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...A face de Jesus!...

Desde a escola primária, perguntava a mim mesmo


como seria o semblante d´Ele, o Benfeitor incomparável! Muito cedo, caminhei
para a mediunidade e indagava dos Espíritos Amigos como seriam os traços
fisionômicos do Senhor. Os Benfeitores Espirituais me determinavam
procurá-los nas crianças doentes e desamparadas e nas pessoas abatidas,
sofredoras, andrajosas e feridas. Certa vez, meu pai, impressionado com a
minha persistência em recortar retratos do Senhor de jornais e revistas, me
perguntou:
- Chico, que nome terá Jesus no Céu?
Eu, que estava sempre induzido pelos Amigos Espirituais a procurar a
divina Face nos sofredores e nos infelizes, imaginei que o Senhor, sendo o
conforto e a providência dos tristes e dos desventurados, deveria ter no
Alto um nome de luz e respondi:
- Meu pai, eu penso que no Céu Jesus se chama Alegria, pois todos os
que sofrem na Terra estão esperando por Ele.
Trecho do Livro: HOSPITAL DE MÉDIUNS
Carlos A.Baccelli Pelo espírito: DOMINGAS

O Apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária, pretendia visitar as


comunidades fundadas na Ásia Menor durante a primeira viagem.
Entretanto, chegando ao extremo asiático na cidade de Trôade recebeu, em sonho,
a visita de um Espírito pedindo ajuda para a Macedônia. Assim, decidiu seguir
viagem por mar, dando início à evangelização da Europa. Hoje uma grande ponte
em Istambul faz a ligação entre os dois continentes.

Na cidade de Tessalônica, onde havia uma grande comunidade judaica, fundou uma


igreja, que, apesar das dificuldades, frutificou tornando-se um grupo modelo.
Paulo escreveu duas cartas para os Tessalonicences e destacamos, nas
recomendações finais da primeira carta, nos versículos 16 a 18, as seguintes
orientações:
“Estai sempre alegres, orai incessantemente, dai graças em todas as
circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus.”

Uma trilogia luminosa! Um roteiro de felicidade, harmonia e saúde que precisamos


seguir.
Render graças por tudo é agradecer a Deus por todas as ocorrências e
possibilidades que nos chegam, pois tudo no Universo nos leva ao Pai. Somos
muito seletivos e, normalmente, agradecemos somente as coisas boas, na visão do
mundo. É bem característico do grande Apóstolo o agradecimento por tudo, até
mesmo pelas experiências mais dolorosas, que, aliás, foram constantes no seu
apostolado.
Complementaríamos com o entendimento espírita, que devemos também
agradecer pelo mal evitado, que muitas vezes desconhecemos.
A oração incessante é fundamental nas nossas vidas, pois funciona qual
uma tomada elétrica para que as nossas energias espirituais e físicas sejam
recarregadas e possamos enfrentar, sem temor, nossas provas e expiações.
Por fim, a primeira recomendação:

“Estai sempre alegres.” Paulo fala de uma alegria contínua que não depende
de ocorrências exteriores boas ou que não é consequência de uma causa feliz.
Paulo falava da alegria que nasce no íntimo da criatura por reconhecer-se
possuidora da herança Divina. Evidentemente é justo e natural nos alegrarmos com
as coisas boas da vida, mas, como elas não ocorrem frequentemente, precisamos
desenvolver a perfeita alegria, como ensinou o Pobrezinho do Cristo, Francisco de
Assis, ao seu dileto companheiro Frei Leão. A lição foi narrada no livro “I Fioretti de
São Francisco de Assis” (pequenos contos), escrito em 1390, 64 anos após sua
desencarnação e que resumimos a seguir:
“São Francisco viajava de Perugia para Santa Maria dos Anjos com Frei Leão. Era
tempo do inverno e o frio intenso dificultava a marcha. Foi quando Francisco
chamou Frei Leão, que ia à frente, e disse assim: “Frei Leão, se acontecer, por
graça de Deus, que os frades menores deem em todas as terras grande exemplo de
santidade e de boa edificação, apesar disso, escreve e anota diligentemente
que não está aí a perfeita alegria.”
E andando mais adiante, São Francisco chamou-o uma segunda vez: “Ó Frei Leão,
ainda que o frade menor ilumine os cegos, expulse os demônios, faça os surdos
ouvirem e coxos andarem, e os mudos falarem e, o que é coisa maior, ressuscite os
mortos de quatro dias, escreve que não está aí a perfeita alegria.”

