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CCNA 1

Conceitos Básicos de Redes

Módulo 6
Conceitos Básicos sobre Ethernet

Fundamentos de Ethernet
Introdução à Ethernet
A maior parte do tráfego da Internet tem origem
em ligações Ethernet.
Razões do sucesso da Ethernet:
Simplicidade e fácil manutenção;
Capacidade de introdução de novas tecnologias;
Fiabilidade;
Baixo custo de instalação e de actualização.
Existem versões desde 10 Mbps até às mais recentes
de dezenas de Gbps.
A primeira norma Ethernet foi publicada em 1980
pela Digital Equipment Company, Intel e Xerox (DIX).
A Ethernet é uma norma aberta .

Introdução à Ethernet
O IEEE (Institute of Electrical and Electronics
Engineers) em 1985 publicou um conjunto de
normas para Redes Locais, a norma 802.3.
Foi lançada a norma 802.3 onde foram feitas
pequenas modificações à norma DIX.
As diferenças entre as duas normas são quase
insignificantes.
Uma NIC pode receber e transmitir tramas Ethernet e
Ethernet 802.3.
Nomenclatura da Ethernet
Existem vários tipos de Ethernet:
Ethernet – 10 Mbps
Fast Ethernet – 100 Mbps
Gigabit Ethernet – 1 000 Mbps
O formato das tramas mantém-se em todas as variantes.
Descrição abreviada:
Velocidade de transmissão em Mbps.
Tipo de transmissão:
BASE – O sinal digital é enviado directamente para o meio
de transmissão;
BROAD – Uma portadora é modulada pelo sinal digital.
Tipo de meio de transmissão.

Nomenclatura da Ethernet
Nomenclatura da Ethernet
Designação Descrição
10 Mbps baseband Ethernet sobre cabo coaxial com uma distância máxima de 185
10Base-2
metros. Também referida como Thin Ethernet, Thinnet ou Thinwire.
10 Mbps baseband Ethernet sobre cabo coaxial com uma distância máxima de 500
10Base-5
metros. Também referida como Thick Ethernet, Thicknet ou Thickwire.
10 Mbps baseband Ethernet sobre cabo coaxial multi-canal com uma distância
10Base-36
máxima de 3,600 metros.
10Base-F 10 Mbps baseband Ethernet sobre fibra óptica.
10 Mbps baseband Ethernet sobre duas fibras ópticas multimodo utilizando um hub
10Base-FB
síncrono activo.
10 Mbps baseband Ethernet sobre duas fibras ópticas e pode incluir um hub
10Base-FL
assíncrono opcional.
10 Mbps baseband Ethernet sobre duas fibras ópticas utilizando um hub passivo
10Base-FP
para a ligação dos dispositivos comunicantes.
10 Mbps baseband Ethernet sobre cabo de pares entrançados com um comprimento
10Base-T
máximo de 100 metros.

Nomenclatura da Ethernet
Designação Apesentação
100Base-FX 100 Mbps baseband Ethernet sobre duas fibras ópticas multimodo.
100Base-T 100 Mbps baseband Ethernet sobre cabo de pares entrançados
100 Mbps baseband Ethernet sobre dois pares de categoria 3 ou superior de cabo
100Base-T2
de pares entrançados não blindado.
100 Mbps baseband Ethernet sobre quatro pares de categoria 3 ou superior de
100Base-T4
cabo de pares entrançados não blindado.
100 Mbps baseband Ethernet sobre dois pares blindados de cabo de pares
100Base-TX
entrançados de categoria 4.
100Base-X Nome genérico para sistemas Ethernet a 100 Mbps Ethernet.
1000 Mbps baseband Ethernet sobre dois pares de cabo de pares entrançados
1000Base-CX
blindado de 150 Ω.
1000 Mbps baseband Ethernet sobre duas fibras ópticas multimodo ou
1000Base-LX
monomodo utilizando lasers de comprimento de onda longo.
1000 Mbps baseband Ethernet sobre duas fibras ópticas multimodo utilizando
1000Base-SX
lasers de comprimento de onda curto.
1000 Mbps baseband Ethernet sobre quatro pares de cabo de pares entrançados
1000Base-T
não blindado de categoria 5.
1000Base-X Nome genérico para sistemas Ethernet a 1000 Mbps.
Ethernet e o modelo OSI
A Ethernet opera em duas áreas do modelo OSI:
subcamada MAC - metade inferior da camada de
dados
camada física

