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Stepanski, Ricardo
Instalações Elétricas em BIM [livro eletrônico] / Ricardo Ribeiro Stepanski,
Luisa Ribeiro ; coordenação Luisa Ribeiro. -- Florianópolis, SC : Editora
EBPOS, 2024. -- (Master BIM : projeto, gestão e execução para arquitetura,
engenharia e construção civil)
PDF
Bibliografia.
ISBN 978-65-982303-6-4
CDD-624-05
CDU-624-05
Editora EBPÓS
Av. Antônio Fidélis, 851, Quadra 115, Lote 04, Sala 02,
Parque Amazonia, Goiânia-GO CEP 74.840-090
editora@ebpos.com.br
Autores
Luisa Ribeiro
Master em Arquitetura & Lighting, IPOG. Graduada em Arquitetura
e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
com graduação sanduíche cursada na UNSW, em Sydney,
Austrália. Desde 2015 atua no desenvolvimento de projetos através
da metodologia BIM, com experiência em projetos residenciais,
comerciais e loteamentos, atuando principalmente nas áreas de
Arquitetura, Interiores, Iluminação e compatibilização de projetos.
Atualmente é sócia, diretora, arquiteta e BIM Manager da empresa
multidisciplinar BMT Arquitetura Engenharia & Tecnologia, empresa
multidisciplinar de projetos em BIM. Coordena as Pós-Graduações:
Master BIM, Industrialização da Construção, Projetos Hospitalares
e Estabelecimentos de Saúde com ênfase em BIM e Incorporação
na Construção Civil na Escola Brasileira de Pós-Graduação
(EBPÓS), onde também leciona como professora titular em
módulos de arquitetura com foco em metodologia BIM.
Índice
1
2.4 Multiplus – PRO-Elétrica........................................... 40
2.5 ArchiCAD 2023 ......................................................... 41
2.6 Edificius - ACCA Software ........................................ 43
2.7 Softwares Auxiliares - DALUX, BIMCOLLAB, Areddo,
Trimble IFC.......................................................................... 45
2.8 Introdução ao Software Autodesk REVIT MEP ........ 47
2.9 O Papel do Autodesk Revit MEP no BIM ................. 48
2.10 Apresentação das Ferramentas ............................. 50
2.11 A Importância das Bibliotecas de Componentes Pré-
Fabricados na Modelagem de Sistemas MEP no Autodesk
Revit .................................................................................... 53
2.12 Conclusão ............................................................... 55
Capítulo 3: Modelagem de Instalações Elétricas ........... 57
3.1 Introdução ................................................................. 58
3.2 Tensões de Linha ..................................................... 59
3.3 Tensões de Fase ...................................................... 59
3.4 Sistema Monofásico ................................................. 60
3.5 Sistema Bifásico ....................................................... 60
3.6 Sistema Trifásico ...................................................... 61
3.7 Briefing...................................................................... 61
3.8 Pontos de Iluminação ............................................... 61
3.9 Pontos de Tomada ................................................... 62
3.10 Estrutura de Projeto Elétrico Residencial ............... 62
3.11 Introdução ao Projeto de Telecom.......................... 71
3.12 Medição Coletiva .................................................... 72
2
3.13 Medição Descentralizada ....................................... 73
3.14 Shaft ....................................................................... 74
3.15 Prumada ................................................................. 74
3.16 Estrutura Geral Telecom......................................... 75
3.17 Conclusão ............................................................... 77
Capítulo 4: Compatibilização e Subestação ................... 79
4.1 Introdução ................................................................. 79
4.2 Sistemas para Compatibilização .............................. 80
4.3 Subestação ............................................................... 85
4.4 Tipos de Subestação ................................................ 86
4.5 Equipamento de um Subestação.............................. 88
4.6 Conclusão ................................................................. 97
Capítulo 5: Gerador de Energia Solar ............................. 99
5.1 Introdução ................................................................. 99
5.2 Tipo de Gerador...................................................... 101
5.3 Introdução à Energia Solar Fotovoltaica................. 109
5.4 Tipos de Sistemas Fotovoltaicos ............................ 111
5.5 Equipamento Utilizados nos Geradores Fotovoltaicos
.......................................................................................... 115
5.6 Conclusão ............................................................... 121
Referências Bibliográficas ............................................. 123
3
Capítulo 1: Integração dos Aspectos
Elétricos no Processo BIM
Fonte: https://neoipsum.com.br/
1.1 Introdução
4
engenharia são concebidos e gerenciados. Ao romper com as
restrições das abordagens experimentais em representações
bidimensionais e desenhos em papel, o BIM apresenta uma
visão inovadora que se baseia na criação, gerenciamento e
compartilhamento de informações digitais ao longo de todo o
ciclo de vida de uma construção. Esta nova abordagem não
possibilita apenas a criação de modelos tridimensionais
precisos, mas também incorpora uma camada de dados
inteligentes que impulsiona a tomada de decisões e a
colaboração efetiva entre as equipes envolvidas.
Exploraremos em detalhes os princípios e benefícios
fundamentais do BIM, destacando seu potencial
transformador na indústria da construção moderna.
5
um projeto, desde elementos projetados e instruídos até
sistemas mecânicos e elétricos. Esses modelos são criados
por meio de softwares BIM, como o Autodesk Revit,
QIBuilder, Múltiplos-Pro Elétrica e outros, que permitem a
criação e manipulação de elementos em três dimensões, bem
como a associação de atributos e informações adicionais.
Uma das características distintivas do BIM é a
capacidade de adicionar dados inteligentes aos elementos do
modelo. Isso significa que cada componente no modelo
possui informações descritas, como especificações técnicas,
fabricante, custo, prazo de vida útil, requisitos de manutenção
e muito mais. Essas informações fornecem uma base
contínua para a tomada de decisões decisivas em todas as
fases do projeto, desde o planejamento inicial até a operação
e manutenção contínua.
O BIM oferece uma série de benefícios
impressionantes. Em primeiro lugar, ele permite uma
visualização mais precisa e realista do projeto, o que auxilia
na comunicação entre os membros da equipe, stakeholders e
clientes. Além disso, o BIM facilita a detecção precoce de
conflitos e erros de projeto, retrabalhos e custos adicionais
durante a construção. A capacidade de simular diferentes
cenários e analisar o desempenho do projeto também
contribui para a otimização do design e a identificação de
soluções mais eficientes.
Além disso, o BIM promove uma colaboração
multidisciplinar. Como todos os envolvidos no projeto
acessam um único modelo centralizado e atualizado, a troca
de informações é facilitada, esperando a possibilidade de
desalinhamentos e conflitos entre diferentes equipes. Isso é
especialmente valioso em projetos complexos que envolvem
6
arquitetos, engenheiros civis, elétricos, mecânicos, gestores
de projeto e outras partes interessadas.
