Devocionais Autorais

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Temos um amigo!

- João 15:12-14
” O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós
sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando “.

Pode ser que alguns de nós tenham tido experiências ruins no que diz respeito a amizade,
pode ser que você tenha tido algum amigo que traiu a sua confiança, ou que não te ajudou
quando você mais precisava.
Mas apesar de algumas experiências negativas, todos nós precisamos de amigos que
caminhem conosco. Existem momentos na nossa vida, que Deus coloca amizades em
nossas vidas para demonstrar o amor e cuidado dEle para conosco. Para C.S. Lewis, a
amizade é o tipo mais raro de amor, eu devo concordar, quão valioso é encontrar um
amigo em quem se pode confiar, quão gratificante é poder somar na vida de nossos
amigos.
Uma das experiências mais legais dessa dinâmica de amizade é quando nós conseguimos
mediar a amizade de duas pessoas de círculos diferentes, como quem diz: “você precisa
conhecer um amigo meu!”, e então conseguimos fazer nascer uma nova amizade.
Essa é uma abordagem evangelística que eu gosto de utilizar, poder dizer a um descrente:
“você precisa conhecer um amigo meu” e apresentar Cristo a ele. Porque, de fato, Jesus
disse que é nosso amigo e que devemos amar uns aos outros assim como Ele nos amou. Se
você já teve experiências ruins com amizades, saiba que você tem um amigo fiel pra todas
as horas, que mais do que ninguém, quer te ver bem, santo, sábio e feliz; que não mediu
esforços pra te salvar e entregou a própria vida por você.
Hoje é um dia propício pra você mandar uma mensagem de ânimo praquele seu amigo ou
amiga do peito, de lembra-lo que você é um amigo com quem podem contar. Que nessa
manhã, você possa se lembrar que na nossa luta diária, temos um amigo que caminha
conosco, podemos sempre contar com Ele.

- Oração

- Hebreus 11:1-3, 6
”Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não
veem. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho. Pela fé, entendemos que os
mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi
feito do que é aparente. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o
buscam.“

O autor da carta aos Hebreus foi direto: fé não tem nada a ver com provas. Isto é, a fé não
apenas não precisa "ver com os olhos" para ter certeza, como também não adianta mostrar
montes de provas a quem quer que seja para que creia. Lembra-se de quando Jesus
ressuscitou Lázaro, que já estava morto e sepultado? Em vez de crer, os líderes religiosos
se sentiram ainda mais impelidos a matar Jesus.
A narrativa dos evangelhos diz que o próprio Jesus não confiava na fé dessas pessoas. Por
isso creio que a te só é possível a quem a recebe por revelação do Espírito Santo - a
Palavra diz que ninguém pode dizer que Jesus é o Filho de Deus (isto é, crer que ele é
Deus), a não ser pelo Espírito. Milagre nem argumento algum levará alguém a crer.
Mas, por outro lado, já vi estas duas letrinhas serem tão maltratadas... fé confundida com
confiar em um galho de arruda atrás da orelha... com manifestações exteriores de
religiosidade... com falar como quem tem fé para "convencer" Deus de que é digno de
alguma coisa... e o que mais?
Fé é nada mais e nada menos que uma certeza interior profunda e inabalável da verdade
do que Deus diz, mesmo diante da falta de qualquer prova ou demora de resposta à oração.
Tendo fé, mesmo diante das mais contundentes "provas" em contrário, simplesmente não
dá para conceber a mais remota possibilidade de que este universo tenha sido criado de
outra forma que não pelo Eterno que se tornou acessível a nós em Jesus Cristo, e que nele
mostrou toda a beleza do seu caráter e provou seu amor e misericórdia. Simplesmente não
dá para negar o que fica patente aos olhos da fé.
E por enxergar pela fé, obedeço, mesmo quando a minha vontade parece, aos meus olhos,
tão mais agradável que a vontade do Pai. Graças, pois, a Deus por nos conceder fé. Que
Ele conceda ainda mais!

- Oração.
O salvador está no barco!

