Você está na página 1de 12

THE AGE OF EXTREMES

 Eric Hosbsbawn (existem pares de opostos que são vividos ao longo


do tempo: exemplo do calor e do frio)
TEORIAS INCOMPATÍVEIS NO SÉC.XIX
 DARWIN: teoria sobre o desenvolvimento humano (ateu)
 FREUD: teoria da inconsciência/não estamos no controlo
 MARX: teoria de que não somos uma sociedade portuguesa e
necessitamos de revolução do proletariado; defende uma revolução
que abala a ordem existente (revolucionista)

Darwin, Freud e Marx são os 3 pensadores que feriram o narcisismo do


século XIX

O desenvolvimento científico faz acreditar que controlar a natureza


melhora as condições de vida (doenças, etc.). Apesar disto, muitas
descobertas são usadas para benefício de certos governantes contra a
humanidade.

Assim, a visão do progresso no século XX não é linear/ascendente, é


feita de espirais que obrigam a sobressaltos.

COLAPSO DA PALAVRA/IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO

GEORGE STEINER
 Fez uma obra sobre a Europa na qual incorporou a sua experiência
como judeu no Holocausto ("A Europa é um local de crime")
 A cultura europeia valoriza a expressão verbal
 No séc. XX ela é substituída na sua importância por outras
linguagens não verbais (ex: uma imagem vale mais que 1000
palavras)
 Adotou a valorização da linguagem visual, matemática, a música,
etc.
 A falência da palavra como língua mais importante
 A informação pode ser transmitida sem palavras

CULTURA JUVENIL
 Feita pelos jovens e para os jovens
 Surge nos anos 50 com bandas de música destinadas á geração
jovem (música discográfica/ festivais…)
CULTURA DE MASSAS/INDÚSTRIA CULTURAL
 Tem como objetivos concretizar lucro/vendas em massa, procura
não arriscar e produz o que é popular e mais procurado
 LADO NEGATIVO: cria condições para uma crítica em massa com
produtos de má qualidade. Levando ao consumismo. São
substituídos frequentemente devido à má qualidade e materiais
baratos.

EMANCIPAÇÃO FEMININA/PROJEÇÃO SOCIAL DE MINORIAS


 Movido por alterações verificadas na Segunda Guerra Mundial. Esta
emancipação começa nos finais do século XVIII

INCERTEZA E RELATIVIDADE
Princípios que ajudam a compor uma mentalidade de dificuldade/previsão
de futuro e desencanto:
 Einstein (relatividade)
 Heinsberg (incerteza)

Através do pensamento científico consegue garantir-se certezas. Também


se acreditava que se podia controlar o futuro pois, com a ciência, podiam
ser feitas previsões. Fixa-se nas micronarrativas e, em vez de se estudar a
biologia, etc., estuda-se as pequenas unidades (os vidros, moléculas,
átomos). Ao estudar estas partículas, o foco desloca-se para as pequenas
unidades, mas também a realidade que surge depois desta análise é uma
realidade muito diferente. Ao estudarmos os componentes, verificamos
que as unidades mais pequenas, as partículas estão em constante
movimento. Este movimento não é previsível. A ciência demonstra através
da sua própria linguagem que não tem condições para oferecer previsões
rigorosas.

RELATIVIDADE

Existem vários fatores que entram na previsão do tempo (espaço e o


tempo)

PERDA DE CENTRALIDADE DA EUROPA

 Segunda guerra mundial, movimentos éticos e estéticos.


 A Europa constituía um modelo a seguir (pensamento europeu)
VIAGENS INTERPLANETÁRIAS
 As viagens no cosmos baseiam-se num grande conhecimento e
ajudam a reforçar a sensação de pequenez para quem está no
planeta terra, o que leva ao reforço de fragilidade e coloca-nos
perante a inevitabilidade de uma tomada de consciência mais
humilde.