O uso do BIM não se limita apenas à fase de
construção. O modelo digital criado durante o projeto continua
a ser uma fonte valiosa de informações para a fase de
operação e manutenção do edifício. Isso permite um
gerenciamento mais eficiente e preciso da infraestrutura ao
longo do tempo, otimizando a manutenção, planejamento de
renovações e eventual descomissionamento.
1.2.1 Modelagem 3D
7
resulta em uma visualização altamente acurada e completa
da disposição e confortável dos componentes.
Comparado às plantas tradicionais e cortes
bidimensionais, que muitas vezes podem ser difíceis de
interpretar e visualizar em sua totalidade, a modelagem 3D
oferece uma visão mais intuitiva e abrangente. Os
profissionais envolvidos no projeto podem observar
claramente como os sistemas se encaixam no contexto geral
da edificação, compreendendo a relação entre os diferentes
sistemas de um projeto.
A capacidade de visualizar os sistemas elétricos em 3D
não apenas ajuda na compreensão geral do projeto, mas
também traz benefícios práticos. Por exemplo, a detecção de
conflitos entre componentes, como tubulações que se
sobrepõem a outros elementos da construção, pode ser
identificada e resolvida antes mesmo do início da construção
física. Isso economiza tempo, recursos e minimiza erros
durante o processo de instalação real.
Além disso, a modelagem 3D facilita a comunicação
entre os membros da equipe, uma vez que todos podem
visualizar e entender claramente o projeto de maneira mais
objetiva. Decisões pesadas podem ser tomadas com base em
uma representação precisa e realista, levando a um processo
mais eficiente e a resultados finais de maior qualidade.
8
abordagem fundamental para aprimorar a precisão, a
eficiência e a colaboração ao longo de todo o ciclo de vida do
projeto.
Quando se trata de criar modelos digitais abrangentes,
o detalhamento minucioso dos componentes apresenta uma
série de vantagens importantes. Primeiramente, isso permite
uma visualização clara e precisa de como os diferentes
elementos interagem e funcionam dentro do sistema. Isso é
essencial para detectar possíveis conflitos, ineficiências ou
problemas de fluxo antes mesmo da implementação física,
economizando tempo e recursos valiosos.
Além disso, a inclusão de dados detalhados nos
modelos digitais oferece uma base sólida para análises e
simulações avançadas. Essas simulações podem antecipar o
comportamento do sistema sob várias condições, como
diferentes cargas de fluidos, pressões e cenários de uso. Isso
permite otimizar o projeto elétrico para melhor desempenho,
durabilidade e segurança.
No contexto da colaboração, a especificação detalhada
dos componentes também desempenha um papel
fundamental. Ao compartilhar modelos digitais ricos em
informações, todas as partes interessadas, desde
engenheiros e arquitetos até empresários e clientes, podem
compreender melhor o projeto. Isso facilita a comunicação
eficaz, a resolução de problemas e a tomada de decisões.
A medida que o projeto avança para a fase de
construção, a presença de dados detalhados dos
componentes simplifica o processo de aquisição de materiais
e equipamentos. Os fabricantes e fornecedores podem
9
entender exatamente quais especificações são necessárias,
erros e atrasos no fornecimento.
A especificação minuciosa de componentes no
contexto elétrico em um modelo BIM é um elemento essencial
para o sucesso do projeto. Ela contribui para a criação de
modelos digitais abrangentes e informativos, impulsionando a
precisão, a eficiência e a colaboração em todas as fases do
empreendimento. Com a complexidade crescente desses
sistemas, essa abordagem se torna ainda mais crucial para
garantir resultados bem-sucedidos e sustentáveis.
10
Fonte: https://thorusengenharia.com.br/como-o-bim-pode-melhorar-a-eficiencia-
energetica-dos-edificios/
11
A eficiência elétrica, quando considerada em projetos
de construção e engenharia, abrange não apenas a economia
de recursos naturais preciosos, mas também a redução do
consumo de energia e a minimização dos impactos
ambientais associados ao gerenciamento inadequado de
águas residuais. O BIM, com sua capacidade de modelagem
tridimensional e simulação, permite que os profissionais
visualizem e compreendam melhor a interação complexa
entre os sistemas elétricos e outros componentes da
edificação.
A capacidade de identificar possíveis gargalos e áreas
de ineficiência antes da construção é um grande trunfo
oferecido pelo BIM. Isso possibilita que os projetistas
experimentem diferentes cenários e avaliem soluções
alternativas para otimizar o desempenho elétrico do edifício.
Seja na seleção de equipamentos elétricos,
dimensionamento de circuitos e configuração do sistema, ou
em instalações de painéis solares, em busca de alternativas
mais sustentáveis. Dessa forma, as análises BIM capacitam
a tomada de decisões controladas que resultam em sistemas
elétricos mais eficientes e sustentáveis.
A eficiência elétrica é fundamental na busca pela
sustentabilidade dos edifícios, e o BIM surge como uma
ferramenta poderosa para alcançar esse objetivo. Através da
modelagem e simulação avançada, essa tecnologia capacita
os projetistas a realizar análises analíticas de desempenho
dos sistemas elétricos, identificando oportunidades de
melhoria e refinando projetos de maneira a minimizar o
desperdício de recursos naturais e energéticos. O resultado
disso é a melhoria na qualidade e confiabilidade dos sistemas
elétricos. Em um mundo onde a sustentabilidade é
12
fundamental, a combinação da eficiência elétrica e do BIM se
destaca como um catalisador essencial para edifícios mais
responsáveis e ecologicamente conscientes.
13
arquitetura pode influenciar o posicionamento de luminárias
elétricas, enquanto a engenharia estrutural deve levar em
consideração o dimensionamento de dutos elétricos.
14
Essa capacidade de acompanhar mudanças no modelo
BIM é particularmente valiosa para o gerenciamento de
mudanças. As alterações podem ser claramente
identificadas, documentadas e comunicadas a todas as
partes interessadas. Isso evita a disseminação de
informações desatualizadas e reduz o risco de erros
causados por falta de sincronização. Além disso, o registro
detalhado das alterações ajuda a prevenir o retrabalho, uma
vez que as atualizações podem ser integradas de maneira
mais eficiente e precisa.
15
Fonte: https://rossot.com.br/projetos-eletricos-curitiba/
16
1.3.1 Visualização e Simulação
17
Fonte: https://carluc.com.br/planejamento/compatibilizacao-de-projetos/
18
representação virtual corresponda à realidade física. A
captura adequada desses detalhes requer expertise técnica e
conhecimento profundo das normas e regulamentações
locais.
Além disso, a falta de padronização na indústria de
construção é um obstáculo significativo. A ausência de
diretrizes universais para a representação dos sistemas
elétricos no BIM pode levar a inconsistências nos modelos,
dificultando a colaboração e a troca de informações entre
diferentes partes envolvidas no projeto. A harmonização de
padrões é essencial para facilitar a comunicação eficaz e a
coordenação entre equipes multidisciplinares.
