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Estudos Culturais

Eric Hobsbawm fala do século 20 como o século dos extremos e estes são os
extremos que ele apresenta:
- Guerra mundial e movimentos pacifistas: de uma lado temos a 1ª e 2ª guerra
mundial que leva a destruição e por outro lado temos a defesa da paz;
- Ditadura e democracia: fascismos por toda a europa e a instituição da democracia;
- Nacionalismo e europeísmo e internacionalismo
- Comunismo e fascismo
- Ateísmo e fundamentalismo religioso: teoria de charles darwin que se opõe ao
evolucionismo; A teoria de que deus criou os seres vivos vai ser abalada com a teoria do
evolucionismo e de que os seres vivos adapta-se a outros ambientes.noçao de
inconscienciencia, dizendo que não estamos no controlo da nossa ação e que nos levam a
agir de determinada forma (freud), nós não somos uma sociedade coesa porque o
socialismo histórico, vitória do proletariado, defende a revolução que pretende abalar a
ordem existente (karl max), e o ser humano nao foi criado para ter uma posição especial no
universo; Visões da sociedade diferentes. de outro lado existem focos de fundamentalismo
de religiões.
- Desenvolvimento científico e descrença no progresso: existe uma relação muito forte
entre desenvolvimento científico e progresso, e muitos autores defendem isso. O
desenvolvimento científico é o que daria bases mais sólidas para o desenvolvimento
humano poriss era preferível o desenvolvimento científico. Todas as promessas dadas ao
desenvolvimento da ciência verifica-se que as descobertas científicas são usados para
determinados interesses e não usados para bem da humanidade, sendo assim a noção de
progresso são alteradas já não imaginamos um progresso linear crescente mas sim em
forma de espirais, e de ciclos que obrigam muitas vezes a descidas e saltos e a quedas,
não se visualiza o progresso como uma linha que não é abalada e que leva ao
melhoramento.
- Colapso da palavra e importância da informação: No castelo de barba azul george
steiner, enquanto nós europeus do século 20, como qualquer outro castelo tem quartos mas
a diferença é que este castelo tem os quartos fechados à chave pois revelam pistas para
resolução de crimes cometidos, OU SEJA, a europa é vista como a casa o terror onde
acontece os crimes. Neste livro no seu último refere fala do colapso da palavra, desde
sempre a palavra sempre foi importante na cultura europeia, as imagens eram vistas como
ilusões. A linguagem vai ser substituída por representações não verbais, sendo elas as
imagens. Começou a valorizar a linguagem visual, matemática, música é uma mudança
grande na sociedade que defendia a palavra. A palavra torna-se secundária e pomos como
primária a imagem.
A informação torna-se importante mesmo sendo representada sem palavras.

Novidades do século 20:


