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Matemática Financeira

Roberto José Medeiros Junior

Curitiba-PR
2012
Presidência da República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Secretaria de Educação a Distância

© INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PARANÁ -


EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola
Técnica Aberta do Brasil - e-Tec Brasil.

Prof. Irineu Mario Colombo Prof.ª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
Reitor Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão –
DEPE/EaD
Prof.ª Mara Christina Vilas Boas
Chefe de Gabinete Profª Márcia Denise Gomes Machado Carlini
Coordenadora de Ensino Médio e Técnico do
Prof. Ezequiel Westphal Câmpus EaD
Pró-Reitoria de Ensino – PROENS
Prof. Roberto José Medeiros Junior
Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos Coordenador do Curso
Pró-Reitoria de Administração – PROAD
Prof.ª Ediane Santos Silva
Prof. Silvestre Labiak Vice-coordenadora do Curso
Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação –
PROEPI Adriana Valore de Sousa Bello
Cassiano Luiz Gonzaga da Silva
Neide Alves Jéssica Brisola Stori
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos Denise Glovaski Souto
Estudantis – PROGEPE Assistência Pedagógica

Bruno Pereira Faraco Paula Bonardi


Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Diagramação
Institucional – PROPLAN
e-Tec/MEC
Prof. José Carlos Ciccarino Projeto Gráfico
Diretor Geral do Câmpus EaD

Prof. Ricardo Herrera


Diretor de Planejamento e Administração do
Câmpus EaD

Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal de Educação,


Ciência e Tecnologia - Paraná

e-Tec Brasil 2 Matemática Financeira


Apresentação e-Tec Brasil

Prezado estudante,

Bem-vindo ao e-Tec Brasil!

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público,
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e
escolas técnicas estaduais e federais.

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande


diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.

O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de


ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a
concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas
de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo
integrantes das redes públicas municipais e estaduais.

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus


servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz
de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com
autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!


Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010

Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br

e-Tec Brasil
Indicação de ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de


linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o


assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão


utilizada no texto.

Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes


desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.

Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em


diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

e-Tec Brasil
Sumário

Palavra dos professores-autores 9


Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática 11
1.1 Dinheiro e temporalidade 11
1.2 Juros 13

Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção 17


2.1 Razão 17
2.2 Aplicações 18
2.2 Proporção 20

Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade:


“regra de três” 23
3.1 Grandeza diretamente proporcional. 23
3.2 Grandeza inversamente proporcional. 24
3.3 Proporcionalidade 25

Aula 4 – Porcentagem 29
Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização 35
5.1 Potenciação 35

Aula 6 – Taxas e coeficientes 41


6.1 Tipos de Taxas 43

Aula 7 – Calculando as taxas 45


7.1 Proporcionalidade entre taxas: conversão de
taxa nominal para efetiva (capitalização simples) 45
7.2 Equivalências de taxas: conversão entre taxas efetivas
(capitalização composta) 48
7.3 Comparações entre proporcionalidade e equivalência 50

Aula 8 – Capitalização simples 53


8.1 Definindo capitalização simples 53
8.2 Fórmula para cálculo do juro simples 55

Aula 9 – Tipos de Juros e cálculo de montante 59


9.1 Algumas definições usuais 59
9.2 Juros Ordinários 59
9.3 Juros Exatos 59
9.4 Juros pela regra do banqueiro 60
9.5 Fórmula para cálculo do montante 60
e-Tec Brasil
Aula 10 – D
 escontos simples 63
10.1 Descontos 63
10.2 Valor atual no desconto comercial 65

Aula 11 – D
 escontos simples – Continuação 69
11.1 Desconto racional 69
11. 2 Valor atual racional (Var) 70

Aula 12 – Descontos proporcionais 73

Aula 13 – Equivalência de títulos ou Capitais


(Capitalização Simples) 77

Aula 14 – Capitalização composta 81


14.1 Variação da fórmula do montante da capitalização
composta 82

Aula 15 – Juros compostos e a função exponencial 83

Aula 16 – Continuação de juros compostos e


exercícios resolvidos 87

Aula 17 – Desconto composto 93


17.1 Desconto composto 93

Aula 18 – Títulos equivalentes de capitalização composta 95

Aula 19 – Operações de fluxo de caixa 101


19.1 Valor presente 103
19.2 Séries de pagamentos 103
19.3 Operações postecipadas 104

Aula 20 – Outras séries de pagamento 107


20.1 Operações antecipadas 107
20.2 Operações com carência postecipada 108
20.3 Amortizações 109
20.4 O que é amortização? 109
20.5 Depreciação 109
20.6 Sistemas de Amortização (pagamento) do seu
financiamento imobiliário 110

Referências 115

Atividades autoinstrutivas 117

Currículo do professor-autor 133

e-Tec Brasil Matemática Financeira


Palavra dos professores-autores

Prezado estudante,

Este material tem como objetivo enriquecer o estudo acerca das atividades
e práticas relativas à disciplina de Matemática Financeira, na modalidade de
Educação a Distância, do Instituto Federal do Paraná (IFPR). O método de
Ensino contempla, também, atividades autoinstrutivas e as supervisionadas,
abrangendo conteúdos relevantes na área do Secretariado, apresentação
diferenciada das propostas de atividades práticas aliadas ao caráter teórico-
-reflexivo das atividades.

Cada capítulo foi estruturado pensando em retomar conceitos elementares


de Matemática importantes para o desenvolvimento da teoria e atividades
autoinstrutivas. Estudaremos proporcionalidade (regra de três), percenta-
gem, progressões, séries, sequências e uso de calculadoras simples.

Os tópicos apresentados estão divididos de modo a contemplar o “bê-á-bá”


das Finanças e da Educação Financeira com foco nos conhecimentos mate-
máticos pertinentes e interdisciplinares. Em finanças pessoais, o profissional
técnico em Administração terá clareza da aplicabilidade dos conhecimentos
matemáticos à saúde financeira do dinheiro, das aplicações em curto, médio
e longo prazo e de ações determinantes da empresa da qual faz parte.

O livro encontra-se dividido de modo didático, seguindo um critério de


aprendizado rico de conhecimentos, porém de fácil assimilação. Observan-
do uma evolução de conceitos e técnicas apresentadas gradativamente à
maneira que se realizam as atividades autoinstrutivas e supervisionadas com
a utilização de recursos de acompanhamento pedagógico, entre eles o te-
lefone (0800) e fóruns via web (tutoria). A intenção é valorizar cada ponto
como se fosse um módulo condensado e relevante, visando levar você para
um mundo de reflexão, reeducação financeira e aprendizado contínuo. Sen-
timentos que serão estimulados em cada aula com a presença (mesmo que
virtual) do professor conferencista e professor web.

Desejamos muito sucesso e aprendizado!


Sincero abraço!

Professores Roberto José Medeiros Junior e Marcos Antonio Barbosa

9 e-Tec Brasil
Aula 1 – O
 contexto das finanças na
história da matemática

No decorrer desta aula você irá aprender sobre o que são finan-
ças e educação financeira, saberá também a razão de utilizar
Matemática nesses procedimentos.

1.1 Dinheiro e temporalidade

Antigamente alguns governos,


emitiam (produziam) dinheiro,
sempre que precisavam. Isso de
maneira descontrolada produzia
inflação.
No Brasil, são os famosos índices
econômicos que medem a inflação,
entre eles, destacamos o:
Figura 1.1: Moeda
• IGP – índice geral de preços,
Fonte: http://www.fatosdaeconomia.com.br/
calculado pela FGV .
• (Fundação Getúlio Vargas)
Quando tratamos de dinheiro e temporalidade, alguns elementos básicos • IPC – Índice Preço ao
Consumidor, calculado pela
devem ser levados em consideração, tais como: FIPE (Fund. Inst. Pesquisas
Econômicas)
• INPC – Índice Nacional
• Inflação: Os preços não são os mesmos sempre; de Preços ao Consumidor,
Isso ocorre porque podemos ter aumento dos custos de produção dos pro- medido pelo IBGE.
• IPCA – Índice de Preço ao
dutos. Exemplo: aquisição de maquinários, escassez da mão de obra, falta Consumidor amplo, também
de matéria-prima. Podemos também ter aumento do consumo, e se esse medido pelo IBGE.
aumento for maior que a capacidade de produção, isso gera inflação.

• Risco: Investimentos envolvem riscos que geram perda ou ganho de dinheiro;


Inflação
Em decisões de financiamento e investimento existem muitos tipos de ris- A Inflação é um conceito
cos que devemos considerar. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra risco econômico que representa o
aumento de preços dos produtos
- original do latim risicu - é definida como “perigo ou possibilidade de num determinado país ou região,
perigo”. Para Castanheira (2008) os riscos podem ser classificados como: durante um período.

11 e-Tec Brasil
–– Risco de Crédito, quando quem emprestou não paga sua dívida;
–– Risco de Liquidez, quando há atraso no pagamento da dívida;
–– Risco de mercado, quando há um processo de inflação;
–– Risco Operacional, quando não há retorno de investimento em fun-
ção de problemas operacionais da empresa;
–– Risco-País, em função da situação econômica do país.

• Incertez: Não há como saber que tipo de investimento é mais rentável


sem estudo prévio;
Em qualquer decisão financeira, sempre há alguma incerteza sobre o seu
resultado. Podemos definir a incerteza, como sendo o desconheci-
mento do resultado de um acontecimento, até quando ele acontecer
no futuro. Sabemos também que existe incerteza na maioria das coisas
que fazemos enquanto administradores financeiros, porque ninguém
sabe precisamente que mudanças ocorrerão no tempo determinado, no
universo financeiro, ou seja, é difícil prever o que pode ocorrer com os
impostos, demanda de consumidor, economia, ou taxa de juros.

Dessa forma conceituamos Incerteza como sendo a situação em que não é


“sabido” o que irá acontecer.

• Utilidade: Se não é útil, deve ser adquirido?


Não podemos deixar nos levar pelo modismo ou pelo consumismo exa-
gerado. Na hora de você trocar uma máquina ou um equipamento, leve
em consideração duas coisa: a primeira é saber se com a troca você irá
satisfazer suas necessidades. A segunda se vale é vantajoso fazer a troca
ou aperfeiçoar o que você já tem.

• Oportunidade: Sem dinheiro as oportunidades dizem adeus.


Com dinheiro é muito mais fácil ter crédito, fazer ótimos negócios e se
tranquilizar em crises econômicas.

Figura 1.2: Dinheiro


Fonte: http://www.jogoscelular.net
e-Tec Brasil 12 Matemática Financeira
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema eco-
nômico. A palavra FINANÇAS remete especificamente àquelas relações da
matemática com o dinheiro tal e qual o se concebe nas diversas fases da
História da humanidade.

Muitas situações estão presentes no cotidiano das pessoas e têm ligação


imediata com o dinheiro, seja o fato de ter um pouco de dinheiro, nada de
dinheiro ou muito dinheiro. Em todas as situações ter educação financeira
torna-se fator determinante da ascensão profissional e saúde financeira pes-
soal e empresarial.

Os financiamentos são os mais diversos e criativos. Essa “mania” é muito an-


tiga, remete as relações de troca entre mercadorias que com o passar das eras
e diferentes civilizações evoluíram naturalmente quando o homem percebeu
Você sabia que existem várias
existir uma estreita relação entre o dinheiro e o tempo - “tempo é dinheiro”. passagens na Bíblia que tratam de
finanças?
Finanças: (1 Cr.29:12-14;
1Tm.6:9-10).
Em suma, todo cristão, como filho
de Deus, recebe coisas, inclusive o
dinheiro, que deve ser utilizado de
maneira correta, sensata e temente
a Deus para a glória do nome
dele. Temos que ser equilibrados,
ganhando com práticas honestas e
fugindo das práticas ilícitas. É lícito
desfrutarmos dos benefícios que o
dinheiro traz, mas não apegarmos
Figura 1.3: Tempo à cobiça a qualquer custo para
Fonte: http://bloglucrativo.blogspot.com/ conseguir dinheiro. Podemos usar
o dinheiro para dízimos, ofertas,
no lar, no trabalho e em lazer.
1.2 Juros As pessoas devem evitar contrair
dívidas fora do alcance, comprar
O conceito de juros surgiu no momento em que o homem percebeu a exis- sempre que possível à vista, fugir
dos fiadores, pagar os impostos, e
tência de uma afinidade entre o dinheiro e o tempo. As situações de acú- como patrão pagar justos salários.
mulo de capital e desvalorização monetária davam a ideia de juros devido Além disso, deve haver economia
doméstica, com liberdade moral e
ao valor momentâneo do dinheiro (cada dia as diferentes moedas têm um responsável, evitando conflitos, pois
afinal o dinheiro é de uso do casal.
valor). Algumas tábuas matemáticas se caracterizavam pela organização dos
Fonte: www.discipuladosemfronteiras.
dados e textos relatavam o uso e a repartição de insumos agrícolas através com/contato.php acessado em
de operações matemáticas. 03/2009.

Os sumérios, povos que habitaram o Oriente Médio, desenvolveram o mais


antigo sistema numérico conhecido, registravam documentos em tábuas de
argila. Essas tábuas retratavam documentos de empresas comerciais. Algu-
mas eram utilizadas como ferramentas auxiliares nos assuntos relacionados
ao sistema de peso e medida. Havia tábuas para a multiplicação, números
quadrados, números cúbicos e exponenciais (ideia de função). As funções

Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática 13 e-Tec Brasil


exponenciais estão diretamente ligadas aos cálculos de juros compostos e
os juros simples à noção de função linear. Mais adiante veremos com mais
detalhes essas relações.

Figura 1.4: Escrita dos sumérios


Fonte: http://www.cyberartes.com.br/

Consequentemente existe a relação da escrita antiga dos Sumérios com o


nosso sistema de numeração, o sistema indo-arábico: (que tem esse nome
devido aos hindus que o inventaram, e devido aos árabes, que o transmiti-
ram para a Europa Ocidental).

Figura 1.5:Hindu
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

E os juros? Sempre existiram?

Na época dos Sumérios, os juros eram pagos pelo uso de sementes e de outros
bens emprestados. Os agricultores realizavam transações comerciais em que
adquiriam sementes para efetivarem suas plantações. Após a colheita, os agri-
cultores realizavam o pagamento através de sementes com a seguida quanti-
dade proveniente dos juros do empréstimo. A forma de pagamento dos juros
foi modificada para suprir as exigências atuais, no caso dos agricultores, claro
que o pagamento era feito na próxima colheita. A relação tempo/juros foi se
ajustando de acordo com a necessidade de cada época. Atualmente, nas tran-
sações de empréstimos, o tempo é preestabelecido pelas partes negociantes.

e-Tec Brasil 14 Matemática Financeira


Vale observar que os juros sempre so-
freram com as intempéries. Naquela
época, muito mais relacionadas com
o clima, época de plantio e colheita.
Atualmente, além disso, os juros so-
frem alterações de base por conta das
políticas monetárias, do banco central,
ou seja, dependem da vontade políti- Figura 1.6: Índices
ca/econômica do Ministro da Fazenda Fonte: http://www.cgimoveis.com.br

e das decisões do COPOM (Comitê de


Política Monetária do Banco Central) e de políticas econômicas nacionais
e internacionais, de diferentes gestões, período de crises financeiras, alta
e baixa da taxa de desemprego, da instalação de indústrias e de índices de
desenvolvimento humano (IDH).

Atualmente se utiliza o financiamento para as mais diversas situações do


universo capitalista, porque o “ter” é a engrenagem da máquina financeira
mundial. A compra da casa própria, carro, moto, realizações pessoais (em-
préstimos), compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações finan-
ceiras, investimentos em bolsa de valores, entre outras situações financeiras
que dependem do quanto se ganha e de quanto está disposto a arriscar em
financiamentos a curto, médio e longo prazo. Em resumo, todas as movi-
mentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros
e envolvem o tempo para quitar a dívida.

Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de


prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do em-
préstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o
nome de juros, ou seja, o bem adquirido tem valor agregado maior do que
se fosse comprado à vista (em parcela única). Uma questão pertinente: é
melhor comprar parcelado ou guardar o dinheiro para comprar à vista? Esse
é o grande objetivo da formação para a Educação Financeira, nossa meta
para este curso.

Resumo
Vimos nessa aula as relações do dinheiro com a temporalidade, o que é a
inflação, como identificar os tipos de Risco, o que significa a taxa de juros e
pudemos perceber um pouco da evolução histórica financeira.

Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática 15 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
Pesquise:

1. O que quer dizer Risco-País?


2. Existem outros tipos de risco?
3. Qual o significado da palavra índice econômico?

Responda:

1. Quais outros índices são usados no cotidiano regional? E a nível nacional?

2. O que é significa a sigla que determina o índice INCC? O que ele mede?

3. Dê um exemplo de índice financeiro e explique o que ele mede.

e-Tec Brasil 16 Matemática Financeira


Aula 2 – R
 elação algébrica:
razão e proporção

No decorrer desta aula, retomaremos o conceito de razão, pro-


piciando maior entendimento e exploração de conceitos mate-
máticos fundamentais, por meio de deduções, exploraremos as
relações algébricas (fórmulas) que são tão úteis aos cálculos na
Matemática Financeira.

A noção de relação algébrica em matemática financeira é importante para


representar de modo geral as relações que estabeleceremos entre o dinheiro,
os juros e o tempo. De modo geral atribuímos letras (variáveis) para repre-
sentar o dinheiro gasto, o financiamento, investimento, tempo de aplicação,
juros mensais, entre outros. Sendo assim é muito provável que cada autor
encontrará diferentes letras para representar as variáveis citadas.

Uma relação bastante útil em matemática financeira é a proporcionalidade,


frequentemente conhecida como “regra de três”. Sua utilidade vai desde o
cálculo de porcentagens até a transformação de unidades de tempo e valor
monetário. Contudo, primeiramente vamos nos ater a noção de razão e
proporção.

2.1 Razão
Podemos definir razão – dentro da matemática - como sendo a compa-
ração entre números ou grandezas.

Mas o que entendemos por Grandeza? Entendemos por grandeza tudo


aquilo que pode ser medido ou contado. As grandezas podem ter suas me-
didas aumentadas ou diminuídas. Vejamos alguns exemplos de grandeza: o Em uma corrida de “quilômetros
contra o relógio”, quanto maior
volume, a massa, a superfície, o comprimento, a capacidade, a velocidade, for a velocidade, menor será o
o tempo, o custo e a produção. É comum situações em que relacionamos tempo gasto nessa prova. Aqui
as grandezas são a velocidade e
duas ou mais grandezas no dia a dia. o tempo.
Fonte: http://www.somatematica.
com.br/fundam/grandeza.php
Existem várias maneiras de comparar duas grandezas, uma delas é usando
a linguagem matemática, quando se escreve a > b (lê-se “a” maior do que
“b”) ou a < b (lê-se “a” menor do que “b”) e a = b (lê-se “a” igual ao “b”),
estamos comparando as grandezas a e b. Essa comparação pode ser feita

17 e-Tec Brasil
através de uma razão entre as duas grandezas, isto é o quociente entre essas
grandezas. Em resumo, uma razão é a representação da divisão entre dois
valores “a” e “b”. Observe:

a = a : b = a/b
b

Exemplo: Em uma turma de 27 alunos, foi feito uma pesquisa para saber
quantos alunos gostam de matemática e quantos não gostam. O resultado
obtido foi:

Gostam: 07 alunos
Não gostam: 20 alunos

Então, podemos dizer que o quociente 7/20 é a razão do número de alunos


que gostam de matemática. Viram que simples o conceito de razão.

• Podemos ler a razão acima do seguinte modo: “7 esta para 20”

• Distinguimos a razão acima chamando o 7 de antecessor e o 20 de


consequente.

2.2 Aplicações
Entre as aplicações práticas de razões especiais, as mais comuns, são:

a) Velocidade média
A velocidade média em geral é uma grandeza obtida pela razão entre uma
distância percorrida e um tempo gasto neste percurso.

velocidade = distância percorrida


tempo gasto no percurso

Exemplo:
I. Suponhamos que um carro percorreu 120 km
em 2 horas. A velocidade média do carro nes-
se percurso será calculada a partir da razão:

Vmédia = 120km = 60km/h


2h

O que significa que, em 1 hora o carro percor-


reu 60 km. Portanto, podemos dizer que nossa
Figura 2.1: Estrada
Fonte: http://www.freefoto.com/ razão é de 60 Km/h

e-Tec Brasil 18 Matemática Financeira


b) Escala

Escala é a comparação entre o comprimento observado no desenho (mapa,


por exemplo) e o comprimento real correspondente, ambos na mesma uni-
dade de medida.

