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CURSO DE ENERGIA SOLAR

TREINAMENTO DE INSTALADOR DE
ENERGIA FOTOVOLTAICA

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Sumário

1. Irradiação Solar...............................................................................................................4
2. Aproveitamento da Energia Solar...................................................................................4
3. Sistema Autônomo “Off-Grid”........................................................................................5
4. Geração Distribuída no Brasil (Sistema On-Grid)............................................................7
5. As regras da Geração Distribuída - GD ...........................................................................8
6. Característica do Sistema Fotovoltaico ..........................................................................8
7. Percurso do sol ao longo do ano no Hemisfério Sul .......................................................9
8. Orientação e Inclinação...................................................................................................9
9. Decomposição da Radiação............................................................................................10
10. A Tecnologia Fotovoltaica - Como funciona a célula fotovoltaica?................................11
11. Composição do Painel Solar...........................................................................................12
12. Comparação das Tecnologias.........................................................................................15
13. Combinação de Fotocélulas...........................................................................................15
14. A Potência do Módulo (Wp = Watt Pico)........................................................................16
15. Efeito de Irradiância.......................................................................................................16
16. Efeito de Temperatura e Irradiância..............................................................................16
17. Conexão Elétrica de Módulos (Série, Paralelo e Mista)..................................................17
18. Transformadores............................................................................................................20
19. Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva...........................................................21
20. Segurança em Trabalhos de Instalações Elétricas..........................................................23
21. Quais Módulos Podem ser Conectados Juntos - Perdas por Mismatch.........................23
22. Soluções para Mismatch................................................................................................24
23. Detalhes Físicos da Moldura ..........................................................................................25
24. Inversores.......................................................................................................................25
25. Ligações Típicas com Inversores mono/bifásicos...........................................................26
26. Ligações Típicas em Inversores Trifásicos......................................................................26
27. Inversores - Mais Detalhes.............................................................................................27
28. A Eficiência do Inversor..................................................................................................31
29. A Ligação Elétrica - Particularidades do Sistema Solar...................................................31
30. Elementos da Ligação Elétrica........................................................................................31
31. Conexão do Módulo.......................................................................................................32

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32. Conectores para Sistemas Solares...............................................................................32
33. Cabos Fotovoltaicos.....................................................................................................33
34. Cabeamento Externo: Cuidados...................................................................................34
35. Ligação entre os Módulos - Indução de Surtos............................................................34
36. Indução de Surtos........................................................................................................35
37. Alternativa para Ligação dos Módulos para se Evitar Indução de Surtos....................35
38. Módulos - Mais Detalhes .............................................................................................36
39. Conexão e Proteção do lado c.c. ..................................................................................38
40. A partir de 3 ou 4 Strings: Stringbox com Fusíveis........................................................39
41. Como Calcular o Cabo c.c.?...........................................................................................41
42. Aterramento / Ligação Equipotencial...........................................................................42
43. Combinação entre SPDA e Sistema Fotovoltaico..........................................................43
44. Dispositivo de Proteção contra Surtos – DPS................................................................44
45. Evitar Propagação de Surtos.........................................................................................46
46. Conexão e Proteção do lado c.a. ..................................................................................46
47. Grandezas Elétricas Básicas...........................................................................................47
48. Curto-Circuito ...............................................................................................................48
49. Condutores Elétricos .....................................................................................................48
50. Ergonomia.....................................................................................................................53
51. Custo de Disponibilidade..............................................................................................53
52. Dimensionamento do Sistema......................................................................................54
53. Projeto..........................................................................................................................57
54. Legislação e Normativas...............................................................................................57

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IRRADIAÇÃO SOLAR

APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR

 Por quê?
 No Brasil, 1 m² recebe 150kWh de energia solar por mês, equivalente ao consumo
médio de uma família.
 Energia gratuita, abundante e limpa.

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Sistema Autônomo “Off-Grid”

Sistemas isolados (off-grid)


Com custos mais elevados que os sistemas on-grid, os sistemas isolados são caracterizados por
não serem conectados à rede elétrica, ou seja, o sistema se auto-sustenta através da utilização de
baterias.

Por esse motivo, esse sistema é completo, e inclui todos os componentes divididos em três
diferentes blocos, que são:

• Bloco gerador: painéis solares; cabos; estrutura de suporte.


• Bloco de condicionamento de potência: inversores; controladores de carga.
• Bloco de armazenamento: baterias.

O sistema off-grid é utilizado principalmente para propósitos locais específicos, como, por
exemplo, bombeamento de água, eletrificação de cercas, de postes de luz, etc.

A energia produzida é também armazenada em baterias, que por sua vez garantem o
funcionamento do sistema em períodos com pouco, ou mesmo ausentes, de luz solar, como dias
nublados ou à noite. Ou seja, durante o dia, em momentos em que a produção de energia supera
o consumo, este excesso é enviado ao banco de baterias para que, à noite, quando o consumo é
maior que a produção, essa energia possa ser utilizada para abastecer a rede ligada ao sistema.

Por não serem conectados à rede, em um sistema isolado, não se pode utilizar mais energia de
forma contínua do que aquela que é produzida pelos painéis.

Devido ao fato de as baterias serem a única fonte alternativa de energia para momentos ausentes
de luz solar, é preciso dimensioná-las levando em conta as características climáticas do local e a

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demanda de energia sobre o sistema. Em outras palavras, é preciso calcular direitinho quanta
energia será necessária à residência e levar em conta o clima local (pois pode acontecer de a
localização ser mais propícios há dias chuvosos que ensolarados) para determinar qual a
capacidade máxima de armazenamento de energia das baterias será necessária, assim, garante-se
que o sistema não será interrompido, evitando que o local fique sem energia.

Sistemas off-grid podem ainda ser de pequeno ou grande porte. Os de pequeno porte são
aqueles que geram sua energia em menor escala, mas que ainda são independentes da energia
elétrica convencional, vinda da rede. Algumas das vantagens desse tipo de sistema são:

• Redução do consumo de combustíveis fósseis;

• Aumento da disponibilidade de energia,

• Redução de custos.

Esses sistemas, quando de pequeno porte, são geralmente indicados para a utilização em antenas
de comunicação, monitoramento de radares, residências e empreendimentos em locais remotos.
De forma geral, possuem capacidade energética que varia entre 1,5 quilowatt-pico (kWp) e 20
kWp.

Já os Sistemas off-grid de grande porte são indicados para aqueles clientes com altas demandas
energéticas, e que assim como aqueles consumidores de pequeno porte, também estão situados
em localizações de difícil acesso à rede. Estes locais, de forma geral, recebem altos índices de
radiação solar, mas as fontes de energia mais comumente encontradas como as responsáveis
pelo atendimento dessa demanda são os geradores movidos à gasolina ou diesel. Assim, as
vantagens do sistema off-grid para empreendimentos de grande porte são:

• Redução da dependência de combustíveis fósseis;

• Diminuição das emissões de gás carbônico;

• Redução de custos com transporte de combustíveis,

• Diminuição do risco de acidentes.

