela perdeu o valor. Aquilo que nós fazemos de
errado não faz a gente perder o valor aos olhos do Pai.
Mesmo que o ser humano perca de vista o valor que tem,
o Pai não perde. Ele sabe o quanto vale a Sua obra origi-
nal.
Não tem nada a ver com ser criatura ou ser filho.
Todos nós somos criaturas de Deus porque todos fomos
criados por Ele, velhas criaturas (corrompidas) ou novas
criaturas (restauradas), filhos perdidos (em rebelião) ou fi-
lhos reconciliados (em comunhão).

“Amados, se Deus assim nos amou, também nós deve-


mos amar uns aos outros.”
(1 João 4:11 NVI)

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Foi por isso que Jesus conseguiu nos amar do jeito
que amou. Seu olhar era o mesmo do Pai. Um olhar su-
perior, sim, muito melhor do que o nosso próprio. Jesus
nos enxergava além daquilo que se via no aparente. Isso
de fato é inspirador, é por esse meio que o Pai trata o
nosso coração. A maneira como Ele atrai a nossa aten-
ção.
Como falei anteriormente, toda a humanidade sabe
do acontecimento da cruz e só quem permanece com a
sua atenção nEle em humildade consegue entender com
profundidade o que Ele disse e fez para receber de graça
esse amor. O valor incomparável que o Pai nos dá.
Valemos a vida de um Filho Seu, você entende a
dimensão disso? Não fomos comprados por dinheiro, fo-
mos comprados por vida. Ele pagou o preço com o Seu
sangue para nos criar e nos resgatar. Isso significa que se
a gente quiser resgatar a comunhão com um irmão diante
do Criador nós devemos fazer o mesmo que Jesus fez por
nós, conduzi-lo ao Pai da mesma maneira.

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua


vida pelos seus amigos.”
(João 15:13 NVI)

38
Só há um caminho. As pessoas se perguntam ou
dizem – Por que você está fazendo isso por mim? Que
valor eu tenho? – Elas não sabem, mas o Pai sabe, Jesus
sabia e nós também precisamos saber. Precisamos
aprender a ver valor de um ponto de vista mais elevado.
Não é o quanto as pessoas têm em mãos, não é o que
elas fazem, o que elas sabem ou pensam sobre si, mas
quem elas são para o Pai. Precisamos ir lá na origem ou
no resgate para perceber.
Sim, nós somos os tesouros do Pai, o Seu coração
está para os Seus filhos. E acredite, Ele realmente nos
ama de todo coração. Se não fosse assim, Jesus teria
feito diferente, mas Ele entregou tudo, revelando para nós
quem de fato é o nosso Pai original.

“Quem me vê a mim vê o Pai...”


(João 14:9 NVI)

Lembra da relação lá em cima, na tabela da inteli-


gência espiritual, com as conexões dos assuntos? Essa
consciência produz paz em nós também no sentido da
culpa porque sabemos que não há pecado da nossa parte
que seja maior que o amor dEle por nós. A cruz é a certeza
disso. O amor do Pai é maior do que todo engano que

39
podemos acreditar ou todo erro que a gente possa come-
ter. O único pecado imperdoável é quando ignoramos
esse amor, fruto de um orgulho da nossa parte que pro-
duz um coração endurecido. Presos numa ilusão.
É possível rejeitar o amor de Deus. Ele nos deu
esse poder. O poder da gente se colocar como deuses
em competição com o próprio Criador. Idealizadores do
nosso próprio conhecimento do bem e do mal, nossa pró-
pria maneira de definir amor, nossa própria maneira de di-
zer aquilo que é valioso e o que não é.
Como falei, não existe ateu, todos somos orienta-
dos por algo, esse algo é o nosso tesouro, é onde está o
nosso coração, o Deus ou deus pelo qual somos condu-
zidos.

“O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do


monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: "Venha,
faça para nós deuses que nos conduzam...".
(Êxodo 32:1 NVI)

Essa é a dinâmica da idolatria, quando não temos


consciência do amor do Pai, vamos tentar criar deuses
que representem o amor que acreditamos não existir ou
que estamos ignorando.

40
Serão necessários infinitos deuses (falsas fontes
de provisão) para ocupar essa lacuna, ou melhor, essa
falsa carência. Não é à toa que a vida órfã carente é tão
pesada. Quanto maior o tamanho do nosso orgulho,
maior o tamanho do fardo que a gente carrega.
É nesse caminho que surgem as falsas ideologias
humanas, quando o homem coloca alguma coisa na cria-
ção como valor supremo, acima do próprio Criador. Cri-
ando relevância naquilo que não tem relevância como a
nossa própria opinião, a opinião da maioria... Os ídolos
mais adorados da atualidade.
Mas graças a Deus por ter enviado Jesus, para que
Ele nos ajudasse a perceber com toda a clareza necessá-
ria de que existe um Deus único, verdadeiramente bom e
que é nosso Pai. Por meio de Jesus a gente encontra o
Pai. A experiência com o amor incomparável dEle é a ex-
periência celestial já disponível para ser vivida neste exato
momento.

41
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Espírito do Amor Espírito da Graça Espírito da Fé
Amado Filho Prazer
Ter Ser Fazer
Provisão Entrega Confiança
Manso/Humilde Aprender Descanso
Reino Justiça Buscar
Coração Mente Alma/Corpo
Valores Princípios Crenças
Natureza Identidade Propósito
Atenção Entendimento Experiência
Adoração Culto Sacrifício
Intencional Racional Emocional
Porque Como Para Quê
Motivação Mentalidade Responsabilidade
Caminho Verdade Vida
Vinho Pão Comunhão
Guardar Cultivar Éden
Paz Justiça Alegria
Coragem Força Ação
Herança Acesso Administração
Suprimento Dignidade Trabalho
Privilégio Direito Dever
Poder Autoridade Governo
Boa Perfeita Agradável

42
Parte 2 – a entrega
ESPÍRITO DA GRAÇA

“Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o


Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos co-
nhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.”
(1 Coríntios 2:12 NVI)

Um amor incomparável também precisa ser entre-


gue de uma maneira única. Graça nada mais é do que a
maneira como temos acesso a esse amor. Gratuitamente.
A dificuldade que temos de perceber valor naquilo
que é entregue de maneira gratuita é a dificuldade que
nós temos de perceber valor no amor do Pai. É impossível
entender a graça enquanto a gente não se fizer humilde.
Graça é um princípio divino. Somente através do Deus

43
criador conseguimos entender e viver na prática o amor
ágape do Pai.

“Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça di-


ante de Deus e dos homens.”
(Lucas 2:52 NVI)

Tudo o que o Pai dá para nós é gratuito. Tudo


aquilo que está contido no Seu amor. Não há qualquer
espécie de barganha da parte dEle. O Pai não faz trocas
porque Ele não é carente. Ele realmente tem tudo para
nos dar.
Ele nunca espera que a gente retribua aquilo que
Ele deu, Ele só espera que a gente usufrua daquilo que foi
dado. Isso é ver gratidão sob o olhar de quem entende o
que é graça.
Graça é favor. É dádiva. É dom. Entrega gratuita.
Altruísmo. A coisa certa, no momento certo e na medida
certa. Isso é crescer em graça diante do Pai. É como um
filho prospera.
Uma vez que recebemos o que Ele tem para dar,
nós passamos a ter em nossas mãos da parte dEle para
repartir, na mesma dinâmica, para que a Sua justiça se
estabeleça na Terra como é no Céu. Isso é crescer em
graça diante dos homens.