Escala = comprimento do desenho


comprimento real

Exemplo:
II. Em um mapa, um comprimento de 8 m está representado por 16 cm.
Qual a escala usada para fazer esse mapa?

Para resolver esse exercício precisamos deixar ambos os valores com a mes-
ma unidade de medida. Neste caso, transformamos 8 m em cms. 8m = 800
cm, pois, 1 m = 100 cm, logo 8.100 m = 8. 100 cm = 800cm. Certo! Mas
agora vamos para a escala:

Escala = 16 cm = 1
800 cm 50

ou ainda escala 1:50, como é mais comum nos desenhos e mapas.

Isto significa que cada 1 cm medido no desenho é igual 50 cm no tamanho


no real. E assim nossa razão é lida por “1 esta para 50”

c) Densidade Demográfica

Figura 2.2 Densidade demográfica


Fonte: http://www.grupoescolar.com

Densidade demográfica = número de habitantes


área total do território

Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção 19 e-Tec Brasil


Exemplo:

III. Um município ocupa a área de 5.000 km2jj, de acordo com o censo rea-
lizado, tem população aproximada de 100.000 habitantes. A densidade
demográfica desse município é obtida assim:

Densidade demográfica = 100.000 hab


5.000 km2

Isto significa que para cada 1 quilômetro quadrado, esse município tem 20
habitantes. Assim a razão é de 20 hab/Km2

Para o nosso caso mais específico de finanças um exemplo de razão é rela-


cionar a noção de razão com a transformação de frações em números deci-
mais (com vírgula), vejamos alguns exemplos:

20
A razão 20:2, ou é igual à 10. A razão de 20 para 2 é 10, ou seja vinte é
2
dez vezes maior que dois.

A razão 12 : 3 ou 12/3 é igual a quatro, ou seja doze é quatro vezes maior


que três.

4 4
A razão : é igual a1. A razão de 4/6 para 4/6 é 1 (um inteiro ou 100%).
6 6

2.2 Proporção
Podemos definir proporção como a igualdade entre duas razões. Vejamos
como é simples esse conceito!

Dada a razão 2/3, se multiplicarmos por 2 teremos uma nova razão de valor
4/6. Lembremos que uma razão não se altera quando ela é multiplicada ou
dividida por um número diferente de zero. Logo, deduzimos que as duas
razões são iguais, ou seja, 2/3 = 4/6. Concluimos que “a igualdade de duas
razões é uma proporção”.

E essa igualdade é lida da seguinte forma: dois está para três assim como
quatro esta para seis, que pode ser representada por 2:3:: 4:6.

A C
De modo genérico a proporção é representada por B : D , onde os números
A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios.

e-Tec Brasil 20 Matemática Financeira


Usa no cotidiano a proporção para achar o termo desconhecido de uma ra-
zão, normalmente essa aplicação se da na famosa REGRA de TRÊS. Veremos
isto mais adiante.
Pesquisando sobre a
“Propriedade fundamental da
As frações abaixo são outros exemplos de proporção: proporção” e “Propriedades da
a) ½ = 5/10      b) 3/4 = 9/12      c) 21/43 = 42/86 proporção”

Resumo
Nesta aula, revisamos o conceito de razão e proporção, compreendendo
suas principais aplicações

Atividades de aprendizagem
Resolva as atividades abaixo, seguindo o modelo resolvido:

1. Faça a leitura das razões abaixo:

a) ¾ = três esta para 4

b) 3/5 = .

c) 9/28 = .

d) A/B = .

e) ½ / 1/3 = .

2. Estabeleça a razão entre as grandezas:

a) A idade de um rapaz é 20 anos e a idade de sua irmã é 16. Qual é a razão


da idade do rapaz para a da sua irmã?
Resposta: a razão é 20/16

b) Qual é a razão do número de dias do mês de fevereiro para os dias de


um ano bissexto?
R: .

c) O time de futebol Amigos da bola marcou 36 gols, e sofreu 10 gols. Qual


é a razão do número de gols marcados para o número de gols sofridos?
R: .

d) Uma caixa de chocolate possui 250g de peso líquido e 300g de peso


bruto. Qual é a razão do peso líquido para o peso bruto?
R: .

Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção 21 e-Tec Brasil


3. Verifique se as igualdades abaixo são ou não proporção, respondendo
sim ou não.

a) 5/2 = 15/6, sim é uma proporção, pois se multiplicarmos a fração 5/2 por
3, temos a fração 15/6.

b) 81/63 = 9/7

c) 4/5 = 24/20

d) ¾ = 27/32

e) 6/5 = 36/30

4. Calcule o termo desconhecido das seguintes proporções:

a) 2/3 = 16/x
Utilizando a propriedade fundamental, sabemos que “o produto dos
meios é igual ao produto dos extremos”, então temos:
2.x = 16.3
2.x = 48
X = 48/2
X = 24

b) 7/6 = 42/x

c) 2/5 = x/30

d) 360/50 = x/10

e) x/4 = 72/32

e-Tec Brasil 22 Matemática Financeira


Aula 3 – R
 elação entre razão e
proporcionalidade: “regra de três”

Veremos nesta aula, alguns dos elementos que estabelecem a


relação entre razão e proporção.

3.1 Grandeza diretamente proporcional.


Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando uma
delas, a outra também aumenta na mesma proporção, ou, diminuindo uma
delas, a outra também diminui na mesma proporção.

Se duas grandezas X e Y são diretamente proporcionais, os números que


expressam essas grandezas variam na mesma razão, isto é, existe uma cons-
tante K tal que:

X
=K
Y

Exemplo: Uma torneira foi aberta para encher uma caixa com água. A cada
15 minutos é medida a altura do nível de água. (cm. =centímetros e min. =
minutos)

15 minutos 50 cm 30 minutos 100 cm 45 minutos 150 cm

Figura 6.6: Exemplo


Fonte: Elaborado pelo autor

Construímos uma tabela para mostrar a evolução da ocorrência:

Tempo (min) Altura (cm)


15 50
30 100
45 150

23 e-Tec Brasil
Observamos que, quando duplica o intervalo de tempo, a altura do nível
da água também duplica e quando o intervalo de tempo é triplicado, a
altura do nível da água também é triplicada. Desta maneira, tiramos as
seguintes conclusões:

• Quando o intervalo de tempo passa de 15 min. para 30 min., dizemos


que o tempo varia na razão 15/30, enquanto que a altura da água varia
de 50 cm para 100 cm, ou seja, a altura varia na razão 50/100. Observa-
mos que estas duas razões são iguais: 15 = 50 = 1 .
30 100 2

• Quando o intervalo de tempo varia de 15 min. para 45 min., a altura


varia de 50 cm para 150 cm. Nesse caso, o tempo varia na razão 15/45
e a altura na razão 50/150. Então, notamos que essas razões são iguais:
15 = 50 = 1 .
45 150 3

• Concluímos que a razão entre o valor numérico do tempo que a torneira


fica aberta e o valor numérico da altura atingida pela água é sempre
igual, assim, dizemos que a altura do nível da água é diretamente pro-
porcional ao tempo que a torneira ficou aberta.

3.2 Grandeza inversamente proporcional.


Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando
uma delas, a outra diminui na mesma proporção, ou, diminuindo uma
delas, a outra aumenta na mesma proporção. Vamos ver um exemplo para
entender melhor:

Observe a tabela, que representa a relação entre a velocidade e tempo em


uma situação de distância qualquer.

Velocidade (Km/h) tempo (h)


400 3
480 2h30min

Podemos observar que à medida que a velocidade aumenta o tempo percor-


rido diminui. Assim, temos a caracterização de uma grandeza inversamente
proporcional.

e-Tec Brasil 24 Matemática Financeira


3.3 Proporcionalidade
• Regra de Três Simples
“Regra de três simples” é um processo prático para resolver problemas que
envolvem grandezas diretas ou inversamente proporcionais. É normal no sen-
so comum entendermos como cálculo do valor desconhecido, quando há pre-
sença de três deles valores conhecidos e precisamos descobrir o valor do quar-
to. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos didáticos utilizados para resolver problemas com


a regra de três simples
1º Passo: Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie
em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes
em correspondência.

2º Passo: Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente pro-


porcionais.

3º Passo: Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplo 1: Com uma área de absorção de raios solares de 1,2 m2, uma
lancha com motor movido à energia solar consegue produzir 400 watts por
hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5 m2, qual será a energia
produzida?

Solução: montando a tabela:

Área (m2) Energia (Wh)


1,2 400
1,5 x

Identificação do tipo de relação:

Área Energia
1,2 400
1,5 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x.


Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.

Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três” 25 e-Tec Brasil


Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar
que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, coloca-
mos outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a
proporção e resolvendo a equação temos:

1,2 = 400
Área Energia 1,5 x
1,2 400 1,2x = 1,5 . 400
1,5 x
x = 1,5 . 400 = 500
1,2
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

Exemplo 2: Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 km/h,


faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mes-
mo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:


Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x

Identificação do tipo de relação:


Velocidade Tempo
400 3
480 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª
coluna). Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso di-
minui. Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos
afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo,
colocamos outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Mon-
tando a proporção e resolvendo a equação temos:

Velocidade Tempo 3 = 480


400 3 x 400
480 x invertemos
os termos

480x = 3.400

x = 3.400 = 2,5
480

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

e-Tec Brasil 26 Matemática Financeira


Fonte: http://www.somatematica.com.br/fundam/regra3c.php

Resumo
Nesta aula descobrimos como funciona a Proporção direta e inversa. Identi-
ficamos, também, a regra de três simples e como calculá-la.

Atividades de aprendizagem
1. Compare as grandezas abaixo e assinale I para grandeza inversamente
proporcional e D para grandeza diretamente proporcional.

a) Número de livros e seu preço (D)

b) Metros de tecido e preço ( )

c) Número de maquinas e tempo para executar um trabalho ( )

d) Quantidade de ração e número de animais ( )

e) Salário de um operário e horas de trabalho ( )

Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três” 27 e-Tec Brasil


2. Resolva as regras de três a seguir e diga se elas são diretas ou inversa-
mente proporcionais:

a) 4 chocolates custam R$ 20,00. Qual o preço de 5 chocolates?

b) Uma máquina produz 1000 peças. Quantas peças seriam produzidas por
5 máquinas?

c) 20 costureiras fazem 60 camisas por quinzena. Quantas camisas fariam


30 costureiras?

d) 20 operários constroem uma obra em 10 dias. Qual seria o tempo gasto


por uma equipe de 5 operários?

e-Tec Brasil 28 Matemática Financeira


Aula 4 – P
 orcentagem

O objetivo desta aula é rever conceitos de porcentagem, ou seja,


a importância da expressão “por cento” e as aplicações cotidia-
nas nas questões financeiras.

Observem nas lojas os encartes, e na internet


a quantidade de vezes que a representação
% (por cento) está presente na comunicação
das mais diversas empresas e órgãos públicos.
Trata-se de uma linguagem amplamente di-
fundida, e é senso comum entre a população
de que se trata de um modo de comunicação
com vistas em representar a parte de um todo
de 100 unidades. Dada essa importância, ve-
jamos alguns exemplos da representação em
porcentagem versus a representação na forma
Figura 4.1: Porcentagem
de razão e o equivalente em decimal: Fonte: http://www.sxc.hu

Tabela 4.1: Representação

Representação Exemplo de situação usual


50% “UNE quer que 50% dos recursos do Fundo Social sejam investidos em educação”.
½ “Emagreça 1/2 kg por dia comendo sanduíche”.
0,5 “Oferta: Lapiseira Pentel Técnica 0,5mm Preta - P205”
Metade “Governo Federal reduziu pela metade o dinheiro destinado ao sistema penitenciário”.

Fonte: Elaborado pelo autor

Note que a tabela traz diferentes situações que são representadas pelo mes-
mo conceito de “metade”. Porém, cada situação exposta pede uma diferen-
te representação, por exemplo, não seria adequado dizer: “emagreça 50%
de um quilograma por dia”. Para o nosso caso específico utilizaremos ampla-
mente a notação de porcentagem, por estar intimamente relacionada com o
sistema monetário que está definido como número decimal posicional.

Toda razão da forma a/b na qual o denominador b =100, é chamada taxa de


porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem.

29 e-Tec Brasil
Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais obras de arit-
mética de autores italianos do século XV. O símbolo % surgiu como uma
abreviatura da palavra cento utilizada nas operações mercantis.

Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto significa que
em cada 100 unidades de algo, tomaremos 10 unidades.

O cálculo de 10% de 80, por exemplo, pode ser obtido como o produto de
10
10% por 80, isto é: 10%.80 = . 80 = 800 / 100 = 8.
100

Situações mais elementares, como a citada anteriormente, podem ser re-


solvidas “de cabeça” (cálculo mental). Imagine que os 80 citados são na
verdade o valor da conta de um jantar em família; sobre esse valor vamos
acrescentar a taxa de serviço de garçom que é de 10% sobre o consumo to-
tal. Sendo assim, basta dividir por 10 o valor da conta, resultando em 8, ou
melhor, em 8,00 reais e somar este resultado ao total consumido:

R$8,00 + R$80,00 = R$88,00.

Em geral, para indicar um índice de M por cento, escrevemos M% e para


calcular M% de um número N, realizamos o produto:
1. Percentagem x
Porcentagem M
“É opcional dizer percentagem Produto = M%.N = .N
100
(do latim per centum) ou
porcentagem (em razão da
locução ‘por cento’). Mas Exemplo 1.
só se diz percentual. Com Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão
as expressões que indicam
porcentagens o verbo pode etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com núme-
ficar no plural ou no singular.
Conforme o caso, já que a ro par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar?
concordância pode ser feita com
o número percentual ou com o
substantivo a que ele se refere”. Solução:
Por Maria Tereza de Queiroz Etiquetas Pares = 52% de 25 fichas = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13. O restan-
Piacentini.
Fonte: http://kplus. te, (100% - 52% = 48% são de fichas número ímpar, que seria nesse caso
cosmo.com.br/materia.
asp?co=49&rv=Gramatica, 12 fichas)
acessado em setembro de 2009.

Poderíamos ainda calcular o valor de 50% e acrescentar 2% (1% + 1%).


Vejamos:
(metade de 25) 50% de 25 = 12,5 + 1% de 25 (a centésima parte de 25) +
1% de 25 (a centésima parte de 25). Somando os valores temos:
12,5 + 0,25 + 0,25 = 13.

Nesse fichário, há 13 fichas etiquetadas com número par e 12 fichas com


número ímpar.

e-Tec Brasil 30 Matemática Financeira


Exemplo 2.
Num torneio de basquete, uma determinada seleção disputou quatro par-
tidas na primeira fase e venceu três. Qual a porcentagem de vitórias obtida
por essa seleção nessa fase?

Solução:
Vamos indicar por X% o número que representa essa porcentagem. Esse
problema pode ser expresso da seguinte forma: X% de 4 = 3

Assim temos:
x
.4=3
100
4x
=3
100

4x = 300
x = 75

Ou ainda poderíamos utilizar o conceito de razão: ¾ = 0,75, ou seja, na


primeira fase a porcentagem de vitórias foi de 75%.

Exemplo 3.
Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço mar-
cado na etiqueta. Pagou-se R$690,00 pela mercadoria. Qual o preço original
da mercadoria?

Solução:
Seja X o preço original da mercadoria. Se obtive 8% de desconto sobre o
preço da etiqueta, o preço que paguei representa 100%-8%=92% do preço
original e isto significa que 92% de X = 690

Assim temos:
92%.x = 690

92
x = 690
100
92x
= 690
100

92. x = 69.000
x = 69.000 / 92 = 750

O preço original da mercadoria era de R$750,00.

Aula 4 – Porcentagem 31 e-Tec Brasil


Exemplo 4
Calcule quanto é 8 % de 120.

Solução:
8/100.120 = 9,6

Exemplo 5
Quanto por cento representa 8 de 130.

Solução:
8/130 = 0,0615 para transformar em percentagem basta multiplicar
por 100, assim temos:
0,0615 . 100 = 6,15 % (considerando duas casas decimais)

Exemplo 6
Calcule o total (ou seja, 100%) sabendo que 22% valem 56.

Solução: Utilizamos a regra de três, veja:


22 --------------------- 56
Há duas formas de se resolver 100 --------------------- x , multiplicando cruzado, temos:
uma porcentagem: por regra de
três ou por fórmula. Dependendo 22x = 56.100
apenas de como se calcula, ou 22X = 5600
por fração, ou taxa percentual.
X = 5600/22
X = 254,54 (considerando duas casas truncadas)

Resumo
Nesta aula, revisamos o conceito de porcentagem, ou seja, a importância do
“por cento” e das aplicações cotidianas nas questões financeiras utilizando
apenas o denominador 100 nas razões do tipo a/b (com b sempre igual a 100).

Atividades de aprendizagem
1. Calcule, quanto é:

a) 8% de 1200 =

e-Tec Brasil 32 Matemática Financeira


b) 40% de 80 =

c) 13% de 50 =

d) 1,99 % de 12.000 =

e) 0,5 % de 2.458,50 =

2. Calcule quantos por cento representa:

a) 12 de 120 =

b) 20 de 50 =

c) 2,5 de 12 =

d) 35 de 1000 =

e) 56 de 80 =

Aula 4 – Porcentagem 33 e-Tec Brasil


3. Calcule o total (ou seja, 100%):

a) Se 10% vale 16, o total é? R =

b) Se 7% vale 7, o total é? R =

c) Se 30% vale 120, o total é? R =

d) Se 12,5 % vale 625, o total vale? R =

e-Tec Brasil 34 Matemática Financeira


Aula 5 – Revendo o conceito de
potencialização

Nesta aula, você retomará o significado de algumas proprieda-


des da potenciação e porcentagem, ou seja, conhecerá a im-
portância da palavra “por cento” e também suas aplicações nas
questões financeiras.

5.1 Potenciação
A ideia de potenciação pode ser explicada, quando usamos a seguinte situ-
ação no lançamento de dados:

Figura 3.1: Dados


Fonte: http://cute-and-bright.deviantart.com
http://usefool-deviantart.com

Quando lançamos dois dados consecutivos, podemos obter os seguintes


resultados:

(1,1) (1,2) (1,3) (1,4) (1,5) (1,6)


(2,1) (2,2) (2,3) (2,4) (2,5) (2,6)
(3,1) (3,2) (3,3) (3,4) (3,5) (3,6)
(4,1) (4,2) (4,3) (4,4) (4,5) (4,6)
(5,1) (5,2) (5,3) (5,4) (5,5) (5,6)
(6,1) (6,2) (6,3) (6,4) (6,5) (6,6)

Assim, temos 36 resultados possíveis nesses lançamentos.

35 e-Tec Brasil
Entretanto, podemos chegar a essa conclusão utilizando outro raciocínio, que
seria a multiplicação das possibilidades de resultado para cada um dos dados:
1º dado 2º dado
6 x 6 = 62 = 36
6 possibilidades 6 possibilidades

Faça da mesma maneira lançando três dados consecutivos:


1º dado 2º dado 3º dado
6 x 6 x 6 = 63 = 216
6 possibilidades 6 possibilidades 6 possibilidades

Generalizando, com n lançamentos consecutivos:


1º dado 2º dado 3º dado n° dado
(...) 6 x 6 x (...)x 6 = 6n
6 possibilidades 6 possibilidades 6 possibilidades 6 possibilidades

Logo percebemos que esta situação representa uma potência, ou seja, um


caso particular da multiplicação.

Desta maneira, podemos definir potência como um produto de fatores


iguais. Veja a representação matemática que define potência:

an= a .a . a . a . (...) a

Onde: “a” é a base


“n” é o expoente, o resultado é a potência.

Por exemplo:
(-2)2 = (-2).(-2) = 4
(-3)3 = (-3). (-3). (-3) = -27
44 = 4.4.4.4 = 256
55 = 5.5.5.5.5 = 3125

Observação:
• Pela observação dos exemplos acima temos as seguintes conclusões:
(+)par = +
(-)par = +
(+)ímpar = +
(-)ímpar = –

–– Expoente par o resultado dá sempre positivo


–– Expoente ímpar sempre se conserva o sinal da base

e-Tec Brasil 36 Matemática Financeira


5.1.1 Casos particulares
Considere a seguinte sequência de potência de base 2:

24 = 16
¯:2

23 = 8
¯:2

22 = 4
¯:2

21 = 2
¯:2

20 = 1
¯:2

1
2-1 =
2
¯:2

1
2-2 =
4
¯:2

1
2-3 =
8
¯:2

1
2-4 = ...
16

Com estes resultados concluímos que:


1. Toda potência de expoente 1 é igual à base

a1 = a

2. Toda potência de expoente zero é igual a 1, sendo a ≠ 0.

a0 = 1

3. Toda potência de expoente negativo é igual ao inverso da potência de


expoente positivo

a-n= 1n , sendo a  0
a

Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização 37 e-Tec Brasil


5.1.2 Propriedades das potências:
As propriedades das potências são utilizadas para simplificar os cálculos arit-
méticos, observe as mais utilizadas no dia-dia:

am . an = am + n
am : an = am – n
(am)n = am . n

A seguir temos alguns exemplos dos casos particulares e das propriedades


das potências.

a) 10 = 1

b) 51 = 5
1 1
c) 2-5 = 5 =
2 32
d) 22 . 23 = 22+3 = 25 = 32

e) 23 ÷ 22 = 23-2 = 21 = 2

f) (22)3 = 26 = 64

Resumo
Nesta aula, retomamos o significado da potenciação por meio de exem-
plos práticos relacionados à probabilidade e estatística. Tais exemplos serão
úteis ao entendimento que se tem sobre as fórmulas as quais serão vistas
mais adiante.