E, andando um pouco, São Francisco gritou forte: “Ó Frei Leão, se o frade menor


soubesse todas as línguas, todas as ciências e todas as escrituras, de modo
que soubesse profetizar e revelar não somente as coisas futuras, mas até os
segredos das consciências e das pessoas, escreve que não está nisso a perfeita
alegria.”
E andando ainda mais um pedaço, São Francisco chamou com força: “Ó Frei Leão,
ainda que o frade menor soubesse pregar tão bem que convertesse todos os infiéis
para a fé de Cristo, escreve que aí não há perfeita alegria.”
Após caminharem duas milhas, Frei Leão, com grande admiração, lhe perguntou:
“Pai, eu te peço, da parte de Deus, que tu me digas onde há perfeita alegria.”
E Francisco lhe respondeu: “Quando nós estivermos em Santa Maria dos Anjos,
tão molhados pela chuva, enregelados pelo frio, enlameados de barro, aflitos de
fome, e batermos à porta do lugar, e o porteiro vier irado e disser: Quem sois vós?
E nós dissermos: Nós somos dois dos vossos frades. E ele disser: Vós não dizeis a
verdade, aliás, sois dois marotos que andais enganando o mundo e roubando as
esmolas dos pobres, ide embora; e não nos abrir, e fizer-nos ficar fora na neve e
na água, com o frio e com a fome até de noite; então, se nós suportarmos tanta
injúria e tanta crueldade, pacientemente, sem nos perturbarmos, e sem
reclamarmos, pensando humildemente que aquele porteiro nos conhece de verdade
e que Deus o faz falar contra nós, ó Frei Leão, escreve que aqui há perfeita alegria.

E, por isso, ouve a conclusão, Frei Leão. Acima de todas as graças e dons, que o
Cristo concede aos seus amigos, está a de vencer a si mesmo e, de boa-vontade,
por amor de Cristo, suportar penas, injúrias, opróbrios e mal-estares; porque de
todos os outros dons de Deus nós não podemos nos gloriar, pois não são nossos,
mas de Deus, como diz o Apóstolo Paulo: Que é que tu tens que não recebeste de
Deus? E se recebeste dele, por que te glorias, como se o tivesses por ti? Mas, na
cruz da tribulação e da aflição, nós podemos nos gloriar, pois, diz o Apóstolo, ‘não
quero me gloriar a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.’ ”
A alegria é a marca do verdadeiro cristão, embora o mundo sempre tenha visto no
Evangelho um conjunto de notícias tristes. Jesus nasceu pobre, ajudou e curou
a todos e acabou morrendo pela crucificação entre dois ladrões. A perfeita alegria,
explicada por Francisco, foi ensinada por Jesus durante a Ceia Pascal, na quinta-
feira à noite, horas antes da crucificação, quando o Divino Amigo afirmou: “Assim
como o Pai me amou, eu também vos amei. Se observardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor, como, observando os mandamentos
do meu Pai, eu permaneço no seu amor. “Eu vos disse isso para que a minha
alegria esteja em vós e a vossa alegria seja perfeita” (João, 15: 9-13).

Assim, cultivemos a perfeita alegria para que as nossas vidas se transformem em


manancial de bênçãos para todos que convivem conosco.