Ethernet e o modelo OSI


Todos os nós da rede no mesmo domínio de
colisão vêm o tráfego que passa através de um
repetidor.
Os nós separados por bridges estão em domínio de
colisão diferentes.
Normas 802.x

Ethernet e o modelo OSI


Camada 1 versus camada 2.
Endereços MAC
Para ser possível a entrega de tramas numa rede Ethernet
tem de existir um esquema de endereçamento que
identifique de um modo unívoco cada computador e
interface.
A Ethernet utiliza endereços MAC de 48 bits
expressos como doze dígitos hexadecimais.

Tramas
Os bits que flúem pelo meio físico são
estruturados em tramas.
As tramas transportam informação essencial à
transmissão:
Quais os computadores que estão a comunicar.
Quando a comunicação entre computadores
individuais começa e termina.
Fornece um método de detecção de erros.
De quem é a vez de falar numa conversação.
Tramas

Tramas
Tramas Ethernet II, comprimento, especifica
a dimensão do campo de dados.
Tramas 802.3, tipo, Especifica o protocolo de
nível 3 de destino da mensagem.

Todas as tramas contêm o endereço


(endereços MAC) do emissor e do
destinatário. Informação.

Inicio da trama, Cyclic Redundancy Check (CRC) – É um valor


sequência de bits que calculado a partir do valor dos bits da trama
marca o inicia da trama que permite a detecção de erros de
transmissão.
Tramas Ethernet

Trama Ethernet II

Trama 802.3

Tramas Ethernet
Campo Comprimento/Tipo
Valor do campo igual ou superior a 0x600
(hexadecimal), 1536 em decimal, o campo é
interpretado como Tipo.
Identifica o protocolo de nível 3.
Se for menor é identificado como Comprimento.
0x0800 – IPv4
0x0806 – ARP
Tramas Ethernet
Campos das tramas Ethernet
Preambulo – É uma sequência de uns e zeros utilizado para
sincronização.
Delimitador de Trama (SFD) – Sequência de 8 bits que
marcam o inicio da trama.
Endereço de Destino
Endereço do Emissor
Comprimento/Tipo
Informação/Enchimento – Entre 46 a 1500 octetos.
FCS – Quatro octetos calculados a partir da trama enviada e
recalculado no receptor se forem diferentes houve um erro de
transmissão.
As tramas Ethernet têm uma dimensão mínima de 64 e
máxima de 1518 octetos.

Funcionamento da Ethernet
CSMA/CD
Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection
O método de acesso ao
meio de transmissão
utilizado na Ethernet, o
CSMA/CD, executa três
funções:
Transmitir e receber
tramas
Descodificar as tramas
e verificar se os
endereços são válidos,
antes de passá-los às
camadas superiores do
modelo OSI .
Detectar erros nas
tramas ou na rede.

CSMA/CD
Princípio base: ouvir antes de transmitir
Quando um nó pretende enviar informação para a
rede, verifica primeiro se existe silêncio no meio de
transmissão.
Se a rede estiver ocupada o nó aguarda um tempo
aleatório antes de tentar de novo.
Se o meio estiver em silêncio, o nó começa a
transmitir e a ouve ao mesmo tempo o que se passa no
meio de transmissão.
Ouve para garantir que não existe outro nó a transmitir
ao mesmo tempo.
Depois de concluída a transmissão o nó volta ao
estado inicial.
CSMA/CD
Os nós emissores conseguem detectar a ocorrência de
colisões.
Em caso de colisão:
Os nós que detectara a colisão enviam um sinal de
reforço de colisão (sinal de jam) de modo a garantirem
que a colisão é detectada por todos os dispositivos.
Algoritmo de backoff:
Os nós envolvidos na colisão param de transmitir durante
um tempo pseudo-aleatório (tempo de backoff).
Quando o tempo de backoff expirar, o nó pode tentar de
novo transmitir a mensagem.
Os dispositivos envolvidos na colisão não têm prioridade
de transmissão.
Existe um número máximo de tentativas.