Sistemas de grande porte são comumente aplicados em minerações, fazendas, comunidades


isoladas, e empresas com fábricas em áreas remotas. No geral, apresentam capacidade
energética que vai de 1 megawatt-pico (MWp) a 20 MWp.

Alguns outros pontos positivos observados para o sistema off-grid de forma generalizada, são:

• Este tipo de sistema pode ser utilizado em localizações mais remotas, onde há dificuldade de
se obter energia elétrica. São ainda desenvolvidos pesquisas e projetos para a instalação deste
tipo de energia fotovoltaica em aldeias indígenas, possibilitando o acesso dessas comunidades à
energia elétrica.

• Fornece a energia de forma constante e ininterrupta.

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Além de a energia fotovoltaica ser considerada limpa por não gerar resíduos para além das
placas e não causar danos ao meio ambiente, ela é um dos recursos renováveis mais promissores
no Brasil e no mundo, pois causa impactos ambientais mínimos e reduz a pegada de carbono
dos consumidores - estarão minimizando suas emissões ao optar por uma forma de obtenção de
energia de baixo potencial danoso.

O tempo de retorno do investimento, no sistema fotovoltaico, é variável, e depende da


quantidade de energia que o imóvel demanda. Apesar disso, a vantagem do sistema caseiro é a
economia: uma vez atingido este tempo de retorno, a conta de energia não precisará mais ser
paga. Energia do sol que se transforma em eletricidade “grátis”! Você irá economizar uma boa
grana, podendo colocá-lo na poupança em vez de ser gasta sem trazer muitos benefícios.

Infelizmente, ainda há poucos incentivos e linhas de financiamento desse tipo de energia no


Brasil, que são ainda de difícil acesso e pouca aplicabilidade. Espera-se que, com a subida do
consumo de sistemas de energia fotovoltaica, surjam novos incentivos, mais aplicáveis e
acessíveis à habitação comum.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL (SISTEMA "ON-GRID")

De acordo com RN 482/2012, responsável por constituir as condições regulatórias para a


inserção da geração distribuída na matriz energética brasileira, são apresentadas as seguintes
definições:

 Microgeração distribuída: Sistemas de geração de energia renovável ou cogeração


qualificada conectados a rede com potência até 75 kW;

 Minigeração Distribuída: Sistemas de geração de energia renovável ou cogeração


qualificada conectados a rede com potência superior a 75 kW e inferior a 5 MW.

A geração distribuída no Brasil tem como base o net metering, no qual o consumidor-gerador
(ou “prosumidor”, palavra derivada do termo em inglês prosumer – producer and consumer),
depois de descontado o seu próprio consumo, recebe um crédito na sua conta pelo saldo positivo
de energia gerada e inserida na rede (sistema de compensação de energia). Sempre que existir
esse saldo positivo, o consumidor recebe um crédito em energia (em kWh) na próxima fatura e
terá até 60 meses para utilizá-lo. No entanto, os “prosumidores” não podem comercializar o
montante excedente da energia gerada por GD entre eles. A rede elétrica disponível é utilizada
como backup quando a energia gerada localmente não é suficiente para satisfazer as
necessidades de demanda do “prosumidor” - o que geralmente é o caso para fontes intermitentes
de energia, como a solar.

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AS REGRAS DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA - GD

 As regras básicas definidas pela REN 482/2012, aperfeiçoada pela REN 687/2015
válidas desde 1º de março de 2016:
 Definição das potências instaladas para micro (75 kW) e minigeração (5 MW);
 Direito a utilização dos créditos por excedente de energia injetada na rede em até 60
meses;
 Possibilidade de utilização da geração e distribuição em cotas de crédito para
condomínios;
 Foram estabelecidos prazos para processos, padronização de formulários para
solicitação de conexão e definição de responsabilidades atribuídas aos clientes, à
empresa responsável pela implantação do sistema e a distribuidora;
 Foi possibilitada a forma de auto-consumo remoto onde existe a geração em uma
unidade e o consumo em outra unidade de mesmo titular;
 Foi possibilitada a geração compartilhada onde um grupo de unidades consumidoras é
responsável por uma única unidade de geração;

CARACTERÍSTICA DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

 Instalação simples
 Conexão em qualquer quadro de distribuição;
 Sem qualquer modificação no restante da instalação elétrica;
 Vantagens
 Silencioso;
 Maior autonomia;
 Pouca manutenção;
 Reduz carga térmica do prédio ou residência;
 Observações
 O inversor se desliga em casos de falhas na rede por questões de segurança
(anti-ilhamento);
 O ponto de acesso à rede da concessionária deve ser atualizado ao padrão
vigente;
 O medidor é substituído por um modelo bidirecional pela concessionária

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PERCURSO DO SOL AO LONGO DO ANO NO HEMISFÉRIO SUL

As placas solares devem ser orientadas para o norte geográfico

Instalar as placas solares com a inclinação e a direção correta para a região certa assegura o
funcionamento adequado do sistema.

ORIENTAÇÃO E INCLINAÇÃO
 A orientação ideal, no hemisfério sul, é virada para o norte geográfico;
 O norte geográfico sofre desvio, dependendo do local;
 A longitude do local (ângulo em ralação ao meridiano de Greenwich);
 A inclinação ideal é próxima à latitude do local (ângulo em relação à linha do Equador),
mas depende de outros fatores (questões de simulação);
 A instalação em telhados segue, preferencialmente, a orientação e inclinação do
telhado;
 Quando ela foge do ideal há perda energética, que deve ser calculada com software;
 Inclinação abaixo de 10° .. 15° prejudica a auto-limpeza.

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Aproveitamento energético de acordo com a orientação geográfica.

DECOMPOSIÇÃO DA RADIAÇÃO
 Irradiação solar G = Potência incidente em uma área [W/m²];
 Irradiação I ou H = Irradiação acumulada por hora, dia, mês ou ano [Wh/m²];
 Importante: diferenciar entre área horizontal e inclinada (orientação azimutal e
inclinação);
 Para gerar energia é aproveitada a Irradiação Total, que é a soma da direta, difusa e do
albedo;

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A TECNOLOGIA FOTOVOLTAICA - COMO
FUNCIONA A CÉLULA FOTOVOLTAICA?
 A luz solar separa cargas elétricas dentro do material semicondutor (neste exemplo:
silício cristalino);
 Os condutores superiores e inferiores levam a carga para os consumidores, neste caso
temos a lâmpada;

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COMPOSIÇÃO DO PAINEL SOLAR

Célula Fotovoltaica de Silício Monocristalino


O silício, segundo material mais abundante na terra, é submetido a altas temperaturas e
solidificado, em um processo lento através de equipamentos que rotacionam o material
enquanto resfria (processo Czochralski), em único cristal de silício ultrapuro em formato de
lingote de seção circular. O lingote (figura logo abaixo) é posteriormente fatiado em pedaços
denominados “wafers”.
A estrutura monocristalino é composta por átomos de silício organizados em formato cúbico,
com um átomo em cada canto do cubo e em cada face do cubo, o que produz um efeito
“cromático” no material depois de pronto. O termo monocristal, de certa forma, se refere à
estrutura como sendo única (mono) ao longo de toda a estrutura.