Alegrai-vos”, propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.” Este reino está
dentro de nós, esperando ser descoberto e habitado. Aguarda-te, desafiador.
Chegou até onde estás. Dá o teu passo em sua direção, penetra-o, deixa-te por ele
preencher e alegra-te para sempre, como herói que concluirá a luta.Por: Joanna de
Ângelis Livro: Jesus e Atualidade Psicografia: Divaldo Franco

Alegrai-vos quando Deus vos enviar para a luta. (ESE, capítulo V, item 8)

Ser alegre não requer uma vida isenta de preocupações ou de problemas, posto
que a alegria é um estado de espírito, baseada na certeza do dever cumprido.
A alegria é um hábito a ser cultivado, caracterizando-se como manifestação de fé
no futuro e na justiça divina. Cada um deve decidir por uma atitude de alegria
perante a vida, renovando o propósito diariamente, a fim de que, plantando
alegrias, colha paz interior e felicidade.

ALEGRIA

Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. 6ssa
sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração
dos homens.

A maioria das pessoas tem uma visão distorcida da alegria, pois a confunde com
festas frívolas e divertimentos que provocam sensações intensas, risos exagerados;
enfim, satisfações puramente emocionais.

Aliás, não há nada de errado em ser jovial, bem-humorado, festivo e risonho.


Sentir as emoções terrenas inclui-se entre as prerrogativas que o Criador destinou
a suas criaturas. Vivenciar a normalidade das sensações humanas é um processo
natural estabelecido pela Mente Celestial.

Talvez as religiões fundamentalistas tenham mesclado as idéias contidas nas


palavras alegria e tentação. Na realidade, o Mestre ensinava a seus seguidores que
vivessem com alegria. "Eu vos digo isso para que a minha alegria esteja em vós",
diz Jesus, "e vossa alegria seja plena"1.

A verdadeira alegria está associada à entrega total da criatura nas mãos da


Divindade, ou mesmo à aceitação de que a Inteligência Celestial a tudo provê e
socorre.
E a confiança integral em que tudo está justo e certo e a convicção ilimitada nos
desígnios infalíveis da Providência Divina.

A palavra aleluia tem origem no hebreu "hallelu-yah" e significa "louvai com júbilo o
Senhor". Tem sido usada como cântico de alegria ou de ação de graças pela liturgia
de muitas religiões a fim de glorificar a Deus. A designação "sábado de aleluia",
utilizada pela Igreja Católica, tem como fundamento a exaltação à alegria, visto
que nesse dia se comemora o reaparecimento de Jesus Cristo depois da
crucificação.

Viver em estado de alegria é estar plenamente sintonizado com nossa paternidade


divina, através das mensagens silenciosas e sábias que a Vida nos endereça.

A "entrega a Deus" é a base de toda a felicidade. No entanto, o problema reside em


algumas religiões que recomendam a "entrega" não a Deus, mas a mandatários ou
representantes "divinos", ou mesmo a congregações doutrinárias que impõem
obediência e subordinação a seus diretores.

Condutas semelhantes acontecem em seitas ou em grupos dissidentes de uma


religião, em que há uma entrega incondicional dos adeptos ao líder religioso e que
resulta, inicialmente, numa suposta sensação de alegria e satisfação.

Na realidade, quando existe subordinação na nossa "entrega a Deus", ela não pode
ser considerada real, pois, mais cedo ou mais tarde, a criatura vai notar que está
encarcerada intimamente e que lhe falta a verdadeira comunhão com o Criador.

Viver em "estado de graça" ou em "comunhão com Deus" é estar perfeitamente


harmonizados com nossa natureza espiritual. É a alegria de repetir com Jesus
Cristo: "Eu estou no Pai e o Pai está em mim"2.

A felicidade é um trabalho interior que quase nunca depende de forças externas.


Deus representa a base da alegria de viver, pois a felicidade provém da habilidade
de percebermos as "verdadeiras intenções" da ação divina que habita em nós e do
discernimento de que tudo o que existe no Universo tem sua razão de ser.

O homem carrega na sua consciência a lei de Deus3, afirmam os Espíritos


Superiores a Allan Kardec. "A lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a
felicidade do homem. Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele
não é infeliz senão quando se afasta dela"4.

Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. Essa
sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração
dos homens.