A coordenação multidisciplinar é outro desafio notável.
A Integração Elétrica requer a colaboração de arquitetos,
engenheiros eletricistas, civis e outros profissionais, todos
trabalhando em seus respectivos modelos dentro do
ambiente BIM. A falta de uma plataforma unificada para
integrar esses modelos pode resultar em conflitos e erros de
coordenação, aumentando o risco de retrabalho durante a
fase de construção. A precisão e o detalhamento são
imperativos na Integração Elétrica no BIM. Pequenos erros
ou omissões na representação dos sistemas elétricos podem
ter implicações graves durante a construção e a operação do
edifício. Garantir que os dados inseridos no modelo sejam
precisos e atualizados requer um comprometimento contínuo
com a qualidade das informações.
A capacitação adequada dos profissionais é outro
desafio a ser superado. A adoção eficaz da Integração
Elétrica no BIM exige que os profissionais adquiram
habilidades específicas para modelagem e coordenação de
sistemas elétricos no ambiente virtual. O investimento em
19
treinamento é essencial para maximizar o potencial dessa
abordagem.
A interoperabilidade de software é uma preocupação
constante. Diferentes softwares BIM podem ter limitações na
representação de sistemas elétricos, dificultando a
transferência de dados entre plataformas. A busca por
soluções que permitam uma colaboração suave e a troca de
informações entre diferentes ferramentas é fundamental.
A resistência à mudança e os custos iniciais também
são desafios enfrentados na adoção da Integração Elétrica no
BIM. A indústria da construção muitas vezes é avessa a
mudanças em processos estabelecidos, e a implementação
de fluxos de trabalho baseados em BIM pode envolver
investimentos significativos em termos de tecnologia,
treinamento e ajustes organizacionais.
A Integração Elétrica no BIM oferece inúmeras
vantagens, mas não está isenta de desafios. A indústria da
construção precisa abordar essas complexidades de frente,
investindo em padronização, treinamento, colaboração e
tecnologias avançadas para garantir que a implementação
bem-sucedida resulte em edifícios mais eficientes,
sustentáveis e funcionais.
20
1.5 Estratégias para Coordenação Efetiva
entre Instalações Elétricas e outras Disciplinas
no Projeto BIM
21
arquitetura e estrutura antes que se manifestem no canteiro
de obras.
A colaboração dentro do contexto BIM também
favorece a eficiência do projeto. Alterações feitas em uma
área podem ser instantaneamente refletidas em todas as
disciplinas, evitando retrabalhos dispendiosos e
economizando tempo. Além disso, a visibilidade
compartilhada sobre todo o processo de design e construção
possibilita uma tomada de decisão mais informada e baseada
em dados.
A coordenação eficiente entre instalações elétricas,
com outras disciplinas é vital para o sucesso de um projeto
de construção. No ambiente BIM, onde a colaboração entre
disciplinas é incentivada e facilitada, a prevenção de conflitos
e a otimização do projeto ganham uma nova dimensão. Essa
abordagem não só beneficia a qualidade e o cronograma do
projeto, mas também contribui para a construção de edifícios
mais funcionais, sustentáveis e harmoniosamente integrados.
22
tubulações hidráulicas, características arquitetônicas e
elementos estruturais podem provocar não apenas
retrabalho, mas também desencadear atrasos significativos e
custos suplementares.
A abordagem tradicional de trabalhar de maneira
isolada, em compartimentos estanques, tornou-se obsoleta
no contexto atual de Modelagem da Informação da
Construção (BIM), no qual a colaboração e a integração se
transformam em princípios norteadores.
23
colaboração surgem como ferramentas indispensáveis para a
troca fluida de informações e a solução expedita de
problemas.
Nesse contexto, a revolução propiciada pela tecnologia
BIM oferece uma abordagem alternativa altamente benéfica.
A adoção do BIM possibilita que as informações e modelos
relevantes sejam centralizados e compartilhados de maneira
acessível por todas as partes envolvidas. Isso não somente
melhora a visibilidade do projeto como também aprimora a
capacidade de identificar, compreender e resolver conflitos
potenciais antes mesmo que se materializem no canteiro de
obras.
Além disso, a colaboração virtual, incentivada pelo BIM,
desafia a abordagem tradicional de "silos" disciplinares, na
qual cada equipe trabalha de forma isolada em sua própria
esfera de competência. No ambiente BIM, a integração é uma
força impulsionadora. A capacidade de visualizar, em tempo
real, as ramificações de decisões tomadas por diferentes
disciplinas ajuda a prevenir choques entre tubulações,
elementos estruturais e componentes arquitetônicos,
evitando retrabalho, atrasos e custos excedentes.
A coordenação efetiva entre instalações hidráulicas,
arquitetura e estrutura é um elemento-chave para a
viabilidade e o sucesso de projetos de construção. A
abordagem colaborativa promovida pelo BIM não apenas
alivia os desafios tradicionais de conflitos disciplinares, mas
também leva a um processo mais suave, eficiente e
econômico, resultando em edifícios construídos com maior
precisão e agilidade.
24
1.6 Modelagem Colaborativa
25
Fonte: https://maisengenharia.altoqi.com.br/postagem/5-principais-normas-para-
projetos-eletricos/
26
específicos deve ser atendida durante o processo de
planejamento e execução.
Um dos requisitos primordiais é a conformidade com as
normas e regulamentos locais, regionais e nacionais. Isso
garante que o projeto esteja em linha com as diretrizes de
cada localidade. A adesão a esses padrões é indispensável
para evitar problemas legais futuros e garantir a segurança
dos ocupantes.
Cada componente do sistema elétrico, desde as
tubulações, disjuntores e condutores, deve ser dimensionado
de acordo com a demanda prevista. O dimensionamento
inadequado pode levar a problemas de desarme incorreto do
disjuntor ou até mesmo ocasionando um curto circuito,
podendo causar danos graves.
27
impacto direto na saúde e no bem-estar dos ocupantes da
edificação. Um projeto elétrico bem executado assegura que
a energia seja fornecida de forma adequada, contribuindo
para a qualidade do ambiente interno.
Fonte: https://www.msprojetosindustriais.com/projeto-eletrico
28
lançados, os objetivos são traçados e os caminhos a serem
percorridos começam a se delinear.
Nesse estágio inicial, ocorre um intenso diálogo entre
os diversos stakeholders envolvidos no projeto. Essas partes
interessadas representam uma variedade de perspectivas,
interesses e necessidades. Por meio de discussões
colaborativas, são identificadas as necessidades essenciais
do projeto, bem como suas limitações e potencialidades. As
metas são de maneira a fornecer uma direção clara para a
equipe do projeto, garantindo que todos estejam em relação
ao que se espera alcançar.