- Marcos 4:38-39
”E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe:
Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao
mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.“

Coloque-se no lugar dos discípulos no momento em que eles navegavam no mar


tempestuoso, enquanto Jesus dormia na popa do barco. Muitos deles eram pescadores
experientes e entendiam que estavam sendo confrontados por uma possibilidade muito real
de naufragarem — contudo, o Mestre deles parecia tê-los abandonado ao destino, no sono
profundo em que estava.
O próprio fato de que Jesus precisava dormir revela que ele tinha um corpo humano real
que sabia como era sentir fadiga, sede e fome. Ele experimentou em primeira mão as
fraquezas do corpo. Ele até mesmo teve de encontrar um travesseiro para dormir,
mostrando-nos saber o que era desconforto. Ele, que fez o universo, poderia ter
transformado a madeira debaixo dele em uma substância muito mais confortável,
adequada para um bom descanso; porém, em vez disso, o Senhor da glória deitou sua
cabeça sobre um travesseiro, assim como você e eu.
Se Jesus não soubesse quais eram as fraquezas e tentações da humanidade, ele não seria
um Sumo Sacerdote tão compadecido, oferecendo-nos misericórdia e graça do trono
celestial (Hb 4.14-16). Mas a Bíblia deixa claro que ele sabia. Ele passou, por exemplo,
pela dor do desprezo: "[Cristo] veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo
1.11). Até mesmo alguns dos seus discípulos fiéis — alguns dos próprios homens que
estavam nesse barco — o negaram ou o abandonaram em determinado momento. Ele
também experimentou o abuso da zombaria que deturpou a maravilha e a beleza de seu
caráter (veja, por exemplo, Lc 7.34).
Ele lutou por 40 dias e noites contra as mentiras e tentações do Maligno (Mt 4.1-11). Ele
enfrentou total agonia e perturbação na cruz quando clamou: "Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste?" (27.46). Não há experiência de dor ou insulto que possamos sofrer
que já não tenha apertado o coração de Cristo — e, como ele passou por tais lutas,
convida-nos a ir até ele enquanto nós mesmos as experimentamos.
Aqui, nesse pequeno incidente encaixado no início do Evangelho de Marcos, está o
lembrete que transforma vidas: Jesus é o Cristo vivo, um Salvador que se compadece e um
companheiro inabalável. Não há ninguém mais bem preparado para lidar com qualquer
apuro pelo qual você ou eu possamos passar do que o Mestre cujos discípulos pegaram
dormindo sobre um travesseiro. Você, assim como eles, pode clamar a ele e descobrir que
aquele que precisava dormir no barco também é aquele que podia repreender uma
tempestade — aquele que reina nas alturas, o qual não dormita, nem dorme, e não
permitirá que os seus pés vacilem (Sl 121.3-4).
Hoje, em seus pensamentos, o que induz você ao medo? Tenha certeza de que o Senhor
Jesus entende bem como é essa vida. Leve seu medo a ele agora, "lançando sobre ele toda
a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vos" (IPe 5.7).
- Oração
Fé para os dias comuns.

- Gênesis 23:2-4
”E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; e veio Abraão
lamentar a Sara e chorar por ela. Depois, se levantou Abraão de diante de sua morta e
falou aos filhos de Hete, dizendo: Estrangeiro e peregrino sou entre vós; dai-me
possessão de sepultura convosco, para que eu sepulte o minha morta de diante da minha
face.“

