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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ensino Superior do Seridó


Curso de Direito
Antropologia Jurídica

Velocidade e Política
Paul Virilio

Docente: Prof. Dr. Ubirathan Rogerio Soares


Discentes: Hyally Carvalho Dutra Pereira e João
Vitor de Araújo
Caicó/RN, junho de 2023
Índice
1 O autor

2 O tempo do autor, suas influências e ideias

3 Velocidade e Política

4 A obra e o Direito Moderno

5 Referências
Paul Virilio Paris, França
1932-2018

Filósofo, urbanista, arquiteto, polemista, pesquisador e autor. Foi responsável


por criar o termo "dromologia" e neologismos que derivam deste conceito.

Está entre os pensadores mais influentes dos séculos XX e XXI que abordam a
temática dos meios de comunicação.
Grande ensaísta: escreveu sobre diversos temas, entre os quais: guerra,
velocidade, política, tecnologia e militarização.

Fonte: Google Imagens


O contexto
Virilio presenciou boa parte das maiores agitações, inovações e conflitos do século XX. As suas obras, ricas em detalhes e
características de sistemas e civilizações ao longo da história, possuem uma forte crítica ao capitalismo e à globalização
desenfreada. Não é mera coincidência que a guerra seja um dos tópicos mais abordados por Paul, visto que esteve inserido na
sociedade europeia pós-Primeira Guerra Mundial e também durante e depois da Segunda Guerra Mundial.

Alguns dos acontecimentos do século XX que marcaram a história e as páginas de artigos e livros do intelectual parisiense foram:

Primeira metade do século XX: Segunda metade do século XX:


I Guerra Mundial Guerra Fria
Revolução Russa Imperialismo
Criação da linha de montagem industrial com a Ford Viagens espaciais
Ascensão de ideais totalitários Expansão de monopólios industriais e comerciais
Criação e aprimoramento de aviões Desenvolvimento de computadores
Avanços no setor nuclear Década de 1980: Era da Informação
Desenvolvimento da mídia de massa: rádios,
televisões e filmes

Ou seja, o século passado possui um caráter dualista: ao mesmo tempo que representou a crise da humanidade, a face da barbárie e
a violência, foi um marco para as ciências, para a expansão dos meios de comunicação, para as manifestações artísticas e para a
criação de ideias voltadas ao bem-estar global como é o caso da Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Isso se comprova, por exemplo, ao analisarmos o planejamento estratégico da morte: o conhecimento científico foi o pilar principal
para a criação de bombas, armamentos e campos de concentração.
As influências
O pensamento de Paul Virilio é complexo. Para desenvolver suas ideias e as pesquisas em áreas distintas, o ensaísta fundamentou-se
em intelectuais referenciados e influentes, tais como:

Gilles Deleuze (1925-1995): filósofo e professor, foi um grande expoente do pós-estruturalismo e considerado por colegas como "o
novo Sartre''. Obras notáveis: Diferença e repetição (1968), A lógica do sentido" (1969), O anti-Édipo (1972) e Mil Platôs (1980)

Walter Benjamin (1892-1940): ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo. Inspirado pelo pensamento marxista, Benjamin
foi uma referência importantíssima para as obras de Virilio. Entre as suas obras mais conhecidas, estão A Obra de Arte na Era da Sua
Reprodutibilidade Técnica (1936), Teses Sobre o Conceito de História (1940) e Paris, Capital do século XIX. Walter articulou a teoria
da história, da tradução, violência, tendências da recepção da obra de arte, dentre outras questões.

Friedrich Nietzsche (1844-1900): assim como Deleuze, contribuiu para a vertente pós-estruturalista. Conhecido como "o último
filósofo", Nietzsche também foi filólogo, crítico cultural, poeta e compositor. Teceu críticas árduas à religião, à moral e à cultura
contemporânea. Obras importantes: Humano, Demasiado Humano, um Livro para Espíritos Livres (1878), A Gaia Ciência (1882),
Assim Falou Zaratustra (1883-1885), Além do Bem e do Mal (1886), Genealogia da Moral (1887) e O Anticristo (1888).

