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século XIX
I – A modernidade. 2
“Napoleão, disse uma vez perante Goethe, que nas tragédias de nosso
tempo a política substituiu o destino nas tragédias antigas.”
G. W. Fr. Hegel, Lições sobre a filosofia da história
universal.
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I - A modernidade
1) Modernidade
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Mas esta é a face benévola da modernização. Não é a única, há
também uma face oculta, que expressa sinais contrários. Usando uma
metáfora terrível mas exemplar, a modernidade é o terreno de uma
guerra civil entre as dinâmicas progressivas (igualitárias, universalistas)
e imposições reacionárias (hierárquicas, discriminatórias). A história da
modernidade segue o curso de uma dialética na qual todo progresso é
seguido pela presença oculta de pressões regressivas, toda mudança de
natureza democrática (inclusiva) suscita resposta de caráter oligárquico.
Em primeiro lugar no plano material. A industrialização determina a
proletarização de vastos setores sociais e a desqualificação do trabalho
manual. A urbanização é a causa do desenraizamento das classes
trabalhadoras e das crises das formas tradicionais de comportamentos
e relações. O nascimento dos grandes centros urbanos, no contexto de
uma nova divisão social do trabalho, gera também a concentração dos
poderes e saberes, o consequente reforço dos dispositivos de exclusão e
dominação. O desenvolvimento da sociedade de massa favorece os
fenômenos plebiscitários e carismáticos e a consolidação das técnicas
de governo construídas e concatenadas com as ciências biomédicas (a
foucaultiana “biopolítica”, focada na animalização dos corpos sociais). O
crescimento dos aparelhos administrativos promove uma racionalidade
de tipo burocrático (técnico) manifestada no sinal da impessoalidade
das decisões e na dissolução da responsabilidade moral. Enfim, o
protagonismo dos Estados nacionais (no contexto da divisão
internacional do trabalho em termos hierárquico) traz consigo a
arregimentação nacionalista das massas (a sua “nacionalização”) e a
intensificação da competição interimperialista e da agressividade
colonialista. Neste quadro, a Primeira Guerra Mundial produz o salto de
qualidade nos conflitos bélicos que, por um clássico efeito dominó,
envolve toda a economia-mundo capitalista, estabelecendo
drasticamente o fim da primeira fase de globalização econômica que
durou por quase meio século.
Estas consequências de ordem material foram acompanhadas por
dinâmicas “superestruturais” (no terreno cultural, ideológico e moral). A
modernidade é o tempo das crises dos tradicionais sistemas de
referências. A secularização enfraquece a condução da vida baseada na
fé religiosa, deixando insatisfeita uma necessidade primária de certeza e
de transcendência. Desprovido de respostas (de uma resposta capaz de
ser formada em um tempo veloz como o novo senso comum, a base da
cultura popular), a fundamental questão do sentido é a causa da
ansiedade e de uma desorientação que tende, por sua vez, a alimentar
as pulsões destrutivas. Mas a crise religiosa é somente o aspecto mais
evidente de uma geral crise “intelectual e moral” que se enraíza nas
transformações sociais, afetando os valores, os critérios de juízo e as
estruturas da identidade individual e coletiva. As mudanças produzidas
pela modernização são percebidas pelas pessoas em um primeiro
momento como uma perda: o ocaso de uma ordem conhecida e o
advento de um mundo caótico, desconhecido, ameaçador. O resultado
geral deste processo é, por uma parte, uma crise geral de hegemonia e
legitimação das instituições tradicionais (da família à esfera pública,
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passando pela cultura e pelas hierarquias sociais ligadas ao mundo da
produção); por outro, a procura de novas referências e quadros
valorativos (que, por sua vez, resulta na formação de novas instâncias
comunitárias e a perseverante procura de um condutor – os homens
providenciais e os líderes carismáticos – para fiar os próprios incertos
destinos de vida).”
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Bélgica
Questões:
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b) A construção do inimigo: a transformação do adversário em inimigo, a
desumanização do inimigo.
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Calorosa saudação de páscoa!
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2) A cidade moderna: a força da burguesia industrial.
a) A grande cidade, a metrópole: Paris, Londres, Berlim.
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Londres, 1900
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Berlim, 1900.
b) Bulevar
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Camille Pissarro (1830-1903) Avenue de l'Opéra – 1898
c) As passagens
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Passage Jouffroy
d) O luxo
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Mulheres no Hipódromo de Longchamp (1908)
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e) A exposição universal
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Torre Eiffel (construída em 1889 para a Exposição Universal).
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e) A estação de trem
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Gare du Nord, Paris (1846).
f) O grande magazine
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Le Bon Marché (1852): preços fixos, compra de mercadorias em grande
escala, prestações.
Questões:
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- a vontade ilimitada de dominação da natureza.
- a decomposição da natureza (seres e coisas) em matéria-prima para a
construção artificial, científica e técnica, de produtos uteis e benéficos
para o ser humano.
- a ideia de que o progresso é um bem em si.
a) A grande fábrica
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O trabalho na fábrica no final do século XIX. Adolph Von Menzel (1872-
1875).
b) O relógio
Big Ben
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c) O trem
d) O navio
e) O bonde elétrico
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f) O automóvel
Ford T (1908)
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g) A luz elétrica
h) O cinema
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Cinema em Berlim
i) O rádio
j) O Zepellin e o avião
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II - A face oculta da modernidade e da sociedade capitalista.
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b) O imperialismo e a guerra
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d) O bairro operário
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Desenho de uma família pobre em Paris
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Victorian Workhouse
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Victorian Workhouse
Victorian Workhouse
Victorian Workhouse
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h) O trabalho infantil nas manufaturas
j) A massa
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Siegel Cooper, Sixth Ave. & 18th Street by the Byron Company.
Positivo:
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- A participação mais consciente do indivíduo, da pessoa e do cidadão
na vida pública: as emancipações, o processo de democratização, a
formação de representações sindicais e políticas.
Negativo:
- O homem-massa.
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- a técnica e a tecnologia.
- o desenraizamento.
- a atomização social.
- a sociedade de classes.
- a sociedade de massa.
- A “nacionalização das massas”: o nacionalismo bélico e agressivo.
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