A concepção também é um período de exploração
criativa. Nesse estágio, as ideias fluem livremente, e
diferentes abordagens são consideradas para atender aos
requisitos e metas alcançáveis. A imaginação é um recurso
valioso, pois é durante essa fase que os conceitos iniciais
ganham forma e começam a ser moldados. Os membros da
equipe do projeto colaboram para desenvolver soluções
inovadoras e estratégias que possam ser integradas ao longo
do processo.
Uma parte crucial da concepção é a delimitação das
restrições do projeto. Isso envolve uma análise cuidadosa de
quais recursos estão disponíveis - seja em termos de tempo,
orçamento, tecnologia ou expertise. Compreender essas
restrições desde o início é vital para garantir que o projeto
seja viável e alcançável dentro dos parâmetros definidos.
29
1.10 A Gestão Eficiente da Manutenção e
Operação de Sistemas Elétrico com o BIM
30
1.11.1 Acesso Rápido às Informações
31
1.11.4 Treinamento e Capacitação
32
1.12 Conclusão
33
Em síntese, a convergência desses temas destaca não
apenas a relevância, mas a imperatividade de adotar
abordagens inovadoras, como o BIM, para enfrentar os
desafios e explorar as oportunidades na engenharia elétrica
e na construção civil. Ao adotar uma perspectiva orientada
para o futuro, a indústria pode moldar um ambiente construído
mais inteligente, eficiente e sustentável, onde a análise de
desempenho, o projeto elétrico integrado e a gestão eficiente
convergem para redefinir os padrões de excelência na
engenharia elétrica moderna.
Fonte: https://biblus.accasoftware.com/ptb/projeto-integrado-bim-mep-modalidades-
beneficios-e-solucoes/
34
Capítulo 2: Introdução aos Softwares para
Elétrica
Fonte: https://www.blog.leadenergy.com.br/software-de-gestao-de-energia-como-
escolhe/
2.1 Introdução
35
engenharia elétrica uma plataforma para explorar, simular e
aprimorar projetos de maneiras inimagináveis no passado.
Os softwares para engenharia elétrica oferecem uma
gama diversificada de funcionalidades, desde a elaboração
de esquemas e diagramas até análises avançadas de
desempenho. Essas ferramentas não só aceleram o processo
de design, mas também garantem precisão e conformidade
com normas e regulamentos, essenciais para a segurança e
eficiência dos sistemas elétricos.
A evolução dos softwares para engenharia elétrica não
se limita apenas à automação de tarefas; ela abraça a
revolucionária abordagem BIM (Modelagem da Informação
da Construção), permitindo a integração perfeita entre
diferentes disciplinas em um projeto. A interoperabilidade
entre sistemas elétricos, estruturais e arquitetônicos está ao
alcance das pontas dos dedos, transformando a colaboração
interdisciplinar.
Contudo, essa revolução tecnológica também traz
consigo desafios. A necessidade de constante atualização, a
curva de aprendizado para dominar as complexas interfaces
e a interoperabilidade entre diferentes plataformas são
aspectos críticos a serem considerados. Além disso, é
fundamental compreender as limitações específicas de cada
software para explorar seu potencial ao máximo.
Para a elaboração de projetos, existem diferentes
softwares que utilizam essa ferramenta disponíveis no
mercado que iremos abordar a seguir.
36
2.2 Autodesk REVIT MEP
37
área podem ser avaliadas em relação ao impacto em outras
disciplinas. A comunicação fluida entre os profissionais de
elétrica, hidráulica e mecânica torna-se essencial, resultando
em projetos mais eficientes, econômicos e sustentáveis.
2.3 Qibuilder
38
especialmente quando se trata da colaboração
interdisciplinar. Uma dessas limitações é evidenciada pela
ausência de atualização automática de alterações realizadas
por outras disciplinas no projeto.
Um exemplo concreto dessa limitação é a necessidade
de importar novamente o arquivo no formato IFC (Industry
Foundation Classes) para refletir as mudanças feitas por
outras disciplinas. Essa característica pode gerar desafios em
termos de sincronização e comunicação entre as diversas
equipes envolvidas no projeto, pois a falta de uma atualização
automática pode resultar em discrepâncias e
desalinhamentos ao longo do processo de desenvolvimento.
A importação repetida do IFC, embora possa resolver
as discrepâncias, introduz um elemento de manualidade no
processo, o que pode aumentar a possibilidade de erros e
demandar tempo adicional. Portanto, enquanto o software da
AltoQi oferece muitos benefícios, é essencial que os usuários
estejam cientes dessas limitações específicas, buscando
estratégias para mitigar seus impactos e otimizar a
colaboração entre as disciplinas envolvidas.
39
2.4 Multiplus – PRO-Elétrica
40
abrangente para necessidades variadas, o PRO-Elétrica se
posiciona como uma ferramenta essencial para profissionais
que buscam eficiência e excelência em seus projetos.
A capacidade de exportar projetos elétricos em 3D para
softwares BIM, através do módulo opcional de exportação
BIM/IFC ou REVIT, adiciona um componente inovador à
funcionalidade do PRO-Elétrica. Essa integração com o
ambiente BIM destaca a adaptabilidade do software às
demandas contemporâneas da indústria, onde a
interoperabilidade e a colaboração são essenciais para a
eficiência e a qualidade dos projetos.
41
custo-benefício que oferece. Reconhecido por sua eficácia no
domínio dos projetos arquitetônicos, o software apresenta um
conjunto robusto de ferramentas BIM que impulsionam a
eficiência e a precisão na concepção de edificações.
No entanto, quando se trata especificamente de
projetos elétricos, é relevante notar que o ArchiCAD 2023
está em constante desenvolvimento nessa área. Embora já
seja uma escolha consolidada para projetos arquitetônicos,
sua presença em projetos elétricos está em evolução,
sugerindo um potencial significativo para crescimento e
aprimoramento.
A força do ArchiCAD 2023 nas ferramentas BIM é uma
característica que reverbera em sua aplicabilidade e
versatilidade. Essas ferramentas proporcionam uma
modelagem tridimensional detalhada e integrada, facilitando
a visualização e análise abrangente dos projetos. Sua
vantagem em custo-benefício torna-o particularmente atrativo
para profissionais que buscam uma solução eficaz sem
comprometer a qualidade.
É válido destacar que, mesmo em fase de
desenvolvimento para projetos elétricos, o ArchiCAD 2023 já
se destaca como uma ferramenta promissora. Sua integração
BIM é um diferencial que promove a colaboração entre
diferentes disciplinas, potencialmente simplificando a
interação entre arquitetos e engenheiros elétricos durante o
processo de projeto.
42
Fonte: De autoria própria
43
Embora o software esteja em desenvolvimento no que
diz respeito às suas próprias famílias, a capacidade de
importar aquelas já estabelecidas em outros contextos
demonstra uma abordagem pragmática para atender às
necessidades dos usuários. Essa interoperabilidade fortalece
a aplicabilidade do Edificius, permitindo que profissionais
aproveitem recursos de diferentes plataformas sem
comprometer a integridade de seus projetos.
