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Bibliotecas Digitais: uma proposta para o

controle de direitos autorais


Karen Selbach Borges, João Batista de Oliveira e Omer Pohlmann Filho

Resumo  Através do Sistema de Empréstimo de Objetos pesquisas e estudos mais aprofundados. Conforme a
Digitais é possível gerenciar os empréstimos e as devolução de Universidade Aberta de Portugal [3] “o elemento básico para
obras em formato digital, assegurando a integridade e a autoria aprendizagem em regime de ensino à distância continua a ser
da informação. Baseado em uma arquitetura Cliente-Servidor, o constituído por textos escritos. Neste regime o texto
sistema possui em seu núcleo um conjunto de procedimentos
correspondente tem que sofrer um tratamento específico para
para proteção de dados como uso de criptografia e identificação
de usuário. Somente através do Sistema Cliente é possível ter
adaptá-lo à situação de ausência física do professor”.
acesso aos serviços oferecidos pela biblioteca, uma vez que este é Assim, toda a instituição que se proponha a trabalhar com
personalizado, trazendo embutidas as informações de EAD deve direcionar esforços para a criação de uma
identificação do usuário e os mecanismos para controle de biblioteca digital que viabilize o acesso remoto ao material
prazos de utilização, cópias não autorizadas e integridade dos instrucional complementar. Da mesma forma, deve-se dar
dados. especial atenção ao tratamento dos direitos autorais, uma vez
que ao disponibilizarmos informações em meio digital estas
Palavras chave  Sistema de Empréstimo de Objetos Digitais, podem ser facilmente copiadas, modificadas e redistribuídas.
gerência de empréstimo e devolução de objetos digitais,
integridade de autoria da informação, bibliotecas digitais.
II. BIBLIOTECAS DIGITAIS E OS DIREITOS AUTORAIS
I. INTRODUÇÃO
No âmbito de uma biblioteca digital deve-se prover
tratamento dos direitos autorais levando-se em consideração a
A Educação à Distância (EAD) surgiu como uma
existência de ambientes públicos e de ambientes restritos,
alternativa ao ensino convencional, possibilitando levar
cada qual com características próprias e, por este motivo,
conhecimento aos diferentes grupos sociais e geográficos.
merecendo tratamento diferenciado em relação aos direitos
Sua principal característica reside na separação física entre
dos autores.
aluno e professor, e na utilização das tecnologias de
Segundo Pohlmann [4] o contexto de Bibliotecas Públicas
comunicação como meio para transmissão dos conteúdos
tem como principal característica a necessidade de
educativos.
disponibilização de um universo muito grande de obras
Dos cursos por correspondência, que exerceram um
diversas e variadas, para um público alvo potencialmente
importante papel no ensino técnico a partir do inicio deste
heterogêneo. Também se caracteriza pela necessidade de
século, passamos hoje ao uso do computador, das
softwares caros e que suportem técnicas aprimoradas de
videoconferências e dos recursos da Internet[1]. A expansão
pesquisa, além de funções particularmente eficazes para
da Web, tanto no que diz respeito ao volume de informações
controle de acesso, controle de cópias, downloads, etc. Isso
quanto ao número de usuários, viabilizou iniciativas de EAD
traz como conseqüência uma maior dificuldade na
como as experimentadas pela Pontificia Universidade
negociação de direitos autorais tanto para o estabelecimento
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) através do projeto
de uma relação de confiança mútua entre autores, editores e
Campus Global.
as bibliotecas digitais, quanto para a definição de valores para
Este projeto, estabelecido em convênio entre a PUCRS e a
ressarcimento dos direitos do autor.
IBM, teve como objetivo inicial desenvolver metodologias,
Ainda segundo Pohlmann [4] uma das principais
tecnologias e ferramentas para projetar e implantar
características dos ambientes restritos é o seu público alvo
universidades virtuais através do desenvolvimento de
homogêneo e reduzido. Este universo de usuários oferece um
aplicações piloto, com o intuito de testar em ambiente real as
controle de acesso mais fácil, o que consequentemente
tecnologias pesquisadas. Para atender a esta proposta, foram
propicia uma maior facilidade na negociação dos direitos
definidas quatro frentes de pesquisa denominadas Ensino à
autorais das obras digitais.