O livro de Gênesis narra muitos feitos sobrenaturais de Deus, e suas obras magníficas na
vida dos seus. Abraão é um dos que viveu um grande relacionamento com Deus,
experimentou coisas extraordinárias, partilhou uma refeição com Deus, viu o Anjo do
Senhor, viu uma esposa estéril dar a luz, viu Deus fazer chover fogo e enxofre sobre
Sodoma e Gomorra e recebeu do Senhor um promessa, de que dele Deus faria um
numeroso povo e que nele seriam benditas todas as famílias da terra.
Mas no texto em que lemos nenhum milagre foi relatado, nada extraordinário ou
sobrenatural, nenhum sinal ou maravilha que nos faça encher os olhos ou que vire um
história muito empolgante pra se contar pras nossas crianças. Ao invés disso, o texto narra
o luto de Abraão por sua esposa Sara que havia falecido, e o inicio de negociações por um
pedaço de terra que lhe servisse por sepultura.
O texto nos ensina que entre uma e outra manifestação sobrenatural de Deus em nossas
vidas, a vida comum acontece, os dias ordinários também são guiados por Deus, o dia a
dia também deve se palco da Glória de Deus em nossas vidas, junto com suas dores,
labutas, dificuldades, podemos passar por todas as coisas confiantes de que somos
portadores das promessas de Deus.
É exatamente isso que Abraão faz, ao se levantar, ele dá o primeiro passo, guiado pela fé
na promessa de que toda aquela terra seria sua por possessão, Abraão negocia a primeira
porção da terra prometida que seria sua. Deus espera, que nos dia mais ordinários, as
nossas decisões e ações ainda sejam movida pela palavra que Ele nos entregou.
Ainda que nada extraordinário aconteça no dia de hoje, lembre-se, que o dom da vida já é
algo extraordinário. Eu sei, a vida pode até ser dura, mas a vida é graça. Graças a Deus
pelos dias comuns.

- Oração
A extraordinária vida comum

- Juízes 3:9-11
“E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou aos filhos de Israel um
libertador, e os libertou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele.
E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel e saiu à peleja; e o Senhor deu na
sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; e a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim.
Então, a terra sossegou quarenta anos; e Otniel, filho de Quenaz, faleceu.”

Otniel foi o primeiro juiz a julgar a terra depois de Josué, os relatos de seus feitos são
curtos e sem reviravoltas, nada de muito magnífico acontece em sua biografia. Nos relatos
anteriores o autor de Juízes conta como ele conquistou a mão de sua esposa, mas fora isso,
o relato é tediosamente simples.
Essa aparente simplicidade, revela na verdade, o caráter do melhor dos juízes. Em uma
época em que não havia quem julgasse a terra, cada um fazia o que parecia bem aos
próprios olhos, os homens estavam se contaminando com as mulheres cananeias e vice
versa, a degradação moral do povo de Deus foi assumindo contornos antes inimagináveis.
Otniel se levanta como aquele que fez o que Deus esperava que ele fizesse.
Otiniel, procurou uma esposa entre as filhas de Israel, e foi necessário que ele guerreasse
por ela, quando Deus o chamou para ser libertador em Israel, ele não cambaleou, não
pestanejou, não buscou glória para si e não fugiu das responsabilidades. Otniel respondeu
a Deus com obediência e cumpriu com tudo aquilo quanto o Senhor esperava dele, se não
fosse assim, o relato bíblico nos teria contado.
Otniel está para nós hoje, como um exemplo da postura do cristão no mundo em que está
inserido, Deus espera de nós obediência a suas palavras, firmeza de caráter e de postura,
para viver dignamente uma vida que glorifica a Deus em todos os lugares por onde nós
andarmos. Vivendo nossas vidas, amando nossos cônjuges, filhos, parentes, amigos e
irmãos em Cristo, ajudando o próximo, fazendo o nosso melhor em tudo quanto
empreendermos. Como Chesterton uma vez disse: "A coisa mais extraordinária do mundo
é um homem comum, uma mulher comum e seus filhos comuns".

- Oração.
Coração em Reforma.

- Crônicas 15:5-8
”E, naqueles tempos, não havia paz nem para o que saía, nem para o que entrava, mas
muitas perturbações, sobre todos os habitantes daquelas terras. Porque gente contra
gente e cidade contra cidade se despedaçavam, porque Deus os conturbara com toda a
angústia. Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem
uma recompensa. Ouvindo, pois, Asa estas palavras e a profecia do profeta, filho de
Obede, esforçou-se e tirou as abominações de toda a terra de Judá e de Benjamim, como
também das cidades que tomara nas montanhas de Efraim; e renovou o altar do Senhor,
que estava diante do Pórtico do Senhor.“

