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Avaliação da IM

 Norma de referência:
 O ISO GUM – Guia para Expressão da
Incerteza de Medição;
 Absorvido pela documentação básica de
acreditação do INMETRO sob identificação
NIT-DICLA-021(Ago/07), disponível no site
do INMETRO

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Considerações para este
curso
 Estes slides abordam de maneira
simplificada os conceitos da expressão
da incerteza de medição. O material
aqui exposto trata o tema, na
verdade, de uma maneira mais
aplicada e vale para medições nas
quais se conhece a faixa de dispersão
de algumas variáveis de influência na
medição.
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Desvio Padrão
 Numa distribuição de função contínua o
nível de confiança de uma dispersão
equivalente a um desvio padrão é da
ordem de 68%. Dois desvios padrão te
dá um nível de confiança da ordem de
95,45%.
 Em metrologia se trabalha
normalmente com 95,45% de nível de
confiança na incerteza final a ser
expressa no certificado de calibração.
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Incerteza Padrão

 Define-se então a incerteza


padrão u(i) de uma fonte de erro
como a faixa de dispersão em
torno do valor central
equivalente a um desvio padrão.

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Método Básico
 Consiste em levantar
individualmente as contribuições
das incertezas, classificadas como
Tipo A e Tipo B, combina-las numa
equação e expandir o resultado por
um fator de abrangência k:

Ue ( 95, 45%) = ± k * uc

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Método Básico
 Avaliação do tipo A
 Avaliação baseada em experimentos repetitivos –
ferramentas estatísticas aplicadas aos
experimentos.
 Avaliação do tipo B
 Resolução do instrumento
 Dados de normas, manuais de operação,
bibliografia relacionada;
 Experiência do metrologista;
 Dados de experimentos anteriores.
 Incerteza herdada do padrão

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Avaliação Tipo A
 Seja x uma variável aleatória. Sejam xi
(para i = 1, 2, 3, ..., n) n valores
independentemente obtidos para a
variável x. Sua média pode ser estimada
por:

1 n
x = ∑ xi
n i =1

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Incerteza Padrão Tipo A
 A incerteza padrão associada à variável x,
representada por u(x), é estimada pelo
Desvio Padrão da Média das n
observações efetuadas. Assim:

ua ( x) = s ( x)

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Incerteza Padrão Tipo A
 Quando é utilizado o valor médio das
indicações, obtido a partir da média
de um conjunto de “n” indicações de
x, o desvio padrão experimental da
média de x é estimado por:

s( x)
ua = s( x) =
n

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Incerteza Padrão Tipo A
 O desvio padrão experimental da variável x,
representado por “s”, é estimado por:

∑ i
( x − x ) 2

s( x) = i =1

n −1
 Deve ser lembrado que, para que a estimativa de s(x) pela
equação acima seja confiável, é necessário envolver um número
suficientemente grande de observações independentes (n>10).

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Graus de Liberdade
 O número de graus de liberdade
envolvidos na determinação de u(x)
é dado pelo número de medições
efetuadas menos um, isto é:

ν = n −1

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Exemplo da Balança

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Incerteza Padrão Tipo B
 A avaliação da incerteza tipo B é realizada
por meios não puramente estatísticos. Em
geral, outras informações conhecidas são
utilizadas: dados de certificados de
calibração, dados de medições anteriores,
dados de catálogos de fabricantes, dados de
manuais técnicos e até estimativas baseadas
na experiência do metrologista.

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Analisando Graficamente

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Estimativas baseadas em limites máximos
admissíveis

 Seja x uma variável aleatória com


distribuição retangular contida entre os
limites LI e LS. Seu valor médio e incerteza
padrão podem ser estimados por:

LI + LS u ( x) =
a 2a = LS − LI
x= 3
2

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Incerteza Padrão Tipo B
 Para que se possa identificar a forma de tratamento das
informações obtidas, é necessário classificar cada uma das
fontes de incerteza em uma das seguintes categorias:
 Estimativa baseada em avaliações anteriores,
 Estimativas baseadas em limites máximos admissíveis,
 Estimativas quando efeitos sistemáticos não são compensados,
 Outras estimativas.