"Ninguém fica feliz por decreto"; sente imensa satisfação apenas quem está
iluminado pela chama celeste. Rejubila-se realmente aquele que se identificou com
a Divindade e descobriu que "a lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para
a felicidade do homem'.

A alegria espontânea realça a beleza e a naturalidade dos comportamentos


humanos. Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos a aprendizagem de que a
alegria real não é determinada por fatos ou forças externas, mas se encontra no
silêncio da própria alma, onde a inspiração divina vibra incessantemente.
1João, 15:11

2João, 14:11

3 Questão 621 de "O Livro dos Espíritos'

“A lei natural de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem.

Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão
quando se afasta dela.”

ALEGRIA

É muito bom vivenciar a alegria de encontrar o "tesouro escondido no campo da


própria alma", isto é, reconhecer o Si~mesmo, a mais profunda realidade - a
"vontade de 'Deus , que sustenta, resguarda e inspira o ser humano a progredir de
modo natural e sensato.

Todos nós fomos criados pela Divina Sabedoria do Universo para ser felizes, tanto
no plano físico como no astral, e certamente por toda a eternidade. A alegria de
viver é um atributo natural de toda criatura humana - herança de sua filiação
divina.

Na realidade, a alegria começa quando somos responsavelmente livres para ser nós
mesmos; quando tomamos o leme de nossa vida nas próprias mãos e deixamos de
ser escravos de algo ou de alguém. A bem da verdade, dizem os Benfeitores
Espirituais: " Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei
de Deus" l.

Não "há homens que sejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros
homens". Muitas pessoas acreditam que, sentindo e pensando como os outros,
serão mais aceitas e amadas. Outras pensam que, comportando-se de forma
submissa, débil e servil, evoluirão mais depressa. Elas ignoram que, assim
procedendo, estarão perdendo contato com a própria fonte sapiencial, que promove
o encontro com a "vontade de Deus". A prova disso é o que Paulo de Tarso
escreveu aos romanos: " E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-
vos, renovando vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de
Deus." 2

A "vontade de Deus", ou imago Dei, reside nas criaturas e representa um "livro


sagrado" a ser desvendado na própria intimidade.

Sustenta Jung que trazemos em nosso íntimo a "imagem de Deus" - a marca do Si-
mesmo (o Self inglês). Segundo as teorias junguianas, "o Si-mesmo não é apenas o
centro, mas também toda a circunferência que contém em si tanto o consciente
quanto o inconsciente; ele é o centro dessa totalidade, assim como o ego é o centro
da consciência". Carl Jung afirmava que o Self preside a todo o governo psíquico, é
uma autoridade suprema e é considerado a unificação, a reconciliação, o equilíbrio
dinâmico, um fator interno de orientação do mais alto valor.

Ajustando esses conceitos à nossa fé espírita, podemos dizer que o Cristo é o


símbolo do Si-mesmo, porque se identificou plenamente com a "vontade de Deus".
O Mestre reconheceu em si a imago Dei, visto que integrou sua compreensão do
mundo exterior com tudo aquilo que é divino em si mesmo.

A concepção católico-cristã primitiva da imago Dei, assegurada na figura de Jesus,


expressa, em verdade, que somente o Mestre retinha a totalidade da natureza
divina. Ele é denominado até os dias atuais pela Igreja de Roma de "Filho Unigênito
de Deus"

- não manchado pelo pecado. Por outro lado, a religião romana afirma que os seres
humanos não possuem as mesmas potencialidades celestes que possuía o Mestre,
uma vez que a imagem divina do homem foi danificada e corrompida pelo "pecado
original", e só será restaurada pela misericórdia do Criador.

Entretanto, os Guias da Humanidade afirmaram a Allan Kardec que os denominados


anjos, arcanjos e serafins não formam uma categoria especial de natureza diferente
da dos outros Espíritos3, e que todos nós passamos igualmente por estágios na
escala evolutiva, sem nenhuma distinção, prerrogativa ou exclusividade.