Ainda que em evolução, o Edificius se destaca como
uma ferramenta flexível e adaptável. A importação de famílias
de softwares consolidados sinaliza a disposição do programa
em se integrar a fluxos de trabalho já estabelecidos na
indústria, proporcionando uma transição suave para usuários
que possam estar familiarizados com outras plataformas.
44
2.7 Softwares Auxiliares - DALUX, BIMCOLLAB,
Areddo, Trimble IFC
45
a gestão integrada de projetos. Essa integração de recursos
posiciona o Areddo como um aliado valioso na busca pela
eficiência e qualidade na execução de projetos BIM.
Por fim, o Trimble IFC é uma ferramenta que
desempenha a facilitação da interoperabilidade entre
diferentes softwares, promovendo a troca de informações
sem perda de dados. Isso é essencial para garantir uma
integração suave entre as diversas disciplinas envolvidas em
um projeto, promovendo a compatibilização e a colaboração
efetiva.
46
Fonte: De autoria própria
47
multidisciplinares a colaborarem de maneira mais eficaz,
integrando seus respectivos projetos e compartilhando
informações precisas em tempo real. Diferentemente das
abordagens tradicionais adotadas em desenhos 2D, o Revit
MEP oferece uma representação virtual completa de todos os
sistemas MEP, permitindo uma visualização mais detalhada
e uma análise abrangente das externas entre esses sistemas.
Ao longo deste capítulo, exploraremos em profundidade
a ferramenta Autodesk Revit MEP no processo BIM.
Discutiremos como ele facilita a coordenação e colaboração
entre equipes, otimiza a detecção de conflitos, melhora a
eficiência do projeto e facilita a documentação detalhada.
Além disso, examinaremos como o Revit MEP contribuirá
para a tomada de decisões decisivas, uma análise de
desempenho e operação e manutenção eficaz de edifícios
após sua conclusão.
48
conflitos e discrepâncias que poderiam surgir durante a fase
de construção.
Uma das principais vantagens distintas do Autodesk
Revit MEP é a maneira como ele permite que arquitetos,
engenheiros de diversas especialidades e outros
profissionais trabalhem de maneira colaborativa em um único
modelo. Isso elimina a necessidade de projetar em silos
separados, onde cada disciplina cria seus próprios desenhos
sem considerar totalmente as outras. Ao invés disso, o
software fornece um ambiente virtual compartilhado onde
todos os elementos do projeto são reunidos e interagem de
forma coesa.
Essa integração facilita a identificação precoce de
conflitos e discrepâncias entre diferentes disciplinas. Por
exemplo, um engenheiro elétrico pode visualizar como suas
instalações interagem com a estrutura arquitetônica e os
sistemas de encanamento antes mesmo do início da
construção. Isso significa que problemas potenciais podem
ser resolvidos antes de se tornarem obstáculos reais no
canteiro de obras, economizando tempo, dinheiro e
minimizando continuamente.
Além disso, a integração fornecida pelo Autodesk Revit
MEP promove uma colaboração mais eficiente entre as
equipes de projeto. Comunicação e compartilhamento de
informações tornam-se mais suaves, uma vez que todos os
profissionais envolvidos podem acessar o mesmo modelo
centralizado. Isso ajuda a eliminar mal-entendidos e erros de
comunicação que poderiam ocorrer quando as informações
são compartilhadas em diferentes plataformas.
49
Fonte: https://utilizandobim.com/blog/vantagens-de-utilizar-bim/
50
automaticamente na documentação, reduzindo erros e
economizando tempo.
Fonte: https://pt.geofumadas.com/sistemas-hidrosanit%C3%A1rios-bim-usando-o-
revit-mep/
51
2.10.2 Sistemas Elétricos
52
2.10.5 Simulação e Análise
53
No universo da construção, a eficiência é sinônimo de
economia de tempo e recursos, enquanto a precisão é a
garantia de que os resultados finais se alinhem às
expectativas e normas. No entanto, a complexidade dos
sistemas MEP frequentemente desafia esses ideais. É aqui
que as bibliotecas de componentes pré-fabricados no
Autodesk Revit entram em cena. Elas oferecem um conjunto
variado de elementos meticulosamente projetados, prontos
para serem incorporados em projetos. Essa abordagem
acelera o processo de projeto, eliminando a necessidade de
criar cada elemento desde o início. A pré-configuração dos
componentes também assegura que eles estejam em
conformidade com normas e regulamentos, garantindo a
representação precisa e detalhada dos sistemas MEP.
As bibliotecas de componentes pré-fabricados não são
meramente uma adição ao processo de projeto MEP no Revit;
elas são um pilar vital que sustenta a eficácia e a qualidade
do processo. Ao oferecer uma ampla variedade de elementos
pré-configurados, desde componentes hidráulicos até
dispositivos elétricos e elementos de HVAC, essas bibliotecas
proporcionam aos projetistas uma base sólida para construir
seus projetos. Através dessa abordagem, o Revit MEP eleva
a modelagem MEP para um nível superior, simplificando a
complexidade por meio de uma seleção diversificada de
elementos prontos para uso.
54
2.12 Conclusão
55
plataformas, fortalecendo a ideia de que a eficiência não
reside apenas na singularidade de uma ferramenta, mas na
habilidade de integrar múltiplos recursos para atingir os
objetivos desejados.
Assim, diante desse panorama dinâmico, a conclusão é
clara: os softwares para Engenharia Elétrica não são apenas
ferramentas, mas catalisadores de inovação, eficiência e
colaboração na concepção, implementação e gestão de
sistemas elétricos, abrindo caminho para uma era mais
inteligente, sustentável e interconectada na Engenharia
Elétrica moderna.
Fonte: https://www.bimexcellence.com.br/bim-projetos-eletricos
56
Capítulo 3: Modelagem de Instalações
Elétricas
Fonte: https://biblus.accasoftware.com/ptb/instalacoes-eletricas-modelagem-3d-
com-a-simplicidade-do-cad/
57
3.1 Introdução
58
Sabemos que cada concessionária de energia elétrica
realiza a distribuição de energia elétrica de acordo com o que
o ANEEL estipula para cada uma. São muitos os níveis de
tensão que podemos encontrar como por exemplo, tensões
220/127, 380/220, 440/220, entre outras (ELÉTRICA, 2023).
59
3.4 Sistema Monofásico
60
3.6 Sistema Trifásico
3.7 Briefing
61
Em cômodos ou dependências com área superior a
6 m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os
primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de
4 m² inteiros (NBR 5410,2004).
62
3.10.1 Distribuição de Pontos
63
Fonte: De autoria própria
64
Tomadas de uso específico o disjuntor e o condutor
deverão ser dimensionados especificamente para o
equipamento que será instalado no local.