GLOBALIZAÇÃO
 Consequências a nível cultural (tendência para haver um gosto
predominante; descaracterização das tradições e culturas) e
económico (deslocalização dos negócios)

CONCEITOS EM CRISE
-ARTE-
 A ideia de Deus, a arte, a história, etc.
 Andy Warhol (artista americano) ligado à pop art
 Contraria-se os pressupostos artísticos, expandindo o campo
artístico, com uma série de objetos que não faziam parte do mesmo
(ex: Andy Warhol)
 A arte leva-nos a refletir
 A arte do século 20 deixa de ter objetos copiados ou feitos por
máquina e temos objetos que se deterioram. (ex: livro de carne que
apodrece)

-HISTÓRIA-
 conceito científico com base em fontes fidedignas e pesquisa de
dados, com objetivo de se conseguir aprender com os erros do
passado para não serem repetidos, algo que não tem sido feito.

-IDEOLOGIA- (conceito a ser dado mais tarde)

-PROGRESSO-
 Deixamos de acreditar na possibilidade de um melhor futuro

-UTOPIA- (u-topos = não lugar)


 Um dos conceitos fundamentais da cultura ocidental
 Consiste numa meta inalcançável
 As narrativas utópicas não tinham críticas de forma muito flagrante
 A utopia era escrita para os leitores
 No século XX as utopias são distópicas, nas quais não se acredita
numa capacidade de um mundo perfeito e a ideia de melhoria
morre

REGRESSO A UMA TEMPORALIDADE CLÍNICA


 Os modernos vêm o tempo como uma linha, no século XX recupera-
se esta visão cíclica baseada na alternância do trabalho e do lazer
 Nos espaços interiores não existem tanta noção do tempo

DESENCANTO
 A alienação (o corte entre o indivíduo e a sua bolha), a ideologia

ANOMIA
 Ausência de um farol ético, dificuldade em separar o bem do mal

ECOLOGIA
 Resulta da consciência de um desequilíbrio natural excessivo =
poluição

KITSCH
 Significado de PÉROLA FALSA
 Ligado à falsificação/imitação de má qualidade
 Tudo o que seja imitação é considerado Kitsch

GEORGE STEINER – VISÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DAS GUERRAS


MUNDIAIS
 a cultura sofre uma transformação significativa
 pós-guerra: a realidade é de paz
 pós-cultura: terá deixado de existir e na segunda metade do século
XX não se fala de cultura, porém não desapareceu por completo
FUNDAMENTOS
 uma morte tecnológica e democrática que trivializou o conceito de
morte (ou seja, não há proximidade na hora da morte, pois as
pessoas passam a morrer em hospitais, longe de familiares e
amigos)
 existem os cortes binários (velhos x novos; letrados x iletrados;
Europa x resto do mundo; homens x mulheres; etc.)
 havia um mapa que conduzia os contrastes que depois da guerra
diluem-se
 RECONSTRUÇÃO EXTERIOR – a reconstrução exterior da Europa foi
possível, tais como edifícios, estradas, monumentos, etc.
 RECONSTRUÇÃO INTERNA – a reconstrução interna não foi possível,
dado ao pensamento que se desenvolve sobre os contrastes
 Cultura assimétrica – baseada em desigualdade entre homens e
mulheres
 A Europa era o centro do mundo antes da 1ª Guerra Mundial,
porém, após a 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos tomaram
posse deste título
 Uma parte da Europa exercia poder sobre a outra, determinando
assim a moralidade artística da minoria
 As mulheres eram consideradas objetos e não eram levadas a sério

FORMAS BÁRBARAS DE EXPRESSÃO


 Futurismo (movimento do século XX que tinha como conceito a
importância da guerra como “limpeza” da Europa)
 Filippo Marinetti – pensamento de que apenas a guerra “limparia” a
Europa de uma letargia e de que era necessária a existência de uma
cultura mais violenta; elogio à ciência, técnica, automóveis e tudo o
que era produto industrial
o A Europa negava um passado pacífico e desejavam guerra
para criar mudança
 Arte Bárbara – exemplo de Henri Matisse com a
obra “A Cigana” 
 esta obra de arte representa o Fauvismo,
movimento que defendia uma exploração de
cores fortes e vibrantes
 Henri Matisse pinta o que considera inferior e
não digno, buscando referências bárbaras, o
que revela a sua sede por mudança
 Tanto este artista como a elite intelectual (escritores e artistas)
desejavam o bárbaro