44
Capítulo 2.1
A LINGUAGEM ETERNA
DO AMOR

Sempre achei que tinha alguma coisa estranha na


ideia de que cada um tem uma linguagem específica de
amor. Será que Jesus ficava analisando a linguagem de
cada pessoa antes de entregar ou fazer algo para que elas
se sentissem amadas?
Eu creio que não. Essa ideia tem mais a ver com
uma questão de carência do que de amor. O que pensa-
mos que é linguagem de amor, na realidade é a parte que
estamos pouco conscientes de que já temos essa provi-
são no amor do Pai.
Quando isso acontece usamos da linguagem da
barganha para ganhar do próximo aquilo que o Pai já tem
para nós. Entregamos ou fazemos aquilo que dizemos ser

45
linguagem para receber de volta, para completar a lacuna
de uma falsa carência.
Mas Jesus não, Ele passava tempo suficiente com
o Pai para estar consciente da dimensão do Seu amor e
uma vez consciente dessa total provisão, Jesus podia,
com a linguagem da graça, repartir daquilo que já tinha
diante dos homens e ajudá-los a entender que isso tam-
bém estava disponível para eles por meio do Espírito que
eles ainda haviam de receber.

“E todos nós recebemos também da sua plenitude, com


graça sobre graça.”
(João 1:16 NVI)

Incrível, não? Nosso Pai é realmente perfeito. É


uma maneira de se relacionar bem diferente da que este
mundo órfão carente ensina, a graça quebra toda a forma
humana de racionar e de se relacionar.
Essa é a mentalidade de quem tem consciência
de que é filho. Somos herdeiros. Ninguém é filho de Deus
porque barganhou alguma coisa, somos filhos pela von-
tade do próprio Pai. Isso afeta muito o espírito com o qual
nos movemos nas relações e na vida como um todo.

46
A graça está totalmente ligada à nossa identidade.
Precisamos aprender com Jesus para saber como é vi-
ver desse jeito.
Você lembra? Quanto mais o povo de Israel resistia
ao aprendizado mais tempo passavam no deserto.
O amor de Deus não é algo que a gente se sacrifica
para receber, é Ele quem se sacrifica para nos dar. A
gente só precisa negar o nosso orgulho. Podemos achar
que isso é difícil, mas só porque ainda achamos que o
nosso orgulho tem valor.

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”


(1 João 4:19 NVI)

A consciência desse amor e o entendimento dessa


graça remove todo tipo de ansiedade em nosso interior
porque ansiedade está ligado à pressa ou ao medo que
nós temos de não conquistar ou de perder aquilo que
consideramos tesouro. Seja por alguma circunstância ex-
terna ou por alguma ação da nossa parte.
Uma vez que o tesouro do nosso coração é o amor
imutável do Pai e uma vez que a gente entende que Ele
nos entrega gratuitamente esse amor, toda essa ansie-
dade é dissipada do nosso interior, pois é um tesouro que
não se conquista e não se perde.

47
A mesma coisa acontece com a depressão que
está ligado à um forte desencorajamento diante da vida
quando uma pessoa entende como sendo impossível
conquistar ou sustentar aquilo que ela considera tesouro
em seu coração, como também considera impossível re-
cuperar um tesouro que já foi perdido.
No entanto, o amor do Pai é eterno e não há nada
que a gente possa fazer ou acontecer que irá nos separar
desse amor revelado em Cristo Jesus.

“Pois estou convencido de que nem morte nem vida,


nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro,
nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade,
nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos
separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor.”
(Romanos 8:38,39 NVI)

Nem qualquer coisa na criação, nem qualquer


coisa que a gente faça de certo ou errado. Apenas o or-
gulho. Quando nós mesmos substituímos o amor do Pai
por nós por um “amor” que vem de nós mesmos, quando
somos iludidos por falsos tesouros.

48
“Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra ma-
neira, a graça já não é graça.”
(Romanos 11:6 NVI)

Achar graça aos olhos do Pai é entender que Ele


mais do que ninguém está pronto a nos dar aquilo que
precisamos e do melhor jeito possível. Nós só precisamos
nos abrir, nos esvaziar de nós mesmos, da nossa própria
ideia de amor, da nossa própria maneira de pensar, dos
nossos próprios meios de receber o que Ele tem para dar,
para que Ele nos preencha com todo o entendimento ne-
cessário sobre como é a Sua dinâmica de vida, sobre
como é viver com aquilo que já temos no amor do Criador.

“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar


perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero
tudo como perda, comparado com a suprema grandeza
do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja
causa perdi todas as coisas. Eu as considero como es-
terco para poder ganhar a Cristo.”
(Filipenses 3:7,8 NVI)

Isso mesmo, a graça que Jesus foi enviado para


nos dar é antes de tudo o Espírito. Foi por desistir de ser
filho de Deus que Adão perdeu o Espírito. O amor do Pai

49
nunca foi perdido, sempre esteve no mesmo lugar, é uma
realidade eterna, mas o entendimento e a comunhão com
esse amor se vai quando o orgulho domina o coração do
homem.
É por causa do orgulho, quando pensamos em
querer conquistar tudo por meio do nosso próprio es-
forço, que as nossas emoções ficam fora de controle e
assim perdemos a sensibilidade em discernir as intenções
do nosso coração. A agitação faz com que toda a inteli-
gência interior fique comprometida, pois assim como
aquilo que se vê existe por aquilo que não se vê, aquilo
que se sente existe por aquilo que não se sente.

“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado


entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.”
(Salmos 46:10 NVI)

Com esse espírito de agitação entramos em resis-


tência contra o Pai sem mesmo perceber. A rebeldia.
Quando somos enfeitiçados pelas nossas próprias emo-
ções. Buscando intensamente a ilusão da independência,
mas que na realidade produz uma vida totalmente depen-
dente, só que agora de outras coisas, coisas que não nos
amam.

50
“Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e
perder-se ou destruir a si mesmo?”
(Lucas 9:25 NVI)

Não há outro caminho. Muitos não vão entender e


vão retaliar a nossa postura de humildade diante do Pai.

“Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me,


negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e
siga-me.” (Lucas 9:23 NVI)

A cruz é o que sofremos por causa da incompre-


ensão de algumas pessoas, mas nada que se compare
com a glória prometida, pois Ele fez uma aliança eterna
conosco.

"Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa


os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de ca-
lúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque
grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da
mesma forma perseguiram os profetas que
viveram antes de vocês".
(Mateus 5:11,12 NVI)

51
52
Capítulo 2.2
ALIANÇA DO ESPÍRITO

“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que so-


mos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos her-
deiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se
de fato participamos dos seus sofrimentos, para que
também participemos da sua glória.”
(Romanos 8:16,17 NVI)

É esse o tipo de aliança que Deus fez com a huma-


nidade, ou seja, é esse tipo de relacionamento que Deus
tem com a humanidade nesta era. O Pai e os Seus filhos
amados, estejam eles reconciliados ou não.
O Pai não se relaciona mais com base nas regras
da Lei, a Antiga Aliança já passou. Fazemos parte da Nova

53
Aliança que funciona por meio do Espírito Santo. Uma di-
mensão e uma glória totalmente superiores.
Todos somos filhos por origem. Os filhos perdidos,
que ainda não se reconciliaram estão como mortos, pois,
voluntariamente abdicaram dos seus direitos de serem
chamados filhos, abdicaram da sua identidade original
de realeza, para viver conforme a sua própria perspectiva
e vontade.
Mas todos aqueles que se fazem humilde nova-
mente em seu coração, todos os que se arrependeram
dessa abdicação são os que retornaram para casa, res-
suscitando com Cristo.

“Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava


perdido e foi achado’. E começaram a festejar.”
(Lucas 15:24 NVI)

Quando retornamos para casa recebemos, pela


vontade do Pai, o favor que nos torna merecedores da
herança do Seu amor. Sim, é do Seu agrado nos tornar
dignos da Sua herança.

“dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de partici-


par da herança dos santos no reino da luz.”
(Colossenses 1:12 NVI)

54
Direito, merecimento e dignidade não é um pro-
blema em si. O problema é ver tudo isso sob uma pers-
pectiva orgulhosa ao invés de ver tudo isso sob uma pers-
pectiva de humildade.
Muita gente acha que merece alguma coisa diante
dos homens e de Deus por aquilo que eles fazem, ou por
quem eles acham que são. Esse é um tremendo engano.
Altamente nocivo para a própria pessoa e para a humani-
dade. Esse senso de direito orgulhoso faz a pessoa se
colocar numa posição de altivez, além de despejar a sua
própria ira, de acordo com a sua própria justiça, sobre
aqueles que interferem nas suas vontades.

“Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma


justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está es-
crito: "O justo viverá pela fé".
(Romanos 1:17 NVI)

A fé vem pelo ouvir e o ouvir vem pela humildade.


Só quem tem postura de filho ouve de coração aquilo que
o Pai tem para falar. Só assim conseguimos acessar
aquilo que realmente vem do Pai e repartir isso com o
próximo.

55
Aquilo que é dado do jeito do Pai revela a justiça
de Deus, enquanto aquilo que é dado do jeito dos homens
revela a justiça humana.
O fato de ser gratuito não significa que Ele entrega
tudo de qualquer jeito. Existe uma ordem, o melhor Ele dá
primeiro, e o que vem primeiro é sempre a sabedoria.

“E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que


vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa al-
guma. Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a
a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade;
e lhe será concedida.”
(Tiago 1:4,5 NVI)

Eu chamo essa dinâmica de “maturocracia”, por-


que conforme crescemos em maturidade, o Pai graciosa-
mente coloca as demais coisas em nossas mãos, uma
ampliação do acesso. De acordo com a capacidade que
Ele mesmo nos deu de administrar.

“A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a


cada um de acordo com a sua capacidade...”
(Mateus 25:15 NVI)

56
É com esse discernimento que Ele distribui os re-
cursos e também é com esse discernimento que devemos
repartir entre os irmãos, com esse mesmo Espírito. Assim
é a justiça de Deus Pai, a justiça da Nova Aliança.
E tem mais, o nosso Pai é forte. Ele realmente não
vai entregar em nossas mãos se a gente não se abrir para
receber a parte mais importante primeiro, ser manso e hu-
milde para entender o que Ele tem para ensinar. Aprendi
isso com o Pai e faço a mesma coisa com os filhos que
Ele confiou a mim.
Não faz sentido receber mais brinquedos se ainda
não está atento ao pai e a mãe para aprender o que está
sendo ensinado. Mais brinquedos nesse caso será mais
distração.
Se não for para repartir ou multiplicar o que já foi
dado, utilizando o que recebeu para o bem de todos, não
faz sentido ter mais recursos nas mãos. Vai fazer mal.

“Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos


errados, para gastar em seus prazeres.”
(Tiago 4:3 NVI)

É nesse ponto que muita gente fica frustrada com


Deus, mas fica porque não entende o quanto Ele é bom.
Deus, nosso Pai, não vai fazer qualquer vontade do filho

57
ou da filha que não seja boa. Ele vai ficar firme como uma
rocha porque Ele nos ama.
Portanto, na aliança da graça, existe uma parte que
nos cabe. Precisamos crescer na mentalidade da filia-
ção, os verdadeiros filhos de Deus são ensináveis diante
do Pai. Não é uma questão de barganha, mas uma ques-
tão de entendimento, a Sua pedagogia. Uma maneira es-
pecífica de pensar que está ligado ao Espírito que repou-
sou sobre Jesus.
É necessário um esforço para entender. O esforço
do aprendizado. Só assim a gente vai entrar no descanso,
usufruindo da herança com sabedoria e entendimento.

“Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso,


para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exem-
plo de desobediência.”
(Hebreus 4:11 NVI)

Filhos tem fome de conteúdo e sede de significado.


Jesus fez justiça repartindo conosco gratuitamente o que
Ele ouviu e viu o Pai fazer, esse é o pão. O vinho é o sig-
nificado, a mensagem por detrás, que traz o verdadeiro
sentido do que Ele disse e fez.

58
“Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discí-
pulos, dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de
vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma
forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo:
"Este cálice é a nova aliança no meu sangue,
derramado em favor de vocês.”
(Lucas 22:19,20 NVI)

59
60
Capítulo 2.3
QUANDO A GRAÇA SE TORNA
UM ÍDOLO

“Que diremos então? Continuaremos pecando para que


a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que
morremos para o pecado, como podemos
continuar vivendo nele?”
(Romanos 6:1,2 NVI)

Esse é um assunto delicado, mas necessário de


ser falado para contribuir com o entendimento junto à
Igreja de Cristo. De fato, tem ocorrido um movimento
muito nocivo quanto ao mal entendimento do que é graça
e precisamos entender com clareza o motivo.

61
Usando essa inteligência que estou comparti-
lhando aqui nesse livro, entendo que quando nos falta re-
velação da graça do Pai, de entender o conceito da “ma-
turocracia”, usamos o termo imerecido para validar os
nossos próprios meios pelos quais conquistamos aquilo
que necessitamos dizendo no final que foi Deus que deu,
sendo que não foi.
É nessa linha de pensamento, sem discernir com
clareza as intenções que nos movem que muita coisa ruim
tem acontecido na Igreja.
Como disse mais acima, o favor do Pai não é en-
tregue de qualquer jeito. Vem através do relacionamento
entre o Pai e o(a) filho(a). Graça sem humildade se torna
objeto de idolatria. É colocar um conceito distorcido so-
bre graça acima do próprio Deus.
A humildade nos permite estar atento ao Pai para
aprender o como Ele faz as coisas acontecerem. Como
Ele entrega em nossas mãos aquilo que já é nosso, é o
que nos ajuda a dizer “não” às propostas tentadoras de
“transformar pedras em pães”. Filhos, se alimentam cons-
tantemente das palavras do Pai, eles estão sempre bus-
cando entender a direção dEle para saber a verdade so-
bre os Seus meios. Quanto mais entendemos com cla-
reza, mais autoridade temos.

62
Esse é um ponto fundamental que afeta a maneira
como nos movimentamos. Sem esse discernimento ire-
mos replicar a maneira como os homens “suprem” as
suas próprias necessidades na Terra.

“Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você,


pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto,
eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fra-
quezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.”
(2 Coríntios 12:9 NVI)

O poder que vem do amor do Pai se aperfeiçoa na


nossa fraqueza, ou seja, pelo reconhecimento de que a
nossa própria sabedoria é fraca abre-se espaço para o
entendimento divino, que nos dá a força necessária para
enfrentar as adversidades que a vida nos apresenta.

“Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com


toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e en-
contrarmos graça que nos ajude no
momento da necessidade.”
(Hebreus 4:16 NVI)

Veja, misericórdia também é fruto do amor do


nosso Pai. É a misericórdia que gera o sentimento de

63
compaixão, piedade e solidariedade com relação aos
Seus filhos perdidos que caíram em desgraça como tam-
bém os imaturos que muito ainda se assemelha ao per-
dido. É com esse amor que Ele perdoa os Seus filhos ao
invés de puni-los. Isso é algo que depende somente dEle.
Já a graça, que também é fruto do amor do Pai, é
algo que depende também de nós para que tenha o seu
efeito completo. A graça é o favor que o Pai nos concede,
para que além de nós não sermos punidos, nós também
sejamos restaurados dessa condição de desgraça atra-
vés do aprendizado.