Atividades de aprendizagem
1. Em 7² = 49, responda:

a) Qual é a base?

b) Qual é o expoente?

c) Qual é a potência?

e-Tec Brasil 38 Matemática Financeira


2. Escreva na forma de potência: (D.I.: OS EX. ESTÃO COM RESPOSTAS?)

a) 4x4x4= (R: 4³)

b) 5x5 = (R: 5²)

c) 9x9x9x9x9= (R: 95)

d) 7x7x7x7 = (R: 74)

e) 2x2x2x2x2x2x2= (R: 27)

f) cxcxcxcxc= (R: c5)

3. Calcule a potência:

a) 3² = (R: 9)

b) 8² = (R: 64)

c) 2³= (R: 8)

d) 3³ = (R: 27)

e) 6³ = (R: 216)

f) 24 = (R: 16)

Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização 39 e-Tec Brasil


Aula 6 – Taxas e coeficientes

Nesta aula, você compreenderá a diferença entre as taxas e co-


eficientes. Veremos também os tipos de taxas.

Acompanhe a citação:

“No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e


executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de
juros principalmente no que se refere às taxas nominal, efetiva e real.
O desconhecimento generalizado desses conceitos tem dificultado
o fechamento de negócios pela consequente falta de entendimento
entre as partes. Dentro dos programas dos diversos cursos de
Matemática Financeira existe uma verdadeira ‘poluição’ de taxas de
juros.” (SOBRINHO, 2000)

As taxas se referem aos valores expressos preferencialmente em porcenta-


gem enquanto que os coeficientes são estritamente numéricos (números
decimais). Já os coeficientes dizem respeito a valores independentes da re-
presentação em porcentagem, os valores passam a ser absolutos. Se as taxas
são expressas em grupos de 100 partes (por cento), os coeficientes servem
para qualquer quantidade de dados numéricos e ajudam a representar in-
tervalos, variações de máximo e mínimo, de correlação com tabelas preesta-
belecidas. Veja um exemplo, que relata parte de uma notícia no jornal valor
econômico online:

“Se, de um lado, a expectativa de um corte maior nos juros indica in-


flação mais alta para 2012 e 2013, seu impacto na atividade deve ace-
lerar o crescimento econômico no próximo ano, avaliam economistas
ouvidos pelo Valor. Após a redução de 0,75 ponto percentual na Selic,
que foi para 9,75% ao ano na semana passada, analistas revisaram li-
geiramente para cima suas projeções para o avanço do Produto Interno
Bruto (PIB) de 2013, de 4,15% para 4,20%, segundo o Boletim Focus
divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. As estimativas para
este ano foram mantidas em 3,3%.”

Fonte:http://www.valor.com.br/brasil/2566168/queda-da-selic-eleva-projecoes-para-o-pib-de-2013-no-focus,
acessado em 03/12.

41 e-Tec Brasil
Na notícia acima os valores 9, 75 %, 4,20%, 4,15%, 3,3 % são determina-
das como taxas. Já o valor 0,75 é o que entendemos por coeficiente.

No Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda


deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras
Para entender a taxa básica de atividades como educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses
juros, é preciso primeiro saber
o que é o juro. O dicionário títulos aplica seu dinheiro para, em troca, receber uma contrapartida: os
Houaiss o define como “quantia juros. Mas quem define isso? “O Banco Central, que administra os leilões
que remunera um credor pelo
uso de seu dinheiro por parte de títulos do governo, define uma remuneração sobre eles, que é a taxa
de um devedor durante um básica de juros”, explica o professor. Dentro desse órgão, existe outro cha-
período determinado, ger. uma
percentagem sobre o que foi mado Comitê de Política Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e
emprestado; soma cobrada
de outrem, pelo seu uso, por sua função é, como diz o próprio nome, definir as diretrizes da política mo-
quem empresta o dinheiro”. netária do país e a taxa básica de juros. Periodicamente, o Copom divulga
Em linguagem mais simples,
Carlos Antonio Luque, professor a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a média de
da Faculdade de Economia, juros que o governo brasileiro pago aos empréstimos tomados de bancos.
Administração e Contabilidade
da Universidade de São Paulo É a Selic que define a taxa básica de juros no Brasil, pois é com base nela
(USP), dá um exemplo de
como isso funciona: “Se eu que os bancos realizam suas operações, influenciando as taxas de juros de
tiver à disposição uma maçã toda a economia.
e se alguém quiser tomá-la
emprestada, eu vou exigir
que, no futuro, essa pessoa
me devolva a maçã e mais um
Aumentar ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à
pedaço. Esse pedaço extra é o economia de um país. “Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros,
que representa os juros”.
http://revistaescola.abril.com. ele está nos dando a seguinte orientação: ‘Não consumam hoje os bens,
br/geografia/fundamentos/taxa- peguem seu dinheiro e apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês
basica-juros-479759.shtml
poderão consumir mais no futuro’. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que
é mais conveniente comprar os bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-
-los”, diz Carlos Antônio Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros
atrai mais investimentos em títulos públicos e a quantidade de dinheiro em
circulação diminui. Com isso, as pessoas compram menos. A lei de mercado
faz com que a queda na demanda baixe os preços dos produtos e serviços
em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da inflação, mas o ritmo
da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida, acontece o inverso:
os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo e passam a
aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro cir-
culando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e
serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como
um todo. Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço
da inflação.

e-Tec Brasil 42 Matemática Financeira


6.1 Tipos de Taxas
Há vários tipos de taxas nas operações financeiras, veremos algumas:

6.1.1 Taxa Proporcional


Quando entre duas taxas existe a mesma relação que a dos períodos de
tempo a que se referem, elas são proporcionais. Utilizada na capitalização
simples, como podemos observar no exemplo:
12 % ao ano são proporcionais a 6 % ao semestre.
5 % ao trimestre são proporcionais a 20 % ao ano.

6.1.2 Taxa Equivalentes


São aquelas que, referindo-se a períodos de tempos diferentes, fazem com
que o capital produza um mesmo montante num mesmo tempo. Muito uti-
lizado na capitalização composta. Exemplo:
1,39 % ao mês são equivalentes a 18 % ao ano.
26,824 % ao ano são equivalentes a 2 % ao mês.

6.1.3 Taxa nominal


É a taxa que vem descrita nos contratos ou documentos financeiros. Quando
procuramos um financiamento junto a um agente financeiro, ele sempre nos
informa a taxa anual do contrato.

Pra entendermos melhor, observe a situação:


“A Caixa Econômica Federal oferece dinheiro a 5 % ao ano, com capitaliza-
ção mensal.”

A taxa de 5 % acima é dita Nominal.


Também, podemos defini-la como sendo a taxa em que os períodos de ca-
pitalização dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está
referida. Exemplos:
1200% a.a. com capitalização mensal.
30 % a.s. com capitalização mensal.

6.1.4 Taxa Efetiva


É quando o período de capitalização dos juros ao Capital coincide com aque-
le a que a taxa está referida.
Exemplos:
120% a.m. com capitalização mensal.
45% a.s. com capitalização semestral.

Aula 6 – Taxas e coeficientes 43 e-Tec Brasil


6.1.5 Taxa Real
É a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Pagamento do Imposto de Renda
Pessoa Física: um exemplo de
taxa a pagar. Resumo
Fonte: http://g1.globo.com/ Nesta aula vimos a definição de taxas e coeficientes, bem como os tipos
economia/imposto-de-
renda/2012/noticia/2012/02/ de taxas: a taxa nominal, equivalente, proporcional, efetiva e a taxa real.
tabela-do-imposto-de-renda- Na sequência veremos que a transformação de taxas será bastante útil nos
2012-foi-corrigida-em-45-
conheca-os-limites.html, cálculos financeiros.
Acesse!!!!!

Atividades de aprendizagem
1. Pesquise e Responda:

a) Qual a diferença entre taxa e coeficiente?

b) Qual a diferença entre taxa proporcional e equivalente?

c) Qual a diferença entre taxa nominal e efetiva?

d) Qual a diferença entre taxa real da efetiva?

e-Tec Brasil 44 Matemática Financeira


Aula 7 – Calculando as taxas

Nesta aula de hoje veremos como calcular as diversas taxas de juros.


Faremos alguns exercícios para se apropriar desse conhecimento.

Segundo Camargo (2010): “... todo cálculo de matemática financeira se


baseia no desconto ou capitalização de um valor monetário através da utili-
zação de uma taxa de juros.”

Numa operação financeira a escala de tempo (n) utilizada na operação deve


coincidir com a mesma unidade de tempo referenciada na taxa de juros (i).
ou seja, se tivermos prestações mensais, por exemplo, a taxa de juros deve
ser especificada também em meses.

Quando a escala de tempo (n) e a taxa de juros (i) não estiverem especificadas
na mesma unidade de tempo, é necessário compatibilizá-las alterando a esca-
la de tempo ou o período a que a taxa se refere (SOUZA, CLEMENTE, 2004).

Para alterar o período de taxas diferentes, utilizamos diariamente duas ope-


rações: a conversão de taxas nominais em taxas efetivas, o que se dá pelo
processo de proporcionalidade, ou a conversão de uma taxa efetiva em ou-
tra taxa efetiva, o que se dá pelo processo de equivalência.

7.1 P
 roporcionalidade entre taxas:
conversão de taxa nominal para
efetiva (capitalização simples)
Vamos relembrar a diferença entre taxa nominal e efetiva. Uma taxa de juros
é dita nominal quando o período de referência da taxa não coincide com o
período de capitalização, ou seja, a taxa pode estar especificada em ano,
mas o pagamento de juros é feito mensalmente, o que acontece em diversos
tipos de contratos de financiamentos.

Por exemplo: Pode ter em um contrato uma taxa nominal de 16% ao ano
com capitalização mensal.

45 e-Tec Brasil
Para a taxa efetiva, o tratamento é diferente. Ela é aquela efetivamente uti-
lizada na operação, pois o período de referência da taxa é igual ao período
de capitalização do valor monetário. Ou seja:

Ex: taxa efetiva de 1,5 % ao mês com capitalização mensal

7.1.1 A proporcionalidade
Relembrando o que vimos na aula 2 no item 2.2 sobre proporção, sabemos
que a proporcionalidade é a igualdade entre razões. Entre duas taxas de juros,
significa que a razão entre as taxas é igual a razão entre seus períodos, portanto:

Razão entre as taxas: I1


I2

Razão entre os períodos (tempo) n1


n2
Proporção entre razão das taxas e razão dos períodos: I1 = n1
I2 n2

Assim, 15%a.a. é proporcional a 1,25%a.m, pois se calcularmos pela pro-


porção temos:

15 = 12
x 1

15 . 1 = 12 . x
15 = 12x

15 = x
12

x = 1,25

Somente taxas efetivas, que se referem ao mesmo período de capitalização,


podem ser utilizadas nos cálculos financeiros, pois esta representa a real
remuneração do capital. Portanto, toda vez que tivermos uma taxa nominal
precisamos transformá-la em taxa efetiva para fins de cálculos. Vejamos mais
alguns exemplos.

Exemplo 1 – Encontrar a taxa efetiva mensal de 24% a.a. com capita-


lização mensal.
Resolução:
Primeiramente devemos pegar a taxa nominal e transformá-la em uma taxa
mensal, assim consideramos seu tempo igual 12, pois cada ano tem doze meses.

e-Tec Brasil 46 Matemática Financeira


Aí jogamos na proporção:

24 = 12 Processo rápido
x 1

24 . 1 = 12 . x 24% a.a. / 12 meses = 2% a.m.


24 = 12x
taxa nominal taxa efetiva
24 = x
12

x=2

Exemplo 2 – Qual a taxa efetiva bimestral da taxa nominal de 21% a.s.?


Resolução: :
21 = 3
x 1 Processo rápido
21 . 1 = 3 . x
21 = 3x 21% a.s. / 3 bimestres = 7% a.b.

21 = x taxa nominal taxa efetiva


3

x=7

Observação: A taxa semestral teve que ser dividida por três para chegarmos
à taxa efetiva bimestral, pois em cada semestre temos três bimestres.

Exemplo 3 – Um banco anuncia taxa nominal de 1,5% a.m. em suas


operações de crédito. Nesse caso, qual a taxa efetiva se-
mestral da operação?
Resolução: :

1,5 = 1 Processo rápido


x 6

1,5 . 6 = 1 . x 1,5% a.m. * 6 meses = 9% a.s.


9=x
taxa nominal taxa efetiva
x=9

Observação: Como temos uma taxa ao mês, porém o pagamento de juros


só é feito semestralmente, devemos multiplicar a taxa nominal por seis, visto
que um semestre tem seis meses.

Aula 7 – Calculando as taxas 47 e-Tec Brasil


7.2 E
 quivalências de taxas: conversão entre
taxas efetivas (capitalização composta)
Como já vimos anteriormente, uma taxa é efetiva quando o período ao qual
esta se refere é o mesmo período de capitalização dos juros. Um exemplo
seria uma aplicação financeira que remunera o investidor de dois em dois
meses e anuncia uma taxa bimestral. É comum encontrar taxas efetivas que
não especificam o período de capitalização, ou seja, apenas são demonstra-
das como 5%a.b., por exemplo.

Desse modo duas taxas de juros efetivas são ditas equivalentes se, ao
serem aplicadas sobre um mesmo principal (capital ou VP), durante
um mesmo período de tempo (n), produzirem o mesmo valor futuro
(montante ou VF), como mostrado pela equação seguinte.

VP (1 + i1)1 = VP (1 + i2)2

Para encontrar uma taxa equivalente utilizamos a seguinte equação:

i2 = (1 + i1)n2/n1 - 1

Onde:
• i2 é a taxa de juros que quero encontrar,
• i1 é a taxa de juros para o período que já tenho,
• n2 é o período de tempo em dias da taxa que quero encontrar
• n1 é o período em dias referente a taxa de juros que já tenho. Para sim-
plificar, utilizamos a fórmula abaixo que facilita mais:

iquero = (1 + itenho)prazo em dias que quero/ prazo em dias que tenho - 1

Onde iquero é a taxa que quero, e assim por diante.

Acompanhe os exercícios resolvidos para facilitar.

Exercício resolvido 1 – Achar a taxa equivalente semestral de 1,25% a.m.


Resolução:

Nesse exemplo a taxa que você tem é a mensal, e a taxa que você quer
encontrar é a semestral. Cada mês tem 30 dias (prazo que tenho) e cada
semestre é composto por 180 dias (prazo da taxa que quero encontrar). Sa-
bendo disso é fácil realizar o cálculo, utilizando a fórmula:

iquero = (1 + itenho)prazo em dias que quero/ prazo em dias que tenho - 1

e-Tec Brasil 48 Matemática Financeira


180
isemestral = (1 + 0,0125) 3 –1
i semestral
= (1,0125) – 1
60

isemestral = 1,07738 – 1
isemestral = 0,07738 – 1
is = 0,07738 . 100
is = 7,73831 7,74

Só lembrando que a taxa é 7, 7381 é a taxa unitária semestral. Para transfor-


má-la em taxa de juros percentual é preciso multiplicar por 100.

Comprovando: se ambas as taxas aplicadas pelo mesmo período produzem


o mesmo montante, façamos o teste fictício.

Se aplicarmos um capital de R$ 5.000,00 por 60 meses, com capitalização


mensal e depois com capitalização semestral, será que termos o mesmo
montante? Iremos usar a formula de capitalização composta, que veremos
mais adiante. M = C . (1 + i)n

Capitalização mensal Com capitalização semestral


Dados: Dados:
i = 0,0125 i = 0,07738381
n = 60 meses n = 10 semestres
VP = 5.000,00 VP = 5.000,00
VF = 500.000 (1 + 0,0125)60 VF= 2.500.000(1+0,0773831)10
VF = R$10.535,90 VF = R$10.535,90

Obviamente este resultado só foi possível, pois utilizamos a taxa semestral


com todas as casas decimais existentes (16 casas depois da vírgula). Como a
maioria das calculadoras só chega a apresentar 10 casas decimais, o resulta-
do nem sempre é exatamente igual. Nos próximos exemplos, no entanto, só
apresentaremos taxas com quatro casas decimais.

Exercício resolvido 2 – Converter 24% a.a. em taxa bimestral


Resolução:

A taxa que queremos encontrar aqui é bimestral, cujo prazo é de 60 dias,


enquanto que a taxa que temos é anual com 360 dias. Assim é só substituir
os valores na fórmula. Sendo assim temos:

iquero = (1 + 0,24)60/360 – 1
ia.b = (1,24)1/6 – 1 = 0,0365 ou 3,6502% a.b.

Aula 7 – Calculando as taxas 49 e-Tec Brasil


7.3 Comparações entre proporcionalidade
e equivalência
Sabe-se que 1% a.m. é proporcional a 12% a.a., pois 0,01/0,12 = 1/12. Po-
rém, no regime de capitalização composta, estas não são taxas equivalentes,
pois como pode ser visto abaixo, se forem aplicadas sobre o mesmo capital
(R$1.000,00) pelo mesmo período de tempo (1 ano = 12 meses) não produ-
zirão o mesmo montante.

Cálculo com taxa mensal: Cálculo com taxa anual:


i = 0,01 i = 0,12
n = 12 meses n = 1 ano
C = R$1.000,00 C = R$1.000,00
M = 1.000 (1 + 0,01)12 M = 1.000 (1 + 0,12)1
M = R$1.126,82 M = R$1.120,00

Segundo Camargo:

“O capital aplicado a uma taxa mensal produz um montante maior,


pois será capitalizado mais frequentemente, o quer gerará mais juros
sobre juros. Assim, o rendimento de juros auferido no primeiro mês
será novamente capitalizado e produzirá um juro maior no mês seguin-
te, e assim por diante. (2010, p.56)

Isso mostra a importância de determinar exatamente a taxa de juros da ope-


ração, visto que esta é uma variável de fundamental importância nos cálcu-
los financeiros e análise de investimentos.

Resumo
Vimos nessa aula como calcular taxas proporcionais (capitalização simples) e
taxas equivalentes (capitalização composta).

Atividades de aprendizagem
1. Qual a taxa anual equivalente a 2% ao trimestre?

Solução:

R = 8,24

e-Tec Brasil 50 Matemática Financeira


2. Qual a taxa semestral equivalente a 5,6 % ao mês?

Solução:

R= 38,67

3. Qual o montante de um principal de R$72.000,00, no fim de 1 ano, com


juros de 8% a.a./a.t?

Solução:

R= R$77.935,12

Aula 7 – Calculando as taxas 51 e-Tec Brasil


4. Determinar:

a) A taxa efetiva para 30 dias (mensal) proporcional a 24% a.a. na capita-


lização simples?

Solução:

R= 2

b) Taxa nominal anual proporcional 3% a.m.

Solução:

R= 36 %

e-Tec Brasil 52 Matemática Financeira


Aula 8 – Capitalização simples

Nesta aula veremos como se calcula o juro simples, o montante


como sendo a soma do capital com o juro, o desconto simples.

8.1 Definindo capitalização simples


É o regime de capitalização (construção de capital) em que a taxa de juros
utilizada é simples. Vamos ver um exemplo para facilitar nossa compreensão:

Exemplo:
Imaginemos a situação de um empréstimo de R$ 1.000,00 que você fez
perante seu primo. A taxa estipulada foi no valor de 10% ao mês, para um
prazo de 10 meses. Acompanhe a evolução dos juros nessa situação finan-
ceira, no quadro abaixo:

Mês Saldo Inicial Juros Saldo Final do mês


0 - - 1.000,00
1 1.000,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.100,00
2 1.100,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.200,00
3 1.200,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.300,00
4 1.300,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.400,00
5 1.400,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.500,00
6 1.500,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.600,00
7 1.600,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.700,00
8 1.700,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.800,00
9 1.800,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.900,00
10 1.900,00 1.000,00 x 0,10 = 100 2.000,00

Podemos observar que a coluna dos juros na tabela acima, sempre se man-
teve constante, ou seja, os juros foram o mesmo. Por isso, dissemos que na
capitalização simples os “juros são calculados, sobre o valor do capital
inicial”, que nesse caso foi de R$ 1.000,00.