O BELO AO LONGO DO TEMPO


 ANÁLISE DE PINTURAS

Beleza feminina; mulher nua de pele


clara, cabelo loiro, capa vermelha
para cobrir o corpo (vermelho = cor
da sedução)
Deitada = vulnerável
O Nascimento de Vénus – Botticelli
Capa Vermelha = sedução
 A dormir – deusa
 Acordada – mortal
 Ao espelho – deusa
Vénus Adormecida – Giorgione

 Deitada, mas de olhos


abertos significa que é
mortal, pois estabelece
contacto visual
 Mulher bela e casada (anel
no dedo e serviçal no
fundo), com um cão
(símbolo de fidelidade)
Vénus de Urbino – Ticiano

Mulher mortal num espaço


interior, acompanhada de um
gato preto que simboliza a
infidelidade
 Não é casada (sem anel)
 Usa acessórios (sedução)
 “Mulher fatal”
Olympia – Édouard Manet

É uma deusa, pois não faz contacto


visual direto; está deitada e tem
um cupido (o seu filho) a segurar o
espelho
 Cupido – simboliza a
distância entre humanos e
deuses
Vénus ao Espelho – Diego Velázquez
20/10/2023
Estudos culturais
Palavras-chave:
- Nexo entre consciência e poder
- Identidade em formação (as identidades estão sempre em formação)
A identidade não é algo monolítico, estava permanentemente mudança,
nas algo que está em formação ao longo da vida, este relaciona-se com o
quotidiano por que a formação da identidade recebe estímulos do dia a
dia
- Narrativas mediáticas (programas de TV, banda desenhada,
manifestações de simbólico Ex de concertos, música cultural) lançam
imagens que nos bombardeiam de forma persistente, o que faz com que
nos deixemos influenciar pelas mensagens subliminares
- Cultural status (a narrativa tem um sentido que deve ser exposto e
estudado criticamente)
- Diferença (fundamental porque um dos problemas que suscita desafios
culturais é a diferença cultural. Aspeto reforçado pelos estudos culturais,
para ser vista como uma realidade suscitando soluções interculturais

A cultura é uma distorção da realidade. Cultura é constituída por textos


filosóficos, etc.
As condições sociais da vida têm a ver com escolaridade, acesso ao
conhecimento, as viagens, o lado financeiro e o que se faz com o
conhecimento
A instituição é fundamental e tem poder sobre todos (uma sociedade é um
conjunto de instituições que dominam o campo das representações e
discursos) – estruturalismo do ponto dos estudos culturais
- O feminismo: vai representar o movimento reivindicativo de uma minoria
que por séculos era considerada inferior, vem chamar á atenção para a
existência de grupos insatisfeitos com a sua falta de poder (se isto era
possível para as mulheres, as outras minorias também o podem fazer, o
que encoraja as restantes)
Intelectualmente é muito importante, porque mostra que as restantes
minorias podem chegar ao poder e resistir aos mecanismos que os
colocaram-nas margens e alterar a sua situação (inspirador)
Os coletivos é que têm poder para fazer a mudança
O campo da literatura deixa de pertencer ao chapéu dos estudos literários
para se tornar uma área académica transdisciplinar que convoca todo o
tipo de conhecimento (torna se um campo que influencia uma grande
quantidade de disciplinas)
Os estudos culturais dão muita importância ao género, à raça, todas as
minorias e ao modo como as mesmas reagem à desigualdade
(conformismo ou revolução)

