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DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é celebrado anualmente a 23 de abril por ocasião do
aniversário da morte de diversos autores proeminentes, entre eles William Shakespeare e Miguel Cervantes.
Esta data foi uma escolha natural para a Conferência Geral da UNESCO, realizada em Paris em 1995, para
prestar uma homenagem mundial aos livros e autores.

«Os livros estão na intersecção de algumas das liberdades humanas mais essenciais, principalmente a
liberdade de expressão e a liberdade de publicação. Estas são liberdades frágeis.»
Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO

ATIVIDADE | LER OU NÃO LER NÃO É QUESTÃO

1. Seleciona um excerto de um livro.


2. Faz a referenciação do texto.
3. Apresenta, brevemente, o autor.
4. Grava um áudio e/ou um vídeo com a leitura do excerto selecionado.
5. Constrói uma biblioteca virtual com os áudios/vídeos gravados (por exemplo, cria um canal no YouTube).

Observa um exemplo, para te inspirares.

1. As guerras mentem
Nenhuma guerra tem a honestidade de confessar: eu mato para roubar. As guerras invocam, sempre,
motivos nobres, matam em nome da paz, em nome de Deus, em nome da civilização, em nome do
progresso, em nome da democracia e se por via das dúvidas nenhuma dessas mentiras for suficiente, aí
estão os grandes meios de comunicação dispostos a inventar novos inimigos imaginários para justificar a
conversão do mundo num grande manicómio e um imenso matadouro.
Em Rei Lear, Shakespeare escreveu que neste mundo os loucos guiam os cegos e quatro séculos mais tarde,
os senhores do mundo estão loucamente apaixonados pela morte, que transformaram o mundo num lugar
onde a cada minuto morrem de fome ou de doença curável dez crianças e a cada minuto se gastam três
milhões de dólares, três milhões de dólares por minuto, na indústria militar que é uma fábrica de morte.
As armas exigem guerras e as guerras exigem armas, e os cinco países que dominam as Nações Unidas, que
têm poder de veto nas Nações Unidas, acabam por ser também os cinco principais produtores de armas.
Alguém perguntará, “Até quando?”
Até quando a paz mundial estará nas mãos daqueles que fazem o negócio da guerra? Até quando vamos
continuar a acreditar que nascemos para extermínio mútuo? E que o extermínio mútuo é o nosso destino?
Até quando?

2. Eduardo Galeano, Marcha Mundial por la paz y la no violencia, outubro de 2009.


3. Eduardo Galeano (1940–2015) foi um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros,
que já foram traduzidos em diversos idiomas. As suas obras dividem-se pela ficção, jornalismo, análise
política e História.

4. Vídeo

https://www.youtube.com/watch?
v=25RQ3nVbtEk&t=1s

Áudio
https://www.estudioraposa.com/
2018/03/26/eduardo-galeano-as-
guerras-mentem/

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