 É importante notar que poderá haver mais de uma incerteza Tipo


B. Em casos de instrumentos, pelo menos a contribuição da
resolução do instrumento e a incerteza herdada do padrão

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Incerteza Padrão Tipo B
 Desconhecendo-se o tipo de
distribuição de probabilidades do
fator B de influência, adota-se a
distribuição retangular e portanto:

a
ub ( x ) =
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Fator de Abrangência
 Em muitos casos, a documentação disponível pode
informar a incerteza expandida ou, simplesmente,
incerteza de medição, geralmente calculadas a partir
da multiplicação da incerteza padrão combinada por
um fator numérico denominado fator de abrangência.
Normalmente, o valor do fator de abrangência é 2 ou um valor
próximo deste, que equivale a aproximadamente 95,45 % de nível
de confiança.
 Nos certificados de calibração da RBC são informados
os coeficientes de expansão da incerteza, com isso
não precisa considerar a distribuição desta fonte de
contribuição como retangular e sim dividir a
incerteza pelo coeficiente informados.

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Outras estimativas
 Outras distribuições estatísticas podem vir a
representar melhor os efeitos de uma determinada
fonte de incertezas sobre a medição efetuada.
Distribuições beta, trapezoidais, em “U”, triangulares
e de Student, são alguns exemplos.
 Entre as distribuições acima citadas, o caso mais
comum seria a utilização de modelos associados à
distribuição triangular, onde:

a
u ( x) =
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Incerteza Padrão
Combinada
Tipicamente, uc corresponde a uma
probabilidade de enquadramento em torno
de 68% e apresenta distribuição normal.
Sendo “m” o número de contribuições Tipo B
na medição:

uC = u + u + ... + u
2
A
2
B1
2
Bm

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Incerteza Padrão
Expandida
 Na engenharia, é comum trabalhar com
níveis de confiança de 95%. Para atingir
aproximadamente 95%, uc deve ser
multiplicado por um coeficiente numérico
denominado de fator de abrangência.

Ue ( 95, 45%) = ± k * uc

k = t de Student

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Graus de liberdade
efetivos
 O valor de k geralmente está entre 2 e 3, mas pode
assumir diversos outros valores. A seleção do valor
apropriado do fator de abrangência deve levar em conta,
além do nível de confiança desejado, o número de graus
de liberdade efetivos associados ao caso.
 É comum calcular o número de graus de liberdade
efetivos através da equação de Welch - Satterwaite:

uC4
υ ef = N 4
•uc é a incerteza combinada,
•ui é a incerteza padrão associada a i-ésima
ui

fonte de incerteza,
∀υ i é o nº de graus de liberdade associado à

i =1 υ i
i-ésima fonte de incerteza,
•N é o número total de fontes de incertezas
analisadas.

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Graus de liberdade
efetivos
 Como o grau de liberdade da distribuição retangular é
infinito a equação de Welch – Satterwaite reduz-se a:

uC4
υ eff = 4 •uc é a incerteza combinada,
ua •ua é a incerteza padrão tipo a,
∀υ i é o nº de graus de liberdade associado à
distribuição das médias ou da incerteza tipo
n −1 a, que é (n-1),

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O valor de k

 No software Microsoft Excel existe uma função


específica para o cálculo do fator de abrangência “k”,
cuja sintaxe encontra-se abaixo:

INVT(4,55%;XXX)
O valor 4,55 corresponde a uma probabilidade de 95,45%
Quando “υ ” torna-se grande, o valor de “k” atinge
exatamente 2,00. A célula “XXX” é apenas um exemplo.
Você deve fazer referência a célula onde se localiza a
informação sobre o número de graus de liberdade efetivos
“υ eff”. CIMATEC – Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia 24
Incerteza de Medição

 U = k . uc
e

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