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A Orquestra Dos Coracoes Solitarios - Roberto Denser
A Orquestra Dos Coracoes Solitarios - Roberto Denser
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ROBERTO DENSER
ORQUESTRA
DOS
CORAÇÕES SOLITÁRIOS
Índice
Best hits
COMENTÁRIOS DE ESCRITORES
— W. J. Solha
— Débora Ferraz
— Roberto Menezes
COMENTÁRIOS DE LEITORES
— Amanda Fontenelle
— Aline Camargo
— Emilayne Souto
— Jéssica Dantas
— Tem álcool?
10
— Você o amava?
— Sim. Muito.
— Eu também.
Ela assentiu.
11
13
— Hã?
14
Ela assentiu.
15
— É, é a nossa música.
16
Ela ficou séria e por um breve instante ele achou ter visto
um lampejo de lágrimas em seus olhos.
17
18
Ela sabia.
19
— Pode sim.
Ela retirou um cigarro e colocou na boca. Ele o acendeu
como um cavalheiro.
— É, tem razão.
20
21
— Aham. O apóstolo.
— É.
Simão encheu o seu copo.
Diógenes sorriu.
23
— Um palhaço? Cê tá de brincadeira!
— Conheço o tipo.
24
Ambos sorriram.
— É — concordou Simão.
— E você, o que faz sozinho?
— Eu sou sozinho.
25
— Sinto muito.
— É barra.
— É.
26
— Isso é um elogio?
— É.
— Obrigado.
— Sério?
— Sim.
— Podia.
27
— É, é barra.
— Entende?
— É, entendo.
28
— Eu sei.
— Não ligue.
— Como?
— Tentei.
29
— E não deu em nada?
— É, eu sei.
Diógenes sorriu.
— O vinho acabou.
— Saideira?
— É.
30
— É.
— Tira-gosto de perdedor.
— Nosso tira-gosto.
— Um brinde a isso.
— Brinde!
Ambos sorriram.
— Como o palhaço se chamava?
— Pipoquinha.
31
— É barra — disse.
— É — concordou Simão.
32
Os motivos de Regina
33
34
35
— E ao cachorro também?
38
39
(...)
41
(...)
(...)
44
(...)
(...)
(...)
Até, doutor.
46
Gêmeos
47
Câncer
Leão
— Acho ótimo.
49
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
— Quase tudo.
Aquário
50
AMOR DE MÃE NÃO se explica, se aplica. Ela, porém, se
aplicava demais — quando os filhos a visitavam por
ocasião da ceia de Natal.
Peixes
PARA QUE ELE PUDESSE crescer, precisava de um
aquário maior.
51
52
53
Ela sorriu.
— Claro. Muito obrigada.
55
— Já.
56
— Já.
— É... Já.
— Já.
57
Ela sorriu.
59
60
61
— Claro, claro.
63
Ela acendeu um cigarro, puxou uma mecha dos cabelos
para trás da orelha e abriu um sorriso.
— Ah, é perto.
65
66
67
— Um brinde?
69
— Sério?!
70
— Mô.
— Oi?
— Me fode.
71
— Eu te amo — falei.
73
— Deve ser.
74
76
77
78
A bailarina de vidro
Para ler ao som de Free as a Bird
Sua mãe havia explicado desde cedo que ela não era
uma garota comum. Nascera com o esqueleto de vidro,
dissera-lhe, e jamais poderia ser como as outras
crianças.
— Chamou, querida?
80
— Obrigada, mamãe.
82
Sua filha.
Cristal
84
85
A outra
A voz que pedia mais. A voz que gemia ai, ai, ai.
Moldura
Desejos de mim
Tortura
Ditadura do siso-butim
(Per)versos.
— Por que não quero. Quero amar você, mas quero ter a
outra. Gosto de estar nos braços da outra, ter a outra em
meus braços.
90
Mais uma vez o silêncio. Mais uma vez a voz que tentava
arrancar força d’algum lugar indefinido:
— Amo.
— Como?
Cavalo de Troia
93
94
97
O Azimuth
98
fujo de você
Seja feliz.
RC.
FIM
99
100
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