Distância e Colaborativo, Gerência de Recursos Internet,
A partir dos contextos apresentados é possível identificar
Aplicações para Gerência de Documentos Hipermídia e
três abordagens para o tratamento de direitos autorais. A
Bibliotecas Digitais[2].
primeira delas está relacionada com a disponibilização de
Através das experiências desenvolvidas por cada um destes
obras cujos direitos autorais encontram-se vencidos ou que
grupos constatou-se a importância da produção e
foram cedidos, independentemente do tipo de ambiente. Uma
disseminação de material suplementar ao ensino à distância,
segunda possibilidade é a negociação da cessão dos direitos
pois sabe-se que é prática no ensino presencial oferecer aos
para uso das obras em determinados ambientes ou para um
alunos extensa lista bibliográfica que servirá de base para
grupo específico de usuários. Por último tem-se o pagamento • Controlar a disponibilização de licenças de uso do objeto
pela exploração do uso de uma obra. digital;
A primeira abordagem não constitui problema uma vez que • Controlar a utilização da cota de empréstimos do usuário
os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos (quotas de exemplares);
contados a partir de primeiro de janeiro do ano subseqüente • Montar, desmontar e tratar os dados recebidos através
ao seu falecimento. Por outro lado, a cessão condicional de dos pacotes de dados;
direitos e a remuneração pela exploração da obra exigem um • Proteger os dados a serem transmitidos ao usuário.
apoio jurídico especial. Em ambos os casos as tratativas para
aquisição e disponibilização de obras em formato digital B. Sistema Cliente
necessitam do auxílio de um instrumento contratual através Cabem ao Sistema Cliente as seguintes tarefas:
do qual serão contempladas as situações não previstas em lei • Manter registro dos livros em poder do usuário;
e firmados os deveres e direitos tanto por parte dos detentores • Gerenciar a utilização dos livros conforme seus prazos
do direito autoral quanto pelas bibliotecas digitais. de devolução;
Entretanto, ocorre que a lei de direitos autorais [5] não • Eliminar livros que já ultrapassaram o prazo de
contempla especificamente os problemas relacionados com a
devolução;
edição digital, transmissão por satélites, Internet e centros de
• Montar, desmontar e tratar os dados recebidos através
acesso remoto por computador, tópicos de vital importância
dos pacotes de dados;
para as bibliotecas digitais. Dessa forma, conforme
• Proteger os dados a serem transmitidos à biblioteca.
Gandelmann [6] “parece ser necessário considerar-se uma
revisão do sistema de copyright existente, em face do desafio
Para fins de segurança, todos os usuários do Sistema
da tecnologia digital. Não somente o escopo de direitos e as
Bibliotecário são cadastrados e possuem uma versão
possíveis limitações deve ser considerados, mas também deve
personalizada do Sistema Cliente, que traz embutidas as
ser levada em conta a utilização dos novos métodos
informações necessárias para identificação do usuário, além
tecnológicos oferecidos pela própria tecnologia digital,
de mecanismos de proteção e verificação da integridade dos
visando à proteção e administração dos referidos direitos”.
dados e procedimentos para o controle do prazo de utilização
Oppenheim [7] destaca a necessidade de elaboração de
dos livros. Dessa forma, cada Sistema Cliente somente é
sistemas eletrônicos de gestão dos direitos autorais que
capaz de gerenciar e exibir os objetos digitais emprestados
permitam identificar ou sinalizar a obra protegida e controlar
para o proprietário do sistema.