Na figura abaixo podemos observar a distribuição de
pontos de tomada para uma cozinha.
65
I. Critérios para a divisão de cargas entre os
circuitos elétricos;
66
X. Tipo de isolação;
• FP = 1
• I = 6000/(220x1) = 27 A
• V = 220 V
• DISJUNTOR = 27< 32 A
• P= 5400 W I = ?
• FT = 0,87
• FCA = 1,00
• Método = B1
67
Fonte: ABNT – NBR 5410
Disjuntor Selecionado = 32 A
68
• Corrente Conduzida = IB x FCT x FCA
Corrente Conduzida = 41 x 0,87 x 1 = 35,67 A
• Disjuntor 32 < 35,67 A
Bitola Selecionada = 6 mm²
69
Segundo NBR 5410, a taxa de ocupação do eletroduto,
dada pelo quociente entre a soma das áreas das seções
transversais dos condutores previstos, calculadas com base
no diâmetro externo e na área útil da seção transversal do
eletroduto não deve ser superior a:
70
Fonte: http://www.esof.com.br/sup/tec/eng.htm
71
As instalações elétricas de um prédio são muito
complexas devido aos altos índices de consumo de energia,
à dispensação de muitos componentes elétricos e toda uma
estrutura que seja segura e eficaz. Por isso, antes de instalar
quadros de comando e distribuição de toda essa energia, é
realizado um projeto elétrico predial.
72
Fonte: https://projetosrevit.com.br/coletivo-energia-ate-24-medidores-light-revit/
73
3.14 Shaft
Fonte 1: https://web.facebook.com/Cimetech/posts/1516900901738615/
Fonte 2: https://engeprev.com/firestop-protecao-passiva-incendio/shaft/
3.15 Prumada
74
meio de eletrodutos ou shafts até o quadro de distribuição
interno de cada unidade.
75
Fonte: De autoria própria
76
Fonte: De autoria própria
3.17 Conclusão
77
proporcionando aos profissionais a flexibilidade necessária
para atender às demandas específicas dos projetos elétricos.
A integração de softwares auxiliares, como DALUX,
BIMCOLLAB, Areddo e Trimble IFC, destaca a importância
da visualização, compatibilização e colaboração em tempo
real. Essas ferramentas não apenas simplificam o processo
de projeto, mas também fortalecem a capacidade de equipes
multidisciplinares trabalharem de forma sinérgica,
identificando e resolvendo potenciais conflitos antes mesmo
da execução física.
A conclusão é clara: a modelagem de instalações
elétricas transcende a simples representação gráfica. Ela se
torna uma narrativa dinâmica, incorporando dados, análises
de desempenho e a capacidade de prever, adaptar e inovar.
Em um mundo onde a eficiência, sustentabilidade e
colaboração são imperativos, a modelagem de instalações
elétricas surge como um catalisador para uma Engenharia
Elétrica mais inteligente, eficiente e conectada. Essa
evolução contínua redefine não apenas a maneira como
concebemos projetos elétricos, mas também como moldamos
o futuro da engenharia elétrica.
Fonte: http://www.adengenharia.eng.br/projetos.php
78
Capítulo 4: Compatibilização e Subestação
Fonte: https://carluc.com.br/planejamento/compatibilizacao-de-projetos/
4.1 Introdução
79
compatibilização visa eliminar conflitos, otimizar recursos e
garantir a eficiência operacional de empreendimentos.
A engenharia e a arquitetura contemporâneas têm
evoluído para abraçar a interdisciplinaridade, exigindo uma
abordagem abrangente na qual cada elemento do projeto
deve ser meticulosamente alinhado para evitar
incompatibilidades que possam comprometer o desempenho
global. A compatibilização não apenas simplifica processos,
mas também assegura a entrega de espaços funcionais e
eficientes.
Dentro desse panorama, a instalação elétrica
desempenha um papel crucial. As subestações, por
conseguinte, destacam-se como elementos fundamentais
nesse intricado quebra-cabeças. Responsáveis pela
transformação e distribuição de energia elétrica em diferentes
níveis de tensão, as subestações representam infraestruturas
críticas que demandam uma abordagem especializada e
integrada para sua incorporação harmoniosa em projetos
arquitetônicos e de engenharia.
80
em elétrica, arquitetura, estrutural, climatização, prevenção
contra incêndios e hidrossanitário, é essencial para garantir a
harmonia entre todos os componentes de uma edificação.
Ao contemplar o projeto elétrico em conjunto com
outras disciplinas, a arquitetura se revela como um ponto
crucial de convergência. A disposição de espaços, aberturas
e estruturas arquitetônicas influencia diretamente a
distribuição dos sistemas elétricos, tornando imprescindível a
cooperação entre os profissionais envolvidos. A
compatibilização com a disciplina estrutural também se faz
vital, pois afeta não apenas o layout elétrico, mas também a
segurança e estabilidade da edificação como um todo.
A climatização é outra peça-chave no quebra-cabeças
da compatibilização. A distribuição eficiente de equipamentos
de ar-condicionado e a consideração das cargas térmicas
impactam diretamente nas demandas elétricas do projeto. A
coordenação com sistemas de prevenção contra incêndios é
indispensável para garantir a segurança operacional e a
conformidade com normas e regulamentos de segurança.
A disciplina hidrossanitária não deve ser negligenciada,
pois as instalações hidráulicas podem influenciar a
localização de pontos elétricos e equipamentos sensíveis à
umidade. Portanto, a troca de informações entre engenheiros
elétricos e hidrossanitários é vital para evitar conflitos e
garantir um ambiente seguro e funcional.
Dessa forma, a compatibilização supera a mera
sobreposição de disciplinas, transformando-se em um diálogo
constante entre especialistas. A busca por eficiência
energética, segurança e funcionalidade exige uma
abordagem integrada desde a concepção do projeto. Ao
81
promover a interdisciplinaridade, a compatibilização não
apenas simplifica processos, mas também assegura a
entrega de soluções elétricas alinhadas com as necessidades
e características específicas de cada empreendimento.
82
4.2.1 Compatibilização com Projeto
Arquitetônico
83
a serem instalados, o que pode impactar significativamente
na entrada de energia, devido ao aumento de carga que o
sistema de climatização pode empregar ao empreendimento.
84
4.3 Subestação
85
4.4 Tipos de Subestação
86
Na figura abaixo podemos observar um exemplo de
medição com transformador em poste até 300 kVA com
entrada subterrânea medição em BT.
87
pelas fábricas, estabelecimentos comerciais e condomínios
residenciais. No entanto, esse tipo de construção necessita
de uma área relativamente maior que as subestações
compactas metálicas para sua construção. Em contrapartida,
apresentam custo reduzido, facilidade na montagem e na
manutenção. No seu interior as subestações em alvenarias
apresentam compartimentos com finalidades específicas.