- Esbatimento das diferenças: pode ser visto como ponto vista social, tem haver com
o facto das antigas hierarquias terem desaparecidos, entre homens e mulheres, jovens e
idosos, diferenças muito claras que eram assentes em privilégios e de poder e isto
atenua-se e esbatendo ao longo do século 20 havendo até uma certa inversão desta
posição. A sociedade foi evoluindo de forma a que houvesse um acesso maior ao trabalho,
direitos políticos,educação e quando se dá este direito a isso e ao esbatimento destas
diferenças.
- Valorização da imagem e do corpo: existe a tendência de querer tornar o nosso
corpo com os atores ou atrizes, preocupar-nos em demonstrar beleza e muitas vezes
cometer violências consigo, com o seu corpo.
- Cultura Juvenil e divertimento, indústrias do lazer que se transformam em consumo:
expressão que designa a gostos culturais que tem haver com os jovens, feita e consumida
para os mesmos, surgindo nos anos 50 com bandas de música destinadas aos jovens,
podemos dizer que nos anos 20 os EUA, já tínhamos visto o que daí viria. O rock in roll é
destinado aos mais jovens, é com a música que se forma a cultura juvenil. As indústrias que
estão associadas a essa cultura de música, dos festivais, etc… O lazer que muitas vezes é
tornado em consumo.
- Cultura de massas: isso refere ao acesso aos bens culturais, visando sempre no
lucro, vai lançar no mercado produtos que sabe que vão ter sucesso aquilo que temos a
certeza que vai vender e que vamos lucrar com isso. Consumos muito altos e resultados
financeiros também altos. Este conceito também é associado à massificação, pois é a
produção em massa do mesmo produto, muitas vezes com produtos de má qualidade e
baratos de forma a ser lucrativos e que ao se estragarem rapidamente são substituídos por
outros. Também está associado aos meios de comunicação de massa, pois os produtos são
anunciados nos meios de comunicação de massa de forma a visar o consumismo.
- Emancipação feminina e projeção social das minorias (homossexuais e grupos
étnicos): são essas minorias que vão ganhar visibilidade, devido à 2ª guerra mundial, com a
demonstração que as mulheres conseguem assumir o lugar dos homens enquanto estão na
guerra.
- Incerteza e relatividade: descobertas científicas que fazem perder o
desencantamento do mundo. Einstein com a relatividade e Heisenberg com a teoria da
incerteza, estas teorias dão um imprevisibilidade ao futuro.
Através do conhecimento obtemos certeza é uma novidade pois a ciência do passado conta
com as mega narrativas e faz com que se tenha uma certa previsão do futuro. No século 20
elas vão especializar o seus estudo nas micro narrativas, nas pequenas unidades de
pesquisa, o foco de estudo se desloca e a realidade de ver um determinado objeto muda,
quando observamos uma mesa vemos um objeto não animado, já se virmos ao microscópio
vemos moléculas em movimento e são essas moléculas que dão a incerteza do futuro, pois
não podemos prever os seus movimentos.
- Perda da centralidade cultural da europa: uma das consequências da 2ª Guerra
Mundial, vai se buscar a outros continentes diferentes gostos e interesses que não fazem
parte do costume europeu. Quando adotamos essa prática, damos a mesma importância às
outras culturas.
- Viagens interplanetárias: estas viagens ajudam a reforçar a sensibilidade de que
somos pequenos, tomada de consciência da nossa dimensão.
- Globalização: encurtamento da distância, deslocalização dos negócios; Do ponto de
vista cultural: tendência de haver um rosto, à uma descaracterização das culturas e
uniformização do consumo.
- Conceitos em crise: Deus, Arte, História, Ideologia, Progresso, Utopia: Conceitos
que era base na cultura, agora passa a cair em decadência/crise.
Conceito de arte: é nesta altura que começa a parecer a Pop Art, o que diferenciava a arte
de outras era a ação humana. Usar a máquina e objetos industriais como arte rompe com
tudo aquilo que era a “ARTE”. A pop art faz-nos pensar que a industrialização tem tomado
posse na nossa vida. Faz-nos pensar o que é a arte? A arte reflete pela própria arte. A
expansão da arte : por um urinol como peça de arte, a característica de imortalidade é
transgredida pois temos peças que se deterioram e autodestroem-se. A arte torna-se
independente do humano.
A ideia de história servia para não repetir os erros do passado , o que vimos é que
não aprendemos , voltamos aos mesmo erros. Mas existem novas formas de contar a
história.
A ideologia atravessa todas as barreiras, no século XX não existem grandes
diferenças entre ideologia partidária e torna-se cotidiano.
A utopia significa uma visão do bem no futuro, representa o desejo, o sonho. A
sociedade perfeita que as obras utópicas não existe. Não havia a consciência de que estas
obras eram inúteis, as pessoas liam de forma a beberem dessa sociedade e pensarem na
mudança. A ideia do século XX é que não utopia, não acreditam nessa sociedade perfeita.
- Desencanto: alienação (K.Marx), anomia (E. Durkheim), sociedade de massas
(Alexis de Tocqueville), ecologia (Ernest Hacker) guerra e risco:Vai aparecer novas palavras
e definições.
Alienação: as pessoas vivem em suas bolhas, isto devido ao trabalho industrial que faz com
que se isolem. Perdemos a consciência das circunstâncias que nos rodeiam, do meio onde
vivemos.
Anomia: ausência de um farol ético, perda de consciência do bem e do mal.
Ecologia: natureza está em desequilíbrio, está em ameaça, a dificuldade de repor um
equilíbrio de novo natural.
Guerra: maior destruição, afeta os não combatentes.
Risco: muitas coisas baseiam-se no risco, existem profissões de risco, investimentos é um
risco, temos seguros porque corremos risco.
- Regresso a uma temporalidade cíclica: A noção do tempo é recuperada naquela das
estações do ano, mas agora na alternância do trabalho e do lazer. A visão do tempo é
cíclica não pela natureza.
- Indústria cultural- Kitsch: pérola falsa. Ideia de falsificação, imitação, inequação/má
gosto, má qualidade. Tudo o que seja a duplicação de uma obra é kitsch. Tem uma
conotação negativa, mas também existe um kitsch chic pois tem proteção animal e
ambiental. Uma das suas características é a inovação e a forma fácil de obter.