Lingote de Silício Monocristalino e Wafers de Silício.

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Os wafers de silício puro são, então, submetidos à etapa a qual receberão outros elementos
químicos que comporão a estrutura semicondutora da célula fotovoltaica. As células
fotovoltaicas de silício monocristalino oferecem alto rendimento na conversão de energia (entre
15% e 18%), porém, o custo final do produto é alto quando comparado ao silício policristalino.
A figura abaixo apresenta um módulo fotovoltaico construído com células de silício
monocristalino. Percebe-se os chanfrados nas células, característica ao qual a diferencia de
células de outros materiais.

Módulo Fotovoltaico com Células de Silício Monocristalino.

 Os mais utilizados hoje em dia possuem 60 ou 72 células, ocupam uma área de 1,65m² e
2m² respectivamente;
 Possuem potência entre 260 – 300W (60 células) e 320 – 360W (72 células) variando
com a eficiência de cada célula usada;

Célula de Silício Monocristalino.

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Células de Silício Policristalino
Ao contrário do silício monocristalino onde a estrutura do mesmo é constituída de forma única,
no silício Policristalino existem diversas estruturas de cristal, com tamanhos e formatos
diferentes, em uma só peça de silício. Fazendo analogias, seria como se pegássemos grãos de
areia (o que seria, em teoria, uma estrutura monocristalina) e juntássemos esses grãos através de
um produto adesivo sem deixar espaços vazios entre os mesmos.

Célula de Silício Policristalino.

O processo de produção da célula de silício policristalino é composto pelo aquecimento do


material a altas temperaturas e, posteriormente, o seu resfriamento lento (duração aproximada
de 36h) em formatos específicos através de diversos métodos. Por fim, o silício policristalino é
submetido à etapa a qual receberá, assim como os monocristalinos, as impurezas necessárias
para permitir a produção do efeito fotovoltaico.
A célula de silício Policristalino possui rendimentos baixos na produção de energia elétrica,
porém seu custo é reduzido devido ao seu processo de fabricação.
Ao contrário dos módulos de silício monocristalino, os policristalinos não apresentam chanfros
nas células.

Módulo Fotovoltaico com Célula de Silício Policristalino

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COMPARAÇÃO DAS TECNOLOGIAS

Comparativo entre células fotovoltaicas de diversos materiais.

 Características:
 Policristalino - Boa eficiência, baixo custo;
 Monocristalino - Alta eficiência, menor perda com temperatura;
 Aplicações:
 Policristalino - Instalações padrões;
 Monocristalino - Espaço reduzido;

COMBINAÇÃO DE FOTOCÉLULAS
 Cada fotocélula gera uma tensão de aproximadamente 0,5 ... 0,6V;
 As fotocélulas são combinadas em módulos solares para obter uma tensão maior;
 Vários módulos juntos formam um painel solar (definição NBR) ou arranjo
fotovoltaico;
 Obs: na prática, o termo “painel” é usado frequentemente como sinônimo de “módulo”;

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A POTÊNCIA DO MÓDULO (Wp = Watt Pico)
 A potência nominal do módulo é medida sob Condições Padrão de Ensaio.
 Uma lâmpada emite um flash com irradiação de 1000 W/m² e espectro padrão
(Fator de Massa de Ar 1,5);
 O ambiente e o painel têm temperatura constante de 25°C;
 A resposta imediata é medida  flash test, disponível com o fabricante para
cada exemplar;
 A potência real oscila ao longo do dia, dependendo de irradiância, temperatura e cor
(espectro) do sol.
 O inversor regula as características elétricas para obter sempre o Ponto de Potência
Máxima (MPP), usando o componente do rastreador de MPP (MPPT = Rastreador de
Ponto de Potência Máximo);

EFEITO DE IRRADIÂNCIA
 A irradiância oscila ao longo do dia;
 A redução da irradiância significa:
 Redução forte da corrente ISC = corrente de curto circuito;
 Redução forte da potência PMPP
 Redução moderada da tensão VOC = tensão de circuito aberto;

EFEITO DE TEMPERATURA E IRRADIÂNCIA


 Aumento da temperatura significa:
 Aumento da corrente ISC (pouco relevante);
 Queda de tensão VMPP;
 Queda de tensão VOC;
 Queda de potência: para células policristalinas aproximadamente 0,45% /°C;
 Quando a temperatura alcançar 75°C, a perda chega a 22%;
 Quanto maior a temperatura, menor são tensão e potência, e vice versa;
 Em dias parcialmente nublados ocorrem picos de radiação que coincidem com módulos
mais frios;
 Quando a temperatura aumenta, os módulos alcançam, por poucos minutos, uma
potência acima da nominal;
 Obs: O inversor limita a potência;

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CONEXÃO ELÉTRICA DE MÓDULOS (Série, Paralelo e Mista)

Os módulos poderão ser associados em série ou paralelo dependendo das características do


sistema, como por exemplo, número de módulos, potência e característica do inversor.

Os módulos fotovoltaicos devem ser interligados a fim de se conseguir aumentar a potência


máxima, P Max de um painel fotovoltaico.
Nesse sentido, existem duas possibilidades de se realizar a associação de módulos fotovoltaicos:
a interligação de módulos em série ou em paralelo.

No estudo que se segue, o símbolo abaixo representa um módulo fotovoltaico.

Representação esquemática do símbolo utilizado para um módulo fotovoltaico.

Ligação em série de módulos fotovoltaicos


Os módulos fotovoltaicos ligados em série constituem aquilo que normalmente se designa por
fileiras. É importante realçar que na associação de módulos fotovoltaicos devem ser utilizados
módulos do mesmo tipo, de forma a minimizar as perdas de potência no sistema. A figura
abaixo representa esquematicamente a associação em série de n módulos fotovoltaicos.

Representação esquemática da associação em série de n módulos fotovoltaicos.

 Conexão em Série: podemos escrever as seguintes relações:

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 A associação em série de módulos fotovoltaicos permite obter tensões mais elevadas,
mantendo a corrente estipulada do módulo;
 Em sistemas conectados à rede usamos preferencialmente conexão em série;
 Quando a tensão ultrapassa o limite do inversor usamos a conexão em série-paralelo;
 Cada série é chamada de string (fileira);

Ligação em Série.

Ligação em paralelo de módulos fotovoltaicos

A ligação em paralelo entre módulos individuais (utilizada tipicamente nos sistemas


autônomos) é efetuada quando se pretende obter correntes mais elevadas e mantiver o nível de
tensão estipulada do módulo. A figura abaixo representa esquematicamente a associação em
paralelo de n módulos fotovoltaicos.

Representação esquemática da associação em paralelo de n módulos fotovoltaicos.

Nesta situação, obtêm-se intensidades de correntes mais elevadas, mantendo-se a tensão


estipulada do módulo. Neste caso, é possível escrevermos as seguintes relações:

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Ligação mista de módulos fotovoltaicos

Nos sistemas fotovoltaicos com ligação à rede, é muito comum efetuar-se a associação de várias
fileiras de módulos ligadas em paralelo. A figura 1.10 representa esquematicamente a
associação mista de n×m módulos fotovoltaicos.