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a to-


dos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e
às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa
e piedosa nesta era presente,”
(Tito 2:11,12 NVI)

Não há espaço para culpa na Nova Aliança, não


devemos carregar qualquer expectativa de punição.
Deus, como Pai, não está preocupado com culpa. O Pai
só se preocupa com uma coisa, Ele pergunta: - Filho,
você quer aprender?
Para um pai é justo o perdão porque seu objetivo é
ensinar o filho, ou seja, o que justifica um pai perdoar é o

64
seu amor pelo Seu filho, mas para um juiz é justo a puni-
ção porque seu objetivo é cumprir a lei. São dinâmicas de
relação bem diferentes.
Se estamos dispostos a aprender, isso é tudo o
que o Pai precisa porque dessa forma a gente consegue
participar do Seu Reino e viver uma nova realidade de
vida. O assunto da última parte deste livro.
A Lei é distante, ela possui as instruções, mas ela
não nos ajuda a cumpri-La de forma profunda. Foi o que
o povo de Israel escolheu, Deus queria ser Pai para o povo
como era para Moisés, mas o povo teve medo de se apro-
ximar. Teve medo de deixar o Pai falar dos assuntos do
coração que é a fonte do espírito e a raiz do conhecimento
do bem e do mal.
Mesmo assim não teve jeito, mais tarde Ele enviou
Jesus para tratar a questão e como já se esperava, Ele foi
crucificado por isso. O único jeito de salvar os Seus filhos
perdidos. Se o povo não quis se aproximar, o próprio
Deus se aproximou para ajudar, e dessa vez Ele foi radical
na aproximação.
Veio em forma humana revelar a todos nós o quão
incrível é viver uma vida em comunhão com Ele para que
aqueles que estivessem abertos para ver e ouvir fossem
encorajados e fortalecidos para enfrentar o processo de

65
redenção. A reconciliação e a restauração de um relacio-
namento perdido.
Cristo é suficiente para nós. Precisamos nos abrir
inteiramente para o que Ele repartiu conosco. Ele nos ins-
pira com o amor incomparável do Pai, nos faz pensar
como filhos e nos revela qual tipo de experiência de vida
podemos ter com esse Espírito. Jesus confiou no Pai até
o fim e não foi envergonhado. Cristo reina e nós podemos
reinar juntamente com Ele.

“Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio


dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa
provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida
por meio de um único homem, Jesus Cristo.”
(Romanos 5:17 NVI)

É quando nos abrimos para sermos formados pelo


Pai, no processo de maturação, como filhos, que somos
revestidos também de autoridade. Autoridade tem a ver
com “autor”, quando de fato é o próprio Pai o autor da-
quilo que está sendo formado dentro de nós. Assim temos
autoridade dos Céus na Terra.
O Pai confia naquilo que Ele mesmo deposita den-
tro de nós. Conforme crescemos em maturidade temos

66
autorização para administrar a parte que nos cabe da he-
rança. A herança que recebemos gratuitamente, pois um
filho imaturo sem a consciência do quanto é amado e que
ainda não entendeu a sua condição de filho, pode usar a
herança de uma maneira que seja nociva tanto para ele
quanto para os irmãos.

“Digo, porém, que, enquanto o herdeiro é menor de


idade, em nada difere de um escravo,
embora seja dono de tudo.”
(Gálatas 4:1 NVI)

Tudo aquilo que alcançamos por nossos próprios


meios faz mal para nós, mas o Pai quer nos revelar a ma-
neira dEle, de acordo com os Seus princípios e para isso
precisamos ter uma mente aberta.

67
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Espírito do Amor Espírito da Graça Espírito da Fé
Amado Filho Prazer
Ter Ser Fazer
Provisão Entrega Confiança
Manso/Humilde Aprender Descanso
Reino Justiça Buscar
Coração Mente Alma/Corpo
Valores Princípios Crenças
Natureza Identidade Propósito
Atenção Entendimento Experiência
Adoração Culto Sacrifício
Intencional Racional Emocional
Porque Como Para Quê
Motivação Mentalidade Responsabilidade
Caminho Verdade Vida
Vinho Pão Comunhão
Guardar Cultivar Éden
Paz Justiça Alegria
Coragem Força Ação
Herança Acesso Administração
Suprimento Dignidade Trabalho
Privilégio Direito Dever
Poder Autoridade Governo
Boa Perfeita Agradável

68
Parte 3 – a confiança
ESPÍRITO DA FÉ

"Por que você me chama bom? ", respondeu Jesus.


"Não há ninguém que seja bom, a não ser
somente Deus.”
(Lucas 18:19 NVI)

Muitos de nós aprendemos que Deus é soberano


porque Ele manipula ou inibe a vontade das pessoas por
meio do Seu poder, mas Deus não é um Pai assim.
Ele é soberano não porque Ele nos força ou nos
obriga a fazer a Sua vontade, mas porque a Sua vontade
é a única que é boa, perfeita e agradável.
Ele sacrificou a Si mesmo para nos revelar como
se vive essa vontade na prática, na expectativa de que
aqueles que permanecem observando atentamente e que

69
buscam o entendimento daquilo que Ele disse e fez, se-
jam alcançados por meio da experiência com a Sua bon-
dade. A forma do Pai de gerar o arrependimento em Seus
filhos.

“Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade,


tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade
de Deus o leva ao arrependimento?”
(Romanos 2:4 NVI)

Deus Pai não é opressor com a Sua vontade, Ele


permite que o Seus filhos façam escolhas porque Ele não
tem medo das consequências que elas podem gerar. Ele
sabe restaurar qualquer situação, qualquer caos que os
seres humanos possam criar.
Nesta parte do livro vou ajudar você a entender
como é o processo de confiança. Como o Pai gera a fé
nEle em nós. Ninguém confia em quem não conhece.

70
Capítulo 3.1
O CAMINHO DA CONFIANÇA

“Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o


homem que nEle confia!”
(Salmos 34:8 NVI)

Adão perdeu a confiança em Deus porque ele bus-


cou a sua própria glória, o seu próprio padrão de bon-
dade.

“Como vocês podem crer, se aceitam glória uns dos ou-


tros, mas não procuram a glória que
vem do Deus único?”
(João 5:44 NVI)

71
Só existe um que de fato é bom, o Deus o Criador,
nosso verdadeiro Pai. É somente pela experiência com o
Seu amor incomparável que a gente vai ter de volta a con-
fiança nEle. Uma confiança firme em Alguém. Alguém que
a gente pode se entregar completamente.
Ele de fato nos ama de todo coração e só Ele pode
nos proporcionar uma experiência tão boa, mas tão boa,
que a gente vai conseguir fazer tudo aquilo que Ele nos
orientar.
Existe uma recompensa para nós. Suas promessas
são reais, Ele realmente entrega o que promete.

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é


necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que Ele existe e que recompensa os que o buscam.”
(Hebreus 11:6 NVI)

A fé não é algo que vem de nós mesmos, é o pró-


prio Espírito que gera em nós a fé. É fruto do cultivo de
uma relação. O verdadeiro e eterno culto espiritual.

“Os apóstolos disseram ao Senhor:


"Aumenta a nossa fé!”
(Lucas 17:5 NVI)

72
Como filhos, quanto mais damos passos práticos
para uma experiência com Ele, mais percebemos valor no
amor do Pai gerando assim mais atenção (intenção/cora-
ção), que gera mais entendimento (razão/mente) e mais
convicção que é a fé (emoção/ação). A certeza é uma
junção de intenção, razão e emoção que nos impulsiona
a agir. Uma dinâmica que acontece em nosso interior e
que possui o seu próprio “ecossistema”.