(BELLEZA,2021)
Na figura abaixo, podemos observar um exemplo de
subestação de medição com transformação até 300 kVA com
entrada e saída subterrânea e medição em BT em
subestação abrigada.
88
equipamentos são distribuídos numa sequência adequada
para sua operação de maneira segura. Os equipamentos e
instrumentos instalados em uma subestação são os
seguintes: (BELLEZA,2021)
• Mufla;
• Para-raios;
• Transformador de corrente – TC;
• Transformador de potencial – TP;
• Disjuntor;
• Relé;
• Chave seccionadora;
• Transformador de potência.
4.5.1 Mufla
89
Fonte: https://www.mdpolicabos.com/muflas-e-terminais-e-terminal-mufla/
4.5.2 Para-Raios
90
Fonte: https://prdengenharia.com.br/spda
91
Fonte: https://tamurabrasil.com/conteudo/2023/07/03/o-que-e-um-tc-transformador-
de-corrente/
92
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/diferen%C3%A7a-entre-tp-capacitivo-e-
indutivo-mesh-engenharia/?originalSubdomain=pt
4.5.4 Disjuntor
93
Fonte: https://riocontrol.com.br/produto/mini-disjuntor-unipolar-mdw-c-fab-weg/
4.5.5 Relé
94
Fonte: https://daeletrica.com.br/
95
4.5.7 Transformador de Potência
Fonte: https://www.elektrontransformadores.com.br/imagens/thumbs/tipos-
de-transformadores.jpg
96
4.6 Conclusão
97
Fonte: https://www.bnsengenharia.com/post/projeto-de-
subesta%C3%A7%C3%A3o-padr%C3%A3o-coelba-homologado-conhe%C3%A7a-
tudo-sobre-este-projeto-salvador
98
Capítulo 5: Gerador de Energia Solar
Fonte: https://pisonprojetos.com.br/como-funciona-um-gerador-de-energia-solar/
5.1 Introdução
99
É um equipamento que possui um motor (diesel,
gasolina ou gás) de reconhecida performance, acoplado a um
gerador de moderna tecnologia e montado sobre base
metálica, com acionamento manual ou automático.
(GALDINO, 2011)
Normalmente os referidos geradores de energia são
utilizados apenas em caso de emergências pontuais,
podendo ser de propriedade dos próprios lojistas ou dos
Shoppings Centers. Os geradores podem ser alocados na
parte exterior do empreendimento, no subsolo ou aterradas,
conforme capacidade, utilidade, propriedade e destinação do
aparelho. (ANDRADE, 2020)
Nos últimos anos muitas indústrias, não estão utilizando
os geradores apenas para emergências pontuais. Estão
utilizando para reduzir o custo com energia elétrica,
colocando os geradores para operar em horários de pico,
onde os gastos com o gerador são menores que o consumo
de energia da concessionária.
Por exemplo, se você analisar a curva de utilização
típica de uma concessionária, notará um pico no período
entre o final do horário comercial e o início da noite, o que
ocorre porque um grande número de consumidores
residenciais chega em casa neste horário e começa utilizar a
energia de forma mais intensiva. Neste momento, a maioria
das pessoas utiliza chuveiro elétrico, televisão, aparelho de
som e deixa um número razoável de lâmpadas acesas. Em
suma, neste momento os consumidores privados utilizam
vários dispositivos elétricos ao mesmo tempo. (MASSERONI
& OLIVEIRA, 2012)
100
Assim, optar pelo desligamento da energia proveniente
da rede concessionária nos horários de pico, substituindo por
grupos geradores diesel, pode ser um grande negócio e trazer
uma redução considerável nos gastos com energia elétrica e
praticamente financiando a compra do equipamento.
(MASSERONI & OLIVEIRA, 2012)
101
Fonte: https://www.shopcoopera.com.br/gerador-de-energia-a-diesel-geraforte--
aberto-750kva-242815/p
102
Portanto, todo gerador silenciado é um gerador
carenado, porém nem todo gerador carenado é um gerador
silenciado. Para diferenciar os dois modelos, verifique se
existe a manta termoacústica. Se houver, o modelo é
silenciado. (GERADORES,2023)
Na figura abaixo podemos observar um modelo de
gerador carenado.
103
ruídos em seu funcionamento devido a queima do
combustível e ao atrito mecânico entre seus componentes.
Essa queima e atrito geram também calor excessivo, fazendo
assim necessário um sistema de arrefecimento, como a
aplicação de exaustores e ventiladores, estes últimos, por sua
vez, contribuem com a poluição sonora. (GONÇALVES
FILHO et al. 2014)
O ruído é definido pelo Decreto Nº 33868 de 22/08/2012
como sendo qualquer som ou vibração que cause ou possa
causar perturbações ao sossego público ou produza efeitos
psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos e
animais. (GONÇALVES FILHO et al. 2014)
Os níveis máximos de ruído, em decibéis, aceitáveis por
área são definidos pela norma ABNT NBR10151/1999.
104
Na figura abaixo podemos observar um exemplo de
sala de gerador com isolamento acústico.
105
seja para utilizar apenas em emergências, não será
necessário o tanque de óleo, pois o gerador possui um tanque
que irá suprir essa necessidade.
106
5.2.7 Tanque Óleo Diesel
107
Fonte: NR 20/1978
108
sincronismo avalia se as frequências, ângulos de fase e
tensão estão iguais, permitindo o acionamento do disjuntor de
interligação dos GMG’s. Como os geradores estão a vazio,
pois o disjuntor do quadro de transferência automático (QTA)
que faz o paralelismo com o disjuntor de AT do ramal de
alimentação da concessionária está desligado, o sincronismo
dos geradores é feito de forma muito rápida, em menos de
100 ms. (GONÇALVES FILHO et al. 2014)
109
utilização em correntes contínuas ou alternadas, tanto em
períodos onde há incidência solar ou não. (PORTAL SOLAR,
2018)
Um projeto fotovoltaico pode ser dimensionado de
acordo com as necessidades específicas de energia, desde
sistemas residenciais pequenos até usinas solares em larga
escala.
Para a construção de um sistema fotovoltaico, é
necessário interligar um ou mais módulos fotovoltaicos e um
conjunto de equipamentos complementares, como baterias,
controladores de carga, inversores e outros equipamentos de
proteção. (NEO SOLAR,2014)
É importante, considerar o espaço a ser destinado para
a instalação dos painéis fotovoltaicos, para que possamos
realizar uma compatibilização com outras disciplinas. Para
isso, realizamos um cálculo onde iremos determinar a
quantidade de placas necessárias para suprir nossas
necessidades e com isso poderemos saber a área ocupada
para esta operação.