Também podemos considerar o regime de capitalização simples, equivalente


aos conceitos matemáticos, correspondentes a Função Afim e Progressão
Aritmética (P.A), onde os juros crescem de forma constante ao longo do tem-
po. Como vimos no exemplo acima, onde o capital de R$1.000,00 (dinheiro
emprestado) aplicado por dez meses a uma taxa de 10% a.m., acumula um
montante de R$2.000,00 no final. Graficamente a tabela acima fica:

53 e-Tec Brasil
2200
2000
1800
1600

Valores
1400
1200
1000
800

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Período
Figura 8.1: Gráfico
Fonte: Elaborado pelo autor

O gráfico representa uma função polinomial do 1º grau, usualmente chama-


da de função afim, cuja simbologia é y = ax + b.

Note que o primeiro valor assumido pela função é igual a R$1.000,00; e com
o passar dos 10 meses, a função vai assumindo os valores de uma PA (1.000;
1.100 ; 1.200 ; . . . ; 2.000) cuja razão vale R$100,00 (os juros).

Segundo Souza e Clemente (2000), o juro representa o custo da imobilização


de uma unidade capital por certo período de tempo. Normalmente, o juro
é expresso através de uma taxa que incide sobre o valor imobilizado (base).

Juros? E os juros?
Os juros são representados em taxas (por cento), muitas vezes prefixadas por
alguma política financeira ou índice predefinido pelo governo. O importante
é que ambas (taxas e coeficientes) são modos de expressar os índices que
determinada gestão ou diretoria utiliza para controlar e reajustar preços e
demais aplicações financeiras.

E quando aparecem anúncios sedutores de prestações sem juros?

Figura 8.2: Divulgando o Credconstrução


Fonte: http://1.bp.blogspot.com

e-Tec Brasil 54 Matemática Financeira


Antes de irmos para a fórmula precisamos conhecer alguns elementos, tais
como:

• O dinheiro que se empresta ou que se pede emprestado é chamado de


valor presente ou capital “C”.

• A taxa de porcentagem que se paga ou se recebe pelo aluguel do dinhei-


ro é denominada taxa de juros “J”.

• O tempo n deve sempre ser indicado na mesma unidade a que está sub-
metida à taxa “i”, e em caso contrário, deve-se realizar a conversão para
que tanto a taxa como a unidade de tempo estejam compatíveis, isto é,
estejam na mesma unidade.

• O total pago no final do empréstimo, que corresponde ao capital mais os


juros, é denominado valor futuro ou montante “M”.

8.2 Fórmula para cálculo do juro simples


J = C.i.t

Saiba mais

Para calcular os juros simples de um valor presente ou capital “C”, du-


rante “t” períodos com a taxa percentual “i”, utilizamos uma variação
temporal da função linear:

f(t) = a.t J = C.i.t

Note a semelhança da fórmula f(t) com a fórmula J

Alguns exemplos resolvidos:

1. Um valor de R$ 4.000,00 foi aplicado a uma taxa de juros simples de 4%


ao mês. Qual seria o valor dos juros simples durante cinco meses?

Resolução
J=C.i.n Transformando a taxa percentual em decimal:
J = 4.000,00 . 0,04 . 5 4 % = 4/100 = 0,04
J = 4.000,00 . 0,20
J = 800,00

Aula 8 – Capitalização simples 55 e-Tec Brasil


2. Qual o valor de um capital que, aplicado à taxa de juros simples de 2%
ao mês, rendeu depois de um ano R$240,00 de juros?

Resolução
Como a taxa mensal é 2% = 0,02, devemos considerar, para o tempo de 1
ano, 12 meses, pois tempo e taxa devem estar na referência temporal (neste
caso em meses). Assim:
J = C. i .t
240 = C . 0,02. 12
240 = C . 0,24
C = 240
0,24
C = 1000

Veja que o capital aplicado inicialmente foi de R$1.000,00.

Um empréstimo de R$10.000,00 rendeu juros simples de R$2.700,00 ao


final de 6 meses. Qual a taxa mensal de juros do empréstimo?

Resolução: Dados: C = 10.000 J = 2.700 t = 6 meses, quere-


mos encontrar a taxa, “i” ?

Temos: J = C. i .t, isolando o “i” para facilitar, a formula fica: i = J


C.t
i= 2.700
10.000 . 6
i = 2.700
60.000
i = 0,045
i = 4,5%

A taxa de juros do empréstimo foi de 4,5% ao mês.

Ao trabalhar com as fórmulas de juros simples devemos nos atentar


para algumas particularidades:

a) A taxa percentual “i” deve ser OBRIGATORIAMENTE transformada em


coeficiente (forma decimal). Por exemplo, se a taxa for de (10%), deve-
mos dividi-la por 100, transformando-a no coeficiente (0,10);

e-Tec Brasil 56 Matemática Financeira


Em Resumo
Forma Percentual Transformação Forma Decimal
12
12% a.a. 0,12
100
0,5
0,5% a.m. 0,005
100

b) Se o período e a taxa de juros não possuírem o mesmo referencial tempo-


ral, deve ser feita a conversão de um deles (preferencialmente o mais fácil).

Por exemplo: uma taxa de 5% a.m. e o período de 2 anos. Essa situação


precisa, ou melhor, necessita ser convertida: a taxa para ano ou o período
para mês:

1ª Opção: convertendo o período para mês (2 anos equivalem a 24 meses).


Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa mensal de 5% e o
período de 24 meses).

1
2ª Opção: convertendo a taxa para anos (1 mês equivale a 12 anos). Portan-
do, teríamos a mesma referência temporal (taxa anual de 0,41% e período
de 2 anos).

Resumo
Nesta aula estudamos o conceito de juros e sua evolução; como calculá-lo
na capitalização simples, e determinando o valor dos juros com o capital,
que entendemos por Montante. Vimos também alguns exercícios resolvidos.

Atividades de aprendizagem
1. Apresente uma definição sobre juros?

2. Pesquise:

a) O que quer dizer capitalização simples?

Aula 8 – Capitalização simples 57 e-Tec Brasil


b) O que quer dizer a lei 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor?

3. Nos exercícios abaixo, calcule o que se pede:

a) Calcular os juros produzidos por um capital de R$ 100.000,00 durante 3


meses a taxa de 1,5 % ao mês

b) Qual o juro produzido pelo capital de R$ 200.000,00 durante 1 ano a


taxa de 2 % ao mês.

c) Depositei R$ 12.000,00 durante 2 anos, a taxa de 42 % ao ano. Quanto


recebi de juros?

d) Transforme as seguintes unidades numa só:

• 3 anos e 4 meses em meses

• 5 anos e 20 dias em dias

• 3 meses e 5 dias

• 5 anos, 3 meses e 12 dias em dias

e-Tec Brasil 58 Matemática Financeira


Aula 9 – T
 ipos de Juros e
cálculo de montante

Na aula de hoje estudaremos as diferenças entre juros ordinários


e exatos. Veremos também a regra do banqueiro.

9.1 Algumas definições usuais


“Juro é o valor que se paga pelo uso de dinheiro que se toma emprestado”,
refere-se ao quanto será acrescentado à parcela de compra para cobrir as
despesas financeiras, que por vezes é uma das partes do lucro.

“Juro é o dinheiro produzido quando o <Inserir uma imagem


capital é investido”, refere-se à rentabi- sobre juros>
lidade de fundos de investimento. Por
exemplo, a poupança, títulos de capitali-
zação, investimentos de alto e baixo risco.

Segundo Castanheira e Serenato (2008,


p. 22) o juro é calculado por intermédio
de uma taxa percentual aplicada sobre o
capital que “sempre se refere a uma uni-
dade de tempo: ano, semestre, bimestre,
trimestre, mês e dia”.

Nas operações que envolvem juros, é importante diferenciar os juros exatos


dos ordinários, Então preste atenção!!!

9.2 Juros Ordinários


Definimos como juros ordinários aquele que trabalha com o tempo comer-
cial. O tempo comercial define o mês com 30 dias, o mesmo acontece com
o ano comercial, cujo número de dias é igual a 360.

9.3 Juros Exatos


Como o próprio nome diz, considera-se o mês igual ao do calendário civil, ou
seja, meses com 30 ou 31 dias. Não podemos esquecer o mês de fevereiro
que tem 28 dias ou 29, se for bissexto. Já o ano pode ter 365 ou 366 dias
(ano bissexto).

59 e-Tec Brasil
Vejamos alguns exemplos:

1. Um capital de R% 5.000,00 foi aplicado a juros simples durante os meses


de maio e junho, a uma taxa de 24 % ao ano. Calcule os juros ordinários
e os juros exatos.

Juros ordinários
Dados: C = 5.000,00 i = 24 % ao ano = 0,24 a. a
N = 2 meses, transformando em ano, temos 2/12 em anos. Substituindo
na formula J = C. i. n,
J = 5.000,00 0,24 . 2/12 = 200

Juros exatos
Dados: C = 5.000,00 i = 24 % ao ano = 0,24 a. a
N = 2 meses, transformando em ano, temos 61/365 em anos. Substituin-
do na formula J = C. i. n,
J = 5.000,00 0,24 . 61/365 = 200,55

9.4 Juros pela regra do banqueiro


Nessa regra, considera-se o tempo tanto no modo civil juntamente com o
tempo comercial. Para facilitar vamos rever o exemplo acima, mas calculado
pela regra do banqueiro, observe:

Dados: C = 5.000,00 i = 24 % ao ano = 0,24 a. a


J = C. i. n
J = 5.000,00 . 0,24 . 61/360
J = 203,33

Como podemos observar os juros calculados pela regra do banqueiro é


maior que os juros exatos e ordinários.
Os juros do cheque especial
utilizado pelos bancos, seguem
uma composição do “Método
Hamburguês”, que considera
apenas os dias em que o saldo
9.5 Fórmula para cálculo do montante
é negativo. Assim, podemos Para calcular o valor futuro ou montante “M”, durante “t” períodos com
generalizar a formula por J = i. uma taxa percentual “i”, sobre um valor presente ou capital “C”, utilizamos
∑Cj . nj , onde j varia de 1 até Z.
uma variação temporal da função afim:

f(t) = a.t + b bb M=J+C M = C.i.t+ C

e-Tec Brasil 60 Matemática Financeira


Note a semelhança da fórmula f(t) com a fórmula M, que pode evoluir para:

M = C.(1 + i.t)

Vejamos alguns exemplos resolvidos

1. Qual o montante de um capital de R$1.000,00 aplicado à taxa de juros


simples de 10 % ao ano pelo prazo de 2 anos ?
Resolução
Dados: C = 1.000 i = 10% = 0,1 t = 2 anos
Queremos encontrar o montante, ou seja, o valor de M. Sabemos que a
formula é M= C.(1 +i. t)
M = 1.000.(1 + 0,1. 2)
M = 1.000. (1 + 0,2)
M = 1.000. (1,2)
M = 1.200
O montante, após 2 anos, à taxa de juros simples de 10 % ao ano, será
de R$1.200,00.

2. Determinar o montante correspondente a uma aplicação de R$450.000,00


por 225 dias com taxa de juros simples de 5,6% ao mês.
Resolução: Dados: C = 450.000 i = 5,6% ao mês
t = 225 dias M=?
Antes de alimentarmos a fórmula do montante com os dados, precisa-
mos converter, pois a taxa está em meses e o período está em dias:

1ª Opção: convertendo o período para mês (1 mês equivale a 30 dias).


Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa mensal de 5,6% e
o período de 225 meses).
30
1
2ª Opção: convertendo a taxa para dias (1 dia equivale a meses).
30
Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa diária de 5,6 % e
período de 225 dias). 30

Resolvendo pela 1ª opção:


M = C.(1 +i .t)
225
M = 450.000.(1 + 0,056 . 30 )

12,6
M = 450.000.(1 + 30 )
M = 450.000.(1 + 0,42)
M = 450.000.(1,42)
M = 639.000

Aula 9 – Tipos de Juros e cálculo de montante 61 e-Tec Brasil


Resolvendo pela 2ª opção:
M = C.(1 +i .t)
0,056
M = 450.000.(1 + 30 . 225)
M = 450.000.(1 + 0,42)
M = 450.000.(1,42)
M = 639.000

O montante será de R$639.000,00

Resumo
Vimos nessa aula: juros ordinários, juros exato, tempo comercial, civil, cálcu-
lo do montante de capitalização simples.

Anotações

e-Tec Brasil 62 Matemática Financeira


Aula 10 – D
 escontos simples

O objetivo da aula é proporcionar a compreensão de como fun-


ciona a questão do desconto simples nas operações financeiras:
o desconto comercial.

10.1 Descontos
Quando uma pessoa contrai uma dívida é muito comum o credor emitir um
documento que serve como comprovante desta operação financeira, este
documento é chamado de título. O valor que descreve a dívida ou crédito
nesse documento é chamado de valor nominal. Muitas empresas possuem
o direito de receber os valores contidos nestes títulos e utilizam um produto
bancário chamado de “desconto”. Este produto visa antecipar o valor a ser
recebido em uma data futura, buscando assim, atender eventuais necessi-
dades de caixa. Exemplos de títulos: nota promissória; duplicata; letras de
câmbio e cheques.

Assim podemos definir desconto como sendo:

“antecipação do pagamento de uma dívida ou o abatimento propor-


cional ao tempo de antecipação da dívida.”

Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras:


o desconto comercial e o desconto racional. Discutiremos nessa aula
somente desconto comercial.

10.1.1 Desconto comercial ou desconto por “fora”


Esta modalidade de desconto é amplamente utilizada no mercado, princi-
palmente em operações bancárias e comerciais de curto prazo. A taxa de
desconto neste sistema incide sobre o montante ou valor nominal do título
(ou dívida); em consequência disto, gera-se um valor maior e mais justo de
desconto do que no sistema racional. Este desconto equivale aos juros sim-
ples, em que o capital corresponde ao valor nominal do título.

Vamos identificar alguns elementos do desconto comercial, para facilitar


nosso entendimento:

63 e-Tec Brasil
N = valor nominal
V = valor atual
Dc = desconto comercial
d = taxa de descontos simples
n = número de períodos (tempo de antecipação)

No desconto comercial, a taxa de desconto (d) incide sobre o valor nominal


(N) do título. Logo a fórmula que utilizamos é:

Dc = N . d . n

Em outras palavras, segundo Abreu: “... desconto comercial (Dc) correspon-


de ao juro produzido pelo valor nominal (N) da dívida, considerando-se como
prazo o número de períodos antecipados e a aplicação de uma determinada
taxa de desconto (d)”(2009,p.28).

Observe o exemplo:

Um título no valor de R$ 6.500,00, emitido em 10/03/2007 com venci-


mento para o dia 29/07/2007, foi descontado à taxa de desconto de
30% ao trimestre no dia 10/05/2007. Determine o valor do desconto
recebido na operação.

Solução: O primeiro aspecto a observar é o cenário que temos. Des-


sa forma apresentamos uma linha do tempo, para facilitar nosso
raciocínio.

Data Emissão Data resgate. Data do Vencimento.


10/03/2007 10/05/2007 29/07/2007
80 dias
Os dados que temos são:
N = 6.500,00 - valor nominal
D = 30% a.t.
n = 80 dias, ou 80/90 trimestres

Substituindo na formula Dc = N . d . n temos:


Dc = N . d . n
Dc = 6.500,00 . 0,30 . 80/90
Dc = 1.733,33

e-Tec Brasil 64 Matemática Financeira


Viram como é fácil!!! Vejamos outro exemplo:

Exemplo 2
Considere um título cujo valor nominal seja R$10.000,00. Calcule o descon-
to comercial a ser concedido para um resgate do título 3 meses antes da
data de vencimento, a uma taxa de desconto de 5% a.m.

Solução:
V = 10.000,00 . 0,05 . 3
Dc = 500,00 . 3
Dc = 1.500,00

10.2 Valor atual no desconto comercial


O valor atual no desconto comercial é a diferença entre o valor da
dívida e o valor pago por ela, depois de se ter efetuado uma anteci-
pação em seu vencimento. Assim para calcular o valor atual no des-
conto comercial (Vac) utilizamos a expressão:

Vac = N - Dc

Sabendo-se que Dc = N.i.n, podemos substituí-la e usar a expressão:

Vac = N . (1 - d . n)

Vamos ver como se dá, na prática, esse cálculo.

Suponha que uma dívida de R$ 50.000,00 com vencimento previsto para


25/08/2011 foi quitada em 11/07/2011. Como podemos descobrir o valor
pago dessa dívida, sabendo-se que a taxa de desconto aplicada foi de 30%
ao semestre?

A primeira coisa a verificar é saber o que se pede no problema, e nesse caso


queremos saber o valor pago ( valor atual = Vac ) levando em conta as infor-
mações que temos. Vejamos!

N = 50.000,00 – valor nominal da dívida;


d = 30% ao semestre, ou seja, taxa de desconto;
n = 45 dias, pois se contarmos do dia 11/07 a 25/08, temos 45 dias corridos.

Aula 10 – Descontos simples 65 e-Tec Brasil


Logo, temos:
Vac = N . ( 1 - d . n)
Vac = 50.000,00 . ( 1 – 0,30 . 45/180) = lembre-se tempo com mesma unidade!!!
Vac = 50.000,00. ( 1 – 0,075)
Vac = 50.000,00 . 0,925
Vac = 46.250,00

Ou seja, o valor atual pago foi de R$ 46.250,00.

Observe mais uma situação-exemplo:

Uma dívida no valor de R$ 3.500,00 foi paga e o seu vencimento foi ante-
cipado em 72 dias. Encontre o valor inicial da dívida sabendo que a taxa de
desconto aplicada foi de 18% a. t.

Resolução:
Dados do problema: Vac = 3.500,00; N = queremos descobrir; d = 18% at;
n= 72 dias.

Lembre-se que temos o tempo em dias e a taxa em trimestres. Ao fazermos


a conversão do tempo para trimestres encontramos:

N = 72/90 (o valor 90 é o total de dias do trimestre) = 0,8 trimestres. Assim,


substituindo na fórmula fica:

Vac = N . ( 1 - d . n)
3.500,00 = N . ( 1 – 0,18 . 0,8) = lembre-se tempo com mesma unidade!!!
3.500,00 = N. ( 1 – 0,144)
3.500,00 = N . 0,856
3.500,00/0,856 = N
N = 4.088,78

O valor inicial da dívida (valor nominal) era de R$ 4.088,78

E então, pessoal, o exemplo facilitou o entendimento de desconto comercial


e valor atual comercial?

Resumo
Entendemos o “Desconto” como um abatimento em função do adianta-
mento do pagamento. Vimos o desconto comercial, que considera o valor
nominal da dívida bem como o valor atual comercial.

e-Tec Brasil 66 Matemática Financeira


Atividades de aprendizagem
1. Um título de R$ 10.000,00, com vencimento em 23/09/10, foi resgatado
em 15/06/10. Qual foi o desconto recebido se a taxa de juro contratada
foi de 27% aa?

2. O desconto de um título foi de R$ 750,00, adotando-se uma taxa de


desconto de 5% ab. Quanto tempo faltaria para o vencimento do título
se o valor nominal fosse de R$ 20.000,00?

3. Uma nota promissória no valor de R$ 52.400,00 foi descontada à taxa


de juros de 5 % at, faltando 4 meses e 20 dias para seu vencimento.
Qual o valor do desconto e qual o valor recebido (valor atual) pela nota
promissória?

Aula 10 – Descontos simples 67 e-Tec Brasil


4. Uma nota promissória foi emitida no dia 20/02/11 com o seu vencimento
marcado para o prazo de 5 meses (20/07/11). No dia 12/05/11 foi des-
contada por R$ 28.300,00. Qual o valor do desconto, sabendo-se que a
taxa de desconto utilizada era de 10% aq?

5. Um título no valor de R$ 120.000,00 foi descontado por R$ 108.380,00,


faltando 95 dias para o seu vencimento. Qual a taxa de juro semestral
utilizada?

e-Tec Brasil 68 Matemática Financeira


Aula 11 – Descontos simples – Continuação

O objetivo da aula é aprofundar a questão dos descontos Sim-


ples Racional, aplicados nas operações financeiras.

