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Terapia Familiar

Mestrado em Trabalho Social e Intervenção sócio-


educativa
Docente: Professora Doutora Ângela leite
Discente: Susana Fonseca
16 de Novembro de 2009
O filme mostra-nos como as dependências das
quatro personagens, os levam a comportamentos
destrutivos. Harry, a sua mãe Sara, namorada
Marion e o seu melhor amigo Tyrone, por causa de
seus usos compulsivos de substâncias, adquirem
comportamentos destrutivos, que terminam com a
amputação de um braço a Harry, o internamento
por loucura de Sara, a prostituição de Marion e o
encarceramento de Tyrone.
 Harry – Assalta todos os dias a mãe, para obter rendimento para
o consumo de droga, até que tem a oportunidade de traficar
heroína. Fá-lo, não só para poder consumir, como também juntar
dinheiro e ter “uma vida melhor”.
 O consumo agrava-se e quando fica sem fornecimento de drogas,
e vai à Florida busca-las, deixando a namorada em Brooklyn, com
um “contacto” que vende droga a troco de sexo.
 Tem uma ferida no braço – consequente dos constantes “chutos”-
que se agrava durante a viagem e que acaba por leva-lo ao
hospital, onde é denunciado por um médico, e acaba por ir preso.
Na cadeia piora o seu estado de saúde e acaba por ser internado
entre a vida e a morte, acabando por ficar sem o braço.
 Termina na cama de hospital percebendo que está sozinho e que
não virá ninguém.
 Sara – Dona de casa solitária, viúva, mãe de um toxicodependente, vive
em função de um reality show, sente-se sem objectivos, até que ganha a
oportunidade de ir ao concurso. Facto que a faz ser mais apreciada e
admirada pelas amigas e bem consigo mesma.
 Decide emagrecer e vai ao médico, que lhe receita ecstasy. Agrada-lhe
não ter que fazer esforço para parar de comer, assim como a energia e
boa-disposição que os comprimidos lhe provocam. Começa a tomar cada
vez mais comprimidos, misturando-os e alterando a dosagem, para que
a façam sentir “bem”.
 Os sintomas “estranhos” pioram e começa a ter alucinações com o
frigorifico e com o programa de televisão, que a levam à estação de
televisão para poder participar no concurso, num estado de demência
grande. Lá sinalizam-na com problemas mentais e acaba por ser
internada num hospício, onde recusa os tratamentos e a fazem perder a
lucidez completa.
 Termina na cama da instituição mental a alucinar com o concurso de
televisão e com o filho.
 Marion – Jovem criativa e talentosa, consumidora de drogas, é afastada
do seu seio familiar por esse mesmo motivo, pelos pais. No entanto
estes dão-lhe um apartamento e pagam-lhe um terapeuta, com quem
se envolve, para poder fugir à terapia.
 Sonha com o namorado em montar uma loja, e usa cada vez mais
drogas para trabalhar e relacionar-se com os que a rodeiam.
 Quando escasseia a heroína e a cocaína, aumentam as discussões com
o namorado, que acaba por lhe dar um contacto, que lhe dará o que ela
quer a troco de sexo.
 Depois do namorado viajar para conseguir abastecimento, ela contacta
o traficante e começa a prostituir-se a troco de droga e de dinheiro.
 Termina deitada no sofá agarrada a um maço de notas, depois de ter
passado o domingo a prostituir-se.
 Tyrone – melhor amigo de Harry, calmo e saudoso da
mãe (que morreu quando ele tinha 8 anos), acompanha
o amigo em todos os esquemas para consumir e
comprar droga.
 É ele que possui os contactos dos traficantes, mas não
passa de um operacional, que executa as tarefas que o
amigo inventa.
 A sua amizade por Harry leva-o a preocupar-se, quando
este lhe mostra o braço a gangrenar, levando-o ao
hospital, onde são denunciados por um médico e
presos por consumo de drogas.
 Acaba na cadeia sozinho a sofrer maus tratos,
juntamente com uma série de criminosos.
 Em todos os personagens observamos disfunções sociais e familiares, valores
morais distorcidos, baixa auto-estima e respeito próprio.
 Os indivíduos possuem pensamentos e crenças distorcidas, levando-os a
tomar decisões erradas. Estas crenças podem estar relacionadas com
vivencias anteriores, em que experienciaram sensações agradáveis em
situações idênticas: Por exemplo quando Sara relembra a formatura do filho,
onde está feliz com o marido, com um vestido vermelho. Mais tarde, quando
ela é convidada para o concurso, imagina-se de novo naquele vestido,
esperando obter a mesma realização. Começa aí a obstinação por emagrecer
para caber dentro do vestido.