Jacques Ellul (1912-1994): historiador do direito, filósofo, sociólogo e teólogo, Ellul era um anarquista cristão. Escreveu 58 livros e
mais de mil artigos ao longo de sua vida, abordando, sobretudo a propaganda, o impacto da tecnologia sobre a sociedade e a
interação entre religião e política. O tema dominante de seu trabalho foi a ameaça à liberdade humana e religião provocada pela
tecnologia moderna.
As Ideias
Dromologia: ciência da velocidade; estudo do papel da velocidade nas formas de
percepção da realidade e, portanto, na estruturação dos fenômenos da vida social

Cronopolítica: Está fundamentada na ligação entre a automação da percepção e da


máquina de guerra. "A aceleração contemporânea – e a concomitante logística da
percepção - desloca o eixo estratégico do campo de batalha no sentido espacial mais
corriqueiro para o campo multidimensional da visão, o qual é operado por um intricado
conjunto de sistemas sociotécnicos baseados em inteligência artificial e na automação
da percepção."¹

Aceleração total e Abolição do espaço: Virilio conceituou esses dois fatores como
indissociáveis, visto que um é consequência do outro. "Acelerar envolve também contrair
o espaço, como se pode notar na seguinte passagem. Este seria o limite hipotético da
aceleração da vida social, isto é, a dissolução do espaço e o aprisionamento do homem
em um mundo baseado no movimento incessante. Quando abrimos uma janela em
nossos dispositivos multimídia para acessar em tempo um acontecimento que se
manifesta do outro lado do mundo, estamos na prática anulando o espaço. Não é apenas
o cenário distante que vem até nós, mas o contrário também acontece: nós também nos
deslocamos virtualmente para esta zona, embora sem a experiência do contato com o
espaço''²
Fonte: Desptain & Gobeli /
(1) Eduardo Barros Mariutti. Nota sobre o pensamento de Paul Virilio: guerra, imagem e velocidade Opale/Leemage/AFP
(2) Eduardo Barros Mariutti. Nota sobre o pensamento de Paul Virilio: guerra, imagem e velocidade
As Ideias
Obras mais relevantes do autor

O Espaço Crítico: Neste livro, Paul Virilio analisa o mundo contemporâneo a partir da arquitetura urbana e de seu papel para a
sociedade. "Num tom fascinante e apocalíptico, Virilio tenta explicar as transformações na percepção de tempo dessa nossa era
teleinformatizada." (Andrea Estevão, O Globo)

L'insecuritè du Territoire (tradução livre: A Insegurança do Território): O ensaio foi escrito durante a fase crítica da era da dissuasão
nuclear, entre 1969 e 1975. Paul Virilio aborda o processo de aceleração da história e como ele conduziu, vinte anos mais tarde, ao
impasse e ao caos político do pós-Guerra Fria. O autor denunciar os malefícios da "cultura da dissuasão" e a "corrida aos
armamentos", eventos que culminaram no declínio da geopolítica europeia.

Guerra e cinema: Virilio esmiúça a evolução histórica do cinema e da arte militar no século XX, principalmente nas duas guerras
mundiais e na Guerra Fria, estudando temas como o aprimoramento da técnica cinematográfica para o reconhecimento das áreas de
combate e as relações entre a indústria do audiovisual e a indústria bélica.