11.1 Desconto racional


Também chamado de desconto por “dentro”, é calculado aplicando-se a
taxa de juros sobre o valor atual da dívida. Assim, o desconto racional equi-
vale ao juro simples, calculado sobre o valor atual do título. Ou seja, é
aquele em que a taxa de desconto incide sobre o valor líquido do títu-
lo, considerando o prazo de antecipação. Assim temos:

N.i.n
Dr =
1+i.n

Dr = desconto racional

Veja alguns Exemplos:

Exemplo 1 – Um título de R$6.000,00 foi descontado à taxa de 2,1% a.m.


faltando 45 dias para o vencimento do título. Determine o desconto racional
e o valor atual racional.

Solução:
Dados do problema: N = 6.000,00; n = 45 dias; i = 2,1% a.m. = 0,021 a.m.
= 0,0007 a.d.

OBS: Antes de efetuar as substituições na fórmula lembre-se que deixamos


a taxa na unidade de dias, já que o tempo está em dias.

Substituindo na fórmula fica:

N.i.n 6000 . 0,0007 . 45 189


Dr = = = = 183,22
1+i.n 1 + 0,0007 . 45 1,0315
V = N – DR

V = 6000 – 183,22

V = R$5186,78

69 e-Tec Brasil
Exemplo 2 – Um título no valor de R$ 48.000,00 foi descontado à taxa de
juros de 15% a.s., faltando 120 dias para o seu vencimento. Determine o
valor do desconto racional.

Solução:
Dados do problema: N = 48.000,00; n = 120 dias; i = 15% a.s.
Sabemos que 180 é um semestre, logo, transformando o tempo, temos:
120/180 = 0,6666666 ao semestre.

Resolvendo, fica:
N.i.n
Dr =
1+i.n

48.000,00 . 0,15 . 0,66666


Dr =
1+ 0,15 . 0,66666

4.799,52
Dr =
1,0999

Dr = 4.363,59

Atenção para o arredondamento!!!!

11. 2 Valor atual racional (Var)


Sendo o valor atual no desconto racional a diferença entre o valor nominal
(valor da dívida) e o valor pago por ela (pago com desconto), após ter ante-
cipado seu vencimento. Assim o valor atual no desconto racional é dado por:

Var = N - Dr

Sabendo-se que Dr = (N. i . n) / (1 + i . n), então:

N
V=
1+i.n

Vamos praticar!!!

Exemplo 1
Uma dívida de R$ 86.000,00 com vencimento previsto para 18/08/11 foi
paga em 04/07/11. Encontre o valor pago por essa dívida se a taxa de juro
aplicada foi de 30% as.

e-Tec Brasil 70 Matemática Financeira


Solução:
Já temos as seguintes informações: N = 86.000,00; i = 30% as e n = 45 dias
(18/08 à 04/07).Importante:

Transformando 45 dias ao semestre, temos: 45/180 = 0,25 as

Substituindo temos:

N
Var =
1+i.n

86.000.00
Var =
1 + 0,30 . 0,25

86.000.00
Var =
1,075

Var = 80.000,00

Exemplo 2 – Desafio você a fazermos juntos!!! Aceita???


Uma dívida de R$ 45.000,00 foi paga tendo seu vencimento antecipado em
72 dias. Encontre o valor inicial da dívida se a taxa de juros aplicada foi de
18% a.t.

Observação: complete o exemplo.

Resolução:
Dados: Var = __________ , n= 72 dias = ______ao trimestre; i = 18% a.t. http://www.algosobre.com.
br/matematica-financeira/
descontos-simples.html
Substituindo, temos:

N
Var =
1+i.n Duplicatas
Título de crédito formal,
     nominativo, emitido por
45.000,00 = negociante com a mesma data,
1 + 0,18 .    
valor global e vencimento
da fatura, e representativo
     e comprobatório de crédito
45.000,00 =
1 + 0,144 preexistente (venda de
mercadoria a prazo), destinado a
N = 45.000,00 .     aceite e pagamento por parte do
comprador, circulável por meio
de endosso, e sujeito à disciplina
N =       do direito cambiário.

Aula 11 – Descontos simples – Continuação 71 e-Tec Brasil


Resumo
Nesta aula foram resgatadas as definições do desconto simples nas opera-
ções financeiras como: o desconto comercial e o seu valor atual.

Atividades de aprendizagem
1. Caso você desconte um título de R$ 35.000,00 15 dias antes do venci-
mento, a uma taxa de 5,5% a.m., qual será a importância recebida?

2. Um título foi descontado à taxa de 2% a.m. Sabendo-se que o valor


nominal era de R$ 7.414,00 e o valor descontado racional R$ 6.740,00,
qual o prazo da antecipação?

3. Uma promissória com valor nominal de R$ 275.820,00 e vencimento


para 75 dias foi descontada à taxa de 90% a.a. Qual o valor do desconto
racional dessa operação?

4. Marlon descontou um título no valor de R$ 15.000,00, um mês e 15 dias


antes do vencimento, considerando-se que a taxa cobrada foi de 4,5%
a.m. qual o valor do desconto racional simples? R: Dr = R$ 948,48

5. Desconta-se racionalmente uma Nota Promissória nove (09) meses antes


do vencimento, a uma taxa de 5,8% a.m. Sabendo-se que o valor des-
contado foi de R$ 5.250,00, qual era o valor nominal dessa Nota Promis-
sória? R: N = R$ 7.990,50

e-Tec Brasil 72 Matemática Financeira


Aula 12 – D
 escontos proporcionais

Estudaremos aqui a proporcionalidade entre o desconto comer-


cial simples e o desconto racional simples.

A proporção entre os descontos comercial ou racional acontece quando o


seu valor atual obtém a mesma taxa de desconto, ou seja, i = d.

Tendo-se a mesma dívida sobre o mesmo tempo, as taxas do desconto racio-


nal serão iguais as do comercial. Observe os descontos racionais e comerciais:

N.i.n
Dr = e Dc = N.d.n, se i = d, logo:
1+i.n

Dr = Dc/1+i.n Dc = Dr . (1 + i . n)

Assim, podemos ter descontos proporcionais através da fórmula acima. Ve-


jamos um exemplo:

Uma duplicata no valor de 6.700 foi descontada a uma taxa de 6% ao mês,


faltando 24 dias para seu vencimento. Determine o valor do desconto co-
mercial e o valor do desconto racional que se receberia.

Solução
Sabemos que:

Dc = N . d . n
24
Substituindo temos Dc = 6.700,00 . 0,06 .
30
Dc = 321,60
N.i.n
Pelo desconto racional temos: Dr =
1+i.n
substituindo temos
6.700,00 . 0,06 . 24/30 6.700,00 . 0,06 . 0,8
Dr = = =
1 + 0,06 . 24/30 1 + 0,06 . 0,8
321,60 321,60
= =
1 + 0,048 1,048

Dr = 306,87

73 e-Tec Brasil
Porém se aplicarmos n a fórmula Dc = Dr . (1 + i . n) teremos:
Dc = Dr . (1 + i . n)
Dc = 306,87 . (1+0,06 . 0,8) = 321,60. Viram como é fácil?

Poderemos concluir ainda que Dc > Dr, pois como já vimos em aulas anterio-
res no desconto comercial o título é descontado do valor nominal, enquanto
que no desconto racional é sobre o valor atual.

Aqui a questão em destaque é sobre a proporcionalidade, e os descontos


devem ser proporcionais. Pois bem, para provar isso, vamos desenvolver o
seguinte raciocínio:

O desconto comercial é 1,048 maior que o desconto racional, pois:

Se pegarmos o valor de 306,87 (do desconto racional) e multiplicarmos por


1,048 teremos os 321,60 (do desconto comercial).

Da mesma forma que se dividirmos o desconto comercial (321,60) pelo fator


1,048 teremos o valor de 306,87 (desconto racional).
Acesse o link para obter mais
informações e curiosidades
a respeito da matemática Desconto bancário
financeira – desconto simples. Nos bancos, as operações de desconto comercial são realizadas de forma
http://www.algosobre.com.
br/matematica-financeira/ a contemplar as despesas administrativas (um percentual cobrado sobre o
descontos-simples.html valor nominal do título) e o IOF - Imposto sobre Operações Financeiras.

É óbvio que o desconto concedido pelo banco para o resgate de um título an-
tes do vencimento, através desta técnica, faz com que o valor descontado seja
maior, resultando num resgate de menor valor para o proprietário do título.

Exemplo:
Um título de $100.000,00 é descontado em um banco, seis meses antes do
vencimento, à taxa de desconto comercial de 5% a.m. O banco cobra uma
taxa de 2% sobre o valor nominal do título como despesas administrativas e
1,5% a.a. de IOF. Calcule o valor líquido a ser recebido pelo proprietário do
título e a taxa de juros efetiva da operação.

Solução:
Desconto comercial: Dc = 100000 . 0,,05 . 6 = 30000
Despesas administrativas: da = 100000 . 0,02 = 2000
IOF = 100000 . (0,015/360) . 180 = 750
Desconto total = 30000 + 2000 + 750 = 32750

e-Tec Brasil 74 Matemática Financeira


Daí, o valor líquido do título será: 100000 - 32750 = 67250
Logo, V = $67250,00
A taxa efetiva de juros da operação será: i = [(100000/67250) - 1].100 =
8,12% a. m.

Observe que a taxa de juros efetiva da operação é muito superior à taxa de


desconto, o que é amplamente favorável ao banco.

Resumo
Na aula de hoje vimos como poderemos ter proporcionalidade entre taxas
de descontos (Dc e Dr).

Atividades de aprendizagem
1. Determine o valor nominal de um título em que os descontos comercial e
racional são respectivamente R$ 180.000,00 e R$ 120.000,00.

2. Determine o desconto comercial e racional sobre um título de R$


38.400,00; considerando uma taxa de desconto simples de 3 % a. m; sa-
bendo que o título vencerá daqui a cinco meses (CASTANHEIRA , 2010).

3. O desconto comercial de um título descontado 3 meses antes de seu


vencimento e à taxa de 40% ao ano é de $ 550,00. Qual é o desconto
racional ? (IFBA) Resp.: Dr = 500 .

Aula 12 – Descontos proporcionais 75 e-Tec Brasil


Aula 13 – E
 quivalência de títulos ou
Capitais (Capitalização Simples)

Veremos nessa aula como substituir um título por outro,


mantendo-se equivalentes.

Conceitualmente, dois ou mais títulos ou capitais se dizem equivalentes quan-


do, a certa taxa de juros, produzem resultados iguais numa data comum.

Normalmente usamos a equivalência de capitais quando precisamos alterar


uma forma de pagamento de uma dívida ou quando desejamos verificar se
uma proposta de pagamento com datas diferentes é viável e se é equivalente
à dívida.

Vejamos um exemplo para facilitar!

Como relata o professor Eron (IFBA), a pergunta que queremos fazer é: Um


título no valor de R$ 120,00 vencíveis daqui a 1 ano e um título no valor
de R$ 100,00, hoje, são equivalentes? Sabendo-se que ambos estão a uma
taxa de juros simples de 20% ao ano ou seja, ambos os capitais produzem,
numa data de comparação (data focal) e à mesma taxa de 20% ao ano,
resultados idênticos?

Para responder isso, analisamos a representação gráfica do professor Eron:

M = 100 (1 + 0,20.1)

$ 100,00 $ 120,00

C =   100  
1 + 0,20 . 1

Podemos observar que ter hoje um título no valor de R$ 100 é a mesma coi-
sa que trocar por outro com valor R$ 120,00 para daqui a um ano. Portanto
são títulos equivalentes.

77 e-Tec Brasil
N . (1 – i . n)
N1 =
1 – i . n1

Onde:
• N1 é o valor nominal do novo título
• N é o valor nominal do novo título que se quer substituir
• n1 é a nova data do título
• n é a data do título que se quer substituir
• i é a taxa

A data focal mencionada acima é a data do novo título que queremos


emitir em substituição, por isso, na data focal, os valores atuais dos dois
títulos são iguais.

Podemos calcular a emissão de um novo título equivalente a outro, utilizan-


do a expressão:

Exemplo 1:
1. Um título de R$ 2.500,00 que vencerá em três meses deve ser substituído
por outro com vencimento para daqui a nove meses. Sabendo-se que es-
ses títulos poderão ser descontados a uma taxa de 2,5 % ao mês, calcule
o valor nominal do novo título?

Solução: temos N = 2.500,00; i = 0,025 a.m; n = 3 meses; n1 = 9 e N1 = ?

2.500,00 . (1 – 0,025 . 3)
N1 = =
1 – 0,025 . 9

2.500,00 . (1 – 0,075)
N1 = =
1 – 0,225

2.500,00 . 0,925 2.312,50


N1 = = = 2.983,87
0,775 0,775

Assim o novo título passará a valer R$ 2.983,87, sendo equivalente


ao primeiro.

Exemplo 2
Uma pessoa possui uma dívida de R$ 3.500,00 com vencimento previsto
para três meses. Desejando facilitar o pagamento e evitar a inadimplência,
ela propôs ao credor a substituição dessa dívida por outras duas, de paga-
mentos iguais com vencimentos previsto para 4 e 5 meses. O credor aceita
e firma o acordo, se a taxa de desconto ficar em torno de 6 % ao semestre.

e-Tec Brasil 78 Matemática Financeira


Encontre os valores a serem pagos por esse credor.

Solução:
Cautela, pois temos duas situações:

• A primeira se refere aos dados que temos e queremos, veja:


N1 = 2.500,00; n = 3 meses; i = 6% a.s. = 1% a.m = 0,01; n2 = 4 meses;
n3 = 5 meses; N2 = N3 = ?

• Segunda situação necessita que reflitamos com base no seguinte raciocínio:


Título antigo = títulos novos + título novo, logo nossa expressão fica:

N . (1 – i . n2) N . (1 – i . n3)
N1 = +
1 – i . n1 1 – i . n1

N . (1 – i . n2) + N . (1 – i . n3)
N1 =
1 – i . n1

N1 . (1 – i . n1) = N . (1 – i . n2) + N . (1 – i . n3)

Substituindo, temos e não tememos!!!!!!!!!!

3.500,00 . (1 – 0,01 . 3) = N . (1 – 0,01 . 4) + N . (1 – 0,01 . 5)

3.500,00 . (1 – 0,03) = N . (1 – 0,04) + N . (1 – 0,05)

3.500,00 . (0,97) = N . (0,96) + N . (0,95)

3.395,00 = N . (0,96 + 0,95)

3.395,00 = N . (1,91)

3.395,00
=N
1.91

N = 1.777,48

Ou seja, os novos títulos terão um novo valor de R$ 1.777,48.

Aula 13 – Equivalência de títulos ou Capitais (Capitalização Simples) 79 e-Tec Brasil


Resumo
Vimos que dois ou mais títulos são equivalentes quando, sobre uma mesma
taxa, sobre tempos diferentes, produzem o mesmo valor atual.

Podemos determinar o valor atual de títulos equivalentes utilizando a expres-


são: N1 = N . (1 – i . n)
1 – i . n1

Atividades de aprendizagem
1. Uma nota promissória no valor de R$ 12.000,00, vencível em 45 dias,
será substituída por outra nota, com vencimento para 60 dias. Determine
o valor da nova nota promissória, sabendo que a taxa de desconto é de
24 % a. a.

2. (IFBA/MAT) Um título com valor nominal de $ 7.200,00 vence em


120 dias. Para uma taxa de juros simples de 31,2% ao ano, pede-se para
calcular o valor deste título:

I) hoje;

II) dois meses antes de seu vencimento;

III) um mês após o seu vencimento.

3. (IFBA/MAT) Uma pessoa deve dois títulos no valor de R$ 25.000,00 e R$


56.000,00 cada. O primeiro título vence de hoje a dois meses, e o se-
gundo um mês após. O devedor deseja propor a substituição destas duas
obrigações por único pagamento ao final do quinto mês. Considerando
de 3% ao mês a taxa corrente de juros simples, determine o valor deste
pagamento único.

e-Tec Brasil 80 Matemática Financeira


Aula 14 – C
 apitalização composta

Nessa aula veremos o que significado da capitalização composta


no nosso cotidiano.

Entendemos capitalização composta como sendo o regime em que a taxa


utilizada é a taxa de juros compostos. Assim, a cada intervalo que o juro é
incorporado ao valor principal que o produziu denominamos de períodos de
capitalização.

Normalmente o regime de capitalização composta está presente em todo o


mercado financeiro e de capitais. Dentro das aplicações do regime de capi-
talização composta estão às operações de:

• fluxo de caixa, aplicações, empréstimos;

• cálculos inflacionários, financiamentos de veículos ou de residências, es-


tratégias comerciais de compra e venda, compras com cartões de créditos;

• análise de investimentos, troca e negociações de títulos;

• sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, etc.;

Outro conceito de Capitalização Composta é aquela em que a taxa de juros


incide sobre o valor do capital inicial, acrescido dos juros acumulados até
o período anterior. Sua taxa de juros sempre incide sobre o montante do
período anterior. Outro fator importante é que o valor dos juros cresce em
função do tempo.

A expressão final ou fórmula da capitalização composta é dada por:

M = C . (1+ i)n,

onde:
• C - é capital inicial;
• i é a taxa de juros composto no período n.
• O termo (1+ i)n é chamado fator de capitalização ou fator de acumula-
ção de capital.

81 e-Tec Brasil
Como já sabemos que os juros são a diferença entre o montante e o capital
inicial, temos os juros dos juros compostos definido da seguinte forma:

<http://www.ifba.edu.br/dca/
J=M–C ou J = C[(1 + i)n – 1] ou ainda J=M 1– 1
Corpo_Docente/MAT/EJS/
MATFIN_PARTE_I_CEFET.pdf >
(1 + i)n
Independentemente
das correntes históricas,
eclesiásticas e conceituais do
tema, atualmente no Brasil a
taxa de juros é um dos mais
14.1 V
 ariação da fórmula do montante da
importantes instrumentos de capitalização composta
política monetária que o governo
possui. Com ela o Banco Central Da expressão geral, M = C . (1+ i)n, podemos derivar e trabalhar com:
interfere no nível de atividade
econômica e na formação de
preços. Existem vários tipos de C= M M–1=i M
juros, representados pelas taxas (1 – i)n C log C
de caderneta de poupança, n=
aplicações financeiras (CDB, log (1 + i)
fundos etc.), empréstimos/
financiamentos para aquisição
de bens e serviços, e algumas Essas fórmulas são utilizadas quando queremos encontrar o Capital ( C )
outras operações que possuem
juros de forma não direta, ou aplicado, ou a taxa i ou o tempo n, na capitalização composta.
seja, não declaram a existência
formal de juros, mas cobram
indiretamente do cliente, tais Resumo
como leasing financeiro,
consórcio, locação etc. Nessa aula falamos sobre o regime de capitalização composta.

Anotações

e-Tec Brasil 82 Matemática Financeira


Aula 15 – J uros compostos
e a função exponencial

O objetivo da aula é estudar a relação entre os Juros Compostos


e a Função Exponencial, fundamental para o entendimento do
rápido crescimento do montante nas aplicações financeiras.

Exemplo: Capital de R$500,00; juros de 1%a.m. período de quatro meses.

Tabela 15.1: Demonstração


Período Capital Taxa Juros Montante
1 500 0,01 5 505
2 505 0,01 5,05 510,05
3 510,05 0,01 5,10 515,15
4 515,15 0,01 5,15 520,30

Fonte: Elaborada pelo autor

Para entendermos a evolução da tabela acima de forma generalista, ou me-


lhor dizendo, “matemática”, observe a descrição por períodos.

1º período – A determinação do primeiro montante: M0 = C não há


capitalização;

2º período – M1 = M0 + J , só lembrando que J = C.i.n, onde n= 1 período,


então fica: M1 = C + C. i M1 = C . (1 + i)

3º período – M2 = M1 + M1 . i, sabemos que M1 = C . (1 + i), logo substi-


tuindo em M2 fica:
M2 = C . (1 + i) + C . (1 + i) . i, colocando em evidência o valor (1 + i), temos:
M2 = (1 + i) . (C + C . i), isso é equivalente a escrever;
M2 = (1 + i) . C. (1 + i), que agrupando, fica:
M2 = C. (1 + i). (1 + i) = C. (1 + i)2

4º período – M3 = M2 + M2.i = C.(1 + i)3


...

Por indução finita, chegamos à fórmula geral de juros compostos, que é:

M = C.(1 + i)n

Veja que a fórmula é análoga ao do termo geral de uma PG: an = a1 . qn-1

83 e-Tec Brasil
Importante! Perceba que agora o número de períodos (n) é um expoente
(nos juros simples só havia multiplicações), mostrando que os juros sobre
juros terão uma forma exponencial no longo prazo.

Na fórmula de juros (simples ou compostos), as unidades de tempo referen-


tes à taxa de juros (i) e do período (n), têm de ser necessariamente iguais.
Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido! Assim, por
exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar
2% ao mês durante 36 meses (3 x 12 = 36 meses).