CSMA/CD
Temporização na Ethernet
Colisões
O sinal eléctrico numa rede Ethernet demora algum tempo a
propagar-se pelo cabo.
Os repetidores introduzem também atraso no sinal.
Devido ao atraso é possível que mais do que um nó
comecem a transmitir simultaneamente ou quase
simultaneamente.
Resultado: uma colisão.

Princípio base:
Uma colisão tem de ser detectada durante a transmissão da
trama.
Depois de concluída o envio da trama, o emissor mesmo que
detecte uma colisão parte do pressuposto de que não é
responsável e assume que a trama foi correctamente
transmitida.

Temporização na Ethernet
Slot time
O slot time é duas vezes o tempo que o sinal demora
a propagar-se pela maior distância possível.
Ethernet a 10 Mbps – 512 tempos de bit ou 64 octetos.
Ethernet a 1 000 Mbps – 4 096 tempos de bit ou 512
octetos.
O tempo de transmissão de uma trama não pode ser
menor que o slot time.
Consequência: dimensão mínima da trama 64 octetos.
Sinal de Jam – 32 bits.
Temporização na Ethernet
Interframe spacing
Depois de uma trama ter sido transmitida, todos os
nós da rede devem esperar no mínimo 96 tempos de bit
antes de qualquer nó poder transmitir outra trama.

Tratamento de erros
Tipos de Colisões
Uma colisão ocorre quando dois ou mais nós Ethernet
transmitem simultaneamente.
Colisão simples: colisão que foi detectada mas na tentativa
seguinte a trama foi transmitida com êxito.
Colisão múltipla: a mesma trama colidiu várias vezes até
ser transmitida com êxito.

Tipos de Colisões
Tipos de colisões:
Local – colisão num cabo coaxial (10BASE2 ou 10BASE5), o
sinal propaga-se ao longo do cabo até encontrar um sinal de outro
nó.
Num cabo UTP (10BASE-T, 100BASE-TX e 1000BASE-T)
uma colisão é detectada quando um nó detecta um sinal no par RX
ao mesmo tempo que transmite através do par TX
Remota – trama com comprimento inferior ao mínimo com FCS
inválido que não tem os sintomas de uma colisão.
Tardia – colisões que ocorrem depois dos primeiros 64 octetos da
trama.
Erros na Ethernet
Colisão ou "runt": Transmissão simultânea que ocorre antes que
tenha decorrido o slot time.
Colisão tardia: Transmissão simultânea que ocorre após ter
decorrido o slot time.
Jabber, erros de quadros longos (long frames) e de tamanho
(range error): Transmissão excessivamente longa ou de
comprimento proibido.
Quadro pequeno (short frame), fragmento de colisão ou "runt":
Transmissão muito curta
Erro de FCS: Transmissão corrompida
Erro de alinhamento: Número insuficiente ou excessivo de bits
transmitidos
Erro de tamanho (range error): O número real e o número
relatado de octetos no quadro não são idênticos
Fantasma ou jabber: Um preâmbulo anormalmente longo ou
evento de bloqueio

Erros na Ethernet
Trama longa

Trama curta

Erro de FCS
Autonegociação
Permite a dois nós numa rede Ethernet negociar
automaticamente a sua configuração de modo a oferecerem
o melhor nível de desempenho conjunto.
Quando não estão a transmitir os nós trocam informação,
normalmente com o hub ou switch, sobre as suas
capacidades através de uma série de impulsos
denominados Fast Link Pulse (FLP).

Autonegociação
Prioridades

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