O rei Asa, de Judá, foi um daqueles cujo procedimento a Bíblia aprova. A principal razão
disso foi a reforma religiosa que realizou no seu país. O impulso para isso foi a atenção
que Asa deu à mensagem que Deus lhe passou por intermédio do profeta Azarias. A
reforma de Asa consistiu em eliminar de todo o território sob seu controle os ídolos que
tomavam o lugar do Deus verdadeiro, e em restaurar o altar de Deus no templo de
Jerusalém.
O profeta Azarias instruiu-o por meio de uma forte palavra de encorajamento e Asa,
atendendo a ela, buscou o relacionamento com Deus, obtendo dele a resposta e colhendo
assim a recompensa por seu trabalho. Deus sempre tem o propósito de restaurar vidas,
tornando-as fortes para que pratiquem a justiça.
Depois de feitas as reformas com a remoção de tudo o que impedia o culto ao Deus
verdadeiro, o rei reuniu todo o povo do seu reino e também os habitantes do vizinho reino
de Israel que aderiram ao movimento. O resultado foi um longo período de paz e
prosperidade para a nação de Judá.
E o que interessa isso a nós? Trata-se de um incentivo a examinarmos a nossa vida como
Asa fez com seu país, acompanhado da promessa de que encontraremos Deus se de fato o
procurarmos. Vale a pena nos perguntarmos como está nosso relacionamento com Deus.
Estaria tudo bem ou haveria também nela muito a limpar e corrigir? Faça uma reforma na
sua vida espiritual. Descubra quais são os impedimentos que estão trancando o seu
relacionamento com Deus. Por meio de Jesus Cristo, ele está hoje ainda bem mais perto e
acessível do que para o rei Asa, prometendo-nos experimentar a verdadeira paz.

- Oração.
Lançando sobre Ele a ansiedade

- 1Pedro 5:6-7
”Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte,
lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.“

Um jeito alegre de acalmar a tristeza, é quando sinto que "Ele cuida de mim". Cristão!
Não mantenha uma testa franzida de preocupação; venha, entregue seu fardo ao seu
Senhor. Você está cambaleando com um peso que seu Pai não sentiria. O que lhe parece
um fardo pesado, será para Ele apenas um pouco de pó na balança. Nada é tão doce quanto
descansar nas mãos de Deus, e saber apenas a Sua vontade.
Se o sofrimento é grande, seja paciente; Deus não lhe negou a Sua providência. Ele, que
alimenta os pardais, também lhe dará o que você precisa. Não se entregue ao desespero;
tenha esperança, espere sempre. Levante os braços da fé contra o mar de problemas e sua
postura deve pôr fim à angústia. Existe Aquele que cuida de você. Seus olhos estão fixos
em você, Seu coração bate piedosamente pelo seu infortúnio e Sua mão onipotente trará a
ajuda de que precisa.
As nuvens mais sombrias devem se dissipar em chuvas de misericórdia. A tristeza mais
profunda dará lugar à manhã. Ele, se você fizer parte de Sua família, irá fechar as feridas e
curar seu coração partido. Não duvide de Sua graça por causa de sua tribulação, mas
acredite que Ele o ama tanto nas temporadas de problemas, como nas horas de alegria.
Que vida serena e tranquila você levará se deixar a provisão nas mãos do Deus da
providência! Com um pouco de azeite na botija e um punhado de farinha na panela, Elias
sobreviveu à fome, e você fará o mesmo.
Se Deus tem cuidado de você, por que precisa se preocupar também? É capaz de confiar a
Ele sua alma, mas não seu corpo? O Senhor nunca se recusou a aliviar o seu fardo, Ele
nunca desabou com o seu peso. Então, venha e clame socorro a Ele! Que sua alma não
fique inquieta e deixe todas as suas preocupações nas mãos do Deus da graça.

- Oração.
Agindo por fé

- Jeremias 32:17
"Ah! Senhor Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu
braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa."