Relação entre juros e progressões


• Em um regime de capitalização a juros simples, o saldo cresce em pro-
gressão aritmética;

• Em um regime de capitalização a juros compostos o saldo cresce em


progressão geométrica;

Na aula de juros simples aplicamos um capital de R$1.000 por dez meses


a uma taxa de 10% a.m., acumulando um montante de R$ 2.000 no final.
Mas e se fossem a juros compostos?

Separando os dados fornecidos no enunciado do problema:


C = 1.000,00 i = 10% a.m. (ao mês) n= 10 meses M = ?
M = C x (1 + i)n
M = 1.000 x (1 + 0,1)10
M = 1.000 x (1,1)10
M = 1.000 x 2,59374
M = 2.593,74

O montante é R$2.593,74 e o gráfico fica representado pela função exponencial:

Curva Juros Compostos


3000
2500
2000
1500
1000
500
0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Figura 15.1: Curva juros compostos


Fonte: Elaborado pelo autor

e-Tec Brasil 84 Matemática Financeira


Resumo
Nesta aula estudamos a importante relação entre a progressão aritmética e
a função do tipo exponencial que possibilita uma melhor compreensão dos
juros no regime de capitalização composta.

Atividades de aprendizagem
1. Um capital de R$ 20.000,00 é aplicado a juros compostos de 10% ao
ano. Calcule o montante após 4 anos.

2. Qual o montante de R$152.000,00, a taxa de juros compostos de 7%a.m,


durante 3 meses e 12 dias?

3. A quantia de R$60.000,00 foi aplicada a juros compostos. Determine o


montante depois um quarto de ano a 10%a.m.

Aula 15 – Juros compostos e a função exponencial 85 e-Tec Brasil


Aula 16 – C
 ontinuação de juros compostos
e exercícios resolvidos

Nesta aula faremos a revisão de juros compostos por meio de


exercícios práticos e cotidianos das relações financeiras com o
mercado das finanças pessoais e empresariais.

1. Aplicou-se a juros compostos um capital de R$1.400.000.00, a 4% ao


mês, durante três meses. Determine o montante produzido neste período.
Separando os dados fornecidos no enunciado do problema:
C = 1.400.000,00 i = 4% a.m. (ao mês) n= 3 meses M = ?
M = C x (1 + i)n
M = 1.400.000 x (1 + 0,04)3
M = 1.400.000 x (1,04)3
M = 1.400.000 x 1,124864
M = 1.574.809,600
O montante é R$1.574.809,600
Obs.: devemos lembrar que 4% = 4/100 = 0,04

2. Qual o capital que, aplicado a juros compostos a 8% ao mês, produz em


2 meses um montante de R$18.915,00 de juros?
Separando os dados fornecidos no enunciado do problema, teremos:
C = ? i = 8% a.m. (ao mês) n = 2 meses M = 18.915,00
Obs.: devemos lembrar que 8% = 8/100 = 0,08
M = C x (1 + i)n
18.915 = C x (1 + 0,08)2
18.915= C x (1,08)2
18.915 = C x 1,1664
C = 18915: 1,1664
C = 16.216,56379 que é aproximadamente igual a C = R$16.216,56.

3. A que taxa ao mês esteve aplicado, em uma caderneta de poupança, um


capital de R$1.440,00 para, em dois meses, produzir um montante de
R$1.512,90?
C = 1.440,00 i ==? % a.m. (ao mês) t = 2 meses M = 1.512,90.
M = C x (1 + i)n
1512,90 = 1440 x (1 + i)2
(1 + i)2 = 1512,90: 1440
(1 + i)2 = 1,050625
1 + i = √ 1,050625

87 e-Tec Brasil
1 + i = 1,025
i = 0,025 (x 100)
i = 2,5%
A taxa é 2,5% ao mês

Comparando
Vamos comparar as duas aplicações de capitalização (simples e composto)
para um mesmo valor de capital aplicado.

Lembre que a fórmula do Juro Simples é: J = C. i. t ou J = C.i.n


Onde:
J = juros, C = capital, i = taxa, n ou t = tempo.

Considerando que uma pessoa empresta para outra a quantia de R$2.000,00,


a juros simples, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 3% ao mês, quanto deverá
ser pago de juros?

Antes de iniciarmos a resolução deste problema, devemos retirar do enun-


ciado os dados necessários à resolução do problema:
Capital aplicado (C): R$2.000,00
Tempo de Aplicação (t): 3 meses
Taxa (i): 3% ou 0,03 ao mês (a.m.)

Ao fazermos o cálculo, teremos:


J = c . i. t J = 2.000 x 3 x 0,03 R$180,00

Quer dizer que, ao final do empréstimo, ao final dos três meses, a pessoa
pagará R$180,00 de juros.

Observe que se fizermos a conta mês a mês, o valor dos juros será de R$60,00
por mês e esse valor será somado mês a mês, nunca mudará.

Agora e se fossem juros compostos?

A fórmula dos Juros Compostos é: M = C. (1 + i)n

Onde:
M = Montante, C = Capital, i = taxa de juros, n ou t = tempo.

Considerando o mesmo problema anterior, da pessoa que emprestou


R$2.000,00 a uma taxa de 3% (0,03) durante 3 meses, em juros simples,
teremos:

e-Tec Brasil 88 Matemática Financeira


Capital Aplicado (C) = R$2.000,00
Tempo de Aplicação (t) = 3 meses
Ao fazermos a conversão para decimal: taxa de Aplicação (i) = 0,03 (3% ao mês)

Ao fazermos os cálculos, teremos:


M = 2.000.(1 + 0,03)³ M = 2.000 . (1,03)³ M = R$2.185,45

Ao final do empréstimo, a pessoa pagará R$185,45 de juros.

Observe que se fizermos a conta mês a mês, no primeiro mês ela pagará
R$60, 00, no segundo mês ela pagará R$61,80 e no terceiro mês ela pagará
R$63,65.

Ou seja, no primeiro mês o juro corresponde a R$60,00;

No segundo mês o juro corresponde a R$61,80;

No terceiro mês o juro corresponde a R$63,65.

No final das contas no regime de juros simples o montante seria de


R$2.180,00 (pagaria os R$2.000,00 + R$180,00 de juros). Já no caso dos
juros compostos o montante seria de R$2.185,45 (pagaria os R$2.000,00 +
R$185,45 de juros).

Curiosidade

A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. Es-


tão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras com cartão de cré-
dito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como Cader-
neta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Os bancos
utilizam os juros compostos, é o modo dessas Instituições lucrarem com a
concessão de crédito, financiamentos, todas as operações bancárias en-
volvem juros e riscos. As operações de baixo risco rendem pouco juro e as
de alto risco rendem mais juros.

Raramente encontramos uso para o regime de juros simples: é o caso


das operações de curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples
de duplicatas. Tal fato ocorre dado o risco de se emprestar dinheiro e não
receber o pagamento pela dívida, como o risco de uma pessoa (ou empre-
sa) contrair uma dívida alta e não poder pagar, as instituições financeiras
optam por regimes mais rentáveis de cobrança de juros.

Aula 16 – Continuação de juros compostos e exercícios resolvidos 89 e-Tec Brasil


Resumo
Para calcular juros compostos sempre fazemos uso da expressão: M = C.(1+i)n

Atividades de aprendizagem
1. O capital R$ 500,00 foi aplicado durante oito meses à taxa de 5% ao
mês. Qual o valor dos juros compostos produzidos?

2. Qual a aplicação inicial que, empregada por um ano e seis meses, à taxa
de juros compostos de 3% ao trimestre, se torna igual a R$ 477,62?

3. Calcule o montante, ao final de um ano de aplicação, do capital de R$


600,00 à taxa composta de 4% ao mês.

4. Calcule o montante de R$ 50.000,00 aplicado a juros compostos


2,25% a.m. ao fim de quatro meses.

e-Tec Brasil 90 Matemática Financeira


5. Calcule o montante de uma aplicação de R$ 8.200,00 por um prazo de
8 meses no regime de capitalização composta à taxa de 15% ao mês.

6. Calcule o montante de uma aplicação de R$ 100.000,00, à taxa de


5% a.m. pelo prazo de um mês.

7. Calcule o montante de uma aplicação a juros compostos de R$ 15.000,00,


pelo prazo de seis meses a 3% ao mês.

8. Em que prazo um empréstimo de R$ 30.000,00 pode ser quitado em um


único pagamento de R$ 51.310,18, sabendo-se que a taxa contratada é
de 5% ao mês?

Aula 16 – Continuação de juros compostos e exercícios resolvidos 91 e-Tec Brasil


Aula 17 – Desconto composto

Nesta aula vamos conhecer um pouco mais dos descontos utili-


zados nas aplicações financeiras, em especial o Desconto Racio-
nal e o Composto.

17.1 Desconto composto


A definição de desconto composto é a mesma do sistema de capitalização
simples. O que diferencia um do outro é justamente o sistema de capitaliza-
ção, que neste caso é composto.

A fórmula geral de desconto é: D = N – Va

N
A fórmula de desconto composto é: Va =
(1 + i)n

Exemplos:
1. Calcular o desconto composto de um título de R$3.600,00, à taxa de
4,5% a.m. antecipado em 2 meses.

Solução:
Va = 3.600/(1 + 0,045)2
Va = 3.600/1,092 = 3.296,70

Utilizando a fórmula geral de desconto; D = N – Va, temos:


D = 3.600 – 3296,70 = 303,30

2. Um título de R$10.000,00 será negociado em 3 meses antes do seu ven-


cimento, a taxa de 8%a.m. Determine o valor presente.

Solução:
Va = 10.000/ (1 + 0,08)3
Va = 10.000/1,26= 7.936,50

Resumo
Nesta aula conhecemos um pouco mais dos descontos utilizados nas aplica-
ções financeiras, em especial o Desconto Racional e o Composto.

93 e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
1. De quanto será o desconto composto que um título de R$8.000,00, à
taxa de 8%a.m., sofre ao ser resgatado em dois meses antes do seu
vencimento?

2. Uma duplicata, no valor de R$120.000,00 e com vencimento em 4 anos,


por quanto será paga hoje se sofrer um desconto composto de 14% a.a?

3. Qual foi o desconto composto obtido para saldar uma dívida de


R$80.000,00 dois meses antes do vencimento e à taxa de 12% a.m?

4. Uma letra de câmbio foi paga 4 meses antes do seu vencimento, com um
desconto composto de 9% a.m, tendo se reduzido para R$75.600,00.
Qual era o seu valor de face?

5. Qual o desconto composto obtido no resgate de um título de R$85.000,00,


5 meses antes do vencimento, à taxa de 8%a.m?

6. Calcular o desconto de um título no valor de R$60.800,00, descontado a


uma taxa de 42,58% a.a, quando faltavam 128 dias para o seu vencimento.

7. Um título no valor de R$6.800,00 foi resgatado 58 dias antes do venci-


mento, pelo valor de R$6.422,30. Calcular a taxa de desconto mensal.

e-Tec Brasil 94 Matemática Financeira


Aula 18 – T
 ítulos equivalentes de
capitalização composta

Nessa aula você verá como fazemos a troca de papéis, ou seja,


títulos, que serão trocados em virtude de antecipações ou
postergações.

Como já vimos na aula 13, em equivalência de títulos na capitalização sim-


ples, usaremos o mesmo raciocínio para trocar títulos equivalentes na capi-
talização composta.

Vale lembrar que ao efetuarmos a troca de um título, temos que garantir a


sua equivalência para não termos prejuízo, tanto para nós como para o credor.

Outra informação importante é que títulos são equivalentes com relação à de-
terminada taxa. Ou seja, não se pode alterar o valor da taxa na troca de papéis.

Outra questão não menos importante é entender que no regime de juro


simples essa data de comparação (data focal) deve ser a data zero, ou seja,
é a data em que a dívida foi contraída. Isso se dá porque no regime simples,
não podemos fracionar o prazo de aplicação, já que o juro é admitido como
sendo formado ao fim do período de aplicação. No regime de capitalização
composta, a data de comparação pode ser qualquer uma, porque os juros
compostos são equivalentes aos descontos compostos.

Já sabemos que quando fazemos a troca de um título, precisamos ter uma


nova data (data focal) para o cálculo do valor, para definir o novo prazo.
Sendo assim, temos:

M1
Vr =
(1 + i)n1

Onde:
• Vr = Valor atual racional;
• M1 = Valor nominal do novo título;
• n1 = novo prazo de vencimento do novo título;
• i = taxa

95 e-Tec Brasil
Se tivermos vários títulos (M1, M2, M3, M4,...), com diversas datas (n1, n2, n3,
n4,...), eles serão equivalentes a um título com nova data (data focal ou data
zero) pelo critério de valor atual. Vejamos:

M1 M2 M3 M4 Mn
Vr = = = = ... =
(1 + i)n1 (1 + i)n2 (1 + i)n3 (1 + i)n4 (1 + i)nn

Observe os exemplos:

Exemplo 1
Um título no valor nominal de R$ 7.000,00, com vencimento para cinco
meses, é trocado por outro com vencimento para três meses. Sabendo que a
taxa de juro corrente no mercado é de 3% ao mês, qual o valor nominal do
novo título, sendo adotado o regime de capitalização composta?

Solução: substituindo na expressão temos:

M1
Vr = =
(1 + i)n1

7.000,00
Vr = =
(1 + 0,03)3

7.000,00
Vr = =
(1,03)3

7.000,00
Vr = =
1,092727

Vr = 6.405,99

O valor do novo título é de R$ 6.405,99, com vencimento para daqui a três


meses.

Exemplo 2 (adaptado de Castanheira, 2008)


Imagine que uma empresa tenha vários títulos nominais, com datas diferen-
tes. Para quitar suas obrigações a empresa está pensando em quitar somente
os títulos equivalentes à taxa de 1 % ao mês. Vejamos a tabela do setor
financeiro da empresa:

Valor do Título Vencimento


R$ 1.000,00 Para daqui um mês
R$ 1.010,00 Para daqui dois meses
R$ 1.020,10 Para daqui a três meses
R$ 1.033,00 Para daqui a quatro meses

e-Tec Brasil 96 Matemática Financeira


Solução:
Verificando o primeiro título na data zero, ou seja, hoje:

M1
Vr = =
(1 + i)n1

1.000,00
Vr = =
(1 + 0,01)1

1.000,00
Vr = =
(1,01)1

Vr = 990,10

Segundo título para a data de focal zero;

M2
Vr = =
(1 + i)n2

1.010,00
Vr = =
(1 + 0,01)2

1.010,00
Vr = =
(1,01)2

1.010,00
Vr = =
1,0201

Vr = 990,10

Terceiro título:

M3
Vr = =
(1 + i)3

1.020,00
Vr = =
(1 + 0,01)3

1.020,00
Vr = =
(1,01)3

1.020,10
Vr = =
1,030301

Vr = 990,10

Aula 18 – Títulos equivalentes de capitalização composta 97 e-Tec Brasil


Quarto e último titulo:

M4
Vr = =
(1 + i)4

1.033,00
Vr = =
(1 + 0,01)4

1.033,00
Vr = =
(1,01)4

1.033,00
Vr = =
1,0406

Vr = 992,69

Como podem observar o quarto título não é equivalente, pois deu um valor
atual diferente dos demais valores que são equivalentes.

Resumo
Vimos nessa aula como determinar a equivalência de títulos ou capitais na
capitalização composta.

Atividades de aprendizagem
1. Um título no valor nominal de R$ 8.500,00, com vencimento para 5 me-
ses, é trocado por outro de R$ 7.934,84, com vencimento para 3 meses.
Sabendo-se que a taxa de juros corrente de mercado é de 3,5% a.m.,
pergunta-se se a substituição foi vantajosa.

e-Tec Brasil 98 Matemática Financeira


2. João irá receber R$ 6.000,00 dentro de 1 ano, como parte de seus direi-
tos na venda de um barco. Contudo, necessitando de dinheiro, transfere
seus direitos a um amigo que os compra, entregando-lhe uma Nota Pro-
missória no valor de R$ 6.000,00, com vencimento para 6 meses. João
fez bom negócio, se a taxa de mercado for de 20% a.a.

3. Considerando-se que a taxa de juros é de 4% a.m., será que R$ 8.000,00


hoje equivale a R$ 10.000,00 em 6 meses ?

Aula 18 – Títulos equivalentes de capitalização composta 99 e-Tec Brasil


4. A que taxa de juros anuais a quantia de R$ 2.000,00 em 1 ano equiva-
lente a R$ 2.300,00 em 2 anos?

5. Uma financeira oferece a um cliente dois títulos, vencendo o primeiro em


1 ano, no valor de R$ 15.000,00, e o segundo em 1 ano e meio, no valor
de R$ 25.000,00. O cliente aceita, assinando uma Nota Promissória com
vencimento para 6 meses. Sabendo-se que a taxa de juros considerada
na operação foi de 30% a.a., qual é o valor de Nota Promissória em seu
vencimento?

e-Tec Brasil 100 Matemática Financeira


Aula 19 – O
 perações de fluxo de caixa

Veremos nesta aula um tema de grande importância nas finanças:


o valor presente e o valor futuro nas operações de fluxo de caixa.

Até agora, você viu pagamento ou recebimento de um montante, num de-


terminado prazo, em uma única vez.

A partir de agora vamos ver como efetuar pagamentos ou recebimentos


em parcelas. Para isso vamos fazer uso da ferramenta denominada fluxo de
caixa. Vejamos:

Entende-se na matemática financeira, o fluxo de um caixa como sendo as


saídas ou entradas de dinheiro no caixa, em determinado tempo.

Esse fluxo é representado graficamente com uma linha do tempo, como essa:

0 n (tempo)

Na linha horizontal, com sentido da esquerda para a direita, temos o tempo (n),
que pode ser dividido em dias, meses, anos, semestres, etc. As linhas no sen-
tido vertical com sentido da seta para cima indicam as entradas de caixa, que
podem ser recebimentos, depósitos, etc. Já as linhas com sentido de seta para
baixo, indicam as saídas de caixa, e representam os pagamentos, os saques,

Veja que esse diagrama (desenho gráfico) facilita o entendimento do fluxo


de um caixa.

Vamos para um exemplo:

Um banco concede um empréstimo de R$ 3.000,00 para um cliente. As


condições de pagamento são três prestações mensais iguais no valor de R$
1.432,00.

Do ponto de vista do fluxo de caixa, nossa representação gráfica fica dessa


forma para o banco:

101 e-Tec Brasil


1.432,00 1.432,00 1.432,00

n (tempo)
0

De você quisesse visualizar o fluxo de caixa do cliente, que fez o financia-


mento, esse ficaria assim:

3.0000,00

0 n (tempo)

1.432,00 1.432,00 1.432,00

A frase acima na linha de tempo esta incompleta talvez pelas caixas


de texto

Saiba mais

Informe-se sobre diagrama de fluxo de caixa na calculadora HP 12C


Na calculadora HP 12 C, calculadora lançada pela empresa de informática
e tecnologia estadunidense Hewlett-Packard em 1981, podemos ver o
fluxo de caixa definido por esses comandos:

FV

0 n
PV

PMT

Figura 19.1: Elementos principais do diagrama


Fonte: Elaborado pelo autor

Legenda:
Escala Horizontal – expressa unidade temporal, podendo ser: dias, semanas, meses, anos etc.;
Setas para cima – consistem em entrada ou recebimento de dinheiro;
Setas para baixo – consistem em saídas ou pagamentos.
PV – Present Value (Valor Presente).Simboliza o valor do capital no momento presente, chamado de valor atual,
capital ou principal.
PMT – Payment (Pagamento) ou ainda Periodic Payment Amount (valor do pagamento periódico).É o
valor de uma parcela que pode ser adicionada ou subtraída do montante a cada período.
FV – Future Value (Valor Futuro).Simboliza o montante, o valor do capital após certo período de tempo, também
chamado de valor futuro. É a soma do Capital com os juros.

e-Tec Brasil 102 Matemática Financeira


19.1 Valor presente
Na fórmula M = C. (1 + i)n, o capital inicial C é também conhecido como
Valor Presente (PV = present value) e o montante M é também conhecido
como Valor Futuro (FV = future value).i é o índice de interesse (do inglês
interest rate) –representa a taxa de juros.

