Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
“Estai sempre alegres.” Paulo fala de uma alegria contínua que não depende
de ocorrências exteriores boas ou que não é consequência de uma causa feliz.
Paulo falava da alegria que nasce no íntimo da criatura por reconhecer-se
possuidora da herança Divina. Evidentemente é justo e natural nos alegrarmos com
as coisas boas da vida, mas, como elas não ocorrem frequentemente, precisamos
desenvolver a perfeita alegria, como ensinou o Pobrezinho do Cristo, Francisco de
Assis, ao seu dileto companheiro Frei Leão. A lição foi narrada no livro “I Fioretti de
São Francisco de Assis” (pequenos contos), escrito em 1390, 64 anos após sua
desencarnação e que resumimos a seguir:
“São Francisco viajava de Perugia para Santa Maria dos Anjos com Frei Leão. Era
tempo do inverno e o frio intenso dificultava a marcha. Foi quando Francisco
chamou Frei Leão, que ia à frente, e disse assim: “Frei Leão, se acontecer, por
graça de Deus, que os frades menores deem em todas as terras grande exemplo de
santidade e de boa edificação, apesar disso, escreve e anota diligentemente
que não está aí a perfeita alegria.”
E andando mais adiante, São Francisco chamou-o uma segunda vez: “Ó Frei Leão,
ainda que o frade menor ilumine os cegos, expulse os demônios, faça os surdos
ouvirem e coxos andarem, e os mudos falarem e, o que é coisa maior, ressuscite os
mortos de quatro dias, escreve que não está aí a perfeita alegria.”
E, por isso, ouve a conclusão, Frei Leão. Acima de todas as graças e dons, que o
Cristo concede aos seus amigos, está a de vencer a si mesmo e, de boa-vontade,
por amor de Cristo, suportar penas, injúrias, opróbrios e mal-estares; porque de
todos os outros dons de Deus nós não podemos nos gloriar, pois não são nossos,
mas de Deus, como diz o Apóstolo Paulo: Que é que tu tens que não recebeste de
Deus? E se recebeste dele, por que te glorias, como se o tivesses por ti? Mas, na
cruz da tribulação e da aflição, nós podemos nos gloriar, pois, diz o Apóstolo, ‘não
quero me gloriar a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.’ ”
A alegria é a marca do verdadeiro cristão, embora o mundo sempre tenha visto no
Evangelho um conjunto de notícias tristes. Jesus nasceu pobre, ajudou e curou
a todos e acabou morrendo pela crucificação entre dois ladrões. A perfeita alegria,
explicada por Francisco, foi ensinada por Jesus durante a Ceia Pascal, na quinta-
feira à noite, horas antes da crucificação, quando o Divino Amigo afirmou: “Assim
como o Pai me amou, eu também vos amei. Se observardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor, como, observando os mandamentos
do meu Pai, eu permaneço no seu amor. “Eu vos disse isso para que a minha
alegria esteja em vós e a vossa alegria seja perfeita” (João, 15: 9-13).
Alegrai-vos”, propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.” Este reino está
dentro de nós, esperando ser descoberto e habitado. Aguarda-te, desafiador.
Chegou até onde estás. Dá o teu passo em sua direção, penetra-o, deixa-te por ele
preencher e alegra-te para sempre, como herói que concluirá a luta.Por: Joanna de
Ângelis Livro: Jesus e Atualidade Psicografia: Divaldo Franco
Alegrai-vos quando Deus vos enviar para a luta. (ESE, capítulo V, item 8)
Ser alegre não requer uma vida isenta de preocupações ou de problemas, posto
que a alegria é um estado de espírito, baseada na certeza do dever cumprido.
A alegria é um hábito a ser cultivado, caracterizando-se como manifestação de fé
no futuro e na justiça divina. Cada um deve decidir por uma atitude de alegria
perante a vida, renovando o propósito diariamente, a fim de que, plantando
alegrias, colha paz interior e felicidade.
ALEGRIA
Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. 6ssa
sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração
dos homens.
A maioria das pessoas tem uma visão distorcida da alegria, pois a confunde com
festas frívolas e divertimentos que provocam sensações intensas, risos exagerados;
enfim, satisfações puramente emocionais.
A palavra aleluia tem origem no hebreu "hallelu-yah" e significa "louvai com júbilo o
Senhor". Tem sido usada como cântico de alegria ou de ação de graças pela liturgia
de muitas religiões a fim de glorificar a Deus. A designação "sábado de aleluia",
utilizada pela Igreja Católica, tem como fundamento a exaltação à alegria, visto
que nesse dia se comemora o reaparecimento de Jesus Cristo depois da
crucificação.