Representação esquemática da associação mista de n módulos fotovoltaicos.

 Onde n representa o número de fileiras de módulos associados em paralelo e m


representa o número de módulos associados em série. Na associação mista de módulos
fotovoltaicos, obtêm-se as características das associações em série e em paralelo. No
entanto, conseguem-se obter valores mais elevados de corrente e de tensão. Com efeito,
no pressuposto de que o sistema é constituído por módulos do mesmo tipo, então a
corrente I que atravessa cada fileira é igual. Neste contexto, a análise da figura 1.8
permite estabelecer a seguinte relação:

Por isso, a corrente total é calculada da seguinte maneira:

Por outro lado, a queda de tensão V que ocorre em cada módulo que integra uma determinada
fileira também é igual. Deste modo pode-se escrever a relação seguinte:

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Deste modo, a tensão total é obtida da seguinte forma:

Exemplo:

Ligação em Série – Paralela (Mista).

TRANSFORMADORES

Em certas regiões do país, os níveis de tensão não são compatíveis com os quais estamos
acostumados e, consequentemente, alguns equipamentos que porventura tenhamos disponíveis
em estoque podem não possuir as características de tensão de um sistema que está prestes a ser
instalado. O inversor solar é um desses equipamentos. Quando, por exemplo, temos um inversor
com saída CA em 127V monofásico, mas a instalação a qual o mesmo será inserido é 220V
monofásico. A princípio parece impossível realizar essa instalação, mas, com o uso de
transformadores, podemos elevar ou reduzir os níveis de tensão dos equipamentos e/ou da
instalação para que viabilizar essa execução.
Existem transformadores e autotransformadores comerciais monofásicos e trifásicos com uma
variedade de níveis de tensão e potência. Quando for necessário adaptar a instalação por meio
de um transformador, é imprescindível ficar atento aos níveis de tensão desejados, ao número de
fases e, também, à potência elétrica necessária para a transformação. Um transformador em
sobrecarga pode trazer riscos à instalação devido ao seu aquecimento excessivo.

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Transformador trifásico.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA

Segundo o ministério do trabalho, equipamento de proteção individual (EPI) é “todo dispositivo


ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho“. Ainda segundo o ministério do
trabalho, a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente EPI para seus trabalhadores.

Esses equipamentos são de extrema importância para garantir a integridade física do trabalho e
o mesmo tem a obrigação, perante a lei, de utilizar o EPI e zela pela sua conservação. O
dimensionamento dos equipamentos de proteção é elaborado por profissionais de saúde e
segurança do trabalho. Na Figura abaixo, alguns exemplos de EPI’s utilizados nas atividades de
instalação de sistemas de geração fotovoltaicos.

EPI's típicos para instalação de sistemas fotovoltaicos.

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1 – Capacete de segurança;
2 – Luvas de proteção;
3 – Protetor solar;
4 – Cinto de segurança;
5 – Óculos de proteção com lentes escuras;
6 – Protetor Auricular;
7 – Capuz de proteção;
8 – Botina de couro com biqueira de PVC.

Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) são importantes para isolar áreas onde há pessoas
trabalhando de modo a evitar a circulação de pessoas inadvertidas bem como proteger, de forma
coletiva, os trabalhadores envolvidos.

Sinalização de local.

A sinalização conforme figura anterior deve ser utilizada ao redor de escadas, em locais de
içamento e armazenamento provisório de módulos e outros materiais, próximos a quadros
elétricos que estão em manutenção. A medida coletiva de proteção coletiva contra queda é a
linha de vida. A mesma deve ser muito bem dimensionada, por um profissional habilitado
mediante emissão de sua anotação de responsabilidade técnica (ART), para a carga a qual
deverá suportar. Nela, todos os trabalhadores deverão atracar seus cintos de modo a protegê-los
contra quedas e, ao mesmo tempo, permitir mobilidade para a realização das atividades.

Linha de vida.

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Segurança em Trabalhos de Instalações Elétricas

Segundo o ministério do trabalho, a NR-10 “aplica às fases de geração, transmissão,


distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades“.
Conclui-se então que trabalhos realizados na montagem de sistemas fotovoltaicos devem
obedecer a critérios estabelecidos por esta NR. Em resumo, os trabalhadores deverão ser
submetidos a treinamentos no que diz respeito a esta NR. A carga horária (40h ou 20h) e o
conteúdo do treinamento são dispostos nesta NR e variam de acordo com a condição a qual o
trabalhador está exposto e a situação do trabalhador (Se houve mudança de cargo, licença, etc).
Em determinadas condições estabelecidas em norma, o trabalhador deverá participar de
treinamentos de reciclagem. Um critério importante citado por esta norma é o procedimento de
desenergização de um sistema elétrico. Este procedimento pode ser alterado de acordo com
normativas locais, porém, sem prejuízo a sua eficácia. O texto da norma define o procedimento
a partir das seguintes etapas:

a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

Para reestabelecer o funcionamento do sistema, de acordo com a NR-10, deve-se obedecer a


seguinte sequência de ações:

a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;


b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de
reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) destravamento se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

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QUAIS MÓDULOS PODEM SER CONECTADOS JUNTOS - PERDAS POR
MISMATCH

 Os módulos conectados dentro do mesma string ou strings paralelos devem apresentar


as mesmas condições:
 Mesmo fabricante, mesmo modelo;
 Orientação e inclinação iguais;
 Mesmo padrão de sombreamento;
 Mesma quantidade de módulos por string;
 Caso contrário ocorre Mismatch, e o inversor não consegue aproveitar o máximo da
potência;

SOLUÇÕES PARA MISMATCH


 Separar módulos com diferentes características (orientação, inclinação) em strings e
usar inversor múlti-MPPT;
 MPPT individual para cada módulo:
 Ligado por micro-inversor diretamente na rede c.a.;
 Ligado por otimizador de módulo (conversor c.c. – c.c. com função MPPT)
dentro da string;
 Nestes dois casos há ganho de eficiência do módulo mas perda devido ao
elemento adicional  difícil de avaliar;

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DETALHES FÍSICOS DA MOLDURA

Consulte o manual de instalação do fabricante. Jamais faça novos furos.