31/10/2023
- O movimento futurista foi importante porque representa uma reflexão
da ordem que havia estado em vigor durante seculos e recusa sobretudo
esta ordem de ponto de vista cultural: as conquistas culturais do passado.
- Pós-cultura: visão do tempo onde não pode existir cultura; trivialização
da morte; visualização da morte abala o campo simbólico da arte e da
imortalidade; poder das minorias; representa pelo próprio prefixo uma
visão da cultura sob uma perspetiva negativa (“já não existe cultura”); o
que foi mais abalado? As estruturas internas da cultura ocidental
- A tecnologia invadiu o quotidiano e alterou a nossa experiência
quotidiana, como? A sua grande presença ajuda a compreender a
natureza, modificando-a através do seu grande impacto
- Setor cultural e criativo: caracterizado pelo kitsch (a falsificação,
imitação, tudo o que é cópia/plágio, combinação sinestésica, mau gosto,
etc.)
- Contemporaneidade: definida de uma forma peculiar (compara o
contemporâneo e o inatual); o que há de inatual na contemporaneidade?
Conseguir compreender os recantos mais escuros, ver os aspetos mais
negativos e até dúvidas do passado; o mais importante é a atitude crítica,
se não nos deixarmos cegar pelos brilhos do nosso tempo; exemplo da
moda (descontinuidade vs. Moda cíclica)
- Bragança de Miranda (texto) – estudar
- Efeitos negativos da tecnologia: falsas informações, dificuldade de
distinção do certo e errado, dificuldade em conseguir parar a tecnologia,
deparamo-nos com uma realidade fora do nosso controlo (pequenez e
impotência perante a tecnologia), desordem e violência (a sociedade
transforma-se num espaço de conflito)
- Indústria cultural: visa uma impressão de igualdade/nivelamento (Ex:
indústria cinematográfica)
- Crítica à curiosidade (Teodoro – moodle): é contra o conhecimento, pois
este obriga-nos a compreender e aprender, enquanto a curiosidade faz-se
através de informação superficial e não confirmada/verificada (aka a
curiosidade é sintoma de uma sociedade que não se quer cansar a analisar
profundamente as informações)
- O belo: ajuda a compreender a diferença entre a época contemporânea e
o passado; a beleza feminina; poder da sedução; beleza divina; simbologia
das cores na arte; na época contemporânea existem duas formas de
recorrer aos arquétipos: utilizar na indústria cultural (vender; publicidades)
e como arte (exemplo da vénus)
- Cultura e política: reconhecer a importância económica ajuda no
desenvolvimento da criatividade (positivo); massificação (negativo)
DIA 3/11/2023
Trabalho prático 10h00-12h10
O público e o género: 70 pessoas no total
- 56 ouvintes dentro dos 18-25 anos (39 do género feminino, 17 do género
masculino)
- 7 ouvintes dentro dos 40-65 anos (4 do género feminino, 3 do género
masculino)
- 7 ouvintes de 65> anos (6 do género masculino e 1 do feminino)
Oradores:
- 12 oradores: 8 do género feminino (40-65 anos) (2 de 65> anos); 4 do
género masculino (3 de 40-65 anos e 1 de 65> anos)
Tema abordado por cada orador:
- 1º orador: Onésimo de Almeida
Natália Correia como figura única e complexa na cultura portuguesa do
século XX; caracterização psicológica da Natália Correia; utiliza uma
linguagem de registo formal; visibilidade das minorias (género feminino,
etnias, religião, sexualidade) e contesta a homossexualidade; utiliza um
tom afirmativo e expressivo;
- 2º orador: Ângela de Almeida
poesia de erótica e satírica; Natália Correia e a sua liberdade na obra
escrita pela mesma; menciona o fascismo, o holocausto; visibilidade das
minorias (género, classe social baixa, homossexualidade, etnias, religião);
representação da literatura aos olhos da autora; menciona o modernismo,
contemporaneidade; direitos humanos; morte da memória da nossa
essência; Destino; apologia ao surrealismo para criação da sua voz pessoal;
registo formal e tom afirmativo
- 3º orador: Ana Gil
A “portugalidade” e a “alma portuguesa” em dois textos da Natália
Correia; visibilidade das minorias (etnias); Fernando Pessoa; registo formal
e tom afirmativo
- 4º orador: Armando Rosa
Registo formal e tom afirmativo; teatro; dramaturgia; comunicação cénica;
estética teatral; Natália Correia
Intervenções do público:
1- Idade: 40-65, Sexo: feminino, Assunto: questão sobre uma história
contada pelo orador
Dia 21/11/2023
Dia 5/01/2024

Pós-colonialismo – saber conceitos

Grada Kilomba- análise da imagem. Figura mestiça, mulher fora dos


padrões convencionais da mulher, vários microfones virados para ela
(amplificação da voz), fazer chegar uma mensagem com muito mais
alcance,

Você também pode gostar