Fonte:https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/sistemas-de-energia-solar-
fotovoltaica-e-seus-componentes
110
5.4 Tipos de Sistemas Fotovoltaicos
111
O sistema on-grid (grid-tie) possui inversores mais
sofisticados que os inversores utilizados no sistema
autônomo, pois são eles que administram todo o sistema. Os
atuais inversores grid-tie, em sua maioria, possuem um
seguidor do ponto de máxima potência (MPPT), o que
possibilita o maior aproveitamento da capacidade de geração
do arranjo fotovoltaico ao qual está interligado. (BIGGI, 2013)
A rede elétrica atua como uma carga, absorvendo a
energia elétrica gerada, pois não precisam de sistemas de
armazenamento (controladores de carga e baterias). O
sistema tem a sua eficiência diretamente ligada a eficiência
dos inversores. Portanto quanto maior for a eficácia do
inversor, melhor será a capacidade de aproveitamento
inserido na rede de distribuição. (CRESESB, 2006)
Devido os sistemas on-grid serem ligados à rede de
distribuição elétrica das concessionárias, a sua utilização
deve ser regularizada pelos órgãos responsáveis. No Brasil,
o órgão responsável é a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), que aprovou em abril de 2012 uma nova Resolução
Normativa, criando a regulamentação essencial para ser
seguida pelos consumidores que tenham interesse em ligar
seus geradores de energia solar às redes tradicionais.
(BIGGI, 2013)
Na figura abaixo podemos verificar o funcionamento de
um sistema On-Grid.
112
Fonte: (MORAES, 2020).
113
Segundo o Centro de Referência em Energia Solar e
Eólica (CRESESB), os sistemas são duradouros e exigem
pouca manutenção. Em geral, aplica-se uma garantia de 20
anos aos módulos fotovoltaicos. A vida útil de dispositivos
eletrônicos, inversores e controladores de carga é superior a
10 anos. As baterias têm a vida útil estimada mais baixa e
são, portanto, o ponto fraco do sistema. Porém, se
dimensionados corretamente, podem durar entre 4 e 5 anos.
(CRESESB, 2006)
Sendo assim, os sistemas OFF-Grid são sistemas
desconectados ou isolados que não dependem da rede da
concessionária para gerar energia elétrica. No período
noturno, os sistemas não produzem energia, e para esse
período, os sistemas OFF-Grid possuem um sistema de
armazenamento de energia, por meio da utilização de
baterias. (ALVES, 2019)
Na figura abaixo podemos verificar o funcionamento de
um sistema OFF-Grid.
114
5.5 Equipamento Utilizados nos Geradores
Fotovoltaicos
115
5.5.2 Inversor
116
consumidor. De maneira contrária e complementar, se o
sistema produzir mais energia do que a necessária, a energia
excedente será injetada na rede elétrica da concessionária.
Portanto neste caso, o medidor bidirecional registra essa
energia e o consumidor/produtor fica com saldo positivo na
conta mensal de energia. Este valor restante será abatido
automaticamente caso o cliente necessite utilizar novamente
a energia da rede.
O medidor de energia bidirecional registra a energia
consumida e excedente para equilibrar os créditos no final do
mês. Isso permite que o consumidor mude para a rede e
reduza sua conta de luz, pois o excesso de energia produzida
e não consumida vai para a rede, gerando créditos e
economia no final do mês. (ALVES, 2019)
5.5.4 Bateria
117
Por isso, nos sistemas isolados há a necessidade de
utilização de alguma forma de armazenamento de energia.
Este armazenamento pode ser realizado por meio de
baterias, a fim de que o consumidor possa utilizar aparelhos
elétricos.
A principal função da bateria, em um sistema de
geração fotovoltaico off-grid, é armazenar a energia que se
produz. O maior problema das fontes secundárias de energia
como a energia solar, está exatamente em dizer que o
consumo não se dá de fato no período da geração. (NEO
SOLAR, 2014)
Atualmente há vários os tipos de baterias existentes no
mercado, porém por motivos econômicos, as baterias
chumbo ácidas ainda são as mais empregadas para fins
fotovoltaicos, ainda que outros tipos apresentem maior
eficiência e vida útil, a exemplo do Níquel-Cádmio, do íon de
Lítio, entre outros. (ALVES, 2019)
5.5.5 Controlador
118
carga não devem falhar, pois podem haver danos
irreversíveis. Além disso, devem ser projetados de acordo
com as características dos diferentes tipos de baterias.
Quando a bateria atinge plena carga, os controladores devem
desconectar o gerador fotovoltaico. Também podem
interromper o fornecimento de energia se o estado de carga
da bateria atingir um nível mínimo de segurança. Assim, há o
aumento de vida útil das baterias. O ajuste dos parâmetros,
bem como a escolha do método de controle devem ser
adequados aos diferentes tipos de baterias. (ALVES, 2019)
119
irradiação é de 4,5 KWh/m². Considerar painéis com
capacidade máxima de geração de 330 W. Com estes dados,
é possível determinar a quantidade de placas a serem
utilizadas para suprir nossa necessidade, podendo também
calcular a área de ocupação para os sistemas.
120
5.6 Conclusão
121
transforma o gerador solar em um componente vital na busca
por soluções energéticas mais equilibradas e eficazes.
Em síntese, o gerador de energia solar no contexto da
arquitetura e engenharia destaca a transição rumo a um
futuro mais sustentável e inovador. Essa tecnologia não
apenas redefine a maneira como concebemos edificações,
mas também contribui para um cenário energético global
mais limpo e sustentável. O gerador de energia solar não é
apenas uma solução técnica; é um catalisador para uma
revolução positiva na forma como construímos e alimentamos
o nosso mundo.
Fontes: https://www.jmecosolar.com.br/kit-gerador-de-energia-solar-60wp-gera-ate-
160whdia
https://loja.opussolar.com.br/produto/kit-solar-on-grid-8-intelbras-535w-micro-
inversor-deye-sun-2000g3-428-kwp-2/
122
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BARROS, Benjamim Ferreira de; Gedra, Ricardo Luis.
Cabine Primária - Subestações de Alta Tensão de
Consumidor. 4. ed. São Paulo: Érica, 2015.
124
CEB DISTRIBUIÇÃO S.A. Norma Técnica de Distribuição
6.05: Fornecimento de energia elétrica em tensão primária de
distribuição, 2013.
125
GALDINO, Jean Carlos da Silva. Curso: Manutenção de
ferrovia – Eletrotécnica II – 2011. Disponível em:
\<http://www3.ifrn.edu.br/~jeangaldino/dokuwiki/lib/exe/fetch.
php?media=apostila_grupo_motor_gerador1.pdf\>. Acesso
em: 23/10/2023.
126
MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais. 9.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
127
NEO SOLAR. Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica e Seus
Componentes. 2014. Disponível em:
\<https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-
mais/sistemas-de-energia-solarfotovoltaica-e-seus-
componentes\>. Acesso em: 23/10/2023.
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SUNERGIA. Energia Solar Off Grid | Sistema Isolado
Desconectado a Rede. 2018. Disponível em:
\<https://sunergia.com.br/blog/energia-solar-off-grid-sistema-
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129