Escrito por Tiaraju Brockstedt – publicano no jornal Correio do Povo
(Porto Alegre) no dia 09.11.2008
O tema é realmente inesgotável! Quando você pensava que escrever
sobre vampiros era um assunto tão morto quanto eles, lá vem uma nova saga disposta a fazer ranger seus dentes e, principalmente, os caninos de Anne Rice, a criadora do vampiro Lestat, o mais badalado e charmoso voador noturno desde que Bram Stoker jogou no ventilador da literatura universal tudo o que conhecia, até então, sobre o gênero, transformando o Conde Drácula num clássico. Grandes autores e bons diretores, como Francis Ford Coppola, debruçaram-se sobre as variantes desse grande personagem. Até Sthephen King, um mestre do gênero horror, fez sucesso com “A Hora do Vampiro”, transformado duas vezes em minisséries da televisão. Enfim, você pode estar certo que Anne Rice odeia, não necessariamente nesta ordem, Sthephenie Meyer e Tom Cruise. Ele por ter ousado “viver” Lestat no cinema, na adaptação de “Entrevista com o Vampiro”, e a respectiva colega pelo incrível sucesso que vem fazendo com a saga iniciada com o Best seller “Crepúsculo”, seguido pelo recentemente lançado, “Lua Nova”, da Editora Intrínseca. Curiosidade: Meyer nunca gostou de vampiros, nunca leu uma história sobre eles e teve a idéia de escrever uma trama de amor entre a jovem Bella (ele escreveu Belle mas eu corrigi quando transcrevi) e o vampiro Edward num sonho. Anne Rice estremece cada vez que selembra dessa informaçãp.
A crítica já parou de tentar analisar sobre o que levaria tanta gente a
gostar e comprar os romances de Meyer, sempre temperados com doses de sobrenatural, a Partir da história do amor de uma jovem por uma criatura singular: um vampiro charmoso e sedutor chamado Edward. Edward sorri e assim tira o veterano Lestat do trono que até agora ele ocupava na literatura. “Crepúsculo” e “Lua Nova” e a adaptação do primeiro título para o cinema (que será lançada em dezembro) comprovam tal sucesso. Fugindo dos estereótipos e das regras utilizadas para histórias de vampiros mais tradicionais, Meyer descobriu que sangue de vampiro tem poder.
A história é basicamente a seguinte, a partir do romance de estréia,
“Crepúsculo”: Bella (outra vez ele escreveu Belle aqui) e Edward se apaixonam. Ela ignora os perigos da relação e ele se preocupa em protegê- la, tanto de sua sede de sangue, como a de um grupo de vampiros nômades que entram em cena para complicar a história. Já “Lua Nova” traz o relacionamento ousado do casal ameaçando tudo o que é mais próximo e querido por Bella. Mas esta continua achando que há alguma coisa mais importante que a própria vida: Edward. Aproveitando o sucesso da série, a Editora Intrínseca deve lançar, já em janeiro próximo, “Eclipse”, terceiro livro da saga. “Eclipse” trará a cidade de Seattle assolada por uma seqüência de assassinatos misteriosos e uma vampira maligna que continua em sua busca por vingança. Bella será forçada a escolher entre o seu amor por Edward e sua amizade por Jacob, sabendo que a decisão tem potencial para reacender o conflito perene entre os vampiros e os lobisomens. Com a aproximação da formatura, a heroína terá mais uma decisão a tomar: vida ou morte? O que representará cada uma dessas duas escolhas? A diretora Catherine Hardwicke se encarregou da adaptação de “Crepúsculo” para a tela. Kristen Stewart interpreta Bella e Robert Pattinson faz Edward. A fita tem estréia marcada para o próximo dia 19 de dezembro (ele escreveu dia 25 de dezembro, eu corrigi na transcrição). Os produtores esperam milhões de dólares nas bilheterias do mundo inteiro. E enquanto o filme não chega aos cinemas, Meyer está tentando diversificar sua carreira como escritora. Lançou recentemente nos Estados Unidos seu primeiro romance de suspense para o público adulto, “The Host” (“O Anfitrião”), que gira em torno da capacidade de resistência humana a partir da força, em sua grande parte desconhecida, do nosso cérebro. A heroína é Melanie Stryder, que, após o planeta ser invadido por um inimigo desconhecido (que manipula a mente humana até destruí-la), se depara com um cenário desolador: quase toda a humanidade se rendeu como gado no matadouro e Melanie é uma das últimas sobreviventes. No decorrer da história, ela é capturada e está certa de que vai morrer como os outros. Só que, antes, pretende resistir aos parasitas que tentam destruir sua sanidade, a partir de uma série de mecanismos que criou para proteger a sua mente.”