“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova


das coisas que não vemos.”
(Hebreus 11:1 NVI)

Uma vez que essa fé começa a brotar em nós a


esperança vem junto, a esperança de que podemos nos
encher mais desse Espírito para que essa glória que co-
meçamos a experimentar se torne cada vez mais intensa
e real na nossa vida como foi na de Jesus. É assim que
nós “lançamos o monte” ao mar.
Por muito tempo achei que o monte que precisá-
vamos pedir para lançar ao mar fosse aquilo que nos con-
vém receber da parte do Pai, conforme a nossa própria
definição daquilo que é bom, mas Jesus deixa muito claro
que o verdadeiro monte é a barreira que nos impede de

73
perceber, entender e viver aquilo que é bom aos olhos do
próprio Pai. A figueira amaldiçoada por Jesus.
A mesma figueira que Adão usou no Éden para
substituir a glória de Deus, pela sua própria glória.

“Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que esta-


vam nus; então juntaram folhas de
figueira para cobrir-se.”
(Gênesis 3:7 NVI)

O verdadeiro monte que precisamos lançar ao


mar são os falsos deuses, a nossa própria justiça, o
nosso próprio orgulho que vem de desejos e pensamen-
tos enganosos da velha criatura adâmica.

“Lembrando-se Pedro, disse a Jesus: "Mestre! Vê! A fi-


gueira que amaldiçoaste secou! "Respondeu Jesus: "Te-
nham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém dis-
ser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não
duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que
diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o
que vocês pedirem em oração, creiam que já o recebe-
ram, e assim lhes sucederá.”
(Marcos 11:21-24 NVI)

74
Uma vez que isso acontece e as palavras de Cristo
passam a fazer efeito em nosso modo de desejar e pen-
sar, tudo o que a gente pede em oração na prática passa
a ser atendido pelo Pai porque agora está de acordo com
a Sua vontade.

“Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras


permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem,
e lhes será concedido.”
(João 15:7 NVI)

Quando a fé começa a brotar em nosso interior por


influência do Espírito Santo temos condições de lançar ao
mar toda ideologia humana que nos afasta da vontade do
Pai para que tudo o que a gente disser se torne na Terra
como é no Céu.
Veja, isso que vou compartilhar é muito forte, mas
é muito importante para o entendimento. Buscar a nossa
própria glória está diretamente ligado ao conceito da
competição. Satanás foi o primeiro competidor da histó-
ria. Foi quando ele acreditou que poderia ser melhor que
o próprio Criador que se iniciou uma rebelião no Céu.
Quando um terço dos anjos acreditaram que poderiam
ser bons por conta própria, mas como só existe Um que
é bom e verdadeiro, Ele nunca perde um desafio. Ele é

75
vitorioso para sempre, Jesus venceu e nós podemos ven-
cer com Ele.
Podemos ter dúvidas de como o Seu amor se ma-
nifesta em nossa vida, mas nunca devemos cair na tenta-
ção de duvidar como quem tenta colocar Deus à prova
“se jogando propositalmente do alto do templo” como
numa espécie de desafio.
É totalmente possível que o Espírito de Cristo ha-
bite em nós, não caia no engano de que é soberba da
nossa parte fazer as mesmas obras que Deus faz, esse é
o espírito anticristo. Se é Ele quem nos ensina, se é o Es-
pírito dEle que está trabalhando em nós então é total-
mente possível que a gente faça as mesmas obras que
Cristo fez. Arrogância é pensar o contrário disso.

“mas todo espírito que não confessa a Jesus não pro-


cede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do
qual vocês ouviram que está vindo, e
agora já está no mundo.”
(1 João 4:3 NVI)

Nosso corpo é obra do próprio Deus, é uma obra


divina. Perfeição não é sobre aceitação. Se somos ensi-
nados por Aquele que é perfeito então naturalmente sere-

76
mos como Ele é. Algo que não trás mais peso, ao contrá-
rio, nos trás mais leveza porque é Ele que sustenta aquilo
que Ele produz em nós. Não precisamos ficar provando
nada para ninguém, de que somos melhores. É Ele que é
bom.
Dessa forma podemos entender que errar não é
humano, mas rebeldia ou imaturidade diante do nosso
perfeito e verdadeiro Pai. Nada é impossível para o Seu
perfeito Espírito. Ele pode todas as coisas em Seu pro-
cesso de ensino.

“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos ama-


dos, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e
se entregou por nós como oferta e sacrifício
de aroma agradável a Deus.”
(Efésios 5:1,2 NVI)

Hoje podemos descansar nesse entendimento,


pois não há oposição para o Todo-Poderoso. A confiança
no amor incomparável do Pai nos conduz a viver essa re-
alidade de vida aonde a nossa alma descansa, onde ve-
mos sucesso sob uma perspectiva bem diferente do tipo
de sucesso que é pregado no mundo órfão carente.

77
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transfor-
mem-se pela renovação da sua mente, para que sejam
capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12:2 NVI)

Por exemplo, quando uma pessoa acha que aquilo


que ela tem em mãos é tudo o que ela possui é sinal de
que sua mente está pobre, ainda que tenha milhões ou
bilhões na sua conta bancária. Ela está muito distante da
sua realidade original como filho(a) herdeiro(a) de Deus, o
verdadeiro dono do Universo.

“Tanto a prata quanto o ouro me pertencem”,


declara o Senhor dos Exércitos."
(Ageu 2:8 NVI)

Nessa mesma linha, muitos ainda acreditam que


ser "independente financeiramente" é uma boa idéia, sem
perceber que ser independente financeiramente é na ver-
dade se fazer totalmente dependente do dinheiro. No
fundo essa pessoa não quer depender do relacionamento
de ninguém, inclusive do Pai, ela está depositando toda a
sua esperança nas finanças.

78
Como Paulo diz: "Ordene aos que são ricos no presente
mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua es-
perança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de
tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação."
(1 Timóteo 6:17 NVI)

Um filho herdeiro do Criador possui uma riqueza,


inclusive material, além do que se pode mensurar. A dife-
rença é que ele não precisa ver em suas mãos para acre-
ditar que já tem. Ele vive pela fé no amor e na graça do
Pai. Entendendo que Ele entrega em nossas mãos no mo-
mento certo, na quantidade certa e com o propósito certo.
Além daquilo que pedimos ou pensamos.

79
80
Capítulo 3.2
SUCESSO E PROSPERIDADE

“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus


o criou; homem e mulher os criou.”
(Gênesis 1:27 NVI)

Em 2014, voltando do trabalho para casa eu vinha


refletido sobre alguns assuntos importantes para aquele
momento. Qual rumo a minha vida iria tomar? Eu estava
numa bifurcação. Eram dois caminhos.
Um caminho era seguir com um projeto online que
eu havia iniciado com a intenção de ganhar muito dinheiro
e o outro era começar a compartilhar sobre o conheci-
mento de Deus na internet. Eu já havia começado o pri-
meiro projeto, mas ainda estava em dúvida sobre a aten-
ção que eu devia dar ao segundo.

81
Foi quando eu percebi a presença do Pai no meu
carro de uma maneira muito clara. Era como se Ele tivesse
me mostrado a recompensa de seguir o caminho de pro-
pagar a Sua palavra. Eu comecei a chorar intensamente
de alegria.
Quando cheguei em casa a minha esposa levou um
susto e eu contei para ela o que eu havia visto. Ela chorou
junto comigo sentada no chão da sala e nesse momento
exclui tudo o que tinha feito no projeto anterior.
Foi logo depois desse dia que criei o blog “Amor
Incomparável”. Um momento muito especial da minha
vida. A partir dessa decisão eu comecei a me envolver
com a mensagem do evangelho de uma maneira muito
mais profunda.
Passei a ouvir, refletir e praticar a mensagem como
nunca antes. Uma nova proposta de sucesso estava di-
ante de mim e só mais tarde comecei a entender isso com
mais clareza.