A Arte do Motor: Declínio da realidade dos fatos, desvalorização dos tempos locais, poluição das distâncias físicas, nano-tecnologias
introduzidas nos corpos, anulação da distinção clássica entre "interior" e "exterior": neste ensaio, da mais urgente atualidade, o
filósofo e urbanista Paul Virilio discute a amplitude das novas tecnologias e aponta para os riscos do totalitarismo da colônia global
multimidiática. Especialista em questões estratégicas, Virilio mostra claramente como o imperialismo da comunicação em tempo
real é um componente essencial do complexo militar-informacional contemporâneo que impõe à sociedade uma noção de
informação como algo puramente estatístico. [...] (Texto de Hermetes Reis de Araújo).
Velocidade e Política
Sinopse: Em um vôo rasante que o firmaria como pensador de primeira ordem, Virilio não deixa pedra sobre pedra e mostra como, de
Esparta ao Vietnã, da Revolução Francesa à era da cibernética, passando pelos teóricos e protagonistas do conflito e da guerra, Sun
Tsu, Maquiavel, Napoleão, Clausewitz, Hitler, Stalin, Mao, a História perde espaço, o humano fica subjugado à vertigem da
aceleração, e a velocidade e o movimento destroem o Tempo: é o que ele chama de "Estado de urgência", onde "parar significa
morrer".

Prefácio de Laymert Garcia dos Santos¹: Virilio nos apresenta o conceito de "Veicular" no ensaio L'insécurité du territoire e, a partir de
suas reflexões acerca de viagens e o o que seria o ''país da velocidade'', chegou à conclusão de que habitamos o não-lugar da
velocidade - estamos sempre em deslocamento, seguindo trajetos, ocupando transportes, transmitindo e produzindo veículos.
Criou-se uma aristocracia da velocidade, a qual visa dominar o espaço. Neste livro, Velocidade e Política, Paul parte de tópicos como
Veicular, Guerra e Espaço para organizar seu raciocínio sobre a lógica da velocidade e a relação entre a revolução técnica e a
revolução política, o que explicaria a concepção de um conceito capaz de articular velocidade e política.

(1) Professor titular do departamento de Sociologia/IFCH da Universidade Estadual de Campinas, foi conselheiro do CNPC do Ministério da Cultura e Diretor da Fundação Bienal de São Paulo
Parte I
A revolução dromocrática
O autor demonstra como a dinâmica das revoluções modernas alimentou-se da transformação do proletário-operário em
proletário-soldado. Isso implica que as massas são produtoras da velocidade necessária para tomar de assalto o poder.

Do direito à rua ao direito ao Estado: "A massa não é um povo, uma sociedade; é uma multidão de passantes. O contingente
revolucionário não atinge sua forma ideal nos locais de produção e sim na rua, quando deixa de ser, durante algum tempo,
substituto técnico da máquina e torna-se, ele próprio, motor (máquina de assalto), isto é, produtor de velocidade."

Do direito à estrada ao direito ao Estado: "O esquema estratégico da revolução oferece, às duas classes dominantes, seu
proletariado específico: a "nação em marcha'' do proletariado militar do exército de massas atirado sobre o "território viário'' e
um proletariado industrial, um "exército operário'' como é chamado, que permanece encerrado no vasto acampamento militar
do território nacional.''
Do direito ao espaço ao direito ao Estado: Paul Virilio aborda tópicos como a fleet in being, o direito ao mar, o direito ao crime e
a guerra popular. "Com a realização de um progresso de tipo dromocrático, a humanidade vai deixar de ser plural. Para cair na
situação de fato, ela tenderá a se cindir exclusivamente em povos esperançosos (a quem é permitido esperar pelo amanhã)
[...] e povos desesperançosos imobilizados pela inferioridade de seus veículos técnicos, vivendo e subsistindo num mundo
finito.''

A Guerra prática: "A velocidade é a esperança do Ocidente. É ela que sustenta o moral dos exércitos. O que "faz da guerra um
desgaste cômodo" é o transporte, e o veículo blindado capaz de circular em qualquer terreno elimina os obstáculos. [...]. Após
deixar a rua, o proletariado militar perde contato com a estrada. Agora tudo pode se transformar em trajetória provável de seu
Assalto. O campo de batalha ficou como o talude marítimo: sem obstáculos, inteiramente percorrido pelos engenhos rápidos,
os "couraçados da terra''. A guerra do desgaste, por falta de espaço, desdobrara-se no Tempo."