INVERSORES
 Principais funções de inversores para a canexão à rede:
 Transformar corrente continua dos módulos em corrente alternada da rede;
 Acompanhar o ponto de potência máxima do gerador solar (MPP tracking);
 Sincronizar a onda de c.a. com a rede (relê de sincronismo);
 Proteção:
 Anti-ilhamento: desconectar a geração da rede quando for detectada uma falha
(sub ou sobretensão, sub ou dobre frequência);
 O religamento é automático.
 Proteção contra potência ou temperatura excessiva;
 Falhas no isolamento (curto-circuito);
 Funções adicionais:
 Monitorar a geração por hora, dia mês, ano;
 Apoiar o gerenciamento da rede: frequência, tensão, energia reativa;
 Opcionais:
 Dispositivos para Proteção contra Surtos (DPS);
 Chave dos lados c.c. e c.a.;
 Continuação em ilhamento com uso de baterias;
 Gerenciar;

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 Inversor utilizando transformador:
 Vantagens: separação galvânica entre lado c.c. e c.a.;
 Desvantagens: maior peso e tamanho, perdas no transformador;
 Inversor sem utilizar transformador:
 Vantagens: maior eficiência, menor peso e tamanho;
 Desvantagens: proteções adicionais são necessárias, impede uso com certos
tipos de módulos;

LIGAÇÕES TÍPICAS COM INVERSORES MONO / BIFÁSICOS

LIGAÇÕES TÍPICAS COM INVERSORES TRIFÁSICOS

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INVERSORES - MAIS DETALHES
Tipos de Inversores:
 Inversor string:
 Um ou mais strings por inversor;
 700W .. 20kW;
 Inversor múlti-MPPT:
 Vários strings no mesmo inversor;
 Vários MPPT para conectar diferentes arranjos;
 3kW .. 20kW;
 Inversor Central:
 Inversor para instalações de grande porte;
 Micro Inversor:
 Um inversor para um ou dois módulos;
 70W .. 500W;

Inversor String:
 O inversor string permite conexão de um único string ou de vários strings em paralelo;
 Ele oferece um único MPPT  todos os strings devem ter as mesmas características,
tanto elétricas quanto de orientação, inclinação e sombreamento;
 É padrão para instalações de pequeno a médio porte;

27
Inversor Múlti-MPPT:
 O inversor múlti-MPPT permite conectar vários strings de características diferentes
solução para Mismatch;
 Um inversor múlti-MPPT costuma ser mais barato do que a alternativa, vários
inversores string em paralelo;
 Pergunte o fabricante sobre detalhes da ligação (potência equalizada, total em um
MPPT, restrição de corrente ou potência);
 Cuidado: ao conectar os strings, tome cuidado a qual MPPT eles estão ligados;

Micro-Inversor:
 O micro-inversor é conectado a um ou dois módulos;
 Menor eficiência do que inversores string, salvo situações heterogêneas (sombreamento,
orientação, inclinação, diferentes módulos);
 Facilita investimento progressivo;
 Controladores separados efetuam o monitoramento;
 Não a cabeamento c.c.  maior segurança;
 A alimentação c.a. é tecnicamente simples, mas exige cuidados em relação à instalação
existente do local (bitola do cabo, proteção, etc.);

28
Inversor Central:
 O inversor central é utilizado em usinas fotovoltaicas (fazendas solares);
 Todos os strings são idênticos;
 Vantagem: menor custo e mais eficiente;
 Desvantagem: qualquer defeito traz um prejuízo maior;

Fazendas Solares.

29
Inversor String com Baterias (“No-Break Solar”):
 Com rede disponível:
 Igual a outros inversores;
 Carrega as baterias;
 Usa carga das baterias à noite para aumentar autoconsumo;
 Na falta da rede:
 Não injeta energia;
 Usa energia solar e/ou baterias para alimentar a sub-rede;
 Recarrega baterias quando há energia solar sobrando;

Recurso Anti-Ilhamento:
É um recurso obrigatório, segundo as normas das distribuidoras, em inversores conectados à
rede elétrica. Este recurso monitora as condições da rede de energia elétrica da distribuidora e,
caso ocorra interrupção do fornecimento de energia, o inversor desligará automaticamente.
Isso é necessário, simplesmente, por questões de segurança em procedimentos de manutenção.
Um sistema de geração conectado à rede mantém a rede energizada, mesmo que em algum
trecho houve a interrupção por um dispositivo de proteção. Se a rede permanece energizada, há
risco de choque elétrico para a equipe de manutenção ou qualquer pessoa que possa entrar em
contato com a rede energizada.
Logo após o restabelecimento do fornecimento de energia, o mesmo recurso permite o
religamento automático do equipamento. Desta forma o sistema volta a operar normalmente de
forma automática em condição segura para todos envolvidos.

30
A EFICIÊNCIA DO INVERSOR
 A eficiência do inversor é uma função da tensão c.c., potência e outros parâmetros;
 Para comparar inversores use a eficiência europeia (cálculo ponderado);
 Dimensione i inversor próximo à potência do arranjo fotovoltaico;
 Vida útil de inversores: 10 a 12 anos;

A LIGAÇÃO ELÉTRICA - PARTICULARIDADES DO


SISTEMA SOLAR

 Sempre que incide luz, os módulos produzem energia e os cabos c.c. estão energizados;
 Tensão típica entre 300 e 600V, podendo chegar a 1000V;
 Há um conceito de baixa tensão, até 120V, para reduzir riscos, mas é pouco
aplicado;
 Uma falha no isolamento (curto-circuito) pode gerar um arco elétrico estável;
 A abertura de uma conexão c.c. sob carga pode gerar um arco elétrico, ocasionando
danos materiais e pessoais;
 Treinar procedimentos com os técnicos;
 Os módulos duram até 40 anos. Os outros componentes devem respeitar esta
longevidade, mesmo sob ação de sol e intempéries;
 O sistema solar está sob carga por muitas horas seguidas. Perda de tensão prejudica o
rendimento e aquece os elementos;

ELEMENTOS DA LIGAÇÃO ELÉTRICA

31
CONEXÃO DO MÓDULO
 A maioria dos módulos é entregue com cabos que permitem conexão horizontal e
vertical e conectores específicos (ficha técnica);
 Cortar os cabos ou substituir os conectores pode violar os termos de garantia do módulo
(fabricante);

Painéis solares com cabos de fábrica.

Caixa de conexão com diodos by-pass.

CONECTORES PARA SISTEMAS SOLARES

 Exigências:
 Polarizado (marcação polo positivo diferente do polo negativo);
 Mesmo desconectado sem risco de tocar o condutor;
 Desenhado para perda mínima de tensão durante muitos anos;
 Fechamento travado;
 Ao ser forçado não pode soltar o cabo a uma força inferior àquela do
destravamento;
 Selado e resistente à radiação UV e temperatura;
 Os conectores não são normatizados – cuidado com problemas de compatibilidade;

32
 Dependendo do fabricante é necessário trabalhar com alicates especiais;
 É possível encomendar cabos e conexões customizados;
 Cuidado com a corrosão entre materiais;

Conectores MC4 Conectores MC3

Conexão Y Alicate Crimpador MC4

CABOS FOTOVOLTAICOS
 O cabo c.c. externo fica exposto ao sol, intempéries, altas temperaturas (> 70°C) e
roedores;
 Exigências:
 Resistente a radiação UV e temperaturas acima de 85°C;
 Isolamento duplo;
 Testado para tensão entre os polos e entre polo e terra, com margem de
segurança;
 Para tensão de até 1,8kV c.c.;
 Eventualmente blindado com malha contra roedores;
 Livres de halogênios;
 Idealmente: fios estanhados;
 Existem cabos específicos: norma NBR 16612:2017;
 Cabos unipolares para garantir duplo isolamento entre os polos;

33
1. Condutor: Cobre estanhado flexível, encordoamento de classe 5;
2. Isolação: Elastômero termofixo livre de halogênios;
3. Cobertura: Elastômero termofixo livre de halogênios;
Cores disponíveis: vermelho e preto;

CABEAMENTO EXTERNO : CUIDAOS


 Cabos soltos ficam roçando nas telhas e estruturas;
 Correto: fixar na base ou conduzir em canaletas;
 Utilizar abraçadeiras, as abraçadeiras devem ter proteção UV;

LIGAÇÃO ENTRE OS MÓDULOS - INDUÇÃO DE SURTOS

34
INDUÇÃO DE SURTOS

Obs: A área incluída pelo cabo determina a amplitude do surto, devemos reduzir a área ao
máximo.