 Os indivíduos mostram baixa tolerância à frustração, como quando há falta


droga em Brooklyn e vão procura-la à Florida, por não conseguirem parar de
usar; e baixa tolerância à monotonia, usando drogas para terem criatividade
para lidar com o dia-a-dia.
 Obtêm sempre a sensação de alívio, gratificação e fuga à realidade no
consumo de droga, minimizando o problema - por exemplo quando Marion
consome depois de se prostituir e obtém essas sensações; a Harry a Tyrone
acontece o mesmo quando eles se “premeiam” com um “chuto”, quando
alguma coisa não corre como planeado.
 Assimilam preferencialmente os estímulos favoráveis ao uso de drogas,
desconsiderando aqueles que os chamam à razão. Sara reage assim quando o filho
lhe explica que os comprimidos que ela toma são droga: Responde que além de a
fazerem sentir bem, foram receitados pelo médico. Também quando os três amigos
decidem parar de consumir, ao fim de duas horas consideram que é exagerado o seu
zelo e que já tinham provado que podiam estar o tempo que quisessem sem
consumir.
 À medida que o consumo aumenta, cada vez mais eles vêm a droga como um
estímulo às suas acções, reagindo automaticamente com consumo para lidar com
todas as situações diárias. Ou seja o pensamento automático a um determinado
estímulo é o consumo de droga.
 Auto-estima e o relacionamento interpessoal deficientes, não se relacionam com
elementos saudáveis da sociedade, por falta de competências sociais e referencias
adequadas.
 A carência afectiva é grande, e muitas vezes verbalizada e mesmo solicitada. Sara
pede ao filho atenção, Harry pede atenção a Marion e vice-versa em vários momentos
da acção. Todos mostram grande necessidade de ser aceites por outros membros da
sociedade, especialmente a mãe, de se realizarem e de “terem uma vida melhor”.
 Apesar da crescente alienação demonstram preocupação uns com os outros e acabam
por fazer as coisas erradas por “desculpas” de melhoria de vida.
 Modelos ecléticos da terapia familiar - Os terapeutas
desenvolvem novos significados e realidades através
do diálogo,;
 Terapia multifamiliar – Os indivíduos identificam os
pensamentos automáticos negativos ou
disfuncionais e a substituem-nos por outros mais
positivos.
 Identificam, avaliam e modificam as crenças erradas
e criam novas. Os grupos auto-ajudam-se e
espelham-se alterando a sua resposta cognitiva a
determinada situação;
 Terapia cognitivo-comportamental - Estuda a
realidade e analisa os padrões de pensamento ,
do individuo, gerados por crenças, que, sendo
inadequadas ou disfuncionais, podem vir a criar
conflitos e sofrimento para a pessoa. Através das
técnicas cognitivas propõe a mudança dessas
crenças e, consequentemente, o alívio do
sofrimento emocional
 Psicoterapia Construtivista – O terapeuta esta
atento às “lentes” pelas quais o indivíduo vê o
mundo e ajuda-o a construir novos pensamentos
e crenças adequados à sua vivencia na
sociedade.
 Abreu, C. N., Saikali, M. O., & Vasques, F. (s.d.). Nucleo de Psicoterapia Cognitiva
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 Aronofsky, D. (Realizador). (2001). A Vida não é um Sonho [Filme].
 Carbone, A. (s.d.). Terapia Familiar Sistémica - Breve histórico: origem e
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http://www.revistapsicologia.com.br/materias/hoje/terapiaFamiliarSistemica.htm
 Knapp, P., Luz Jr., E., & Baldisserrtto, G. d. (2001). Terapia Cognitiva no
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Cognitivo-Comportamentais:um diálogo com a psiquiatria (pp. 332-350). Porto
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 Leite, A. (2009). Sebenta Terapia Familiar. Terapia Familiar e Terapia
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 Porto Editora. (2003-2009). Terapia Familiar. Obtido em 09 de Novembro de
2009, de Infopédia: http://www.infopedia.pt/$terapia-familiar

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