Esta segunda parte do livro analisa como a velocidade do assalto, que antes se exercia sobre o espaço territorial, se transforma ao
abandonar a terra, e seus obstáculos, e desaparecer no horizonte. Agora, pretende-se dominar não através do confronto, mas a partir
de uma estratégia indireta de constante deslocamento de forças, o que gera uma ameaça permanente. A velocidade passa a se
desterritorializar.

Parte II
O progresso dromológico
Parte III
A sociedade dromocrática
O autor foca, nesta parte, nas reflexões acerca de como a velocidade tecnológica afeta os corpos. A intenção de Paul Virilio é
evidenciar como a lógica da corrida, desinvestindo da terra e do mundo, e investindo no vetor, promove um verdadeiro assalto à
natureza do homem.

"Paradoxalmente, a ditadura do movimento exercida sobre a massa pelo poder militar resultava na
promoção dos corpos incapacitados. A utilização do veículo técnico é tão equiparável à prótese
Corpos incapazes cirúrgica que levou algum tempo para o estado-maior francês confiar carros de assalto a alguém
que não estivesse 'doente, impaludado, na proporção de um quarto do pessoal, compondo-se o
resto de jovens reabilitados que jamais haviam enfrentado o combate...' (Relatório Renaudel."

"O progresso dromológico, ao impor a ideia de dois tipos de corpos, tributários de sua situação no
espaço, impõe também a ideia de dois tipos de alma, umas fracas, indecisas e vulneráveis porque
Assalto aos veículos metabólicos tributárias de seu habitat, outras poderosas porque colocaram seu 'mana', sua vontade, fora de
alcance, graças à sua desterritorialização, à sofisticação de sua economia e de seu ponto de vista."

"A inteligência dromocrática não se exerce contra um adversário militar mais ou menos determinado; ela se exerce como um assalto permanente
ao mundo e através dele, como um assalto à natureza do homem."
Parte III
A sociedade dromocrática
O autor foca, nesta parte, nas reflexões acerca de como a velocidade tecnológica afeta os corpos. A intenção de Paul Virilio é
evidenciar como a lógica da corrida, desinvestindo da terra e do mundo, e investindo no vetor, promove um verdadeiro assalto à
natureza do homem.

"Houve coincidência, com toda certeza, mas não há convergência entre o progresso dromológico e o que se
convencionou chamar de progresso humano e social. O desdobramento pode ser assim resumido:
1. Uma sociedade sem veículo tecnológico, na qual a mulher desempenha o papel de esposa logística, mãe
O fim do proletariado da guerra e do caminhão.
2. A submissão indistinta dos corpos sem alma como veículos metabólicos.
3. O império da velocidade e dos veículos tecnológicos.
4. Concorrência e depois derrota do veículo metabólico para o veículo tecnológico terrestre.
Pode-se logicamente concluir com uma última alínea:
1. Fim da ditadura do proletariado e fim da História na guerra do Tempo."

"De fato, esta manipulação deliberadamente terrorista da necessidade de segurança por parte do
poder responde perfeitamente ao conjunto das questões inéditas colocadas às democracias [...].
Uma segurança consumada Haverá a criação de um sentimento comum de insegurança desembocando naturalmente num novo
tipo de consumo, o da proteção, que ocupará progressivamente o primeiro plano e tornar-se-á o fim
de todo o sistema de mercadorias."
Parte IV
O Estado de emergência
Por fim, Virilio encerra Velocidade e Política com a classificação do estado no qual passamos a viver: o estado de emergência. "De
fato, o valor estratégico do não-lugar da velocidade suplantou definitivamente o do lugar, e a questão da posse do tempo renovou a
da posse territorial."