No momento em que os caldeus cercaram Jerusalém, quando a espada, a fome e a


pestilência haviam desolado a terra, Jeremias foi ordenado por Deus a comprar um campo
e ter a escritura de transferência legalmente selada e testemunhada.
Esta foi uma compra estranha feita por um homem racional. A prudência não poderia
justificá-la, pois era uma compra com a difícil probabilidade de que o comprador pudesse
alguma vez desfrutar desta propriedade. Mas para Jeremias foi suficiente que seu Deus
tivesse mandado, pois ele bem sabia que Deus seria legitimado por todos os Seus filhos.
Ele então argumentou: "Ah, Senhor Deus! podes fazer esse pedaço de terra útil para mim;
podes livrar essa terra desses opressores; podes me fazer ainda sentar sob minha vinha e
minha figueira na herança que eu comprei, pois fizeste os céus e a terra, e coisa alguma te
é demasiadamente maravilhosa."
Isto outorga majestade aos antigos homens de Deus, pois ousavam fazer coisas sob o
comando de Deus, que a razão carnal iria condenar. Seja um Noé, que construiu um barco
numa terra seca, um Abraão, que ofereceu seu único filho, ou um Moisés, que desprezou
os tesouros do Egito, ou ainda um Josué, que sitiou Jericó por sete dias usando como
armas apenas o som das trombetas; todos eles agiram sob a ordem de Deus, contrariando
os ditames da razão carnal. O Senhor lhes deu uma rica recompensa como resultado de sua
fé obediente.
Quisera Deus que tivéssemos na Igreja destes tempos modernos uma infusão mais potente
desta fé heroica em Deus. Se nos aventurássemos mais pura e simplesmente na promessa
divina, entraríamos num mundo de maravilhas no qual ainda somos estrangeiros. Que o
motivo da confiança de Jeremias seja também o nosso — nada é demasiadamente
maravilhoso para o Deus que criou os céus e a Terra.

- Oração.
Dia a Dia

- Provérbios 31:25-31
”A força e a glória são as suas vestes, e ri-se do dia futuro. Abre a boca com sabedoria, e
a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão
da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu
marido, que a louva, dizendo: Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és
superior. Enganosa é a graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor,
essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas
obras.“
Não será o seu comportamento na igreja no domingo que vai impressionar o seu colega de
trabalho, a vida diária é o que mostra o valor da fé. A passagem que lemos descreve a vida
de uma esposa ideal, mostrando o seu exímio caráter na vida no seu lar. É de proveito ler o
capítulo inteiro, pois menciona várias das suas virtudes, bem como seus trabalhos e sua
capacidade de organizar. Encara os deveres cotidianos com otimismo e confiança no
Senhor. Seus filhos a elogiam, e podem sair seguros com os valores que aprenderam dela.
Sendo jovens e pensando no seu casamento, menos valor darão à beleza física e bem mais
ao caráter pela sua confiança no Senhor. Imitam seu pai, que é respeitado em parte por
causa da vida da mãe deles. Para ele, ela é incomparável. Certamente não foi por acaso
que encontrou essa "jóia". Terá feito sua escolha na base das qualidades que ele mesmo
tomava por base dos valores do seu futuro lar.
Este belo quadro, porém, não é desligado do dia-a-dia da vida, com suas lutas e provas.
Deus nos ensina a pedir o pão diário, confiando no Senhor nas horas deste dia. "Basta a
cada dia o seu próprio mal" (Mt 6.34). É hoje que Deus quer que mantenhamos o nosso
equilíbrio pela nossa comunhão com ele. Afinal, a vida é só de hoje: "Agora é o dia da
salvação" (2Co 6.2).
Tudo isso está ligado porque os cristãos são retratados como a esposa de Cristo (Ap 21.9).
O Senhor, como esposo, deseja que vivamos dignos dele, visto que ele deseja apresentar
sua igreja "a si mesmo como igreja gloriosa, sem mácula nem ruga ou coisa semelhante,
mas santa e inculpável" (Ef 5.27). E para melhor lidarmos na realidade do dia-a-dia, o
melhor caminho é receber o "reforço" do Pão da vida, a palavra de Deus. Ore hoje para
que Cristo dirija os seus passos na família e nos seus deveres e que o conduza em paz!