sua utilização. Segundo o autor, estes sistemas seriam
O usuário pode escolher trabalhar com o Sistema Cliente
constituídos a partir de mecanismos sólidos, confiáveis,
em modo local ou on-line. Trabalhando em modo local o
econômicos e à prova de interferência que forneceriam aos
usuário apenas tem acesso ao conteúdo dos objetos digitais
editores as novas garantias de que necessitam para conceder
que estão em seu poder. Trabalhando em modo on-line o
mais facilmente as permissões para disponibilização de suas
usuário pode solicitar empréstimos e realizar devoluções de
publicações
objetos digitais, nos seguintes moldes:
III. SEOD • Empréstimo: é possível solicitar o empréstimo de um
ou mais livros a partir dos seus números de
O SEOD representa um conjunto de sistemas, aqui identificação, desde que hajam licenças de uso
identificados como Sistema Bibliotecário (SB) e Sistema disponíveis e a cota de empréstimos do usuário não
Cliente (SC), cuja comunicação é feita através de pacotes de esteja esgotada. Se a cota do usuário já estiver
dados [8]. Temos então, conforme o esquema apresentado na preenchida, solicita-se confirmação e cobra-se um
Fig. 1, dois módulos: determinado valor pelo empréstimo. Isso ajuda a coibir
a proliferação de cópias do Sistema Cliente uma vez
que, se o usuário repassar a sua versão personalizada do
SEOD
Sistema Cliente para outros, estes estarão fazendo uso
da cota de empréstimos daquele usuário, o qual será
SB SC
Pacote responsável pelo pagamento dos empréstimos em
Biblioteca Usuário excesso.
• Devolução Espontânea: prevê-se que ocorra nos casos
Fig. 1. Esquema representativo do Sistema de Empréstimo de Objetos em que o usuário esteja com sua cota de alocação
Digitais preenchida e deseje, então, devolver algum objeto para
poder retirar novos itens.
A. Sistema Bibliotecário • Devolução Compulsória: ocorre quando um objeto está
Cabem ao Sistema Bibliotecário as seguintes tarefas: com seu prazo de utilização vencido, ou seja, ao ser
• Manter atualizado o catálogo bibliográfico; atingida a data de devolução de um objeto o Sistema
• Manter um cadastro de clientes; Cliente automaticamente elimina o registro do objeto e
• Verificar login e senha do usuário; apaga o arquivo correspondente, impossibilitando que o
• Verificar informações do objeto digital cujo empréstimo objeto permaneça em poder do usuário indefinidamente.
está sendo solicitado; Independentemente, o Sistema Bibliotecário
disponibiliza uma licença de uso para novos autorizados, através do uso de identificadores (login) e
empréstimos, sem haver a necessidade de comunicação senhas.
entre os sistemas. • Relógio independente: o uso de um relógio
independente visa evitar que livros sejam usados
Os processos de empréstimo e devolução espontânea indefinidamente a partir de alterações no relógio da
acima descritos ocorrem através da passagem de pacotes de máquina.
dados entre o Sistema Cliente e o Sistema Bibliotecário, que A fim de comprovar a viabilidade e a eficácia dos métodos
assumem diferentes configurações conforme o serviço de controle propostos, desenvolveu-se um protótipo
solicitado (vide Fig 2 e Fig 3). utilizando Java e seu conjunto de APIs (Application
Programming Interfaces) que permitem a implementação de
a Informações Públicas mecanismos de criptografia, assinatura digital e definição de
b Objeto Digital políticas de segurança configuradas pelo usuário. Em relação
c Informações Privadas ao tipo de objeto digital escolhido para testes, optou-se pelo
d Assinatura Digital uso de livros armazenados em formato PDF a fim de manter a
Fig 2 - Pacote de dados gerado pelo Sistema Bibliotecário a partir de uma proximidade com o modelo de biblioteca atualmente
solicitação de empréstimo existente.