"A manobra que consistia ontem em ceder terreno para ganhar Tempo perde qualquer sentido; atualmente, o ganho de Tempo é
questão exclusivamente de vetores e o território perdeu seu significado ante o projétil. [...] Com o vetor supersônico (avião, foguete,
massa de ondas), a penetração e a destruição se confundem, a instantaneidade da ação à distância corresponde à derrota do
mundo como campo, como distância, como matéria."

Estamos lidando com um estado de supervalorização da velocidade, do movimento e dos veículos. Somos constantemente
bombardeados por informações, conflitos e ameaças desterritorializados. Neste sentido, vemos como a sociedade dromocrática,
submetida ao progresso dromológico, está vulnerável ao próprio Tempo - com o assalto aos veículos metabólicos, com o fim do
proletariado e com a segurança consumada, passamos a viver com o sentimento permanente de inquietação, de incapacidade e de
urgência em fazer parte da categoria de povos esperançosos.
Velocidade e Política no Direito
Moderno
Considerando o Direito Moderno como um conjunto de normas, garantias e deveres que se articulam para promover o bem-estar social a nível local,
nacional e internacional, podemos estabelecer algumas conexões com as ideias propostas por Paul Virilio, mas sobretudo questionamentos
acercada da abrangência e da eficácia do Direito em uma sociedade dromocrática.

Como bem exemplificado em Velocidade e Política, o avanço tecnológico e dromológico trouxe consigo uma série de necessidades, entre as quais
estão a de adaptação da sociedade, de desenvolvimento de armas e veículos de guerra, de inovação nos meios de comunicação de massa e da
criação de um sentimento permanente de inquietação. Todas essas mudanças implicam, evidentemente, na aplicação do Direito para regularizar
esses eventos.

Em um mundo global e tomado pela lógica da velocidade, o Direito Moderno deve ter como foco as relações internacionais, além de idealizar a
justiça, a equidade e preceitos fundamentais a nível nacional. Neste sentido, vemos a importância dos tratados internacionais, nos quais são
sujeitos os Estados e Organizações. Alguns exemplos:

Acordo sobre a aviação civil firmado entre a União europeia e a República federativa do Brasil em 14 de junho de 2010.
Conferência da Haia de direito internacional privado sobre a eliminação da exigência de legalização de documentos públicos estrangeiros
celebrada em Haia em 05 de outubro de 1961 adotada pelo Brasil em 2015.
Acordo de livre comércio entre o Mercosul e a República Árabe do Egito assinado em San Juan, em 02 de agosto de 2010.
Estatuto de Roma, documento firmado em 2002 que fundamenta a atuação do Tribunal Penal Internacional
Alguns questionamentos:
O Direito está acompanhando as mudanças da "dromocracia"?
Como efetivar a garantia de direitos fundamentais aos povos desesperançosos?
Ainda podemos falar em soberania nacional em um mundo globalizado e cada vez mais dromológico?
Referências
COVAS, António. Paul Virilio: Os tempos que o tempo tem. Observador, 2018. Disponível em: https://observador.pt/opiniao/paul-
virilio-os-tempos-que-o-tempo-tem/. Acesso em: 23 maio 2023.

MARIUTTI, Eduardo Barros. Nota sobre o pensamento de Paul Virilio: guerra, imagem e velocidade. Unicamp, 2020. Disponível em:
https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/TD/TD381.pdf. Acesso em: 23 maio 2023.

ROSSETTI, Victor . Tribunal Penal Internacional: o que é e como atua?. Politize!, 2019. Disponível em:
https://www.politize.com.br/tribunal-penal-internacional/. Acesso em: 23 maio 2023.

STUART, João Victor. O que são Tratados Internacionais?. Politize!, 2019. Disponível em: https://www.politize.com.br/tratados-
internacionais/. Acesso em: 23 maio 2023.

VIRILIO, Paul. Velocidade e Política. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.

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