Na realidade, quando existe subordinação na nossa "entrega a Deus", ela não pode
ser considerada real, pois, mais cedo ou mais tarde, a criatura vai notar que está
encarcerada intimamente e que lhe falta a verdadeira comunhão com o Criador.
Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. Essa
sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração
dos homens.
"Ninguém fica feliz por decreto"; sente imensa satisfação apenas quem está
iluminado pela chama celeste. Rejubila-se realmente aquele que se identificou com
a Divindade e descobriu que "a lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para
a felicidade do homem'.
2João, 14:11
Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão
quando se afasta dela.”
ALEGRIA
Todos nós fomos criados pela Divina Sabedoria do Universo para ser felizes, tanto
no plano físico como no astral, e certamente por toda a eternidade. A alegria de
viver é um atributo natural de toda criatura humana - herança de sua filiação
divina.
Na realidade, a alegria começa quando somos responsavelmente livres para ser nós
mesmos; quando tomamos o leme de nossa vida nas próprias mãos e deixamos de
ser escravos de algo ou de alguém. A bem da verdade, dizem os Benfeitores
Espirituais: " Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei
de Deus" l.
Não "há homens que sejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros
homens". Muitas pessoas acreditam que, sentindo e pensando como os outros,
serão mais aceitas e amadas. Outras pensam que, comportando-se de forma
submissa, débil e servil, evoluirão mais depressa. Elas ignoram que, assim
procedendo, estarão perdendo contato com a própria fonte sapiencial, que promove
o encontro com a "vontade de Deus". A prova disso é o que Paulo de Tarso
escreveu aos romanos: " E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-
vos, renovando vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de
Deus." 2
Sustenta Jung que trazemos em nosso íntimo a "imagem de Deus" - a marca do Si-
mesmo (o Self inglês). Segundo as teorias junguianas, "o Si-mesmo não é apenas o
centro, mas também toda a circunferência que contém em si tanto o consciente
quanto o inconsciente; ele é o centro dessa totalidade, assim como o ego é o centro
da consciência". Carl Jung afirmava que o Self preside a todo o governo psíquico, é
uma autoridade suprema e é considerado a unificação, a reconciliação, o equilíbrio
dinâmico, um fator interno de orientação do mais alto valor.
- não manchado pelo pecado. Por outro lado, a religião romana afirma que os seres
humanos não possuem as mesmas potencialidades celestes que possuía o Mestre,
uma vez que a imagem divina do homem foi danificada e corrompida pelo "pecado
original", e só será restaurada pela misericórdia do Criador.
Uma vez que está impressa em nós a imago Dei, estamos em contato com essa
"totalidade" ou "poder superior" e, portanto, sua presença atrai o ponteiro da
"bússola interior", que nos indica o porto seguro da Vida Providencial. Quando
seguramos as rédeas da própria existência, assenhoreando-nos dela, vivemos
tranqüilos e felizes e não mais necessitamos impor, comandar e controlar os outros,
nem utilizar compulsoriamente a aprovação e os aplausos alheios para decidir ou
agir, porquanto estamos firmados em nosso mais profundo "senso de identidade
com a Consciência Sagrada.
Questão 621 L.E :“ Onde está escrita a lei de Deus? R.:Na consciência.”
Todos nós fomos criados pela Divina Sabedoria do Universo para ser
felizes, tanto no plano físico como no astral, e certamente por toda a
eternidade. A alegria de viver é um atributo natural de toda criatura
humana - herança de sua filiação divina.
“Estai sempre alegres.” Paulo fala de uma alegria contínua que não
depende de ocorrências exteriores boas ou que não é consequência
de uma causa feliz.
Nós responderemos que somos dois irmãos dele. Mas ele, então,
ainda mais aborrecido, voltará a afirmar:
“O que vocês dizem é mentira, são dois vagabundos que andam por
aí enganando o mundo, furtando as esmolas dos pobres. Saiam
daqui!”
Ouve ainda, que mais elevado do que todos os dons e bênçãos que
o espírito de Jesus Cristo concede aos seus, encontra-se este: o de
cada qual superar-se a si mesmo e, por amor ao Excelso Benfeitor,
tolerar o castigo, a injúria e o sofrimento.
* * *
A face de Jesus!