Entretanto, observou-se que a utilização de arquivos
a) São consideradas informações públicas o número de
contendo livros completos tornaria a transmissão dos dados
identificação do objeto, as informações do catálogo
bastante demorada. Em face dessa experiência, sugere-se um
bibliográfico, a identificação do remetente e a identificação
estudo sobre o empréstimo de trechos de obras, ou seja, o
do destinatário, bem como quaisquer informações que a
usuário pode optar pelo empréstimo de toda a obra ou apenas
biblioteca deseje fornecer ou divulgar;
dos capítulos que lhe interessam. Consequentemente as
b) O objeto digital propriamente dito;
negociações sobre os direitos autorais necessitarão serem
c) São consideradas informações privadas as datas de criação
revistas uma vez que as licenças de uso passam a se estender
e validade do pacote e o valor de hash1 que determina a
sobre partes das obras.
integridade dos dados;
Além desse estudo, outras investigações interessantes
d) A assinatura digital certifica a origem dos dados.
podem ser desenvolvidas. Por exemplo, podemos citar a
criação de mecanismos de busca para objetos multimídia, a
a Informações Públicas adaptação do SEOD para uso em livros eletrônicos, a
b Informações Privadas padronização da interface usuário-sistema, entre outros.
c Assinatura Digital
Figura 3 - Pacote de dados gerado pelo Sistema Cliente a partir de uma
solicitação de devolução
IV. CONCLUSÕES

a) São consideradas informações públicas a identificação do Em relação às bibliotecas tradicionais a grande


remetente, a identificação do destinatário, a identificação do preocupação na área de direitos autorais reside na reprografia.
objeto; Segundo Cabral [9] “estima-se que, na América Latina, são
b) É considerada informação privada o valor de hash que copiadas 40 bilhões de páginas de obras protegidas”. Medidas
determina a integridade dos dados; vêm sendo tomadas no sentido de tentar reverter esta
c) A assinatura digital certifica a origem dos dados. situação. Entretanto tais procedimentos são isolados e
baseiam-se em acordos estabelecidos entre as associações
Todos os pacotes de dados são criptografados2 antes de gestoras dos direitos reprográficos e as organizações de
serem transmitidos entre o Sistema Cliente e o Sistema usuários tais como universidades e escolas, empresas,
Bibliotecário. O uso de hash, assinatura digital e criptografia instituições governamentais e bibliotecas.
visa oferecer proteção à integridade dos dados e evitar o uso Isso demonstra que o respeito aos direitos autorais ainda
de objetos por indivíduos não autorizados. não está estabelecido, nem para as obras impressas e tão
Além disso, o Sistema Cliente possui outros dois pouco para aquelas em formato digital. Observa-se uma
mecanismos de segurança, a saber: crescente preocupação com a proteção da propriedade
• Autenticação de usuário: visa restringir o acesso ao intelectual na Internet. Em contrapartida pouco tem se
Sistema Bibliotecário somente a usuários cadastrados e discutido a este respeito em relação às bibliotecas digitais,
onde a questão parece ser mais delicada uma vez que estas
disponibilizam informações cuja autoria pertence a terceiros.
1
Dessa forma, as bibliotecas digitais devem zelar pela
A partir de uma string de tamanho variável (chamada de pré-imagem) é segurança destes dados, evitando que os mesmos sejam
gerado um número inteiro (chamada de valor hash). Dois valores de hash
indica que as duas pré-imagens utilizadas são iguais. Um bit alterado na pré-
copiados, adulterados ou utilizados sem o consentimento do
imagem altera, em média, metade dos bits do valor de hash. Dessa forma autor.
pode-se verificar a integridade dos dados. À medida que cresce a preocupação com a segurança, as
2
A criptografia consiste na transformação de uma mensagem em uma forma possibilidades de controle de quem acessa as bibliotecas e do
ininteligível. Assim, a mensagem transmitida via rede somente será lida pelo que é procurado aumentam na mesma proporção. Ou seja,
destinatário que possuir a “chave” capaz de recompor a estrutura inicial da
mensagem.
comparando com as bibliotecas tradicionais problemas como
o da reprografia, por exemplo, persistem, mas, por outro lado, caso, o SEOD passa a atuar como um gerenciador de pay-
as condições de controle de acesso e uso são privilegiadas per-view, debitando da conta do usuário o valor pelo
pelo suporte tecnológico. Os mecanismos de segurança empréstimo do livro.