Não podemos conferir a um indivíduo uma criação superior ou especial em relação


aos demais. Jesus de Nazaré não é "5. filho privilegiado de Deus, mas um ser que
desenvolveu suas 8" potencialidades em altíssimo grau, incluindo-se entre os
Espíritos que "aceitaram suas missões sem murmurar e chegaram 8" mais
depressa"4. Superou a condição humana por sua elevada evolução espiritual. É um
modelo real que todos nós poderemos atingir, se seguirmos seus passos e
exemplos existenciais.

O verdadeiro contentamento fundamenta-se no fato de -o usarmos de forma livre,


consciente e sensata a capacidade de ser, pensar, sentir e agir. A alegria de viver
está baseada na certeza que experimentamos quando reconhecemos que palpita
em nós uma tarefa suprema - o Self ou Si-mesmo -, que é a de manter todo o
nosso sistema psíquico unido e reedificado toda vez que ele correr perigo de se
fragmentar ou desequilibrar.

Uma vez que está impressa em nós a imago Dei, estamos em contato com essa
"totalidade" ou "poder superior" e, portanto, sua presença atrai o ponteiro da
"bússola interior", que nos indica o porto seguro da Vida Providencial. Quando
seguramos as rédeas da própria existência, assenhoreando-nos dela, vivemos
tranqüilos e felizes e não mais necessitamos impor, comandar e controlar os outros,
nem utilizar compulsoriamente a aprovação e os aplausos alheios para decidir ou
agir, porquanto estamos firmados em nosso mais profundo "senso de identidade
com a Consciência Sagrada.

Não é egoísmo abrigar na alma uma sensação de aceitação genuína e profunda de


nós mesmos, nutrindo uma autêntica auto-estima e uma alegria que resultam num
sentimento íntimo de vivacidade e contentamento. Essas idéias podem de início nos
incomodar ou surpreender, já que podemos associá-las à vaidade ou ao orgulho.
Por sinal, escreveu o apóstolo Mateus: "O Reino dos Céus é semelhante a um
tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua
alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo."5

É muito bom vivenciar a alegria de encontrar o "tesouro escondido no campo da


própria alma", isto é, reconhecer o Si mesmo, a mais profunda realidade - a
"vontade de Deus", que sustenta, resguarda e inspira o ser humano a progredir de
modo natural e sensato.

Há muitas formas de escravidão. Não devemos nos escravizar a nada nem a


nenhuma pessoa, pois o grau de alegria é proporcional ao grau de liberdade que
possuímos.

Dentro de nós existe um universo ilimitado que infelizmente reduzimos ao mundo


insignificante de nossos interesses mesquinhos. Quando nos identificarmos com o
Criador, a alegria passará a ser presença marcante em toda e qualquer de nossas
atitudes.

PALESTRA – OS PREZERES DA ALMA – CAP.ALEGRIA


E.S.E. - Cap. V item 8: “ Alegrai-vos quando Deus vos enviar para a
luta.”

Ser alegre não requer uma vida isenta de preocupações ou de


problemas, posto que a alegria é um estado de espírito, baseada na
certeza do dever cumprido.

A maioria das pessoas tem uma visão distorcida da alegria, pois a


confunde com festas frívolas e divertimentos que provocam
sensações intensas, risos exagerados; enfim, satisfações puramente
emocionais.

Aliás, não há nada de errado em ser jovial, bem-humorado, festivo e


risonho. Sentir as emoções terrenas esta entre os privilégios que o
Criador nos outorgou.

Na realidade, o Mestre ensinava a seus seguidores que vivessem com


alegria. "Eu vos digo isso para que a minha alegria esteja em vós",
diz Jesus, "e vossa alegria seja plena".(João 15.9:13).

Questão 621 L.E :“ Onde está escrita a lei de Deus? R.:Na consciência.”

A lei natural de Deus e a única verdadeira para a felicidade do


homem. Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele
não é infeliz senão quando se afasta dela.

Todos nós fomos criados pela Divina Sabedoria do Universo para ser
felizes, tanto no plano físico como no astral, e certamente por toda a
eternidade. A alegria de viver é um atributo natural de toda criatura
humana - herança de sua filiação divina.