Então essa fórmula pode ser escrita como

FV = PV (1 + i)n

Se isolarmos PV na fórmula temos:

FV
PV =
(1 + i)n

Vejamos algumas aplicações da determinação do valor presente ou do valor


futuro de algumas aplicações
1. Neste link, você encontra
o emulador da calculadora
Exemplos: HP-12C disponível
gratuitamente para teste na
internet: http://www.epx.
1. Quanto terá daqui a 12 meses se aplicarmos R$1.500,00 a 2% ao mês? com.br/ctb/hp12c.php
Solução: 2. Caso possua a versão mais
atual do Windows no seu
FV = 1.500. (1 + 0,02)12 = R$1.902,36 computador, poderá também
fazer o download da HP-12C
para a sua área de trabalho,
2. Quanto teremos daqui a 12 meses se aplicarmos $ 1.000,00 a 2,5% ao mês? desse modo não precisará de
Solução: conexão com a internet para
acessá-la.
FV = 1000. (1 + 0,025)12 = R$1.344,89 Em http://h10032.www1.
hp.com/ctg/Manual/
bpia5314.pdf está disponível
o manual do usuário e
de solução de problemas
19.2 Séries de pagamentos frequentes na HP-12C.
Este estudo busca um entendimento das operações financeiras que envol-
vem pagamentos ou recebimentos parcelados. As séries podem assim ser
classificadas:

Quanto ao prazo:
Temporárias – duração limitada
Perpétuas – duração ilimitada

Quanto ao valor:
Constantes – parcelas iguais
Variáveis – parcelas diferentes

Aula 19 – Operações de fluxo de caixa 103 e-Tec Brasil


Quanto à forma:
Imediatas – quando ocorre no primeiro período, podendo ser antecipada
(início do período) ou postecipada (final do período)

Diferidas – operações com carência, podendo ser antecipadas ou postecipadas.

Quanto ao período:
Periódicas – os intervalos entre as prestações são iguais.
Não periódicas – os intervalos são diferentes.

19.3 Operações postecipadas


Caracterizam-se as operações postecipadas como sendo aquelas em que o
vencimento da 1ª prestação é no final do período. Um termo de mercado,
por exemplo, para esta operação é: “a primeira só em 30 dias”.

Início dos pagamentos

0 1 2 3 ... n–1 n
A ilustração acima mostra a compra de um bem no instante zero e suas pres-
tações vencendo ao final do 1º período.

Aqui estão as fórmulas para realizarmos operações postecipadas:

PMT [1 – (1 + i)–n]
PV =
i
PV . i
PMT =
1 – (1 + i)–n

Exemplos:
1. Qual o valor das prestações que serão pagas mensalmente, se uma TV
que custa R$690,00 à vista, fosse vendida em 10 vezes, a taxa de juros
de 5%a/m?
690 . 0,05
PMT =
1 – (1 + 0,05)–10

34,50
PMT =
0,3861

PMT = 89,36

e-Tec Brasil 104 Matemática Financeira


2. Quanto custou à vista uma mercadoria que foi comprada em oito vezes,
a taxa de 3,7%a.m e prestações mensais, consecutivas e postecipadas de
R$733,47?

733,47 [1 – (1 + 0,037)–8]
PV =
0,037

733,47 . 0,25223
PV =
0,037

185
PV =
0,037

PV = 5.000

Anotações

Aula 19 – Operações de fluxo de caixa 105 e-Tec Brasil


Aula 20 – Outras séries de pagamento

O foco desta aula é trabalhar outros tipos de séries de pagamento:


antecipadas e postecipadas com carência.

Vocês já devem ter percebido que quando vamos a uma loja e pedimos
para o vendedor fazer o cálculo de quanto custa um determinado produto,
parcelado, em um período de tempo, ele recebe do gerente de vendas uma
tabela que contém todos os coeficientes para efetuar os cálculos de presta-
ções, conforme o pedido dos clientes. Para calcularmos estes coeficientes,
utilizaremos a seguinte fórmula:

i
Fator postecipado =
[1 – (1 + i)–n]

Exemplo:
Com relação à questão da TV que custa R$690,00, o cliente quer o parcela-
mento em 10 vezes a taxa de juros utilizada é 5%a/m.

0,05
fator =
[1 – (1 + 0,05)–10]

fator = 0,129504
prestação = 690 . 0,129504
prestação = 89,36

20.1 Operações antecipadas


São operações em que os pagamentos começam no início do 1º período,
ou seja, no ato.

No mercado é comum ver a seguinte situação: “entrada mais ‘n’ parcelas”


ou”30 % de entrada e o saldo em 30/60 e 90 dias”.

Para efetuarmos estas operações, vamos precisar das seguintes fórmulas:

PMT [1 – (1 + i)–n](1 + i)
PV =
i
PVi
PMT =
[1 – (1 + i)–n] (1 + i)

107 e-Tec Brasil


Exemplo:
Calcule o valor das prestações pagas na compra de um bem que custa
R$690,00 à vista, e que foi vendido em 1 + 9 vezes com juros de 5%a.m.
690 . 0,05
PMT =
[1 – (1 + 0,05)–10] (1 + 0,05)

34,50
PMT =
0,4054

PMT = 85,10

20.2 Operações com carência postecipada


As operações com carência possuem a característica de o vencimento da
primeira parcela ocorrer em um período superior ao primeiro período subse-
quente ao da compra. Caso o pagamento seja feito no início deste período
superior, a carência então passa a ser chamada de postecipada. O valor pre-
sente pode ser calculado através da seguinte fórmula:
[1 – (1 + i)–n]
PMT
i
PV =
(1 + i)n
N significa o período de carência.

Exemplo:
Quanto custa à vista um televisor que foi comprado em cinco prestações
mensais de R$499,90, sem entrada, com a primeira paga três meses após a
data da compra, e se a loja cobrar 3,98% ao mês de taxa de juro?

[1 – (1 + 0,0398)–5]
499,90
0,0398
PV =
(1 + 0,0398)3

499,90 . 0,1773
0,0398
PV =
1,1242

499,90 . 0,1773 1
PV = .
0,0398 1,1242

499,90 . 0,1773 1
PV = .
0,0398 1,1242

92,1598 1 92,1598
PV = .      PV =
0,0398 1,1242 0,0447

PV = 2.059,72

O preço à vista da mercadoria é de R$2.059,72.

e-Tec Brasil 108 Matemática Financeira


20.3 Amortizações
Vamos definir e nos aprofundar nas técnicas de amortização, utilizando três
tipos de tabelas: a SAC (Sistema de Amortização Constante), a SACRE (Siste-
ma de Amortização Crescente) e a PRICE ou sistema Francês (tabelas de juro
composto pelo autor Richard Price)

20.4 O que é amortização?


É o pagamento de uma dívida ou de uma prestação de capital com vencimen-
to futuro, antes do prazo estabelecido inicialmente. Muitas vezes os acordos
de crédito com as entidades financeiras preveem a possibilidade de amorti-
zações antecipadas, embora, geralmente sejam cobradas taxas penalizadas
como forma de compensar parte dos juros que deixarão de ser recebidos.

Amortizar que dizer abater, quitar parceladamente uma dívida, normalmen-


te em partes, mas também pode ser de uma única vez, ou seja, amortizar é
pagamento de uma dívida de modo antecipado.

Uma parcela de financiamento é composta por duas partes, amortização


mais juros. A parte que corresponde à amortização é deduzida do saldo
devedor, fazendo com que a dívida seja diminuída a cada período. Existem
dois sistemas de amortização mais usados no sistema bancário e comer-
cial: o PRICE ou FRANCÊS e o SAC. No caso específico do Banco Caixa
Econômico Federal é utilizado o Sistema SACRE (Sistema de Amortização
Crescente).

Segundo a NBC T 19.5, é obrigatório o reconhecimento da depreciação,


amortização e exaustão. Veja na integra a lei que versa sobre as Normas
Brasileiras de Contabilidade: Depreciação, Amortização e Exaustão.

Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/nbct19_5.htm

20.5 Depreciação
É a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência.

A depreciação de um ativo começa quando o item está em condições de


operar na forma pretendida pela administração, e cessa quando o ativo é
baixado ou transferido do imobilizado.

Aula 20 – Outras séries de pagamento 109 e-Tec Brasil


A amortização consiste na recuperação contábil:

1. do capital aplicado na aquisição de bens e direitos classificados no ativo


imobilizado, cuja existência ou exercício tenha duração limitada ou cuja
utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado por lei ou contrato; e

2. dos custos, encargos ou despesas, registrados no ativo diferido, que contri-


buirão para a formação do resultado de mais de um período de apuração.

A principal distinção entre esses dois encargos é que, enquanto a deprecia-


ção incide sobre os bens físicos de propriedade do próprio contribuinte, a
amortização relaciona-se com a diminuição de valor dos direitos (ou despe-
sas diferidas) com prazo limitado (legal ou contratualmente).

20.6 S
 istemas de Amortização (pagamento)
do seu financiamento imobiliário

Figura 20.1: Imóvel


Fonte: http//:www.tropicimoveis.com.br

Existem diversos mecanismos de amortização de dívidas reconhecidas inter-


nacionalmente e disponíveis nos manuais de Matemática Financeira. No Bra-
sil para atuar no sistema financeiro imobiliário (SFI) os bancos operam com o
Sistema de Amortização Constante (SAC), a Tabela Price (TP) e o Sistema de
Amortização Crescente (SACRE), trata-se de formas distintas de cálculo das
prestações do seu financiamento imobiliário.

Você precisa saber que em todos os sistemas de amortização uma parcela


da prestação que você paga é destinada ao pagamento de juros e outra

e-Tec Brasil 110 Matemática Financeira


parcela é destinada à amortização (pagamento) da dívida. Além disto, ain-
da podem constar na prestação uma parcela do seguro de Morte e Inva-
lidez Permanente (MIP) e outra parcela do seguro para Danos Físicos do
Imóvel (DFI).

Os juros no sistema financeiro imobiliário estão atualmente na faixa de TR


(Taxa de Referência) + 6% ao ano, TR + 8,16% ao ano e TR + 10,5% ao ano
para família com renda de 1 salário mínimo até R$4.900,00 através da Carta
de Crédito FGTS e TR+12% ao ano TJLP + 5,5% ao ano ou INCC + 1% ao
mês para famílias com renda superior a R$4.900,00 em outras modalidades
com Recursos da Poupança, do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, ou
outras fontes de Recursos (Funding) de Construtoras e Incorporadoras. A
principal diferença entre o valor das prestações está na parcela da dívida que
está sendo amortizada, e é esta a diferença entre estas três metodologias
que veremos a seguir.

20.6.1 Sistemas de Amortização Constante - SAC


No SAC a parcela de amortização da dívida é calculada tomando por base o
total da dívida (saldo devedor) dividido pelo prazo do financiamento, como
um percentual fixo da dívida, desta forma é considerado um sistema linear.
No SAC a prestação inicial é um pouco maior que na Tabela Price, pois o va-
lor que é pago da dívida (amortização) é maior, assim, você estará liquidando
mais da dívida desde o inicio do financiamento e pagando menos juros ao
longo de contrato.

À medida que a dívida começa a ser amortizada, a parcela dos juros e con-
sequentemente a prestação como um todo tendem a decrescer, uma vez
que o próprio saldo devedor se reduz. Com isso, no SAC, o saldo devedor
e a sua prestação tendem a decrescer de forma constante desde o início do
financiamento e não deixa resíduo desta forma, você estará menos exposto
em caso de aumento do indexador do contrato (a TR, TJLP ou INCC) durante
o financiamento.

20.6.2 Sistema de Amortização Crescente - SACRE


A diferença do SAC para o SACRE (Sistema de Amortização Crescente) é
apenas o recálculo, ou seja, um novo cálculo após um determinado perío-
do de andamento do contrato. O SACRE é baseado na mesma metodolo-
gia do SAC, mas, sempre considerando o prazo remanescente (que falta)
para pagar. Assim o recálculo força o crescimento da amortização e a
rapidez do pagamento.

Aula 20 – Outras séries de pagamento 111 e-Tec Brasil


Ao contrário do que acontece no SAC a parcela de amortização não é cons-
tante e sim crescente, o que permite que a dívida seja paga mais rapidamen-
te. O primeiro recálculo acontece com 12 (doze) meses e poderá tornar-se
trimestral na hipótese da prestação não estar amortizando (pagando/ qui-
tando) a dívida;

No SACRE, a partir de um determinado período, durante o prazo de finan-


ciamento, a prestação tende a cair continuamente até o final do financia-
mento. Exatamente por isto, o percentual de comprometimento da renda
neste tipo de mecanismo de amortização tende a ser mais alto, em cerca de
30%, pois no decorrer do prazo do financiamento as prestações devem cair,
e com isto diminuirá o grau de comprometimento da renda. Atualmente o
SACRE é adotado pela Caixa Econômica Federal nas suas linhas que usam
recursos do FGTS, como a Carta de Crédito FGTS Individual.

20.6.3 A
 Tabela Price (TP) ou
Sistema Francês de Amortização (SFA)
Ao contrário do sistema SAC em que a amortização é igual, na Tabela Price
todas as prestações são iguais. Este sistema seria ideal se não existisse no
financiamento imobiliário a figura do indexador da prestação (índices: TR,
TJLP, INCC, CUB, IGPM, etc.).
O Sistema de Amortização
Crescente – SACRE era utilizado
SOMENTE pela Caixa Econômica
Federal, atualmente outros
Para um financiamento de igual valor, a prestação da Tabela Price é sempre
bancos de capital estrangeiro menor que a prestação no sistema SAC ou SACRE. Assim, no mecanismo de
também aderiram ao sistema.
A diferença básica entre este Cálculo da Tabela Price, a parcela que serve para amortizar a dívida é mais
sistema e os outros (PRICE e baixa (menor) no início do financiamento e cresce ao longo do contrato. Este
SAC) é o de apresentar o valor
da parcela de amortização financiamento é ideal para pagamento de veículos e crediário em geral que
superior, proporcionando
uma redução mais rápida do
tem prazo curto e a prestação é fixa, mas, pode ser inadequado para finan-
saldo devedor. Também neste ciamentos em longo prazo que contenham um indexador que, na hipótese
plano a prestação inicial pode
comprometer até 30% da de acelerar poderá deixar resíduo a ser renegociado no final do contrato.
renda, enquanto nos outros o
comprometimento máximo é
25% e o valor das prestações é Na Tabela Price, as prestações podem aumentar durante todo o prazo de
decrescente.
Na página da Caixa Econômica
financiamento. Nesse sistema, você estará mais exposto a um aumento nos
Federal você encontra um indexadores provocados por um aumento da inflação e não temos bola de
simulador de financiamento
habitacional: http://www.caixa. cristal para adivinhar o que ocorrerá daqui a vinte anos mesmo com a pre-
gov.br/habitacao/index.asp tensa estabilidade.

e-Tec Brasil 112 Matemática Financeira


O risco de aumento nos indexadores pode também existir nos demais me-
canismos de amortização. Ele é mais atenuado no sistema SAC ou SACRE
já que o saldo devedor decresce mais rapidamente. Exatamente por isso, as
instituições que adotam a Tabela Price nos seus financiamentos imobiliários
tendem a aceitar um percentual menor de comprometimento da renda do
que o aceito no SAC ou SACRE.

Resumo
Foi exposto nesta aula um tema de grande importância nas finanças: o valor
presente e o valor futuro nas operações de fluxo de caixa. Sendo que o valor
presente é o valor do principal da aplicação ou resgate financeiro, e o valor
futuro é o valor do principal que depois de determinado tempo acrescido de
juros geram o montante da aplicação. Bem como os tipos de rendas.

Vimos conceitos das séries de pagamento antecipadas e com carência pos-


tecipada. Ainda estudamos as técnicas de amortização, utilizando três tipos
de tabelas: a SAC (Sistema de Amortização Constante), a SACRE (Sistema
de Amortização Crescente) e a PRICE ou sistema Francês (tabelas de juro
composto pelo seu autor Richard Price).

Anotações

Aula 20 – Outras séries de pagamento 113 e-Tec Brasil


Referências

BAUER, Udibert Reinoldo. Matemática financeira fundamental. Ed. Atlas. SP 2003.

BRUNI, Adriano Leal & FAMÁ, Rubens. Matemática Financeira: com HP 12c e Excel.
São Paulo: Atlas, 2002

CAMARGO, Camila. Planejamento Financeiro. Curitiba: IBPEX, 2010.

CASTANHEIRA, Nelson Pereira; MACEDO, Luiz R. Dias de. Matemática Financeira


Aplicada. Curitiba: IBPEX, 2008.

CRESPO, Antônio Arnot. (2001) Matemática Comercial e Financeira Fácil. 13a. ed.
São Paulo: Saraiva.

FRANCISCO, Walter de. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 1991

GUERRA, Fernando. (2006) Matemática Financeira com a HP12C. 3. ed. Florianópolis:


Editora da UFSC.

KUNHEM, Osmar Leonardo – Matemática Financeira Empresarial. Ed. Atlas. São


Paulo, 2006.

LAPPONI, Juan Carlos. Matemática Financeira - Uma Abordagem Moderna - Lapponi


Editora Ltda, 2ª Edição, 1994.

LAPPONI, Juan Carlos. Matemática financeira: usando Excel 5 e 7. São Paulo: Lapponi
Treinamento e Editora Ltda, 1996.

MATHIAS, Washington Franco Gomes, José Maria - Matemática Financeira Editora


Atlas, 1996.

MATIAS, Washington Franco & GOMES, José Maria. Matemática Financeira. São Paulo:
Atlas, 1992.

MERCHEDE, Alberto – Matemática Financeira, para usuários de HP12C e Excel.


Ed. Atlas. SP 2001.

MORGADO , Augusto Cesar; WAGNER, Eduardo; ZANI, Sheila C. Progressões e


Matemática Financeira. SBM, Rio de Janeiro, 4 a. edição, 2001.

NETO, Alexandre Assaf Martins, Eliseu Administração Financeira - Editora Atlas, 2000.

SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: Aplicações à Análise de


Investimentos. 4 ed. São Paulo: Pearson, 2006.

SECURATO, José Roberto.Cálculo Financeiro das Tesourarias. 3. ed. São Paulo: Saint
Paul, 2005.

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL. Matemática Financeira. Curitiba: IBPEX, 2009.

115 e-Tec Brasil


VERAS, Lilia Ladeira. Matemática financeira: uso de calculadoras financeiras, aplicações
ao mercado financeiro, introdução à engenharia econômica, 300 exercícios resolvidos e
propostos com respostas. São Paulo: Atlas, 2001.
VIEIRA SOBRINHO, J. D. Matemática financeira. 7 ed., São Paulo: Atlas,2000.
http://www.ifba.edu.br/dca/Corpo_Docente/MAT/EJS/MATFIN_PARTE_I_CEFET.pdf. Acesso
em: 13/08/2012.
http://usuarios.upf.br/~moacirgomes/juroscompostos.html. Acesso em: 09/08/2012

Referências das figuras


Figura 1.1: Moeda
http://www.fatosdaeconomia.com.br/

Figura 1.2: Dinheiro


Fonte: http://www.jogoscelular.net/ganhe-dinheiro-com-seu-blog/

Figura 1.3: Tempo


Fonte: http://bloglucrativo.blogspot.com/

Figura 1.4: Escrita dos sumérios


Fonte: http://www.cyberartes.com.br/

Figura 1.5:Hindu
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Figura 1.6: Índices


Fonte: http://www.cgimoveis.com.br

Figura 2.1: Estrada


Fonte: http://www.freefoto.com/

Figura 2.2 Densidade demográfica


Fonte: http://www.grupoescolar.com/materia/escalas.html

Figura 3.1: Exemplo


Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 4.1: Porcentagem


Fonte: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=949760

Figura 3.2: Regra de três composta


Fonte: http://www.somatematica.com.br/fundam/regra3c.php

Figura 4.1: Porcentagem


Fonte: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=949760

Figura 4.2: Representação


Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 5.1: Dados


Fonte: http://cute-and-bright.deviantart.com
http://usefool-deviantart.com

Figura 8.1: Gráfico


Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 8.2: Divulgando o Credconstrução


Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_Nh3_FzCluTA/S-qjvvDSzGI/AAAAAAAAAK4/8rpFcn55P_E/s1600/Cred+Joval.jpg

Tabela 15.1 - Demonstração


Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 15.2: Curva juros compostos


Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 19.1: Elementos principais do diagrama


Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 20.1: Imóvel


Fonte: http//:www.tropicimoveis.com.br

e-Tec Brasil 116 Matemática Financeira


Atividades autoinstrutivas

Nas atividades abaixo marque apenas uma alternativa como sendo a correta.