ALTERNATIVA PARA LIGAÇÃO DOS MÓDULOS PARA SE EVITAR INDUÇÃO DE SURTOS

35
MÓDULOS - MAIS DETALHES

 A sombra “desliga” o módulo ou a célula;


 A polaridade é invertida, o módulo vira resistência;
 A energia gerada pelos outros módulos aquece o módulo ou a célula (ponto quente)
sombreada, e pode danificá-lo;
 Por isso, cada módulo é equipado com um ou mais diodos de by-pass que protegem
fileiras de células;

Dano na placa solar por corrente inversa (ponto quente).

 Arranje os módulos da forma que a sombra afeta menos fileiras (horizontal / vertical);

36
Módulo com sombreamento.

Módulos fotovoltaicos são compostos por várias células fotovoltaicas interconectadas em série.
A finalidade dessa conexão é permitir que a tensão gerada pelas células se acumulasse e que
atinja valores satisfatórios para o sistema. O problema da conexão em série acontece quando há
sombra no painel. Se a sombra atingir apenas uma célula, o módulo inteiro teria sua produção
reduzida com referência à produção atual da célula afetada pela sombra. A Figura abaixo
apresenta um esquema elucidativo da conexão das células bem como a conexão de um elemento
denominado diodo de by-pass.

Células Fotovoltaicas Conectadas em Série e Diodos de By-pass.

A finalidade do diodo de by-pass é “desviar” o fluxo de energia produzido pelo painel como um
todo de uma célula em específico que, por algum motivo, acabou apresentando problemas na
produção de energia.

37
Sombreamento em uma das Células do Painel Fotovoltaico.

Na situação hipotética apresentada anteriormente, há sombreamento em apenas uma das células


devido à presença da folha. Sem os diodos de by-pass todo o módulo perderia,
significativamente, a sua produção de energia. Agora, com a presença do diodo de by-pass o que
se tem é um desvio do primeiro terminal negativo para o segundo onde a primeira e a segunda
coluna de células fotovoltaicas será desconectada permitindo que as demais colunas do módulo
continuem sua produção.
Claramente a produção do módulo não seria como a produção de sua versão original com todas
as células em funcionamento, tendo em vista que 20 células perderiam funcionalidade. Por outro
lado, esta condição é melhor se comparado à condição onde todo o módulo perderia produção.

CONEXÃO E PROTEÇÃO DO LADO C.C.

38
 Chave isoladora c.c.:
 Pode estar localizada na caixa de conexão c.c. ou dentro do próprio inversor;
 Preferencialmente acessível e compreensível para leigos e bombeiros;
 Na hora de desconectar procure desconectar o lado c.a. primeiro;
 Conectores MC4 como alternativa a conectores aparafusados:
 Permitem manuseio seguro com linhas energizadas;
 Previnem abertura por eletricistas não capacitados;
 Cuidado: jamais abra sob carga;

A PARTIR DE 3 OU 4 STRINGS: STRINGBOX COM FUSÍVEIS

 Problema:
 Falhas podem provocar uma corrente inversa em uma string e, em
consequência, queimar módulos;
 Isto ocorre a partir de 3 ou 4 strings em paralelo – observe a corrente máxima
inversa indicada na ficha técnica do módulo.

Corrente inversa.

39
Dano na placa solar causado por corrente inversa (ponto quente).

 Solução:
 Um fusível protege cada string (use fusíveis específicos para sistemas fv);
 Diodos de bloqueio não são mais recomendados;
 Sistemas grandes ainda incluem monitoramento por string e proteção em
hierarquia;

40
COMO CALCULAR O CABO C.C.?

41
ATERRAMENTO / LIGAÇÃO EQUIPOTENCIAL

A função primordial do aterramento elétrico é proporcionar segurança em instalações elétricas


em geral. Quando há um condutor energizado em contato com uma superfície metálica ou
quando há falhas na isolação de um equipamento devido à umidade ou envelhecimento, o
aterramento atua como um desvio das correntes elétricas parasitas e das correntes de contato
presentes nesses equipamentos. Desta forma, caso haja contato da superfície metálica
energizada com uma pessoa ou animal, as correntes indesejadas não fluirão pelos mesmos, mas
sim pelos condutores de aterramento e, por fim, chegarão a terra. Muitas máquinas e
equipamentos elétricos vêm de fábrica com um ponto específico de conexão com a malha de
aterramento. Transformadores e inversores possuem esse ponto de conexão ao condutor de
proteção.

Parafuso de conexão à terra de um inversor solar.

Além da proteção à vida, o aterramento funciona como meio de escoamento de correntes


provenientes de descargas atmosféricas. Por isso é importante aterrar toda a moldura dos
módulos, bem como a estrutura a qual estão instalados.

Aterramento da estrutura de módulos fotovoltaicos.

42
Todos os pontos de aterramentos devem ser conectados à malha de aterramento composta por
hastes e condutores de cobre nu, a qual é dimensionada de acordo com o projeto.
O aterramento elétrico é, também, um dos requisitos de segurança dos trabalhadores exigidos
por lei através da NR-10.

Malha de aterramento conectado à haste de aterramento.

COMBINAÇÃO ENTRE SPDA E SISTEMA FOTOVOLTAICO

43
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS - DPS

O território brasileiro é uma área bastante suscetível a descargas atmosféricas devido suas
características ambientais. O sistema fotovoltaico, posicionado geralmente no telhado das
residências, é um ponto de grande chance de impacto de uma dessas descargas atmosféricas.
Uma descarga atmosférica é um fenômeno de grande potencial energético, atingindo correntes
de centenas de milhares de ampères. Desta forma, a descarga atmosférica é um fenômeno que
tem um grande potencial destrutivo para as partes expostas do sistema de geração fotovoltaica,
bem como para os demais elementos instalados no interior das estruturas.
A maneira de eliminar ou amenizar o potencial destrutivo das descargas atmosféricas é com o
emprego de dispositivos de proteção contra surtos (DPS).

Dispositivo de proteção contra surto (DPS).