- Oração.
O temor ao Senhor nos faz felizes

- Salmos 128:1-6
”Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás
do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira
frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua
mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor! O Senhor te
abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E
verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel. “

O salmista declara uma benção de sucesso, piedade e fertilidade aos piedosos e tementes
a Deus. Bem-aventurado é um termo mais forte do que feliz, embora muitas vezes
inclua felicidade. Aquele que é bem-aventurado é o objeto de favor e de graça especiais
de Deus.
Um dos efeitos da benção de quem teme a Deus é que “do trabalho de suas mãos
comerás “. Um dos resultados da queda foi que o povo teria de trabalhar arduamente
para assegurar o seu sustento diário (Gn 3.17-19). O autor no livro de Eclesiastes foi
levado ao desespero pelo fato de que algumas pessoas trabalhavam enquanto outras,
menos merecedoras, ficavam sentadas de braços cruzados e colhiam os benefícios
daqueles trabalhos (Ec 5.8- 6.12). O salmista diz que a benção de Deus está em os justos
prosperarem com o seu próprio trabalho, uma situação justa. Ter o que comer, fala da
providência de Deus suprindo todas as nossas necessidades, mas não somente seremos
supridos se temermos a Deus, experimentaremos da genuína felicidade em Deus, e tudo
nos irá bem!
Ter longevidade e famílias grandes e frutíferas eram sinônimos de prosperidade na
antiga nação de Israel. Embora o texto não prometa que não haveria tempos difíceis,
aquele que teme a Deus é bem-aventurado. Que possamos trabalhar, nos dedicar as
nossas obrigações, nos entregar as nossas famílias e nos assentar em volta da mesa,
cientes de que a benção de Deus repousa sobre nós!

- Oração
Seu poder em nossa fraqueza

- Jz 7.2-3
“Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os
midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha
própria mão me livrou. Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e
medroso, volte e retive-se da região montanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo
vinte e dois mil, e dez mil ficaram. “
O propósito de Deus para seu povo em todas as épocas é que possamos depender
inteiramente dele. Quando Deus o chamou para salvar os israelitas, Gideão encarou uma
tarefa esmagadora: seu exército teve de enfrentar os midianitas. Dizia-se que seu
exército era tão avassalador quanto os gafanhotos, e "seus camelos [eram uma] multidão
inumerável como a areia que há na praia do mar" (Jz 7.12). O exército de 32 mil homens
de Gideão empalideceu em comparação.
E então o Senhor lhe disse: "É demais o povo que está contigo, para eu entregar os
midianitas nas suas mãos". E assim 22 mil deixaram o exército. Sem dúvida, Gideão
estava fazendo as contas e perguntando-se como ele poderia equiparar estrategicamente
força com força com ainda menos soldados. O que ele não sabia era que estava prestes a
aprender a necessidade da fraqueza.
Deus está sempre trabalhando em nossas circunstâncias para nos levar a uma maior
dependência dele e a um louvor mais profundo por seu resgate. Tanto naquela época
quanto agora, ele nos ajuda a ver a necessidade de reconhecer humildemente nossa
fraqueza para magnificar a sua grandeza. A verdade é que nosso orgulho é mais feio
quando emerge como orgulho espiritual, quando começamos a nos vangloriar de nossas
experiências com Deus ou de nossos sucessos para Deus.
Essa era a tendência dos "superapóstolos" a quem Paulo se referiu em 2 Coríntios 12.11
(A21); eles pareciam tão poderosos, cheios de histórias para contar sobre como estavam
cheios do poder do Espírito. Paulo, porém, simplesmente respondeu: "Mas, mesmo que
quisesse gloriar- me, eu não seria louco, porque estaria dizendo a verdade. No entanto,
abstenho-me de fazê-lo, para que ninguém pense de mim além do que em mim vê ou de
mim ouve" (v. 6 A21). Ele entendeu que humildade, fraqueza e inadequação são
fundamentais para a utilidade no Reino de Deus.
É por isso que Deus reduziu ainda mais o exército de Gideão a meros 300 (Jz 7.7). Ele
iria realizar seu plano com tão poucas pessoas, que, quando a vitória chegasse, todos
saberiam a fonte da vitória. E, na bondade de Deus, ele ainda faz isso por nós hoje. Ele
nos lembra que aqueles que são mais úteis ao seu plano e propósito são aqueles que, aos
olhos do mundo, não estão à altura da tarefa, porque então fica claro que é obra dele, e
não dos outros.
Esta é uma má notícia para você, se quiser manter seu orgulho e autodependência. É
uma má notícia para você, se gostaria de receber elogios. É, no entanto, uma notícia
incrível para você, caso saiba que é inadequado para as tarefas que Deus coloca diante
de você. Você se sente totalmente mal equipado para lidar com qual das coisas que está
enfrentando? Dependa dele, siga em frente em obediência, e você descobrirá que o
poder de Deus é exibido em sua fraqueza e você o louvará ainda mais.
- Oração
12