existem e estão sendo continuamente aperfeiçoados, basta O sistema proposto mostra a viabilidade técnica de sistemas
que os mesmos sejam adaptados para o uso em bibliotecas automatizados para a gerência e controle do acervo de
digitais. bibliotecas digitais a partir da tecnologia existente, aliando
O SEOD não tem a pretensão de ser a solução para a conforto de utilização e segurança de dados. Os métodos de
problemática dos direitos autorais de objetos digitais, mas controle desenvolvidos podem ser adaptados a sistemas
procura indicar uma alternativa aos métodos que vêm sendo bibliotecários existentes, exigindo para tanto revisões na
empregados no controle de acesso e uso do acervo de uma modelagem atual.
biblioteca digital. Tendo como princípio “um livro, vários
leitores” [10], este sistema, ao mesmo tempo que procura ser
fiel aos processos bibliotecários incorporados ao longo de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
séculos, busca inovar na forma como tais processos deverão
[1] K. S. Borges, J.B. Oliveira, et al. Ensino à Distância, Bibliotecas Digitais
ser executados a partir da transição para o formato digital.
e Direitos Autoral. In: V Workshop de Informática na Escola – SBC´99.
Embora este sistema possibilite acesso ao sistema Rio de Janeiro - Brasil. Julho de 1999.
bibliotecário e ao seu acervo somente a usuários cadastrados, [2] S. N. Ferreira, M. B. Campos, et al. Campus Global: Experiência do
também abre a possibilidade das bibliotecas oferecerem Campus Global Rumo à Universidade Virtual. In: Taller Internacional
de Software Educativo – TISE´98. Santiago-Chile. Dezembro de 1998.
serviços como provedoras de informações mediante a
[3]Universidade Aberta de Portugal. Guia do Estudante. Conceitos de Ensino
cobrança de taxas de acesso. Se por uns isso pode ser visto à Distância. Capturado em maio de 1998. Online. Disponível na Internet
como “manipulação da informação” ou “desvio do papel http://193.136.111.1/erasmus/pt/guia.html.
educacional da biblioteca”, por outro lado, permite a captação [4] O. Pohlmann, A. Raabe. Direito Autoral no Contexto de Bibliotecas
Digitais. In: III Congresso Internacional de Teleinformatica Educativa.
de recursos para a ampliação e manutenção do acervo,
Santa Fé, Argentina. Abril de 1999.
contratação de mão-de-obra especializada e atualização [5] Lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Capturado em junho de 1999.
tecnológica. Online. Disponível na Internet
Além disso, tal sistema viabiliza a negociação para http://tjsc6.tj.sc.gov.br/revistajuridica/legislacao/9610.htm
[6] H. Gandelman. De Gutemberg à Internet - direitos autorais na era digital.
aquisição de livros em formato digital por parte das
Editora Record, 2ª Edição. Rio de Janeiro. 1997
bibliotecas que desejam iniciar o processo migratório para o [7] Oppenheim. El derecho de autor en la era electrónica. Informe Mundial
novo modelo. Isso não era possível devido ao receio de sobre la información. p. 371-383. Unesco 1997-1998.
editoras e autores que suas obras fossem distribuídas sem [8] K.S. Borges, J.B. Oliveira. Bibliotecas Digitais: Um Sistema para o
Controle de Empréstimos e Devoluções de Objetos Digitais. Dissertação
qualquer tipo de controle e, consequentemente, sem meios de
de Mestrado. PUCRS – Porto Alegre, Brasil. Janeiro de 2000.
arrecadação por seu uso. [9] P. Cabral. Revolução Tecnológica e Direito Autoral. Editora Sagra
Outro ponto a favor do SEOD é o fato de que ele não Luzzato, Porto Alegre. 1998.
impede que o usuário retire um número de livros que [10] S. Barnard. Libraries and E-Books: Opportunities and Issues. Capturado
em maio de 1999. Disponível na Internet
ultrapasse sua cota de empréstimos. Em uma biblioteca
http://www.jmc.kent.edu/futureprint/1999spring/barnard.htm.
tradicional tal solicitação seria imediatamente negada. Neste

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