O funcionamento do DPS é baseado em uma resistência não linear. Quando a descarga


atmosférica atinge um sistema protegido por um DPS, a mesma causará um aumento abrupto de
tensão no barramento do sistema. Esse aumento de tensão é percebido pelo resistor não linear
embutido no encapsulamento do DPS que quase instantaneamente reduz o seu valor de
resistência, provocando um curto-circuito intencional, fazendo com que a descarga atmosférica
escoe para a malha de aterramento e acione os dispositivos de seccionamento automático
(disjuntores ou fusíveis), cessando a circulação de correntes perigosas oriundas das descargas
atmosféricas.
O emprego destes dispositivos é de acordo com o nível de tensão do sistema e a sua tensão de
operação deve ser ligeiramente superior ao da rede com o intuito de evitar curtos-circuitos
desnecessários.
O dispositivo possui um indicador de atuação. Quando o DPS atua escoando uma descarga
atmosférica ou um surto de tensão da rede, o indicador passa de verde para vermelho. Quando o
DPS está nessa condição, o mesmo deve ser substituído o mais breve possível.
Dentre as classes comerciais de DPS, classe I II e III, a norma IEC 60364 recomenda o uso de
DPS classe II considerando modelos específicos para uso em sistemas fotovoltaicos, de acordo
com a figura a seguir.

44
DPS para uso em sistemas fotovoltaicos.

 Importante: O DPS fotovoltaico é diferente de DPS de c.a.


 Circuito em Y;
 Adequado para corrente contínua nominal do sistema fotovoltaico;
 Importante verificar o indicador regularmente, se o DPS estiver em local de difícil
acesso recomenda-se instalar um indicador remoto;
 Cuidado com arcos na hora da manutenção;
 O cabo terra não deve seguir no mesmo conduite dos cabos positivo e negativo.

45
EVITAR PROPAGAÇÃO DE SURTOS

 Não passar os cabos c.c. no mesmo eletroduto dos cabos c.a. (isso evita propagação de
surtos);

CONEXÃO E PROTEÇÃO DO LADO C.A.

46
GRANDEZAS ELÉTRICAS BÁSICAS

Como base nos conceitos de elétrica, discutem-se as seguintes grandezas:

Corrente Elétrica: É o movimento ordenado dos elétrons através de um material condutor.


Quanto maior o número de elétrons circulando através de condutor, maior é a intensidade de
corrente. A unidade de medida da intensidade de corrente é Ampère (A). Esta grandeza é
responsável pela geração de calor em um sistema ou equipamento elétrico.

Tensão Elétrica: É a grandeza responsável por oferecer a força necessária para ordenar e
movimentar os elétrons através de um condutor. Em alguns momentos é tratada como diferença
de potencial, em analogia ao sistema hidráulico. Desta forma, não há correte se não houver
tensão e vice e versa. A unidade de medida desta grandeza é Volts (V).

Impedância: A resistência à passagem de elétrons através de um material condutor,


independentemente da frequência de operação do sistema, é denominada impedância. Seria
como se a resistência fosse responsável por “estreitar” o caminho de passagem dos elétrons e,
como resultado, um menor número de elétrons circula pelo material. Como consequência, a
intensidade de corrente será baixa. A unidade de medida desta grandeza é Ohms ( Ω).

Potência Elétrica: Como resultado do produto da tensão e da corrente, temos a potência


elétrica. A potência elétrica representa o trabalho realizado dentro de um espaço de tempo em
um determinado sistema elétrico. A sua unidade de medida é Watts, quando se trata de potência
ativa.

Representação Figurativa de Tensão, Corrente e Resistência.

A Figura anterior, de maneira figurativa, a relação entre as grandezas citadas acima. A potência
é o trabalho desprendido pela tensão e corrente para atravessar o circuito.

47
CURTO-CIRCUITO

Quando há um acréscimo abrupto e excessivo de corrente, seja por contato de um condutor


energizado a terra ou a outros condutores carregados ou não ou falhas em equipamentos ou
isolações, acontece um fenômeno chamado curto-circuito.
Como consequência, as correntes que circulam pelos elementos da instalação assumem valores
elevados e, em alguns casos, valores destrutíveis aos condutores, disjuntores, dispositivos de
seccionamento e equipamentos.
Para evitar danos devido a curtos-circuitos, é necessário o uso de dispositivos que façam o
seccionamento automático na presença de altas correntes. Os disjuntores e fusíveis que
abordamos são recomendados para esta tarefa.

Danos causados por curto-circuito.

CONDUTORES ELÉTRICOS

O transporte ou a condução da energia elétrica do ponto de geração até o sistema de consumo


são feitos através de um elemento do sistema denominado condutor elétrico.
O condutor pode ser constituído de um ou mais fios cobre ou alumínio e pode ser isolado ou
não. A isolação do material é feita com uma capa de material isolante que envolve o (s) fio (s).

48
Seção Transversal em Corrente Alternada:
A seção transversal do condutor é definida de acordo com a corrente do sistema. Alguns
equipamentos, através de suas folhas de dado, especificam qual é o valor de seção transversal
mínima do condutor para cada aplicação. Quando não for o caso, deve-se determinar a corrente
do circuito através da tensão e da sua corrente pelas fórmulas a seguir:

Para circuitos monofásicos:

Onde:

P = Potência
V = Tensão (No Brasil: 127 ou 220)
F.P. = Fator de potência (Quando não conhecido, atribui-se o valor 0,92)

Para circuitos trifásicos:

Onde:

P = Potência
V = Tensão de Linha (No Brasil: 220 ou 380)
F.P. = Fator de potência (Quando não conhecido, atribui-se o valor 0,92)
√3 = 1,732

Logo após descobrir o valor de corrente do circuito, é suficiente consultar a tabela a seguir,
disponível na norma NBR 5410/04.

49
Corrente máxima dos condutores por seção transversal.

Onde A1, A2, B1 e B2 representam a maneira com que os condutores são instalados. Para
instalações residenciais, usa-se, geralmente, o método B1 e o método B2.
Os circuitos monofásicos e trifásicos são denominados, na tabela, como 2 condutores
carregados e 3 condutores carregados, respectivamente.
A coluna (1) apresenta a seção transversal do condutor e as demais colunas apresentam os
valores máximos de corrente para as respectivas seções transversais.

A seção transversal dos condutores deve obedecer aos critérios de valores mínimos
estabelecidos pela norma NBR 5410/04, independente do valor de corrente que circule pelo
sistema (supondo que o valor seja consideravelmente baixo).

Seção mínima para condutores fase.

50
Seção mínima dos condutores (Neutro e Proteção).

Seção Transversal em Corrente Contínua:


Os condutores a serem aplicados no lado da corrente contínua do sistema, devem ser capazes de
comportar a corrente de curto circuito dos módulos e, além disso, devem possuir isolação
resistente aos raios ultravioletas. Para esta condição, recomenda-se o uso de condutores
fotovoltaicos (comercialmente conhecidos como cabos solares).
A dimensão do cabo é definida considerando 25% a mais da corrente de curto circuito dos
módulos. Desta forma, a corrente que o condutor deve suportar é dado pela fórmula:

= × 1,25

Onde:

Icc = Corrente do condutor


Imcc = Corrente do curto circuito dos módulos

Finalmente, basta definir a seção do cabo de acordo com a tabela abaixo, obtida a partir de
informações do fabricante.

51
Características Elétricas dos Condutores Fotovoltaicos.

Padronização de Cores:
De acordo com a norma NBR 5410/04, é necessário adotar padrões de cores para condutores de
instalações elétricas.
As cores seguem, de acordo com a norma, a tabela a seguir:

Padronização de cores para condutores.