Ele é a videira e nós os


ramos.
- João 15.1-8
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim que não dá
fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais
limpos pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu, em vós; como a vara
de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não
estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este
dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. Se alguém não estiver em mim,
será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o
que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e
assim sereis meus discípulos.”

"Permaneçam em mim" foi a ênfase de Jesus como a necessidade primordial no


discurso que lemos.
Se Cristo é o tronco da videira e nós os seus ramos, sem dúvida é necessário, acima
de tudo, permanecermos na videira para que possamos produzir frutos. Não podemos
imaginar um ramo dando seu fruto desligado da videira. Um ramo separado da videira
é um ramo morto, sem vida. De igual modo, se como cristãos desejarmos produzir
frutos em nossa vida espiritual, como de fato é o desejo do nosso Pai Celestial, é
imprescindível permanecermos unidos a Cristo.
Este é o milagre dos milagres! A vida de Cristo em nós: seu desejo, nosso desejo; seu
propósito, nosso propósito; sua obra, nossa obra; seus ideais, nossos ideais! Assim
como o ramo não pode produzir sem o tronco e a lua não daria nenhuma luz sem o
sol, os cristãos também não podem viver sem Cristo, "pois sem mim vocês não
podem fazer coisa alguma" (v. 5b).
Tão verdadeiramente como Cristo revelou o Pai neste mundo, cumprindo o seu
mandato, fazendo a sua vontade e o seu trabalho, os cristãos deveriam refletir a
perfeição do Mestre, na palavra, no pensamento, nos atos, vivendo como ele viveu. É
o que nos diz a Palavra de Deus: "Sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e
vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e
sacrifício de aroma agradável a Deus" (Ef 5.1,2). 'Permaneçam em mim" - os frutos
da nossa vida dependem dessa íntima relação, sem a qual nenhum cristão será útil.
Portanto, não seja você, amado irmão, inativo nem infrutífero na igreja de Deus pela
negligência ou indiferença. Permaneça em Cristo Jesus, mantendo o contato com ele e
obedecendo às suas instruções, e assim produza frutos, muitos frutos para o reino de
Deus.

- Oração.
13

Como é bom viver com os irmãos

- Salmos 133:1-3
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo
precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à
orla das suas vestes. Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião;
porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.”

Como é bom ter um irmão com quem podemos sempre contar, que sabemos que se
importa conosco e quer o nosso bem, e como é bom poder se alegrar com as
conquistas de nossos irmãos, e saber que caminhamos juntos com um objetivo em
comum, onde nessa caminhada, um vai sempre ajudar o outro em meio as
adversidades.
O rei Davi equipara a unidade do povo de Deus à mistura especial e exclusiva de óleo
usada para ungir Arão como sumo sacerdote. O óleo rico e fragrante era derramado
com abundância, de modo que pudesse correr pela sua barba até o colarinho de suas
vestes sagradas. Do mesmo modo, a unidade do povo de Deus é um rico perfume que
faz com que a sua adoração seja aceitável para Deus.
O Hermom, o monte majestoso na fronteira do norte de Israel, era conhecido por sua
pesada orvalhada. A unidade também é comparada ao orvalho que refresca e alegra.
Em ambas as imagens, o líquido é abundante a ponto de fluir para baixo, indicando
ricas bênçãos. Deus dá a bênção da unidade por meio do dom do Espírito Santo.
Pelo sangue de Jesus derramado na cruz, os membros da igreja de Deus na terra foram
feitos irmãos em Cristo, que possamos desfrutar da rica benção de viver em unidade
com nossos irmãos.
Nessa manhã, te convido a orar pela vida de um irmão ou irmã, e a mandar uma
mensagem de ânimo e esperança, com amor e caridade.

