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CUIDADOS E MANUSEIO
LUPA BINOCULAR São lupas duplas que permitem a visão estereoscópica dos
objetos. Diferenciando-se dos microscópios, pois sua imagem não invertida e pela
sensação de relevo. As lupas binoculares têm maior distância focal que os
microscópios e assim deixam um maior espaço livre entre a platina, que sustenta os
objetos e a lente objetiva, facilitando o manejo dos materiais observados. Seu
maior inconveniente é o de não possuir os aumentos do microscópio, embora
aumentos de 60X a 100X sejam suficientes para os ensaios que se fazem com a lupa
binocular. Por outro lado, o menor custo das lupas binoculares fez com que seu uso
se multiplicasse entre os gemologistas. Existem no mercado algumas lupas
binoculares chamadas de "nemolite", especialmente adaptadas para a observação
gemológica. Elas têm luz do dia, campo escuro, aumentos variáveis em zoom, que as
transformam em um aparelho completo, mas de alto custo.
Em origem este filtro servia como auxiliar na distinção entre esmeraldas naturais e
suas imitações. Posteriormente encontram-se outras aplicações para ele. O filtro é
projetado com a finalidade de transmitir somente a cor vermelha viva e a cor
amarelo-verde da luz. Os melhores resultados são obtidos sob forte luz.
C- Gemas de cor Vermelha - uma clara indicação dos Rubis, naturais e sintéticos, é
uma cor vermelha brilhante característica. Sendo os sintéticos, vista de regra, mais
brilhante.
ESPECTROSCÓPIO
Quando um feixe de luz branca passa através de um prisma de vidro, ele se
decompõe nas cores fundamentais, formando um espectro. Se a luz passou antes
através de uma gema colorida, se produzirá a absorção de certos comprimentos de
onda, e, por consequência aparecerão linhas escuras ou zonas de sombra nos
espectros luminosos. Baseando-se nessa propriedade física é que foram construídos
os espectroscópios de absorção, que permitem a identificação direta da gema, ou
então fornecem importantes dados, que somados aos de outros métodos,
reconhecem completamente a gema estudada.
Em alguns casos, o espectroscópio é indispensável, como por exemplo, na distinção
entre os diamantes amarelos e castanhos tratados com radiações atômicas e os
incolores naturais; nas safiras azuis naturais e sintéticas. O espectroscópio consta
de um tubo metálico com uma janela, com abertura regulável, na parte dianteira;
três prismas no seu interior; e no outro extremo uma lente ocular que gradua a
focalização do instrumento. Nos modelos de bolso o espectro das cores não está
graduado com os comprimentos de onda respectivos. A gema estudada deve ser
iluminada com luz branca de grande intensidade (250 w).
Não se recomenda usar a luz solar por causa das linhas de Fraunhofer que aparecem
no seu espectro. Antes do exame da pedra, é necessário focalizar o instrumento, o
que se consegue facilmente, orientando-se o espectroscópio para uma luz
fluorescente e movendo a ocular até que as raias do espectro apareçam nítidas.
DICROSCÓPÍO
Outro aspecto que deve ser levado em consideração quando se estuda a cor das
gemas, é que muitas gemas são anisotrópicas. Isso significa dizer que sua cor não é
a mesma quando observada em diferentes direções. As vezes essa é vista
facilmente sem instrumentos especiais, caso da Turmalina. Entretanto, para a
maioria das gemas coloridas anisotrópicas, é necessário o uso do dicroscópio. O
dicroscópio é um pequeno tubo metálico com uma abertura quadrada em um extremo
e uma lente no outro. Em seu interior está um romboedro de espato de Islândia de
tamanho suficiente para separar completamente as duas imagens produzidas pela
birrefringência.
Quando uma gema com dicroísmo é observada através do dicroscópio uma das
imagens da janela fica com uma determinada cor e a outra imagem com cor
diferente. Algumas gemas dicróicas apresentam as seguintes cores:
Recomenda-se usar a luz do dia para iluminar a pedra que está sendo observada no
dicroscópio.
Recomenda-se, também, que a observação seja feita em várias posições diferentes
da gema, uma vez que na direção do eixo óptico não há dicroísmo.
LUPA BINOCULAR
Existem também outros métodos que podem ser realizados durante uma marcha
analítica: alguns simples e fáceis de realizar, como a prova da atração magnética em
algumas imitações de hematita, o toque com uma ponta quente para determinar
colas e plásticos. Porém, outros são mais complicados e específicos como o
endoscópio, a transparência, a luminescência aos raios X, durarão de raios X, etc.
Da mesma forma que estabelecemos um fluxograma para gemas opacas, podemos
ter um esquema para as transparentes e o critério de prioridade nos métodos é o
mesmo das gemas opacas.
Estereocópio
Lupa binocular
LUPA 10X POLARISCÓPIO REFRATÔMETRO BALANÇA
HIDROSTÁTICA Filtro Chelsea
LuzUltravioleta
Dcroscópio
ESCOLHA DO INSTRUMENTO GEMOLÓGICO ADEQUADO
COR DE PEDRA BRUTA LAPIDADA MONTADA
Pontas de dureza Pontas de dureza
OPACA Líquidos pesados e balança hidrostática
Lampada Ultravioleta
Líquidos pesados e balança hidrostática
Refratômetro
TRANSPARENTE Pontas de dureza Pontas de dureza
INCOLOR Polariscópio, Microscópio *, Ultravioleta *
Diamante Diamante-Caneta de tinta aderente
Ponta térmica Diamante-Ponta térmica
FIGURAS DE INTERFERÊNCIA
Uma esfera (esfera de Moore, semiesfera ou cabochão) é uma lente natural.
Também com uma lente 10X utilizada como "projetor" é fácil ver as figuras de
interferência na direção do eixo ótico dos minerais naturais birrefringentes:
uniaxiais e biaxiais.
Minerais uniaxiais: Um só eixo, uma só figura: Quartzo, Berilo, Turmalina, Córindon,
Zircão, etc. Minerais biaxiais: Dois eixos, duas figuras: Topázio, Espodumênio,
Crisoberilo, etc.
CONSELHOS PARA IDENTIFICAR UMA GEMA LAPIDADA
Na identificação de gemas, alguns pequenos cuidados são fundamentais para a
obtenção de uma conclusão correta.:
1) Limpar a gema com cuidado, usando um paninho que não solte pelos ou fibras;
2) Usar uma pinça para segurar a gema;
3) Quando usar o Polariscópio, colocar a gema em diferentes posições para
determinar com precisão a Anisotropia ou Isotropia da mesma;
4) Quando do uso do Refratômetro, os cuidados devem ser ainda maiores:
a) Limpar novamente a gema;
b) Colocar uma gota bem pequena do líquido. O líquido é usado APENAS para
expulsar o ar que fica entre a gema e o instrumento;
c) Ao colocar a gema na janela do Refratômetro, MUITO CUIDADO para não riscar
o vidro (muito sensível) do instrumento. Para evitar problemas sérios, NUNCA
arrastar a gema sobre o vidro do Refratômetro.