03-10-2023
Consequências da guerra mundial, segundo George Steiner (marcado pela subjetividade)
-Ligado à cultura.

A cultura vai sofrer uma grande alteração no pós guerra, George Steiner, vai mencionar um
pós cultura.
Não se deve falar de cultura, no pós guerra pois afirma não haver cultura. (Segundo a
professora, falar de uma pós cultura é um pouco radical.)

A justificação para ele achar que já não existe cultura:


- Trivialização da morte (tecnológica e democrática): A morte se tornou trivial, deixou
de haver certos rituais que existiam , comparando de como a morte era vivida e como agora
ela é vivida vemos uma grande diferença, já não morrem em casa, ou seja, passamos a ter
uma morte distante. A guerra não escolhe quem vai morrer, já não morre apenas quem vai
combater mas também aqueles que nem se puseram nela, crianças, idosos… Dá-se uma
impessoalidade da morte. Torna-se banal, vemos imagens de crianças a morrer, ou
destroços de guerra com milhares de vítimas mortais e não ficamos chocados com a
situação, já nos habituamos, banalizamos a morte. Valorizamos demais o presente, tirando
a importância da vida, pois viver com o carpe diem é não pensar no dia de amanhã no
futuro, como se a vida terminasse hoje.
- Reconstrução do exterior: os danos causados foram reconstruídos, nasceram de
novas cidades.
- Destruição irreversível das formas internas: não é possível reconstruir o interno, uma
das coisas que não foi possível reconstruir foi: Pensamento dos opostos/contrastes, que
são o que nos fazem ver a realidade do mundo, agora são indistinguíveis, vivemos uma
modernidade líquida que é difícil de compreender.
- Fim dos cortes binários: cultura feita de desigualdades onde um lado é dominado:
velhos e novos, mulher e homem, espírito e matéria…
- Perda da centralidade cultural da europa: uma das consequências da 2ª Guerra
Mundial, vai se buscar a outros continentes diferentes gostos e interesses que não fazem
parte do costume europeu. Quando adotamos essa prática, damos a mesma importância às
outras culturas.
- Formas bárbaras na expressão artística: futurismo, século XX, é um exemplo de
forma bárbara de fazer arte. A guerra foi um ponto fulcral para o aparecimento deste
movimento futurista, Filippo Marinetti publicou o manifesto futurista onde os dois pontos
fulcrais é:
- Desejo uma guerra, pois era ela quem iria limpar a europa das coisas do passado,
traria a mudança.
- Elogio da ciência, da técnica, de todos os produtos da industrialização, eles

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