A padronização de cores é indispensável à segurança, permitindo fácil identificação dos


condutores em uma instalação em procedimentos de rotina ou manutenção.

52
ERGONOMIA

Os aspectos ergonômicos são de extrema relevância para as atividades de instalação de sistemas


fotovoltaicos. O manuseio de cargas como módulos, inversores, kits de ferramentas, cabos
elétricos e entre outros provocam adoecimento dos trabalhadores, considerando jornadas de
trabalho com carga horária comercial e, também, a postura e os movimentos biomecânicos
realizados durante as atividades (Ex.: Movimento de cargas em cima de telhados com declive
acentuado, postura em cima de forros com telhados baixos, postura e movimentação de carga
em cima de escadas e etc.).
É necessário sempre observar as questões ergonômicas evitando o máximo possível os esforços
físicos desnecessários e posições de desconforto.
Em questões ideais, faz-se uma análise ergonômica da atividade e definem-se os melhores
métodos de redução de danos à saúde dos trabalhadores.
A norma regulamentadora, do ministério do trabalho, que aborda questões ergonômicas é a NR-
17.

CUSTO DE DISPONIBILIDADE

O custo de disponibilidade, ou taxa mínima, é o valor cobrado pelas concessionárias por


disponibilizar a energia elétrica no ponto de consumo. Afinal, providenciar toda a infraestrutura
elétrica e garantir o fornecimento energético certamente tem um custo. Assim, mesmo que não
exista qualquer consumo de energia, a disponibilidade de energia precisa ser ressarcida.
Conforme o art. 98° da Resolução 414/2011 da ANEEL, é o valor mínimo faturável, aplicável
ao faturamento de unidades consumidoras do Grupo “B”, de acordo com os limites fixados por
tipo de ligação:

 Monofásica: valor em moeda corrente equivalente a 30kW/h;


 Bifásica: valor em moeda corrente equivalente a 50kW/h;
 Trifásica: valor em moeda corrente equivalente a 100kWh;

Caso o consumidor apresente um consumo mensal inferior à quantidade mínima aplicável, ele
pagará pelo custo disponibilidade, cujo valor corresponderá à quantidade de energia
multiplicada pela tarifa.

Relação entre Custo de Disponibilidade x Sistema Fotovoltaico:


A legislação que rege os sistemas de Geração Distribuída, nos quais se enquadra a geração de
energia solar fotovoltaica, impossibilita eliminar o custo de disponibilidade conta de energia.
O item I do Artigo 7 diz claramente que:

I – Deve ser cobrado, no mínimo, o valor referente ao custo de disponibilidade para o


consumidor do grupo B, ou da demanda contratada para o consumidor do grupo A,
conforme o caso; (Redação dada pela REN ANEEL 687, de 24.11.2015.).

53
Desta forma, mesmo que um sistema fotovoltaico gere muito mais energia do que for
consumido, o consumidor ainda terá que pagar a taxa mínima de acordo com seu padrão
específico, o que impede que a conta venha “zerada”.
É importante que este fato seja considerado pelo responsável do projeto, pois o mesmo deve
garantir que todos os estudos e simulações ocorram das expectativas de geração de energia e
que o consumidor final não irá adquirir um sistema maior do que o necessário para suprir todo o
percentual de sua conta de energia que pode realmente ser abatido pela geração distribuída.

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA

Com os dados preliminares necessários para iniciar o projeto do sistema fotovoltaico, o


projetista deve realizar uma série de estudos avaliando os impactos de sombreamento,
características elétricas, mecânicas entre outros.

Dimensionamento de Potência do Sistema:


Considerando que uma fatura de energia é alimentada por rede trifásica, sendo o valor da tarifa
R$0,65/kWh e seu consumo é em média 2000kWh/mês nos últimos 12 meses. Para dimensionar
um sistema eficiente, que irá suprir as necessidades do consumidor sem “desperdiçar” energia
gerada, é necessário considerar o Custo de Disponibilidade.
Assim, ao invés de 1300kWh/mês, o sistema deverá ser projetado para gerar 1200kWh/mês, ou
seja, o consumo médio real menos o valor referente ao Custo de Disponibilidade, que não pode
ser eliminado.
O site SWERA (2018), apresenta os índices médios de irradiação para qualquer localidade do
planeta. Supondo que o sistema será instalado em uma região onde o índice de irradiação médio
é de 5,5 kWh/m²/dia.
Para transformar o consumo que está medido em um mês, para o consumo médio de um dia
basta dividir a grandeza “mês” por 30, e teremos o consumo em “dia”, conforme Equação 1:

d= m / d

Equação 1.

Onde:

d= é á (Wh/dia);
m= é (Wh/mês);
d= ú ê ;

54
Substituindo os valores tem-se:

Cd = 1200/30

Cd = 40 kWh/dia

Dimensionamento do inversor:
Deve-se levar em consideração o consumo de energia diário (Cd) local e o do índice de
irradiação média. Além disso, faz-se necessário conhecer, ou estimar, a eficiência dos diversos
componentes e perdas do sistema - painéis, inversores, cabos, sombreamentos. Para o
dimensionamento do inversor será estipulada uma eficiência global de 85%. Para isso usaremos
a equação 2, descrita abaixo:

e = /(
d fx i)

Equação 2.

Onde:
e = − ℎ/
d= é − ℎ/
f= ê
i= é çã − ℎ/ ²/

Assumindo que os sistemas fotovoltaicos têm uma eficiência de aproximadamente 85%, tem-se:

e = 40/(0,85*5,5)

e = 8,556 kW

Desta forma, o sistema deve atender a demanda de consumo necessário para a residência.

55
Quantidade dos Módulos Fotovoltaicos:
A quantidade utilizada varia em função da potência de cada módulo. Em virtude do custo
unitário e da área utilizada, é recomendável a utilização de módulos comerciais de maior
potência. Para este exemplo será utilizado os módulos monocristalinos com potência de 265Wp.
A seguir é utilizada a equação 3:

m= e / m

Equação 3.

Onde:

m= ó
e =
m= ê ó

Substituindo os valores tem-se:

m= 8556/265

m = 32,28 ≅ 33 Módulos

Assim, para um sistema que demanda uma geração de 8556 Watts, deveremos utilizar 33
módulos fotovoltaicos com potência já indicada anteriormente.

56
PROJETO

O projeto da instalação elétrica para integrar o microgerador, nova ou reforma, deve ser
realizado por profissional capacitado e habilitado para atuar na área da eletricidade, ou seja,
deve haver um responsável técnico para emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
e solicitar a aprovação do projeto na concessionária de energia local.

Documentos necessários para a solicitação de acesso de um sistema de


Microgeração:
São necessários os seguintes documentos: Formulário de Solicitação de
Acesso, ART de Projeto do Responsável Técnico pelo projeto, Diagrama Unifilar das
instalações e Memorial Descritivo contendo dados do e dos demais equipamentos (Módulos,
DPS, disjuntores, cabeamentos, etc).
É importante observar as legislações da concessionária local e não serão analisadas
solicitações de acesso sem a apresentação da ART.

LEGISLAÇÃO E NORMATIVAS

Processo de Conexão:

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