“O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e


em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos
seus santos; Aos quais Deus quis fazer conhecer quais
são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios,
que é Cristo em vós, esperança da glória; A quem anun-
ciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a

82
todo o homem em toda a sabedoria; para que apresente-
mos todo o homem perfeito em Jesus Cristo;”
(Colossenses 1:26-28 NVI)

Como filhos amados que confiam no Pai precisa-


mos entender que para um pai, sucesso é formar os seus
filhos como filhos maduros diante dEle. É com isso que
um pai está envolvido o tempo todo.
A missão de Deus Pai para conosco é nos formar
um filho maduro como Jesus. Ele não está envolvido com
outra coisa. Quando dizemos que o nosso alvo deve ser
Cristo estamos dizendo que o nosso sucesso é ser como
Ele é. Ter os mesmos desejos, pensamentos, emoções e
ações. Ser cheio do mesmo Espírito.
Quanto mais a gente se torna um filho maduro,
maior é a experiência de vida com o Deus Criador e con-
sequentemente maior o prazer na comunhão.
É aqui que está o verdadeiro propósito de todo ser
humano. Ser a expressão do Pai na Terra. É tudo sobre
alguém que estamos representando, sobre uma imagem
que estamos refletindo, sobre um Deus que estamos ado-
rando, sobre um governo que estamos expandindo, uma
herança que estamos administrando. Essa é a glória de
um pai.

83
“Jesus lhes deu esta resposta: "Eu lhes digo verdadeira-
mente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só
pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o
Pai faz o Filho também faz.”
(João 5:19 NVI)

O Pai pensa assim por que nos ama e Sua bondade


se revela porque Ele está sempre agindo para realizar
essa obra.

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem


daqueles que o amam, dos que foram chamados de
acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de ante-
mão conheceu, também os predestinou para serem con-
formes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.”
(Romanos 8:28,29 NVI)

Sucesso pode ser qualquer coisa para qualquer


pessoa, assim como a felicidade, que acontece quando
qualquer tipo de sucesso é alcançado. Tudo vai depender
do tesouro que a pessoa reconhece como valor. Quando
o amor do Pai é o nosso tesouro tudo muda. É o que a
gente passa a guardar de todo coração e cultivar com

84
toda a nossa mente, para que a experiência da nossa ami-
zade com Ele na prática, seja cada vez mais prazerosa,
como um Éden.
Ser um filho maduro está diretamente ligado a ser
amigo do Pai. Quanto mais prosperamos nessa amizade
mais sucesso temos, isto é, do objetivo, do alvo, daquilo
que agora nos faz feliz. Uma felicidade eterna porque esse
tipo de sucesso não perece, podemos guardar e cultivar
essa amizade para sempre.
Essa é a definição mais pura de prosperidade que
existe, porque se o amor do Pai é a fonte que nos supre
em todos os aspectos da vida, então prosperar em nossa
amizade com Ele é o que nos fará prosperar em todas as
áreas da nossa vida ao mesmo tempo. É o que Jesus nos
ensina, uma só coisa é necessária.

“Respondeu o Senhor: "Marta! Marta! Você está preocu-


pada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma
é necessária. Maria escolheu a boa parte,
e esta não lhe será tirada".”
(Lucas 10:41,42 NVI)

Quanto mais prosperamos num falso sucesso mais


distante do verdadeiro a gente fica. Como falei aqui, Ele
entrega tudo em nossas mãos no momento certo e na

85
medida certa. É Cristo que nos ensina sobre essa reali-
dade de vida. É Ele que nos enche da gloriosa riqueza do
Espírito que nos revela tudo o que temos disponível em
nossa amizade com o Criador. Essa realmente é uma pa-
lavra digna de confiança.
Uma vez que a gente cresce nessa consciência nós
nunca mais iremos ver o trabalho como algo pesado e
sofrido. Quando entendemos que o trabalho é o meio pelo
qual o Pai nos aperfeiçoa e se manifesta através de nós
passamos a viver uma outra realidade nesse assunto. É
para isso que estamos aqui, esse é o nosso dever.
Não é mais uma questão de sobrevivência ou um
meio próprio de resolver falsas carências, mas um meio
de cumprir um propósito maior, mais elevado. Um filho de
Deus se aposenta quando ele é maduro suficiente para
entender isso. Quando só existe uma única motivação
para tudo aquilo que ele faz.
Nós estamos aqui para brilhar! Não é sobre parar
de trabalhar.
Brilhar a glória do amor incomparável do nosso Pai.
Esse deve ser o nosso único objetivo de vida, em tudo o
que a gente fizer. Todo e qualquer tipo de trabalho, seja
no lar, seja na profissão, seja o que for. Cada energia en-
volvida. Se torna mais viva quando fazemos com essa
única intenção e com esse único propósito.

86
“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer
outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.”
(1 Coríntios 10:31 NVI)

Quando o nosso coração se alinha com esse obje-


tivo tudo ganha um novo sentido, um sentido verdadeira-
mente coerente, que nos preenche e nos torna vivos para
sempre. É assim que vivem os anjos.
Viver com esse único objetivo de vida é a maior ex-
pressão de confiança que podemos manifestar. É sinal de
que confiamos que todas as demais coisas, todas as nos-
sas necessidades, serão naturalmente supridas no decor-
rer desse processo porque temos um Pai que nos ama
com um amor único. O trabalho não é mais um fardo
como consequência da rebelião de Adão, o trabalho se
torna dessa maneira alimento para as nossas almas.

“Disse Jesus: "A minha comida é fazer a vontade da-


quele que me enviou e concluir a sua obra.”
(João 4:34 NVI)

Esse é o conceito de grandeza aos olhos do Pai.


Achamos que grandeza está ligado antes de tudo à uma

87
questão de números de seguidores, margem de lucro, fa-
turamento, patrimônio, mas não. Grandeza está ligado ao
quanto refletimos o Pai, na Sua maneira de valorizar, pen-
sar e se relacionar uns com os outros. Sem isso qualquer
tipo de métrica é insustentável e não subsistirá.
Não tem a ver com ser uma pessoa de um assunto
só, mas uma pessoa de um Deus só. É o prazer de um
filho que vive todos os assuntos e momentos da vida por
meio daquilo que aprendeu com Aquele que o ensinou.
Pela perspectiva do Seu olhar.

“Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Se-


nhor, ali há liberdade. E todos nós, que com a face des-
coberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a
sua imagem estamos sendo transformados com glória
cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.”
(2 Coríntios 3:17,18 NVI)

Precisamos ter por motivo de grande alegria pas-


sar por provações porque as provações vão produzir em
nós a perseverança, a maturidade, a integridade, para que
não haja falta de nada naquilo que o Pai está formando
em nós. A pessoa que o Pai está formando em nós. Filhos
maduros como Cristo.

88
Um precioso tesouro que nós recebemos da parte
dEle, de ser formado à Sua imagem, conforme a Sua se-
melhança, pois a maior expressão de amor do Pai é o Seu
ensino.
A provação não é uma questão de aceitação, a
provação é uma questão de formação, a didática do pró-
prio Deus para nos ajudar a mostrar onde nós estamos no
processo para que a gente possa entender em qual as-
pecto precisamos avançar, e assim pedir por mais sabe-
doria.