Viver em estado de alegria é estar plenamente sintonizado com nossa


paternidade divina, através das mensagens silenciosas e sábias que a
Vida nos endereça.
"Ninguém fica feliz por decreto"; sente imensa satisfação apenas
quem está iluminado pela chama celeste. Rejubila-se realmente
aquele que se identificou com a Divindade e descobriu que "a lei
natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do
homem”.

Na cidade de Tessalônica, fundou uma igreja, que, apesar das


dificuldades, frutificou tornando-se um grupo modelo.
Paulo escreveu duas cartas para os Tessalonicences e destacamos,
nas recomendações finais da primeira carta, nos versículos 16 a 18,
as seguintes orientações:
“Estai sempre alegres, orai incessantemente, dai graças em todas as
circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus.”

“Estai sempre alegres.” Paulo fala de uma alegria contínua que não
depende de ocorrências exteriores boas ou que não é consequência
de uma causa feliz.

Paulo falava da alegria que nasce no íntimo da criatura por


reconhecer-se possuidora da herança Divina. Evidentemente é justo
e natural nos alegrarmos com as coisas boas da vida, mas, como elas
não ocorrem frequentemente, precisamos desenvolver a perfeita
alegria.

E o que podemos entender por perfeita alegria?

Todos os seres humanos buscam infatigavelmente a alegria perfeita.


São inúmeros os conceitos em torno do fenômeno interior do júbilo
em plenitude, quase sempre aureolado de sensações.

São Francisco de Assis teve a coragem de apresentá-la de maneira


muito especial, como somente ele poderia fazê-lo, experenciando-a.

A lição foi narrada no livro “I Fioretti de São Francisco de Assis”


(pequenos contos), escrito em 1390, 64 anos após sua
desencarnação e que resumimos a seguir:

Em ditosa oportunidade, enquanto caminhava com o Irmão Leão


entre Perugia e Santa Maria dos Anjos, em pleno inverno,
padecendo penúrias incontáveis, foi tomado de arrebatamento e,
sorrindo eufórico, disse:

 Irmão Leão, mesmo que nossos irmãos em todo e qualquer lugar


ofereçam um especial exemplo de santidade e de devoção, recorda
e escreve no teu coração e no teu espírito, que isso não representa
a perfeita alegria.

Logo depois, vencendo o trecho do caminho e ainda em plena


exaltação, voltou a afirmar:

Oh! Irmão Leão. Se nossos irmãos puderem curar os cegos,


expulsarem demônios, fizerem que mesmo os surdos ouçam, que os
paralíticos caminhem e os mudos falem, e mesmo que logrem
ressuscitar os mortos depois de quatro dias, escreve, Irmão, que
tudo isso não seria razão para a perfeita alegria.

E, continuando a marcha, afirmou com valor e coragem:

Oh! Irmão Leão. Se os irmãos menores possuíssem o dom das


línguas e das ciências, e que se encontrassem em condições de
profetizar, podendo revelar não apenas as questões do futuro, mas
também os segredos do coração da mente, escreve que também
essa conquista não representaria a perfeita alegria.

Mais à frente exclamou, emocionado:

Oh! Irmão Leão, cordeirinho de Deus, até mesmo se falassem a


linguagem dos anjos e conhecessem a música das estrelas e as
forças das plantas, se todos os tesouros do mundo lhes fossem
revelados e contassem com a energia dos pássaros e dos peixes,
assim como dos outros animais e pessoas, as árvores e os minerais,
as raízes e as águas, escreve que todas essas conquistas não seriam
a perfeita alegria.

E, por fim, novamente expôs:

Oh! Irmão Leão. Se nossos irmãos pregassem e conseguissem


converter os não crentes, escreve que ainda essa maravilhosa honra
não constitui a perfeita alegria.

Ante o seu silêncio, o Irmão Leão perguntou-lhe, realmente


surpreso:

Querido Pai, rogo-te pelo amor de Deus que me digas o que é a


perfeita alegria.