1. Determine quanto é 13% de R$ 850,00.

a) R$ 130,00

b) R$ 120,50

c) R$ 110,50

d) R$ 108,00

e) R$ 100,00

2. Se calcularmos 30% de R$640,00 obteremos como resultado:

a) R$ 182,00

b) R$ 192,00

c) R$ 198,00

d) R$ 207,00

e) R$ 190,50

3. Um aluguel de R$ 550,00 sofreu um aumento de 18%. Ele passou


a valer:

a) R$ 649,00

b) R$ 612,00

c) R$ 504,00

d) R$ 99,00

e) R$ 200,10

117 e-Tec Brasil


4. (CESCEM-SP) 3% de 0,009 vale:

a) 0,00027

b) 0,0027

c) 0,00009

d) 0,09

e) 0,0081

5. Assinale a alternativa correta:

a) 6% = 0,6

b) 13% = 1,3

c) 140% = 1,4

d) 20,5% = 0,0205

e) 100% = 1,001

6. Quanto é 0,5% de R$550,00?

a) R$ 2,75

b) R$ 25,00

c) R$ 55,75

d) R$ 5,50

e) R$ 5,55

7. Assinale a alternativa correta:

a) 60% = 0,06

b) 13% = 1,03

c) 140%= 1,04

d) 20,5% = 0,250

e) 100% = 1

e-Tec Brasil 118 Matemática Financeira


8. Em 20/03/2005 o saldo bancário de Roberto era de R$ 1.500,00
positivo. Entre os dias 20 a 28 de março de 2005, o extrato bancário
de Roberto mostrou a seguinte movimentação:

• 21/03/2005, retirada de R$ 400,00


• 22/03/2005, retirada de R$ 350,00
• 23/03/2005, depósito de R$ 100,00
• 24/03/2005, retirada de R$ 990,00
• 26/03/2005, depósito de R$ 560,00
• 28/03/2005, retirada de R$ 230,00

Qual será o saldo bancário de Roberto, ao final do dia 28/03/2005?

a) R$ 180,00

b) R$ 190,00

c) R$ 198,00

d) R$ 270,00

e) R$ 280,00

9. Ao verificar seu controle de despesas, Gustavo percebeu que


alguns débitos e créditos ainda não haviam sido anotados para
o respectivo saldo. Para facilitar, Gustavo descreveu os históricos
de sua movimentação financeira logo abaixo. Ajude-o, então,
a preencher a tabela com os respectivos créditos e débitos
destacados:

Data Crédito
Descrição Débito (R$) Saldo (R$)
Mês abril (R$)
02 Saldo anterior R$480,30 R$480,30
03 Pagamento do cartão de crédito R$50,15
05 Tarifa Banco (c/c especial)
06 Pagamento da parcela da internet - R$50,30 - R$20,30
09 Conta de telefone - R$182,25
14 Depósito R$567,60
19 Prestação do carro - R$277,40
23 Conta de água
29 Conta de luz -R$ 89,20
30 Depósito salário R$1.596,60

Atividades autoinstrutivas 119 e-Tec Brasil


Histórico da movimentação:
No dia 3, temos o saldo de R$ 480,30 e um débito de R$ 430,15 referente
ao pagamento de cartão de crédito.
Saldo final do dia 3: 480,30 – 430,15 = 50,15
No dia 5, houve pagamento da tarifa bancária, no valor de R$ 20,15.
Saldo final do dia 5: 50,15 – 20,15 = 30,00.
No dia 6, houve pagamento da parcela da internet, no valor de
R$ 50,30.
No dia 9, pagamento da conta de telefone, R$ 161,95.
No dia 14, houve um depósito, cujo valor não foi informado, mas sabe-se
que o saldo final ficou em R$567,60.
Logo o valor do depósito será o valor que somado ao saldo anterior de
-182,25 resultará no saldo de R$567,60
x + (-182,25) = 567,60
x - 182,25 = 567,60
x = 567,60 + 182,25
x = 749,85

No dia 19, temos um débito, (prestação do carro). Para saber o valor da


prestação, que podemos chamar de y, devemos somar y com o saldo
anterior e igualar ao saldo do final do dia:

Nos dias 23 e 29, temos outros débitos, conta de água e luz


respectivamente. Podemos calcular estes valores de maneira similar ao
que foi feito para o dia 19 e dessa forma obteremos:

Conta de água = R$36,80


Conta de Luz = R$89,20.

No dia 30, houve um depósito bancário no valor de 1.596,60.

Agora, marque a alternativa correta que representa o saldo verdadeiro


de Gustavo:

a) R$ 1.266,40

b) R$ 1.193,20

c) R$ 1.488,55

d) R$ 1.570,59

e) R$ 1.616,56

e-Tec Brasil 120 Matemática Financeira


10. C
 alcular os juros simples de R$ 1.200,00 a 13 % a.t. por quatro
meses e 15 dias. Temos o seguinte resultado:

a) R$ 234,00
b) R$ 199,20
c) R$ 148,50
d) R$ 150,00
e) R$ 166,00

11. C
 alcular os juros simples produzidos por R$ 40.000,00, aplicados
à taxa de 36% a.a., durante 125 dias, com isso, obteremos o
resultado de:

a) R$ 5.000,00
b) R$ 9.999,20
c) R$ 4.488,55
d) R$ 5.857,59
e) R$ 1.616,56

12. Q
 ual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende
R$ 3.500,00 de juros em 75 dias?

a) R$ 116.666,67
b) R$ 125.445,20
c) R$ 441.488,55
d) R$ 581.657,59
e) R$ 161.216,56

13. S
 e a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses
serão necessários para dobrar um capital aplicado através de
capitalização simples?

a) 8 meses
b) 10 meses
c) 15 meses
d) 20 meses
e) 25 meses

Atividades autoinstrutivas 121 e-Tec Brasil


14. A
 plicou-se a juros compostos uma capital de R$ 1.400.000.00, a
4% ao mês, durante três meses. O montante produzido neste
período é igual a:
Obs.: devemos lembrar que 4% = 4/100 = 0,04

a) R$ 1.880.809,60
b) R$ 1.990.555,00
c) R$ 1.988.520,00
d) R$ 2.700.790,00
e) R$ 1.574.809,60

15. Q
 ual o capital aproximado que aplicado a juros compostos a 8% ao
mês, produz em dois meses um montante de R$ 18.915,00 de juros.

a) R$ 12.880,60
b) R$ 13.990,20
c) R$ 14.988,55
d) R$ 15.700,59
e) R$ 16.216,56

16. A
 que taxa ao mês esteve aplicado, em uma caderneta de
poupança, um capital de R$ 1.440,00 para, em dois meses, produzir
um montante de R$ 1.512,90?

a) 2,5% ao mês
b) 2,4% ao mês
c) 2,3% ao mês
d) 2,2% ao mês
e) 2,1% ao mês

17. E
 m quanto tempo um capital triplica de valor aplicado a uma taxa
de juros simples de 20% a.a.?

a) 5 anos
b) 10 anos
c) 15 anos
d) 20 anos
e) 25 anos

e-Tec Brasil 122 Matemática Financeira


18. Q
 uanto renderá de juros simples uma quantia de R$ 80.000,00
aplicada durante seis meses a uma taxa de 3% ao mês?

a) R$ 14.880,20
b) R$ 14.990,20
c) R$ 14.988,05
d) R$ 14.700,50
e) R$ 14.400,00

19. (FGV-SP) Um capital C foi aplicado a juros simples durante 10


meses, gerando um montante de R$ 10.000,00; esse montante, por
sua vez, foi também aplicado a juros simples, durante 15 meses,
à mesma taxa da aplicação anterior, gerando um montante de
R$ 13.750,00. Qual o valor de C?

a) R$ 8.880,20
b) R$ 8.990,20
c) R$ 8.988,05
d) R$ 8.700,50
e) R$ 8.000,00

20. U
 ma aplicação de R$ 40.000,00 rendeu, em três meses, a quantia
de R$ 4. 800,00 de juros simples. Qual foi a taxa mensal de juro?

a) 2%
b) 4%
c) 3%
d) 2,2%
e) 1%

21. C
 erta quantia, aplicada durante cinco meses a uma taxa de juros
simples mensal de 3%, rendeu R$ 8.250,00. Qual foi a quantia aplicada?

a) R$ 64.900,00
b) R$ 61.200,00
c) R$ 50.000,00
d) R$ 99.000,00
e) R$ 55.000,00

Atividades autoinstrutivas 123 e-Tec Brasil


22. (FGV-SP) Antônio investiu a quantia recebida de herança em três
aplicações distintas: 35% do total recebido em um fundo de renda
fixa; 40% do valor herdado em um fundo cambial e o restante da
herança em ações. No final de um ano as aplicações renderam
de juro, um total de R$ 28 500,00. Determine a quantia herdada
por Antônio, sabendo que os rendimentos anuais foram de 30%,
20% e 40%, respectivamente, no fundo de renda fixa, no fundo
cambial e nas ações.

a) R$ 105.900,00

b) R$ 110.200,00

c) R$ 150.000,00

d) R$ 199.000,00

e) R$ 100.000,00

23. (FGV-SP) Um investidor aplicou a juros simples na mesma data,


por 20 dias, em fundos diferentes que operam no sistema de juro
simples, os capitais de R$ 110.000,00 e R$ 80. 000,00. Ao final do
período o maior valor, aplicado à taxa de 9% ao mês, rendeu de
juro R$ 3. 400,00 a mais que a aplicação do menor valor. Determine
a taxa mensal de juros de aplicação do menor valor.

a) 2% a.m.

b) 4% a.m.

c) 3% a.m.

d) 22% a.m.

e) 6% a.m.

24. M
 ário tomou emprestado R$ 240.000,00 durante três meses, à
taxa de 60% ao ano. Que quantia devolveu após os três meses,
no regime simples de formação?

a) R$ 115.000,00
b) R$ 111.000,00
c) R$ 155.000,00
d) R$ 196.000,00
e) R$ 276.000,00

e-Tec Brasil 124 Matemática Financeira


25. (FGV-SP) Pedro aplicou R$ 20.000,00 por um ano em dois fundos
A e B. O fundo A rendeu 10% e B rendeu 25%. Sabendo-se que
o ganho proporcionado pelo fundo B foi superior ao de A em
R$ 100,00, podemos afirmar que a diferença (em valor absoluto)
dos valores aplicados em cada fundo foi de:

a) R$ 8.000,00
b) R$ 7.000,00
c) R$ 5.000,00
d) R$ 6.000,00
e) R$ 9.000,00

26. C
 alcule o juro produzido por R$ 90.000,00, durante 90 dias, a uma
taxa de juros simples de 3,5% ao mês.

a) R$ 8.100,00
b) R$ 7.200,00
c) R$ 5.300,00
d) R$ 6.500,00
e) R$ 9.450,00

27. C
 alcule o juro que um capital de R$ 12.000,00 rende, durante 23
dias, à taxa de juros simples de 30% ao mês.

a) R$ 1.100,00
b) R$ 2.200,00
c) R$ 3.300,00
d) R$ 2.760,00
e) R$ 2.790,00

28. Q
 ual é o juro produzido pelo capital de R$ 18.500,00 durante 1
ano e meio, a uma taxa de juros simples de 7,5% ao mês?

a) R$ 159.750,00
b) R$ 112.000,00
c) R$ 159.000,00
d) R$ 299.750,00
e) R$ 249.750,00

Atividades autoinstrutivas 125 e-Tec Brasil


29. U
 m comerciante tomou emprestado de um banco R$ 400.000,00.
O banco emprestou a uma taxa de juros simples de 38% ao ano. O
comerciante teve que pagar R$ 304.000,00 de juros. Por quantos
anos o dinheiro esteve emprestado?

a) 6 anos

b) 7 anos

c) 8 anos

d) 9 anos

e) 2 anos

30. (TTN) Carlos aplicou 1/4 de seu capital a juros simples comerciais
de 18% a.a., pelo prazo de 1 ano, e o restante do dinheiro a uma
taxa de 24% a.a., pelo mesmo prazo e regime de capitalização.
Sabendo-se que uma das aplicações rendeu R$ 594,00 de juros,
mais do que a outra, o capital inicial era de R$:

a) 4.200,00

b) 4.800,00

c) 4.900,00

d) 4.600,00

e) 4.400,00

31. (TTN) Três capitais são colocados a juros simples: o primeiro a


25% a.a., durante 4 anos; o segundo a 24% a.a., durante 3 anos
e 6 meses e o terceiro a 20% a.a., durante 2 anos e quatro meses.
Juntos renderam um juro de R$ 27.591,80. Sabendo-se que o
segundo capital é o dobro do primeiro e que o terceiro é o triplo
do segundo, o valor do terceiro capital é de:

a) R$ 30.210,00

b) R$ 10.070,00

c) R$ 15.105,00

d) R$ 20.140,00

e) R$ 5.035,00

e-Tec Brasil 126 Matemática Financeira


32. ( TTN) Calcular a taxa que foi aplicada a um capital de R$ 4.000,00,
durante 3 anos, sabendo-se que se um capital de R$ 10.000,00
fosse aplicado durante o mesmo tempo, a juros simples de 5%
a.a., renderia mais R$ 600,00 que o primeiro. A taxa é de:

a) 8,0%
b) 7,5%
c) 7,1%
d) 6,9%
e) 6,2%

33. ( MACK-SP) Três meses atrás, depositei na poupança R$ 10.000,00.


No primeiro mês ela rendeu 1,6%, no segundo mês 1,0% e no
terceiro mês 1,2%. Quanto tenho agora?

a) R$ 10.200,70
b) R$ 14.800,50
c) R$ 12.900,05
d) R$ 11.600,98
e) R$ 10 384,73

34. P
 ara render juros simples de R$ 4.375,00 à taxa de 2,5% ao mês,
devo aplicar meu capital de R$ 50.000,00 durante quanto tempo?

a) três meses
b) sete meses
c) oito meses
d) dois meses
e) três meses e meio

35. (FGV) Um aparelho de TV é vendido por R$ 1.000,00 em dois


pagamentos iguais, sem acréscimo, sendo o 1º como entrada e o
2º um mês após a compra. Se o pagamento for feito à vista, há
um desconto de 4% sobre o preço de R$ 1.000,00. A taxa mensal
de juros simples do financiamento é aproximadamente igual a:

a) 8,7%
b) 7,7%
c) 6,7%
d) 5,7%
e) 4,7%

Atividades autoinstrutivas 127 e-Tec Brasil


36. A
 quantia de R$ 27.000,00, emprestada a taxa de juros simples de
1,2% ao mês, quanto rende em seis meses?

a) R$ 1.200,70
b) R$ 1.800,50
c) R$ 1 950,05
d) R$ 1.650,98
e) R$ 1.944,00

37. U
 m capital de R$ 5.000,00, aplicado a juros simples, à taxa mensal
de 3%, por um prazo de 1 ano e 3 meses, produzirá um montante
no valor de:

a) R$ 7.225,00
b) R$ 7.250,00
c) R$ 7.320,00
d) R$ 7.500,00
e) R$ 7.550,00

38. U
 ma pessoa tem R$ 20.000,00 para aplicar a juros simples. Se
aplicar R$ 5.000,00 à taxa mensal de 2,5% e R$ 7.000,00 à taxa
mensal de 1,8%, então, para obter um juro anual de R$ 4.932,00,
deve aplicar o restante à taxa mensal de:

a) 2%
b) 2,1%
c) 2,4%
d) 2,5%
e) 2,8%

39. (FGV-SP) No regime de juros compostos a taxa de juro anual que


produz um montante 44% superior ao capital inicial, no prazo de
aplicação de dois anos é:

a) 20%
b) 21,5%
c) 21%
d) 20,5%
e) 22%

e-Tec Brasil 128 Matemática Financeira


40. U
 m capital de R$ 1.000.000,00 foi aplicado a juros compostos,
durante 1 ano, à taxa de 60% a.a. com capitalização mensal. Qual
o montante dessa aplicação?

a) R$ 1.795.900,00
b) R$ 1.600.567,00
c) R$ 1.700.000,00
d) R$ 1.450.340,00
e) R$ 1.500.000,00

41. (FGV) O Sr. Vítor costuma aplicar suas economias num fundo
que rende juros compostos. Se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$
20.000,00 daqui a 1 ano, qual seu saldo daqui a 2 anos, se a taxa
for de 15% a.a.?

a) R$ 12.200,70
b) R$ 15.800,50
c) R$ 12.950,05
d) R$ 17.650,98
e) R$ 36.225,00

42. Q
 ual o montante de uma aplicação de R$ 1.000.000,00, a juros
compostos, durante 6 meses à taxa de 36% a.a., capitalizados
mensalmente?

a) R$ 1.167.066,00
b) R$ 1.450.597,00
c) R$ 1 .194.100,00
d) R$ 1.190.340,00
e) R$ 1.311.678,00

43. D
 etermine o prazo de uma aplicação de R$ 550.000,00, a juros
compostos, capitalizados mensalmente, se desejo obter um
montante de R$ 1.272.183,00, a taxa de juro de 15% a.m.

a) 2 meses
b) 3 meses
c) 4 meses
d) 5 meses
e) 6 meses

Atividades autoinstrutivas 129 e-Tec Brasil


44. Q
 ual a taxa efetiva para que o capital de R$ 1.200.000,00, aplicado
durante 1 ano, com capitalização mensal, atinja um montante de
R$ 3.021.720,00?

a) 4% a.m.
b) 8% a.m.
c) 5% a.m.
d) 9% a.m.
e) 10% a.m.

45. Q
 ual a taxa efetiva para que o capital de R$ 1.200.000,00, aplicado
durante 1 ano, com capitalização mensal, atinja um montante de
R$ 2.155.027,20 ?

a) 4% a.m.
b) 8% a.m.
c) 5% a.m.
d) 9% a.m.
e) 10% a.m.

46. O
 montante gerado por um capital de R$ 160.400,00, ao fim de cinco
anos, com juros de 40% a.a. capitalizados trimestralmente é de?

Observação (1+10%)20=6,7275

a) R$ 1.079.090,84
b) R$ 2.079.090,84
c) R$ 3.079.090,84
d) R$ 4.079.090,84
e) R$ 5.079.090,84

47. (A.F. CAIXQuanto se deve investir hoje, à taxa nominal de juros


de 20% ao ano, capitalizados trimestralmente, para se obter R$
100.000,00 daqui a 3 anos?

a) R$ 14.200,70

b) R$ 60.800,50

e-Tec Brasil 130 Matemática Financeira


c) R$ 22.950,05

d) R$ 55.683,74

e) R$ 64.461,00

48. Q
 ual o capital que produz o montante de R$ 750.000,00 vencível
em oito meses, a uma taxa de juros compostos de 5% ao mês?

a) R$ 532.222,22

b) R$ 407.449,23

c) R$ 507.614,20

d) R$ 568.689,59

e) R$ 533.639,33

49. Q
 ual o capital que aplicado a 10% a.m. durante cinco meses,
produz um montante composto de R$ 1.610.510,00?

a) R$ 1.000.000,00

b) R$ 1.500.000,00

c) R$ 1.800.000,00

d) R$ 1.300.000,00

e) R$ 1.100.000,00

50. U
 m capital foi aplicado a 5% ao mês de juros compostos e, após
4 meses de aplicação, a taxa foi elevada para 7% ao mês. Ao final
de 10 meses de aplicação o valor do capital acumulado era de R$
364.830,00. Qual o valor MAIS PRÓXIMO do capital aplicado?

a) R$ 200.000,00

b) R$ 350.000,00

c) R$ 300.000,00

d) R$ 400.000,00

e) R$ 450.000,00

Atividades autoinstrutivas 131 e-Tec Brasil


Currículo do professor-autor

Roberto José Medeiros Junior

Licenciado e Bacharel em Matemática pela Universidade Tuiuti do Paraná


(1999), Especialista em Educação Matemática com ênfase em Tecnologias
pela Universidade Tuiuti do Paraná (2001), Especialista em Educação à Distân-
cia (Tutoria a Distância) – EaD/FACINTER (2007) tem Mestrado em Educação
Matemática pela Universidade Federal do Paraná (2007). Entre os anos de
1996 e 2008, atuou como professor de Matemática do Ensino Fundamental
ao Médio da rede pública e privada e, desde 2003 vem atuando como pro-
fessor no Ensino Superior, nos cursos de Licenciatura em Matemática, Física
e Pedagogia, na modalidade presencial e a distância em instituições públicas
e privadas com as disciplinas de Cálculo, Estruturas Algébricas, Estatística e
Matemática Financeira. Entre os anos de 2003 e 2005 atuou como professor
de Metodologia, Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Matemática
na Universidade Federal do Paraná, nos cursos de Licenciatura em Matemá-
tica, Física e Pedagogia. Atualmente é professor de Matemática do Instituto
Federal do Paraná na modalidade presencial e a distância. É um dos autores
do Livro Didático Público de Matemática para o Ensino Médio do Estado do
Paraná e, é também, autor de livros para a formação continuada do Centro
Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores (CINFOP), da Univer-
sidade Federal do Paraná. Prestador de serviços como assessor pedagógico
em Educação Matemática para as escolas públicas (municipal e estadual) e
as privadas também.

133 e-Tec Brasil


Anotações

Anotações 135 e-Tec Brasil

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