- Oração.
14

Onde está Deus?

- Salmos 42:3-5

”As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me


dizem constantemente: Onde está o teu Deus? Quando me lembro disto, dentro de
mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à Casa
de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava. Por que estás
abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda
o louvarei na salvação da sua presença.“

Quando passamos por momentos difíceis e Deus parece não ouvir nossas orações,
podemos ter a impressão de que ele está ausente ou de que nem se importa conosco.
Nessas horas tendemos a perguntar: Onde está Deus? No salmo que lemos hoje essa
pergunta aparece no versículo 3: o salmista encontra-se numa depressão terrível -
chega a dizer que suas lágrimas tem sido seu alimento de dia e de noite. Em meio a
toda essa angústia, as pessoas de sua convivência ainda a aumentam perguntando-lhe
o tempo todo: Onde está o seu Deus?

Seja qual for a razão da aflição, haverá aqueles que a aproveitam para alimentar
dúvidas sobre Deus, dando a entender que ele não existe ou que é injusto, ou para
duvidar do próprio sofredor, afirmando que ele deveria "ter mais fé". Pensa-
-se muitas vezes que a vida cristã deverá ser uma sucessão de êxitos e riqueza, mas
não é assim. A vida humana é cheia de desafios e tristezas, quer a pessoa seja cristã,
quer não. É até natural então uma pessoa que nunca teve contato com Deus duvidar de
sua existência, mas este salmo convida a todos a não ficar nisso. No versículo 5, o
autor começa a discutir consigo mesmo e oscila entre um esforço para confiar em
Deus e as queixas sobre sua situação, mas entre uma posição e a outra ele termina
com uma palavra de esperança e louvor: Deus ainda é o seu Salvador!
Não sei como está sua vida, mas tenho a certeza de que
Deus está do seu lado e que está ouvindo o seu clamor e vê as suas lágrimas. Não tente
escondê- las: faça como esse salmista e exponha tudo diante de Deus - e se a resposta
não vier, insis-ta. Deus mesmo nos convida a fazer isso (confira na Bíblia em Lucas
18.1-8), e então siga o autor até o fim do salmo. A promessa de Deus continua em pé:
você ainda o louvará!
Lembre-se: ninguém cai mais fundo do que dentro das mãos de Deus.

- Oração.
15

Quando todos lhe abandonam

- II Timóteo 4.16-18
“Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram.
Que isto não lhes seja posto em conta! Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de
forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos
os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também de
toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos
séculos dos séculos. Amém!”

Paulo está preso em Roma. Até onde sabemos, ele não foi libertado. Sua última carta é
finalizada assim. Ele está abandonado. Ele é um homem velho, um servo fiel, em uma
cidade estrangeira, longe de casa. Ele está cercado por inimigos, em perigo de morte.
Por quê? Para que ele pudesse escrever esta sentença preciosa para nossas almas: “Mas
o Senhor me assistiu”!
Oh, como eu amo essas palavras! Quando você é abandonado por amigos íntimos, você
murmura contra Deus? As pessoas em sua vida são realmente o seu Deus? Ou você é
encorajado com essa magnífica verdade: “E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século” (Mateus 28.20)? Você fortalece seu coração com esse juramento
inexorável: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus
13.5)?
Então, digamos: “O Senhor me assistiu!”.
“E o Senhor me livrará de toda obra maligna” ele declara o que espera para o futuro;
não que ele não escape da morte, mas não será vencido por Satanás, nem se desviará do
rumo certo. É isso que devemos principalmente desejar, não que os interesses do corpo
possam ser promovidos, mas que possamos nos elevar superiores a todas as tentações e
estar prontos para sofrer cem mortes, em vez de pensar em poluir nós mesmos por
qualquer "obra maligna”.
O motivo da confiança de Paulo? Ele deixa claro no versículo 8 do mesmo capítulo 4,
“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará
naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”
Querido irmão em Cristo, que essas palavras possam te animar e te dar refrigério de
alma nessa manhã.

- Oração.

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