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o


fato de passarem por diversas provações, pois vocês sa-
bem que a prova da sua fé produz perseverança. E a per-
severança deve ter ação completa, a fim de que vocês
sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.
Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a
Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe
será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar...”
(Tiago 1:2-6 NVI)

A sabedoria divina gera dentro de nós a pressão


necessária para enfrentar os desafios da vida. Sim, em
Cristo podemos resistir e vencer as pressões desse
mundo. Ele venceu e Ele nos deu o caminho da vitória.

89
Podemos ter a inteligência espiritual que Cristo usou para
enfrentar os gigantes que tentam ocupar a terra que já nos
foi dada por herança.

“Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque


aquele que está em vocês é maior do que aquele
que está no mundo.”
(1 João 4:4 NVI)

É por meio da maturidade que o Pai nos dá que


nós podemos nos posicionar como realeza nessa Terra e
cumprir a nossa vocação original de ter domínio sobre
tudo aquilo que Ele nos confia (como reis) e do jeito dEle
(como sacerdotes).

“Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, por-


que foste morto e com o teu sangue compraste para
Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e
para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes;
e eles reinarão sobre a terra.”
(Apocalipse 5:9,10 ACF)

Abandone tudo aquilo que seja maior que Cristo no


seu coração. A grande evidência da conversão é quando
a gente ama mais a Cristo do que qualquer outra coisa na

90
vida. É nesse momento que a nossa referência de su-
cesso e prosperidade mudam completamente.

"Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não
é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do
que a mim não é digno de mim;”
(Mateus 10:37 NVI)

Os primeiros nos padrões de sucesso humano são


os últimos no Reino e os últimos nos padrões de sucesso
humano são os primeiros no padrão de sucesso do Reino
de Deus.

"E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs,


pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão
cem vezes mais e herdarão a vida eterna.
Contudo, muitos primeiros serão últimos, e
muitos últimos serão primeiros."
(Mateus 19:29-30 NVI)

Salve isso em algum lugar e reflita sobre essas pa-


lavras todos os dias. A liberdade que Cristo nos dá con-
siste em ter e desfrutar de um tesouro que não se con-

91
quista e não se perde. Um tesouro que acessamos gra-
tuitamente e que nos supre em todos os aspetos da vida.
O amor incomparável de Deus Pai.

“Portanto, se o Filho os libertar,


vocês de fato serão livres.”
(João 8:36 NVI)

92
Capítulo 3.3
VIDA PLENA

“Deem graças ao Senhor porque Ele é bom;


o Seu amor dura para sempre.”
(Salmos 118:1 NVI)

Na minha história de vida, eu aprendi primeiro que


o lugar de segurança e prosperidade que eu deveria bus-
car era o emprego público. Depois entendi na faculdade
que era fazendo uma carreira como empregado numa
grande empresa. Depois, quando comecei a trabalhar,
entendi que na verdade era construir um negócio próprio,
comprar patrimônio e viver de renda passiva, mas depois
de tudo isso, crescendo em maturidade como filho amado
e herdeiro do Criador entendo totalmente diferente.

93
Agora entendo que a única maneira de viver uma
segurança e prosperidade que dura para sempre é guar-
dando e cultivando a minha amizade com Deus Pai, vi-
vendo na prática a Sua vontade.
Então, se Ele quiser que eu trabalhe em qualquer
um desses formatos já não importa mais, se for a vontade
dEle, Ele cumprirá as Suas promessas em qualquer lugar
e eu descanso desde já na confiança de que a vontade
dEle é boa, perfeita e agradável e de que o Seu amor é
pleno e dura para sempre.
É nesse lugar, nessa maneira de ver a vida que
adentramos à eternidade como também a plenitude de
vida que Cristo foi enviado para nos dar.

Jesus disse: “... eu vim para que tenham vida,


e a tenham plenamente.”
(João 10:10 NVI)

Jesus nos dá a opção que o mundo não nos dá.


Ele fez isso, se entregou de maneira única por causa do
amor incomparável do Pai por nós. Jesus revela o Pai,
quando olhamos para Jesus, sabemos quem o Pai é. Só
assim conseguimos ter acesso à Ele para entender qual
tipo de vida podemos viver desde já. Os elementos são

94
os mesmos, mas a ordem, a maneira de se relacionar é
que muda.
Todos precisamos fazer terapia. O Espírito Santo,
ministrando em nosso coração e nossa mente, tem um
poder terapêutico inigualável que pode até ser iniciado ou
acompanhado com a ajuda de alguns irmãos, mas é so-
mente sozinho com o Pai, todos os dias, sem qualquer
tipo de distração, que um verdadeiro detox espiritual
acontece em nossas vidas.
Tudo já está disponível. O Pai fez tudo o que Ele
tinha para fazer para nos mostrar o caminho. O Seu amor
está nos atraindo o tempo todo, de várias formas, é como
a força gravitacional da Terra. Está sempre presente, nos
atraindo constantemente para perto dEle. Nós é que
aprendemos a fazer uma força contrária à esse amor, a
vida só é pesada para algumas pessoas porque elas re-
sistem ou ignoram o amor incomparável do Pai, mas
quando a gente se deixa ser influenciado, se deixa ser
atraído por esse amor a gente de fato começa a experi-
mentar um descanso, porque de fato a gente não precisa
fazer força para estar em terra firme, a gente só precisa
fazer força para sair da terra. Precisamos construir um fo-
guete para enfrentar a força gravitacional que nos man-
tém por perto, conectados.

95
Muita gente tem feito muita força para sair de perto
desse amor, para ir cada vez mais longe do cuidado do
Pai, aonde tem pouco oxigênio. Isso acontece até o mo-
mento que se rompe a atmosfera do amor dEle e as pes-
soas de fato morrem, perecem e perecem para sempre.
Eu não creio num inferno eterno, creio num pereci-
mento eterno, pois tudo o que perece deixa de existir e
ninguém jamais se lembrará daquilo que não precisa ser
lembrado, aquilo que se revelou não ser bom para todos
nós.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o


seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16 NVI)

A vida eterna é uma vida que a gente aprende a


viver. O culto ao Deus Criador é eterno. É sobre cultivar
uma relação de amizade. Não é um culto que termina,
mas que permanece para sempre ampliando cada vez
mais a nossa experiência conforme avançamos em confi-
ança, conforme somos enchidos pelo Espírito da fé.

“Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me,


negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e

96
siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá;
mas quem perder a vida por minha causa,
este a salvará.”
(Lucas 9:23,24 NVI)

Todos sabemos que a humanidade tem um pro-


blema a ser resolvido, não devemos confiar em nossa
própria sabedoria para salvar a nossa própria vida. So-
mente por meio de Cristo é que somos salvos. Jesus é o
caminho para o amor do Pai.

“Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a


vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
(João 14:6 NVI)

O Céu é uma realidade que se vive em plena co-


munhão com esse amor perfeito. Começa aqui em carne
e continua no corpo glorificado. A ressurreição que tam-
bém faz parte da herança.
Como disse anteriormente, a cruz que Jesus diz
que precisamos carregar não é um fardo para nós, mas a
incompreensão de algumas pessoas. Quando a incredu-
lidade faz com que elas interpretem como mal aquilo que
verdadeiramente é bom aos olhos do Pai. Isso produz ne-
las toda espécie de raiva e punição contra aqueles que

97
vivem a vontade a vontade dEle. O juízo dos próprios ho-
mens que estão impedidos de compreender as boas no-
vas por causa das suas próprias distrações e orgulho.

“Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam


homens de coragem, sejam fortes.
Façam tudo com amor.”
(1 Coríntios 16:13,14 NVI)

Se Adão, que inicialmente vivia essa plenitude, se


permitiu ser distraído ao ponto de perder de vista o cami-
nho para o Pai. Nós precisamos permanecer em cons-
tante vigilância para não sermos distraídos e pegos de
surpresa na hora da tentação. Não existe bondade fora
do Pai. Não existe espaço para distração quando assumi-
mos uma posição de governo como filhos do Rei.
Foi por isso que escrevi esse livro, para repartir
com você um conhecimento fundamental sobre discerni-
mento espiritual. Com esse entendimento você discerne
qualquer pregação. A ausência de qualquer um destes
três fundamentos (amor, graça e fé) faz com que a men-
sagem do evangelho esteja distorcida ou incompleta.

“Se vivemos pelo Espírito, andemos também


pelo Espírito.” (Gálatas 5:25 NVI)

98
Ser guiado pelo Espírito Santo é responder todas
as questões da vida considerando a plena provisão do
amor do Pai (amor), sem qualquer tipo de barganha na
forma de se relacionar com Ele e com o próximo (graça),
ao mesmo tempo que o nosso prazer está nessa comu-
nhão (fé).
Uma vez que vivemos por meio desse Espírito des-
frutamos de uma colheita realmente abundante e a ale-
gria do Senhor se torna uma realidade em nossas vidas,
pois é nesse lugar de comunhão onde está o pleno prazer
do Pai. Ele não tem prazer em nada sem a presença dos
Seus filhos.

“Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também co-


lherá pouco, e aquele que semeia com fartura,
também colherá fartamente.”
(2 Coríntios 9:6 NVI)

Fomos ensinados que essa passagem fala antes


de tudo sobre finanças, muitos interpretam assim porque
ainda tem o dinheiro ou os recursos materiais como prio-
ridade em suas vidas, mas a verdadeira colheita abun-
dante intrínseca à esta passagem são os relacionamentos
que construímos com as pessoas.

99
É nisso que está a plenitude de vida. Repartir re-
curso material agrada ao Pai antes de tudo. Está ligado à
nossa amizade com Ele. Ele nos pede para fazer isso em
favor dos Seus filhos, nossos irmãos. É sobre a importân-
cia que damos, não para os bens materiais em primeiro
lugar como vivem os pagãos, mas para o relacionamento
com o Pai e com os irmãos. É a comunhão da família que
vem antes de tudo isso, pois é nisso que está a vida.
Tudo o que o Pai coloca em nossas mãos não é só
para nós, é para que a gente reparta uns com os outros.
Ficamos alegres quando recebemos dEle, mas a alegria
se completa quando repartimos aquilo que Ele confiou a
nós, com o mesmo discernimento, quando vemos os nos-
sos irmãos usufruindo das mesmas coisas.

“Por isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ím-


pio para ganhar amigos, de forma que, quando ela aca-
bar, estes os recebam nas moradas eternas.”
(Lucas 16:9 NVI)

De fato, relacionamentos construídos com base no


amor, na graça e na confiança são muito mais ricos do
que bens materiais por si só. Quando repartimos com a
intenção no material a recompensa será somente esta,

100
mas quando repartimos com a intenção na relação tudo
pode acontecer, inclusive na questão material.

“No presente momento, a fartura de vocês suprirá a ne-


cessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles
supra a necessidade de vocês...”
(2 Coríntios 8:14 NVI)

É assim no Reino de Deus, o valor está no amor do


Pai fluindo entre os irmãos. A riqueza são as relações
construídas em comunhão com o mesmo Espírito. Esse
precisa ser o alvo da nossa recompensa porque esse é o
alvo da recompensa do nosso Pai para conosco.

“E nas orações que fazem por vocês, eles estarão cheios


de amor por vocês, por causa da insuperável graça que
Deus tem dado a vocês.”
(2 Coríntios 9:14 NVI)

Não é sobre conquistar a Deus, mas se deixar ser


conquistado por Ele. Nós somos a terra que Ele prometeu
habitar. A terra prometida.

"Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel


depois daqueles dias", declara o Senhor. "Porei minhas

101
leis em suas mentes e as escreverei em seus corações.
Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Ninguém
mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, di-
zendo: ‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me co-
nhecerão, desde o menor até o maior.”
(Hebreus 8:10,11 NVI)

A forma como associamos o nosso tempo vai de-


finir se a nossa vida é eterna ou não. Quando tempo é
dinheiro, então a nossa vida não é eterna porque dinheiro
é perecível. Cristo nos ensina que tempo é comunhão, co-
munhão com seres eternos, isto é, os que carregam o Es-
pírito do Deus eterno.

“Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade,


para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus ver-
dadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
(João 17:2,3 NVI)

A vida plena se vive pela fé. O Deus verdadeiro é o


amor incomparável do Pai que é derramado graciosa-
mente sobre os Seus filhos, o qual podemos desfrutar por
meio da fé, a comunhão. É algo que transcende aquilo
que é visto com os olhos físicos.

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Jesus foi glorificado de uma maneira indescritível.
O corpo glorificado de Jesus vai além do corpo que os
discípulos viram logo após a ressurreição.
Só no livro de Apocalipse podemos ver uma des-
crição mais próxima do que havemos de ser, e podemos
ver que é realmente incomparável a recompensa de se
abrir para o amor do Deus Criador.

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se


manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele,
pois o veremos como Ele é.”
(1 João 3:2 NVI)

Isso é incrível. O menor no Reino de Deus é mais


rico do que Salomão. Aqueles que possuem o mínimo de
consciência da herança que temos no amor do Pai, que é
maior que o próprio Universo, de fato já pode se sentir
rico de uma maneira que nem consegue mensurar.
Deixei esse livro pequeno de propósito. Leia, reflita
e coloque em prática essa inteligência espiritual para que
por meio dessa mensagem, que é o evangelho de Cristo,
você seja iluminado com relação àquilo que está disponí-
vel para você neste exato momento.

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Como filhos amados do Criador, fazemos parte de
uma realeza que vai além do Universo. O Pai confiou essa
Terra a nós. Quem está envolvido com o Seu governo aqui
nessa Terra, cuidando daquilo que Ele confiou a cada um,
com o Seu Espírito, certamente será colocado sobre algo
muito maior e que de fato já nos pertence.

“Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os


fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do
seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações
mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicer-
çados em amor, possam, juntamente com todos os san-
tos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a
profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede
todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de
toda a plenitude de Deus. Àquele que é capaz de fazer
infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, de
acordo com o seu poder que atua em nós, a Ele seja a
glória na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações,
para todo o sempre! Amém!”
(Efésios 3:16:21 NVI)

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SOBRE O AUTOR

Guilherme Siqueira é um filho amado do Criador que tem


como único objetivo de vida cultivar e guardar a sua ami-
zade com Deus Pai por meio de Cristo, com o intuito de
viver a vida que foi preparada para ele antes da fundação
do mundo. Guilherme e sua esposa, Suellen Siqueira,
têm dois filhos e nasceram na cidade do Rio de Janeiro.

Site – www.guilhermesiqueira.com.br
E-mail – guilhermesiqueiracontato@gmail.com
Instagram – guilhermesiqueirarj

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CONTRIBUIÇÃO

Estou muito feliz por chegarmos até aqui juntos.


Espero que este conteúdo tenha tocado a sua vida pro-
fundamente da mesma forma que tocou a minha. Esse é
só o começo!
Eu creio que foi o Pai que me chamou para realizar
esse trabalho e creio que também irá sustentá-lo. Se Ele
colocou no seu coração o desejo de contribuir em favor
da propagação dessa mensagem não deixe de fazer. Sua
contribuição fará com que mais pessoas despertem para
a realidade do Reino do Seu amor sobre a Terra. É só
acessar este link.

www.amorincomparavel.com.br/contribuicao

Até breve!
Guilherme Siqueira

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