O santo, ainda emocionado, replicou:

Oh! Irmão Leão. Estamos viajando a Santa Maria, molhados


totalmente pela chuva e magoados pelo frio, cobertos de musgos e
mortos de fome e, ao chegar, chamaremos à porta e o guarda nos
perguntará aborrecido:

“Vocês quem são?”

Nós responderemos que somos dois irmãos dele. Mas ele, então,
ainda mais aborrecido, voltará a afirmar:

“O que vocês dizem é mentira, são dois vagabundos que andam por
aí enganando o mundo, furtando as esmolas dos pobres. Saiam
daqui!”

E não nos abrindo a porta e não nos deixando entrar, a neve e a


chuva, a fome e a noite gelada ameaçadora e nós toleremos com
paciência semelhante injustiça e maus tratos, sem nos
aborrecermos, e quando concluamos que o guarda tem razão e
reconhecer que não somos dignos e que é Deus quem o manda falar
dessa maneira, oh! Irmão Leão, escreve que essa é a perfeita
alegria!

Ouve ainda, que mais elevado do que todos os dons e bênçãos que
o espírito de Jesus Cristo concede aos seus, encontra-se este: o de
cada qual superar-se a si mesmo e, por amor ao Excelso Benfeitor,
tolerar o castigo, a injúria e o sofrimento.

*   *   *

Oportunamente, numa das suas viagens, ao desabrigo e sofrimento,


chegou a um dos monastérios dos Menores e solicitou albergue  
durante a noite gelada, havendo sido considerado vagabundo e
ladrão, ameaçado de uma surra, tendo a porta pesada sido fechada
em sua face…

Sem reclamar nem justificar-se ou fazer-se identificar, por amor ao


Nazareno que não tinha uma pedra para reclinar a cabeça, afastou-
se louvando-O e bendizendo-O.

Essa opção pelos valores transcendentes dele fez o mais fiel


seguidor de Jesus.

A alegria é a marca do verdadeiro cristão.

Assim podemos entender a citação do E.S.E , do inicio da nossa


conversa: “ Alegrai-vos quando Deus vos enviar para a luta.”

Por: Joanna de Ângelis Livro: Jesus e Atualidade Psicografia: Divaldo


Franco.
“Alegrai-vos”, propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.”
Este reino está dentro de nós, esperando ser descoberto e habitado.
Aguarda-te, desafiador. Chegou até onde estás. Dá o teu passo em
sua direção, penetra-o, deixa-te por ele preencher e alegra-te para
sempre, como herói que concluirá a luta.

Trecho do Livro: HOSPITAL DE MÉDIUNS


Carlos A.Baccelli Pelo espírito: DOMINGAS

A face de Jesus!

Desde a escola primária, perguntava a mim mesmo como seria o


semblante d´Ele, o Benfeitor incomparável!

Muito cedo, caminhei para a mediunidade e indagava dos Espíritos


Amigos como seriam os traços fisionômicos do Senhor.

Os Benfeitores Espirituais me determinavam procurá-los nas crianças


doentes e desamparadas e nas pessoas abatidas, sofredoras,
andrajosas e feridas.

Certa vez, meu pai, impressionado com a minha persistência em


recortar retratos do Senhor de jornais e revistas, me perguntou:
- Chico, que nome terá Jesus no Céu?
Eu, que estava sempre induzido pelos Amigos Espirituais a procurar a
divina Face nos sofredores e nos infelizes, imaginei que o Senhor,
sendo o conforto e a providência dos tristes e dos desventurados,
deveria ter no Alto um nome de luz e respondi:
- Meu pai, eu penso que no Céu Jesus se chama Alegria, pois todos
os que sofrem na Terra estão esperando por Ele.

Dentro de nós existe um universo ilimitado que infelizmente


reduzimos ao mundo insignificante de nossos interesses mesquinhos.
Quando nos identificarmos com o Criador, a alegria passará a ser
presença marcante em toda e qualquer de nossas atitudes.

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